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CAPÍTULO 10 - PROJETO PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 10.1. CONSTRUÇÃO DO PROJETO Os projetos são atualmente desenhados em AUTOCAD e plotados em papel vegetal. Para execução do mesmo, necessitamos das plantas baixas, cortes, fachadas, posição das vigas e pilares, etc. São necessárias informações sobre a tensão de distribuição da Concessionária local (127, 220 ou 380 volts) e do tipo de ramal do prédio, se entrada aérea ou subterrânea. É imprescindível obter antes de confeccionar o citado projeto, os critérios e padrões da Concessionária local, que serão um dos balizadores para a construção do projeto. Depois de elaborados os desenhos com todos os detalhes necessários à execução da obra e feitos todos os cálculos relacionados ao dimensionamento do projeto, devem ser tiradas cópia em papel vegetal para dar entrada na Concessionária local, obedecendo os padrões e exigências de cada uma, visando obter a sua aprovação e para a ligação da energia elétrica. Quase sempre são exigidos detalhes da localização e identificação do transformador de rua mais próximo e a planta de detalhes dos medidores de energia , que normalmente são instalados em compartimentos independentes, para evitar fraudes Depois de aprovado o projeto pela Concessionária, passamos às fases de execução da obra que são compreendidas em: • 1ª fase: Instalação dos eletrodutos e caixas de passagem – acompanham a execução das estruturas de alvenaria do prédio; • 2ª fase: Instalação da fiação e dos quadros de controle e comando – após o emboço e reboco; • 3ª fase: Instalação dos aparelhos de luz, das tomadas e respectivos espelhos – após a pintura do prédio 10.2. CARGA INSTALADA A carga instalada é determinada a partir do somatório, das potências nominais dos aparelhos e equipamentos elétricos e das potências nominais das lâmpadas existentes nas instalações. No caso de não disponibilidade das potências nominais dos equipamentos e aparelhos eletrodomésticos, recomenda-se a utilização da TABELA 10.2, que fornece as potências médias, aproximadas, dos principais equipamentos e aparelhos elétricos de uso geral. No cálculo para determinação da carga instalada, não deverão ser computadas as potências de aparelhos de reserva. Cargas de iluminação e tomadas e de aparelhos de aquecimento, deverão ser consideradas como resistivas, com fator de potência unitário. Para determinação da potência de motores, considerar os valores nominais de placa dados pelo fabricante, ou quando não for possível essa verificação, considerar cada 1 HP ou 1 CV = 1500W ou 1500 VA (motores e aparelhos de ar condicionado). Exemplo de determinação de carga instalada: TABELA 10.2 – UNIDADE CONSUMIDORA (220/127 V) TIPO DE CARGA POTÊNCIA NOMINAL QUANTIDADE TOTAL PARC l AL Lâmpada incandescente 100W 4 400 W Lâmpada incandescente 60W 4 240W Lâmpada fluorescente 20W 2 40W Tomadas 100W 8 800 W Chuveiro elétrico 4400 W 1 4400 W Ferro elétrico 1000 W 1 1000 W Geladeira 300W 1 300W TV à Cores (20") 90W 1 90 W Ventilador 100 W 3 300 W Ar condicionado 1CV 2 3000W Bomba d'água (motor) 1 CV 2 ( 1 reserva ) 1500 W CARGA INSTALADA TOTAL = 11,43 kW 10.3. AVALIAÇÃO DE DEMANDAS Sempre que o somatório da carga instalada for superior a 8,0 kW (220/127 V), deverá ser feita a avaliação da demanda, que será utilizada para a definição da categoria de atendimento e para o dimensionamento dos equipamentos e materiais das entradas de serviço trifásicas. Quando um determinado conjunto de cargas é analisado, verifica-se que, em função da utilização diversificada das mesmas, um valor máximo de potência é absorvida por esse conjunto num mesmo intervalo de tempo, geralmente inferior ao somatório das potências nominais dessas cargas. Nesse caso, fatores de demanda ou diversidade devem ser aplicados à carga instalada, proporcionando um refinamento no dimensionamento dos materiais e equipamentos da entrada de serviço, de forma a melhor compatibilizá-la técnica e economicamente, sem contudo comprometer a sua confiabilidade e segurança. Como proposição mínima, é oferecida uma metodologia para avaliação de demandas, que pode ser empregadas isolada ou conjuntamente, dependendo da característica da instalação. 10.4. MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA DEMANDA I. CAMPO DE APLICAÇÃO: a) ENTRADAS DE SERVIÇO INDIVIDUAIS • Avaliação e dimensionamento de entrada de serviço individual, isolada, (residencial, comercial e industrial), com atendimento através de ramal de ligação independente; • Avaliação e dimensionamento do circuito dedicado à cada unidade de consumo individual (apartamento, loja, sala etc) derivada de ramal de entrada coletivo. b) ENTRADAS DE SERVIÇO COLETIVAS • Avaliação e dimensionamento dos circuitos de uso comum em entrada coletiva residencial, com até 3 (três) unidades de consumo trifásicas; • Avaliação e dimensionamento dos circuitos trifásicos de uso comum em entrada coletiva não residencial; • Avaliação e dimensionamento dos circuitos trifásicos de uso comum dedicado às cargas não residenciais, em entrada coletiva mista; • Avaliação e dimensionamento dos circuitos trifásicos de uso comum em vilas. 2 c) CIRCUITOS DE SERVIÇO DEDICADOS AO USO DE CONDOMÍNIOS • Avaliação e dimensionamento da carga de circuito de serviço de uso do condomínio, em entrada coletiva residencial com até 3 (três) unidades de consumo; • Avaliação e dimensionamento da carga de circuito de serviço de uso do condomínio, em entrada coletiva não residencial; • Avaliação e dimensionamento da carga de circuito de serviço de uso do condomínio, dedicado exclusivamente às unidades de consumo não residenciais, em entrada coletiva mista com circuitos de serviços independentes; • Avaliação e dimensionamento da carga de circuito de serviço de uso do condomínio, em entrada coletiva mista com um único sistema de serviço dedicado a todas as unidades de consumo. II. EXPRESSÃO GERAL PARA CÁLCULO DE DEMANDA O dimensionamento de circuitos individuais ou coletivos, deverá ser feito a partir da demanda calculada através da seguinte expressão: D(kVA) = d1 + d2+(1,5xd3) + d4 + d5 + d6 Onde: d1 (kW ou kVA) = demanda de iluminação e tomadas, calculada com base nos fatores de demanda da TABELA 10.4.1. d2 (kW ou kVA) = demanda de aparelhos para aquecimento de água (chuveiros, aquecedores, torneiras, etc), calculada conforme TABELA 10.4.2. d3 (CV) = demanda de aparelhos de ar condicionado tipo janela, calculada conforme TABELA 10.4.3, para uso residencial e não residencial. d4 (kVA) = demanda de unidades centrais de condicionamento de ar, calculada a partir das respectivas correntes máximas fornecidas pêlos fabricantes, considerando o fator de demanda individual igual a 100%. ds (kVA) = demanda de motores elétricos e máquinas de solda tipo motor - gerador, calculada conforme TABELA 10.4.4. de (kW ou kVA) = demanda de máquinas de solda a transformador e aparelhos de Raio X, calculada conforme TABELA 10.4.5. III. PREVISÃO MÍNIMA DE CARGA : No cálculo da demanda através do método estabelecido em 10.4.II, além dos valores de carga mínima para iluminação e tomadas de uso geral, constantes da TABELA 10.4.1, os seguintes valores mínimos de potência para "ar condicionado tipo janela" deverão ser considerados: a) Para unidades de consumo residencial, isoladas, com atendimento através de ramal de ligação independente : • l x 1 CV /unidade de consumo b) Para unidades de consumo residenciais (apartamentos) derivadas de ramal de entrada coletivo : • 1 x 1 CV / unidade de consumo com área até 70,0 m2 • 2 x 1 CV / unidade de consumo com área superior a 70,0 m'' até 100,0 m2 • 3 x 1 CV / unidade de consumo com área útil superior a 100,0 m2 3 4 c) Para unidades de consumo não residenciais derivadas de ramal de entrada coletivo : Escritórios: 1 x 1 CV por cada 20,0 m2 de área útil Lojas: 1 x 1 CV / unidade de consumo com área útil até 20,0 m2 2 x 1 CV / unidadede consumo com área útil entre 20,0 e 40,0 m2 3 x 1 CV / unidade de consumo com área útil superior a 40,0 m2 NOTA: No caso de lojas e escritórios, servidos por sistema de refrigeração central, não deverá ser feita a previsão mínima conforme anteriormente estabelecida. IV- AVALIAÇÃO DA DEMANDA DE ENTRADAS DE SERVIÇO INDIVIDUAIS E DE CIRCUITOS DE SERVIÇO DEDICADOS AO USO DE CONDOMÍNIOS A demanda deverá ser calculada com base na carga instalada, compatibilizada com as previsões mínimas, estabelecidas na TABELA 10.4.1 e no tópico "PREVISÃO MlNIMA DE CARGA", aplicada à expressão geral e critérios definidos em 10.4.III. V- AVALIAÇÃO DA DEMANDA DE ENTRADAS COLETIVAS Além das demandas individuais de cada unidade de consumo (UC) e do serviço de uso comum do condomínio (Ds) com carga instalada superior a 8,0 kW (220/127 V), deverão ser determinadas as demandas de cada trecho do circuito de uso comum do ramal coletivo, indicadas conforme a seguir: a) Avaliação da Demanda de Entradas Coletivas com um Único Agrupamento de Medidores Onde : Dr - Demanda do ramal de entrada. Dpg - Demanda da protecão geral da entrada Dag - Demanda de cada agrupamento de medidores Ds - Demanda do circuito de serviço de uso do condomínio • O valor de cada uma dessas demandas, será determinado através da aplicação da expressão geral e dos critérios estabelecidos em 10.4.II, ao conjunto da carga instalada compatibilizada com as previsões mínimas, inerente ao trecho do circuito analisado; • A demanda da Proteção geral (Dpg), será igual a demanda do único "Agrupamento de medidores" (Dag), determinada através da aplicação da expressão geral e dos critérios estabelecidos em 10.4.II, à carga total instalada das unidades de consumo (UC's), compatibilizada com as previsões mínimas; • A demanda do Ramal de entrada (Dr) será a demanda determinada através da aplicação da expressão geral e dos critérios estabelecidos em 10.4.II à carga total instalada das"unidades de consumo e do circuito de serviço de uso do condomínio, compatibilizadas com as previsões mínimas, sendo o seu resultado multiplicado por 0,90. DR = D( Unidades de consumo / Serviço) x O, 90 5 b) Avaliação da Demanda de Entradas Coletivas Com Mais de um Agrupamento de Medidores Onde: DR - Demanda do ramal de entrada. DPG - Demanda da proteção geral da entrada DAG - Demanda de cada agrupamento de medidores Ds - Demanda do circuito de serviço de uso do condomínio • O valor de cada uma dessas demandas, será determinado através da aplicação da expressão geral e dos critérios estabelecidos em 10.4.II, ao conjunto da carga compatibilizada com as previsões mínimas, inerente ao trecho do circuito analisado; • A demanda referente a cada Agrupamento de medidores (DAG), será determinada através da aplicação da expressão geral e dos critérios estabelecidos em 10.4.II à carga total instalada das unidades de consumo (UC's) pertencentes ao agrupamento analisado, compatibilizada com as previsões mínimas; • Essa demanda será também utilizada para o dimensionamento do equipamento de proteção do circuito dedicado ao agrupamento ( prumada ou Bus), quando existente; • A demanda da Protecão geral (DPG) será determinada através da aplicação da expressão geral e dos critérios estabelecidos em 10.4.II, à carga total instalada das unidades de consumo (UC's) que compõem os agrupamentos de medidores, compatibilizada com as previsões mínimas; • A demanda do Ramal de entrada (DR) será a demanda determinada através da aplicação da expressão geral e dos critérios estabelecidos em 10.4.II, à carga total instalada das unidades de consumo (UC's) e do circuito de serviço de uso do condomínio, compatibilizadas com as previsões mínimas, sendo o seu resultado multiplicado por 0,90. DR = D( Unidades de consumo / Serviço) x O, 90 NOTA: Relativamente às situações anteriormente descritas (com um único ou mais de um agrupamento de medidores), recomenda-se atenção especial ao fato de que em algumas cargas similares com utilização diferenciada, são aplicados fatores de demanda distintos. Nesses casos, cada parcela da expressão geral definida em 10.4.II, será obtida pela soma das demandas das cargas similares, avaliadas separadamente. Exemplo: d1tot.al= d1 (iluminação e tomadas em escritório) + d1 (iluminação e tomadas de serviço do condomínio) + d1 (iluminação e tomadas em lojas) + ... 6 Essa recomendação é válida para a análise de qualquer trecho de circuitos coletivos de uso comum, onde cargas similares com utilização diferenciada estiverem presentes. TABELA 1.4.1 - CARGA MÍNIMA E FATORES DE DEMANDA PARA INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS DE USO GERAL DESCRIÇÃO CARAGA MÍNIMA (W/ m2) FATOR DE DEMANDA % Auditórios, salões para exposições, salas de vídeo e semelhantes 15 80 Bancos, Postos de serviços públicos e semelhantes 50 80 Barbearias, salões de beleza e semelhantes 20 80 Clubes e semelhantes 20 80 Escolas e semelhantes 30 80 para os primeiros 12kW 50 p/ o que exceder de 1 2kW Escritórios 50 80 para os primeiros 20kW 60 p/ o que exceder de 20kW Garagens, áreas de serviço e semelhantes 5 80 Hositais, Centros de saúde e semelhantes 20 40 para os primeiros 50kW 20 p/ o que exceder de 50kW Hotéis, Motéis e semelhantes 20 50 para os primeiros 20kW 40 para os seguintes 80kW 30 p/ o que exceder de 1 0OkW Igrejas, Salões religiosos e semelhantes 15 80 Lojas e semelhantes 20 80 Unidades Consumidoras Residenciais (Casas, apartamentos etc.) 30 0<P(kW) < 1 (80) 6<P(kW) < 7 (40) 1<P(kW)<2(75) 7<P(kW)<8(35) 2<P(kW)<3(65) 8<P(kW)<9(30) 3<P(kW)<4(60) 9<P(kW)<10(27) 4<P(kW) < 5 (50) 1 0<P(kW) => (24) 5<P(kW)<6(45) Restaurantes, Bares, Lanchonetes e semehantes 20 80 NOTAS: 1) Instalações em que, por sua natureza, a carga seja utilizada simultaneamente, deverão ser consideradas com fator de demanda de 100%. 2) O valor da carga para iluminação e tomadas de unidades de consumo residenciais, trifásicas (casas ou apartamentos) além de satisfazer à condição mínima de 30W /m2 de área construída, nunca poderá ser inferior a 2,2 kW, por unidade de consumo. TABELA 10.4.2 – FATORES DE DEMANDA PARA APARELHOS DE AQUECIMENTO 7 NOTAS: 1) Para o dimensionamento de ramais de entrada ou trechos coletivos destinados ao fornecimento de mais de uma Unidade Consumidora, fatores de demanda devem ser aplicados para cada tipo de aparelho, separadamente, sendo a demanda total de aquecimento o somatório das demandas obtidas: d2 = d2 chuveiros + d2 aquecedores + d2 torneiras + ... 2) Quando se tratar de sauna, o fator de demanda deverá ser considerado igual a 100%. TABELA 10.4.3 – FATORES DE DEMANDA PARA APARELHOS DE AR CONDICIONADO TIPO JANELA (UTILIZAÇÃO RESIDENCIAL) (UTILIZAÇÃO RESIDENCIAL) (UTILIZAÇÃO NÃO RESIDENCIAL) NOTA: Unidades centrais de condicionamento de ar, quando existentes, devem ser consideradas com Fator de demanda de 100%. TABELA 10.4.4 – DEMANDA MÉDIA DE MOTORES – VALORES EQUIVALENTES INDIVIDUAIS (CV X kVA) 8 NOTA: 1- A demanda equivalente de um conjunto de motores, deverá ser determinada através do somatório das cargas (kVA) de cada um dos motores obtidas na tabela de cargas individuais (kVA), multiplicando-se o valor obtido pelo fator de demanda correspondente ao número de motores. 2- A determinação da demanda de motores com potências não contempladas, deverá ser feita a partir das características do fabricante ou, na sua ausência, por interpolação. 3- A demanda total avaliada para um conjunto de motores, não deverá ser inferior à carga (kVA) do maior motor existente nesse conjunto. TABELA 10.4.5 – FATORES DE DEMANDA INDIVIDUAIS PARA MÁQUINAS DE SOLDA A TRANSFORMADOR, APARELHOS DE RAIO X E GALVANIZAÇÃO Nota: Máquinas de solda tipo motor gerador deverão ser consideradas como motores 9 TABELA 10.4.6 – POTÊNCIAS MÉDIAS DEAPARELHOS ELETRODOMÉSTICOS 10.5. Critérios e Padrões de Fornecimento I- Tensões de Fornecimento O fornecimento de energia elétrica em baixa tensão, é feito em corrente alternada em 60 Hz, nas tensões nominais de 220/127 V (redes trifásicas à 4 fios – Urbanas) e 230/115 V (redes monofásicas à 3 fios – Rurais), e 380/220 V. II- Tipos de Atendimento, Conforme o Número de Fases Monofásico a 2 fios - uma fase e um neutro Monofásico a 3 fios (Rural) - duas fases e um neutro Trifásico a 4 fios - três fases e um neutro III- Fornecimento à Cargas Especiais É reservado à concessionária o direito de exigir a qualquer tempo e mediante entendimento com o consumidor, dentro de prazo determinado e sem ônus para a fornecedora, a instalação de equipamentos destinados a resguardar o sistema de distribuição contra a influência de flutuações, desequilíbrios, distorções harmônicas de tensão e outros, originados das instalações consumidoras. IV- Condições Não Permitidas 1) Mais de uma medição para um único consumidor, na mesma propriedade, salvo casos de ligações especiais, que a critério da concessionária possam ter o fornecimento tecnicamente viabilizado nessa modalidade. 2) Ligação no sistema distribuidor da concessionária, de instalações situadas em propriedades não delimitadas fisicamente (muros, cercas etc) e que não estejam devidamente identificadas por placas numéricas. 3) Cruzamento de propriedade de terceiros por condutores de ramais de ligação ou entrada. 4) Alteração da carga instalada, sem prévia consulta e autorização da concessionária. 5) Interferência de pessoas não autorizadas nos equipamentos e lacres da concessionária. 6) Paralelismo de gerador particular com o sistema de distribuição, sem a prévia autorização da concessionária. A fim de evitar qualquer possibilidade de paralelismo, as instalações que venham a utilizar geração particular, deverão prever uma das soluções abaixo: • Instalação de chave reversível de acionamento manual ou elétrico, com intertravamento mecânico (mínimo), separando os circuitos de alimentação oriundos da concessionária com os do gerador particular, de modo a alternar o fornecimento. • Construção de circuito de emergência, absolutamente independente da instalação normal, alimentado pelo gerador particular. No caso de utilização de geração particular, o consumidor deverá prever a instalação de dispositivo de disparo à distância da proteção do gerador, devendo o mesmo estar localizado no compartimento da proteção geral de entrada ou junto ao comando à distância da proteção geral, quando esse for exigido. 7) Instalação de bancos de capacitores, sem o conhecimento e autorização prévios da concessionária. 10 V- Conservação dos Materiais e Equipamentos da Entrada de Serviço Cabe ao consumidor manter em bom estado de conservação os componentes da entrada de serviço. Caso seja constatada qualquer deficiência técnica ou de segurança, o consumidor será notificado quanto às irregularidades existentes, obrigando-se a providenciar as adequações necessárias dentro do prazo pré-fixado, sob pena de corte do fornecimento pelo não cumprimento. Ao consumidor caberá a responsabilidade pêlos danos causados aos equipamentos da concessionária instalado sem sua propriedade. VI- Acesso às Instalações O consumidor deverá permitir, a qualquer tempo, o livre acesso de funcionários credenciados pela concessionária às suas instalações elétricas. VII- Dados Fornecidos Pela Concessionária A concessionária fornecerá ao solicitante os seguintes elementos: - Cópia dos padrões de ligação; - Formulários padronizados para serem preenchidos com todos os dados da instalação a ser apresentado à Concessionária, juntamente com diagramas unifilares e demais exigências cabíveis; - Condições estabelecidas para o atendimento; - Tipo de atendimento e tensão de fornecimento; - Níveis de curto-circuito, quando necessários; - Valor da participação financeira a ser paga pelo consumidor, quando existente. IX- Preceitos Básicos para Definição do Tipo de Atendimento a) Ramal de Ligação O ramal de ligação será aéreo ou subterrâneo, conforme as características do sistema de distribuição da concessionária no local do atendimento. A cada lote de terreno será concedido um único ramal de ligação para o fornecimento de energia à edificação nele situado, salvo casos de atendimentos especiais, que a critério da concessionária possam ser tecnicamente viabilizados através de mais de um ramal. b) Ramal de Ligação Aéreo Sendo aéreo o sistema de distribuição local, o ramal de ligação deverá ser do tipo aéreo, limitado á entradas de serviço com demanda avaliada até 49,4 kVA. Ficará a cargo da concessionária fornecer e instalar os condutores do ramal de ligação, cujo comprimento máximo do vão será associado ao tipo de ancoramento e à posição da rede. Os condutores do ramal de ligação deverão obedecer às seguintes distâncias mínimas de afastamento: • O, 60 m entre circuitos de baixa tensão e circuitos de telefonia, sinalização e congêneres; • 1, 20 m quando passar junto à janelas, sacadas, escadas, saídas de incêndio, terraços ou locais análogos; • 2, 50 m acima do piso de sacadas, terraços ou varandas (na projeção vertical); 11 12 • O, 50 m abaixo do piso de sacadas, terraços ou varandas (na projeção vertical); • 5, 50 m do piso acabado, na passagem de veículos (travessia de logradouro); • 4, 50 m do piso acabado, na passagem de veículos (entradas particulares); • 3, 50 m do piso acabado, na passagem de pedestres; • 3, 00 m do piso acabado, na saída de eletroduto. Configurações de Ramais de Ligações Aéreos A- Ramal de Ligação a Aéreo com Ancoramento na Fachada – Gabinete de Medição na Fachada B- Ramal de Ligação a Aéreo com Ancoramento em Poste – Gabinete de Medição na Fachada 13 C) Ramal de Ligação Subterrâneo O fornecimento de energia à entradas de serviço individuais isoladas, será feito através de ramal de ligação subterrâneo quando: • Estiverem localizadas em áreas de distribuição subterrânea, ou de distribuição aérea com previsão de conversão para subterrânea; • Estiverem localizadas em área de distribuição aérea, sendo prevista para a instalação demanda superior a 49, 4 kVA; • Estiverem localizadas em área de distribuição aérea, e, por conveniência técnica da concessionária, essa alternativa deva ser adotada; • Ficará a cargo da concessionária fornecer e instalar os condutores do ramal de ligação subterrâneo até o medidor, no gabinete de medição instalado em muro ou fachada da edificação, junto ao limite da propriedade particular com a via pública. Caberá ao consumidor, o fornecimento e a instalação de dutos, caixas de passagem e condutores, a partir da medição, inclusive, ou em outros pontos eventualmente definidos pela concessionária. 14 15 X- Padrões de Ligação de Entradas de Serviço Individuais A) Medição Direta – Ligação Monofásica – Carga Instalada ≤ 8,0 kW Notas: 1 - Para entradas de serviço com carga instalada < 4,4 kW, o ramal de ligação e de entrada será através de cabo concêntrico, fornecido e instalado pela Concessionária. 2 - Para carga instalada superior a 4,4 kW e menor ou igual a 8,0 kW, o ramal de entrada será fornecido pelo Cliente, sendo o mesmo instalado pela Concessionária no interior do eletroduto, até a medição inclusive. 3 - Devem ser observados os limites técnicos para ancoramento de ramal de ligação. 16 Notas: 1 - Para entradas de serviço com carga instalada < 4,4 kW, o ramal de ligação e de entrada será através de cabo concêntrico, fornecido e instalado pela Concessionária. 2 - Paracarga instalada superior a 4,4 kW e menor ou igual a 8,0 kW, o ramal de entrada será fornecido pelo Cliente, sendo o mesmo instalado pela Concessionária no interior do eletroduto, até a medição inclusive. 3 - Devem ser observados os limites técnicos para ancoramento de ramal de ligação. 17 B) Medição Direta – Ligação Trifásica – Demanda ≤ 33,0 kVA Notas: 1 - Os condutores do ramal de entrada serão fornecidos pelo Cliente, para a categoria de atendimento específica, sendo os mesmos instalados pela Concessionária no interior do eletroduto, até a medição inclusive; 2 - Devem ser observados os limites técnicos para ancoramento de ramais de ligação aéreos; 18 Notas: 1 - Os condutores do ramal de entrada serão fornecidos pelo Cliente, para a categoria de atendimento específica, sendo os mesmos instalados pela Concessionária no interior do eletroduto, até a medição inclusive; 2 - Devem ser observados os limites técnicos para ancoramento de ramais de ligação aéreos; 19 10.6. Esquemas Fundamentais de Ligação – Interruptores Para o controle de circuitos 1φ, deverá ser utilizado dispositivo monopolar. Para o controle de circuitos 3φ deverá ser utilizado um dispositivo tripolar que atue sobre os 3 condutores fase simultaneamente, ou dispositivo monopolar para cada fase, dimensionado para corrente superior (nominal) de 800 A. Os interruptores unipolares, paralelos ou intermediários, devem interromper unicamente o condutor fase e nunca o condutor neutro. Os interruptores devem ter capacidade para suportar por tempo indeterminado a corrente nominal que transporta. Figura 10.6.1 – Interruptor Monopolar I – Tipos de Representação a) Interruptor Tripolar de 1 Seção F N Interruptor Monopolar L3 L2L1 R Figura 10.6.2 – Interruptor Trifásico Monopolar b) Interruptor Tripolar de 3 Seções Interruptor Tripolar L3L2 L1 R1 R3 R2 N F Figura 10.6.2 – Interruptor Trifásico Tripolar Figura 10.6 – Interruptor Monopolar c) Diagrama Unifilar I I– Esquemas de Representação em Planta OBS.: Na lâmpada não tem ligação de fase e n a) Ponto de Luz no Teto com Interruptor Si 3 x 1 Figura 10.6.5 – Representação em Planta .4 20 s e Diagramas Elétricos o interruptor não tem ligação de neutro. mples Figura 10.6.6 – Diagrama Elétrico 00 W S3 S F N R 21 b) Ligação de Duas Lâmpadas com Interruptor Simples e Duas Tomadas Pelo Ponto de Luz Diagrama Elétrico Figura 10.6.7 R R S L2L1 N F c) Ligação de Duas Lâmpadas com Interruptor Bipolar e Duas Tomadas Pelo Pon Diagrama Elétrico Figura 10.6.8 R1L1 L2 R2 R1 R1 R1 R2 to de Comando S2 N F 22 d) Ligação de Dois Circuitos, Um de Ar Condicionado (CKT1), com Tomada Pelo Ponto de Luz e Outro (CKT2) com Duas Lâmpadas com Comando por Interruptor Bipolar 1500 WN1 F1 R1 L2L1 F2 R1F1 N2 R2 N1 N2F2F2 N2 S2 F2 Diagrama Elétrico F1 Figura 10.3.9 R1 R1 R2 N1 N2 F2 10.7. Interruptor Three-Way (S3W) ou Paralelo É utilizado em escadas ou dependências cujas luzes, pela extensão ou por comodidade, se deseja apagar ou acender de pontos diferentes. Esquematicamente, pode ser representado da seguinte forma: 23 Figura 10.7.1 I) Esquema de Ligação de Uma Lâmpada com Interruptor Three-Way N S3W S3W F P P R P P F R S3WS3W Figura 10.7.2 10.8. Interruptor Four-Way (S4W) ou Intermediário Sistema utilizado quando se precisa comandar o circuito através de comandos localizados em vários pontos diferentes. Estes interruptores são denominados Four-Way, porque utilizam dois condutores de entrada e dois de saída. Os mesmos executam duas formas de ligação diferentes, conforme ilustrado na Figura 10.8.2. Nos sistemas Four-Way, sempre utilizamos na entrada e na saída, interruptores Three´Way, conforme ilustrado na Figura 10.8.1. Figura 10.8.1 24 Figura 10.8.2 Na posição representada pela Figura 10.8.1, a lâmpada está acesa. Se comandarmos qualquer dos interruptores do esquema de comando, a lâmpada se apagará, conforme mostrado na Figura 10.8.3. Figura 10.8.3 I) Esquema de Ligação de Uma Lâmpada com Interruptor Four-Way S3W S3W F P P S4W P P P R P P N R S3W S3WS4W F Figura 10.8.4
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