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HISTÓRICO, DEFINIÇÕES E OBJETIVO DO MANEJO DA FAUNA a) Caçadores coletores: fauna como um item básico de sobrevivência e um recurso de livre acesso. b) Caçadores pioneiros: aproveitamento de grandes áreas virgens ou pouco povoadas, com subsídios (armas, cães, cavalos) Manejo de fauna é a arte de usar a terra para produzir colheitas sustentáveis anuais de animais selvagens com fins recreativos. Manejo de fauna trata, portanto, da manipulação das populações de animais selvagens, seus habitats e as interações entre ambos. Manejo passivo: quando o objetivo único é preservar ou proteger uma entidade natural (população, ecossistema, área) contra toda intervenção humana, deixando-a à mercê dos processos naturais. Manejo ativo: implica na mudança da situação atual mediante uma intervenção direta e planificada sobre a fauna, seu habitat e usuários, com os seguintes objetivos - Aumento da população; pesquisar e educação ambiental - Estabilização da população, evitando variações e alcançando abundância ou produção sustentável em um nível desejável. - Redução da população, controlando o impacto de espécies que se comportam como pragas, incluindo também o controle de predadores e competidores das espécies (domésticas ou selvagens) que desejam ser promovidas; Caça, captura, introdução de patógenos ou predadores, pesquisa. - São quatro os objetivos do manejo: preservar, aumentar, estabilizar e reduzir. * Manejar, investigar ou trabalhar são atividades, não objetivos. ESTRESSE EM ANIMAIS SELVAGENS • Condições restritivas e/ou inadequadas de manejo no cativeiro podem submeter os animais a uma situação constante de estresse – prejuízo da higidez. • Processo fisiológico, neuro-hormonal, pelo qual passam os seres vivos para enfrentar uma mudança ambiental, na tentativa de se adaptar às novas condições e, assim, manter sua homeostasia. • Resposta resultante de um animal com o ambiente onde vive naturalmente ou ao qual é submetido artificialmente – cativeiro. Quatro grupos de estressores - Somáticos: fatores que estimulam sensações físicas; calor, frio, fome, sons - Psicológicos: sentimentos de frustação, terror, medo - Comportamentais: mudanças no ritmo biológico, falta de contato social - Mistos: má nutrição, intoxicação, cirurgias, confinamentos Situações estressoras: superlotações; isolamento de animais que convivem em grupos; separação de companheiros, contato humano x animal Deficiência nutricional: uma das causas mais importantes de estresse em cativeiro.] Cada espécie tem preferências alimentares e adaptações digestivas e metabólicas, que influenciam o seu requerimento de água, calorias e nutrientes. Quando há um estímulo por um agente estressor, vão ocorrer modificações no equilíbrio fisiológico do organismo que são imediatamente detectadas por neurorreceptores. Nível cognitivo: Relacionado ao modo como o indivíduo processa a informação proveniente dos estímulos e avalia a necessidade de resposta. Nível comportamental: Abrange as possibilidades comportamentais de um indivíduo frente à condição estressora. Depende de um aprendizado prévio de condutas pertinentes a determinadas situações. Segue, geralmente, um padrão característico de cada espécie. Nível fisiológico: Relacionado às funções orgânicas que ocorrem nos indivíduos em decorrência do estresse. Síndrome geral de adaptação (SGA): conjunto de respostas fisiológicas desencadeadas frente a um agente estressor. -Fase de alarme. - Fase de adaptação ou resistência. - Fase de exaustão ou esgotamento. Fase de alarme: Estado de prontidão geral do organismo. O organismo é totalmente mobilizado no esforço à adaptação. Liberação de catecolaminas – noradrenalina e adrenalina; luta ou fuga -Aumento da frequência e da força de contração cardíaca. - Aumento da frequência respiratória (taquipneia). -Broncodilatação - Aumento da distribuição de sangue, oxigênio e energia para músculos e órgãos vitais. - Preparação geral do organismo para possíveis danos. Fase de adaptação: Manutenção do agente estressor. Hiperatividade da glândula adrenal – liberação de glicocorticoides e continuação da atividade do SNAs. Animal se habitua ao agente estressor Fase de exaustão: Última fase da SGA. Estímulo estressor continua mantido até que o animal não tenha mais capacidade de se adaptar. Não ocorre o relaxamento Eustresse diz respeito ao estresse fisiológico, necessário à sobrevivência dos indivíduos frente às adversidades; reações de alarme Distresse corresponde às condições de estresse contínuo, que causam efeitos prejudiciais ao organismo.; fases crônicas (adaptação e exaustão) Uma condição patológica bastante associada à reação de alarme do estresse é a miopatia de esforço ou miopatia de captura. Estimulação estressora aguda ocorre principalmente devido à captura, manipulação, transporte e contenção dos animais. Síndrome caracterizada por intensa dor, rigidez locomotora, incoordenação, paresia, paralisia, oligúria, acidose metabólica, depressão e morte. - ausência de oxigênio nos músculos - liberação de mioglobina (toxica para os rins) - acidose metabólica, azotemia e hipoperfusão tecidual generalizada Principais alterações pela condição de estresse crônico: - Fraqueza e perda de peso. - Diminuição do nível de linfócitos circulantes. Estereotipias: movimentos repetitivos, aparentemente sem função. Ex.: Balançar o corpo (lados, frente, trás), andar de um lado para o outro etc. Comportamentos agressivos: autoagressivos ou dirigidos a outros indivíduos do grupo. Automutilações (arranhaduras, lambeduras, mordeduras, arrancamento de penas e pelos); canibalismo. Comportamentos sexuais e maternais inadequados: Rejeição ou canibalismo dos neonatos, bicamento de ovos. Reatividade anormal: Apatia, inatividade, hiperatividade, histeria. Solução: Adoção de medidas para amenização do estresse, tais como o condicionamento animal e o enriquecimento ambiental, é de extrema importância. Preocupações com a nutrição e manejo também são essenciais. Atenção às questões psicológicas associadas às doenças, e não apenas às suas causas físicas, é fundamental. Atenção aos sinais de estresse e à presença de estressores. A melhoria das condições ambientais, muitas vezes, exclui a necessidade de utilização de técnicas mais invasivas ou agressivas de tratamento. AMEACAS A FAUNA Benefícios econômicos: - Recurso alimentar; - Dispersão de sementes; - Controle biológico de pragas; - Recreação / ecoturismo; - Indicação da qualidade ambiental; - Programas educacionais / atividades científicas. Extinção de fundo: substituição de espécies que ocorre quando há mudança nos ecossistemas. Parece ser uma característica normal dos sistemas naturais. Extinção maciça: morte de grande número de espécies devido a catástrofes naturais - impacto local ou global. Extinção antrópica: causada por humanos. - Semelhante à extinção maciça em alcance e número de espécies afetadas. - Diferente por estar, teoricamente,sob nosso controle. ESTRATÉGIAS ⚫ Conservação Ex situ refere-se à conservação de espécies ou partes destas (sementes, recursos genéticos) fora do hábitat natural de ocorrência ⚫ Ou manutenção artificial sob supervisão humana; são removidos de muitos de seus processos ecológicos ⚫ naturais e são manejados em algum nível por seres humanos. ⚫ Envolve a remoção de indivíduos de seu hábitat natural para o cativeiro (pequena ou maior escala), com o objetivo de procriação ou para manutenção dos recursos genéticos ⚫ Prover suporte para sobrevivência das espécies em ambiente natural → complementar conservação in situ ⚫ Estratégia de crise: restituir espécies e indivíduos ao hábitat natural ⚫ Quando a espécienão existe mais em hábitat natural → única opção é manter em estruturas ex situ ⚫ Conservação in situ é definida como sendo a conservação dos ecossistemas e dos habitats naturais e a manutenção e a reconstituição de populações viáveis de espécies nos seus ambientes naturais
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