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AULA 2 GESTÃO DE ESCRITÓRIOS E LEGISLAÇÃO APLICADA Profª Gabriela Catarina Martini de Vargas Lopes 2 INTRODUÇÃO O modelo de trabalho de um escritório de arquitetura e design de interiores é conhecido como Project Driven, movido por projeto; isso significa que não é movido por atividades rotineiras – até podem até existir algumas tarefas padronizadas, porém o que move o escritório são os projetos e não os processos. Sendo assim, além de conhecer a estrutura organizacional e os processos internos, conforme visto na aula anterior, é importante conhecer as ferramentas de gestão de projetos. TEMA 1 – DEFINIÇÃO DE PROJETOS Os projetos surgem quando há uma busca por novas soluções para situações existentes. Imaginemos que um cliente procura, para a casa dele, um profissional de arquitetura ou design de interiores para que este analise a situação-problema atual e proponha para esta uma solução adequada. Geralmente o cliente sabe quais os recursos disponíveis e o prazo esperado para o projeto, e com essas informações ele procura esse profissional. Uma vez dentro do escritório, esse projeto vai envolver diversos outros recursos, como fornecedores, mão de obra e conhecimento técnico. O fluxo de trabalhos em um projeto deve ser coordenado horizontalmente, pois isso permite uma comunicação melhor entre os envolvidos, e cabe ao gestor de projetos coordenar a participação dos fornecedores, dos parceiros, dos clientes, da equipe e dos demais stakeholders. É também responsabilidade do gestor controlar os custos, os riscos e os cronogramas (Kerzner, 2011). Há muitas definições para conceituar o que é um projeto, mas pode-se destacar o conceito definido pelo Project Management Institute, que define projeto como um empreendimento único que pode apresentar o início e o fim declaradamente definidos, do qual os resultados tangíveis e intangíveis, e que pode ser conduzido por uma única pessoa ou muitas pessoas, uma única organização ou múltiplas unidades organizacionais, para que possa atingir seus objetivos, respeitando os parâmetros de prazo custo e qualidade (PMI, 2013). O PMI (2008) agrupa as atividades envolvidas no gerenciamento de projetos em nove áreas de conhecimento; são elas: 1. gerenciamento de integração, que consiste em identificar e alinhar todas as áreas de conhecimento necessárias para a elaboração do projeto; 3 2. gerenciamento do escopo do projeto, que verifica os requisitos necessários para concluí-lo com sucesso; 3. gerenciamento do tempo de projeto, que assegura o cumprimento do cronograma; 4. gerenciamento de custos, que controla os gastos para concluir o projeto de maneira eficaz; 5. gerenciamento de qualidade do projeto, o qual garante que o projeto satisfaça as necessidades estabelecidas no escopo; 6. gerenciamento de recursos humanos, que organiza a equipe multidisciplinar envolvida no projeto; 7. gerenciamento das comunicações, o qual assegura que as informações importantes sejam de conhecimento de todos e de fácil acesso; 8. gerenciamento de riscos, que monitora as possibilidades de riscos em todas as fases do projeto; e 9. gerenciamento de aquisições, que administra os contratos com fornecedores que atendam necessidades específicas do projeto. Ainda segundo o PMI (2013) o gerenciamento de projetos consiste em aplicar os conhecimentos, as habilidades e as ferramentas técnicas necessárias para a execução das atividades dos processos para o gerenciamento de projetos. Esses processos são agrupados em quatro etapas: iniciação, planejamento, execução e encerramento. Essas etapas serão abordadas individualmente ao longo desse capítulo. Definir com o cliente as expectativas dele em relação ao prazo, ao custo e à qualidade são referência, um norte para projeto. Assim como a definição dos objetivos, é função do gestor de projetos garantir que esses critérios sejam atingidos. O trinômio qualidade, custo e prazo estão sempre presentes na elaboração de um projeto. O objetivo é alcançar o controle adequado do projeto de modo a assegurar sua conclusão dentro do prazo e do orçamento determinados e obtendo a qualidade estipulada (Menezes, 2009). A gestão desses três princípios e o equilíbrio entre eles é a atividade fundamental do gestor de projetos, mas é possível identificar dentre esses três qual é o fundamental para cada cliente. Ao saber disso, pode ficar mais fácil para o gestor saber qual é o caminho a seguir; mesmo que o cliente diga que todos são importantes, um deles geralmente é o determinante para o sucesso do projeto. 4 TEMA 2 – CICLO DE VIDA DO PROJETO Todo projeto possui início e fim, passando por fases que serão determinadas conforme necessidades específicas de cada um. Com essa informação, será possível identificar quais são os momentos mais importantes do projeto e traçar um ciclo de vida, conforme apresenta Figura 1. Figura 1 – Exemplo de ciclo de vida de um projeto Fonte: elaborado pelo autor. Os projetos são dinâmicos, de acordo com suas finalidades específicas terão necessidades e ciclos de vida diferentes. Identificar quando o projeto passou de uma fase para outra geralmente se dá pelo tempo, ou critérios para passagem de fases, que podem ser estabelecidos como pontos de controle. Geralmente são identificadas quatro fases. A fase conceitual é o começo do projeto, é como se fosse o nascimento da ideia. Toda documentação deve ser providenciada, como levantamento do espaço, estudo de viabilidade, contrato, entre outros. É uma fase curta e geralmente fácil. Nesse momento, o compromisso com o cliente foi assumido e os recursos, aprovados (Kerzner, 2011). Para os escritórios de arquitetura e design de interiores, a fase inicial de um projeto é o momento para elaboração de um briefing de projeto, que é um documento mais específico o qual contém necessidades do cliente, ou seja, vai além da proposta ou do contrato de projeto. Um briefing deve ser um documento registrado elaborado com o cliente, e o que o diferencia de uma proposta é justamente essa elaboração em conjunto. Para este documento não há regras para o tamanho do formulário ou para quais são as perguntas necessárias, isso depende do projeto e da empresa que 5 irá executar o projeto, o tamanho do briefing depende da complexidade do projeto. Esse documento na fase inicial do projeto contribui para melhorar a assertividade dos itens desenvolvidos e melhor o prazo para a conclusão das mesmas (Phillips, 2008). Alguns itens a serem realizados nessa fase (Menezes, 2009, p. 48): • identificação de necessidade e oportunidade; • tradução dessas necessidades e oportunidades em um problema; • equacionamento e definição do problema; • determinação dos objetivos e das metas a serem alcançados; • análise do ambiente do problema; • análise das potencialidades ou recursos disponíveis; • avaliação da viabilidade de atingimento dos objetivos; • estimativa de recursos necessários; • elaboração da proposta do projeto; • apresentação da proposta e venda da ideia; • avaliação e seleção com base na proposta submetida; • decisão quanto à execução do projeto. Na fase de planejamento, a proposta para o projeto já foi aprovada e os objetivos já foram definidos; é o momento de determinar quem será o gerente do projeto, fazer uma estrutura analítica, determinar um cronograma e verificar quais são os momentos em que serão necessárias aprovações e o envolvimento direto do cliente no projeto, momentos comumente chamados de marcos ou milestones; também é nessa fase, caso seja necessário, que se define o envolvimento de pessoas externas ao escritório, ou seja, é quando se estabelece contatos e parcerias. No escritório de arquitetura de interiores, esse é o momento de determinar o conceito do projeto o moodboard – e o cronograma e de buscar algum treinamento ou conhecimento específico para alguma necessidadede objetivo do projeto. Alguns itens a serem realizados nessa fase (Menezes, 2009 p. 48-49): • detalhamento das metas e dos objetivos a serem alcançados com base na proposta aprovada; • definição de gerente de projeto; • detalhamento das atividades e estruturação analítica do projeto; • programação das atividades no tempo disponível e necessário; 6 • determinação dos resultados atingíveis, marcos ou milestones a serem alcançados durante a execução do projeto; • programação da utilização e aprisionamento dos recursos humanos e materiais necessários ao gerenciamento e à execução do projeto. A terceira fase, da execução, é a fase mais intensa do ciclo de vida, é momento da execução das fases de projetos que são mais comuns em escritório de arquitetura e interiores. Nesse momento, será feito o anteprojeto, o estudo de layout, estudo de 3D e projetos de executivo. Geralmente, nessa fase são necessários ajustes ao que foi planejado com relação aos prazos e ao orçamento – corrigir esses itens periodicamente é essencial. Algumas atividades a serem realizadas nessa fase são (Menezes, 2009, p. 49): • ativar a comunicação entre os membros da equipe do projeto; • executar as etapas previstas e programadas; • utilizar os recursos humanos e materiais sempre que possível dentro do que foi programado; • efetuar reprogramações no projeto segundo o status quo e adotando os planos e programas iniciais como diretrizes eventualmente mutáveis; A quarta fase é a conclusão, marcada pela finalização do projeto; é o momento em que as parcerias serão finalizadas e quando para claro para o cliente que o projeto chegou ao fim. Internamente, é um momento de observar o que poderia ter sido feito de maneira diferente e registrar esse aprendizado com a equipe. Algumas atividades sugeridas para essas etapas são (Menezes, 2009, p. 50): • aceleração das atividades que eventualmente não tenha sido concluídas; • realocação dos recursos humanos para outras atividades ou projetos; • elaboração da memória técnica do projeto; • elaboração de relatórios e transferência dos resultados finais do projeto; • emissão e avaliações globais sobre o desempenho da equipe do projeto e resultados alcançados; • acompanhamento pós-projeto. A noção do ciclo de vida do projeto é uma de maneira visualizar todas as atividades de maneira macro e a partir dela é possível mensurar as necessidades financeiras e os prazos. Com essa visão podem se manifestar possíveis 7 problemas e conflitos, por isso é fundamental ter essa visão e possuir um gerente de projetos com um olhar atento. TEMA 3 – INÍCIO DO PROJETO Para marcar o início no projeto é necessário um registro, um documento que oficialize o início do projeto. Vai além do contrato, é um documento específico para as necessidades do projeto que serve como base para reunião de kick off – ou chute inicial – de projeto. É o momento em que todos estarão reunidos e tudo o que deve ser de conhecimento de todos deverá estar registrado com prazos, objetivos, custos e necessidades. Para a realidade de um escritório de arquitetura e design de interiores de pequeno porte, pode parecer insignificante elaborar esse documento, porém, trata-se de informações importantes que podem passar desapercebidos, e se não forem registradas corretamente podem se perder até mesmo do responsável pelo projeto (Phillips, 2008). Alguns itens que devem constar no documento de abertura de um projeto: • nome do cliente e formas de contato; • quem elaborou o documento; • quando foi elaborado; • quem é a pessoa responsável por aquele projeto dentro do escritório; • se há algum histórico daquele cliente ou projeto; • quais são os objetivos do projeto (para bons objetivos, ver aula que trata de definição de objetivos smart); • deve conter as fases e as principais datas e os milestones; • se possui alguma premissa, ou seja, quais são os resultados esperados; • deve possuir um levantamento de riscos; • quais são os principais recursos; • se há alguma restrição; • se há algum projeto inter-relacionado e quem são os responsáveis por ele. A definição de todos esses critérios no início do projeto proporciona um planejamento adequado e assertivo das atividades a serem executadas, evitando falhas e otimizando a qualidade, o custo e o prazo definidos. TEMA 4 – ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO 8 Uma estrutura analítica de projeto (EAP), também conhecida como “work breakdown structure (WBS)” é uma análise na qual devem ser observadas as atividades que essencialmente precisam ser realizadas no projeto, esses itens estão ligados à definição do projeto e ao que precisa ser necessário para atingir objetivo. Figura 2 – Exemplo de EAP Crédito: astephan/Shutterstock. O ponto de partida pode ser uma reunião de brainstorming, para discutir as ações futuras e todos os detalhes que deverão ser observados, como uma análise de viabilidade, croquis, especialistas necessários, análise de concorrentes etc. O desdobramento desse levantamento de ideias, que inicialmente poderão ser aleatórias, levarão a uma visão macro para criar uma estrutura analítica de projeto. Trata-se de uma representação de tudo o que vai acontecer no projeto. Para transformar essas ideias em uma estrutura analítica, elas devem ser organizadas em agrupamentos de trabalho; veja o exemplo na Figura 3. A partir da definição dos agrupamentos de atividades, estes devem ser desdobrados em pequenas outras atividades, e assim por diante. É como uma representação explodida do projeto que deve ser minucioso e detalhado de tudo 9 que precisa ser feito geralmente e com relação ao número de tópicos dentro de cada pacote é ilimitado. Figura 3 – Exemplo de EAP de uma reforma Fonte: elaborado pelo autor. Com isso, tem-se pacotes de serviços que podem ser montados em forma de organograma; porém, atenção, pois não deve ser confundido com o organograma real da empresa, trata-se de um pacote do trabalho para execução de um projeto específico. Uma dica para elaborar os pacotes de trabalho é que cada pacote não deve passar de 80 horas de trabalho aproximadamente; se a estimativa extrapolar essa previsão de tempo, um novo pacote deve ser aberto. Uma estrutura analítica não é um cronograma, então não precisa seguir uma ordem de execução e não se refere a um fluxo de trabalho. Fazer uma estrutura analítica permite verificar tudo o que necessita ser feito para realização dos projetos e auxilia na visão macro das atividades, bem como facilita na comunicação, pois visualmente é mais fácil compreender as etapas e estimar o tempo e a sequência de atividades, para então poder realizar um cronograma (PMI, 2013). TEMA 5 – CRONOGRAMA 10 Com base na estrutura analítica realizada, a próxima etapa é determinar tempo homem/hora para cada atividade, definir quantos dias de trabalho e quem vai realizar esse trabalho. Nem sempre é fácil estimular esse tempo, porém trata- se de uma estimativa, e esses dados podem ser revistos mais à frente. Assim, o cronograma começa a ser formado a partir de uma relação entre as atividades do projeto, por exemplo, o conceito do projeto só pode ser feito a partir do briefing, e este, por sua vez, só é feito após o contrato ser assinado. Portanto, a assinatura do contrato é a atividade 1, o briefing é a atividade 2, a qual está diretamente relacionada ao contrato; já o conceito, que é a atividade 5, está diretamente relacionado à atividade 2. Veja o exemplo na tabela 1. Essa relação entre as atividades chama-se atividade predecessora, que define exatamente qual atividade precisa ocorrer primeiro. Com essa relação entre as atividades é possível prever o que pode ser feito antes e o que precisa ser feito depois; essa metodologia permite controlar o tempo do projeto e antecipar ações. Não se trata de um raciocínio linear,no qual os pacotes de trabalho ocorrem sequencialmente. 11 Tabela 1 – Exemplo de cronograma de projeto Projeto de reforma Ordem Descrição Duração/ dias Início Fim Atividade predecessor Responsável Status > Projeto de reforma 18 01/jan 18/jan > Conceito 6 01/jan 05/jan Gerente de projeto 1 Contrato 1 01/jan 02/jan Equipe 2 Briefing 1 03/jan 04/jan 1 Gerente de projeto 3 Cronograma 2 02/jan 04/jan 2 Arquiteto assistente 4 Levantamento 2 03/jan 05/jan 1 > Planejamento 12 05/jan 18/jan 5 Conceito do projeto 7 05/jan 12/jan 2 Equipe 6 Mood board 5 13/jan 18/jan 5 Equipe Fonte: elaborado pelo autor. Com a estrutura analítica de projeto, com tempo estimado de cada atividade e com uma relação de atividades predecessoras é possível montar o cronograma de projeto. Para isso sugere-se a utilização do diagrama de Gantt, que além na relação das atividades, possui uma representação gráfica linear do cronograma, o que facilita a compreensão do projeto, além de permitir um controle melhor sobre quais momentos o cliente participará e de identificar os gargalos de produção e sobrecarga de atividades de uma só pessoa. Veja o exemplo na figura 4. Figura 4 – Exemplo de diagrama de Gantt Crédito: PetrVaclavek/Shutterstock. 12 5.1 Análise de riscos de projeto Realizar uma análise de riscos de projeto é a maneira mais profissional de lidar com os possíveis problemas; pode-se dizer que é muita pretensão nos dias de hoje fazer um projeto com a certeza de que vai dar tudo certo. O ideal é sim acreditar que riscos podem acontecer, porém eles serão analisados, e uma definidos, poderão ser evitados (Kerzner; Saladis, 2011). Existe uma diferença entre riscos e incertezas: a diferença é o conhecimento que se tem sobre o item levantado, quando este é desconhecido ou algo difícil de ser estimado, é uma incerteza, e quando é algo conhecido e sabe-se que pode acontecer e é possível de ser estimado com confiança, aí é definido como o risco do projeto. Também se faz necessária uma análise de riscos combinados, observando qual a probabilidade de ocorrerem juntos e qual impacto isso pode acarretar. Um exemplo citado por Weeks (2010) foi o caso do navio Titanic, no qual o insucesso do projeto se deu por uma sucessão de erros que ocorrera em conjunto. Em um projeto de arquitetura ou design de interiores, sucessivos erros combinados podem inviabilizar o projeto. Como uma especificação de material que fuja da estimativa de custo prevista, combinada com um detalhamento técnico específico para esse material, o que pode gerar uma inviabilidade de execução no momento da obra e uma necessidade de revisão desse item que faz parte das definições da fase inicial do projeto. Tudo isso acarretará o não cumprimento dos prazos e dos custos previstos. Essa é mais uma análise que precisa ser feita com a equipe que está envolvida no projeto, pois olhares diferentes trarão estimativas diferentes, e como ponto de partida pode-se ter como base em históricos do conhecimento específico de cada especialista. A primeira parte é uma lista de tudo que pode dar errado, devem-se levar em consideração os responsáveis por outras áreas importantes para o projeto, como o engenheiro ou o fornecedor de algum material específico. Devem-se incluir os riscos tanto internos que são pertinentes ao projeto e estão ao alcance do gestor, quanto os riscos externos que são aqueles que dependem de terceiros para controlá-los eu evitá-los. Deve-se evitar fazer isso de cabeça, pois colocar no papel, documentar, uma lista permite mensurar esses riscos. Essa mensuração é feita com base em 13 dois fatores: a probabilidade de ocorrência e o risco de impacto sobre o projeto. Veja o exemplo na figura 5. Figura 5 – Exemplo de mensuração de riscos Fonte: elaborado pelo autor. Quando o risco é apresentado como baixo, tanto para a probabilidade quanto para o impacto, deve-se aceitá-lo; e somente caso ele aconteça, uma ação deverá ser tomada. Já o risco médio resulta de baixa probabilidade e alto impacto, como o risco 1 do exemplo; nesses casos devem ser planejadas ações para amenizá-lo ou diminuir o impacto dele. Porém, é importante ter uma ação imediata para colocar em prática; assim, quando o risco acontecer, não será tratado como risco e sim como uma situação cuja solução já foi prevista. E com relação a um risco que for classificado como alto, quando tem um impacto alto e uma probabilidade alta de acontecer, uma ação imediata deverá ser realizada antes mesmo de ele ocorrer. Nesses casos pode-se mexer em inclusive os objetivos do projeto, mudando algumas diretrizes e fazendo o que for necessário para que aquele risco não ocorra. Uma análise de riscos deve ter acompanhamento e verificação periódicos e novos riscos podem ser adicionados à análise conforme forem surgindo ao longo das etapas do projeto. A matriz de análise e as ações devem ser de conhecimento de todos os envolvidos, e o resultado dessa análise deve constar no documento inicial do projeto. Além disso, é importante considerar que todo projeto possui incógnitas, problemas, situações e riscos que inevitavelmente só serão descobertos após o início de empreitada. REFERÊNCIAS 14 KERZNER, H. Gerenciamento de projetos: uma abordagem sistêmica para planejamento, programação e controle. São Paulo: Blucher, 2011. p. 166. KERZNER, H.; SALADIS, F. P. O que os gerentes precisam saber sobre projetos. Porto Alegre: Bookman, 2011. MENEZES, L. C. de M. Gestão de projetos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. PHILLIPS, P. L. Briefing: a gestão do projeto de design. São Paulo: Blucher, 2008. v. XXII. PMI. Um guia de conhecimento em gerenciamento de projetos. Guia PMBOK® 5ª. S.l.: Project Management Institute, 2013. _____. Um Guia de conhecimento em gerenciamento de projetos. Guia PMBOK® 5ª. S.l.: Project Management Institute, 2008. WEEKS, B. J. Determinação de risco em ambientes altamente interativos: como evitar o fator Titanic no seu projeto. S.l.: Livraria Virtual PMI, 2010.
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