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Comparativo dos Materiais das Composições do SINAPI em Relação aos Materiais Levantados em Projeto

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CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
MÁRCIO PEIXOTO DA SILVA 
 
 
COMPARATIVO DOS MATERIAIS DAS COMPOSIÇÕES DO SINAPI 
EM RELAÇÃO AOS MATERIAIS LEVANTADOS EM PROJETO 
 
Estudo de caso dos serviços de infraestrutura em obra pública de 
pequeno porte 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Alegre 
2021
 
 
 MÁRCIO PEIXOTO DA SILVA 
 
COMPARATIVO DOS MATERIAIS DAS COMPOSIÇÕES DO SINAPI 
EM RELAÇÃO AOS MATERIAIS LEVANTADOS EM PROJETO 
 
Estudo de caso dos serviços de infraestrutura em obra pública de 
pequeno porte 
 
 
Trabalho apresentado para o Curso de 
Engenharia Civil, da Faculdade de 
Engenharia da FTEC como parte dos 
requisitos para avaliação da unidade 
curricular de TCC. 
 
 
 
 
Orientadora: Prof. Me. Márcia Elisa Jacondino Pretto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Alegre 
2021 
 
 
 
MÁRCIO PEIXOTO DA SILVA 
 
COMPARATIVO DOS MATERIAIS DAS COMPOSIÇÕES DO SINAPI 
EM RELAÇÃO AOS MATERIAIS LEVANTADOS EM PROJETO 
 
Estudo de caso dos serviços de infraestrutura em obra pública de 
pequeno porte 
 
Trabalho apresentado para o Curso de 
Engenharia Civil, da Faculdade de 
Engenharia da FTEC como parte dos 
requisitos para avaliação da unidade 
curricular de TCC. 
 
 
Aprovado em ___/____/____ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
___________________________________________ 
Professor Orientador: Me. Márcia Elisa Jacondino Pretto 
 
__________________________________________ 
Professor Avaliador: Dra. Bárbara Jordani 
 
__________________________________________ 
Professor Avaliador: Me. Tacia Daniele Scharff 
 
Porto Alegre 
2021 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
O tanto quanto eu peço, eu também agradeço a Deus por todas as 
oportunidades que surgiram e ainda irão surgir na minha jornada, que realmente não 
posso me queixar, ele sempre foi muito bom para mim. Agradeço a minha amada 
mãe Sra. Rejane Natalice, pois ela foi quem me incentivou a sempre estudar e me 
dedicar na busca do conhecimento. Meu pai Sr. Telmo que desde que sou criança 
me ensinou o valor do trabalho e da honestidade. Sou eternamente grato as 
pessoas que mais me deram oportunidade na construção civil, minha irmã Letícia e 
seu marido Alexandre, não tenho palavras para expressar minha gratidão aos 
grandes momentos que já vivenciamos. A minha esposa Katielen que além de me 
dar o maior presente do mundo, a pessoa que mais amo, nosso filho Léo, sempre 
me surpreende com sua dedicação a nossa família. Por último não menos 
importante agradeço a todos os professores pela dedicação ao trabalho mais puro 
que é a transmissão do conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O homem técnico não deve se perder em 
sua própria tecnologia. Ele deve ser capaz 
de apreciar a vida; e a vida é arte, drama, 
música e, o mais importante, pessoas.” 
(Fazlur Rahman Khan) 
 
 
COMPARATIVO DOS MATERIAIS DAS COMPOSIÇÕES DO SINAPI EM 
RELAÇÃO AOS MATERIAIS LEVANTADOS EM PROJETO 
 
Estudo de caso dos serviços de infraestrutura em obra pública de pequeno 
porte 
 
 
Autor: 
Márcio Peixoto da Silva 
marciopeixotodasilva@gmail.com 
 
Orientadora: 
Prof. Me. Márcia Elisa Jacondino Pretto 
marciapretto@acad.ftec.com.br 
 
 
Resumo: Os levantamentos de quantitativo de materiais para execução de obras civis são de 
extrema importância para viabilizar os projetos, principalmente quando se tratam de obras de órgãos 
públicos a qual são contratadas por intermédio de licitação de concorrência pública. Este trabalho tem 
por objetivo analisar os quantitativos de materiais indicados pelo órgão público licitante através de 
composições do SINAPI em relação às quantidades de materiais levantadas em projeto 
disponibilizado pela licitante para execução da infraestrutura de uma obra de pequeno porte. A obra 
escolhida para o estudo é uma licitação elaborada pela Comissão Regional de Obras – 3 do Exército 
Brasileiro, sendo a construção de um mezanino em estrutura convencional de concreto armado 
dentro de um pavilhão existente no quartel da 6ª Brigada de Infantaria Blindada localizada na cidade 
de Santa Maria – RS. Com os resultados apresentados neste estudo pode-se realizar uma avaliação 
comparativa entre as diferenças encontradas dos materiais previstos em orçamento para execução 
da infraestrutura da obra analisada e os quantitativos de materiais levantados com os documentos 
disponíveis para a licitação. 
 
 
Palavras-chave: Materiais. Levantamento. Quantitativo. SINAPI. Infraestrutura. Orçamento. 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Tipos de obras de construção: Obras civis e de infraestrutura. ................ 16 
Figura 2 - Etapas na resolução de problemas e projetos em engenharia civil. ......... 18 
Figura 3 - Esquema de obtenção do custo unitário. .................................................. 24 
Figura 4 - Exemplo de sapata isolada de formato retangular. ................................... 31 
Figura 5 - Bloco de fundação convencional. ............................................................. 32 
Figura 6 - Bloco de fundação escalonado. ................................................................ 32 
Figura 7 - Radier. ...................................................................................................... 33 
Figura 8 - Viga de fundação. ..................................................................................... 33 
Figura 9 - Forma básica para viga baldrame. ............................................................ 34 
Figura 10 - Sequência de cravação estaca Strauss. ................................................. 35 
Figura 11 - Esquema de cravação de estaca de concreto pré-moldado. .................. 37 
Figura 12 - Sequência de perfuração da estaca hélice. ............................................ 38 
Figura 13 - Sequência de execução da estaca tipo Franki. ....................................... 39 
Figura 14 - Sequência de perfuração da estaca raiz. ................................................ 41 
Figura 15 - Foto de satélite da área da 6° Brigada. ................................................... 42 
Figura 16 - Local da Oficina Centralizada. ................................................................ 43 
Figura 17 - Planta Baixa do térreo (Arquitetura). ....................................................... 44 
Figura 18 - Planta Baixa do 1º pavimento (Arquitetura). ........................................... 45 
Figura 19 - Planta de forma do pavimento térreo. ..................................................... 47 
Figura 20 - Levantamento da quantidade de estacas do projeto em estudo. ............ 53 
Figura 21 - Detalhamento dos Blocos B1, B2, B3, B8 e B9. ..................................... 56 
Figura 22 - Detalhamento do Bloco B4. .................................................................... 57 
Figura 23 - Detalhamento dos Blocos B5, B6 e B7. .................................................. 57 
Figura 24 - Corte esquemático do Bloco B4 (Exemplo de disposição e travamento de 
formas para blocos sobre estacas). .................................................................... 59 
Figura 25 - Legenda de ferragem em projetos estruturais. ....................................... 64 
Figura 26 - Detalhamento da armação do bloco B4. ................................................. 65 
Figura 27 - Detalhamento da armação do pilarete P4. .............................................. 67 
Figura 28 - Corte esquemático da Viga V1 (Exemplo de disposição e travamento de 
formas para as vigas). ........................................................................................ 76 
Figura 29 - Detalhamento de armadura da Viga V3 do térreo. .................................. 79 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Principais características de cada etapa da Elaboração de planos, 
estudos e projetos segundo o projeto de norma ABNT NBR 16633-1(2017). ... 19 
Tabela 2 - Exemplo de unidades e materiais para o levantamento de quantitativos. 25 
Tabela 3 - Exemplo de materiais classificados quanto à permanência. .................... 25 
Tabela 4 – Densidade linear de massa dos fios e barras para concreto armado. ..... 29 
Tabela 5 - Materiais indicados pelo SINAPI para execução das estacas da obra. .... 49 
Tabela 6 - Materiais indicados pelo SINAPI para execução dos blocos sobre estacas 
da obra. ............................................................................................................... 50 
Tabela 7 - Materiais indicados pelo SINAPI para execução das vigas da obra. ....... 51 
Tabela 8 - Massa Específica e Unitária dos materiais utilizados para execução de 
concreto. ............................................................................................................. 55 
Tabela 9 - Dimensão detalhada da área de forma lateral dos pilaretes. ................... 63 
Tabela 10 - Levantamento do quantitativo de aço para os blocos. ........................... 66 
Tabela 11 - Levantamento do quantitativo de aço para os pilaretes. ........................ 68 
Tabela 12 - Resumo do aço para os blocos e pilaretes. ........................................... 69 
Tabela 13 - Levantamento do volume de concreto pré-misturado para blocos e 
pilaretes. ............................................................................................................. 71 
Tabela 14 - Dimensões das Vigas do Térreo. ........................................................... 73 
Tabela 15 - Dimensões das Vigas do Superior. ........................................................ 75 
Tabela 16 - Levantamento do quantitativo de aço para as vigas do térreo. .............. 80 
Tabela 17 - Levantamento do quantitativo de aço para as vigas do superior. .......... 81 
Tabela 18 - Levantamento do quantitativo de aço para as vigas do superior 
(Continuação). .................................................................................................... 82 
Tabela 19 - Resumo do aço para as vigas. ............................................................... 83 
Tabela 20 - Materiais quantificados nos projetos para execução da infraestrutura da 
obra..................................................................................................................... 87 
Tabela 21 - Comparativo dos materiais indicados pela licitante em comparação aos 
levantados nos projetos da obra para execução das Estacas. ........................... 88 
Tabela 22 - Comparativo dos materiais indicados pela licitante em comparação aos 
levantados nos projetos da obra para execução dos Blocos e Pilaretes. ........... 89 
Tabela 23 - Comparativo dos materiais indicados pela licitante em comparação aos 
levantados nos projetos da obra para execução das Vigas. ............................... 90 
Tabela 24 - Comparativo dos materiais indicados pela licitante em comparação aos 
levantados nos projetos da obra para execução das Vigas (Continuação). ....... 91 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
µ: Massa Unitária 
γ: Peso Específico 
Ø: Diâmetro 
A36: Aço com limite de escoamento mínimo de 290 a 345 Mpa 
A572 Grau 50: Aço com limite de escoamento mínimo de 345 Mpa 
A/C: Fator água / cimento no concreto 
AF: Árvore de Fatores, representação gráfica para variações de composições do 
SINAPI 
ART: Anotação de Responsabilidade Técnica 
ASTM: American Society for Testing and Materials 
C: Consumo 
C20: Concreto com resistência característica a compressão de 20 MPa 
C25: Concreto com resistência característica a compressão de 25 MPa 
CA-25: Aço com resistência ao escoamento característica de 250 MPa 
CA-50: Aço com resistência ao escoamento característica de 500 MPa 
CA-60: Aço com resistência ao escoamento característica de 660 MPa 
CEF: Caixa Econômica Federal 
CM: Centímetro 
CMDO 6ª BDA INF BLD: Comando da 6ª Brigada de Infantaria de Blindados 
CRO3: Comissão Regional de Obras da 3ª Região Militar 
DM³: Decímetro Cúbico 
E: Espessura 
H: Altura 
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
KG: Quilograma 
KG/DM³: Quilo por Decímetro Cúbico 
KG/M: Quilograma por metro 
KG/M²: Quilograma por metro quadrado 
KN: Quilonewton, unidade padrão de força no Sistema Internacional de Unidades, a 
unidade de grandeza “Quilo” indica a potência 10³ 
L: Litro 
M: Metro 
 
 
M/KG: Metros por quilo. 
M²: Metro quadrado 
M³: Metro cúbico 
MM: Milímetro 
Mpa: Mega Pascal, unidade padrão de pressão e tensão no Sistema Internacional 
de Unidades, a unidade de grandeza “Mega” indica a potência 
OM: Organização Militar 
ORSE: Sistema de Orçamento de Obras de Sergipe 
SINAPI: Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil 
TCU: Tribunal de Contas da União 
T: Tonelada 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... 6 
LISTA DE TABELAS .................................................................................................. 7 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ..................................................................... 8 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 14 
2.1 OBJETIVOS GERAIS .......................................................................................... 14 
2.1.1 Objetivos específicos ..................................................................................... 14 
3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 15 
4 ETAPAS ................................................................................................................. 16 
4.1 PROJETO ........................................................................................................... 17 
4.2 MEMORIAL DESCRITIVO, ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E CADERNO DE 
ENCARGOS ....................................................................................................... 21 
4.3 ORÇAMENTO ..................................................................................................... 22 
4.3.1 Levantamento dos quantitativos .................................................................. 24 
4.3.2 Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil 
(SINAPI) .................................................................................................................... 26 
5 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO .......................................................... 27 
5.1 Infraestrutura ....................................................................................................... 30 
5.1.1 Fundação ........................................................................................................ 30 
5.1.1.1 Fundações Diretas ou Superficiais ................................................................ 30 
5.1.1.2 Fundações Profundas ................................................................................... 34 
6 METODOLOGIA .................................................................................................... 42 
6.1 LOCAL DA OBRA ............................................................................................... 42 
6.2 DESCRIÇÃO DA OBRA ...................................................................................... 43 
6.3 IDENTIFICAÇÃO E LEVANTAMENTO DOS MATERIAIS DA 
INFRAESTRUTURA ........................................................................................... 46 
6.3.1 Planilha orçamentária inicial ......................................................................... 48 
6.3.2 Levantamento dos materiais .........................................................................51 
5.3.2.1 Estacas .......................................................................................................... 52 
6.3.2.2 Blocos sobre estacas e pilaretes de ligação às vigas do térreo .................... 56 
6.3.2.3 Vigas ............................................................................................................. 73 
7 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................... 88 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 92 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 94 
ANEXOS ................................................................................................................... 99 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A indústria da construção civil hoje é um dos setores mais importantes para 
o desenvolvimento econômico mundial. Não somente pela variedade de serviços 
prestados como a construção de edificações, estradas, indústrias, entre outros, mas 
por movimentar a sociedade como um todo gerando um aglomerado de benefícios 
ao local em que esteja ocorrendo. A obra influenciará direta e/ou indiretamente em 
diversas vantagens e desvantagens de abrangência variada, podendo afetar uma 
micro região até em um contexto internacional. 
Assim como em qualquer indústria, a construção civil necessita de matéria 
prima e mão de obra para fabricar o seu produto final, neste caso uma obra. A 
matéria prima é chamada insumo. O rápido avanço da tecnologia gera novos 
insumos, antigos são substituídos e muitos adaptam-se a novas necessidades que 
surgem. 
Para melhor atender a demanda que a obra estará sendo exigida, o 
projetista deverá indicar nas especificações técnicas, projetos, memorial descritivo e 
demais documentos quais são as características dos insumos que foram previstos 
durante a elaboração do projeto para atender tal solicitação. A partir desse conjunto 
concluído é elaborada uma planilha orçamentária com todos os itens e quantidades 
necessárias para a execução do objeto. No Brasil há bancos nacionais de registro 
de composições de serviços diversos da construção civil para elaboração desta 
planilha. Nestas bases de registro as composições são alimentadas com as 
quantidades de material, equipamento e mão de obra e seus devidos custos. 
Muitas vezes uma composição registrada em uma base nacional utilizada na 
planilha orçamentária não se enquadra na realidade de fornecimento de materiais do 
local onde a construção será realizada. Portanto há necessidade de um 
levantamento de insumos necessários para atendimento do projeto de acordo com a 
veracidade encontrada no local previsto da construção. Buscando a redução de 
custos e a otimização da compra dos insumos para a execução da obra. 
Neste trabalho serão analisados os insumos somente de material dos itens 
indicados para execução da infraestrutura de concreto armado da planilha 
orçamentária fornecida para a concorrência pública da Comissão Regional de Obras 
da 3ª Região Militar para a construção de um mezanino dentro da Garagem 
Centralizada do Comando da 6ª Brigada de Infantaria Blindada localizada na Av. 
13 
 
Borges de Medeiros, 1515 - Centro, Santa Maria/RS. Os documentos para esta 
análise foram divulgados com livre acesso ao público no site da Organização Militar 
em 25 de setembro de 2019, denominado Tomada de Preços nº 018/2019 - Serviço 
de Adequação das Instalações da Oficina Centralizada do Comando da 6ª Brigada 
de Infantaria Blindada (Cmdo 6ª Bda Inf Bld), em Santa Maria – Rio Grande do Sul. 
Com a elaboração desta análise é esperado que consiga-se um melhor 
desempenho no processo de planejamento da obra. Visando a utilização de insumos 
mais adequados para a execução do objeto, redução do custo e do desperdício. Há 
expectativa de que com este estudo possa ser realizados levantamento para 
elaboração de licitações com mais fidelidade ao que irá ser executado. 
 
14 
 
2 OBJETIVOS 
 
Busca-se divergências entre o previsto e o necessário para execução do 
serviço indicado. 
 
2.1 OBJETIVOS GERAIS 
 
O presente trabalho tem como propósito determinar a diferença entre os 
insumos indicados em planilha orçamentária com base de banco de dados nacional 
com os insumos que serão utilizados para execução da obra. 
 
2.1.1 Objetivos específicos 
 
 Identificar os itens da planilha orçamentária fornecida através do edital de 
concorrência pública da CRO3, indicados para a execução da infraestrutura da obra. 
 Realizar o levantamento dos materiais necessários para execução dos 
itens de infraestrutura conforme orientações do Memorial Descritivo e Projeto 
Executivo, otimizando, conforme a região e insumos disponíveis no mercado local. 
 Análise comparativa dos insumos levantados com os insumos da planilha 
orçamentária inicial. 
 
 
 
 
 
15 
 
3 JUSTIFICATIVA 
 
Para aumentar os lucros de uma indústria, neste caso da construção civil, é 
essencial que seja otimizada a produção e minimizado o desperdício, tanto em 
custos fixos da empresa quanto da matéria prima, mão de obra e serviços diversos 
utilizados para obtenção do produto final. Além da vantagem para a empresa, estes 
fatores, principalmente redução do desperdício de material, trás a diminuição da 
geração de resíduos, que no Brasil segundo Marques Neto (2005) representa 
aproximadamente de 51% a 70% dos resíduos sólidos urbanos coletados. A escolha 
correta dos materiais empregados na obra assim como suas quantidades é 
indispensável para minimizar erros, evitando retrabalhos ou utilização de materiais 
incorretos em desconformidade ao projeto em execução. 
A orçamentação de obras e serviços de engenharia públicas federais é 
realizada através da seleção das composições presentes no banco de dados do 
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) que 
sejam compatíveis com a execução do objeto e as quantidades pertinentes de cada 
item (GOVERNO FEDERAL – CASA CIVIL, 2013). 
Os bancos nacionais de composições para construção civil refletem uma 
média nacional de materiais, equipamentos e mão de obra necessários para a 
execução dos serviços em análise. Como as composições são uma média nacional 
em cada região onde são utilizados, deve-se adaptar a planilha de insumos 
conforme a disponibilidade do local em que a obra será executada. Esta 
compatibilização é realizada em busca da otimização da compra dos materiais 
acompanhando o cronograma da obra, visando redução do desperdício, e 
maximizando o lucro do executante. 
É almejado com este trabalho a elaboração de levantamentos e análises dos 
materiais para execução de serviços da construção civil para otimizar a performance 
do planejamento de obra. Estes assuntos previamente abordados na disciplina de 
Orçamento demonstram a necessidade de um estudo detalhado de cada caso 
isolado, pois representa uma etapa muito importante para máximo desempenho da 
construção civil. 
 
 
 
16 
 
4 ETAPAS 
 
A Engenharia Civil pode ser dividida entre algumas atividades, dentre elas 
podemos destacar a Engenharia de Edificações e a Engenharia de Estruturas. A de 
Edificações ligada a Arquitetura e as formas e funções de sistemas relacionados ao 
abrigo do homem no ambiente que vive e a de Estruturas referente a integridade dos 
sistemas materiais da Construção Civil durante seus prazos de vida útil. 
Independentes da atividade podem ser classificados em quatro fases os 
procedimentos da Engenharia; Planejamento; Projeto; Construção e Operação 
(FUSCO E ONISHI, 2017). 
Conforme Martins et. al. (2017) as obras na Engenharia Civil são divididas 
em obras de infraestrutura e civis. Deve-se atentar a diferenciação entre obras de 
infraestrutura e a etapa de infraestrutura de uma obra, conforme pode-se observar 
na figura 1. 
 
Figura 1 - Tipos de obras de construção: Obras civis ede infraestrutura. 
 
Fonte: MARTINS et. al (2017, p. 14). 
17 
 
Martins et. al. (2017) explica que as obras de infraestrutura compreendem 
elementos como tratamento de esgoto, transmissão de energia, barragens, rodovias, 
etc. São obras que tem caráter social e melhoram algum tipo de serviço para os 
cidadãos, de certo modo tem objetivo de trazer mais qualidade de vida para 
população. As obras civis consistem em construções de prédios, casas, habitações 
em geral, entre outros. 
Conforme Pinheiro et. al. (2004) obras de pequeno porte são definidas como 
estruturas regulares simples de no máximo quatro pavimentos, que não possuam 
protensão, com cargas de uso de no máximo 300kgf/m², vãos entre lajes de no 
máximo 4 m e 2 m quando laje em balanço e vãos entre pilares de no máximo 6 m. 
 
4.1 PROJETO 
 
Conforme Dym et al. (2010, p. 31), “o projeto é um processo pensado que 
pode ser entendido”. 
Para Neumann (2017) elaborar um projeto pode-se dividi-lo em etapas e 
organizar estas em tarefas onde se pode trabalhar uma equipe que cada um deve 
focar sua atenção nas suas atribuições previamente combinadas. Na solução de 
problemas de engenharia civil adota-se o pensamento crítico, onde este envolve as 
etapas do método científico para resolução de problemas, incluindo análise de 
dados, síntese de resultados e utilização do conhecimento obtido a partir da 
experiência, observação, raciocínio ou comunicação. 
 
18 
 
Figura 2 - Etapas na resolução de problemas e projetos em engenharia civil. 
 
Fonte: NEUMANN (2017, p. 86). 
 
O mesmo autor destaca que as etapas do processo de projeto não são 
rigorosamente lineares, elas interagem entre si. Isso quer dizer que esta elaboração 
pode iniciar em todas as etapas simultaneamente, desde que todo problema do 
projeto tenha sido suficientemente compreendido. Todas as etapas podem ser 
repassadas de acordo com a necessidade e normalmente isto tende a aumentar 
conforme as alternativas são criadas e avaliadas. 
 
 
19 
 
Tabela 1 - Principais características de cada etapa da Elaboração de planos, estudos e projetos 
segundo o projeto de norma ABNT NBR 16633-1 (2017). 
Etapas Conceito Principais características 
Planos de 
engenharia, 
arquitetura 
e 
urbanismo 
São estudos técnicos 
multidisciplinares, de grande 
abrangência, que têm por objetivo a 
definição de diretrizes, 
recomendações e instruções para 
implementação de ações ou 
intervenções de curto, médio e longo 
prazos. 
a) caracterização e diagnóstico da situação atual 
b) avaliação da expectativa de evolução 
c) proposta de intervenções com base na análise de 
diferentes cenários e estabelecimento de prioridades 
d) definição de objetivos e metas de curto, médio e 
longo prazos 
e) definição de programas, ações e projetos 
necessários para atingir os objetivos e metas 
estabelecidos 
f) programação física, financeira e institucional da 
implantação das intervenções definidas 
g) programação de revisão e atualização do plano 
Estudo de 
viabilidade 
É o trabalho de avaliação da 
viabilidade de implantação de um 
empreendimento, sob os diversos 
aspectos pertinentes, como técnico, 
estético, legal, econômico-financeiro, 
ambiental, social, mercadológico, 
entre outros. 
a) caracterização inicial do empreendimento 
b) avaliação da infraestrutura, da disponibilidade de 
insumos e serviços e da logística, existentes e 
necessárias para a implantação, e operação do 
empreendimento 
c) identificação dos possíveis impactos ambientais 
(positivos e negativos), e licenças e outorgas 
necessárias 
d) estimativa inicial paramétrica dos custos 
e) avaliação da viabilidade técnica, estética, 
econômico-financeiro, ambiental, social, 
mercadológica, entre outras, de implantação, 
operação e manutenção do empreendimento 
f) consolidação do estudo de viabilidade com o 
registro dos elementos considerados, atividades 
desenvolvidas e conclusão 
Estudo de 
concepção 
O estudo de concepção é o trabalho 
técnico que tem por objetivo a 
conceituação e a definição das 
características gerais do 
empreendimento, sob os pontos de 
vista qualitativo e quantitativo, 
contemplando as diferentes partes 
constituintes, e considerando os 
aspectos: físico, funcional, técnico, 
estético, legal, social, ambiental, 
econômico e de segurança. 
O estudo de concepção permite a 
racionalização do programa, a 
definição das soluções tecnológicas, o 
dimensionamento funcional do objeto 
e de suas partes, e define de forma 
integral o empreendimento, 
possibilitando o desenvolvimento das 
etapas subsequentes de projetos e a 
estimativa dos investimentos 
necessários. 
a) refinamento e confirmação do levantamento de 
dados, dos programas e do atendimento das normas 
e legislação incidente, efetuados na etapa anterior 
b) execução de levantamentos e investigações de 
campo preliminares 
c) definição de critérios e parâmetros de projeto e 
das etapas de implantação 
d) pré-dimensionamento e definição preliminar das 
características do empreendimento (unidades 
constituintes, dimensões básicas, traçados, 
modelagem, materiais, metodologias construtivas 
etc.), estudos de alternativas e análise comparativa, 
envolvendo os diversos aspectos de interesse para 
seleção da melhor alternativa para atendimento do 
objetivo do empreendimento 
Fonte: MARCHIORI E CARVALHO (2019 p. 54). 
 
 
20 
 
Tabela 1 - Principais características de cada etapa da Elaboração de planos, estudos e projetos 
segundo o projeto de norma ABNT NBR 16633-1 (2017) (Continuação). 
Etapas Conceito Principais características 
Anteprojeto 
O anteprojeto é a representação 
técnica do 
detalhamento preliminar do 
empreendimento e de seus 
elementos, instalações e 
componentes, em conformidade 
com as definições aprovadas 
no estudo de concepção, destinado 
a possibilitar a caracterização do 
empreendimento como um todo, 
demonstrando e justificando 
adequadamente as soluções 
escolhidas, identificando com 
clareza os seus elementos 
constitutivos e as definições 
necessárias ao inter-relacionamento 
das atividades técnicas de projeto, 
englobando as várias 
especialidades envolvidas. Deve 
atender as legislações pertinentes, 
além de conter as informações que 
possibilitem a identificação dos 
projetos legais e os processos de 
licenciamento e obtenção de 
outorgas necessárias. 
a) a demonstração e a justificativa do programa de 
necessidades, definido nas etapas de projetos 
anteriores 
b) a discriminação dos parâmetros de adequação 
aos requisitos estabelecidos pelo contratante 
c) a explicitação dos elementos que compõem a 
concepção estética, construtiva, funcional e 
operacional, definida no estudo de concepção 
d) a representação dos elementos técnicos que 
permitam a verificação das condições de solidez, 
segurança e durabilidade 
e) o pré-dimensionamento e as especificações 
técnicas das principais unidades constituintes 
f) a definição do empreendimento como um todo, 
a elaboração de um cronograma estimativo e o 
orçamento preliminar com indicação das 
referências de custos e quantitativos estimados 
g) as definições quanto ao nível de serviço 
desejado. 
Complementarmente, devem constar no 
anteprojeto, quando necessário, os seguintes 
documentos técnicos: 
a) projetos anteriores ou estudos preliminares que 
embasaram a concepção adotada 
b) levantamento topográfico e cadastral 
c) estudos ambientais, geológicos, geotécnicos, 
hidrológicos e outros 
d) indicação e análise preliminar quanto à 
qualidade, quantidade, localização e 
caracterização dos equipamentos e das fontes de 
materiais para construção 
e) memoriais descritivos dos elementos 
construtivos 
Projeto 
básico 
Projeto básico é o conjunto de 
documentos técnicos necessários e 
suficientes para a completa 
definição da obra a ser executada, 
abrangendo todas as disciplinas 
envolvidas e atendendo às normas 
técnicas e à legislação vigente 
a) é elaborado com base nos resultados obtidos 
nasetapas de estudos e licenciamentos anteriores 
b) o projeto básico deve estabelecer, com 
precisão, por meio de seus elementos 
constitutivos, todas as características, dimensões, 
especificações e quantidades de materiais, 
equipamentos e serviços, custos e prazos 
necessários para a implantação do 
empreendimento 
c) compreende, também, o projeto e a 
quantificação das intervenções provisórias e/ou 
complementares 
d) deve conter o orçamento detalhado do preço 
global da obra 
e) deve conter as informações que possibilitem a 
contratação das obras ou serviços e a elaboração 
dos processos de licenciamento e obtenção das 
autorizações e outorgas necessárias 
Fonte: MARCHIORI E CARVALHO (2019 p. 54). 
 
21 
 
 
Tabela 1 - Principais características de cada etapa da Elaboração de planos, estudos e projetos 
segundo o projeto de norma ABNT NBR 16633-1 (2017) (Continuação). 
Etapas Conceito Principais características 
Projeto 
executivo 
Projeto executivo é o conjunto de 
documentos técnicos elaborados a 
partir do projeto básico, de acordo 
com as normas pertinentes, 
contendo os detalhamentos 
construtivos necessários. É 
considerado o detalhamento final do 
projeto básico. Deve conter os 
desenhos de todos os projetos 
específicos, especificações técnicas, 
caderno de encargos, memoriais 
descritivos, requisitos de 
desempenho, metodologias e todos 
os demais detalhes necessários à 
completa execução da obra e 
serviços. 
a) não altera as definições e quantificações 
contidas no projeto básico, e restringe-se ao 
detalhamento de metodologias ou procedimentos 
construtivos, previamente estabelecidos 
Projetos 
legais 
Compreendem os projetos, 
documentos e processos 
necessários para subsidiar a análise 
e aprovação, por parte dos órgãos e 
entidades competentes, dos pedidos 
para a obtenção das autorizações 
para implantação do 
empreendimento e dos 
licenciamentos das obras correlatas, 
bem como das outorgas 
necessárias. 
a) devem ser elaborados com base nas definições 
dos estudos e projetos, em atendimento às 
exigências estabelecidas nas legislações municipal, 
estadual e federal 
Fonte: MARCHIORI E CARVALHO (2019 p. 54). 
 
O decreto Nº 7.983 (GOVERNO FEDERAL - CASA CIVIL, 1993) também 
determina que o projeto executivo seja o conjunto de elementos necessários e 
suficientes para execução completa de uma obra e executado de acordo com as 
normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
 
4.2 MEMORIAL DESCRITIVO, ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E CADERNO DE 
ENCARGOS 
 
Conforme Marchiori e Carvalho (2019) o Memorial Descritivo contém 
informações e soluções técnicas descritas na forma de texto com objetivo de trazer 
detalhes e complementar as informações contidas nos projetos. Martins et. al. (2017) 
também orienta que este documento contenha cálculos e dados fundamentais para 
uma boa construção. Os mesmos autores indicam itens importantes que devem 
22 
 
compor o Memorial Descritivo: Proprietário; Finalidade da obra; Tipo e estilo da obra; 
Localização do terreno; Área do terreno; Área de cada pavimento e compartimento; 
Número de pavimentos; Tipos de pavimentos; Instalação da obra; Descrição do 
projeto arquitetônico e Projeto e execução. 
As Especificações Técnicas definem o modo como serão executados cada 
um dos serviços e quais materiais utilizados na obra, como por exemplo: 
Profundidade e tipo da fundação; Tipo de bloco ou tijolo a ser utilizado na alvenaria, 
inclusive o tipo e traço da argamassa; Qual o tipo de telha e madeiramento da 
cobertura; Material utilizado para o forro; Tipos de revestimentos empregados na 
obra; Instalações hidráulicas e elétricas; Modelos de esquadrias; etc. (MARTINS et. 
al. 2017). De forma geral Marchiori e Carvalho (2019) orientam que as 
Especificações Técnicas devem possuir de forma qualitativa a descrição dos 
materiais utilizados, com seus devidos padrões de acabamento, critérios de 
aceitação dos insumos e características dos materiais. 
O Caderno de Encargos é elaborado pelo contratante a fim de padronizar as 
ações dos construtores, projetistas e fiscais de obra. É a referencia para ser 
obedecida na concepção e execução da obra. Os itens que normalmente estão 
contidos no Caderno de Encargos são: Lista para verificação de itens para 
fiscalização em campo; Padronização de procedimentos de serviços; Detalhes 
construtivos; Requisitos para aceitação ou recusa de serviços; Critérios para 
pagamento e medição da obra; E outras definições (MARCHIORI E CARVALHO, 
2019). Martins et. al. (2017) destacam que este documento pode ser utilizado em 
várias obras de um determinado padrão, e que contém as normas para as possíveis 
contratadas seguirem para poder participar de uma concorrência. 
 
4.3 ORÇAMENTO 
 
Segundo Limmer (1997) a atividade de orçar pode ser descrita como uma 
determinação dos custos necessários para a elaboração de um projeto, conforme 
um plano de execução previamente estabelecido, custos esses apresentados em 
termos quantitativos. 
Marchiori e Carvalho (2019) relatam que as empresas de construção de 
edificações têm ao menos duas atividades distintas, o gerenciamento dos 
respectivos departamentos (administração e contabilidade da empresa) e a gestão 
23 
 
do projeto (o produto, neste caso a obra). Os custos relacionados à gestão do 
projeto diferem da contabilidade da empresa, pois se refere ao valor gasto para a 
construção e gerenciamento do empreendimento, este valor é responsável pela 
saúde financeira da organização. 
As mesmas autoras ressaltam a importância do conhecimento de fatores 
que possam alterar o custo final do orçamento. Tendo ciência destes fatores torna a 
tomada de decisão mais consciente sobre itens que irão afetar os custos nas 
planilhas orçamentárias. 
 
O orçamento contém a discriminação dos diversos serviços que irão compor 
a obra, suas quantidades e o custo unitário de execução. O orçamento 
contém o custo de cada uma das partes da obra, tal custo é obtido a partir 
de projetos, memoriais, análises in loco, entendimento do contexto, tempo e 
local em que se dará a construção (MARCHIORI E CARVALHO, 2019. p. 3). 
 
A eficiência do orçamento é comprovada pelo fato deste não ser responsável 
somente pelo custo que a obra irá gerar, mas principalmente para indicar qual tipo 
de material deverá ser adquirido, quando e qual a sua quantidade. As informações 
obtidas no orçamento são muito importantes para a organização e gerenciamento da 
obra, a partir destes itens é possível criar umas uma estrutura de atividades que irão 
compor o planejamento e são essenciais para o monitoramento e controle da obra 
(MARCHIORI E CARVALHO, 2019). 
Tem-se o orçamento como um documento que compõe o projeto de obra, 
assim observa-se a exigência de ART para este conforme Acordão 2029/2008 e 
Súmula nº 260 (TCU, 2008), onde o gestor tem o dever de exigir a apresentação de 
ART referente à além da execução, projeto, fiscalização e supervisão de serviços e 
obras de engenharia, como a indicação do responsável pela elaboração de plantas, 
especificações técnicas, cronograma físico-financeiro, orçamento-base, 
composições de custos unitários e outras peças técnicas. 
 
 “Quando o orçamento for elaborado com a finalidade de apresentar uma 
proposta técnica/ comercial para participar de uma licitação pública ou 
privada, o orçamentista deve conhecer todas as regras do certame, que são 
descritas no edital e nos respectivos anexos” (MARCHIORI E CARVALHO, 
2019, p. 68). 
24 
 
 
Conforme a NBR 16633-1 (ABNT, 2017) os projetos, estudos técnicos, 
especificações, planejamento construtivo e logístico, origem e destinação dos 
materiais, cronograma físico e as condições contratuais são itens mínimos 
necessários para a elaboração de orçamentos. A norma também apresenta as 
seguintes metodologias para a execução de orçamento; Formação do custo com 
base no quantitativo e preço unitário dos insumos utilizados;Formação do custo com 
base nos quantitativo e preço unitário de serviços prestados ou produtos elaborados; 
Formação do preço com base no valor de custo do empreendimento. 
 
Figura 3 - Esquema de obtenção do custo unitário. 
 
Fonte: MARCHIORI E CARVALHO (2019, p.43). 
 
Segundo a mesma norma um dos documentos que deve compor a 
apresentação do orçamento é o memorial de cálculo dos quantitativos dos serviços. 
 
4.3.1 Levantamento dos quantitativos 
 
Conforme Mattos (2006) o levantamento dos quantitativos é uma das etapas 
de maior importância em um orçamento, pois o custo total da obra está diretamente 
relacionado às quantidades de serviço e insumos que o compõe. “Não basta saber 
quais os serviços, é preciso saber também quanto de cada um deve ser feito” 
(MATTOS, 2006, p. 44). 
O mesmo autor orienta que a quantificação dos serviços e insumos deve ser 
25 
 
baseada nos projetos, detalhes técnicos e demais documentos que são fornecidos 
pelo projetista responsável da obra. Os processos do levantamento das quantidades 
de todos os materiais devem sempre ter uma memória de cálculo de fácil 
entendimento e manipulação, para que terceiros possam conferi-las. Além disso, o 
memorial de cálculo deve ser elaborado de forma que alterações do projeto não 
acarretem em um segundo levantamento completo, para isso pode-se utilizar 
formulários padronizados de acordo com cada empresa e/ou orçamentista. 
Para realização dos orçamentos deve-se ter atenção na dimensão de cada 
atividade que será inserida no quantitativo de forma que o orçamento fique coerente 
com as unidades empregadas sejam de área, linear, peso, adimensional, 
volumétrica, etc. O quantitativo é definido a partir do projeto com a elaboração de 
cálculos conforme os serviços existentes, como: área de telhado, volumes de 
concreto, quantidades de esquadrias (portas e janelas), quantidade de ferragem, 
volumes de corte de aterro e reaterro, áreas de pintura, etc. (XAVIER, 2008). 
 
Tabela 2 - Exemplo de unidades e materiais para o levantamento de quantitativos. 
Dimensão Unidade Exemplo 
Adimensionais - Luminárias, Postes, etc. (Serviços de simples contagem). 
Lineares m Muros, Rodapé, Tubulação, etc. 
Peso kg ou t Armação, Estrutura Metálica, etc. 
Superficiais / 
Área 
m² Alvenaria, Pintura, Piso, etc. 
Volume m³ Concreto, Escavação, etc. 
Fonte: XAVIER (2008). 
 
Segundo Mattos (2006) além das unidades, os materiais também podem ser 
classificados em permanentes e não permanentes, conforme exemplifica a tabela 
abaixo: 
 
Tabela 3 - Exemplo de materiais classificados quanto à permanência. 
Classe Característica Exemplo 
Não 
Permanentes 
São utilizados durante a fase de 
construção e removidos em seguida 
Desmoldante, tubulações provisórias, 
madeiramento para fôrmas e escoramentos, 
etc. 
Permanentes Ficam incorporados ao produto final Areia, aço, tinta, concreto, etc. 
Fonte: MATTOS (2006). 
26 
 
Mattos (2006) destaca que o orçamentista deve levar em consideração um 
fator de cálculo devido às perdas que possam ocorrer com os materiais que são 
provenientes de armazenagem incorreta, roubo, carga/descarga malfeita, etc. 
Observando cada serviço individualmente o orçamentista deve considerar este 
percentual de perdas pelo método empírico, para isto, também deve-se buscar 
informações a respeito das formas de medição e pagamento a ser adotado pelo 
cliente e as especificações técnicas de forma que o quantitativo seja o mais próximo 
do real. 
Tisaka (2006) destaca a importância de plataformas de informática para 
auxiliar o trabalho do orçamentista para realizar os levantamentos de material de 
forma manual. Deve-se organizar as informações obtidas de modo que estas fiquem 
guardadas em planilhas em forma de memorias de cálculo. Os dados devem estar 
organizados, pois caso necessário possibilitem possíveis alterações de dimensão e 
isto não influencie o levantamento a ponto de ter de refazê-lo por completo. 
A forma manual de realizar levantamento de quantitativo de material de uma 
obra é a mais tradicional. É um procedimento sujeito a falha humana, pois depende 
da concentração do orçamentista, além da alta demanda de tempo empregada para 
realização deste serviço (SABOL, 2008). 
 
4.3.2 Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil 
(SINAPI) 
 
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (c2021) o 
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) tem 
o objetivo da produção de séries mensais de: Custos e índices para o setor de 
habitação; Salários medianos para mão de obra e preços medianos de máquinas, 
materiais, equipamentos e serviços da construção civil. Estas séries são elaboradas 
para os setores de habitação, infraestrutura e saneamento básico. 
O instituto produz este sistema em ação conjunta com a Caixa Econômica 
Federal (CEF), por meio de um acordo de cooperação técnica, onde o IBGE tem a 
responsabilidade de apuração, cálculo e coleta, e a CEF a manutenção e definição 
dos aspectos de engenharia, como: composições de serviços, projetos, etc. Os 
índices produzidos propiciam a atualização de valores das despesas em orçamentos 
e contratos. Os custos e preços possibilitam a análise, avaliação e elaboração de 
27 
 
orçamentos. O SINAPI é fundamental para programação de investimentos 
principalmente para o setor público (IBGE, c2021). 
 Conforme o Art. 102 do Capítulo X da Lei 12.708 (GOVERNO FEDERAL - 
CASA CIVIL, 2012) todos os custos globais de obras e serviços de engenharia 
contratados e executados com recursos da União devem ser obtidos através de 
composições de custos unitários provenientes do SINAPI (exceto para obras e 
serviços rodoviários onde é utilizada a tabela do Sistema de Custos de Obras 
Rodoviárias). 
 
5 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 
 
Fusco e Onishi (2017), explicam que na antiguidade os materiais 
considerados os mais importantes nas construções eram a pedra e o tijolo. Os 
romanos desenvolveram o tijolo cerâmico criando arcos de alvenaria, no entanto, a 
construção de obras portuárias exigia uma outra alternativa, que resultou na 
fabricação do concreto no qual o cimento era formado por pozolanas que são 
materiais constituídos por insumos ricos em sílica ativa (SiO2). A cal com adição de 
pozolanas é chamada de cal hidráulica por endurecer ao ter contato com água. Com 
o fim do Império Romano, o ocidente voltou a ser uma civilização rural e as cidades 
foram nascendo ao final da idade média. 
Com a revolução industrial, os mesmos autores destacam que surgiu o 
cimento Portland e o aço laminado. Em meados do século XIX surge o concreto 
armado, caracterizado por ter alta durabilidade devido suas propriedades físico-
químicas. 
Historicamente no Brasil, houve grande influência europeia na escola do 
concreto estrutural, principalmente da França e Alemanha, onde os nossos primeiros 
especialistas tiverem contato técnico com a área. Em um momento mais recente 
também consideramos a participação da Inglaterra, Espanha e Estados Unidos 
neste grande apanhado de conhecimento sobre as estruturas de concreto. 
(TEATINI, 2016). 
O concreto é um material da construção civil constituído por cimento, 
agregado miúdo, agregado graúdo, água e eventualmente aditivos químicos e 
adições. Estes aditivos são utilizados com a finalidade de melhorar, salientar ou 
28 
 
inibir, determinadas reações, propriedades e características do concreto em seu 
estado fresco e endurecido, segundo França (2004). 
Martins et al. (2017) considera o cimento um dos materiais mais importantes 
em uma obra. O cimento portland é um material em pó fino com propriedades 
ligantes, que sob a ação da água endurece. Após endurecido o cimento, mesmo que 
seja novamente colocado em contato com a água ele não se decompõe. 
Conforme a NBR 7211 (ABNT, 2005) os agregados podem ser de origem 
natural, já encontrados fragmentadosou resultantes da britagem de rochas, obtidos 
por processos industriais, como subprodutos de materiais reciclados ou também da 
mistura desses agregados. 
A areia é um agregado miúdo, a NBR apresenta a seguinte definição: 
 
Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 
mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 150 µm, em 
ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras 
definidas pela ABNT NBR NM ISO 3310-1 (ABNT, 2005, p. 3). 
 
A mesma norma define o agregado graúdo aquele cujos grãos passam 
através da peneira com malha de abertura 75 mm e ficam contidos na peneira com 
malha de abertura 4,75 mm. Os procedimentos deste ensaio devem seguir os 
termos da ABNT NBR NM 248 e as peneiras definidas conforme a ABNT NBR NM 
3310-1. 
Segundo Valverde (2001) o uso de agregados incorretos tem causado rápida 
deterioração nas estruturas em que se utiliza principalmente em condições severas 
de temperatura. Portanto é essencial a seleção adequada dos agregados para 
atingir o desempenho desejado da estrutura. Além de os agregados possam ter 
propriedades que permitam ao sistema em que serão utilizados funcionarem 
satisfatoriamente, também precisam atender características que atenderão aos 
processos construtivos. Os agregados devem ter propriedades para que possam ser 
manuseados durante o transporte e estocagem, misturados com o ligante, colocação 
da mistura e cura da mistura. 
A NBR 7480 (ABNT 2008) especifica o aço destinado a armaduras para 
estruturas de concreto armado como fios e barras. As barras são produtos de 
diâmetro igual ou maior de 6,3 mm nervuradas ou lisas fabricadas exclusivamente 
29 
 
por laminação a quente com ausência de processo posterior de deformação 
mecânica. Os fios podem ser lisos, nervurados ou entalhados e são classificados 
como aqueles de diâmetro igual ou inferior a 10,0 mm obtidos por laminação a frio 
ou a partir de fio-máquina por trefilação. 
A mesma norma apresenta conforme o diâmetro nominal os valores 
correspondentes de massa por unidade de comprimento (considerando aço com 
densidade de 7.850 kg/mm³) de acordo com a tabela abaixo: 
 
Tabela 4 – Densidade linear de massa dos fios e barras para concreto armado. 
FIOS BARRAS 
Diâmetro 
Nominal (mm) 
Massa Nominal 
(kg/m) 
Diâmetro 
Nominal (mm) 
Massa Nominal 
(kg/m) 
2,4 0,036 6,3 0,245 
3,4 0,071 8,0 0,395 
3,8 0,089 10,0 0,617 
4,2 0,109 12,5 0,963 
4,6 0,130 16,0 1,578 
5,0 0,154 20,0 2,466 
5,5 0,187 22,0 2,984 
6,0 0,222 25,0 3,853 
6,4 0,253 32,0 6,313 
7,0 0,302 40,0 9,865 
8,0 0,395 
 9,5 0,558 
10,0 0,617 
Fonte: ABNT (2008) 
 
Bauer (2019) explica que os fios e barras redondas de aço para concreto 
armado são chamados de vergalhões, estes são classificados de acordo com sua 
característica mecânica de resistência a tração e ao escoamento. As classes de 
vergalhão são: Barras de aço Lisas CA-25 (escoamento mínimo de 250 MPa) e 
Nervuradas CA-50 (escoamento mínimo de 500 MPa) e os Fios de aço CA-60 
(escoamento mínimo de 660 MPa), de acordo com seu valor característico de 
resistência ao escoamento. Este valor é obtido no ensaio de tração onde são 
observadas deformações plásticas significativas no aço. 
 De acordo com Gusmão (1990) todas as edificações são constituídas por três 
30 
 
partes, sendo: terreno de fundação, infraestrutura e superestrutura. 
 
5.1 Infraestrutura 
 
A infraestrutura é definida como as instalações físicas que sustentam e 
apoiam a comunidade e normalmente incluem materiais como concreto, aço e outros 
materiais que são utilizados em grandes quantidades (NEUMANN, 2017). 
 
5.1.1 Fundação 
 
Albuquerque e Garcia (2020 p. 3) define fundação como “um sistema 
formado pelo terreno (maciço de solo) e pelo elemento estrutural de fundação e que 
transmite a carga ao terreno pela base ou fuste, ou combinação das duas”. De 
acordo com o autor, as obras de engenharia precisam ter uma base sólida e estável 
para serem sustentadas, ou seja, é um apoio que proporciona condições seguras 
quanto às rupturas e deformações. 
Conforme Danziger e Lopes (2021, p. 10) para execução de um bom projeto 
de fundação deve-se verificar quatro requisitos essenciais: 
 
i. As cargas da estrutura, e aquelas decorrentes da ação do próprio maciço, 
devem ser transmitidas às camadas de solo capazes de suportá-las com 
segurança (sem ruptura). 
ii. As deformações das camadas de solo subjacentes à fundação devem 
resultar em deslocamentos, no nível do topo das fundações, compatíveis 
com os tolerados pela estrutura específica. 
iii. A execução das fundações não deve causar danos às obras vizinhas. 
iv. O projeto deve atender aos aspectos econômico e de prazo. 
 
Segundo a NBR 6122 (ABNT, 1996), as fundações são divididas em duas 
categorias, sendo elas: as fundações diretas ou superficiais e as fundações 
profundas. 
 
5.1.1.1 Fundações Diretas ou Superficiais 
 
As fundações diretas ou superficiais são aquelas em que a carga é 
31 
 
transmitida ao terreno predominantemente pelas tensões distribuídas sob a base do 
elemento estrutural de fundação e a profundidade de assentamento da fundação 
superficial em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor 
dimensão da fundação. (ABNT, 1996). Nestas enquadram-se: sapatas, blocos, 
radiers, sapatas associadas e sapatas corridas. 
Para Albuquerque e Garcia (2020), a sapata é um elemento de concreto 
armado, que pode ser rígida necessitando apenas de armadura mínima ou flexível. 
Então, é necessário montá-las de forma que resista às tensões de tração geradas 
pela flexão. As sapatas possuem menor altura que os blocos de fundação e sua 
composição é constituída pelas proporções em planta e corte (conforme imagem 
abaixo) e podem ser: circulares, quadradas, retangulares e corridas. 
 
Figura 4 - Exemplo de sapata isolada de formato retangular. 
 
Fonte: ALBUQUERQUE E GARCIA (2020 p.6). 
 
Guimarães e Peter (2018) caracterizam o bloco de fundação como um 
elemento em concreto simples dimensionado de maneira que as tensões de tração 
geradas sejam resistidas sem necessidade de armadura. Em contrapartida, 
Albuquerque e Garcia (2020) indicam que os blocos necessitam de uma armadura 
mínima, considerando que possuem altura relativamente elevada, conforme imagem 
abaixo: 
 
32 
 
Figura 5 - Bloco de fundação convencional. 
 
Fonte: ALBUQUERQUE E GARCIA (2020 p.7). 
 
Para redução do volume de concreto dos blocos de fundação, também é 
possível a utilização da geométrica em escalonamento, tronco de cone ou pedestal. 
(ALBUQUERQUE E GARCIA, 2020) 
 
Figura 6 - Bloco de fundação escalonado. 
 
Fonte: ALBUQUERQUE E GARCIA (2020 p.7). 
 
Segundo Guimarães e Peter (2018), o radier é um elemento de fundação 
que abrange todos os pilares da obra e pode ser do tipo flexível ou mais rígido. 
Albuquerque e Garcia (2020) complementa que o radier pode ser 
caracterizado como um elemento de fundação que recebe e distribui mais de 70% 
das cargas da estrutura que são propagadas diretamente ao solo através de uma 
grande área em forma de laje. 
 
33 
 
Figura 7 - Radier. 
 
Fonte: GUIMARÃES E PETER (2018 p. 21). 
 
Botelho (2015) indica o Radier como solução para diminuição da tensão 
transferida dos pilares ao solo quando este ser pouco resistente na camada 
superficial. 
 
Figura 8 - Viga de fundação. 
 
Fonte: CORREA (2018, p. 62) 
 
As vigas de fundação também conhecidas como Baldrames ou Sapatas 
Corridas são assentados no mesmo alinhamento os pilares da estrutura, suas 
34 
 
armaduras variam de acordo com a necessidade, em alguns casos recebem 
armadura apenas na parte inferior. Geralmente as vigas são assentadas diretamente 
no solo ou sobre estacas, de acordo com a carga e o tipo de solo (SALGADO, 
2018). 
 
Figura 9 - Forma básica para viga baldrame. 
 
Fonte: SALGADO (2018, p. 67) 
Conforme Salgado (2018) as Baldrames podemter formato quadrado, 
retangular ou trapezoidal, sendo a básica a forma retangular. 
 
5.1.1.2 Fundações Profundas 
 
Segundo Albuquerque e Garcia (2020) o Bloco de Coroamento é um 
elemento estrutural de fundação responsável por transmitir as cargas dos pilares 
para os elementos da fundação profunda. 
As fundações profundas são utilizadas quando o lençol freático está muito 
alto ou o solo superficial não resiste aos esforços solicitantes. Admitindo o uso de 
estacas como solução de fundação profunda há dois aspetos a serem considerados 
para seu dimensionamento, são: Atrito lateral e; Atrito de ponta de estaca. O atrito 
lateral se dá ao longo de todo corpo da estaca (fuste), este atrito gera a resistência 
contra a penetração no solo. O atrito de ponta de estaca gerado somente na 
extremidade inferior da estaca também contribui para resistência contra penetração 
no solo. Normalmente as fundações profundas são mais caras que as fundações 
rasas (BOTELHO, 2015). 
As estacas podem ser classificadas de acordo com o tipo de execução de 
deslocamento ou de substituição. Estacas de deslocamento são aquelas cujo 
35 
 
volume ocupado por ela após a execução é obtido por deslocamento do solo, ou 
seja, o solo é deslocado e não retirado. Neste tipo de estaca destacam-se as 
estacas pré-moldadas de concreto e de aço cravadas e estacas tipo Franki. As 
estacas de substituição são as que o seu volume após a execução é obtido por 
remoção de solo. Neste tipo de estaca destacam-se as estacas tipo raiz, hélice 
comuns e escavadas em geral. (DANZIGER E LOPES, 2021). 
A fundação profunda mais utilizada no Brasil é a estaca Strauss, 
considerada uma evolução das brocas, permite a transmissão de cargas elevadas 
para o solo, sendo assim pode ser utilizada em prédios de vários pavimentos. Seu 
uso é inviabilizado quando no local de execução encontra-se um lençol freático em 
nível muito elevado. A sequência de execução se dá através da cravação de um 
pilão (tubo perfurante no solo). Após o pilão penetrado alguns metros, utiliza-se um 
elemento perfurante que corta o solo e o retira de dentro do tubo gerando um 
espaço confinado pelo tubo. Quando solo muito rígido utiliza-se água para amolecer 
o solo que será retirado. O processo continua com a cravação do pilão e a remoção 
do solo até a profundidade determinada em projeto, quando esta é alcançada inicia-
se o lançamento do concreto cuidadosamente até o preenchimento total do furo 
gerando uma estaca moldada no local (BOTELHO, 2015). 
 
Figura 10 - Sequência de cravação estaca Strauss. 
 
Fonte: BOTELHO (2015, p. 98) 
 
Segundo Botelho (2015) quando o lençol freático estiver em um nível muito 
36 
 
alto atrapalhará, pois irá encher o furo executado de água antes do lançamento do 
concreto. Os equipamentos para execução da estaca Strauss possuem pouco peso 
o que facilita sua locomoção dentro da obra e também sua facilidade de execução 
faz com que esta seja uma solução muito utilizada no país. 
Conforme Danziger e Lopes (2021) as estacas cravadas podem ser de 
madeira, aço ou concreto. As estacas de madeira muito utilizadas no passado, hoje 
são restritas para uso em estruturas provisórias. 
Estacas de aço podem ser utilizadas em diversos formatos e o tipo de aço 
mais utilizado é o ASTM A36 e o A572 Grau 50, em alguns casos é adicionada uma 
porcentagem de cobre, que trás mais resistência à corrosão atmosférica (aço tipo 
patinável). Os principais benefícios do uso de estacas de aço são: Peso 
relativamente baixo e elevada resistência mecânica, fáceis de transportar, manipular 
e cravar, permitem ajustes que podem ser feitos no canteiro de obra, possibilidade 
de reaproveitamento de peças cortadas que podem ser soldadas, entre outros. 
Porém as desvantagens do uso deste tipo de material para fundações são o custo 
elevado e a corrosão (DANZIGER E LOPES, 2021). 
Os mesmos autores relatam que o processo de corrosão nas estacas 
cravadas de aço não evolui quando a película desenvolvida de óxido de ferro 
(ferrugem) não é removida, não afetando a vida útil da fundação. Quando este 
material é utilizado em trechos acima do solo ou em contato direto com a água, por 
exemplo, gera a contínua remoção da película de proteção do aço onde se faz 
necessário a aplicação de pintura de proteção, encamisamento da estaca com 
concreto ou adota-se a proteção catódica (esta com custo muito elevado). 
Danziger e Lopes (2021) observam que as estacas cravadas de concreto 
pré-moldado também podem ter diversos formatos, os autores orientam o uso de um 
reforço na armadura transversal nas extremidades da peça em função das tensões 
dinâmicas que ali surgem durante o processo de cravação. A maior vantagem do 
uso deste tipo de estaca de concreto ao invés da estaca de concreto moldado no 
local é o controle tecnológico do concreto que compõem a peça. Em contra partida 
como desvantagem tem-se a necessidade de cuidados especiais na cravação e 
manipulação das peças. 
 
37 
 
Figura 11 - Esquema de cravação de estaca de concreto pré-moldado. 
 
Fonte: BOTELHO (2015, p. 99) 
 
Os autores orientam que na cravação as tensões geradas devem sempre 
ser inferiores a tensão característica do concreto (recomendado inferior a 0,85 fck). 
Como estas tensões geradas na cabeça da estaca no instante do impacto são 
diretamente relacionadas à altura da queda do martelo, evitam-se danos na estaca 
utilizando alturas menores de queda (não maiores de 1,00 m) e martelos mais 
pesados, em geral utiliza-se martelos com 40 kN. Pode-se adotar um coxim de 
amortecimento na face de impacto da estaca. Conforme a NBR 6122 (ABNT 1996) 
recomenda-se o uso de martelo com, no mínimo, 75 % do peso total da estaca e 
pelo menos 20 kN. 
Segundo Botelho (2015) outro tipo de fundação muito utilizado no Brasil é a 
estaca hélice, onde um trado hélice motorizado faz a escavação do terreno e om o 
furo executado é lançado o concreto. Este tipo de estaca é de rápida execução 
podendo alguns executores chegar a produzir até 15 estacas por dia e não produz 
vibrações o que geralmente incomoda os vizinhos. É estimado em um pré-
dimensionamento capacidade de carga de 5,88 Mpa. Os diâmetros de perfuração 
variam de 300 mm a 1000 mm. 
 
38 
 
Figura 12 - Sequência de perfuração da estaca hélice. 
 
Fonte: BOTELHO (2015, p. 104) 
 
Conforme Danziger e Lopes (2021) há estacas perfuradas com trado manual 
ou mecânico, denominadas estaca tipo broca, não fazem uso de revestimento ou 
fluido estabilizante, onde estas logo após a perfuração são cheias de concreto. Se 
utilizadas ferramentas especiais também podem ter a base alargada, porém este 
procedimento não é usual em nosso país. Este tipo de estaca é utilizado quando a 
base não atinge o nível do lençol freático, ou onde se garante a secagem do furo 
antes da concretagem. O diâmetro desta fundação varia entre 20 cm a 40 cm e 
quando utilizada, a armadura normalmente possui barras longitudinais amarradas 
com estribos em espiral ligando-se ao bloco de coroamento. 
A NBR 6122 (ABNT, 1996) recomenda que o diâmetro máximo das estacas 
tipo broca não ultrapasse 50 cm. A concretagem deve seguir com o lançamento do 
concreto do topo com auxilio de funil e o concreto não deve possuir fck inferior a 15 
MPa e o consumo de cimento deve ser superior a 300 kg/m³ com consistência 
plástica. 
As estacas tipo Franki têm sua base alargada o que se torna vantajosa por 
ter menos comprimento gerando menos custo de execução. Por ser realizada com 
pilão, que varia de 1 t a 4 t, caindo de vários metros de altura gera vibrações e 
barulho que incomoda vizinhos quando executada nos centros urbanos (DANZIGER 
E LOPES, 2021). 
 
39 
 
Figura 13 - Sequência de execução da estaca tipo Franki. 
 
Fonte: DANZIGER E LOPES (2021, p. 25) 
 
A execução segue as seguintes etapas (DANZIGER E LOPES, 2021, p. 24): 
 
1. Cravação do tubo – Colocado o tubo verticalmente,ou segundo a 
inclinação prevista, derrama-se nele uma determinada quantidade de brita e 
areia, que é socada de encontro ao terreno por um pilão de 1 a 4 toneladas 
(dependendo do diâmetro da estaca), caindo de vários metros de altura. 
Sob os golpes do pilão, a mistura de brita e areia forma na parte inferior do 
tubo uma “bucha” estanque, cuja base penetra ligeiramente no terreno e 
cuja parte superior, energicamente comprimida contra as paredes do tubo, o 
arrasta por atrito no seu afundamento. Impelido pelos golpes do pilão, o 
tubo penetra no terreno e o comprime fortemente. Graças à bucha, a água e 
o solo não podem entrar no tubo, de maneira que, quando a cravação é 
concluída, o interior do tubo está seco. 
2. Execução da base alargada – Terminada a cravação do tubo, inicia-se a 
fase da expulsão da bucha e execução da base alargada da estaca. Para 
isso, o tubo é ligeiramente levantado e mantido fixo aos cabos do bate-
estacas, expulsando-se a bucha por meio de golpes de grande altura do 
pilão. Imediatamente após a expulsão da bucha, introduz-se concreto seco 
que, sob os golpes do pilão, vai sendo introduzido no terreno, formando a 
40 
 
base alargada. 
3. Colocação da armadura – Pronta a base alargada, coloca-se no tubo a 
armadura prevista. Essa colocação é feita de maneira que a armadura fique 
situada entre o tubo e o pilão e de tal forma que esse possa trabalhar 
livremente no interior da armadura. Nas estacas de tração ou quando se 
prevê “levantamento do terreno”, a armadura é colocada antes do término 
do alargamento da base, de sorte a ancorá-la na base. 
4. Concretagem do fuste da estaca – Uma vez colocada a armadura, passa-
se à execução do fuste, apiloando-se concreto (fator água/cimento 0,40 a 
0,45) em camadas sucessivas de espessura conveniente, ao mesmo tempo 
em que se retira correspondentemente o tubo, tendo-se o cuidado de nele 
deixar uma quantidade suficiente de concreto para que a água e o solo nele 
não penetrem. 
 
Conforme os mesmos autores também podem encontrar outros quatro tipos 
de estacas Franki, são: 
a) Cravada com ponta aberta; Faz-se uma escavação interna para cravar 
o tubo, onde este tubo é forçado para baixo através dos cabos de aço, enquanto um 
trado ou piteira continua a escavação interna até determinada profundidade. Após 
este procedimento é retomado o processo normal Franki. 
b) Com fuste vibrado; O diferencial deste processo é a colocação do 
concreto em todo furo com concreto de slump de 8 a 12 cm e após cheio adapta-se 
um vibrador com vibração unidirecional vertical, onde este é retirado de forma 
contínua com o esforço do próprio bate-estacas. 
c) Tubada; Utilizado um fuste em tubo de aço que é introduzido após o 
alargamento da base, este tubo é perdido, pois a concretagem é realizada 
totalmente dentro do tubo, amplamente utilizada em fundações de pontes e obras 
marítimas. 
d) Mista; Utiliza-se um fuste pré-moldado instalado na base alargada do 
processo Franki. Este fuste tem na extremidade pontas de vergalhão que permite 
ancoragem com um concreto de ligação. Após isto retira-se o tubo de cravação e a 
estaca está concluída. 
A estaca raiz foi desenvolvida inicialmente para contenção de encostas e 
para reforço de fundações. Este tipo de fundação é caracterizada pela perfuração 
rotopercussiva ou rotativa, utilização de revestimento recuperável, uso de armação 
ao longo de todo comprimento, injeção de ar comprimido e preenchimento do orifício 
41 
 
com argamassa de cimento e areia que é adensada com auxílio de pressão dada 
pelo ar comprimido (DANZIGER E LOPES, 2021). 
 
Figura 14 - Sequência de perfuração da estaca raiz. 
 
Fonte: ALBUQUERQUE E GARCIA (2020, p. 211) 
 
Segundo Albuquerque e Garcia (2020) o uso da estaca raiz é necessário em 
grandes centros urbanos, pois para execução trata-se de um maquinário de 
pequeno porte, não gera ruídos excessivos e vibrações. Quando há embutimento 
em rocha emprega-se o martelo de fundo com diâmetro menor do que o do 
revestimento, quando este procedimento é executado gera mais custo e demanda 
mais tempo. Estacas raiz podem ser executadas até níveis abaixo do nível d’água e 
chegar até 100m de profundidade. Os diâmetros de perfuração variam de 10 cm a 
50 cm. 
 
42 
 
6 METODOLOGIA 
 
Este trabalho apresenta metodologia quantitativa para demonstração das 
diferenças entre os materiais indicados na planilha SINAPI com os materiais 
levantados em projeto para execução da infraestrutura da obra escolhida. 
 
6.1 LOCAL DA OBRA 
 
O projeto em estudo será executado na cidade de Santa Maria no estado do 
Rio Grande do Sul dentro do quartel do exército brasileiro Comando da 6ª Brigada 
de Infantaria Blindada, endereço: Av. Borges de Medeiros, 1515 - Centro, Santa 
Maria - RS, CEP: 97015-680. 
 
Figura 15 - Foto de satélite da área da 6° Brigada. 
 
Fonte: Google Maps, (2021). 
 
Dentro do Cmdo 6ª Bda Inf Bld há um pavilhão denominado Oficina 
Centralizada onde é realizada manutenção de veículos militares. 
 
43 
 
Figura 16 - Local da Oficina Centralizada. 
 
Fonte: Google Maps, (2021). 
 
A construção é no interior do pavilhão da Oficina Centralizada. Esta 
edificação possui 321,00m², sendo 10,00m X 32,10m, e foi construída 
aproximadamente no ano de 2002. Sua estrutura é constituída de um Radier de 
20cm de espessura, pilares em perfil metálico, tesouras metálicas de cobertura, 
telha de fibrocimento e os panos de fechamento são de chapas metálicas dupla com 
revestimento interno termo acústico. A altura livre entre o piso acabado e a tesoura 
metálica é de 6,00m. 
 
6.2 DESCRIÇÃO DA OBRA 
 
Trata-se de adequações do pavilhão existente, Oficina Centralizada, para 
melhor atendimento as necessidades dos usuários. A construção do mezanino é em 
estrutura convencional de concreto armado e deve servir como depósito no térreo e 
escritório no 1º pavimento. A implantação da obra é com uma das faces voltada para 
o menor lado do pavilhão que mede 10,00m e seu comprimento varia entre 3,80m e 
4,80m conforme pode-se observar nas figuras abaixo: 
 
44 
 
Figura 17 - Planta Baixa do térreo (Arquitetura). 
 
Fonte: CRO3 (2019). 
 
45 
 
Figura 18 - Planta Baixa do 1º pavimento (Arquitetura). 
 
Fonte: CRO 3 (2019). 
 
Como trata-se de uma obra pública faz-se necessário a contratação de uma 
empresa para executar a construção por meio de licitação pública. Todos os 
projetos, planilhas, memoriais e documentos da obra foram elaborados pela 
Comissão Regional de Obras 3, que é o órgão licitante. Um dos documentos 
obrigatórios que compõe este edital é o orçamento, este é elaborado com base nos 
projetos e estudos realizados pelo engenheiro projetista da CRO3. O orçamento é 
realizado com itens da SINAPI de data vigente a elaboração do mesmo e com isso 
tem-se o valor denominado Preço de Oferta para ser utilizado como valor máximo a 
ser gasto para execução deste projeto. 
 
 
46 
 
6.3 IDENTIFICAÇÃO E LEVANTAMENTO DOS MATERIAIS DA 
INFRAESTRUTURA 
 
Os arquivos pertinentes a essa obra encontram-se disponibilizados no site 
oficial da Comissão Regional de Obras 3 na seção “Editais e Licitação”, “Editais e 
Licitações Encerrados”, na postagem realizada na data de 25/09/2019 às 11 horas e 
42 minutos, denominada “Tomada de Preços nº 018/2019 - Serviço de Adequação 
das Instalações da Oficina Centralizada da 6ª Brigada de Infantaria Blindada (6ª Bda 
Inf Bld), em Santa Maria – RS”. Na página do site da CRO3 é possível realizar o 
download dos documentos utilizados para a elaboração da licitação. O acesso e 
download destes arquivos para elaboração deste estudo foi realizado em 
17/03/2021. Os documentos anexados no site para esta licitação são: 
 
 19PB003_RTSM - Projeto Básico 
 19PB003_RTSM - Anexo I - Justificativas Técnicas 
 19PB003_RTSM - Anexo II - Especificações Técnicas 
 19PB003_RTSM - Anexo III – Orçamento 
 19PB003_RTSM- Anexo IV - Composição do BDI 
 19PB003_RTSM - Anexo V – Cronograma 
 ART 10279961 – SAVANA 
 ART 10280256 – JEFERSON 
 19PB003_RTSM - Anexo VII - Conformidade Ambiental 
 19PB003_RTSM - Anexo VIII - Estudos Preliminares 
 Projeto 1- Arquitetônico_Planta_Garagem_Centralizada_REV03 
 Projeto 2- Planta_Eletrico_Garagem_Centralizada_R00 
 Projeto 3- Planta _Hidrossanitário_Garagem Centralizada-REV00 
 Projeto 4- Logica_Garagem_Centralizada_R00 
 Projeto 5- Plantas_Estrutural_Garagem_Centralizada_REV00 
 
Dentre estes documentos podemos destacar o Anexo III – Orçamento, o 
qual contém os itens, quantidades e valores respectivos necessários para execução 
do projeto por completo para servir como base de custo para ser realizada a licitação 
pública. Para composição deste orçamento a CRO3 leva em conta as especificações 
47 
 
técnicas e os projetos previamente elaborados com estudos realizados no local, 
verificação das necessidades dos usuários, condições para emprego das estruturas 
e materiais escolhidos, técnicas construtivas, viabilidade financeira, entre outros. 
Os itens de infraestrutura deste projeto são compostos por estacas, blocos e 
vigas de fundação. 
 
Figura 19 - Planta de forma do pavimento térreo. 
 
Fonte: CRO 3 (2019). 
48 
 
As estruturas de fundação estão estabelecidas conforme dimensionamento e 
orientações da CRO3, licitante, conforme arquivos disponibilizados para licitação 
pública e posterior execução da obra. 
 
6.3.1 Planilha orçamentária inicial 
 
Na planilha orçamentária anexa aos documentos de licitação pode-se 
observar os seguintes itens relacionados para execução da infraestrutura: 
 
 5. Estacas 
 6. Blocos 
 8. Vigas e Lajes 
 
Observação: O Item “8. Vigas e Lajes” contêm além dos quantitativos para execução 
das vigas de fundação, os quantitativos referentes a vigas e das lajes do segundo 
pavimento. 
No anexo A pode-se observar a parte da planilha divulgada pela licitante 
onde constam os itens da infraestrutura e as quantidades de cada composição para 
execução da obra. 
Nota-se que é anexada às documentações da licitação somente a planilha 
sintética das composições para elaboração do orçamento onde não são exibidas as 
descrições e quantidades dos insumos nelas contidos. Deve-se analisar o que está 
sendo considerado de material, mão de obra e equipamento, para formar este valor 
de orçamento. 
A partir desta planilha oriunda dos anexos da licitação e com dados obtidos 
no site oficial da CEF é possível montar uma planilha analítica (Anexo B) destes 
itens, onde são observados todos os insumos de material, mão de obra e 
equipamento considerados pelas composições do SINAPI para possibilitar a 
orçamentação e a posterior execução da obra. 
Com base na planilha analítica é possível visualizar todos os materiais, 
equipamentos e mão de obra necessários para execução do projeto de fundações 
da obra em estudo. A partir deste escopo detalhado proveniente do SINAPI é 
possível que a empresa que esteja interessada em participar da licitação consiga 
realizar um orçamento e um estudo de viabilidade técnica e financeira para possível 
49 
 
participação nesta concorrência pública. 
Os itens 8.8, 8.9, 8.10, 8.11 e 8.12 do orçamento disponibilizado pela 
licitante não estão relacionados na tabela do Anexo B, pois estes são indicados para 
o serviço laje, o que não compreende o segmento de infraestrutura, base do estudo 
apresentado. Nota-se que as vigas de fundação (denominado “Térreo”) estão 
incluídas no mesmo projeto das vigas do conjunto da superestrutura (denominado 1º 
pavimento). Na planilha orçamentária os dois conjuntos de vigas (térreo e 1º 
pavimento) estão agrupados no mesmo item “8. Vigas e Lajes”. Portanto para um 
correto levantamento dos itens pertencentes às vigas da infraestrutura deve-se 
realizar o levantamento dos materiais dos dois conjuntos de vigas. 
A partir da tabela analítica (Anexo B) de todos os itens que compreendem a 
infraestrutura da obra resumiu-se os materiais relacionando-os por serviço à ser 
executado, conforme tabela abaixo: 
 
Tabela 5 - Materiais indicados pelo SINAPI para execução das estacas da obra. 
Descrição dos Insumos Unidade Quantidade 
Armação de estruturas de concreto armado, exceto vigas, pilares, lajes e 
fundações, utilizando aço CA-50 de 16,0 mm - montagem. Af_12/2015 
kg 186,45 
Armação de estruturas de concreto armado, exceto vigas, pilares, lajes e 
fundações, utilizando aço CA-50 de 8,0 mm - montagem. Af_12/2015 
kg 74,58 
Concreto fck = 20MPa, traço 1:2,7:3 (cimento/ areia média/ brita 1) - 
preparo mecânico com betoneira 600 l. Af_07/2016 
m³ 4,13 
Corte e dobra de aço CA-50, diâmetro de 12,5 mm, utilizado em 
estruturas diversas, exceto lajes. Af_12/2015 
kg 138,67 
Fonte: Autor. 
 
 
50 
 
Tabela 6 - Materiais indicados pelo SINAPI para execução dos blocos sobre estacas da obra. 
Descrição dos Insumos Unidade Quantidade 
Arame recozido 16 BWG, d = 1,65 mm (0,016 kg/m) ou 18 BWG, d = 
1,25 mm (0,01 kg/m) 
kg 1,99 
Areia media - posto jazida/fornecedor (retirado na jazida, sem 
transporte) 
m³ 0,15 
Cimento portland composto CP II-32 kg 38,16 
Concreto usinado bombeavel, classe de resistencia C25, com brita 0 e 1, 
slump = 100 +/- 20 mm, exclui servico de bombeamento (NBR 8953) 
m³ 2,19 
Corte e dobra de aço CA-50, diâmetro de 10,0 mm, utilizado em 
estruturas diversas, exceto lajes. Af_12/2015 
kg 38,34 
Corte e dobra de aço CA-50, diâmetro de 12,5 mm, utilizado em 
estruturas diversas, exceto lajes. Af_12/2015 
kg 8,1 
Corte e dobra de aço CA-60, diâmetro de 5,0 mm, utilizado em 
estruturas diversas, exceto lajes. Af_12/2015 
kg 33,3 
Desmoldante protetor para formas de madeira, de base oleosa 
emulsionada em agua 
l 0,32 
Espacador / distanciador circular com entrada lateral, em plastico, para 
vergalhao *4,2 a 12,5* mm, cobrimento 20 mm 
un 85,81 
Pedra britada n. 1 (9,5 a 19 mm) posto pedreira/fornecedor, sem frete m³ 0,1 
Prego de aco polido com cabeca 15 x 18 (1 1/2 x 13) kg 1,12 
Prego de aco polido com cabeca 17 x 24 (2 1/4 x 11) kg 3,33 
Prego de aco polido com cabeca dupla 17 x 27 (2 1/2 x 11) kg 0,19 
Sarrafo *2,5 x 7,5* cm em pinus, mista ou equivalente da regiao - bruta m 323,63 
Tabua nao aparelhada *2,5 x 30* cm, em macaranduba, angelim ou 
equivalente da regiao - bruta 
m 89,68 
Umidificação de material para valas com caminhão pipa 10000l. 
Af_11/2016 
m³ 0,55 
Fonte: Autor. 
 
 
51 
 
Tabela 7 - Materiais indicados pelo SINAPI para execução das vigas da obra. 
Descrição dos Insumos Unidade Quantidade 
Arame recozido 18 BWG, 1,25 mm (0,01 kg/m) kg 6,45 
Concreto usinado bombeavel, classe de resistencia C25, com brita 0 e 1, 
slump = 100 +/- 20 mm, exclui servico de bombeamento (nbr 8953) 
m³ 3,92 
Corte e dobra de aço CA-50, diâmetro de 10,0 mm, utilizado em 
estruturas diversas, exceto lajes. Af_12/2015 
kg 53,37 
Corte e dobra de aço CA-50, diâmetro de 12,5 mm, utilizado em 
estruturas diversas, exceto lajes. Af_12/2015 
kg 56,76 
Corte e dobra de aço CA-50, diâmetro de 6,3 mm, utilizado em 
estruturas diversas, exceto lajes. Af_12/2015 
kg 0,9 
Corte e dobra de aço CA-50, diâmetro de 8,0 mm, utilizado em 
estruturas diversas, exceto lajes. Af_12/2015 
kg 86,94 
Corte e dobra de aço CA-60, diâmetro de 5,0 mm, utilizado em 
estruturas diversas, exceto lajes. Af_12/2015 
kg 60,03 
Desmoldante protetor para formas de madeira, de base oleosa 
emulsionada em agua 
l 1,05 
Espacador / distanciador circular com entrada lateral, em plastico, para 
vergalhao *4,2 a 12,5* mm, cobrimento 20 mm 
un 186,72 
Fabricação de escoras do tipo pontalete, em madeira. Af_12/2015 m 116,08 
Fabricação de fôrma para vigas, com madeira serrada, e = 25 mm. 
Af_12/2015 
m² 25,89 
Prego de aco polido com cabeca dupla 17 x 27 (2 1/2 x 11) kg 4,08 
Tabua de madeira nao aparelhada *2,5 x 20* cm, cedrinho ou 
equivalente da regiao 
m 20,26 
Fonte:

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