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Propriedade Intelectual Direito e Ética - Resumo das 10 Aulas

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Aula 01
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:...
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
inviolabilidade do direito à vida...
... à liberdade...
... à igualdade...
... à segurança ...
... à propriedade...
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL – 1988 - PRINCÍPIOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS:
Dignidade da pessoa humana
Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
Poderes da União – Legislativo, Executivo e Judiciário.
Todos são iguais perante a lei ...
... É livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato ...
... É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença ...
... Invioláveis a intimidade, vida privada e a imagem das pessoas ...
... Inviolável o sigilo de correspondência ...
... Direito de propriedade ...
... Direito exclusivo dos autores a reprodução da obra ...
... Proteção as participações individuais em obras coletivas ...
... Inventos industriais/privilégio temporário...
NOÇÕES DE DIREITO PENAL – LEI 2848 DE 07/DEZ/1940
Crime doloso e culposo ...
... Tipos de ação penal (publica e privada)...
... Crimes contra honra ...
... Crimes contra o patrimônio (furto e roubo)...
... Crimes contra Propriedade Intelectual ...
NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO – DECRETO LEI 5452 – 1º DE MAIO DE 1943
Definição de empregador...
... Definição de empregado ...
... Desídia (questão envolvendo e-mail funcional)...
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL – LEI 10406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
Dos contratos em geral ...
... Da formação dos Contratos (com ênfase no contrato de adesão)...
NOÇÕES DE DIREITO PENAL – LEI 2848 DE 07/DEZ/1940
Crime doloso e culposo ...
... Tipos de ação penal (publica e privada)...
... Crimes contra honra ...
... Crimes contra o patrimônio (furto e roubo)...
... Crimes contra Propriedade Intelectual
NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO – DECRETO LEI 5452 – 1º DE MAIO DE 1943.
Definição de empregador...
... Definição de empregado ...
... Desídia (questão envolvendo e-mail funcional)...
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL – LEI 10406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
Dos contratos em geral ...
... Da formação dos Contratos (com ênfase no contrato de adesão)...
NOÇÕES DE DIREITO DO CONSUMIDOR: LEI 8078 – DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.
Definição de Consumidor ...
... Definição de Fornecedor ...
... Definição de Produto...
... Definição de Serviço ...
... Publicidade Enganosa e Abusiva ...
... Da proteção contratual ...
LEI DE DIREITOS AUTORAIS – LEI 9610 – DE 19 DE FEVEREIRO DE 1988.
... Obra ...
... Obras protegidas ...
... Autoria das obras ...
... Registro das obras ...
... Dos Direitos de Autor ...
... Dos direitos Morais do autor ...
... Dos direitos Patrimoniais do Autor ...
... Limitações dos Direitos Autorais ...
PROTEÇÃO INTELECTUAL DO PROGRAMA DE COMPUTADOR – LEI 9609 – DE 19 DE FEVEREIRO DE 1988.
Da proteção do autor e do Registro ...
... Quando o programa pertence exclusivamente ao empregador ...
... Quando o programa pertence exclusivamente ao empregado ...
... Das garantias ao usuário do programa de computador...
... Dos Contratos de Licença de uso e transferência de tecnologia ...
... Das infrações e penalidades ...
NOÇÕES DE DIREITO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL – LEI 9279 DE 14 DE MAIO DE 1996.
... Patentes ...
... Desenho Industrial ...
... Marcas ...
... Indicações Geográficas ...
... Crimes contra concorrência desleal ...
NOÇÕES DE ÉTICA
Ética, Moral e Direito vs Tecnologia ...
... Ética no Exercício Profissional ...
Direito Constitucional: Direito submetido a uma Constituição. Referente à Constituição de um Estado. Fundamentado na organização e no funcionamento de um Estado.
Direito Constitucional: é importante pois, além de ser a lei maior, é nela em que aparecem os direitos exclusivos do Autor sobre sua obra, onde também encontramos a proteção e direitos a honra, imagem e o nome (título de uma obra, por exemplo).
Direito Penal: dentre outros detalhes, nos dá a noção de Furto ou Roubo, sendo importante tal análise para se consubstanciar a possibilidade ou não do furto de informação; além de Crimes Contra Propriedade Intelectual.
Direito do Trabalho: temos as definições de empregado e empregado; na primeira fazemos a relação entre empregado e, por exemplo, cooperativado.
Direito Civil: temos como principal tema os contratos, sua formação e validade jurídica.
Código de Defesa do Consumidor: duas definições são importantes, a de produto e serviço.
Dos Princípios Fundamentais: No Brasil, a forma de estado adotada é a de uma Federação que significa a coexistência pacífica em um mesmo território de unidades dotadas de autonomia pública, possuindo tipos de competências exclusivas e discriminadas no texto constitucional.
FORMA DE ESTADO: Federação
UNIDADES: Autonomia Pública
O Brasil tem como forma de governo a República – forma adotada desde 1889 – e continuou por todas as consequentes Cartas Magnas (Constituições). Uma das principais características dessa forma de governo é a obrigatoriedade de alternância de poder.
Em relação ao regime político, o caput do artigo 1º da Constituição versa: “constitui-se um Estado Democrático de Direito...”.
Estado Democrático de Direito: vem traduzir a ideia de um Estado em que todas as pessoas e todos os poderes estão sob o manto do império da Lei e do Direito, e no qual os poderes públicos tenham de ser exercidos por representantes do povo, visando à tentativa de assegurar às pessoas uma igualdade em termos materiais, ou seja, as condições materiais mínimas necessárias a uma vida digna.
A Carta Magna (Constituição) determina que os alicerces da República Federativa do Brasil são:
a. A soberania. 
b. A cidadania.
c. A dignidade da pessoa humana.
d. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
e. O pluralismo político.
PODERES DA UNIÃO
EXECUTIVO: cabe exercer as funções de Governo e Administração.
LEGISLATIVO: cabe principalmente a elaboração das leis.
JUDICIÁRIO: atribui-se o exercício da jurisdição, significando isso dizer qual o direito aplicável ao caso concreto na hipótese de litígio.
Aula 02
Artigo 5º, X - Inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas
São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
No caso de violação a um desses bens da pessoa, ocorre o que chamamos de indenização. A indenização poderá ser cumulativa, o que significa que poderá ser reconhecido o direito de indenização pelo dano material e moral.
ARTIGO 5º, XI - INVIOLABILIDADE DOMICILIAR
A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
É importante ressaltar que esta inviolabilidade não alcança somente a “casa” (residência do indivíduo). Ela compreende, também, qualquer outro recinto fechado, não aberto ao público, ainda que de natureza profissional, como escritório de advocacia, consultório médico, dependências privadas de empresas e etc.
Esse dispositivo colocou por terra a possibilidade de determinações administrativas de busca e apreensão de documentos, prática, hoje, absolutamente inconstitucional.
ARTIGO 5º, XII - INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA
Esse dispositivo colocou por terra a possibilidade de determinações administrativas de busca e apreensão de documentos, prática, hoje, absolutamente inconstitucional.
ARTIGO 5º, XXII E XXXI - DIREITO À PROPRIEDADE
ONTEM - Na épocado Liberalismo, o direito à propriedade era visto como um direito absoluto, consubstanciado nos poderes de usar, fruir, dispor da coisa, bem como reivindicá-la de quem indevidamente a possuísse e oponível a todas as demais pessoas.
HOJE - Atualmente, não é mais cabível a concepção de propriedade como um direito absoluto. Nossa constituição consagra o Brasil como um estado Democrático Social de Direito. Então, a propriedade deve atender a uma função social. Exemplo: o proprietário de um terreno urbano não pode mantê-lo não edificado, ou seja, subutilizado – CF, Artigo 182, §4º.
O direito de propriedade deverá ceder, quando for necessário, à tutela do interesse público, como ocorre nas hipóteses de desapropriação por utilidade ou necessidade pública, de aquisição administrativa – Artigo 5º, XXV - e de requisição de bens no Estado de Sítio –Artigo 139, VII, CF.
ARTIGO 5º, XXVII E XXVIII - DIREITOS AUTORAIS CONSTITUCIONAIS
Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas.
LEI 9610 DE 1998 - Art. 7º - São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro.
Art. 5º , XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País.
LEI 9279 DE 1996, Art. 2º - A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante:
I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
II - concessão de registro de desenho industrial;
III - concessão de registro de marca;
IV - repressão às falsas indicações geográficas; e
V - repressão à concorrência desleal.
Aula 03
DECRETO LEI Nº 2848, DE 07 DE DEZEMBRO DE 1940 – CÓDIGO PENAL
ARTIGO 18 - I (CRIME DOLOSO) E II (CRIME CULPOSO)
Art. 18 Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
     I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). Ligado à vontade e consciência do agente.
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
    II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). Ligado à imprudência, imperícia ou negligência do agente.
CRIME DOLOSO - Toda ação consciente é conduzida pela decisão da ação, quer dizer, pela real consciência do que se quer pela decisão de realizar um ato. Conduta é um comportamento voluntário que tem como fim causar um resultado, sendo indispensável a verificação do conteúdo da vontade do autor do fato, ou seja, o fim que estava contido na ação.
CRIME CULPOSO - Imprudência: caracteriza-se quando o agente atua com precipitação, afoitamente, sem as devidas cautelas.
- Negligência: é a inércia psíquica, a indiferença do agente, que, mesmo podendo tomar os cuidados e cautelas exigíveis, não o faz por displicência ou preguiça mental. 
- Imperícia: é a falta de conhecimento teórico ou prático no exercício de arte ou profissão. 
ARTIGO 100, §1º E §2º - DA AÇÃO PENAL
A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
        § 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
        § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
AÇÃO PENAL PÚBLICA - São lesados direitos dos indivíduos e da sociedade. Cabe ao Estado o “jus puniendi” (direito de punir).
AÇÃO PENAL PRIVADA - O direito do ofendido se sobrepõe ao interesse público. O Estado transfere ao particular o “jus acusationis” (direito de acusar).
ARTIGOS 138, 139 E 140 - DOS CRIMES CONTRA A HONRA
CALÚNIA
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
        § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
DIFAMAÇÃO
 Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
INJÚRIA
 Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
        § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
        I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
        II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
        § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem.
ARTIGO 153, §1º, §1º-A - DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DE SEGREDO
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem:
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
        § 1º Somente se procede mediante representação. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 9.983, de 2000)
        § 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
SUJEITO ATIVO: o destinatário ou detentor, legítimo ou ilegítimo, da correspondência ou do documento.
SUJEITO PASSIVO: o remetente, o autor do documento, o destinatário.
CONDUTA TÍPICA: divulgar, por qualquer forma, o segredo inscrito no documento ou correspondência.
OBJETO MATERIAL: documento particular, qualquer escrito fixado por uma pessoa para transmitir algo juridicamente relevante.
ARTIGO 154 - VIOLAÇÃO DO SEGREDO PROFISSIONAL
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
ARTIGO 155, §3º E ARTIGO 157 - DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
FURTO - ART. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
ROUBO - ART. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
ARTIGO 184 - DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INTELECTUAL
VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL
     Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) § 2o Na mesma pena do § 1o incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito deautor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)      
       § 3o Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda, com intuito de lucro, direto ou indireto, sem autorização expressa, conforme o caso, do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
       § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Aula 04
DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943- DEFINIÇÃO DE EMPREGADOR
ART. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
EMPRESA INDIVIDUAL - É a pessoa física ou material que não se constitui em sociedade com outrem mediante patrimônio diferenciado.
EMPRESA DE DIREITO PÚBLICO - A União, os Estados, os Municípios, as autarquias e os partidos políticos que, assumindo o risco da atividade econômica, não trabalham por conta alheia; arcam com os lucros e perdas do empreendimento.
EMPRESA DE DIREITO PRIVADO - Pode ser sociedade anônima limitada, em comandita e etc.
ART. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
DESÍDIA, ARTIGO 482, ALÍNEA “E” E “G” - QUESTÕES RELATIVAS AO E-MAIL FUNCIONAL
ART. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
g) violação de segredo da empresa;
JUSTA CAUSA - Efeito emanado de ato ilícito do empregado. Violação de alguma obrigação legal ou contratual, explícita ou implícita. Permite ao empregador à rescisão do contrato sem ônus.
DESÍDEA - Falta culposa, e não dolosa, ligada à negligência. 
Prática de atos como comportamento inadequado, ausências ou produção imperfeita.
Excepcionalmente configura em um só ato culposo muito grave; se doloso ou querido, pertencerá a outra das justas causas.
LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. - DOS CONTRATOS EM GERAL
ART. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
ART. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
ART. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
ART. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
ART. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.
ART. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
CONTRATOS - A “função social do contrato” acentua a diretriz de “sociedade de direito” e por identificação dialética guarda intimidade com o princípio da “função social da propriedade”, prevista na Constituição.
PRINCÍPIO DA PROPRIEDADE: conjunto de deveres, exigidos nas relações jurídicas.
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ: reflete uma regra de conduta e consubstancia a eticidade orientadora da construção do Código Civil.
A referência a contrato de adesão sugere, por conceituação legal, espécie e não gênero.
LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. - DA FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
ART. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
ART. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
Aula 05
LEI 8078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990
ARTIGO 2º - DEFINIÇÃO DE CONSUMIDOR
ART. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
CONSUMIDOR - Pode ser pessoa física ou jurídica. É tanto quem efetivamente adquire o produto ou contrata o serviço como aquele que, mesmo não o tendo adquirido, utiliza-o ou o consome.
ADQUIRIR – OBTER Seja a título oneroso ou não.
ARTIGO 2º - DEFINIÇÃO DE FORNECEDOR
ART. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
FORNECEDOR - Pessoa física ou jurídica. Pública ou privada. Nacional ou estrangeira. Entes despersonalizados
ENTES DESPERSONALIZADOS - Massa falida: Empresa depois de declarada a falência pelo proprietário, e administrada por alguém nomeado pelo juiz que cuida do processo de falência.
ARTIGO 2º - DEFINIÇÃO DE PRODUTO
ART. 3° - § 1° - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
ARTIGO 2º - DEFINIÇÃO DE SERVIÇO
ART. 3° - § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
ARTIGO 37, §1º E §2º - DA PUBLICIDADE ENGANOSA OU ABUSIVA
ART. 37. - É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
        § 1° - É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
        § 2° - É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
PUBLICIDADE ENGANOSA - Ato de induzir o consumidor a acreditar em alguma coisa que não corresponda à realidade do produto ou serviço em si; ou relativamente a seu preço e forma de pagamento, ou, ainda, a sua garantia.
PUBLICIDADE ABUSIVA - Não tem necessariamente relação com o produto ou serviço oferecido, mas sim com os efeitos da propaganda que possam causar algum constrangimento ao consumidor.
ARTIGO 49 - DA PROTEÇÃO CONTRATUAL
ART. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ouserviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
DISTINÇÃO ENTRE VÍCIO E DEFEITO DO PRODUTO OU SERVIÇO
VÍCIO - Características de qualidade e quantidade que tornam os produtos ou contratação de serviços impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam e também lhe diminuam o valor. Problemas que fazem com que o produto funcione mal, como uma televisão sem som, o automóvel que “morre” a toda hora etc.
DEFEITO - Vício acrescido de um problema extra, alguma coisa extrínseca ao produto ou serviço que causa um dano maior do que simplesmente o mau funcionamento.
VÍCIOS OCULTOS - São aqueles que só aparecem algum ou muito tempo depois após o uso e/ou que, por estarem inacessíveis ao consumidor, podem ser detectados na utilização ordinária.
Aula 06
LEI No 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998
Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos.
Art. 3º Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis.
Art. 4º Interpretam-se restritivamente os negócios jurídicos sobre os direitos autorais.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
     I - publicação - o oferecimento de obra literária, artística ou científica ao conhecimento do público, com o consentimento do autor, ou de qualquer outro titular de direito de autor, por qualquer forma ou processo.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se: VII - contrafação - a reprodução não autorizada.
CONTRAFAÇÃO - É a usurpação ou violação dos direitos autorais. É a reprodução ilícita de uma obra, ou parte dela, sem autorização do autor originário.
VIII - obra: 
        a) em co-autoria - quando é criada em comum, por dois ou mais autores;
        h) coletiva - a criada por iniciativa, organização e responsabilidade de uma pessoa física ou jurídica, que a publica sob seu nome ou marca e que é constituída pela participação de diferentes autores, cujas contribuições se fundem numa criação autônoma.
São características fundamentais dos direitos morais do autor:
PESSOALIDADE, PERSONALIDADE - São direitos de natureza pessoal, inserindo-se nessa categoria direitos de ordem personalíssima, são também perpétuos ou perenes, não se extinguindo jamais.
INALIENABILIDADE - São direitos inalienáveis, não podendo, pois, ingressar legitimamente no comércio jurídico. Mesmo se o criador quiser, deles não pode dispor.
IMPRESCRITIBILIDADE - São direitos que comportam exigência por via judicial a qualquer tempo.
IMPENHORABILIDADE - São direitos impenhoráveis, não suportando constrição judicial.
Art. 27. Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis.
Aula 07
Artigos 28, 29 (I e IV) e 41 - Dos direitos patrimoniais do autor e sua duração.
Artigos 46, I, “a”, “b”, “c” e “d”, II, III, 47 e 48 - Das limitações aos Direitos Autorais.	
DIREITOS PATRIMONIAIS DO AUTOR
Direito exclusivo sobre a criação.
A autonomia do editor está limitada e sob controle.
Necessidade de autorização prévia e expressa do autor para a utilização da obra.
Os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos contados de 1º de janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil.
PARÁFRASE - É o refazimento de um texto com outras palavras e forma  no Intuito de adornar o sentido.
PARÓDIA - É a imitação burlesca de uma obra literária.
Aula 08
Lei nº 9609, de 19 de Fevereiro de 1998
Art. 1º - Programa de computador é a expressão de um conjunto organizado de instruções em linguagem natural ou codificada...
PROGRAMA DE COMPUTADOR - É um bem produzido pelo esforço de alguém que detém o conhecimento em um ou mais tipos de linguagens de programação.
Artigos 2º, §1º, §2º e §3º - Da proteção ao direito de autor e do registro
Direito de reivindicar a paternidade do programa de computador.
Direito de opor-se a alterações não autorizadas. 
Direito assegurado pelo prazo de cinquenta anos, contados a partir de 1º de janeiro do ano subsequente ao da sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação.
OBSERVAÇÃO: Estes direitos independem de registro.
PROGRAMA PERTENCE AO EMPREGADOR:
Quando o programa de computador é desenvolvido por profissional com vínculo empregatício.
PROGRAMA PERTENCE AO EMPREGADO:
Quando o programa de computador é desenvolvido por programador empregado que desenvolve software fora da sua relação de trabalho.
Artigos 7º, 8º, § único - Das garantias ao usuário de programa de computador
PRAZO DE VALIDADE TÉCNICA - Deverá ser especificado no contrato de licença, no documento fiscal correspondente, no suporte físico ou nas embalagens do produto.
Artigo 12, §1º e §2º- Das Infrações e das penalidades
Reprodução de programas de computador para fins de comércio é crime.
É apenado quem vende, expõe à venda, introduz no país, adquire, oculta ou tem em depósito, para fins de comércio, original ou cópia de programa de computador, produzido com violação de direito de autor.
A cópia de um único exemplar pelo usuário para backup não ofende o direito autoral, desde que o detentor seja o proprietário do exemplar e o tenha adquirido por meio legal.
Aula 09
Lei 9279, de 14 de maio de 1996
O QUE É UMA PATENTE - A Patente é um título de propriedade temporário concedido pelo Estado, com base na Lei de Propriedade Industrial, às pessoas que inventam novos produtos ou processos, ou fazem aperfeiçoamentos destinados a aplicação industrial. É importante saber que a concessão deste direito é temporária e apenas válida no país no qual a proteção foi concedida.
QUEM PODE SER TITULAR DE UMA PATENTE - A empresa, instituição (pessoa jurídica), ou o próprio inventor (pessoa física), podem requerer a titularidade de uma patente no órgão competente do país de interesse.
No Brasil a instituição responsável pela concessão é o INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
O artigo 8º estabelece que as invenções devem atender aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial.
Artigos 94, 95 - Desenhos industriais
O Desenho Industrial - é a forma plástica  de um objeto ou conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicada a um produto, propiciando resultado visual novo e original.
NOVO - O desenho industrial deve preencher o requisito “novidade”, sendo diferente daquele que se encontra no estado da técnica.
ORIGINAL - Sua configuração usual deve ser percebida como distintiva. O desenho proposto não pode ser confundido com objetos conhecidos, quando colocados lado a lado.
Aula 10
Lei 9279, de 14 de maio de 1996
PROPRIEDADE INDUSTRIAL - A lei proíbe o registro de sinais acessíveis apenas a outros sentidos humanos que não a visão, não abrangendo os conceitos de marcas olfativas, gustativas, sonoras e táteis.
MARCA DE PRODUTO OU SERVIÇO - Utilizada para distinguir um produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem distinta. (Yahoo, Google).
MARCA DE CERTIFICAÇÃO - Utilizada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada. (Inmetro, ISSO).
MARCA COLETIVA - Utilizada para identificar produtos ou serviços que provêm de membros de uma determinada entidade. (Coopercolina, coodetec).
Artigo 195 I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX - Dos Crimes Contra Concorrência Desleal
Publicidade falsa: ato da veiculação da publicidade a terceiros, contendo inverdades.
Falsa informação: ato sem o emprego especial de meio de publicidade, bastando a comunicação oral a mais de uma pessoa.
Desvio de clientela: desleal aplicação de artimanhas das mais variadas para conquistar clientes alheios.
Uso indevido de sinais: ato de usar de forma indevida uma expressão ou sinal de propaganda alheia, ou imitar, criando confusão entre produtos, serviços, estabelecimentos.
Propaganda ou publicidade desonesta: o concorrente, através de meios de comunicação, atribui a si próprio uma recompensa ou distinção que nãofoi a ele concedida.
Uso indevido do nome: ato de usar nome comercial ou de suas espécies, títulos de estabelecimento ou insígnias para venda do produto.
Suborno: ato de dar ou prometer dinheiro ou outra utilidade a empregado de concorrente, para que este lhe proporcione vantagem.

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