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SISTEMA DE ENSINO
CONTABILIDADE 
GERAL
Balanço Patrimonial - Ativo Circulante
Livro Eletrônico
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Luiz Eduardo
Balanço Patrimonial - Ativo Circulante
CONTABILIDADE GERAL
1. Conceitos Iniciais – Ativo ......................................................................................................................... 3
1.1. Introdução ................................................................................................................................................... 3
1.2. Definição do Grupo Patrimonial ....................................................................................................... 3
1.3. Pronunciamento Técnico CPC n. 26 ............................................................................................... 4
1.4. Lei das S/A .................................................................................................................................................6
1.5. Plano de Contas Proposto – Contas Patrimoniais – Para Estudo .................................... 7
2. Ativo Circulante ..........................................................................................................................................8
2.1. Introdução ..................................................................................................................................................8
2.2. A Definição do Grupo Ativo Circulante ........................................................................................8
2.3. Lei das S/A ................................................................................................................................................8
2.4. Pronunciamento Técnico CPC n. 26 ..............................................................................................9
2.5. Plano de Contas Proposto ............................................................................................................... 12
2.6. Disponibilidades ................................................................................................................................... 12
2.7. Contas a Receber e Estoques ........................................................................................................ 29
2.8. Ativos Especiais .................................................................................................................................... 41
2.9. Despesas Antecipadas ..................................................................................................................... 46
2.10. Ativo Não Circulante Mantido Para Venda ............................................................................. 51
3. Instrumentos Financeiros .................................................................................................................. 56
3.1. Definição de Instrumento Financeiro ......................................................................................... 57
3.2. Critérios de Reconhecimento e Desreconhecimento .........................................................60
3.3. Categorias dos Instrumentos Financeiros e Critérios de Mensuração ...................... 67
3.4. Exemplos - Contabilização de Instrumentos Financeiros ................................................72
3.5. Perda Esperada em Instrumentos Financeiros – Impairment ...................................... 82
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Balanço Patrimonial - Ativo Circulante
CONTABILIDADE GERAL
3.6. Derivativos e Hedge ........................................................................................................................... 83
Questões de Concurso ............................................................................................................................ 108
Gabarito.......................................................................................................................................................... 120
Gabarito Comentado ..................................................................................................................................121
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Balanço Patrimonial - Ativo Circulante
CONTABILIDADE GERAL
1. ConCeitos iniCiais – ativo
1.1. introdução
Neste tópico, aprofundando a análise dos conceitos atinentes às demonstrações contábeis, 
especificamente quanto ao Balanço Patrimonial, iniciaremos a análise da estrutura do Ativo.
Então, aqui, discutiremos a definição normativa deste grupo patrimonial e, em seguida, 
com base nessa definição, será proposta uma estrutura de contas componentes do grupo.
Ao final, estaremos prontos para estudar, em detalhes, a definição, os critérios e avaliação 
e o funcionamento de cada conta do grupo.
1.2. definição do Grupo patrimonial
O ativo pode ser – singelamente – definido como o conjunto de recursos da entidade 
(antigamente referidos como bens ou direitos). Ele também é conhecido como: (a) patrimônio 
bruto ou (b) total das aplicações ou dos investimentos da entidade, pelas razões a seguir:
A expressão “patrimônio bruto” está em contraposição à expressão “patrimônio líquido”; 
ora, se o “patrimônio líquido” é definido como a diferença entre bens/direitos e obrigações, o 
conjunto de bens e direitos deve ser visto como o “patrimônio bruto” (ou seja, ainda não “lí-
quido” das obrigações).
A expressão “total de aplicações” está relacionada com o fato de que os bens e os direitos 
adquiridos pela empresa são as “aplicações” realizadas com os valores entregues à empresa 
(pelos sócios – capital) ou por terceiros (credores – empréstimos ou clientes – lucro). Da 
mesma forma, a expressão “total de investimentos” significa que valores entregues, pelos 
sócios ou terceiros, à empresa são “investidos” na aquisição de bens ou direitos.
Para compreensão do grupo patrimonial ATIVO, é necessário lembrar que há duas fontes 
normativas para sua definição: a legislação societária, representada pela Lei das S/A e os 
Pronunciamentos do CPC (em linha com os padrões internacionais de Contabilidade – IFRS), 
representados aqui pelo Pronunciamento Técnico CPC n. 26. Em seguida, apresentaremos – 
comparativamente - ambas essas fontes.
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1.3. pronunCiamento téCniCo CpC n. 26
O ativo representa todos os recursos de titularidade da empresa, que são avaliáveis em 
dinheiro e que representam benefícios presentes ou futuros para a empresa.
São exemplos desses recursos os direitos reais relativos a bens, como as máquinas, os 
terrenos, os estoques, o dinheiro, as ferramentas, os veículos, as instalações, etc. Por outro 
lado, também são exemplos desses recursos os direitos pessoais tais como as contas a rece-
ber, as duplicatas a receber, os títulos a receber, as ações, os títulos de crédito, etc.
No caso de direitos relativos a bens, eles geralmente integramo ativo quando são de pro-
priedade da entidade. Por exemplo, um imóvel alugado pela empresa para ser utilizado como 
sua sede administrativa fisicamente consta das instalações da empresa, porém não figura em 
seu ativo. Outro exemplo, uma mercadoria existente no pátio de uma empresa, em consigna-
ção, para venda em nome de terceiro, apesar de estar fisicamente dentro das instalações da 
empresa, não faz parte de seu ativo.
Entretanto, nem sempre é necessário ter a propriedade de um recurso para poder contar 
com seu valor patrimonial. Com efeito, basta que se tenha o controle do recurso, podendo 
contar com o benefício (patrimonial) de seu uso.
Já sabemos que o ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos 
passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade 
(capacidade de gerar caixa ou de reduzir consumo de caixa), por: (1) utilização, isolada ou em 
conjunto com outros ativos, na produção de mercadorias e serviços a serem vendidos pela 
entidade; (2) troca por outros ativos; (3) uso para liquidar um passivo; ou (4) distribuição aos 
proprietários da entidade. Saliente-se que substância física não é essencial à existência de 
um ativo.
Os ativos resultam de transações passadas (compra, recebimento em doação, etc.), 
assim, eventos previstos para ocorrer no futuro não geram, por si, ativos (ex.: a intenção 
de aquisição de algo não transforma esse objeto em um ativo). O ativo deve ser reco-
nhecido no balanço patrimonial quando for provável que benefícios econômicos futuros 
dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser determinado em 
bases confiáveis.
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A situação clássica de reconhecimento de ativos: sua aquisição onerosa (ex. compra), que 
enseja um desembolso (gasto). Entretanto, nem todo gasto gera um ativo, é necessário que 
esse gasto traga ao patrimônio um recurso do qual se espera benefícios futuros; caso contrá-
rio, haverá uma mera perda. Ainda que essa perda seja necessária à entidade como um todo, 
não haverá ativo em específico a ser reconhecido.
Portanto, para ser ativo, é necessário que qualquer item preencha quatro requisitos simul-
tâneos: (a) constituir um recurso (bem ou direito) para a empresa; (b) ser de propriedade (ti-
tularidade) da empresa; (c) ser mensurável monetariamente; e (d) trazer benefícios, presentes 
ou futuros. A figura a seguir ilustra esse conceito:
No Pronunciamento Técnico CPC n. 26, que trata especificamente das demonstrações 
contábeis, o ativo não é definido conceitualmente, mas os elementos esperados para sua 
composição são exemplificativamente apresentados no item 54, a seguir:
54. O balanço patrimonial deve apresentar, respeitada a legislação, no mínimo, as seguintes contas:
(a) caixa e equivalentes de caixa;
(b) clientes e outros recebíveis;
(c) estoques;
(d) ativos financeiros (exceto os mencionados nas alíneas “a”, “b” e “g”);
(e) total de ativos classificados como disponíveis para venda (Pronunciamento Técnico CPC 38 
– Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) e ativos à disposição para venda 
de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e 
Operação Descontinuada;
(f) ativos biológicos dentro do alcance do CPC 29;
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(g) investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial;
(h) propriedades para investimento;
(i) imobilizado;
(j) intangível.
1.4. lei das s/a
A Lei das S/A também não define conceitualmente o ativo, mas apresenta seus grupos com-
ponentes, assim como os define. Nesse sentido, cabe referência aos artigos 178 e 179 da Lei:
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que re-
gistrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da 
companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos 
nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e 
intangível.
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social sub-
sequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
II – no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, 
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou 
controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não 
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
III – em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qual-
quer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da ativi-
dade da companhia ou da empresa;
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manuten-
ção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de-
correntes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;
V – (Revogado)
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção 
da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
Repare que foi citada a apresentação dos elementos do ativo em ordem decrescente de 
grau de liquidez. Por liquidez entende-se a capacidade de realização, assim, quanto maior 
a liquidez de um elemento patrimonial, mais facilmente ele é realizado. Realização, por seu 
turno, significa a aptidão, de um elemento patrimonial, para se transformar em outro. Ora, o 
elemento mais líquido é o dinheiro em caixa, porque, tendo curso forçado, pode ser imediata-
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mente trocado por (transformado em) qualquer outro elemento. Ao contrário, um imóvel tem 
muito pouca liquidez porque é de difícil realização (difícil trocar por outro elemento patrimo-
nial de mesmo valor).
1.5. plano de Contas proposto – Contas patrimoniais – para estudo
Pelo que foi apresentado, o Balanço Patrimonial deve ser representado pelos seguintes 
grupos de contas patrimoniais:
Analisando o ativo, percebemos que ele é dividido em dois grandes grupos: (a) o 
ativo Circulante e (b) o ativo não circulante. Por seu turno, o ativo não circulante é in-
tegrado por subgrupos: (i) realizável a longo prazo, (ii) investimentos, (iii) imobilizado 
e (iv) intangível.
Como observação, cabe ainda colocar que pode, ainda, haver SALDOS não amortiza-
dos registrados no antigo grupo do Ativo Diferido,conforme permitido pelo art. 299-A, da 
Lei das S/A:
Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, 
não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação 
até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3º do art. 183 
desta Lei.
A figura a seguir ilustra a estrutura proposta, considerando também esses saldos:
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2. ativo CirCulante
2.1. introdução
Já conhecida a relação de grupos patrimoniais componentes do ativo, passaremos 
aqui a estudar o primeiro grupo, denominado Ativo Circulante. Assim, neste ponto, serão 
vistas as regras de identificação do grupo e, em seguida, será proposto, para o grupo, um 
plano de contas.
2.2. a definição do Grupo ativo CirCulante
De uma forma singela, o Ativo Circulante pode ser considerado como o grupo patrimonial 
composto por recursos realizáveis no curto prazo. É importante colocar que a definição desse 
grupo e de seus elementos, em oposição ao Ativo não Circulante, é decorrente tanto da Legis-
lação Societária (Lei das S/A) quanto do Pronunciamento Técnico CPC n. 26, em linha com os 
padrões internacionais de Contabilidade.
2.3. lei das s/a
A Lei das S/A enumera os componentes do grupo em seu artigo 179, a seguir:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social sub-
sequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
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II – no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, 
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou 
controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não 
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que 
o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Repare que a redação do inciso I do art. 179 da Lei das S/A, acima, indica os seguintes 
subgrupos para o Ativo Circulante: (a) disponibilidades; (b) aplicações de curto prazo; (c) cré-
ditos; (d) estoques e (d) despesas antecipadas. Nesse sentido, cabe esclarecer que:
• as disponibilidades estão textualmente referenciadas no dispositivo;
• os subgrupos “aplicações de curto prazo”, “créditos” e “estoques” estão referidos no 
dispositivo como “direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente”; e
• o subgrupo “despesas antecipadas” é referido no dispositivo como “aplicações de re-
cursos em despesa do exercício seguinte”.
Duas observações importantes:
• caso a entidade possua um ciclo operacional (período compreendido entre a compra 
dos insumos e o recebimento pela venda do produto final) superior a doze meses, a dis-
tinção entre circulante e não circulante se dará com base no prazo do ciclo operacional 
e não no período de doze meses;
• caso o recurso seja decorrente de uma operação mantida com os sócios, diretores ou 
participantes no lucro da companhia, que não constituam negócios usuais da entidade, 
independentemente do prazo, o recurso não será classificado como circulante.
2.4. pronunCiamento téCniCo CpC n. 26
O pronunciamento técnico determina, como regra geral, a segregação dos ativos circu-
lantes e não circulantes, mas aceita como exceção, desde que isso proporcione informação 
mais relevante, uma apresentação conjunta desses grupos, exigindo então que os elementos 
estejam ordenados em ordem de liquidez. Sobre o tema, cabe referência aos parágrafos 60 a 
65 do pronunciamento:
Distinção entre circulante e não circulante
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CONTABILIDADE GERAL
60. A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e não 
circulantes, como grupos de contas separados no balanço patrimonial, de acordo com os itens 66 
a 76, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez proporcionar informação confiável e 
mais relevante. Quando essa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos devem ser apresen-
tados por ordem de liquidez.
61. Qualquer que seja o método de apresentação adotado, a entidade deve divulgar o montante 
esperado a ser recuperado ou liquidado em até doze meses ou mais do que doze meses, após o 
período de reporte, para cada item de ativo e passivo.
62. Quando a entidade fornece bens ou serviços dentro de um ciclo operacional claramente iden-
tificável, a classificação separada de ativos e passivos circulantes e não circulantes no balanço 
patrimonial proporciona informação útil ao distinguir os ativos líquidos que estejam continuamen-
te em circulação como capital circulante dos que são utilizados nas operações de longo prazo 
da entidade. Essa classificação também deve destacar os ativos que se espera sejam realizados 
dentro do ciclo operacional corrente, bem como os passivos que devam ser liquidados dentro do 
mesmo período.
63. Para algumas entidades, tais como instituições financeiras, a apresentação de ativos e passi-
vos por ordem crescente ou decrescente de liquidez proporciona informação que é confiável e mais 
relevante do que a apresentação em circulante e não circulante pelo fato de que tais entidades não 
fornecem bens ou serviços dentro de um ciclo operacional claramente identificável.
64. Na aplicação do item 60, é permitido à entidade apresentar alguns dos seus ativos e passi-
vos, utilizando-se da classificação em circulante e não circulante e outros por ordem de liquidez 
quando esse procedimento proporcionar informação confiável e mais relevante. A necessidade de 
apresentação em base mista pode surgir quando a entidade tem diversos tipos de operações.
65. A informação acerca das datas previstas para a realização de ativos e para a liquidação de 
passivos é útil na avaliação da liquidez e solvência da entidade. O Pronunciamento Técnico CPC 
40 – Instrumentos Financeiros: Evidenciação requer divulgação das datas de vencimento de ativos 
financeiros e de passivos financeiros. Os ativos financeiros incluem recebíveis comerciais e outros 
recebíveis e os passivos financeiros incluem dívidas a pagar comerciais e outras. A informação 
sobre a data esperada para a recuperação e liquidação de ativos e de passivos não monetários, 
tais como estoques e provisões, é também útil, qualquer que seja a classificação desses ativos e 
passivos como circulantes ou não circulantes. Por exemplo, a entidade deve divulgar o montante 
de estoques que se espera seja recuperado após doze meses da data do balanço.
Colocada a importância da segregação dos ativoscirculantes e não circulantes, em segui-
da, no parágrafo 66 do pronunciamento, são apresentados os critérios para classificação de 
um recurso no Ativo Circulante e, por exclusão, no Ativo não Circulante:
Ativo circulante
66. O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso nor-
mal do ciclo operacional da entidade;
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Balanço Patrimonial - Ativo Circulante
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(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
(d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 03 – De-
monstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se 
encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.
Abaixo, encontram-se analisadas cada uma das condições acima referidas.
O recurso será classificado no Ativo Circulante quando se espera que seja realizado, ou pre-
tende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade.
Saliente-se que o ciclo operacional de uma entidade é o período compreendido entre a 
compra dos insumos e o recebimento de valores, pela venda do produto final. Portanto, não 
importa se esse ciclo é muito curto (como, por exemplo, no caso de supermercados, em que 
ele pode ser diário) ou muito longo (como, por exemplo, no caso de estaleiros navais, em que 
ele pode ser de até cinco anos). Todos os elementos realizados, consumidos ou vendidos 
dentro desse prazo deverão compor o Ativo Circulante.
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no de-
curso normal do ciclo operacional da entidade;
Também será classificado no Ativo Circulante o recurso que já for adquirido com o propó-
sito específico de alienação. Esse é o caso, por exemplo, de instrumentos financeiros adquiri-
dos com o objetivo de negociação em bolsa.
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
Ainda será classificado no ativo circulante o recurso que, mesmo que não tenha sido ad-
quirido essencialmente com o propósito de negociação, nem se espere que seja realizado no 
decurso normal do ciclo operacional, deva ser realizado no prazo de até doze meses contados 
da data do balanço.
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
Por último, também será classificado no ativo circulante o recurso que tenha a natureza 
de caixa (dinheiro) ou equivalente de caixa, desde que seu uso imediato não esteja impedido 
por motivos legais ou contratuais.
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(d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 
03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de 
passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
E, confirmando, por exclusão, o recurso que não se enquadrar em quaisquer dos critérios 
vistos para classificação no Ativo Circulante deverá ser classificado no Ativo não Circulante.
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.
2.5. plano de Contas proposto
A interpretação conjunta das fontes normativas indica que o Ativo Circulante deva ser 
formado por: (a) caixa e equivalentes de caixa, (b) recursos utilizados no ciclo operacional da 
entidade, (c) recursos realizáveis no período de 12 meses – exceto se decorrentes de opera-
ções não usuais com os proprietários, (d) recursos mantidos com a intenção de negociação 
e despesas antecipadas.
Assim, com base nessa conclusão, podemos – finalmente – propor um plano de contas 
para o Ativo Circulante.
• Disponibilidades
• Contas a Receber e Estoques
• Instrumentos Financeiros
• Despesas Antecipadas
• Ativos Especiais
A seguir, estudaremos cada uma dessas contas.
2.6. disponibilidades
Introdução - Disponibilidades
As disponibilidades são os elementos patrimoniais que podem ser imediatamente reali-
zados, por valor conhecido. O termo realizar tem o significado de transformar um elemento 
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-patrimonial, em outra coisa1. Assim, classificam-se como Disponibilidades os elementos 
patrimoniais passíveis de transformação em outros elementos IMEDIATAMENTE, por um va-
lor já conhecido.
O exemplo mais contundente, de Disponibilidades, é o dinheiro em caixa, que por ter curso 
forçado2 pode ser utilizado imediatamente – trocado por qualquer outra coisa.
A Lei das S/A estabelece, no seu art. 178, que, no Ativo, as contas serão dispostas em 
ordem decrescente de grau de liquidez e, dentro desse conceito, as contas de Disponibilidade 
são as primeiras a serem apresentadas no Balanço. Repare que há referência expressa ao 
item Disponibilidades no art. 179, da Lei das S/A. A seguir, encontram-se transcritos, parcial-
mente, os dois artigos citados:
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que re-
gistrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da 
companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos 
nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante;
...
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I – no ativo circulante: as disponibilidades…
O termo Disponibilidades é usado pela Lei das S/A para designar dinheiro em caixa, de-
pósitos bancários bancos e outros valores equivalentes, que representam recursos com livre 
movimentação para aplicação nas operações da empresa e para os quais não haja restrições 
ao uso imediato. Portanto, por disponibilidades podem ser consideradas as seguintes contas:
• Caixa;
• Depósitos bancários à vista;
• Numerários em trânsito;
• Aplicações de liquidez imediata;
• Saldos em moeda estrangeira.
1 Não confundir os termos realizar, alienar e vender. Realizar é um termo genérico (transformação de um elemento patrimo-
nial em outra coisa); alienar é uma das espécies do gênero realizar (transformação de um elemento patrimonial em outra 
coisa, pela sua entrega a outrem – “alien”) e, finalmente; vender é uma espécie do gênero alienar (entrega onerosa – não 
gratuita – de um bem a terceiros).
2 Ser, obrigatoriamente, aceito para pagamento – por força de Lei.
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O critério de avaliação das disponibilidades não apresenta maiores dificuldades. Seguin-
do o princípio do registro pelo valor original, deve-se registrar o disponível pelo valor nominal 
constante dos documentos correspondentes às respectivas transações. Tratamento especial 
deve ser dado apenas para os saldos em moeda estrangeira, conforme será discutido adiante.
A seguir, serão estudadas as contas contábeis componentes do grupo.
Caixa
A conta caixa inclui dinheiro, bem como cheques em mãos recebidos e ainda não deposi-
tados pagáveis irrestrita e imediatamente. Assim, se uma empresa recebe um pagamento em 
cheque, no seu próprio estabelecimento, o registro do recebimento deverá ser efetuado (ainda 
que temporariamente) na conta caixa e não diretamente na conta bancos3.
Entretanto, na data do balanço, é recomendável que em caixa somente figure o valor exis-
tente em dinheiro no patrimônio da empresa, ou seja, os outros elementos já devem ter sido 
transferidos do caixa para a conta bancos ou para outros créditos quaisquer, pois, caso con-
trário, deverão ser reclassificadas.
Normalmente, a conta caixa é considerada, no âmbito do plano de contas, como uma 
conta analítica4. Assim, nessa conta, são registrados – diretamente – débitos e créditos, para 
apuração do respectivo saldo.
Entretanto, no caso de uma empresa possuir mais de um estabelecimento, onde mantém 
numerário, o saldo de caixa pode estar registrado através de diversas contas, dependendo de 
suas necessidades operacionais e locais de funcionamento. Nessa situação, a conta caixa 
passa a figurar como uma conta sintética, composta por tantas contas analíticas quantos 
forem os estabelecimentos em que houver numerário. A tabela a seguir ilustra a situação de 
uma empresa que possui numerário em caixa nos estabelecimentos matriz e filial, com uma 
conta analítica para cada estabelecimento:
3 O registro do valor na conta bancos é feito no momento em que a entidade realiza o depósito do cheque.
4 Os conceitos de conta sintética e de conta analítica já foram apresentados no curso Fundamentos Decifrados de 
Contabilidade.
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Considerando, para fins didáticos, a conta caixa como uma conta analítica (no caso de 
um único estabelecimento com numerário), vamos, a seguir, estudar seu funcionamento. O 
funcionamento da conta caixa é muito simples:
a) registro de débitos, no momento da entrada de dinheiro, pelo seu valor; e
b) registro de créditos, no momento da saída de dinheiro, pelo seu valor.
A figura a seguir – representando um razonete estilizado5 – ilustra o funcionamento da 
conta caixa (em termos de registro de valores):
5 Lembrando que, no livro razão, encontram-se registrados os lançamentos POR CONTA CONTÁBIL (com débitos do lado 
esquerdo e créditos do lado direito).
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Lançamentos Cruzados – Via Caixa
Algumas empresas efetuam toda a contabilização de pagamentos e recebimentos de va-
lores através da conta caixa (sejam esses recebimentos/pagamentos realizados em numerá-
rio, cheque, depósito direto em conta bancária, etc.). Nesse caso, para registro do recebimento 
de uma duplicata (diretamente realizado pelo cliente, junto ao banco), no valor de R$ 100,00:
a) sem os lançamentos cruzados, via caixa – ou seja, com a contabilização normal, o lan-
çamento seria o seguinte:
b) com os lançamentos cruzados, via caixa, os lançamentos, para o mesmo fato, seriam 
os seguintes:
Seguido de:
Alguns autores, críticos do procedimento de lançamentos cruzados via caixa, argumen-
tam que ele gera uma grande e desnecessária quantidade de débitos e créditos. Outros argu-
mentam que – do ponto de vista do controle de tesouraria – o procedimento é interessante, 
por registrar em um único local (livro razão da conta caixa) todas as entradas e saídas de 
valores da empresa.
Para os fins a que esse curso se destina, não cabem considerações sobre as vantagens 
ou desvantagens administrativas do procedimento, mas – tão somente – seu conhecimento, 
do ponto de vista da técnica contábil.
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Caixa de Pequenas Despesas – Fundo Fixo
O caixa de pequenas despesas, com definição de fundo fixo, consiste num procedimento 
administrativo, utilizado por muitas empresas, com o objetivo de: (a) simplificar o procedi-
mento do pagamento de valores e (b) minimizar o risco de desvio desses valores – que fica 
restrito ao valor do fundo fixo.
O procedimento relativo ao caixa de fundo fixo encontra-se descrito a seguir.
• Início do dia – o caixa está com um valor em dinheiro, pré-determinado pelos órgãos de 
administração, sob a responsabilidade de um funcionário;
• No decorrer o dia, ocorrem:
 – pagamentos relativos a adiantamentos (mediante o recebimento de vales, assinados 
pelos empregados);
 – pagamentos relativos a despesas (mediante o recebimento de notas fiscais ou reci-
bos);
• Ao final do dia:
 – são realizados os lançamentos contábeis relativos aos fatos ocorridos durante o dia 
e apurado o saldo restante – no caixa – em dinheiro;
 – o saldo do início do dia (fundo fixo) é reposto (mediante saque de dinheiro do banco) 
e o respectivo lançamento é registrado.
Obs.: � de acordo com a determinação dos administradores da empresa, o caixa de pequenas 
despesas pode estar, ou não, autorizado a aceitar o recebimento de valores em nume-
rário, também, mas essa situação é mais rara.
A seguir, vamos apresentar um exemplo relativo ao procedimento anteriormente descrito:
• Fundo fixo de caixa – R$ 10.000,00.
• Acontecimentos ocorridos durante o dia:
 – pagamentos relativos a adiantamentos (mediante o recebimento de vales, assinados 
pelos empregados), no valor de R$ 2.000,00;
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 – pagamentos relativos a despesas (mediante o recebimento de notas fiscais ou reci-
bos), no valor de R$ 1.000,00;
• ao final do dia, são realizados os lançamentos contábeis e a reposição do fundo 
fixo de caixa:
 – lançamentos contábeis relativos aos fatos ocorridos durante o dia;
Repare que, após esses lançamentos, o saldo da conta caixa passa a ser de R$ 7.000,00, 
conforme ilustra o razonete abaixo:
 – reposição do fundo fixo e respectivo lançamento.
Repareque, após a reposição acima registrada, o saldo da conta caixa passa a ser idênti-
co àquele do início do dia, R$ 10.000,00 – conforme ilustra o razonete a seguir:
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Obs.: � Alternativamente, podem ser realizados os lançamentos de número 1 e 2, acima, rela-
tivos aos pagamentos (de despesas e adiantamentos realizados pelo caixa de fundo 
fixo), diretamente em contrapartida da conta bancos, o que manteria o saldo da conta 
caixa intacto, conforme a seguir:
Dessa forma, fica desnecessário o lançamento de número 3 (relativo à reposição do fun-
do fixo de caixa) e a conta caixa somente receberia lançamentos nos casos de aumento ou 
redução de seu valor fixo.
Uma última observação: nada impede que uma mesma empresa utilize um caixa de fun-
do fixo em um ou alguns de seus estabelecimentos (para pagamentos de pequena monta) e 
registre em caixa pagamentos e recebimentos de maior vulto. Trata-se de uma decisão admi-
nistrativa que deverá ser devidamente registrada na contabilidade.
Bancos – Depósitos Bancários à Vista
Os Depósitos bancários à vista, também denominados de conta Bancos ou, ainda, Ban-
cos conta movimento, são representados, normalmente, pelas contas de livre movimentação 
mantidas pela empresa em bancos. Tais contas podem representar elementos patrimoniais 
dos seguintes tipos: (a) conta movimento ou depósito; (b) contas especiais, para pagamentos 
específicos ou (c) contas especiais de cobrança.
A característica comum dos elementos patrimoniais acima relacionados (tipos de con-
tas) é que a empresa, se desejar, pode IMEDIATAMENTE dispor dos valores nas contas 
depositados.
A conta movimento ou depósito representa o caso mais comum. Trata-se de uma 
relação entre a entidade e uma instituição financeira (banco) em que a primeira deposita 
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valores para, posteriormente, os sacar ou realizar pagamentos – para terceiros – com 
sua utilização.
As contas especiais, para pagamentos específicos, consistem em valores depositados 
com um objetivo específico, tais como pagamento da folha do pessoal, pagamento de divi-
dendos a pagar, pagamentos relativos a gastos de filiais ou fábricas. Essas contas, normal-
mente, são mantidas como medida interna da empresa para facilidade de operação e controle 
desses pagamentos. Por uma decorrência lógica, a tendência é que, ao final dos períodos, 
seus saldos sejam zerados (pois, espera-se que os pagamentos sejam realizados). Estas 
contas, porém, podem ser livremente movimentadas pela empresa através de cheques e, por-
tanto, representam disponibilidades.
As contas especiais de cobrança são aquelas utilizadas pela empresa para cobrança ban-
cária de duplicatas6. Os valores destas contas são, periodicamente, repassados para a conta 
de depósito. Entretanto, a qualquer momento, a empresa pode utilizá-los – diretamente – (an-
tes de seu repasse para a conta de depósito), portanto também se trata de disponibilidades.
Cuidado, certas contas bancárias não são exatamente de livre movimentação, como no 
caso de depósitos vinculados para garantia de empréstimos ou liquidação de:
• Contratos de câmbio ou de importações;
• Empréstimos; ou
• Contratos em geral.
Assim, o saldo dessas contas não deve ser classificado em disponibilidades, mas sim no 
ativo circulante ou não circulante (realizável a longo prazo), conforme o caso.
Por fim, mesmo no caso de contas de livre movimentação, alguns cuidados devem 
ser tomados quando os bancos estão em processo de liquidação ou intervenção. Nestas 
situações, os saldos dessas contas devem ser classificados como contas a receber no 
ativo circulante, ou mesmo no ativo não circulante (realizável a longo prazo), dependendo 
da situação específica.
6 A definição de duplicatas e das operações com esse título – cobrança bancária e desconto – é apresentada no curso Fun-
damentos Decifrados de Contabilidade.
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Contas Bancárias Negativas
Contas bancárias negativas (credoras) ou saldos a favor de bancos não devem ser de-
monstrados como redução dos demais saldos bancários, mas sim, separadamente, como um 
item do passivo circulante. Exceção pode ser feita para casos de duas contas no mesmo ban-
co, com saldos de sinal contrário e somatório positivo, e que, por contrato, a empresa tenha o 
direito de compensá-las.
Quanto a esse assunto, é necessário referenciar a situação em que a entidade tem uma 
conta especial (com limite garantido). Nesse caso, quando ela realiza saques ou pagamentos 
em valor superior àquele antes depositado na conta, a instituição financeira cobre o saldo 
negativo e isso é realizado de acordo com o procedimento abaixo descrito.
Quando da abertura da conta especial, pela empresa junto a um banco, a empresa dá à 
instituição financeira uma procuração para que o banco realize operações no interesse e em 
nome da empresa.
Na ocorrência de saldo negativo, o banco: (1) abre – em nome da empresa – uma conta de 
empréstimo, (2) toma – em nome da empresa – um empréstimo no valor necessário ao paga-
mento do saldo negativo, e (3) coloca esse valor na conta de depósito (de modo que sempre 
haja valor suficiente para o saque ou o pagamento). Assim, repare que – no caso de conta 
negativa – o que há é uma conta de depósito, com valor zero, e uma conta de empréstimo, 
com o valor do “saldo negativo”.
No momento em que a empresa deposita o valor suficiente para tornar a conta, de novo, 
positiva, ocorrerá o seguinte: (1) o banco irá – conforme autorizado pela empresa quando da 
abertura da conta especial – retirar o valor existente na conta de depósito e (2) quitar a dívida 
da conta de empréstimo.
Essa situação ilustra – de forma inequívoca – que o saldo negativo de conta bancária 
deve ser representado por uma obrigação, ou seja, no passivo, pois se trata efetivamente de 
um empréstimo bancário.
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Contabilização e Conciliação Bancária
Os cheques devem ser contabilizados pela sua emissão e entrega ao beneficiário ou ao 
banco. Dado que cheques consistem em ordens de pagamento à vista, quando de sua emis-
são e entrega a terceiros, a empresa não mais pode contar (patrimonialmente) com o direito 
relativo ao valor do cheque, ainda que, naquele momento, ele ainda continue depositado na 
conta bancária(por não ter havido ainda o saque ou a compensação bancária do cheque). Por 
essa razão, o saldo da conta bancos, na data do balanço, já deve estar diminuído do valor dos 
cheques emitidos e ainda não sacados ou compensados.
Mais um detalhe, mesmo que um cheque já tenha sido emitido, mas ainda não tenha sido 
entregue na data do balanço, seu valor também não deve estar diminuindo o saldo da conta 
bancos. Em compensação, esse valor deve estar registrado como uma obrigação, no passivo 
circulante, no valor do respectivo cheque, referenciando a obrigação de entrega do valor, de-
positado em conta bancária (representado pelo cheque), a terceiros. No momento da entrega 
do cheque ao beneficiário, então, deve ser diminuído o saldo na conta bancos e deixa de exis-
tir a obrigação antes registrada.
Pelos motivos antes expostos, pode ocorrer que, na data do balanço, existam valores já 
contabilizados, como saídas da conta banco, mas que não estão ainda refletidas no extrato 
bancário apresentado pela instituição financeira.
Por outro lado, ainda, pode ocorrer de fatos contábeis – referentes à empresa – já terem 
ocorrido, mas ainda não terem sido contabilizados. Isso ocorre porque alguns fatos contá-
beis (como, por exemplo, a cobrança bancária de duplicatas e a compensação de cheques, 
bem como a cobrança de tarifas) são decorrência de operações realizadas pela instituição 
financeira em nome da empresa e, portanto, a documentação a elas relativa não se encontra 
imediatamente com a empresa para contabilização. Tal situação pode vir a ensejar a existên-
cia de valores:
a) já saídos da conta bancária (conforme extrato bancário apresentado pelo banco), mas 
ainda não tenham sido contabilizadas;
b) já cobrados pelo banco (duplicatas), ainda não contabilizados;
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Portanto, é necessário que haja uma conciliação do extrato bancário com o razonete da 
conta bancos periodicamente e, principalmente, na data do balanço.
Funcionamento da Conta
Normalmente, a conta bancos é considerada, no âmbito do plano de contas, como uma 
conta analítica7. Assim, nessa conta, são registrados, diretamente, débitos e créditos para 
apuração do respectivo saldo.
Entretanto, no caso de uma entidade possuir mais de uma conta bancária (em diferentes 
agências ou, até, em diferentes instituições financeiras), o saldo da conta bancos pode estar 
registrado através de diversas contas contábeis, representativas de cada uma das contas de 
depósito mantidas. Nessa situação, a conta bancos passa a figurar como uma conta sintéti-
ca, composta por tantas contas analíticas quantos forem as contas correntes de depósito da 
entidade. A tabela a seguir ilustra a situação de uma empresa que possui uma conta corrente 
de depósito em cada cidade onde funcionam seus estabelecimentos – matriz e filial – com 
uma conta contábil analítica para cada conta bancária de depósito:
Considerando – para fins didáticos – a conta bancos como uma conta analítica (no caso 
de uma única conta corrente mantida pela empresa), vamos, a seguir, estudar seu funciona-
mento. O funcionamento da conta bancos também é muito simples:
a) registro de débitos, no momento da entrada de valores na conta, pelo seu valor; e
b) registro de créditos, no momento da saída de valores na conta, pelo seu valor.
7 Conta analítica é a conta propriamente dita, utilizada para registro de fatos contábeis (lançamentos) nos livros Diário e 
Razão. Conta sintética, por sua vez, é um nome dado a um conjunto de contas analíticas. A conta sintética não é utilizada 
para registro de fatos (lançamentos) e seu saldo (valor) é correspondente à soma algébrica dos saldos das contas analí-
ticas que a compõem.
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A figura a seguir ilustra o funcionamento da conta bancos (em termos de registro de valores):
Obs.: � a natureza do saldo da conta bancos é devedora. Conforme visto, no caso de saldo 
credor, não temos – tecnicamente – uma conta bancos, mas sim uma conta de 
empréstimos bancários.
Aplicações de Liquidez Imediata
As aplicações de liquidez imediata consistem nos saldos das contas representativas de 
aplicações de curtíssimo prazo no mercado financeiro.
Tudo o que foi colocado a respeito de depósitos bancários pode ser mutatis mutandis 
aplicado às aplicações de liquidez imediata. Assim, elas também devem ser registradas como 
disponibilidades, pois a empresa pode dispor delas assim que desejar.
A característica especial das aplicações de liquidez imediata, em relação aos depósitos 
bancários, é que a diferença entre o valor aplicado e o resgate deve ser tratada como receita 
financeira, apropriada pelo regime de competência, em função do prazo decorrido.
Dessa forma, no caso de aplicação de R$ 1.000,00, com rendimento de R$ 1,00 e saldo 
final de R$ 1.001,00. Nessa situação, deve ser feita a seguinte contabilização:
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No momento da aplicação:
Pela apropriação dos rendimentos, em função do prazo decorrido:
Nessa situação, os saldos inicial e final da conta seriam, respectivamente, R$ 1.000,00 e 
R$ 1.001,00. A seguir, apresentamos, esquematicamente, o funcionamento da conta.
Numerários em Trânsito
Pode ocorrer de uma entidade ter, em seu patrimônio, numerário que não esteja em 
seu estabelecimento, porém em trânsito, em decorrência de: (a) remessa para filiais, (b) 
remessa para estabelecimentos bancários, (c) remessa para a empresa, de filiais, ou 
mesmo de clientes.
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O dinheiro em trânsito deve ser classificado como disponibilidades porque, caso a 
empresa deseje, pode IMEDIATAMENTE determinar a utilização desse valor, redirecio-
nando seu destino.
O funcionamento dessa conta é, esquematicamente, o seguinte:
Saldos em Moeda Estrangeira
É perfeitamente possível que uma empresa tenha – em seu patrimônio – valores em mo-
eda estrangeira (dólares guardados no cofre, por exemplo), adquiridos para custear viagens 
de funcionários, ou por outro motivo qualquer. Ocorre, conforme vimos quando do estudo do 
conceito de escrituração, que, por conta de formalidades intrínsecas, a escrituração deve ser 
realizada em moeda nacional. Assim, surge um problema:
Professor, qual o valor utilizado para registrar o numerário em moeda estrangeira?
A dúvida é afastada pela leitura do PronunciamentoTécnico CPC 02 (Efeitos nas Mudan-
ças das Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis), que, explicitamente, em 
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seu item 2, determina que os saldos em moeda estrangeira, portanto com natureza de item 
monetário, sejam, a cada período, convertidos utilizando-se a taxa de câmbio de fechamento 
e que tenham sua atualização realizada em contrapartida do resultado, nos termos dos itens 
23 e 28, a seguir reproduzidos:
23. Ao término da cada período de reporte:
(a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se a taxa de câmbio 
de fechamento;
28. As variações cambiais advindas da liquidação de itens monetários ou da conversão de 
itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram convertidos quando da 
mensuração inicial, durante o período ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser 
reconhecidas na demonstração do resultado no período em que surgirem, com exceção da-
quelas descritas no item 32.
Para ilustrar a questão, considere o caso – exemplificativo – a seguir.
a) Aquisição de moeda estrangeira –US$ 10.000,00 – em 01/12/2005, quando a taxa de 
câmbio era: R$ 2,00 para venda, pela entidade financeira e R$ 1,99 para compra, pela entidade 
financeira.
b) Levantamento do Balanço Patrimonial em 31/12/2005, quando a taxa de câmbio era: 
R$ 2,10 para venda, pela entidade financeira e R$ 2,08 para compra, pela entidade financeira.
A taxa de venda da instituição financeira é que se aplica ao caso (pois, se a entidade ad-
quiriu dólares da instituição financeira, conclui-se que esta vendeu os dólares para aquela). A 
seguir, encontram-se a memória de cálculo e o respectivo lançamento.
Na aquisição, deve ser utilizado o valor pago (correspondente à taxa de venda da institui-
ção financeira). Memória de cálculo: US$ 10.000,00 (*) R$ 2,00 (=) R$ 20.000,00.
Lançamento:
No levantamento do Balanço Patrimonial, o saldo da conta deve ser atualizado (por conta 
da variação da taxa de câmbio), utilizando a TAXA DE CÂMBIO DE COMPRA DA ENTIDADE 
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FINANCEIRA8, vigente na data. Assim, é por essa taxa que o saldo da conta contábil deve ser 
atualizado. A seguir, encontram-se a memória de cálculo e o respectivo lançamento.
Memória de cálculo:
US$ 10.000,00 (*) R$ 2,08 (=) R$ 20.800,00 (saldo final)
(-) R$ 20.000,00 (saldo inicial)
(=) R$ 800,00 (variação cambial)
Lançamento:
A partir do exemplo acima, podemos generalizar o funcionamento da conta saldos em 
moeda estrangeira, conforme tabela a seguir:
8 Por taxa de compra da entidade financeira, entende-se o valor que o mercado financeiro se dispõe a pagar pelos dólares 
da empresa, na data.
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2.7. Contas a reCeber e estoques
Introdução
Neste tópico, são tratados os créditos a receber pela entidade e os estoques, elementos 
que representam importantes recursos de curto prazo. Esses recursos, realizados (recebidos, 
no caso de créditos, ou alienados, no caso de estoques) dentro de seu ciclo operacional, ou, 
como regra geral, em doze meses contados da data do balanço, caracterizam-se inequivoca-
mente como elementos do ativo circulante.
Em específico, os créditos aqui estudados estão divididos em créditos a receber de clien-
tes e outros créditos. Os créditos de clientes são as duplicatas a receber e suas respectivas 
perdas esperadas (por liquidação duvidosa), salientando que eles também podem estar su-
jeitos ao ajuste a valor presente, conceito sobre o qual é feita aqui uma breve referência. Já 
os outros créditos estão representados por adiantamentos a terceiros, dividendos a receber e 
tributos a compensar, ou recuperar.
Por fim, são referidos os estoques, de mercadorias e produtos, destinados à venda ou ao 
consumo da entidade.
Créditos a Receber
A conta créditos é uma conta sintética, que abrange vários elementos patrimoniais. Tais 
elementos apresentam, em comum, a característica de serem representativos de valores que 
– em algum momento – a entidade poderá exigir de terceiros. De acordo com as diferentes 
causas do surgimento desses direitos, bem como considerando as diversas pessoas de quem 
valores poderão ser exigidos pela nossa empresa (terceiros), poderemos ter diferentes contas 
analíticas componentes desse subgrupo do Ativo Circulante.
Clientes
Entre os créditos a receber, a conta clientes figura como a conta mais importante. A razão 
dessa importância reside no fato de que a conta clientes representa um dos ativos mais im-
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portantes em qualquer empresa comercial, por dois motivos: (1) esse ativo está intimamente 
ligado com o objeto (comercial) da empresa e (2) o giro desse ativo, prazo de recebimento de 
clientes, é responsável pela saúde financeira da empresa.
O agrupamento das contas representativas dos clientes deve estar destacado no Balanço 
Patrimonial, e, consequentemente, no Plano de Contas, conforme a seguir:
• Duplicatas a receber
• (-) Perdas esperadas em créditos de liquidação duvidosa
• (-) Ajuste a valor presente
Nos itens seguintes, cada uma dessas contas será analisada em detalhes.
− Duplicatas a Receber
A conta DUPLICATAS A RECEBER registra os valores a receber oriundos das atividades 
básicas da empresa com relação a seus clientes. Saliente-se que o funcionamento da conta 
foi detalhadamente analisado no curso FUNDAMENTOS DECIFRADOS DE CONTABILIDADE.
Todavia, cabe colocar que as duplicatas a receber se originam no curso normal das ope-
rações da empresa pela venda a prazo de mercadorias ou serviços, representando um direito 
a cobrar de seus clientes. As duplicatas e contas a receber de clientes estão, portanto, direta-
mente relacionadas com as receitas da empresa, devendo ser:
• Debitadas (contabilmente reconhecidas) somente por mercadorias vendidas ou por 
serviços executados até a data do balanço, de acordo com o princípio da competência;
• Creditadas (baixadas) somente pelas cobranças feitas, mercadorias devolvidas ou 
descontos comerciais e abatimentos feitos até aquela data, ou pelo reconhecimento de 
perdas no recebimento de créditos.
As duplicatas a receber referentes a vendas de mercadorias são geradas pelo ato de 
transferência do direito de propriedade a elas relativo, fato esse que pode variar em fun-
ção das condições de venda,tais como: (a) os produtos são entregues nas dependências 
do cliente (viagem por conta do vendedor) ou (b) produtos entregues na fábrica (viagem 
por conta do cliente).
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Na prática, no entanto, o registro contábil da venda é feito no momento da emissão da 
respectiva nota fiscal. É importante enfatizar que neste momento não somente é registrada a 
receita de vendas, mas também o respectivo custo.
Para fins de controle, podem ser criadas tantas contas analíticas (da conta sintética du-
plicatas a receber) quantos forem os clientes, utilizando, para esse controle, um livro auxiliar 
(geralmente denominado Razão auxiliar – Clientes). A totalização dos lançamentos de clien-
tes, no dia, pode ser transferida para um único lançamento nos livros Diário e Razão.
Considerando a conta duplicatas a receber como uma conta analítica, a partir dos concei-
tos acima expostos, podemos generalizar seu funcionamento, conforme tabela a seguir:
− Perdas Esperadas – créditos de liquidação duvidosa
As contas a receber devem ser avaliadas por seu valor líquido de realização, ou seja, pelo 
montante final em dinheiro que se espera obter. Portanto, devem ser reconhecidas as perdas 
esperadas por créditos de liquidação duvidosa, em conta retificadora do ativo.
O valor da perda a ser registrado deve corresponder ao efetivo valor passível de não rece-
bimento, pela empresa. Assim, a contrapartida desse reconhecimento deve ser uma conta de 
despesas operacionais.
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Quando um saldo se torna efetivamente incobrável, ou seja, quando se esgotaram sem 
sucesso os meios possíveis de cobrança, sua baixa da conta clientes deve ser feita tendo 
como contrapartida a própria conta retificadora.
Ao final do período, o saldo porventura não realizado deverá ser revertido (zerado – com 
contrapartida do resultado), e todo o processo deverá ser repetido para o exercício seguinte. 
Alternativamente, ao final do período, pode ser feita – tão somente – a complementação do 
saldo ainda não confirmado das perdas esperadas.
A partir dos conceitos acima expostos, podemos generalizar o funcionamento da conta, 
conforme tabela a seguir:
Exemplos de fatos contábeis, e respectivos lançamentos, envolvendo essa conta são 
apresentados em nosso curso FUNDAMENTOS DECIFRADOS DE CONTABILIDADE.
− Ajuste a valor presente
Aqui, vamos tratar de um assunto importante: o ajuste a valor presente. Saliente-se que, 
de acordo com o art. 183, VIII, da Lei das S/A, esse ajuste é obrigatório para ativos decorren-
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tes de operações de longo prazo, mas também é aplicável a ativos de curto prazo, quando for 
relevante para o patrimônio.
Para entender - didaticamente - o ajuste a valor presente, é necessário esclarecer que 
sua adoção repousa na ideia de que a informação contábil deve prestigiar o viés financeiro/
econômico. Assim, um ativo alienado a prazo por um valor de R$ 1.000,00 (conforme contrato 
e nota fiscal) pode ter a venda considerada por meros R$ 800,00, desde que o preço de sua 
venda à vista seja esse.
O lançamento relativo à alienação do ativo a prazo, sem consideração do ajuste a valor 
presente, ou seja, pelo valor da nota fiscal, seria o seguinte:
D = Clientes
C = a Receita de Venda 1.000,00
Ocorre que a quantia de R$ 1.000,00 representa (a) o valor pago efetivamente para aqui-
sição do ativo e (b) o valor a ser pago por conta do PRAZO de pagamento dado, ou seja, por 
conta dos juros embutidos na transação.
Assim, utilizando-se a técnica do ajuste a valor presente, no momento da transação, o 
lançamento seria o seguinte:
D = Clientes
C = a diversos 1.000,00
C = a Receita de Vendas 800,00
C = a Ajuste a valor presente 200,00 (juros embutidos no preço)
Saliente-se, por fim, que o valor de 200,00, acima, deve ser apropriado como despesa ao 
longo do tempo a transcorrer entre a data da aquisição do ativo e o respectivo pagamento, de 
acordo com o regime de competência, conforme lançamento a seguir:
D = ajuste a valor presente
C = a Receita Financeira XXX,XX (apropriada conforme o prazo da operação)
A partir dos conceitos acima expostos, podemos generalizar o funcionamento da conta, 
conforme tabela a seguir:
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O Ajuste a valor presente é tratado em detalhes pelo Pronunciamento Técnico CPC n. 12 e 
será objeto de estudo aprofundado em aula própria do nosso curso.
Outros Créditos
Como outros créditos, serão aqui estudados os adiantamentos a terceiros, os dividendos 
a receber e os tributos a compensar ou recuperar.
− Adiantamentos a terceiros
Essa conta engloba o numerário entregue a terceiros, mas sem vinculação específica ao 
fornecimento de bens, produtos ou serviços contratuais predeterminados.
A concessão de créditos a funcionários, por adiantamentos concedidos por conta de 
salários, por conta de despesas, empréstimos e outros, serve como exemplo de situação 
que enseja registro nessa conta, que pode ter subcontas, em função da natureza de cada 
adiantamento:
CRÉDITOS DE FUNCIONÁRIOS
• adiantamentos para viagens
• adiantamentos para despesas
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• antecipações para salários e ordenados
• empréstimos a funcionários
• antecipações de 13º salário
• antecipações de férias
Cada uma das contas acima pode, ainda, ter controles analíticos por funcionário.
Os adiantamentos para viagens e despesas destinam-se a registrar os recursos forne-
cidos a funcionários para custear suas despesas de viagens a serviço ou outras despesas. 
Nessa situação, a conta adiantamento a funcionários deve ser debitada por ocasião da entre-
ga de valor, em cheque ou dinheiro, ao funcionário, segundo documento assinado por ele, e, 
quando da prestação de contas, os valores serão alternativamente: (a) devolvidos ao caixa da 
empresa ou (b) considerados despesas, definitivamente.
Exemplo:
Considere a concessãode um adiantamento, de R$ 1.000,00, para a viagem de um funcionário.
Considere ainda que, durante a viagem, o funcionário gaste R$ 700,00 (em estadia e refeições, 
conforme documentos comprobatórios – notas fiscais e recibos). No retorno, o funcionário 
deverá realizar a respectiva prestação de contas (apresentando os documentos comprobatórios 
e devolvendo o valor não gasto). Nesse momento, a empresa deverá realizar o seguinte registro:
A partir dos conceitos e do exemplo acima expostos, podemos generalizar o funcionamento 
da conta adiantamento a funcionário, resumidamente, conforme tabela a seguir:
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− Dividendos a receber
Os dividendos a receber representam o valor que uma empresa investidora (acionista) tem 
o direito de receber por conta do lucro de sua investida, em face da Lei, dos Estatutos ou da 
Assembleia Geral dos acionistas da investida.
O surgimento do direito ao recebimento de dividendos é, via de regra, registrado em con-
trapartida de receitas operacionais e, excepcionalmente, em contrapartida da própria conta 
que registra o investimento9.
O funcionamento da conta dividendos a receber é o seguinte:
a) Débitos – no momento em que a empresa investida, através de sua Assembleia de 
Acionistas, aprova a destinação de resultados proposta pelos órgãos de administração.
b) Créditos – no momento em que recebe o valor dos dividendos distribuídos.
A partir dos conceitos e do exemplo acima expostos, podemos generalizar o funciona-
mento das contas dividendos propostos a receber e dividendos a receber, resumidamente, 
conforme tabelas a seguir:
9 Os motivos dessa dupla possibilidade de origens para os dividendos a receber é decorrente do método de avaliação de 
investimentos permanentes – assunto a ser analisado em ponto específico, adiante em nosso curso.
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Esse assunto é tratado na Interpretação Técnica ICPC 08 e será objeto de estudo aprofun-
dado em curso próprio avançado.
− Tributos a compensar / recuperar
Os tributos a recuperar representam direitos da entidade de, no futuro: (a) receber um 
valor do Estado ou (b) recolher ao Estado um valor inferior ao do tributo efetivamente devido. 
Isso, por óbvio, decorre de recolhimentos a maior ou anteriores à ocorrência do fato gerador 
do tributo, geralmente por conta da própria sistemática de apuração e recolhimento do tri-
buto. Em outras palavras, a entidade é obrigada a adiantar parte do valor do tributo devido e, 
posteriormente, aproveita esse adiantamento.
Diversas situações ensejam a existência desses ativos:
(a) tributos a recuperar, em decorrência da não cumulatividade (IPI, ICMS, PIS/Pasep 
e Cofins);
(b) a situação geral, de pagamentos indevidos ou a maior; e
(c) imposto de renda a compensar, por (i) antecipações mensais, (ii) retenções na fonte ou 
(iii) saldos negativos.
Os tributos a compensar, em decorrência da não cumulatividade, já foram detalhadamen-
te analisados em nosso curso CONTROLE DECIFRADO DE ESTOQUES.
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A situação geral de pagamento indevido ou a maior, por seu turno, é simples. Com efeito, 
a conta deve ser debitada quando o suposto pagamento indevido for detectado e creditada 
quando do aproveitamento de seu valor, conforme tabela a seguir:
No caso do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ, assim como da Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, o entendimento do procedimento de registro de valores 
demanda o conhecimento (ainda que superficial) da legislação referente aos tributos. Assim, 
neste ponto, apresentaremos alguns conceitos básicos da referida legislação e, em seguida, 
discutiremos o funcionamento das contas em análise.
Iniciando pela conta IMPOSTO DE RENDA A COMPENSAR, deve ser colocado que o Impos-
to de Renda:
• quando apurado anualmente, fica sujeito ao recolhimento mensal antecipado de valo-
res por estimativa;
• está sujeito à retenção pela fonte pagadora de tributo relativo a algumas receitas aufe-
ridas no período; e
• caso os valores recolhidos antecipadamente e retidos na fonte, durante o ano, superem 
o montante efetivamente devido ao final do período de apuração, surge o saldo nega-
tivo do tributo.
Ora, o recolhimento ou a retenção pela fonte pagadora – ao longo dos meses do ano – de 
valores que somente serão definitivamente devidos ao seu final representa um ativo a ser re-
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conhecido pela entidade. Da mesma forma, o saldo negativo do tributo também é um direito a 
ser aproveitado no período seguinte e, consequentemente, deve ser reconhecido como ativo.
Como exemplo, considere uma entidade com recolhimentos antecipados mensais de R$ 
1.000,00, retenção na fonte de R$ 4.000,00, referentes a uma receita de R$ 400.000,00, e Im-
posto de Renda efetivamente devido, ao final do ano, de R$ 14.000,00.
A cada mês, deve ser recolhida a antecipação, o que enseja o surgimento do ativo:
D = Imposto de Renda a Compensar
C = a Caixa 1.000,00
Obs.: � esse lançamento deverá se repetir ao longo do ano, totalizando um recolhimento de 
R$ 12.000,00.
Adicionalmente, deve ser reconhecido o Imposto de Renda Retido na Fonte.
D = Diversos
C = a Receita 400.000,00
D = Caixa 396.000,00
D = Imposto de Renda a Compensar 4.000,00
Paralelamente, deve ser apurado o imposto devido:
D = Despesa com prov. Para o IR
C = a IR a Recolher 14.000,00
Finalmente, deve ser aproveitado o valor adiantado:
D = IR a Recolher
C = a Imposto de Renda a Compensar 14.000,00
Repare que, no caso, irá sobrar ainda o valor de R$ 2.000,00 como saldo negativo do tribu-
to, a ser compensado no período seguinte.
A tabela a seguir apresenta o funcionamento da conta.
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Estoques
Os estoques formam um grupo patrimonial que congrega elementos que apresentam, às 
vezes, características diferentes. Assim, o conceito de estoque compreende os recursos re-
presentados

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