Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia Universidade pedágogica Departamento de Biologia Direitos de autor (copyright) Este módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. Caso haja necessidade de reprodução, deverá ser mantida a referência à Universidade Pedagógica e aos seus Autores. Universidade Pedagógica Rua Comandante Augusto Cardoso, nº 135 Telefone: 21-320860/2 Telefone: 21 – 306720 Fax: +258 21-322113 E-mail: benjband@hotmail.com Website: www.up.ac.mz Maputo, 2012 http://www.up.ac.mz Agradecimentos Inserir nome da instituição aqui Linha extra, se necessário gostaria de agradecer a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaborção deste manual: O que se agradece (contribuição de conteúdo, revisão, fonte de ilustrações, etc.) Nomes de pessoas / instituições a que se agradece O que se agradece (contribuição de conteúdo, revisão, fonte de ilustrações, etc.) Nomes de pessoas / instituições a que se agradece O que se agradece (contribuição de conteúdo, revisão, fonte de ilustrações, etc.) Nomes de pessoas / instituições a que se agradece Módulo de Fisiologia Vegetal i Índice Visão geral 1 Benvindo ao Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia/Módulo de Fisiologia Vegetal ...................................................................................................................................................1 Objectivos do curso.................................................................................................................1 Quem deveria estudar este módulo........................................................................................ 2 Como está estruturado este módulo....................................................................................... 2 Ícones de actividade................................................................................................................ 3 Acerca dos ícones..............................................................................................................................3 Habilidades de estudo............................................................................................................. 3 Precisa de apoio?..................................................................................................................... 3 Tarefas (avaliação e auto-avaliação)......................................................................................3 Avaliação..................................................................................................................................4 Unidade Inserir aqui no. da unidade 5 Inserir aqui o título da unidade...........................................Erro! Marcador não definido. Introdução...................................................................................................................... 5 Sumário.................................................................................................................................. 11 Exercícios...............................................................................................................................12 Módulo de Fisiologia Vegetal 1 Visão geral Benvindo ao Módulo de Fisiologia Vegetal A fisiologia é o estudo das actividades vitais ou seja a explicação, não só descritiva como também causal da origem e funcionamento das estruturas dos seres; O objecto da fisiologia é explicar claramente e por completo os processos que se dão no organismo segundo as leis físicas e químicas conhecidas requerendo para tal, o emprego de métodos físicos e químicos e recntemente a informática. Entanto se parte de uma construção e função apropriadas, tanto das partes como do organismo no seu conjunto, ela em geral é útil e razonável como ajuda heurística pois por regra geral só poderam perdurar no curso da filigenia os caracteres vantajosos, quer dizer aqueles que apresentam um valor de secção positiva. A fisiologia vegetal pode dividir-se em três partes: Fisiologia do metabolismo material e energético, do desenvolvimento e dos movimentos. Evidentemente que as partes em que se divide a fisiiologia são para facilitar sua compreensão. Estas partes interferem entre si em múltiplos aspectos; sobretudo os fenómenos de crescimento, desenvolvimento e movimento activo estão acompanhados sempre de troca de materiais e energéticos. Apresente aqui uma visão geral do conteúdo do curso ou módulo ou unidade, com os objectivos, metas, etc... Objectivos do curso Quando terminar o estudo deste módulo de fisiologia vegetal será capaz de: Inserir objectivos do curso / Módulo aqui. Repare que tem várias linhas para inserir uma multitude de objectivos se necessário. Descrever o processo de transporte através do xilema e do floema Descrever os processos envolvidos na fotossintese e na respiração brm 2 Erro! O estilo não foi especificado. Objectivos como a sua importância Distinguir as diferentes formas de adaptação nutricional das plantas Explicar como é que os factores externos influenciam na germinação da semente e no desenvolvimento da planta Descrever os passos envolvidos na germinação duma semente Quem deveria estudar este módulo Este Módulo foi concebido para todos aqueles que tenham concluído as cadeiras de Bioquímica, Botânica Geral, Botânica Sistemática Como está estruturado este módulo Todos os módulos dos cursos produzidos por Universidade Pedagógica Departamento de Biologia encontram-se estruturados da seguinte maneira: Páginas introdutórias Um índice completo. Uma visão geral detalhada do módulo, resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo. Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo. Conteúdo do módulo O curso está estruturado em unidades. Cada unidade ncluirá uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um sumário da unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação. Outros recursos Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista de recursos adicionais para você explorer. Estes recursos podem incluir livros, artigos ou sites na internet. Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação Tarefas de avaliação para este módulo encontram-seno final de cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes elementos encontram-se no final do módulo. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 3 Comentários e sugestões Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários sobre a estrutura e o conteúdo do módulo. Os seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este módulo. Ícones de actividade Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. Acerca dos ícones Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia. Os ícones incluídos neste manual são... (ícones a ser enviados - para efeitos de testagem deste modelo, reproduziram-se os ícones adrinka, mas foi-lhes dada uma sombra amarela para os distinguir dos originais). Pode ver o conjunto completo de ícones deste manual já a seguir, cada um com uma descrição do seu significado e da forma como nós interpretámos esse significado para representar as várias actividades ao longo deste módulo. Clique aqui e seleccione Inserir elementos (imagem/tabela/nova unidade) da janela do Modelo para Ensino à Distância. Escolha ou Todos os ícones abstractos ou Todos os ícones adrinka da lista dada. Habilidades de estudo Este modulo foi concebido tendo-se em consideração quevocê vai estudar sozinho. É por isso que, no fiç de cada unidade/lição há actividades que o ajudarão a rever tudo o que nela aprendeu. Fazem parte deste conjunto de actividades: aas experiências recomendadas, consulta e interpretação de tabelas, desenho e interpretação de gráficos e diagramas, etc., poius eles são preciosos para que possa conhecer o nível da sua aprendizagem Precisa de apoio? Se você tiver dificuldades, existe o centro de recursos à sua espera, perto do local de sua residência. Não hesite em recorrer a esse centro, pois ele foi criado para si. Lá encontrará literatura e outros materiais de consulta. 4 Erro! O estilo não foi especificado. Tarefas (avaliação e auto-avaliação) Se você tiver dificuldades, existe o centro de recursos à sua espera, perto do local de sua residência. Lá encontrará literatura e outros materiais de consulta. Avaliação Avaliações parciais teóricas sendo uma por unidade Relatórios de aulas práticas propostas no módulo Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 5 Unidade I Fisiologia do Metabolismo da Matéria e Energia Introdução Fotossintese é essencialmente o unico mecanismo de obtenção de energia pelos organismos vivos no planeta. A unica excepção ocorre ao nivel das bactérias que obtêm sua energia oxidando subtâncias inorgânicas como os iões de Ferro e do enxofre dissolvido da crosta terrestre, ou de H2S libertado da acção vulcânica. Antes do século XVIII os cientistas acreditavam que as plantas obtinham todos seus elementos do solo. Em 1727, Stephen Hales sugeriu que parte de seu nutrimento vinha da atmosfera e que a luz participava de algum modo neste processo. Em 1771, Joseph Priestly Apresente aqui uma breve introdução ao conteúdo desta unidade / lição. Ao completer esta unidade / lição, você será capaz de: Objectivos Inserir aqui os objectivos de aprendizagem para esta unidade / lição. Tem várias linhas para poder inserir vários objectivos de aprendizagem. Ser capaz de explicar os processos energéticos que são realizados pela planta (Assimilação e Desassimilação) Ser capaz de reconhecer os principais pigmentos envolvidos nos processos fotossintéticos Conhecer e explicar os facores que influenciam a actividade fotossintética Ser capaz de apresentar as principais moléculas envolvidas na transferência de Energia nos organismos Descrever como as moléculas de ATP e NADPH incorporam a energia em suas ligações Ser capaz de explicar os diferentes tipos de fotossintese desenvolvido nas plantas (C3, C4 e CAM) Ser capaz de explicar a formação de ATP nas plantas bem como noutros organismos fotossintetizadores Ser capaz de distinguir os diferentes tipos de metabolismo nos organismos Mencionar os tipos de alimentação nos seres vivos Ser capaz de indicar e diferenciar compostos reduzido e oxidado 6 Erro! O estilo não foi especificado. Terminologia Assimilação, Desassimilação, Oxidação, Redução, ATP, NADP, Autotrofia, Heterotrofia Inicie aqui a exposição do conteúdo da unidade. Utilize Headings 3 - Título de tópico, Heading 4 - Sub-título de tópico e Heading 5 - Sub-título do sub-título de tópico para organizar o conteúdo dentro de 1 secção.Heading 2 é título de secção.Ver a seguir LIÇÃO N° 1. ENERGÉTICA DO METABOLISMO “A vida é um sistema dinâmico e aberto”: Dinâmico em relação à matéria e aberto quanto à energia. Substância ATP – “Moeda de Troca” ATP Adenosina Trifosfato. Tem a Função de armasenamento, transporte e distribuição da energia – Ela sofre uma divisão hidrólitica. ATP + H2O ADP + Pi Processo Turnover É um processo completo de divisão hidrolítica e/de armazenamento e fornecimento de energia pela ATP ATPATPATP ADP + Pi + ∆G -∆G ATP Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 7 ∆G = -30.51 Kj/mol ou –7.3 Kcal/mol Durante o processo de divisão de ATP formando ADP + Pi há formação de cargas. Pois a molécula de água dissocia-se e os seus iões tem como função neutralizar essas cargas. MOLÉCULA DE ATP O processo turnover é um processo enzimático regulado por enzimas especiais designadas ATP-ases, e ATP-hidrolases.. Em presença de ATP- ases, ADP transforma-se em ATP implica fixação ou aumento de energia – E sob acção de ATP-hidrolase ATP divide-se em ADP-Pi e implica fornecimento de energia. Reacções Redox São muito importantes na vida sobretudo nas reacções fisiológicas. D - dador A – aceitador D Oxidação D+ A + e- Redução A- D + A D+ + A- D/D+ Sistemas redox A/A- 8 Erro! O estilo não foi especificado. Potencial Redox H2 2H+ + 2e- Eº = -420mv Potenciais Redox Padrão de Alguns Sistemas Biologicos Importatntes Sistema Redox E° pH 7 (mV) Clorofila a(red)/Clorofila a(oxid) (Estado excitado ~-600 Ferrodoxina(red)/Ferrodoxina(oxid) -430 H2/2H+ -420 2Cisteina/Cisteina -340 NAD(P)H/NAD(P)+ -320 H2S/Srombico -240 Riboflavina(red)/Riboflavina(oxid) -210 Clorofila a(red)/Clorofila a(Oxid) (Estado estacionario) 450 H2O/1/2O2 815 2H2O/H2O2 oxidação da agua 1350 Transportadores de electrões As reacções fisiológicas necessitam de transportadores de electrões. Substâncias transportadores mais importantes: H2 NADPH+H+/NAD(P)+ Nicotinamida Adenina Dinucleótido (fosfato) Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 9 H2 FADH2/FAD Flavina Adenina Dinucleótido Essas substâncias (transportadoras) podem transportar electrões ou hidrogénio. Nota: A reacção é muito importatnte no ciclo de Calvin Outros transportadores de hidrogénio são as flavinas, quinonas, proteínas, porifirinas (grupo hemo) e várias proteínas contendo iões metálicos 1.2. TIPOS DE METABOLISMO O metabolismo é um conjunto de reacções bioquimicas e processos fisico-quimicos que ocorrem numa célula e no organismo. Estes complexos processos interrelacionados séao a base da vida à escala molecular, e permitem as diversas actividades das células: crescer, reproduzir-se, manter suas estruturas, responder a estimulos, etc. O metabolismo se divide em dois processos conjugados a) ASSIMILAÇÃO/ANABOLISMO – Processos que integram a matéria e energia b) DESASSIMILAÇÃO/CATABOLISMO – Processos que desintegram a matéria e dissipam a energia no organismo + [2H] 10 Erro! O estilo não foi especificado. 1.3. TIPOS DE ALIMENTAÇÃO Existem dois tipos de nutrição: Autotrofica e Heterotrofica. AUTOTROFICA: (Do grego que significa que se alimentam por si mesmo) -Sintetizam substâncias orgânicas a partir de substâncias inorgânicas simples H2O, CO2 e sais minerais, que a tomam do solo e da atmosfera, usando a energia solar (Fotossintese) ou mediante reacções quimicas. Exemplo: Plantas, algas e algumas bactérias. As plantas e outros organismos que usam a Fotossintese são organismos Fotoautotroficos As bactérias que utilizam a oxidação de compostos inorgânicos como oxidos de enxofre, compostos ferrosos como produção de energiase denominam Quioatotroficos HETEROTRÓFICA: Os organismos heterotróficos (do grego “hetero”, outro, desigual, diferente e “trofo” que se alimenta Necessitam de alimentos proedentes de outros seres vivos. Exemplos: Animais, fungos e varias bactérias. Segundo a origem da energia que os heterotróficos utiliza podem dividitr-se em: Fotoorganotróficos (ou Fototróficos) e Quimiorganotróficos (ou Quimiotróficos) Fotoorganotróficos: Estes organismos fixam a energia da luz. Constituem um grupo muito reduzido de organismos que compreendem as bactérias purpuras e a familia de seudomonadales Quimioorganotróficos: Utilizam a energia quimica extraida directamente da matéria orgânica. A este grupo pertencem todos os integrantes do reino animal, todos os fungos e grande parte do reino Monera e as Archeobactérias MIXOTRÓFICO: Séao organismos, capazes de obter energia metabolica tanto da fotossintese como dos seres vivos. Esses organismospodem utilizar a luz como fonte de energia, ou tomada de compostos orgânicos ou inorgânicos. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino deBiologia 11 Podem apropriar-se de compostos simples de maneira osmotica ou englobando as particulas. Usualmente são algas e bactérias Sumário a) Organismos autotróficos - Fonte de carbono – CO2 Fotoautotróficos Quimioautotróficos Usam energia solar Usam energia química (H2S, NH3, NH4+) b) Organismos Heterotróficos - Fonte de carbono - compostos orgânicos Fototróficos Quimiotróficos Bactérias púrpuras Todos animais c) Organismos Mixotróficos Podem ser autotróficos ou heterotróficos dependendo das condições ambientais em que se encontram. Apresente aqui um breve sumário ou resumo do que foi abrangido nesta unidade/lição (pode rever objectivos e fazer o seu resumo com base nos objectivos para a unidade / lição) 12 Erro! O estilo não foi especificado. Exercícios Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 13 Auto-avaliação Questões para Revisão: 1. Qual a importância do Sol e das plantas para a vida em nossa planeta? 2. Onde se localiza a clorofila nas cianofíceas? E nos eucariontes? 3. Quais as cores mais importantes para a fotossíntese? Por que um vegetal iluminado com luz verde faz pouca fotossíntese? 4. Escreva a equação geral da fotossíntese. 5. De onde vem o oxigênio desprendido na fotossíntese? Como se chegou a essa descoberta? 6. O que ocorre no ponto de compensação? O que ocorre com a velocidade de fotossíntese após o ponto de saturação luminosa? 7. O que ocorre com a velocidade da fotossíntese à medida que aumenta a concentração de gás carbônico no ambiente? E à medida que aumenta a temperatura? 8. Qual a diferença entre a fotossíntese bacteriana e a fotossíntese das plantas? E entre a fotossíntese e a quimiossíntese? Gabarito: Questões para Revisão: 1. O Sol é a fonte de energia e as plantas absorvem parte dessa energia nas moléculas orgânicas. 2. Cianofíceas: membranas no citoplasma. Eucariontes: cloroplastos. 3. Azul, violeta e vermelho - alaranjado. Quanto ao verde, a clorofila absorve muito pouco o comprimento de onda relativo a essa cor. 4. 6 CO2 + 12 H2O → C6H12O6 + 6 H2O + 6 O2 5. Vem da água. Chegou - se à descoberta utilizando - se O18. 6 A fotossíntese produz a mesma quantidade de O2 que é consumida pela respiração. A velocidade da fotossíntese fica constante pela limitação da concentração de CO2. 7 Ela aumenta até que se estabiliza, devido à limitação pela intensidade luminosa. Se a temperatura aumenta, a velocidade aumenta até que as enzimas se desnaturam e a fotossíntese pára. 8 Nas bactérias, a água não é a doadora de hidrogênios e não ocorre desprendimento de O2. Na quimiossíntese, a fonte de energia não é a luz, e sim certas reações químicas no solo. 14 Erro! O estilo não foi especificado. LIÇÃO Nº 2. FOTOAUTOTROFIA Assimilação de CO2 pela autotrofia ou fotossintese 6CO2 + 12H2O C6H12O6 + 6H2O + 6O2 CO2 + 2H2O (CH2O)n + H2O + O2 Estas reacções bioquimicas resultam da absorção de energia solar (luminosa) e a sua utilização para a sintese de compostos orgânicos ricos em energia. Por outras palavras é um processo de transformação de energia solar em energia quimica 1.4.1. Energia Solar ou Radiante Apenas 5% da energia solar que alcança a Terra pode ser convertida em carboidratos através da fotossíntese foliar. Isso é devido ao fato de que a maioria da fração da luz incidente ser de onda muito curta ou muito longa para ser absorvida pelos pigmentos fotossintéticos. Além disso, a energia luminosa absorvida é perdida na forma de calor; usada em processos bioquímicos para promover a fixação do CO2 ou ainda ser usada no metabolismo geral da folha. Das radiações que chegam à Terra, 44% se situam na região das radiações visíveis que são utilizadas na fotossíntese. A radiação solar atinge seu máximo no verão (dezembro-janeiro) e seu mínimo no inverno (junhojulho). Durante o dia, a intensidade máxima de radiação solar ocorre na proximidade do meio-dia. A energia é composta por particulas chamadas fotões ou Quantum. Fotões – São particulas materiais que se movem no espaço em forma de ondas. Lei de Planck (Fisico Alemão) E = h*νν = C/λ E = h*C/λ Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 15 A luz é separada em diferentes cores (= comprimento de onda) de luz pela sua passagem através de um prisma. Comprimento de onda é a distância de um pico a outro pico (ou onda a onda). A energia é inversamente proporcional ao comprimento de onda: longos comprimentos de onda têm menos energia do que comprimentos de onda curtos Luz Vermelha 700 nm 171 Kj/mol Luz Amarela 600 nm 199 Kj/mol Luz Azul 438 nm 272 Kj/mol Luz Violeta 400 nm 298 Kj/mol A vida na Terra depende da energia proveniente do sol. A fotossíntese é o único processo de importância biológica que pode captar esta energia. Apenas uma região limitada deste espectro, compreendida aproximadamente entre 400 e 700nm é aproveitada pelos seres vivos: é a luz visível ou faixa fotobiológica. Comprimentos de onda menores que 400nm (UV) , devido ao elevado teor energético, podem provocar alterações moleculares profundas, com consequências graves para os organismos. Contrariamente, às radiações acima de 740nm não possuem a energia necessária para induzir alterações nas biomoléculas. As moléculas que ao longo do processo evolutivo desenvolveram a capacidade de absorver comprimento de onda na região da luz visível são chamadas de pigmentos. A eficiência da fotossintese depende da capacidade de absorver determinadas comprimentos de onda de espectros de luz visivel por parte de pigmentos fotossinteticos. 16 Erro! O estilo não foi especificado. A luz visivel é formada por vibrações electromagnéticas com comprimentos de onda que vão aproximadamente de 350 a 750 nanometros. O olho humano so permite de 400 a 700nanometros. A luz branca é a soma de todas as ondas compreendidas entre esses comprimentos de onda quando as intensidades são semelhantes de 350 a 700 nanometros O olho humano é um receptor e um selector, que absorve somente algumas ondas luminosas, néao todas. O olho so percebe uma pequena porção deste espectro elecromagnético que vai dos 400 a 700 nanometros (O olho humano não percebe os infravermelhos e nem os ultravioletas) Os objectos coloridos refletem a luz de forma selectiva: reflectem unicamente as cores que se vêem e absorve o resto Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 17 1.4.2. Pigmentos Fotossintéticos O termo pigmento é utilizado para descrever uma molécula que absorve a luz e apresenta uma cor. As plantas contêm uma grande variedade de pigmentos que dão lugar a cores que nelas observamos. Obviamente, as flores e os frutos contêmmuitas moléculas orgânicas que absorvem luz. As folhas, talos e raizes contêm muitos pigmentos, que incluem as antocianinas, flavanoides, flavinas, quinonas e citocromos. Contudo nenhum destes deve ser considerado como pigmento um forossintético Los pigmentos fotosintéticos son los únicos que tienen la capacidad de absorber la energía de la luz solar y hacerla disponible para el aparato fotosintético. En las plantas terrestres hay dos clases de pigmentos fotosintéticos: las clorofilas y los carotenoides. La capacidad de las clorofilas y los carotenoides para absorber la luz del sol y utilizarla de manera efectiva está relacionada con su estructura molecular y su organización dentro de la célula. Hemos aprendido en una lección previa (La Interacción de la Luz con las Biomoléculas) que los pigmentos absorben la energía de los fotones a través de sus sistemas de enlaces dobles conjugados. Examine las estructuras de las moléculas de una clorofila y un carotenoide mostradas en las Figuras: Estructuras A y B. Observe los sistemas lineales de enlaces dobles conjugados de los carotenoides (luteina, en este ejemplo) y la estructura de zig-zag de los enlaces dobles en la molécula de clorofila. Estos sistemas de enlaces dobles conjugados son los que confieren a dichas moléculas la capacidad de absorber la energía de los fotones.a) Clorofilas Clorofila a – tem cor verde –azulada Clorofila b – tem cor verde-amarelada javascript:void(0); 18 Erro! O estilo não foi especificado. Nota: A clorofila a e b Existem em plantas superiores numa relação de 3:1 Clorofila c existe em chromophytae (a + c Clorofila d existe em Rhodophytae (a + d) b) Carotenoides São longas cadeias carbonadas e geralmente derivadas de isopreno. Ex: β-caroteno com 40 carbonos c) Xantófilas Fucoxantina d) Ficobilinas Ficoeritrina Ficocianina Exemplos: Um tipo de clorofila a ou um pigmento da clorofila a tem um máximo de absorção de 700 nm e faz parte do fotossistema I. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 19 P 700 Cl a FS I Outro tem máximo de absorção de 680 nm e faz parte do fotossistema II P 680 Cl a FS II 1.4.3. Fotossistemas É um sistema de pigmentos diferentes que tem como função captar a luz de variados e diferentes comprimentos de onda e o transporte dessa luz de um pigmento para o outro vizinho. 20 Erro! O estilo não foi especificado. A luz captada pelos pigmentos do fotossistema propaga-se para o centro de reacção. No centro de reacção são formados electrões que se movem fora do centro. Esses electrões podem ser captados por um aceitador de electrões. E através dum dador de electrões preenche-se o vácuo de electrões no centro de reacções. Portanto o centro de reacções pode receber e ceder electrões. CR* + A CR* + A- [10-10s] No centro de reacções CR* + D CR* + D+ ocorrem reacções redox CR* - Centro de reacção A – Aceitador D – Dador de electrões Quando o pigmento fotossintético recebe a luz, transporta-a até ao centro de reacção e, este excita-se; e assim, forma-se um outro nível de energia. O fenómeno de fluorescência verifica-se só quando não existe um aceitador de electrões liberados pelo centro de reacção. Nota: Numa célula de cloroplasto normal sem efeitos negativos não se verifica o fenómeno de fluorescência. Exemplo de composição de um fotossistema FSI Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 21 200 pigmentos de carotenoides 200pigmentos de Cl a 50 pigmentos de Cl b 1 pigmento P 700 FS I absorve luz de comprimento de onda mais longo que 680 e esta relacionado com a redução de: NADP+ NADPH + H+ FS II absorve luz de comprimento de onda mais curto que 680 e esta relacionado com a fotolise de agua e libertação de oxigénio. FS I Fotossistema I A1 Aceitador primário de electrões ou factor x t Transportador de electrões Fd Ferrodoxina (importante transportador de electrões) A diferença de energia entre o estado basal (P 700*) e o estado excitado (P 700) é de –0.55 V e tem o nome de potencial redox P 700/P 700* = -0.55V 22 Erro! O estilo não foi especificado. A2 Aceitador de electrões ou factor Q FS IIFotossistema II Cit b3 Citocromo b3 Cit f Citocromo f Pc Plastocianina Pq Plastoquinona h*ν Fotão Fotólise da água 2H2O 2e + 2H+ + 2[OH-] 2[OH-] H2O + 1/2O2 Para a substituição dos electrões que saem dos centros de reacção a planta realiza a fotolise de agua donde resultam electrões que vão preencher o vacuo de electrões LIÇÃO Nº 3. FOTOAUTOTROFIA Mn Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 23 1.4.6. Fotofosforilação acíclica É um conjunto de processos – Fotolise da agua, fotossistema I e fotossistema II até ao aceitador terminal de electrões e cuja função é a formação do ATP. Produtos deste processo: ATP com –218 Kj de energia NADPH + H+ Produtos laterais: O2 e 2 protões H+ O processo utiliza 8 protões para a formação de duas moléculas de ATP e duas moléculas de NADPH + H+ 1.4.7. Fotofosforilação cíclica É um processo mais primitivo em relação à fotofosforilação aciclica e assemelha-se ao das bactérias. A fosforilação cíclica só utiliza um apenas fotossistema – O fotossistema I (P700). 24 Erro! O estilo não foi especificado. Nesta fotofosforilação não ocorre a formação do equivalente redutivo (aceitador terminal de electrões) NADPH + H+ e também não há fotólise de água consequentemente não há libertação de oxigénio. Neste processo ocorre apenas a formação de ATP. O processo usa 2 fotões para a formação de uma molécula de ATP. Não participa o FS II excepto os seus transportadores de electrões. Balanço das duas Fotofosforilações 1.4.7. Fotofosforilação. Hipótese de Mitchell Hipótese de Acoplamento Quimiostático (Quimiosmótico) Sabe-se que nas mitocôndrias das células encontram-se os tilacóides das mitocôndrias das células dos cloroplastos onde existem os pigmentos Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 25 fotossintéticos segundo Mitchell. Portanto as reacções fotoquímicas ocorrem nas membranas dos tilacoides. A hipótese de Mitchell parte do princípio de que: 1. A membrana dos tilacoides é impermeável a protões H+ e que para a passagem desses protões através da membrana precisam ou tem de existir um transportador. 2. Que esses elementos transportadores de electrões devem possuir posições assimétricas dentro da membrana. 3. Formação de um gradiente de protões no interior da membrana dos tilacóides (grande concentração de protões no interior) * Os protões são utilizados na formação de ATP, que ocorre num elemento especial designado ATP – sintetase ou factor acoplativo é uma enzima Os protões saiem do interior da membrana através da ATP-sintetase por um processo osmótico. É nos tilacóides dos cloroplastos onde ocorre a fotofosforilação (formação do ATP). Nota: A reacção fotoquimica esta localizada/ocorre na membrana dos tilacoides das mitocondrias. Os fotossistemas FS I e FS II encontram-se nas plantas superiores e nas algas clorofitas. 26 Erro! O estilo não foi especificado. Um tilacoide contém cerca de 105moléculas de pigmentos (clorofilas a e b, carotenóides) e que cerca de 500 estão unidos a aproximadamente 200 cadeias de transporte de electrões. A plena luz do sol alcançam cada centro de reacção cerca de 200 quanta por segundo. Além da água (dos dadores primários de electrões nas bactérias fotossintetizadoras e das clorofilas), participam também no transporte fotossintético de electrões citocromos, prótidos metalíferos, nucleotídeos pirimídicos flavoproteínas e quinonas. Os citocromos se derivam como as clorofilas do sistema cíclico das porifirinas pelo que como átomo central do anel tetrapirrólico possuem ferro e não magnésio. Estes complexos porifirínicos com ferro estão ligados a proteínas como grupos prostéticos. No transporte de electrões pelos citocromos o átomo central sofre uma alteração de valência (Fe3+/Fe2+). Os distintos citocromos se diferenciam pelos seus espectros de absorção característicos. É possivel bloquear a fotorreacção II mediante certos inibidores por exemplo o herbicida DCMU (diclorofenildimetilureia); esta substância actua ao nível de PQ2. 1.4.7.1. Assimilação de CO2 ou fase química Neste processo ocorre praticamente a utilização dos produtos da fase luminosa (fotoquímica) O ATP e NADPH + H+. Esta reacção/processo ocorre no estroma dos cloroplastos e não depende da luz. A reacção de assimilação de CO2 ocorre em 4 passos. 1. Fixação de CO2 – Carboxilação 2. Redução de carbono fixado 3. Regeneração do aceitador de CO2 4. Sintese de glicose Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 27 28 Erro! O estilo não foi especificado. Ciclo de Calvin Balanço da reacção 6CO2 + 12NADPH + 12H+ + 18ATP C6H12O6 + 12NADP+ + 18ADP + 18Pi 1. Fixação de CO2 6Ribulose1,5difosfato + 6CO2 12ácido3-fosfoglicérico P 5C P 12 3C P Ribulose é uma pentose com 5 atomos de carbono Rubisco Ribulose bifosfato carboxilase-oxidase 2. Redução do carbono 12ácido3fosfoglicérico + 12ATP + 12NADPH + 12H+ 12gliceraldeido 3fosfato + 12ADP + 12 Pi + 12 NADP+ Volta de novo para a fase luminosa O objectivo do ciclo de calvin é a formação da glicose como forma de armazenamento de matéria prima e energia para posterior elaboraçãode muitas estruturas e ocorrência de outros processos bioquimicos. Resumo A fixação de 3 moléculas de CO2permitem o ganho de uma molécula de gliceraldeido 3 fosfato por um custo de nove moléculas de ATP e seis moléculas de NADPH. A equação balanço é a seguinte: 3CO2 + 9ATP + 6NADPH +água →Gliceraldeido 3-fosfato + 8Pi + 9ADP + 6NADP+ O gliceraldeido produzido nos cloroplastos é rapidamente transportado para o citoplasma onde ele realiza a síntese de sacarose graças à uma sucessão de reacções químicas não detalhadas aqui; A sacarose é a principal força de transporte de glícidos entre as células vegetais via feixes vasculares para fornecer os glícidos noutras partes vegetais (é o equivalente ao transporte de glicose pelo sangue nos animais) Rubisco Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 29 A maioria do gliceraldeido 3 fosfato que não é retirado para fora dos cloroplastos, é transformado em amido e guardado sob forma de grãos volumosos no estroma dos cloroplastos no momento de grande actividade fotossintética (nos dias de luminosidade). À noite o amido é degradado e retirado para fora da célula 1.4.8. Fotorrespiração (Via ácido glicólico) A fotorespiração ocorre exclusivamente nos tecidos vegetais Nota: A respiração é praticamente a decomposição da glicose que resulta na formação de ATP e libertação de CO2. Enquanto que na fotorespiração embora ocorrendo a decomposição de glicose não ha formação de ATP (respiração sem produção de ATP). Na fotorespiração participam 3 componentes: cloroplastos, peroxisoma e mitocôndrias. 30 Erro! O estilo não foi especificado. I. Nos cloroplastos: Ocorre a oxidação do rubisco e forma-se ácido glicólico e um fosfato. O ácido glicólico introduz-se no peroxisoma. II. No peroxisoma Ocorre a oxidação do glicolato e forma-se o ácido glioxílico que imediatamente se converte em glicina. A glicina introduz-se nas mitocôndrias. III. Nas mitocôndrias Ocorre a oxidação da glicina em serina. A serina atravessa a membrana das mitocôndrias e ja no peroxisoma é levada ao ciclo de Calvin em forma de glicerato (ácido glicérico). Nota: Neste processo uma actividade importante é o aproveitamento do produto lateral – o glicolato que se forma pela oxidação do rubisco. O material produzido na fotossíntese reduz-se quase até à metade. Outra importância é a produção da glicina e serina: aminoácidos importantes/essenciais para outros organismos. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 31 Só as plantas têm a capacidade de formar aminoácidos. Outros organismos são consumidores. Em situações normais de O2 (21%) e de CO2 (0,03%) na atmosfera, a taxa de carboxilação e oxigenação é de 3:1. A proporção destes dois componentes é importante, visto que os dois competem pelo mesmo sítio activo do RUBISCO, influenciando a carboxilação ou a oxigenação. Assim, quando a relação O2: CO2 for alta, favorece a fotorrespiração; da mesma forma quando a relação O2:CO2 for baixa, favorece desta forma, a fotorrespiração. O processo da fotorespiração ocorre nas plantas do tipo C3 (nas quais ocorre o processo de Calvin). Nas plantas do tipo C4 a fotorrespiração é quase nula. LIÇÃO Nº 4. FOTOAUTOTROFIA 1.4.9. C4-Fotossíntese e CAM (Via de Hatch–Slack) Plantas do tipo C4 Na figura abaixo - Corte transversal da folha de cana-de-açúcar. Típico em gramíneas C4, as células do mesófilo estão radialmente dispostas ao redor das bainhas dos feixes vasculares, as quais consistem em grandes células contendo cloroplastos muito grandes. 32 Erro! O estilo não foi especificado. O aceitador de CO2 nestas plantas é o fosfoenolpiruvato e, o primeiro produto estável que se forma é o Oxalacetato um composto com 4 carbonos (C4) - dai a sua classificação. A utilização do CO2 ocorre nas células da bainha dos feixes vasculares mas estas células não captam CO2 directamente do ambiente. O CO2 é captado pelas células do mesofilo em quantidades maiores que depois é transformado/armazenado em forma de ácido maléico e transportado até às células da bainha dos feixes. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 33 Ex: Poaceae (Zea mays, Sacharum officinarum, Panicum sorgum) e Caryophyllales (todas Amaranthaceae, algumas Chenopodiaceae e Pontulacaceae) mas também diferentes Euphorbiaceae. Aspectos entre plantas C3 e C4 1. As plantas C4 são desprovidas de peroxissomos, estrutura envolvida na fotorrespiração, além de que ocorre altos índices de CO2 nas células da bainha e anatomia e características bioquímicas que permitem a reassimilação de CO2 ocasionalmente escapado das células da bainha, fatores que corroboram com a fotossíntese em detrimento à fotorrespiração; 2. As plantas C4, que são plantas tropicais e sub-tropicais, apresentam taxa de fotossíntese de 2~3 vezes maior em altas temperaturas comparadas às plantas C3; 3. A actividade da PEPcase está em torno de temperaturas de 30~35ºC, enquanto a RUBISCO é em torno de 20~25ºC, o que implica as enzimas das plantas C4 suportarem maiores temperaturas em favor da fotossíntese; 4. Aumentos de temperatura modifica a solubilidade do O2 e do CO2. O aumento de temperatura diminui a disponibilidade de CO2 para as plantas. Em altas temperaturas a ação da oxigenase na RUBISCO é favorecida. Plantas CAM – Metabolismo dos ácidos nas plantas da família Crassulaceae As plantas CAM (do inglés, Crassulacean Acid Metabolism), são plantas especialmente adaptadas a regiões áridas, com altas temperaturas diurnas, baixas temperaturas noturnas, alta radiação e baixo teor de água no solo. Essas plantas geralmente, abrem seus estomas durante a noite e os fecha durante o dia. Este tipo de plantas têm uma adaptação fisiológica para o balanço hidrico. São plantas cuja caracteristica principal é a suculência. Ex: plantas da família Agavaceae, Crassulaceae, Cactaceae, Bromeliaceae, Euphorbiaceae, e Orquideaceae.. São cerca de 28 famílias. Ciclo Cicadiano Regular 34 Erro! O estilo não foi especificado. Nas plantas CAM Durante o periodo da noite ha fixação de CO2 e é reservado em forma de malato (ácido nucleico) nos vacuolos. Durante o dia ocorre a utilização desse CO2 no ciclo de Calvin e regenera-se durante este processo, o PEP. Este complexo todo/processo ocorre numa mesma célula. A vantagem dessas plantas em absorver o CO2 no periodo da noite é que elas evitam muita perda de agua pela transpiração. Pois que durante o dia os seus estomas encontram-se fechados e não ha trocas gasosas. Plantas C3, C4 e plantas CAM Esta ordenação representa uma sequência do ponto de vista evolutivo. Cada grupo de plantas possue adaptações fisiológicas ou bioquimicas no que diz respeito à fixação de CO2 e a redução de transpiração. Essas adaptações são mais para a sobrevivência e não para o crescimento. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 35 Células do mesofilo Nas plantas C4 Células da bainha dos feixes: Nestes não existe FS II. Quer dizer ; não ha formação do equivalente redutivo (NADPH + H+). Só há formação do ATP Tpc: Quais são as consequências da falta do equivalente redutivo? Eficiência dos fotossistemas FS I (P700) Absorve luz de radiações vermelhas (e constitue uma região de pouca luz). O comprimento de onda dessa luz é maior e por isso a qualidade de luz não é melhor. Quando o comprimento de onda é maior a energia é baixa. E= h*C/λ FS II (P680) O comprimento de onda é menor e por isso a energia é elevada. Absorve radiações que constituem a maior parte de luz solar. Por isso é mais eficiente este fotossistema. A hipótese quimiosmotica parte de que a compensação do gradiente de protões que pode conduzir à formação de ATP através de uma ATP-ase ligada à membrana. Este complexo de ATP-ase na membrana dos tilacoides consta, como nas membranas das mitocôndrias e de bactérias, de um componente hidrofobo (coupling factor 1, CF1) e outro hidrofilo (CF2), unidos fortementeà membrana. Ao separar-se da membrana do tilacoide estes factores de acoplamento , ao bloquearem-se por anticorpos interrompe-se a fotofosforilação. É preciso que 5 protões atravessem a barreira de ATP-ases para que se carreguem duas moléculas de ATP. As ATP-ases devem provavelmente ser activadas por um câmbio de conformação antes de entrar em acção. Ja foi demonstrado que um campo eléctrico o gradiente de protões provocado experimentalmente entre o espaço interno do tilacoide e o estroma ao equilibrar-se, incluso na escuridão, pode formar ATP de ADP e Pi. 36 Erro! O estilo não foi especificado. Certas sustâncias desacoplam o transporte fotossintético de electrões e a formação de ATP basta sua influência prosseguir, por exemplo, a Reacção de Hill pelo que cessa a fotofosforilação. Pertencem a estes desacopladores da fotofosforilação por ex: iéoes NH4+, arsenato, CCCP (Carbonilciamida-n-clorofenilhidrazona) e desaspidina, um derivado de fluoroglicina existente em espécies de Dryopteris. A acção desacopladora de tais substâncias poderia consistir segundo a hipotese quimiosmotica em que impedem a orientação do gradiente de protões (e ja foi observado, por ex: com CCCP) ou que inibem o ATP-ase. A hipótese quimiosmótica explicaria também por que para a fotofosforilação(e também para a fotossintese activa) é necesario que o espaço interno do tilacóide esteja isolado de estroma (isso encontra-se ja nos procariotas que carecem de membrana externa do cloroplasto) so um compartimento isolado pode manter um gradiente de concentração de determinados materiais em seu torno. (In Strasburger pag.s 255 a256) A escassa produção de O2 na bainha dos feixes condutores de algumas plantas C4 (planta de fotossistema II) e a elevada concentração de CO2 inibem a fotorespiração. As plantas C4 têm pois na fase luminosa menores perdas de substâncias e por isso realizam uma maior economia no aproveitamento dos produtos assimilados. Espécies do tipo de fotossintese C4 se encontram em distintos lugares do sistema das plantas pelo que são especialmente abundantes em alguns grupos, por ex: nas Poaceae (milho, cana-de-açucar, bambu, trigo, etc), as Amaranthaceae (Amaranthus, etc.) e as Chenopodiaceae (Espinafre, beterraba, Salicornia, Atriplex, etc 1.4.10. Ecologia da fotossíntese Factores externos que influenciam a fotossintese 1. Intensidade da luz 2. Concentração de CO2 3. Concentração de O2 4. Temperatura e abastecimento da agua para a planta Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 37 Indicadores da intensidade da fotossintese -Libertação de O2/quantidade de O2 libertado – Efluxo -Quantidade de CO2 absorvido – Influxo -Quantidade de matéria Orgânica produzida Fotossíntese Aparente = Fotossíntese Real – Fotorespiração 1.4.10. Ecologia da fotossíntese Factores externos que influenciam a fotossintese 1. Intensidade da luz 2. Concentração de CO2 3. Concentração de O2 4. Temperatura e abastecimento da água para a planta Indicadores da intensidade da fotossintese -Libertação de O2/quantidade de O2 libertado – Efluxo -Quantidade de CO2 absorvido – Influxo -Quantidade de matéria Orgânica produzida Fotossíntese Aparente = Fotossíntese Real – Fotorespiração 1.4.10.1. Luz Influência da luz 38 Erro! O estilo não foi especificado. Ponto de compensação (PC) = Ponto em que o valor fotossintético coincide com o valor da respiração. Ponto de saturação (PS) = ponto a partir do qual mesmo aumentando a intensidade da luz a fotossintese não altera Cada planta reage à sua maneira perante a presença da luz. E cada planta suporta uma intensidade luminosa determinada. Tipos de Plantas Plantas de sombra Ex: Violeta africana Plantas de luz fraca Ex: Alocasia macrorrhiza Plantas de sol Ex: Feijoeiro Plantas de luz intensa Ex: Plantas CAM Cada tipo de planta tem o seu ponto de compensaço e de saturação. Adaptações Fisiológicas nas plantas Plantas de sombra, apresentam folhas maiores, pois recebem poucos raios solares e necessitam de uma maior superficie de absorção de luz. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 39 Plantas de sol apresentam folhas com superficie reduzida não precisam de uma grande superficie de absorção. Estas diferenciações nas folhas ocorrem durante o processo de desenvolvimento da planta. Numa mesma planta podem existir folhas de maior e de menor superficie de absorção. Parênquima lacunoso Parênquima em palissada Parênquima em palissada Parênquima lacunoso 40 Erro! O estilo não foi especificado. 1.4.10.2. Factores CO2 e O2 N.B. Na atmosfera existe 78% N2 21% O2 Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 41 0,03% CO2 Plantas C4 Pouca quantidade de CO2 é suficiente para realizarem a fotossintese e muito rapidamente atingem o ponto de saturação. O consumo de menores quantidades de CO2 implica maior produtividade de O2 pela planta. 1. Interprete os seguintes gráficos 42 Erro! O estilo não foi especificado. 1.4.10.3. Comparação entre plantas C3, C4 e CAM Parâmetros C3 C4 CAM Produto primário de fixação de CO2 Ácido 3-fosfoglicérico (3C) Ácido oxaloacético (4C) Ácido oxaloacético (4C) Anatomia da folha Células esponjosas e paliçadicas Mesófilo e células da bainha do feixe vascular Células com grandes vacúolos Taxa fotossíntética óptima (mg CO2 dm2/h) 30 60 3 Ponto de compensação de CO2 50 ppm 5 ppm 2 ppm (no escuro) Ponto de saturação de luz (mmol m-2 s-1) 400 – 500 Não saturável - Fotorespiração Presente, > de 25% da fotossíntese bruta Presente, não detectável Detectável no final da tarde Temperatura óptima (°C) 20 a 35 30 a 45 30 a 45 Eficiência do uso da água (g CO2 . kg H2O-1) 1 a 3 2 a 5 10 a 40 Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 43 Razão da transpiração (gH2O/gMS) 450 a 1000 250 a 350 18 a 125 Tabela: Estão relacionados alguns aspectos fisiológicos e estruturais comparativos entre plantas C3, C4 e CAM. 1.4.11. Bactérias fotossintéticas As bactérias fotossintéticas: São anaeróbicas, sem presença de oxigénio – é um processo primitivo. Realizam a fotossintese sem formação de Oxigénio. Os representantes são: Bactérias sulfidricas verdes Bactérias sulfidricas púrpuras Bactérias púrpuras.Equação de fotossintese das bactérias Equação da fotossintese das bactérias 6CO2 + 12H2S ou H2A C6H12O6 + 6H2O +12S ou A A fonte de energia para a realização da fotossintese das bactérias é a luz solar e a fonte de electrões ou protões é o H2S ou H2A A - substância orgânica qualquer 44 Erro! O estilo não foi especificado. Fora da região de luz visivel -Luz infravermelha Fotossintese das Bactérias Capacidade de fotossintese das bactérias As bactérias têm capacidade de absorver luz de ondas muito curtas e ondas muito longas 300-400 Luz ultravioleta (ondas muito curtas) elas atingem o máximo 700-800 Luz infravermelha (ondas longas) também atingem o máximo. Nisto as bactérias podem viver em regiões onde mesmo as plantas superiores não podem viver; as bactérias quanto a absorção de luz são mais eficientes que as plantas superiores. 1.4.12. Bactérias quimiossintéticas Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 45 A fonte de energia que utilizam na assimilação de CO2 provem da oxidação de substâncias inorgânicas. Como equivalente redutivo é o NADH. Representantes: 1. Bactérias nitrificantes A relação entre nitrsomonas e nitrobactérias não é simbiotica; trata-se duma pseudo-simbiose chamada parabiose. Esta relação é muito necessaria. As nitrobactérias utilizam o nitrito (NO3-) produzido pelas nitrosomonas – oxidando-o para nitrato. Os nitritos são substâncias fortemente venenosas contudo raras vezes se libertam pois as nitrobactérias existem em maiores quantidades que as nitrosomonas e conseguem absorver e oxidar quase todos os nitratos produzidos pelas nitrosomonas. Os nitratos são importantes para a fotossintese das plantas 1. BactériasSulfidricas oxidantes Ex: Thiobacillus 2H2S + O2 2S + 2H2O ΔG°=-209 Kj 2S + 2H2O + 3O2 2H2SO4ΔG°=-498 Kj 2. Ferrobactérias 46 Erro! O estilo não foi especificado. Ex: Ferrobacillus 4Fe2+ + 4H+ + O2 4Fe3+ + H2O ΔG°=-67 Kj 3. Bactérias de gas detonante Ex: Hidrogenomonas H2 + ½O2 H2O ΔG°=-239 Kj LIÇÃO Nº 5. FOTOAUTOTROFIA 1.5. Desassimilação/Catabolismo 1.5.1. Degradação das substâncias de reserva Vias metabólicas de respiração Vías principales del catabolismo y anabolismo en la célula, Se observan las tres etapas, la primera tiene lugar en el lumen del tubo digestivo, la segunda en el citosol y la última en las mitocondrias El metabolismo celular funciona sobre la base de dos tipos de reacciones químicas: catabolismo y anabolismo. Catabolismo es desintegración (rutas convergentes), mientras que anabolismo significa reorganización (rutas divergentes). El Catabolismo implica liberación de energía (reacciones exergónicas), mientras que el anabolismo implica captura de energía (reacciones endergónicas). En el catabolismo ocurre una desorganización de los materiales, en tanto que en el anabolismo ocurre una reorganización más compleja de los materiales El proceso por el cual las células degradan las moléculas de alimento para obtener energía recibe el nombre de RESPIRACIÓN CELULAR. La respiración celular es una reacción exergónica, donde parte de la energía contenida en las moléculas de alimento es utilizada por la célula para sintetizar ATP. Decimos parte de la energía porque no toda es utilizada, sino que una parte se pierde. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 47 Aproximadamente el 40% de la energía libre emitida por la oxidación de la glucosa se conserva en forma de ATP. Cerca del 75% de la energía de la nafta se pierde como calor de un auto; solo el 25% se convierte en formas útiles de energía. La célula es mucho más eficiente. La respiración celular es una combustión biológica y puede compararse con la combustión de carbón, bencina, leña. En ambos casos moléculas ricas en energía son degradadas a moléculas más sencillas con la consiguiente liberación de energía. La respiración celular puede ser considerada como una serie de reacciones de óxido-reducción en las cuales las moléculas combustibles son paulatinamente oxidadas y degradadas liberando energía. Los protones perdidos por el alimento son captados por coenzímas. La respiración ocurre en distintas estructuras celulares. La primera de ellas es la glucólisis que ocurre en el citoplasma. La segunda etapa dependerá de la presencia o ausencia de O2 en el medio, determinando en el primer caso la respiración aeróbica (ocurre en las mitocondrias), y en el segundo caso la respiración anaeróbica o fermentación (ocurre en el citoplasma). Principais vias de catabolismo e anabolismo da célula, existem três fases, a primeira é realizada no lúmen do tracto gastrointestinal, o segundo no citosol e nas mitocôndrias no passado O metabolismo celular opera na base de dois tipos de reacções químicas: catabolismo e anabolismo. Catabolismo é desintegração (rotas convergentes), enquanto que o anabolismo significa reorganização (divergentes rotas). Catabolismo envolve a libertação de energia (reacções exergônica), enquanto que a captura de energia significa anabolismo (reacções endergonic). Catabolismo ocorre na ruptura dos materiais, enquanto que na reorganização anabolismo ocorre materiais mais complexos O processo pelo qual as células quebrar moléculas dos alimentos para energia é chamada de respiração celular. Respiração celular é uma reacção exergônica, em que parte da energia em moléculas de alimento é utilizada pela célula para sintetizar ATP. Dizemos parte da energia é usada para não todos, mas uma parte é perdida. Cerca de 40% da energia livre emitida pela oxidação da glucose é armazenada sob a forma de ATP. Cerca de 75% da 48 Erro! O estilo não foi especificado. energia da gasolina é perdida na forma de calor dentro de um carro, de apenas 25% é convertida em formas úteis de energia. A célula é muito mais eficiente. Respiração celular é uma combustão biológica e pode ser comparado com a queima de carvão, gasolina, lenha. Em ambos os casos, as moléculas ricas em energia são quebrados em moléculas mais simples com a consequente libertação de energia. Respiração celular pode ser considerado como uma série de reacções redox no qual as moléculas de combustível são oxidados e degradados gradualmente libertando energia. Prótons perdidos são capturados pelos coenzimas alimentos. Respiração ocorre em diferentes estruturas celulares. A primeira é a glicólise ocorre no citoplasma. A segunda fase irá depender da presença ou ausência de O2 no meio, a determinação da respiração aeróbia primeiro caso (ocorre nas mitocôndrias), e no segundo caso a fermentação ou a respiração anaeróbica (ocorre no citoplasma). Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 49 1.5.2. Tipos de Organismos com base no Catabolismo a) Organismos anaeróbicos Vivem em ausência de oxigénio e degradam os nutrientes sem necessitar de oxigénio Fermentação b) Organismos aeróbicos Vivem na presença de oxigénio e utilizam o oxigénio para oxidar moléculas orgânicas e obter energia através da respiração celular. c) Organismos aeróbicos facultativos Podem realizar a respiração celular (em presença de O2) ou podem realizar fermentação (na ausência de O2). 1.5.3. Decomposição da glicose I. GlicoliseCitoplasma Citoplasma II. Formação da Acetil-CoA Matriz externa III. Ciclo de Krebs IV. Cadeia transportadora de electrões Membrana interna (Oxidação terminal) Nota: A respiração celular esta ligada com o citoplasma e com mitocôndrias. Glicólise A glicólise ocorre em todos os organismos vivos e, evolucionariamente, é o mais velho dos três estágios da respiração. As enzimas que catalisam as 50 Erro! O estilo não foi especificado. reações da glicólise estão localizadas no citosol, e também nos plastídios, e nenhum oxigênio é requerido para converter sacarose a piruvato. Isso sugere que a glicólise deve ter sido, provavelmente, o processo fornecedor de energia nas células primitivas, que realizavam a respiração anaeróbica, antes do aparecimento do O2 na atmosfera e da fotossíntese. Na glicólise (glico = açúcar; lise = quebra) de plantas, uma molécula de sacarose (um açúcar de 12 carbonos) é quebrada e produz quatro moléculas de açúcar de três carbonos (trioses). Estas trioses são, então, oxidadas e re-arranjadas para produzir quatro moléculas de piruvato. Primeira etapa da glicólise, produzindo Frutose-1,6-bisfosfato Segunda etapa da glicólise que converte Frutose-1,6-bisfosfato em 2 piruvato Balanço Glicose + 2ADP + 2Pi + 2NAD+ + 2 H+ 2 Piruvato + 2ATP + 2(NADH + H+) Uma molécula de glicose produz ~2% de energia Formação de Acetil CoA e ciclo de Krebs Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 51 CoA é uma parte protéica (enzima) que se liga ao grupo acetil para formar uma estrutura funcional. CoA é apenas um factor e não participa na reacção. O CH3 -C ~S- CoA Ácido acético activado O grupo acetil CH3-C- é muito mais activo (ou reactivo) que o ácido acético O CH3-CO~S-CoA entra no ciclo de Krebs. O ciclo de Krebs ocorre nas mitocônrias, concretamente na matriz interna das mitocôndrias. Balanço do ciclo de Krebs 52 Erro! O estilo não foi especificado. Cadeia transportadora de electrões e fosforilação oxidativa Transporte de electrões 4ª etapa - Cadeia transportadora de eletrões e fosforilação oxidativa As moléculas transportadoras de eletrões, o NADH e o FADH2 vão percorrer uma cadeia transportadora de eletrões até chegarem ao oxigénio que é o aceitadorr final. Esta cadeia transportadora, ou cadeia respiratória é constituída por proteínas existentes na membrana interna da mitocôndria e as moléculas NADH e FADH2 ao passarem pela cadeia vão sendo reduzidas e oxidadas até chegarem ao oxigénio, produzindo energiaque irá servir para transformar o ADP em ATP (fosforilação oxidativa). O Oxigénio quando recebe os eletrões reage com protões da matriz mitocondrial e forma água. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 53 Os processos de transporte de electrões e fosforilação oxidativa ocorrem na membrana interna das mitocôndrias e estão relacionadas com a estrutura lipo-protéica da membrana O transporte de electrões têm natureza metálica i. é, são moléculas protéicas com elementos metálicos (natureza-protéica-metálica). Os metais podem ser magnésio, potássio, etc. Contém pigmentos citocromos do tipo a, b, c constituidos de Fe e Cu. O mecanismo de transporte de electrões por pigmento depende do metal que contêm. Os metais tanto podem ceder electrões ou recebê-los mudando de carga. Ex: 2es + 2 citoc Fe3+ 2 citoc Fe2+ 2 citoc Fe2+ 2 citoc Fe3+ + 2e 2H+ + 2e + 1/2O2 H2O A energia não se forma de uma unica vez, mas em passos e em cada passo forma-se uma parte de energia. Fosforilação oxidativa Hipotese de acoplamento quimiostatico A hipótese de acoplamento quimiostático é uma forma de explicação da via de transporte de iões H+ e electrões pelas membranas. 54 Erro! O estilo não foi especificado. Esta hipótese estabelece que no processo de fosforilação oxidativa há um transporte de iões de hidrogénio (H+) da matriz interna para a matriz externa das mitocôndrias. A matriz externa é praticamente ácida. O transporte de electrões é feito através da membrana interna. Para o transporte de iões H+ e electrões não é utilizado ATP, ele é realizado através de processos químicos – diferença de potencial redox. Balanço energético da respiração numa molécula de glicose Até a década de 1980, admitia-se a rentabilidade energética da respiração aeróbica como sendo de 38 moléculas de ATP por molécula de glicose degradada. Entretanto, com a descoberta de que a molécula de NADH produzida fora da mitocôndria origina apenas duas moléculas de ATP, esse valor foi revisto. Hoje, considera-se como correto que uma molécula de glicose produz, na respiração aeróbica, 36 moléculas de ATP. Há algumas células, como as células do coração, do fígado e dos rins humanos, que obtêm rendimento de 38 moléculas de ATP por molécula de glicose. Entretanto, para a maioria delas, o rendimento é de 36 moléculas de ATP ~42% de energia da glicose + calor ΔG°=-2870 Kj Ácidos gordos Ácido palmítico=190 ATP (C16) ΔG°=-4355Kj É importante destacar que embora as plantas superiores sejam organismos aeróbicos obrigatórios, seus tecidos ou órgãos podem, ocasionalmente, estar sujeitos a condições anaeróbicas. Situações típicas ocorrem quando as suas raízes estão submetidas a condições de solo alagado com água, no início do processo germinativo de sementes grandes, na mobilização e sob condições de estresse hídrico e salino. Nestes casos, ocorre uma mudança no metabolismo e o processo respiratório predominante é a fermentação Nas plantas predomina a fermentação alcoólica, em que as enzimas descarboxilase do piruvato e desidrogenase alcoólica convertem o piruvato Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 55 em etanol e CO2 e o NADH é oxidado, regenerando o NAD+. Na fermentação láctica (comum em animais e também presente nas plantas), a enzima desidrogenase do lactato usa o NADH para reduzir piruvato a lactato, regenerando o NAD+. Acredita-se que o etanol é um produto menos tóxico do que o lactato, pois o acúmulo deste último promove acidificação do citosol. OBS:Note que as reações da fermentação (láctica ou alcoólica) regeneram o NAD+. Fermentação Alcóolica É o processo através do qual certos açúcares, principalmente a Sacarose, Glicose e Frutose são transformados em Álcool Etílico (ou Etanol). Para que isto ocorra, entretanto, torna-se necessária a ação de um "pool enzimático" para o desdobramento destes açúcares em álcool. Estas enzimas são fornecidas por microorganismos, as leveduras (ou fermento). no homem ocorre na musculatura Ocorre em: Leveduras Sacharomyces cerevisae Sacharomyces vini Sacharomyces carls bergensis Bactérias pseudomonas Fermentação Acética 56 Erro! O estilo não foi especificado. Consiste na oxidaçao parcial, aeróbica, do álcool etílico, com produção de ácido acético. Esse processo é utilizado na produção de vinagre comum e do ácido acético industrial. Desenvolve-se também na deterioração de bebidas de baixo teor alcoólico e na de certos alimentos. É realizada por bactérias denominadas acetobactérias, produzindo ácido acético e CO2. A fermentação acética corresponde à transformação do álcool em ácido acético por determinadas bactérias, conferindo o gosto característico de vinagre. As bactérias acéticas constituem um dos grupos de microrganismos de maior interesse econômico, de um lado pela sua função na produção do vinagre e, de outro, pelas alterações que provocam nos alimentos e bebidas. Fermentação Láctica Consiste na oxidação anaeróbica, parcial de hidratos de carbono, com a produção final de ácido lático além de várias outras substâncias orgânicas. É processo microbiano de grande importância utilizado pelo homem na produção de laticínios, na produção de picles e chucrute, e na conservação de forragens. São processos que ocorrem em bactérias tais como: streptococcus lactis, Lactobacillus sp e em organismos superiores Entre o processo de respiração celular e fermentação o processo mais primitivo é a fermentação. E entre a respiração celular e a fotossintese o processo mais antigo é a fotossintese. Respiração celular Objectivo: Oxidação de substâncias alimentares de reserva (aminoácidos, ácidos gordos, hidratos de carbono, etc.) para o fornecimento de energia em forma de ATP. Possibilidades de formação de ATP numa célula Através da respiração celular Através do processo de fotossintese – fotoquimica – fotorespiração. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 57 Nota: Toda a célula necessita de ATP para a realização de dos processos metabólicos. Produção de ATP Para a produção de ATP ocorrem varios processos tanto nas plantas como em animais e bactérias. ACTIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO 1) Apresenta a estrutura de uma mitocôndria e descreva as várias etapas de degradação da glicose, em relação à estrutura mitocondrial. Que moléculas e íões atravessam as membranas mitocondriais nestes processos? 2) Distinga o seguinte: glicólise / respiração / fermentação / vias aeróbicas / vias anaeróbicas: FAD / FADH2; ciclo de Krebs / transporte de electrões. 3) Siga uma molécula de glicose a partir da sua entrada na célula até a formação de CO2 e H2O. Diferencie as varias etapas. 4) Complete a tabela a seguir: Processo Glicólise Respiração aeróbica Ciclo de Krebs Cadeia respiratória Fosforilação oxidativa Localização Substrato Produto Ganhos 5) Em caso de se esgotarem as reservas de carbohidratos e lípidos. A que compostos recorre a célula e em que etapa do metabolismo é incorporado? 58 Erro! O estilo não foi especificado. 6) Se a glicose é composta de carbono, hidrogénio e oxigênio, explique: a) Qual é o destino do H+ que se desprende do processo? b) Em que se transformam os átomos de C e O liberados? c) De onde provêm a energia armazenada na glicose e libertada parcialmente na glicólise? QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA 1 - Na reacção seguinte: "Piruvato + NADH +H+ Lactato + NAD": a-piruvato reduz-se para lactato b-piruvato e NADH são reduzidos para lactato e NAD c-piruvato se hidrolisa a lactato d-NAD+ se reduz para NADH e-piruvato doa 2es do lactato 2 - A membrana externa da mitocôndria: a-é mais permeável que a interna b-é menos permeável que a interna c-é onde se localizam as proteínas da cadeia transportadora de electrões d- sintetiza a matriz intermembranosa e-apresenta dobras que proporciona uma maior superfície de contacto 3 - Qual das seguintes reações é comum na respiração aeróbia e na fermentação: a-malatooxaloacetato b-fosfoenolpiruvato piruvato c-piruvato lactato d-piruvato acetil-CoA e-fosfoenolpiruvato oxalacética ácido 4 - Qual dos seguintes compostos não se encontra na matriz mitocondrial? a-enzimas da via glicolítica b-enzimas do ciclo de Krebs Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 59 c-ADN d-ribossomas e-a e c estão correctas 5 – A -oxidação dos ácidos gordos: a-é um processo citosólico de síntese b-tem menor rendimento energético por mole de substrato oxidado que na glicólise aeróbica c-é realizado na matriz mitocondrial d-é um processo de síntese peroxissomal e nenhuma é correcta Unidade II Troca e Transporte de Matéria Introdução Esta unidade sera apresentada em 5 lições onde os conteudos principais a serem abordados serão: Processos fisiologicos de transporte, Tipos de transporte (difusão, osmose), perda e percurso da agua através da planta. Transpiração, fotonastia de estomas, gutação, Absorção de agua na planta, Sistema osmotico da planta, Balanço hidrico e tipos ecologicos, Absorção e transporte de sais minerais, Transporte a distâncias longas Ao completer esta unidade / lição, você será capaz de: Objectivos Descrever os processos Fisiologicos de transporte de matéria na planta Explicar os processos de difusão e osmose para o movimentos de substâncias nas plantas Explicar os processos inerentes à transpiração e a absorção de agua e sais minerais nas plantas Descrever e diferenciar os processos de perda de agua na planta (Transpiração, Gutação e Exsudação) Descrever os processos do balanço de agua na planta (Absorção e perda de agua na planta) Indicar os tipos ecologicos de plantas segundo seu balanço hidrico Explicar as vias e os processos de transporte de subtâncias a 60 Erro! O estilo não foi especificado. distâncias longas (aquele feito atravéz do xilema e do floema) Terminologia Tipos de transporte nas plantas, transporte passivo, difusão, permeação facilitada, permeação catalisada, endocitose, exocitose, balanço de agua, potencial de agua, potencial osmotico, solução hipotonica, solução hipertonica, potencial de agua, osmose, fotonastia de estomas, transpiração, gutação, exsudação, sais minerais, xilema, floema, absorção simplastica, absorção apoplastica 2. Troca e transporte de matéria LIÇÃO Nº 6. Processos Fisiologicos de Transporte 2.1. Processos fisiológicos de transporte através da membrana Funções da membrana -Delimitação -Absorção de substâncias -Transporte ou transferência de substâncias e sua regulação Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 61 2.1.1. Tipos de transporte 2.1.1.1. Difusão É um movimento ao acaso da particulas (do meio de maior concentração para o de menor concentração) com tendência a atingir o equilibrio dinâmico. O fundamento fisico da difusão é a diferença de concentrações de substâncias entre os dois meios. Leis de difusão ou leis de Fick Primeira lei Nota: A velocidade de difusão é directamente proporcional à temperatura. Quando à temperatura é elevada, a velocidade de difusão aumenta. Segunda lei de difusão ou lei de Fick “A distância percorrida pelas particulas na difusão é directamente proporcional à raíz quadrada do tempo”. Nota: O processo de difusão é mais eficaz para pequenas distâncias Desvantagens da difusão 62 Erro! O estilo não foi especificado. A velocidade de difusão diminue com o tempo Ex: Difusão de fluoresceina na agua Tempo Distância (mm) 1 seg 0.09 10 seg 0.28 30 seg 0.48 1 min 0.68 1 h 5.2 1 dia 26 1 mês 140 Numa célula, a difusão realiza-se entre o interior da célula e os espaços entre as células – espaços intercelulares chamados Espaços livres de difusão ou “free spaces”. Nesses espaços encontram-se sempre moléculas a movimentarem-se livremente e que podem entrar em interacção com as paredes das células, diminuindo assim a area dos espaços livres de difusão, passando a denominar-se de Espaços livres aparentes ou “apparent free space”. A permeabilidade da membrana depende de 2 factores: -Tamanho das particulas que a atravessam -Solubilidade lipidica das substâncias. 2.1.1.2. Permeação Facilitada Permeação: é o processo de passagem duma substância através duma membrana. Ou pode-se entender como a capacidade que uma substância tem de atravessar uma membrana. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 63 Visto a membrana ser muito selectiva geralmente as substâncias atravessam-na com ajuda de um translocador ou transportador - Carrier Vantagem da presença de transportadores Os translocadores funcionam como catalizadores e aceleram o processo de passagem de uma substância pela membrana e a energia que seria gasta para o transporte de uma molécula pode servir para mais moléculas. 2.1.1.3. Propriedades de um transportador -Deve possuir um centro activo no qual se vai ligar à substância por transportar -Tem uma alta especificidade. Cada transportador transporta uma substância específica -Actua em ambos sentidos: De fora para dentro da célula e de dentro para fora da célula. -Pode ser regulado pela célula -Depende da temperatura. Existem temperaturas moderadas para o funcionamento dum transportador. Os transportadores são estruturas protéicas que a altas temperaturas não funcionam. 2.1.2. Transporte Activo O transporte activo é um mecanismo activo que para sua ocorrência utiliza ou consome energia em forma de ATP e realiza-se contra o gradiente de concentração (isto é da região de menor concentração para o de maior concentração). 64 Erro! O estilo não foi especificado. Exemplo de transporte activo Funcionamento de uma bomba de iões de Na e K A mesma bomba que transporta iões de Na+ para fora da célula transporta também iões de K+ para dentro da célula. Durante esse processo ha uma enzima que cataliza a hidrolise do ATP para permitir o fornecimento de energia a utilizar nesse transporte activo de iões. Ao mesmo tempo que os iões de Na+ são transportados para fora pelo transporte activo eles retornam no interior da célula por difusao. O mesmo acontece com iões de K+. O retorno de iões de Na+ para a célula é muito importante porque permite a entrada para dentro da célula de moléculas necessarias à célula tais como: glicose, aminoácidos, etc. Esquema de funcionamento da bomba de iões: Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 65 Nota: A proteína que transporta iões de Na+ é a mesma que transporta iões de K+. A proteína quando é fosforilada tem afinidade para iões de Na+ e muda de estrutura quando é desfosforilada passando a ter afinidade para iões de K+. Transporte Ativo Neste processo, as substâncias são transportadas com gasto de energia, podendo ocorrer do local de menor para o de maior concentração (contra o gradiente de concentração). Esse gradiente pode ser químico ou elétrico, como no transporte de íons. O transporte ativo age como uma “porta giratória”. A molécula a ser transportada liga-se à molécula transportadora (proteína da membrana) como uma enzima se liga ao substrato. A molécula transportadora gira e libera a molécula carregada no outro lado da membrana. Gira, novamente, voltando à posição inicial. A bomba de sódio e potássio liga-se em um íon Na+ na face interna da membrana e o libera na face externa. Ali, se liga a um íon K+ e o libera na face externa. A energia para o transporte ativo vem da hidrólise do ATP. 66 Erro! O estilo não foi especificado. Transporte acoplado Muitas membranas pegam carona com outras substâncias ou íons, para entrar ou sair das células, utilizando o mesmo “veículo de transporte". É o que ocorre por exemplo, com moléculas de açúcar que ingressam nas células contra o seu gradiente de concentração. Como vimos no item anterior, a bomba de sódio/potássio expulsa íons de sódio da célula, ao mesmo tempo que faz os íons potássio ingressarem, utilizando a mesma proteína transportadora (o mesmo canal iônico), com gasto deenergia. Assim, a concentração de íons de sódio dentro da célula fica baixa, o que induz esses íons a retornarem para o interior celular. Ao mesmo tempo, moléculas de açúcar, cuja concentração dentro da célula é alta, aproveitam o ingresso de sódio e o “acompanham” para o meio intracelular. Esse transporte simultâneo, ocorre com a participação de uma proteína de membrana “cotransportadora” que, ao mesmo tempo em que favorece Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 67 o retorno de íons de sódio para a célula, também deixa entrar moléculas de açúcar cuja concentração na célula é elevada. Note que a energia utilizada nesse tipo de transporte é indiretamente proveniente da que é gerada no transporte ativo de íons de sódio/potá 2.1.3.3. Endocitose e Exocitose (ou Estusão) Endocitose Entrada de particulas dentro da célula Fagocitose-Inclusão de particulas solidas dentro da célula. Pode ser para fins de defesa do organismo ou para alimentação Endocitose Pinocitose-Inclusão de particulas liquidas. Ex: Células do intestino quando absorvem substâncias alimentares 68 Erro! O estilo não foi especificado. EEC – Espaço Extra Celular EIC – Expaço Intra Celular 2.2. Economia da água na planta A água é a componente principal das células vivas constituindo cerca de 80-90% do peso total duma célula Funções da água - Como solvente universal - Como reagente - Como estabilizador das células 2.2.1. Potencial da água(ψ) Potencial da água ψ é uma grandeza termodinâmica e é expressa em bar 1 bar 105 Pa O potencial da água ψ não tem um valor fixo porque ele depende da temperatura e da presença ou não de substâncias dissolvidas. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 69 O potencial da água caracteriza o estado hídrico da planta, do solo e do ambiente (atmosfera). Propriedades do potencial (ψ) Em água pura nas condições PTN, ψ=0 Em água com partículas dissolvidas ψ<0 Com o aumento da pressão ψ>0 Movimento espontâneo da água A água geralmente move-se da região de maior ψ para região de menor ψ i.é, de valores menos negativos para os mais negativos. Ex: Movimento de água numa planta. 70 Erro! O estilo não foi especificado. 2.2.2. Sistema osmótico da célula No metabolismo celular, a osmose é responsável, pelo transporte de fluídos entre uma célula e seu ambiente e, especificamente nas plantas, pela circulação da seiva vegetal. Osmose é o fenómeno físico que consiste na passagem espontânea de água ou outro solvente por uma membrana semipermeável que separa duas soluções. A passagem de solvente da solução mais diluída para a mais concentrada cessa quando é atingido o equilíbrio entre as duas concentrações. O termo osmose foi criado em 1854 pelo químico britânico Thomas Graham. O fenômeno foi estudado a fundo, pela primeira vez, em 1877, pelo botânico e fisiologista alemão Wilhelm Friedrich Philipp Pfeffer. Trabalhos anteriores haviam resultado em estudos menos precisos sobre membranas permeáveis e a passagem de água através delas em ambos os sentidos Descrição dos processos Na célula de pfeffer - A água tende a entrar na solução açucarada. Com o aumento da quantidade de solução esta sobe através do tubo ascendente até que chegue a uma fase em que há equilíbrio no qual a solução já não sobe mais. Na célula vegetal - Existe a parede celular. A troca de substâncias (água) ocorre apenas com o vacúolo central que possue uma membrana selectiva. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 71 No meio hipotónico a concentração de soluto é menor; a quantidade de solvente é maior; por isso mesmo cria-se uma pressão osmótica que tende a empurrar a água para o interior da célula/vacúolo. Mas no vacúolo cria-se uma pressão que tende a impedir a entrada de água nele. As células vegetais e animais actuam como verdadeiros osmômetros naturais. A membrana celular é semipermeável para muitas moléculas, entre elas as dos sais minerais. Por essa razão, as células se incham quando estão imersas numa solução hipotônica ou de menor pressão osmótica; diminuem de volume em soluções hipertônicas ou de maior pressão osmótica; ou se mantêm inalteradas em soluções isotônicas ou de mesma pressão. As células têm sua pressão osmótica determinada pelo meio em que vivem. O processo é dinâmico, ou seja, elas passam de um estado a outro, de acordo com as condições do meio. A célula pode alterar sua pressão osmótica assim que se modifica a concentração do meio, ou quando ocorrem factores que interferem na permeabilidade celular: luz, composição química do meio, traumatismo e outros. Pressão osmótica(ψs/PO) É a força que tende a empurrar o líquido (água) para dentro do vacúolo. Pressão de Turgescência (ψp/PT) É a força que tende a impedir a entrada de água dentro do vacúolo. A diferença entre as duas forças (pressão osmótica e pressão de turgescência) dá-nos o potencial da água (ψw) Deficit da pressão de difusão (DDP). 72 Erro! O estilo não foi especificado. Potencial Osmótico (ψπ) É a força com que a água pode penetrar dentro da célula. O porencial osmótico depende da concentração de substância dentro da célula. Quando a concentração dentro da célula é maior, o potencial osmótico será maior. Na água pura o potencial osmótico é igual a zero e expressa-se em bar. Nota: Cada célula tem o seu potencial osmótico específico Ψπ* Ex: Para uma célula com [ ] = 1M a 0° C T = 273 K Ψπ* = 22,7 bar Para soluções reais em que existem forças de interacção entre moléculas temos que introduzir um factor de correcção na fórmula Ψπ = -CRT; chamado coeficiente osmótico (g) e teremos: Ψπ = -gCRT Para soluções reais gC = Osmolaridade Depois da introdução do coeficiente osmótico (g) o potencial expressa-se em molares. O potencial osmótico (Ψπ) indica como a água penetra na célula ou atravessa a membrana. Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 73 Nas plantas o Ψπ varia de –2 a –40 bar 2.2.3. Perda de água na planta A planta perde água de 2 maneiras: -por transpiração -por gutação 2.2.3.1. Transpiração É o fenómeno de devolução da água ao meio ambiente pela planta sob forma de vapor ou, é a perda de água no estado gasoso pela planta. Ex: Num dia de sol uma planta de girassol pode perder 1 litro de água por dia. Uma árvore grande pode perder cerca de 400 litros de água por dia A transpiração é um processo endotérmico e engloba um processo fisico que é a evaporação. Evaporação – é o fenómeno da perda de água duma supeficie molhada por acção da temperatura. 74 Erro! O estilo não foi especificado. Orgãos de transpiração Epiderme Exoderme Rizoderme Periderme A força motriz da transpiração é o baixo potencial hidrico do ar. Quando o ar é seco (falta de água) a água é retirada da planta para o ambiente. Factores da transpiração Temperatura – Temperaturas elevadas implicam maior transpiração Superficie exposta – Maior superficie implica maior transpiração Pressão atmosferica – A transpiração aumenta com o aumento da pressão atmosferica. Ventilação – Maior ventilação implica maior transpiração Humidade relativa – Com o aumento da humidade a transpiração diminue. H(absoluta) Hr = *100 H(saturante) Tipos de transpiração Estomática por estomas Transpiração Cuticular por meio da cutícula Lenticular por lentículas Transpiração estomática É directamente controlada pela planta e liberta muita quantidade de vapor de água. É o tipo principal de transpiração. A transpiração estomática dá-se por difusão livre da água; do interior da célula para o ambiente. Parênquima lacunoso Camada subestomática Ambiente Módulo de Fisiologia Vegetal Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 75 Classificação da planta segundo a posição das células estomáticas na folha 1. Folhs epiestomáticas Com estomas na pagina superior. São geralmente folhas de plantas aquaticas com folhas flutuantes. 2. Folhas hipoestomáticas Com estomas na pagina
Compartilhar