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História ESPCEX resumo

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1 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
3 
 
BAIXA IDADE MÉDIA (V-X) 
 
Primeiramente, havia as cidades dos Romanos, Roma. Com o passar dos 
tempos, os bárbaros* começaram a realizar muitos ataques às cidades de 
Roma, fazendo com que a população de Roma tivesse que migrar para o 
campo - êxodo urbano – gerando a ruralização. 
Com esse movimento, os proprietários das grandes fazendas começaram a 
receber os refugiados, que, em troca de um pedaço da terra, do abrigo e da 
segurança oferecida, teriam que dar uma parte da produção feita no local. 
Tal ação foi denominada de colonato. 
Os Bárbaros invadiram e destruíram Roma em 476 d.C., dividindo o 
império, que era o Romano, para os diferentes povos Bárbaros. Os Romanos 
que remanesceram nas terras dos Bárbaros tiveram de submeter-se e 
obedecê-los. 
 
Reino dos Francos 
 
Funcionava numa dinastia, ou seja, o poder do rei era passado para seus sucessores, após sua morte. 
O primeiro reinado foi o de Meroveu, período conhecido como dinastia Merovíngia. 
Após a morte de Meroveu, vieram os reis indolentes - reis que não cumpriam suas obrigações, só 
usufruíam das regalias do rei. Eles criaram unidades administrativas dentro do reino, como se fossem 
os atuais estados, cada uma com seu delegado, que administrava as unidades administrativas, 
realizando as tarefas do rei. 
 
 
Delegado Carlos Martel 
 
Combateu os muçulmanos na Batalha de Poitiers, 732 d.C., que parou o avanço da expansão 
muçulmana. 
Após a dinastia Carolíngia, seu filho, Pepino, assume a morte de Carlos Martel. 
 
 
Pepino, O Breve 
 
Pepino tinha esse apelido - O Breve - por sua baixa estatura. 
Tinha como objetivo juntar política e religião, pois os Romanos eram católicos e viviam em seu reino, 
porém, o viam ainda como um Bárbaro, e não como o rei deles. 
Os Lombardos tentam roubar a igreja e as terras do Papa, porém, os Francos, sob comando do 
Pepino, defendem o ataque e ainda doa terras para igreja, como o Patrimônio de São Pedro, atual 
Vaticano. 
O Papa, após ser salvo, nomeia Pepino, o Breve, como rei dos cristãos, logo, rei dos Romanos. 
Então, o rei defendia militarmente a Igreja, enquanto a Igreja ajudava cultural e socialmente o rei, 
manipulando o povo. 
Após a morte de Pepino, Carlos Magno assume. 
 
 
 
 
Todo aquele que 
não era romano, 
era denominado 
bárbaro 
(ostrogodos, 
visigodos, 
vândalos, 
lombardos, 
francos…). 
* 
 
 
4 
 
Carlos Magno 
 
 Expandiu o território dos reinos dos Francos, que se tornou, então, o Império Carolíngio. 
 • Comitatus: Prática de premiação aos melhores guerreiros. 
 • Beneficium: Prêmio dado aos melhores guerreiros. 
Como era um território muito grande, Carlos usa a prática do comitatus para distribuir pedaços de 
terras para seus guerreiros, a fim de ajudar a administração. 
A relação criada entre o Rei e os premiados era denominada relação de suserania e vassalagem, 
onde, numa relação complementar, o rei concedia terras e títulos de nobreza para os vassalos, e os 
vassalos cumpriam certas obrigações e, acima de tudo, deveriam ter lealdade extrema. 
Os vassalos eram nobres ― sinônimo de militares ― que possuíam o poder de um rei em suas terras, 
vivendo, portanto, em uma dinastia. 
Carlos Magno salva o Papa de um sequestro e é nomeado como a representação de Deus na terra, 
sendo até citado nas missas. 
 
 
Luís, o Piedoso 
 
Graças ao Luís, começou o feudalismo. 
Ele era um rei que não possuía atitudes, os vassalos faziam o que queriam, desrespeitando regras 
etc. 
Seus três filhos brigam pelo trono mesmo quando seu pai ainda estava vivo. 
Para acabar com as brigas entre os filhos, Luís distribui a terra igualmente para os três, através do 
Tratado de Verdun, em 843 d.C., acabando com a guerra civil carolíngia. 
A lealdade e o respeito entre os vassalos e suseranos acaba, os vassalos e os reis criam muralhas para 
se defenderem dos ataques que estavam ocorrendo por todos os lados por Vikings, Húngaros e 
Muçulmanos, dando origem ao Feudalismo. 
 
 
Sistema do Feudalismo 
 
• Poder político descentralizado, muitas terras, muitos comandantes, num mesmo território; 
• Teocentrismo; 
• Sociedade estamental, com baixa/quase nenhuma mobilidade entre classes; 
• O Senhor feudal era quem possuía as terras, também chamadas de Feudos, concentrados nas mãos 
da nobreza (militares) e do clero (membros da Igreja); 
• O povo realizava a homenagem ― ritual de submissão ao rei ― para que pudesse obter proteção 
dentro dos muros do rei e sustento com as terras do rei, além de se tornarem servos e vilões 
(descendentes de camponeses livres); 
 • Os servos cumpriam obrigações e lealdade, além das humilhações. 
 
Talha: Parte da produção para o rei. 
Corveia: Um dia da semana, o servo trabalharia de graça para o rei. 
Banalidade: Pagamento para uso dos instrumentos de produção do rei, como forno etc. 
 
O povo bancava o 1° estado (clero) e o 2° estado (nobreza). 
 
 
5 
 
ALTA IDADE MÉDIA (X-XV) 
 
Revolução Agrícola 
 
Revolução é algo que muda uma sociedade inteira 
A revolução agrícola trouxe uma série de benefícios para o povo. 
 
Mudanças técnicas 
• Arado de ferro: Era resistente e não machucava o animal; produzia um solo melhor e o tempo que o 
animal aguentava trabalhar era maior. 
• Ferradura: Protegia a sola das patas dos animais. 
• Fólio: Instrumento utilizado para aumentar a intensidade do fogo, ajudava na moldagem do ferro. 
• Rotação de culturas: Antes, a terra era dividida em duas, plantando sempre a mesma coisa, 
empobrecendo o solo gradativamente. Agora, a terra era rotacionada e dividida em três partes, usando 
apenas duas por vez e plantando diferentes sementes. 
• Seleção de sementes: Selecionavam as melhores sementes, gerando os melhores frutos. 
 
Consequências 
• Houve um aumento de 400% na produtividade. 
• Acabou com a fome, a comida começou a sobrar, e essa sobra passou a ser vendida. Com uma melhor 
qualidade de vida, melhor alimentação, menos doenças, menos ataques externos, houve uma grande 
expansão demográfica, muita gente começou a nascer. 
• Com o aumento da população, os muros feudais começam a não suportar tanta gente, gerando o 
êxodo rural, diminuindo o poder do senhor feudal. 
 
 
 
Cruzadas 
 
Os muçulmanos, denominados infiéis pelos cristãos, proíbem os cristãos de visitar 
Jerusalém, também chamada de Terra Santa. 
Como consequência, o Papa Urbano II, convoca uma série de expedições militares para 
lutar contra os infiéis, a fim de recuperar a Terra Santa ― objetivo religioso. 
Além disso, nem todo nobre possuía terras, pois seu pai pode ter tido muitos filhos e 
deixado a maior parte para o primogênito. Então, havia também o objetivo econômico, em 
que esses nobres com poucas terras iam atrás de terras através das cruzadas. 
 
Comerciantes Italianos, das cidades de Genova e Veneza 
 
Como eles iam de navio em busca de produtos para revender na Europa, os muçulmanos 
saqueavam os seus navios, então, caso se livrassem dos muçulmanos, os italianos teriam 
controle do comércio pelo mediterrâneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cruzadas 
 
 
6 
 
Cruzadas oficiais 
 
Cruzada dos Nobres (1096): 
• Composta em sua maioria por Nobres; 
• Tomaram Jerusalém por um curto período, pois os muçulmanos tomam novamente em 
aproximadamente 1105; 
• As guerras começaram a ser tomada em volta de Jerusalém. 
 
Cruzada dos Comerciantes (1203): 
• Nenhum objetivo religioso; 
• Encheram o navio com militares, com destino à Constantinopla, saquearam todas as 
especiarias possíveis e revendem tudo na Europa. 
 
Cruzadas não-oficiais 
 
Cruzada das crianças: 
Um monge sugeriu que todas as crianças eram protegidas por Deus, por serem puras. 
Todas foram mortas. 
Cruzadas dos Mendigos: 
Outro monge comparou o estilo de vida de Jesus com o dos mendigos, por isso achou que 
eles eram protegidos. Todos morreram. 
Por fim, todas as cruzadasde caráter religioso fracassaram, porém, as de caráter 
comercial tiveram sucesso, pois os comerciantes conseguiram produtos, e os nobres, suas 
terras. 
Enquanto sucediam as cruzadas, também acontecia o Renascimento comercial e urbano, 
durante o século XII / XIII. 
 
 
 
 
As rotas comerciais 
 
 
Rotas Marítimas 
Os navios paravam nos portos para abastecer com suprimentos e, enquanto isso, vendiam seus 
produtos, dando origem às Cidades Portuárias. 
 
Rotas Terrestres 
Os comerciantes saem pelas estradas em suas caravanas e param para descansar em algum local. 
As pessoas, sabendo disso, iam ao seu encontro para comprar os produtos que eles ofereciam e para 
vender as sobras da alta produção, provinda das melhorias das técnicas, dando origem às Feiras. 
As feiras aconteciam sempre em certa época do ano e começaram a ganhar estrutura, contando com 
hotéis, bares etc. 
As feiras se desenvolvem mais e se tornam cidades muradas, para haver proteção, sendo chamadas de 
Burgos e comandadas e administradas pela Burguesia, pelos Burgueses. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Organizações Econômicas 
 
 
Corporações de Ofício 
Grupo formado por pessoas que exerciam a mesmas funções. 
Ex.: Corporação de Padeiros, de Ferreiros etc. 
Com isso, havia o monopólio da produção, com local de venda, preço e quantidade de produção 
predeterminados. 
Dentro das corporações, havia uma hierarquia. 
 
Guildas 
Eram os bancos da época, também conhecidos como associação de mercadores, onde havia depósitos, 
empréstimo com juros etc. 
Cada feudo possuía sua própria moeda, o que prejudicava os comerciantes, já que tinham que pagar 
uma taxa no câmbio da moeda, ao viajar entre feudos. 
Havia trinta e cinco guildas, que se interligaram para um melhor movimento da moeda ― exemplo: 
podia-se depositar no feudo 1 e sacar no feudo 31. 
Com moedas diferentes, o comércio era prejudicado, então havia a Carta de Franquia, que o Sr. Feudal 
assinava, liberando o comerciante de pagar taxas para entrar e vender no seu feudo. 
Em algumas cidades grandes, havia guerras entre a burguesia e o senhor feudal, a fim de conseguir a 
venda da Carta de Franquia, movimentos esses conhecidos como Revoltas Comunais. 
 
 
Crise do século XIV 
 
Alguns acontecimentos, ocorrendo juntos, levaram a crise do séc. XIV: 
 
• Fome: Mesmo produzindo muito, havia muita gente, não tinha comida para todos. 
• Peste Negra/Bubônica: A peste devastou o império chinês, como haviam comércios que tinham 
relações com a Ásia, a doença chegou na Europa, devastando 1/3 da população europeia. 
• Guerras: Mesmo com um terço da população morto, os senhores feudais ainda queriam continuar 
ganhando o que ganhavam. Para isso, aumentaram os impostos, gerando as revoltas camponesas. Outro 
fator eram as Guerras Nobiliárquicas. 
 
 
Formação de Portugal e Espanha 
 
Guerra de reconquista (XI – XV) 
Tinham como objetivo recuperar os territórios que os muçulmanos tomaram. Os condados eram 
territórios dados pelos reis. 
 
Espanha 
O reino de Aragão e o de Castela se uniram com o casamento de Fernando Aragão e Isabel Castela, 
dando origem à Espanha, no século XV 
Ainda possuíam problemas com os muçulmanos, que só terminou no final do século XV, na Tomada de 
Granada, 1492, onde os muçulmanos foram expulsos, a Espanha podia enfim, começar a expansão 
marítima. 
 
 
 
8 
 
Portugal 
Ações do Reino de Leão. 
Henrique de Borgonha ajudou Leão e recebeu condados, formando o condado de Porto Cale, se 
tornando conde e nobre, além da terra, o rei lhe deu a sua filha bastarda como noiva. 
Desse casamento, nasceu Afonso Henriques, neto bastardo de Leão, que queria ser rei. 
Como não podia assumir o trono de Leão, Afonso declara guerra contra o próprio avô e dá a 
independência de Porto Cale, originando Portugal, no século XII. 
Após 6 reis depois de Afonso, no século XIV, o último rei só tinha uma filha, que era casada com João 
de Castela, rei de Castela, que era um condado do Reino de Leão. Após a morte do rei, João de Castela 
queria reivindicar Portugal, se tornando rei de dois reinos. 
Porém, a burguesia coroa D. João de Avis, para evitar que Castela tomasse posse. 
Castela invade Portugal para tentar assumir o trono, dando origem às guerras nobiliárquicas, já que era 
uma guerra entre nobres. Tal conflito ficou conhecido como Revolução de Avis, 1385 
Revolução de Avis: João de Avis vence, na batalha de Aljubarrota. 
Após o conflito, o reino de Portugal estava todo sob controle, interna e externamente. 
Eles queriam quebrar o monopólio Italiano do comércio, dando origem às Grandes Navegações. 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Portugal possuía um século de vantagem em relação aos outros reinos, já que tinha alcançado a 
centralização política e havia muitos impostos coletados e créditos com os bancos, que financiariam as 
navegações. 
 
 
Fatores que impulsionaram o pioneirismo português: 
 
Já tinham experiência marítima, com a pesca do bacalhau. 
Posição geográfica favorável, de frente para o Atlântico. 
Centralização política, não havia guerras, o poder estava nas mãos do Rei. 
Escola de Sagres promoveu um grande desenvolvimento tecnológico: 
• Não era um lugar, eram reuniões de capitães experientes. 
• Invenção das velas móveis. 
Havia o medo dos mitos do mar aberto, monstros, sereias, abismo no horizonte... 
Condições precárias nos barcos, má alimentação, pouca higiene, era um ambiente propício à doenças. 
 
 
 
Projeto Português 
 
Périplo Africano 
 
Através da Cabotagem, que era a navegação perto da costa, queriam contornar a África 
para chegar na Ásia. 
Os Portugueses desciam no lugar na África, mapeavam e retornavam à Portugal, o 
primeiro lugar, que marcou o início das grandes navegações foi a Conquista de Ceuta, 
1415. 
Quando desciam, os Portugueses montavam uma Feitoria, que era uma espécie de 
armazém feito para haver uma troca comercial com os povos africanos, realizando a troca 
de itens como: Cachaça, tabaco e armas de fogo por Ouro, marfim e escravos. 
Após 73 anos, Bartolomeu Dias, em 1488, termina o contorno da África, no Cabo da boa 
esperança, no sul do continente. 
 
A volta ao mundo, por Cristóvão Colombo 
 
Cristóvão Colombo propôs ao rei de Portugal, o projeto que consistia em dar a volta ao 
mundo para chegar às Índias, já que o projeto do périplo era seguro e dava um lucro alto, 
a ideia não foi comprada. 
Cristóvão então, decide oferecer a mesma ideia para Espanha, que aceitou em 1492, 
chegando no Caribe, América central. 
Na volta para a Espanha, o mar estava muito agitado, fazendo com que Colombo parar 
em Portugal. 
Colombo por sua vez, esbanja para o rei Portugal o seu sucesso. 
• Obs.: Colombo morre afirmando que tinha chegado às Índias. 
Após Colombo voltar para a Espanha, a coroa Portuguesa começou a enviar navios, em 
sigilo, para o Oeste, como tinha feito Colombo. 
 
 
 
 
 
Projeto Português 
 
 
11 
 
TRATADO DE TORDESILHAS (1494) 
 
 
O Papa, quando soube sobre as novas terras, emitiu a Bula Papal Inter Coetera, em 1493, a fim de evitar 
conflitos entre Portugal e Espanha. 
Tal Bula dizia que, a 100 léguas à oeste de Cabo Verde, deveria haver uma linha imaginária que dividiria 
as novas terras em duas partes, que deveriam ser divididas, no leste da linha, seria pra Portugal, no Oeste, 
para Espanha 
Porém, Portugal sabia que não haveria nenhuma terra à leste da linha, então propuseram o Tratado de 
Tordesilhas, que, ao invés de 100 léguas, passariam a ser 370 a partir de Cabo Verde. 
• Observação: Constantinopla, eixo comercial entre a Europa e a Ásia, foi tomada pelos muçulmanos 
em 1453, dando origem à Istambul, fechando o comércio para os Cristãos. 
 
Expedição Vasco da Gama: 
 
Portugal envia Vasco da Gama para Índia pela rota Africana, em 1498, sendo nomeado o Vice das Índias. 
Chegando com sucesso, Portugal obteve um lucro de 6000%. 
 
Expedição de Pedro Alvares Cabral: 1500 
 
 Portugal, não satisfeito com o lucro de Vasco daGama, manda Pedro Alvares Cabral com 13 navios, 
navegando para sudoeste do atlântico, avistam o monte Pascoal e no dia seguinte, param em Porto 
seguro, indo para terra firme. 
• Coimbra: Celebra a primeira missa, para catequizar os índios. 
• Pero Vás de Caminha: Escrevia para a coroa Portuguesa, para descrever os detalhes da nova terra. 
(Literatura de informação) 
 Fizeram como na África, colocaram feitorias, onde trocavam produtos europeus pelo Pau-Brasil, tal 
relação entre os índios e os europeus, foi nomeada de ESCAMBO. 
 ESTANCO: É o monopólio do comércio de alguma coisa, o estanco do Pau-Brasil em Fernando de 
Noronha, no Nordeste, aos mercadores de Lisboa foi um exemplo. 
 Em expedições de exploração em 1501, Américo Vespúcio, compara o livro de Marco polo sobre as 
índias, com as ‘’Índias de Colombo’’ e observou que a terra era totalmente diferente, nomeando o Novo 
Mundo, chamado de América. 
 
 
Problemas 
 
Os Ingleses, Franceses e Holandeses começam a vender especiarias na Europa também, diminuindo o 
lucro de 6000% de Portugal. 
Os Franceses também começam a negociar com os Índios, começando a vender o Pau-Brasil também, 
sem Portugal saber. 
Para não perder o lucro do Pau-Brasil, Portugal começa o processo de colonização. Em 1530, manda 
Martim Afonso de Souza, para conferir a possibilidade de fazer divisões para capitanias hereditárias, igual 
faziam nas ilhas Atlânticas, que dividia a terra em vários pedaços para alguns capitães donatários 
administrarem e mandarem os recursos para Portugal. 
Vendo que era possível, funda a Vila de São Vicente, em 1534. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Período Pré-Colonial (1500-1530) 
 
Estanco: Direito de monopólio de exploração comercial. Fernão de Noronha fez um estanco com a 
coroa Portuguesa pelo monopólio comercial do pau-brasil, após a primeira exploração com Américo 
Vespúcio. 
Escambo: Relação de troca entre índios e europeus. 
 
1516 e 1520: Ocorreram as expedições guarda-costas, lideradas por Cristovam Jacques, tinham o 
objetivo de fazer a segurança da costa do Brasil, a fim de evitar saques e outros comerciantes, não 
encontram nada 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Sociedade 
 
 Marcada por ser uma sociedade estamental, com forte influência religiosa, que não permitia 
mobilidade social e era dividida em três estamentos. Por ser igual à idade média, era chamado de 
Permanência. 
• 1° estado: Clero, igreja. Rezavam 
• 2° estado: Nobres, guerreiros. Lutavam as guerras. 
• 3° estado: Povo, trabalhadores. Fonte do dinheiro dos nobres e clero. 
 
 
Política: Absolutismo 
 
Antes, na idade média, o poder era descentralizado, pois havia vários senhores feudais, cada um 
mandando em seu feudo, o poder estava fragmentado. 
Agora, o poder fica centralizado nas mãos do rei, pois estavam havendo diversos conflitos. O poder na 
mão do rei lhe dava um poder absoluto. 
O rei era inquestionável, o que ele mandava, independente do que fosse, seus súditos e fiéis teriam que 
obedecer, caracterizando o Absolutismo. 
Obedeciam pois o rei tinha o maior e mais forte exército do Reino, possuindo o monopólio da violência, 
porém, para ter o exército mais forte, tem que ter dinheiro. 
 
 
Economia 
 
• Sistema fiscal unificado, todos os impostos eram pagos diretamente ao rei. Alguns tinham a isenção 
dos impostos, geralmente era o povo que pagava tudo. 
• Burocracia eficiente: Para ter certeza que os planos do rei dessem certos, o mesmo teria que contratar 
os melhores burocratas (funcionários públicos) para realizarem seus planos de maneira eficiente, o que 
era caro, aumentando a carga tributária no Reino. 
 
 
Teóricos que defendiam/justificavam o absolutismo 
 
Bossuet: Teoria do direito divino dos reis 
Era um bispo na França, que disse que o rei, uma vez que foi escolhido e santificado pelo Papa, era um 
ser iluminado por Deus, ou seja, representava Deus na terra. As ordens do rei seriam as mesmas ordens 
que Deus teria em seu lugar. 
• Rei Luís XIV, o Rei Sol: 
Tudo deveria orbitar por ele, assim como os planetas com o sol. Foi o rei mais poderoso da Europa, na 
França. 
’’Eu sou o estado e o estado sou eu.’’ 
 
Maquiavel: obra ‘’O príncipe’’ 
Vivia na Itália, que ainda tinha o poder descentralizado, enquanto as outras nações já iniciavam suas 
expansões marítimas. 
• Manual da ciência moderna: Propõe que o rei tem que por a moral política acima de qualquer coisa, 
inclusive da religião. 
Qualquer coisa serve para cumprir o objetivo político, mesmo que haja atitudes condenáveis, como 
derrotar os outros reinos para centralizar o poder, tudo para o sucesso político. 
A frase que sintetiza a obra de Maquiavel é: ’’Os fins justificam os meios. ‘’ 
 
 
 
 
15 
 
Hobbes: obra ‘’Leviatã’’ 
Era um inglês que conta sua agonia de viver na Inglaterra durante uma guerra religiosa, pois o Rei queria 
impor uma única religião, durante a guerra, o homem destruía a si mesmo, levando a seguinte frase: ‘’O 
homem é o lobo do homem’’ 
Para Hobbes, haviam dois estágios do homem 
• Natural: onde o homem age por instinto 
• Social: onde o homem racionaliza e dialoga socialmente 
Para Hobbes, o homem estava agindo com o estado natural, onde o simples motivo da diferença 
religiosa era suficiente para matar um ao outro. 
Defendia a ideia de ter um estado/rei absoluto que definiria tudo pelas pessoas, fazendo-as viver em 
paz. 
O rei seria o monstro Leviatã, que era conhecido por engolir tudo que via. O rei engoliria a liberdade 
das pessoas. 
Funcionaria assim até que as pessoas estivessem no estado social, para que pudessem agir de maneira 
racional em liberdade. Tal condição era o mal necessário. 
 
 
Economia: Mercantilismo 
 
Também conhecido como capitalismo comercial era composto pelas práticas econômicas realizadas 
pelos Reis absolutos. 
• Metalismo: Acumulação de metais preciosos, quanto mais metais, maior o exército, maior o poder. 
Os metais acumulados vinham a partir do desenvolvimento da balança comercial favorável, onde o valor 
da importação deveria ser menor que o da exportação. 
 
 
Práticas econômicas 
 
Para importar menos, havia o protecionismo alfandegário, que consistia em aumentar o imposto do 
produto que vinha de fora da nação para que ficasse mais caro que o produto nacional, protegendo a 
produção nacional, gerando menos importações. 
Para exportar mais, havia a prática intervencionista, onde o governo estabelecia o que as pessoas iriam 
produzir nos reinos. 
Exemplos: 
 • França: O rei determinou que só seriam produzidos produtos de luxo para as nobrezas de outros 
reinos (Rei Sol) 
 • Portugal: Só seria produzido o açúcar, uma vez que o mundo todo queria. 
 • Pacto colonial: Medida tomada por Portugal, a fim de garantir o exclusivismo colonial. As colônias 
só poderiam comercializar com Portugal, onde o mesmo estabelecia todos os preços, comprando barato 
da colônia e vendendo muito caro para a mesma. 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Luteranismo: Alemanha (1517) 
 
Martinho Lutero era um padre que discordava de algumas ações da igreja, principalmente sobre a 
venda de indulgências (Venda do perdão). 
Para ele, a salvação deveria vir da postura e da fé das pessoas. 
Lutero é excomungado da igreja após postar as 95 teses, que mostrava todos os erros da igreja, através 
de um documento feito pelo próprio Papa, que queimou todas as obras de Lutero. 
Lutero queima o documento do Papa e se torna um erigi, que seria morto pela igreja, se não fosse pelo 
sequestro dos 11 príncipes. 
No cativeiro do sequestro, Lutero traduz a bíblia para Alemão e cria os dogmas de uma nova religião, o 
Luteranismo. 
 
Dogmas 
 • A salvação viria da fé, ler e acreditar na bíblia. 
 • Haveria a livre interpretação da bíblia 
 • Negação do celibato clerical e às imagens. 
 • Manteve só o batismo e a comunhão. 
Os príncipes, se adotassem uma nova religião em seus reinos, seriam líderes políticos e religiosos, 
aumentando cada vez mais seu poder e seu dinheiro.Porém, para isso, os príncipes tinham que pedir permissão ao imperador para colocarem uma nova 
religião, o imperador nega, gerando protestos e anos de guerra. 
Após anos de guerras, é assinada a paz de Augsburgo, que permitia a adoção do Luteranismo como 
religião, fazendo com que os príncipes tomassem as terras e os impostos que eram da igreja, 
enfraquecendo-a em dinheiro, poder e seguidores, pois muitos fiéis também não estavam satisfeitos com 
as obrigações da igreja. 
Uma figura importante, é o Gutenberg, que inventou a imprensa móvel, que reproduzia e imprimia 
livros, espalhando o Luteranismo, facilitando a conversão dos fiéis à igreja cristã ao luteranismo. 
O movimento não se espalhou muito, ficando concentrado principalmente na Alemanha. 
 
 
 
Calvinismo: França (aproximadamente em 1533) 
 
João Calvino era um estudioso francês, estava sendo perseguido pela inquisição por ter se convertido 
ao protestantismo, seguindo ideais da igreja Luterana. 
Porém, não concordava com tudo da igreja Luterana, ele acreditava que a salvação era predestinada, a 
pessoa nascia com isso, nascia eleito ou não por Deus. 
Os eleitos possuíam uma marca de sucesso material, que era conquistado através de: 
• Dedicação ao trabalho, família e religião 
• Resistir às tentações do mundo, como bebida, prostituição, ostentação etc. 
A classe que mais gostou foi a burguesia, pois já possuíam o sucesso material. 
O calvinismo se espalhou para vários países, diferente do Luteranismo, que ficou restrito à Alemanha. 
O calvinismo ajudou ainda mais no enfraquecimento da igreja católica. 
 
 
 
 
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Anglicanismo: Inglaterra (1534) 
 
Foi criado pelo Rei da Inglaterra, Henrique VIII, por motivação política e pessoal. 
O rei Henrique VII não queria que sua única filha, Maria I, que era casada com o rei da Espanha, 
assumisse o trono após sua morte, pois seria basicamente o Rei da Espanha assumindo. 
Como não conseguia ter filhos homens com Catarina, queria ter filhos com Ana Bolena, que só aceitaria 
ter filhos com ele, se fossem casados. 
Henrique procura o Papa para ter o divórcio com Catarina, porém a igreja não permitia, o casamento 
era só uma vez, até a morte de um dos dois. 
É publicado o Ato de supremacia, uma lei que dava início à igreja Anglicana, onde era permitido se casar 
quantas vezes quisesse, além de tomar todas as posses da igreja católica. 
Henrique se casa 6 vezes, mas só teve 1 menino, que morreu cedo demais. 
Logo, sua primeira filha assume o trono sozinha, que se tornou uma rainha bem sucedida sendo 
reverenciada pelo Papa como uma Rosa de ouro. 
O anglicanismo diminui ainda mais os seguidores católicos. 
 
Reforma Católica/Contrarreforma 
 
Inicia em 1545, pois a igreja precisava se organizar para parar de perder fiéis, criando a Companhia de 
Jesus (CIA de Jesus) também chamada de Jesuítas, a fim de catequizar nas colônias e na Europa. 
Concílio de Trento: era uma reunião para chegar a um consenso das atitudes que seriam tomadas pela 
igreja, afim de promover a moralização da igreja. 
Atitudes tomadas: 
• Fim da venda de indulgências; 
• A salvação viria do arrependimento sincero da pessoa; 
• Criação dos Seminários, antes se comprava cargos na igreja, agora, teria que entrar nos seminários, 
se formando padre após nove anos de ‘’curso’’, depois ir subindo nos cargos da igreja. 
• Reafirmação dos dogmas: Tinha o intuito de dizer que a igreja católica era a única verdadeira, e as 
outras eram falsas. 
• Inquisição: Criada para investigar os fiéis da igreja, para ver se as regras estavam sendo obedecidas, 
caso contrário, iriam para o Tribunal do Santo ofício, receber as punições, que eram: 
 • Degredo: Expulso de seu país por x anos; 
 • Morte: No séc XVI, só os reis absolutistas eram responsáveis pela morte por execução, pois 
eles tinham o controle da vida. 
• Index: Lista de livros que eram proibidos de serem lidos e armazenados em casa. 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
20 
 
 
O Brasil foi dividido em 15 capitanias, distribuídas para 12 capitães. 
Havia 2 documentos para os capitães donatários: 
 
Carta de Floral: 
 Dizia os deveres e direitos do capitão donatário, que deveria: 
• Fundar a Vila, povoar, plantar a cana, produzir açúcar e proteger a terra. 
Para povoar e cultivas as terras, foram distribuídas as sesmarias, que eram grandes terras, dando 
origem ao latifúndio no Brasil. 
Carta de doação: 
Doação do direito de administração. 
Não poderiam vender a terra, e tudo que estava lá era de Portugal, tudo nos mares, nas terras e nos 
ares, tudo era de Portugal. O capitão donatário apenas administraria o local. 
Apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente deram certo, as outras 13 não deram, por causa 
da distância com a metrópole, falta de investimento, ataques indígenas e o rei, além de não ajudar, 
cobrava impostos abusivos. Mesmo com a falha, só acabam no século XVII. 
 
 
Governo Geral (1548) 
 
Com a falha da proteção das capitanias, foi implantado o Governo Geral, que tinha como objetivo 
defender o território, dinamizar a economia e fiscalizar os impostos. 
Sua sede ficava em Salvador, que era uma colônia economicamente ativa e centro da produção 
açucareira, já que o Governo Geral era caro para ser mantido. 
Era dividido em 3 grupos, o Ouvidor Mor, que cuidava da justiça, o Provedor Mor, que cuidava das 
finanças e o Capitão Mor, que cuidava da defesa do lugar. 
Com o governo geral financiando, algumas capitanias conseguiram sair da crise econômica. 
 
 
Economia Açucareira 
 
Foi a primeira grande atividade econômica do Brasil colonial, tendo em vista que no período pré-
colonial era o extrativismo vegetal do pau-brasil. 
Nas capitanias, o principal objetivo era plantar cana e produzir açúcar para mandar para Portugal. 
A maior parte dos engenhos estava no nordeste, tal predominância se explica pela proximidade à 
Europa, tornando o transporte mais barato e, além disso, o solo e o clima eram mais favoráveis que no 
resto do Brasil. Vale dar destaque para Pernambuco e Bahia. 
A produção do sudeste acabou sendo voltada para a própria região colonial, pela baixa produção. 
 
Sistema produtivo: Plantation 
• Latifúndio: grandes fazendas 
• Monocultura para exportação: cana de açúcar. 
• Mão de obra escrava 
 
 
 
21 
 
 Havia dois tipos de fazenda: 
• A que só plantava cana 
• A que plantava cana e tinha o engenho, que era onde o açúcar era produzido. Os donos compravam 
cana das outras fazendas, tais donos de grandes fazendas eram os mais poderosos, conhecidos como 
Senhores de Engenho. 
 
 
Sociedade 
 
• Escravista: Dependia do trabalho escravo. 
• Rígida: Não tinha mobilidade social. 
• Patriarcal: O homem da família dava as ordens 
No topo da pirâmide, os Senhores de engenho, no meio, os trabalhadores livres, e na base, os escravos. 
 
 
Escravidão 
 
• Indígena/negros da terra: Foram os primeiros a serem escravizados na América, havia muita 
resistência como fugas e batalhas. 
• Africanos/Negros da Guiné: Viam do litoral africano, havia fuga, que originava os quilombos, haviam 
também suicídios, abortos, ataques de revolta. 
A coroa Portuguesa começa a incentivar a escravizar somente o Africano, tendo em vista que os 
indígenas estavam criando muitos problemas com a escravização, eles conheciam melhor o território 
brasileiro, então era muito difícil de pega-los. 
• Criam leis que barravam a escravidão indígena 
• Os jesuítas vinham catequisar os índios 
• O lucro do tráfico negreiro diminuía quando se escravizava índios. 
 
 
União Ibérica (1580 – 1640) 
 
Quando o rei de Portugal, Dom Sebastião, morre em uma guerra contra os muçulmanos no norte da 
África, ele não tinha filhos e nem esposa para sucede-lo. 
Seu tio idoso, que também não tinha filhos nem esposa, era o único que podia assumir. Morre logo 
em seguida. 
Filipe II, rei da Espanha, assume o trono em 1581, com o Juramento de Tomar, onde ele assumiria 
Portugal,mas não iria ferir os acordos econômicos feitos antes, porém os inimigos da Espanha viraram 
os inimigos de Portugal nesse momento. 
Os Portugueses tinham acordos com a Holanda, já que os produtos dos engenhos de Pernambuco e 
Bahia eram vendidos só para eles, mesmo com o pacto colonial. Esse fato se deve ao financiamento 
Holandês aos engenhos. Portugal pegava apenas 20% dos engenhos. 
A Espanha era inimiga da Holanda, portanto, fechou o acordo feito antes por Portugal, deixando a 
Holanda com um grande prejuízo. 
Portanto, a Holanda não aceita tomar esse prejuízo, portanto começa a invadir as regiões açucareiras 
para compensar. 
 
 
 
 
 
22 
 
Invasões Holandesas 
 
Salvador (1624-1625), fracasso 
A primeira foi em Salvador, onde ficaram somente um ano, pois o governador Matias de Albuquerque 
organizou guerrilhas estratégicas pelo Sertão (fora do espaço colonial, interior) e atacavam os 
Holandeses de surpresa, expulsando-os em 1625. 
 
Pernambuco (1630-1635), sucesso 
Matias estava tendo sucesso com a mesma estratégia de 1624. Porém, Calabar, possuía diversas 
dívidas com Portugal. Então, contou aos Holandeses onde os portugueses estavam, a fim de não ter 
suas dívidas cobradas. Os Holandeses vencem e se estabelecem. 
 
 
O Brasil Holandês (1630 – 1654) 
 
Com a vitória da invasão, a companhia das Índias manda Maurício de Nassau, que era um nobre 
Holandês, para administrar a colônia holandesa na América, de 1637 – 1644 
Maurício queria agradas aos colonos portugueses que ainda viviam ali, desenvolvendo a região: 
• Empréstimos com menos juros e mais tempo, diferente de Portugal. 
• Liberdade religiosa, os holandeses eram calvinistas. 
• Obras de urbanização e modernização de Recife, deixando a região com grande importância 
comercial, mais até que Olinda, onde os poderosos da época moravam, que futuramente vai gerar a 
Guerra dos Mascates. 
• A companhia de comércio financiava tudo, mas queriam lucros. Quando mandam Nassau cobrar 
tudo que ele tinha emprestado, ele começa a enrolar, pois sabia que os senhores de engenho não iriam 
gostar. 
• Maurício é demitido em 1644, substituído por pessoas mandadas pela companhia para cobrarem. 
Como previsto por Nassau, os senhores de engenho não aceitam pagar e nem perder suas terras, 
começando o processo de expulsão dos holandeses, conhecido como Insurreição Pernambucana, 
mesmo que Portugal (após se separar da Espanha) tivessem deixado os Holandeses ficarem por mais 10 
anos. 
 
 
Insurreição Pernambucana (1645 – 1654) 
 
Batalha dos Guararapes (1648-1649) 
Tal batalha marcou o início de um pensamento nativista, de vínculo com a terra, já que reuniu 
senhores de engenho, afrodescendentes, indígenas para expulsar os holandeses. 
Os Holandeses após serem expulsos, vão para as Antilhas, no Caribe, onde começaram a usar toda a 
experiência da produção de açúcar produzida no Brasil, fazendo com que houvesse uma crise 
econômica do açúcar no Brasil, já que estavam perdendo muito para a concorrência Holandesa. 
 
Paz de Maia, 1661, entre Portugal e Holanda 
Portugal, para compensar o prejuízo, pagaria 8 milhões de florins para Holanda em 40 anos. 
 
 
 
 
 
 
23 
 
França x Espanha durante a União Ibérica 
França invade o Rio de Janeiro em 1655, fundando a França Antártica, que não deu certo. 
França invade o Maranhão em 1612, fundando a França Equinocial, que mais tarde foram expulsos 
pelos Portugueses. 
 
 
Economia Colonial 
 
O açúcar era a principal fonte econômica no Brasil Colonial, porém ainda havia a pecuária no Nordeste 
e a droga do sertão na Amazônia. 
Com a União Ibérica, não havia mais o tratado de Tordesilhas, então os portugueses avançavam para 
o Sertão, para dentro do território. 
 
 
Expansão Territorial 
 
O açúcar era feito no litoral e a pecuária no Sertão, ajudando na expansão dos Portugueses para 
Amazônia. 
 
 Missões Jesuítas 
Como os índios fugiram para dentro do território, as missões (tipo igrejas) se instalavam lá, para 
conseguirem o maior número de índios possível para catequese. 
As missões também iam em busca das drogas do Sertão, que eram ervas usadas pelos índios. Com a 
mão de obra indígena, as drogas do Sertão se tornaram uma especiaria de exportação, que ajudava na 
manutenção das missões. 
 
 Fortes 
Defendiam possíveis invasões, como a invasão francesa em São Luiz, em 1612, que formou a França 
Equinocial. 
 
 Bandeirismo 
Era uma atividade de expedição no sertão, feita pelos bandeirantes, que, depois dos índios, eram os 
que mais conheciam o sertão. 
Os bandeirantes eram o povo de São Vicente, pois só estavam conseguindo abastecer o mercado 
interno com a produção de açúcar, então não queriam comprar escravos, e sim, escravizar indígenas. 
 
Expedições mais relevantes 
• Antônio Raposo Tavares, André Fernandes e Fernão Dias Pais (1635-37) 
• Manoel Preto e Antônio Raposo Tavares (1628-1633) 
• Bartolomeu Bueno de Siqueira (1670) 
• Domingos Jorge Velho (1671-1674) 
• Fernão Dias Pais (1638) 
 
 
 
 
24 
 
Tipos de Bandeiras 
• Entradas: Expedições organizadas pelos bandeirantes e pela Coroa. 
• Bandeiras: Expedições organizadas apenas pelos bandeirantes. 
• Caça ao índio: Os bandeirantes iam atrás de índios, atacavam as missões 
jesuítas, já que tinha muitos índios. 
• Sertanismo de contrato: Como havia escravos que fugiam e formavam 
quilombos, os senhores de engenho contratavam os bandeirantes para 
destruir os quilombos e recuperar os escravos*. 
 • Mineração: Busca por minérios, por conta própria ou não. 
 
O maior quilombo 
era o dos 
Palmares, que 
possuíam os 
zumbis, destruídos 
por Domingo 
Jorge. 
* 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Os bandeirantes encontram ouro no final do século XVII. Eles queriam o monopólio (estanco) do ouro 
no Brasil, porém Portugal não concede, pois, quanto mais gente atrás do ouro, maior lucro iria ser obtido, 
tendo em vista que Portugal ficava com 20% de toda a produção. 
Muita gente começa a ir para a região mineradora, aumentando a população local e também a 
quantidade de escravos. 
 
Como funcionava? 
 
Administração: Intendência das minas 
 
Os intendentes mandavam na região, fazendo a justiça e cobrando os impostos, além de distribuir as 
datas, que eram pedaços de terra doados para a busca do ouro. Quanto mais escravos você tinha, maior 
era o pedaço de terra doado à você. 
• Casas de fundição, +- 1720: 
Surge uma lei que dizia que não poderia haver a circulação do ouro sem ser em barra, que eram feitas 
nas casas de fundição, feitas pelos portugueses. 
Quando faziam a barra de ouro, já se retirava os 20% dos impostos, que ficaram conhecidos como O 
Quinto Real, 1/5 = 20%. 
Também ajudavam Portugal a pagar dívidas com a Inglaterra, pois o Tratado de Methuen prejudicava 
a economia de Portugal. 
Pra acrescentar, havia: 
• Finta: Pagamento dos mineradores, que tinham que pagar taxas fixas anuais, de 30 arrobas de ouro 
• Derrama: Cobrança de um novo imposto no Brasil Colônia, servia para complementar os valores das 
dívidas que os mineradores acumulavam com a coroa. 
 
 
Tratado de Methuen / Panos e Vinhos (1703-1836) 
 
Tratado feito para compensar a ajuda que a Inglaterra deu para Portugal no período de separação da 
União Ibérica. 
Portugal se comprometeria a comprar todo tecido que a Inglaterra produzisse, e a Inglaterra com todo 
o vinho produzido em Portugal. Porém, Inglaterra produzia muito mais tecido do que Portugal produzia 
vinho, prejudicando muito Portugal. 
 
 
Urbanização 
 
Começa a surgir cidades como Ouro Preto, Diamantina, São João Del Rei, que acabam formando a região 
de Minas Gerais, gerando uma urbanização do espaço colonial. 
 
 
Sociedade 
 
 Era dividia em 3, havia uma certa mobilidade social, se caracterizava por ser uma sociedade flexível e 
escravocrata, que precisava dos escravos trabalhando. 
 Os grandes mineradores ocupavam o topo da pirâmide, os trabalhadorese burocratas estavam no 
meio, podendo ou não se tornarem grandes mineradores e autoridades, na base, os Escravos. 
 
 
 
27 
 
Interiorização da Colônia 
 
Quem não foi para a mineração, começou a vender coisas para o abastecimento da região, e vendiam 
muito caro, pois sabiam que aqueles homens possuíam muito dinheiro. O mercado começou a ser 
interno, dando início a um Comércio Interno. 
 
 
Tratados e Limites: Impactos na unidade territorial 
 
Tratado de Utrecht (1713) 
 Limitar a fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa pelo rio Oiapoque 
 
Tratado de Utrecht (1715) 
 Reconhecimento da Espanha que Sacramento (ao sul) era território português. 
 
Tratado de Madri (1750) * 
Portugal fica com a colônia dos 7 povos no Rio grande do Sul e Espanha fica com 
Sacramento. 
 • Alexandre de Gusmão: Uti Possidetis 
 Quem ocupasse o território primeiro, teria suas posses. Então era só ver quem 
estava nos territórios. Com a presença de vários fortes portugueses no Norte, 
Portugal ficou com uma grande porção de terras. 
 • Guerras Guaraníticas (1753-1756) 
 Guerras travadas pelos índios que não queriam sair de sete povos. Perderam. 
 
Tratado de El Pardo de (1761) 
 Anula o tratado de Madrid. 
 
Tratado de Santo Ildefonso (1777) 
 Portugal recebia parte do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e Espanha ficaria com Sacramento e 7 
Povos. 
 
Tratado de Badajoz (1801) 
 Retoma o tratado de Madrid. 
 
 
 
 
* 
Formação 
territorial do 
Brasil atual. 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
29 
 
Renascimento cultural 
 
Evento que começou na Itália, entre o século XIV e XVI 
Classicismo: Retomada de valores clássicos greco-romanos, eles estavam revendo o conceito de mundo. 
Antes, no mundo medieval, havia o teocentrismo, agora, a explicação divina, onde as coisas aconteciam 
pela vontade de Deus, não era mais aceita. 
O homem, com o racionalismo e o pensamento lógico, busca a compreensão do mundo, as respostas 
estavam no próprio homem, gerando o antropocentrismo. 
O homem busca a entender a si mesmo, a natureza ao seu redor e também as relações entre os homens. 
 
Características: 
• Sociedade Individualista: O que acontece com o homem é responsabilidade do homem, seu futuro 
dependia de suas escolhas. A sociedade estava menos coletivista. Cada um pensava mais em si. 
• Humanismo: Grande valorização do homem. 
• Naturalismo: Grande valorização da natureza. 
• Hedonismo: Busca pelo sucesso, pelo prazer individual, projeção do futuro. 
 
 
Itália no Renascimento 
 
Como Genova e Veneza eram os grandes centros comerciais, eles possuíam muito dinheiro e queriam 
projetar o futuro. 
Começam a busca e ocupar cargos políticos importantes. 
Começam a financiar os artistas, os cientistas, as universidades, dando origem às ideias renascentistas. 
Os comerciantes queriam novas ideias de mundo, onde o que importaria era o que você faria ao mundo. 
Mecenato: Financiamento de artistas e cientistas, para ter uma arte que iria garantir a propagação das 
ideias novas. Os artistas se inspiravam nas antigas obras Greco-Romanas 
A Itália foi pioneira no Renascimento pois havia: Acumulação de capital, as ruínas do império romano, 
novos ideais e a prática do Mecenato. 
 
 
Expansão do Renascimento 
 
 O eixo comercial antes das grandes navegações era no mar mediterrâneo, onde a principal cidade era 
Constantinopla, que era a divisa comercial entre a Europa e o Oriente, era onde a maior parte das rotas 
comerciais terminava. 
Quando os turco-otomanos derrotam os Romanos e tomam Constantinopla, que se torna Istambul, em 
1498, fechando o comércio aos Europeus 
Com a chegada de Vasco da Gamas às Índias, o Oceano Atlântico se torna o novo eixo comercial, com o 
lucro gerado para outras burguesias, elas começam a financiar o Renascimento em seus países, gerando 
uma crise do renascimento Italiano. 
• Shakespeare, na Inglaterra 
• Camões, em Portugal 
• Geocentrismo: Ptolomeu diz que a terra é o centro do nosso sistema. 
 
 
 
 
 
30 
 
• Heliocentrismo: Nicolau Copérnico diz que o sol é o centro do sistema, gerando muitas dúvidas. 
 • Galileu aprofunda o heliocentrismo, dizendo que há movimento dos planetas. 
• Kepler: Propõe o movimento de elipse dos planetas ao redor do sol 
 • Newton aprofunda o movimento de elipse, tentando entender o porquê de os planetas não 
saírem do movimento de elipse. 
Com as descobertas científicas, o movimento fica cada vez mais forte. 
Querem que o conhecimento se torne duradouro e seja divulgado, criando as Enciclopédias, que 
reuniriam o máximo de conhecimento possível num livro só, que foram utilizadas até os anos 90. 
 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
O renascimento olhava demais para a antiguidade, o iluminismo defendia que o racional era a ciência, 
onde só a ciência possui a verdade e que gera progresso para o futuro. 
Utilizando o racionalismo para entender tudo na vida, tendo em vista que o racional que dá certo, 
perceberam que estava tudo errado no estilo de vida. 
 
 
Pensamentos/ideais: 
 
Para a lei, todos deveriam ser iguais, não haveria privilégios, sem desigualdade social, uma sociedade 
igualitária (em termos de justiça, não de renda etc.). 
Direito de participação política, vontade popular. 
A economia não deveria estar somente nas mãos do Rei. 
Deveria ter um governo institucional, com divisão de poderes, eram contra o antigo regime absolutista. 
Ensino gratuito. 
A diferença social viria a partir do mérito, de iniciativas. 
Economia liberal, sem intervenção do estado, com livre concorrência, liberdade econômica. 
A lei da oferta e da procura iria gerar produtos com maior qualidade, consequentemente, iria 
desenvolver a região. 
 
 
Pensadores Iluministas 
 
John Locke, o primeiro iluminista, filósofo. 
Tomas Hobbes dizia que a sociedade precisava ser guiada pelo rei absoluto até que estivesse pronta 
para agir sozinha. Para John, esse momento já tinha chegado. Defendia: 
• Liberdade 
• Igualdade Jurídica 
• Direito à vida 
• Direito de defesa à propriedade conquistada 
Era obrigação do estado garantir os direitos da sociedade, já que o estado só existe porque a 
manutenção é feita pela sociedade, podendo esta realizar revoluções contra o estado. 
Defendia a monarquia constitucional e representativa, representante do individualismo liberal. 
 
Voltaire, conservador, filósofo. 
Defendia a liberdade, principalmente a de expressão. 
O estado deveria ser laico, sem intervenção da religião. 
O poder poderia estar nas mãos do rei, desde que estivesse disposto a ouvir e ter consigo 
ministros/pessoas que o ajudassem a guiar de forma racional. 
Defensor do livre comércio, contra o controle do estado. 
 
 
 
 
33 
 
Montesquieu, Tripartição, filósofo. 
Se o poder estivesse nas mãos do rei, ele iria governar para beneficiar a si mesmo, e não para o povo. 
Propôs a tripartição dos poderes, para o governo ser para a sociedade. 
Seriam os poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Fez críticas ao clero católico e suas interferências na política. 
Defendia aspectos democráticos do governo e o respeito às leis. 
‘’Quanto menos os homens pensam, mais eles falam’’ 
‘’A pessoa que fala sem pensar, assemelha-se ao caçador que dispara sem apontar.’’ 
 
Jean-Jacques Rousseau, o mais radical, filósofo. 
Direitos iguais para a sociedade. 
Defendia o fim da monarquia, propôs uma pequena república (Romanos) onde os cidadãos teriam 
participação na política (Atenas) 
Ninguém representa ninguém. 
‘’O homem nasce bom, a sociedade que o corrompe.’’ 
‘’O maior passo em direção ao bem é não fazer o mal.’’ 
‘’Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e os que sabem muito falam pouco.’’ 
 
Adam Smith, economista. 
Liberalismo econômico. 
Defendia a não intervenção do estado na economia, o mercado seria regulado pela livre concorrência e 
pela lei da oferta e da procura, onde o preço é diretamente proporcional à procura.Quanto mais procurado é, mais caro é. Isso faria com que os produtores quisessem cada vez mais 
produtos de melhor qualidade, consequentemente, desenvolveria a economia e a ciência. 
Muito importante para o desenvolvimento do capitalismo, atacavam a política econômica mercantilista 
promovida pelo rei absoluto. 
 
François Quesnay, economista. 
Defendia que a agricultura era a criadora da riqueza, já que a indústria só transformava a matéria, 
fazendo com que os indivíduos mais úteis à sociedade eram os grandes proprietários e fazendeiros. 
Opunha-se às teorias mercantilistas, o estado não deveria intervir na economia, apenas serviria para 
manutenção da ordem, da propriedade e da liberdade individual. 
Lei da oferta e da procura. 
“Deixar fazer, deixar passar, que o mundo vai por si mesmo.” 
 
 
Influência do iluminismo em alguns reinos absolutistas 
 
O império Austro-Húngaro foi influenciado pelos ideais iluministas, dando origem a uma variação do 
absolutismo, o Despotismo Esclarecido. 
Despotismo esclarecido: O poder estaria nas mãos do rei, que esclarecia suas ideias com outras 
pessoas, governava com alguns temas iluministas. 
‘’A leitura engrandece a alma.’’ 
‘’É difícil libertar os tolos das amarras que eles veneram.’’ 
 
 
 
 
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REVOLTAS COLONIAIS 
 
Revoltas Nativistas: ocorreram no final do século XVII, não possuíam a intenção de separar a colônia da 
metrópole. 
Revoltas Separatistas: ocorreram no final do século XVII, possuíam a intenção de separar a colônia da 
metrópole, influência dos ideais iluministas. 
 
 
Nativistas 
 
Aclamação de Amador Bueno, São Paulo (1641) 
Quando havia a união ibérica, havia o comércio entre o povo de São Vicente (Portugueses) e o de Buenos 
Aires (Espanha). 
Quando a união ibérica acabou, esses comerciantes não sabiam o que iria acontecer, não sabiam que, 
se o tratado de Tordesilhas voltasse, se eles poderiam continuar comercializando entre si. 
Portanto, não queriam aceitar o rei de Portugal, D. João II. Os paulistas então, quiseram aclamar Amador 
Bueno como rei. Ele era um funcionário da coroa, era rico, era dono de terras e ouvidor mor 
Amador Bueno não aceita, pois não queria ter problemas com a coroa portuguesa. Se esconde em São 
Paulo, para não ser aclamado como rei. 
Resultado: Não foi aclamado. 
 
Revolta dos irmãos Beckman, Maranhão (1684) 
Os donos de terra queriam escravizar os índios, já que faltava mão de obra, mas os padres queriam 
catequisar, gerando vários conflitos. 
O padre Antônio Vieira manda uma carta para a coroa dizendo que a lei contra a escravidão de um índio 
não estava sendo cumprida. 
Portugal reforça a lei. Antes, poderia escravizar em caso de conflitos, agora, não poderia em nenhuma 
situação. 
Os donos de terra dizem que o comércio estava prejudicado pois ninguém estava vendendo escravos 
para eles, portanto, a companhia de comércio do Maranhão compra o estanco do comércio no Maranhão. 
Os maranhenses só poderiam comprar e vender para eles, desde que eles abastecessem com escravos 
e produtos manufaturados, era o acordo. 
Com o tempo, a cia começou a falhar com o abastecimento. 
Os irmãos: Manuel e Tomas Beckman organizam uma revolta compra a companhia. 
Tomas vai para Portugal, para explicar a situação. Queria confirmar ao rei que não queriam a 
emancipação da metrópole Portuguesa. 
Manuel fica e organiza a revolta, numa grande festa, realizam saques aos depósitos e destituíram o 
capitão mor do cargo. 
A revolta foi reprimida, Manuel foi morto, Tomas foi preso e a companhia perdeu o estanco do comércio 
do Maranhão. 
 
 
 
 
36 
 
Guerra dos Emboabas, Minas Gerais (1708-1709) 
Os bandeirantes tentam o estanco do ouro, mas não conseguem. Então muita gente de fora começou 
a ir pra Minas Gerais, chamados pelos bandeirantes de Emboabas, forasteiros. 
O número de emboabas aumentava cada vez mais, aumentando cada vez mais a rivalidade entre os 
vicentinos e eles. 
A guerra foi guiada pelo emboaba Nunes Viana e pelo bandeirante Manuel de Borba Gato. 
Capão da Traição: evento onde centenas de vicentinos morreram pelos emboabas, foram expulsos de 
minas gerais, indo para Goiás, onde acharam mais ouro. 
 
Guerra dos Mascates, Pernambuco (1710-1711) 
Após o desenvolvimento de Recife pelos holandeses, esta se tornou grande e importante 
comercialmente falando. 
Quando Recife não era nada, era só uma cidade que pagava impostos à Olinda, porém quando os 
holandeses foram expulsos, Recife já era grande. 
Portanto, Recife manda uma carta pedindo para Portugal a emancipação de Olinda, a fim de não pagar 
mais impostos. Portugal aceita e eleva Recife à condição de vila. 
Olinda não aceita perder os impostos, gerando uma guerra. 
Portugal teve que intervir, garantindo a vitória de Recife. 
Mascates: Nome dado aos comerciantes de Recife pelos donos de terra de Olinda, de forma ofensiva. 
 
Revolta de Vila Rica/de Filipe dos Santos, Minas Gerais (1720) 
Quando o conde de Assumar veio implementar as casas de fundição a pedido de Portugal, Filipe dos 
santos ameaça ele para que não instale. 
O conde de Assumar finge que não iria instalar, para acalmar Filipe. Porém, quando Filipe vai para casa, 
o conde manda as tropas o pegarem e o matam em praça pública. 
O conde foi demitido, uma vez que somente o rei possuía o direito de vida sobre seus colonos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Separatistas 
• Grande influência do Iluminismo 
• Alta carga tributária cobrada sob a colônia 
• O desenvolvimento seria maior se separar de Portugal. 
• Em 1785, a Rainha Dona Maria I proíbe a instalação de manufaturas na colônia 
 
Essa série de problemas e influência do iluminismo, os colonos queriam a separação da metrópole, pois 
viveriam melhor. 
 
Inconfidência Mineira/Conjuração Mineira, Minas Gerais (1789) 
‘’Liberdade, ainda que tardia’’ 
 Colonos, intelectuais, funcionários públicos, 1 militar (Joaquim José, famoso Tiradentes) se juntam 
secretamente para a leitura de livros iluministas, que eram proibidos, para organizar a revolta. 
 • Queriam separar Minas Gerais de Portugal. 
 • Montar uma República, com imprensa, universidade. 
 • Menos impostos, liberdade de produção manufatureira. 
 Joaquim Silvério dos Reis devia muito à coroa Portuguesa, entregou a revolta para ter sua dívida paga. 
O intendente é notificado, cancela a derrama (que seria o momento que a revolta ia explodir) e vai atrás 
dos organizadores, todos sentenciados à morte. 
Porém, apenas 1 foi morto, para servir de exemplo. 
Tiradentes é esquartejado e seus membros espalhados pela cidade, 
 
Conjuração Baiana/Revolta dos Alfaiates, Bahia (1798) 
 
Problemas: 
• Nordeste com crise desde o séc. XVII, por causa do açúcar; 
• Altos impostos e má condição de trabalho. 
 A revolta começa secretamente numa sociedade chamada de cavaleiros da luz, ligados a uma loja 
maçônica. 
 Quando a ideia de liberdade se espalha, as camadas populares (trabalhadores), também chamados de 
Alfaiates, aceitam a proposta de separação. 
• Queriam a separação de Portugal 
• Formar uma república 
• Fim da escravidão 
 • Aumento do salário dos militares e dos trabalhadores 
• Sociedade igualitária 
Portugal mata os quatro organizadores, que eram afrodescendentes: 
• João de Deus, Luíz Gonzaga, Manuel Faustino e Lucas Dantas. 
 
 
 
 
 
 
Influência do iluminismo e 
da independência dos EUA 
Movimento que favorecia a 
elite. 
 Movimento Elitista. 
 
Influência do iluminismo, 
da revolução Francesa e 
do fim da escravidão do 
Haiti. 
Movimento Popular. 
MG BA 
 
 
38 
 
 
 
 
 
39 
 
Napoleão Bonaparte, da França, desejava que a França fosse a maior potência econômica e militar. 
Para isso, tinha que dar um jeito de prejudicar a Inglaterra, já que eles que eram os mais poderosos da 
época. 
Instalou o Bloqueio Continental, em 1806, onde proibia os países da Europa de comercializaremcom a 
Inglaterra, para que ela fosse enfraquecida resumindo: Quem comercializasse, ele iria invadir o país. 
Portugal estava num impasse, já que devia muito dinheiro para a Inglaterra (Tratado dos panos e vinhos) 
e não podia cortar as relações comerciais, mas também não queria ser invadido pela França. 
Portanto, Portugal faz um acordo com a Inglaterra, que dizia que eles continuariam comercializam em 
sigilo, porém se Napoleão descobrisse e fosse invadir Portugal, a Inglaterra teria que escoltar os navios 
da corte portuguesa até o Brasil. 
Quando Napoleão invade Portugal, a corte já estava indo em direção ao Brasil, em 1808, dando início 
do período Joanino, que durou até 1821. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
A CHEGADA DA FAMÍLIA REAL 
 
 
Primeiramente, D. João VI chega em Salvador, na Bahia. Porém, para facilitar a fiscalização do ouro, o 
Marques de Pombal tinha transferido a capital do Brasil para o Rio de Janeiro. 
Então, D. João VI, com certa de 20 mil portugueses, chega ao Rio de Janeiro e vê que não tinha nada, 
que, para se viver ali, mudanças seriam necessárias. Tais mudanças aceleraram transformações que 
levariam à independência. 
 
 
Mudanças imediatas 
 
• Abertura dos Portos, 1808: Rompe o pacto colonial, começa o livre comércio externo. 
• Alvará de liberdade industrial, 1808: Suspende o alvará de 1785, onde proibia a produção de 
manufaturados. Porém, não tinha como competir com manufaturados europeus. 
 
 
Os tratados de 1810, benefícios para Inglaterra 
 
• Tratado de comércio e navegação: As taxas dos produtos ingleses e portugueses eram muito 
inferiores em relação aos dos outros países. 
• Tratado de amizade e aliança: Tolerância religiosa, podia haver o Anglicanismo dos ingleses, além 
disso, os militares ingleses não podiam ser presos no Brasil. 
 
Estrutura administrativa 
 
Como o Brasil tinha uma administração fraca, Portugal precisa criar tudo em 1808, para possibilitar um 
bom governo. Criou: 
• Erário Régio: Controlava os cofres da coroa 
• Intendência geral da polícia da corte: Como haviam muitos nobres circulando pelo Rio de Janeiro, 
criou-se para diminuir o perigo, é a atual Policia Militar. 
• Banco nacional: Banco do Brasil 
 
 Criou uma estrutura política formada por Portugueses e Brasileiros, que formou uma elite política 
Brasileira. 
 
Cultura 
• Escola Cirúrgica da Bahia 
• Imprensa Régia 
• Escola de medicina no Rio de Janeiro 
• Jardim botânico 
• Biblioteca real 1818 
• Real teatro de São João 1813 
• Missão artística francesa, 1816: Escola de arte e ofício, atual museu nacional de Belas Artes. 
Desenvolveu a arte e a ciência no Brasil. 
 
 
41 
 
O congresso de Viena 
 
1815: Com Napoleão derrotado, os países vencedores da Europa se juntam no Congresso de Viena, 
para saber como iria ficar a Europa. 
Para ir ao congresso, o rei deveria estar no centro de seu país, como D. João estava no Brasil, portanto, 
a colônia é elevada à condição de Reino Unido à Portugal e Agarra, podendo assim, ir ao congresso. 
D. João é oficialmente coroado em 1818. 
 
 
Política Externa 
 
Após se estabelecer no Brasil, D. João invade a Guiana Francesa, ficando sob controle de 1808 até 1817, 
quando foi devolvida aos Franceses. 
Com medo de que Rio Grande do Sul e Santa Catarina fossem influenciadas pelas independências que 
estavam acontecendo na américa espanhola, Portugal invade a Província de Cisplatina, 1817-1828. 
 
Política Interna 
 
Revolução Pernambucana (1817) 
A seca de 1816 agravou mais ainda a crise do açúcar, que vinha desde o século 17. 
Com a vinda dos Portugueses, os impostos sob as províncias aumentaram, pois precisava de muito 
dinheiro para desenvolver o RJ, gerando revoltas nessas províncias, que já estavam em más condições. 
Revolução dos Padres: Pessoas locais vs portugueses. 
• Queriam separar Pernambuco e instalar uma República. 
• O movimento se espalhou, ia separar uma boa parte do Nordeste. 
Dura repressão de D. João VI, com o apoio da Inglaterra, gerando mais dívidas. 
 
Revolução liberal do Porto (1821) 
Quando Napoleão foi derrotado, em 1815, os portugueses não queriam mais os Ingleses no comando, 
queriam D. João de volta. 
A sociedade cansou de esperar, tiram os ingleses e os mais ricos do poder, montam uma assembleia e 
uma constituição, que só teria validade se D. João assinasse. 
Queriam que o Brasil voltasse à condição de colônia, e a volta do pacto colonial. 
Quando D. João vai para Portugal, ele deixa seu herdeiro, Pedro, como príncipe regente no Brasil. Foi 
deixado à ele que, caso houvesse a independência do Brasil, ele que faria tal movimento, com isso, a 
família continuaria no poder de qualquer forma. 
A sociedade portuguesa queria que Pedro também voltasse, que ficou, pois foi convencido pela elite 
política brasileira, dia conhecido como Dia do Fico, 07/09/1822. 
 
1822 
Os portugueses mandam os soldados obrigarem Pedro a voltar. Pedro dá o Cumpra-se, onde 
determinava que nenhuma ordem portuguesa teria valor no Brasil 
Durante o percurso entre SP x RJ, Pedro recebe uma carta de sua esposa, em Portugal, dizendo que ele 
voltaria vivo ou morto para lá. 
Pedro se revolta e dá o grito do Ipiranga, onde ele declarava o desejo à independência ― 
‘’Independência ou morte!” 
 
 
 
 
42 
 
Independência do Brasil – Coroação de Pedro (1822) 
 
Houve guerras entre 1822-23, mais concentradas no Norte e no Nordeste, onde estava a maioria dos 
soldados portugueses. 
1823: Última batalha na Bahia, onde metade dos baianos morreram. 
Só o Brasil e o México se tornaram monarquia após a independência, porém o México durou muito 
pouco. 
Para Portugal reconhecer a independência, cobram 2 milhões de libras. Brasil não tinha tal dinheiro, 
pois D. João esvaziou os cofres ao voltar para Portugal. 
Inglaterra faz um empréstimo ao Brasil, que paga Portugal e Portugal por sua vez paga uma parte da 
dívida com sua Inglaterra, em 1825. 
Além do empréstimo, Inglaterra faz duas exigências, aceitas por Pedro: 
• Manutenção dos tratados de 1810 (Menores taxas); 
• Fim do tráfico atlântico de escravos em 1831. 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
 
44 
 
PRIMEIRO REINADO (1822-1831) 
 
A independência veio com D. Pedro I, relativamente pacífica, porém ocorreram confrontos em: Grão-
Pará, Maranhão, Pernambuco, Província de Cisplatina e Bahia. 
A última ocorreu na Bahia, dia 2 de julho, data conhecida como jogo duro, que é feriado na Bahia. 
Maria Quitéria: Primeira mulher no exército, teve grande influência no processo de independência. 
 
 
Reconhecimento da independência (1825) 
 
Em 1823, o presidente dos Estados Unidos, visando o fim do pacto colonial do Brasil, para poder 
comerciar, reconhece a independência do Brasil, onde James Monroe publica a Doutrina Monroe, onde 
defendia os processos de independência da América, ninguém iria recolonizar o continente. 
Como o Brasil era uma grande fonte de renda para Portugal, não queriam sua independência. Inglaterra 
intervêm, pois assim como os EUA, queria a independência do Brasil. 
Portanto, Portugal cobra 2 milhões de libras, fazendo o Brasil usar um empréstimo da Inglaterra, dando 
início à dívida externa 
O dinheiro pago à Portugal volta para a Inglaterra, pois Portugal ainda tinha dívidas gigantes. 
 
 
Assembleia Nacional Constituinte 
 
Foi criada para elaborar uma constituição para o país, tinha influência dos ideais iluministas, com o povo 
e o poder representativo. 
Existiam dois partidos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Obs.: Havia também os radicais, que queriam montar uma República. 
 
 
 
 
• Limitar o poder do rei; 
• Autonomia das províncias; 
• Brasil separado de Portugal; 
• Economia escravista e latifundiária; 
• Poder para elite política. 
 
 
 
 
• Poder fortemente nas mãos do Rei; 
• Quando o pai de Pedro morresse, religar 
Portugal e Brasil; 
• Provínciassem autonomia. 
 
PARTIDO BRASILEIRO PARTIDO PORTUGUÊS 
 
 
45 
 
Projeto constitucional, a “Constituição da Mandioca” (1823) 
 
Limitava o poder do imperador, com a tripartição do poder, o imperador ficaria vinculado ao poder 
executivo. 
Voto censitário, para poder votar, tinha que ter uma renda equivalente à 150 alqueires de mandioca, 
ou seja, o poder ficaria nas mãos de pessoas com muita terra, excluindo os Portugueses também. 
Manutenção do trabalho escravo e zelar pela mão de obra escravista. 
Pedro não aceita essa nova constituição. 
 
 
Golpe de Pedro, a Noite da Agonia (1824) 
 
Pedro impõe sua própria constituição. 
Poder Moderador: Controle do Rei sob os outros 3 poderes; 
Voto censitário: Por renda; 
Catolicismo oficial: Em casa, poderia exercer qualquer religião, porém na rua, era o catolicismo. 
Manutenção do trabalho escravo. 
Como o poder moderador era um elemento de um governo absolutista, o povo, sob influência do 
iluminismo, fica insatisfeitos e as revoltas começam a aparecer. 
 
 
Confederação do Equador, Pernambuco (1824) 
 
Começa em Pernambuco e espalha pelo Nordeste, atingindo o Ceará, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e 
o Rio Grande do Norte. 
Queriam se separar do Brasil e formar um novo país, com uma república, sob a constituição boliviana, 
da Grã-Columbia como exemplo. 
Pedro reprime duramente, matando os líderes do movimento com apoio militar inglês, que gera um 
agravamento das dívidas externas. 
A revolta incluía padres, comercializantes, donos de terras e pobres. 
Frei Caneca e Padre Mororó foram influentes religiosos que foram mortos por fuzilamento. 
 
 
Independência do Uruguai, Província Cisplatina (1825 – 1828) 
 
A província de cisplatina queria a independência do Brasil. 
A guerra dura 3 anos, a Argentina estava envolvida pois queria formar a República da Prata, composta 
pela Argentina, Uruguai e Paraguai, para ter uma expansão territorial. 
Pedro obriga as pessoas a irem para guerra. 
A Inglaterra entra e exige o fim da guerra, Pedro reconhece a independência do Uruguai. 
 
 
 
 
46 
 
Crise política do governo de Pedro 
 
Era considerado muito autoritário; 
Muito gasto e muitos mortos na guerra perdida do Uruguai; 
Falência do Banco Nacional; 
Com os jornais, a crítica só ficava maior. 
Pedro queria reverter sua má imagem, queria convencer o povo que ele era um bom rei. Portanto, 
queria visitar todas as províncias. 
Porém, ao chegar em Minas Gerais, é vaiado e decide voltar para o Rio de Janeiro, onde os Portugueses 
estavam organizando as ruas com enfeites para tentar animar o imperador quando ele chegasse. 
Os brasileiros, revoltados, estragam a festa, dando origem à Noite das Garrafadas, evento que marcou 
a queda de Pedro, ele encontra tudo destruído ao chegar ao rio de Janeiro. 
Pedro então, decide abdicar o trono e ir embora, deixando o trono para seu filho, Pedro de Alcântara, 
que só tinha 5 anos. 
Esse momento marca o fim do primeiro reinado, dando início ao período regencial, onde o poder seria 
do parlamento até a maioridade do menino. 
 
 
 
 
47 
 
PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) 
 
A constituição de 24 dizia que, se o sucessor não estivesse apto para assumir o trono, o parlamento 
governaria até sua aptidão. 
Três pessoas no executivo, o parlamento no legislativo e os juízes no judiciário. 
Como a maior parte do parlamento não estava no rio, os deputados e senadores presentes fizeram um 
governo regencial trino provisório, até que as pessoas voltassem para que houvesse uma eleição para 
decidir o governo regencial trino permanente. 
O Período Regencial foi dividido em quatro partes: Regência trina provisória, permanente, uma de Feijó 
e uma de Araújo Lima. 
Antes, é importante ver a estrutura política partidária: 
 
Estrutura política partidária 
 
 
 
 
 
 
 
PARTIDO BRASILEIRO 
LIBERAIS MODERADOS 
(CHIMANGOS) 
• Autonomia das Províncias; 
• Não queriam república. 
LIBERAIS EXALTADOS 
(FARROUPILHAS) 
• Autonomia das Províncias; 
• Queriam república. 
Em 1836, Pedro morre, então, os Caramurus não tinham mais propósito, uns se juntam aos 
Chimangos e outros aos Farroupilhas, que origina os partidos: 
PARTIDO PROGRESSISTA 
CONSERVADOR 
• Poder centralizado na Corte, que 
daria ordens para as províncias. 
PARTIDO PROGRESSISTA LIBERAL 
• Províncias teriam autonomia sem 
tanta interferência do Estado, 
criariam suas próprias leis. 
Deu origem a: 
PARTIDO PORTUGUÊS/ CARAMURUS/PARTIDO RESTAURADOR 
Queriam a volta de Pedro para o Brasil, para que colocasse algo parecido com o 
absolutismo, era uma sociedade militar. 
 
1840 
PARTIDO CONSERVADOR 
 
PARTIDO LIBERAL 
 
Gabinete da Conciliação (1853-
1858) 
Mais para a frente você verá. 
 
Liberal Radical 
 
Republicano 
 
Liga Progressista 
(1862-1868) 
 
 
 
48 
 
REGÊNCIA TRINA PROVISÓRIA (1831) 
 
 
Comandada por: 
 
 
 
 
 
 
 
Medidas tomadas: 
 
• Convocações para eleições da regência permanente; 
• Reintegração do ministério dos Brasileiros, volta dos que foram demitidos por Pedro; 
• Expulsão dos estrangeiros que eram do exército (Portugueses); 
• Restrições ao poder moderador, ficava sob controle dos três regentes, porém, sem a autoridade total 
do poder moderador; 
• Anistia dos políticos presos: Soltam os presos que foram presos pelos motins pela permanência de 
Pedro, a fim de criar um clima pacífico; 
• Proíbe ajuntamentos noturnos, para evitar conspirações contra o governo; 
• Restabelece os poderes dos brasileiros no país. 
 
Senador Vergueiro 
 
• Liberal dono de terras; 
• dDefendia a autonomia das 
províncias. 
Marquês de Caravelas 
 
• Conservador; 
• Poder concentrado na 
corte. 
Francisco de Lima e Silva 
• Brigadeiro do Exército; 
• Militar renomado. 
 
 
49 
 
REGÊNCIA TRINA PERMANENTE (1831-1834) 
 
 
Os três foram escolhidos estrategicamente, de acordo com a posição geográfica deles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ministro da justiça, Padre Feijó, influenciou nas medidas tomadas, que foram: 
 
• Criação da guarda nacional, 1831: 
O dono de terra poderia agora financiar uma milícia, para evitar revoltas. Essa milícia seria a guarda 
nacional, a força militar local. O dono de terra seria o Coronel da guarda nacional. 
Vários conflitos por ter políticos adversários na mesma província. 
 
• Código de processo criminal, 1832: 
Dava o direito às províncias terem o próprio poder judiciário, cada província tinha seu aparato judiciário. 
 
 
 
 
 
 
 
• Ato adicional de 1834: 
Introduções na constituição de 1824. 
Dividem o RJ em duas partes, onde a cidade do Rio de Janeiro vira um município neutro, sendo a sede 
da corte real. 
A outra parte vira a província do Rio de Janeiro, com um presidente de província e Niterói como capital. 
Autorização das províncias criarem suas próprias leis (assembleia legislativa), desde que não fossem 
contrárias às leis nacionais. 
Conselho de ministro do estado é suspenso, junto com o poder moderador, até que Pedro de Alcantra 
assumisse. 
A regência deixa de ser trina e se torna Una, com Padre Feijó eleito, dando inicio à Regência Una de 
Feijó, 1835 – 1837, de caráter liberal. 
Dava muita liberdade e autonomia para as províncias, muitas revoltas nesse período e por isso, acaba 
renunciando, fazendo com que Araújo Lima assumisse em 1837 até 1840, sendo ele conservador. Araújo 
Lima tem a missão de parar as revoltas e manter a unidade territorial. 
 
O volume e a importância do exército brasileiro diminuem. 
Marquês de Monte Alegre 
• Vivia em São Paulo; 
• Representava o Sul e o 
Sudeste; 
• Fazendeiro de café. 
Francisco de Lima e Silva 
• Militar, para controlar os 
ânimos da administração 
do país. 
João Braulio Muniz 
 
• Vivia no Maranhão; 
• Representava o Norte e o 
Nordeste. 
! 
 
 
50 
 
Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840) 
 
Em 1838 cria o instituto históricoe geográfico brasileiro, o IHGB. Abriu um concurso público para 
escrever a história do Brasil, pois queriam uma identidade nacional, um conceito de nação. 
 
Publicação da interpretação do ato adicional de 1834, em 1840 
Queria cancelar o ato de 1834, a fim de centralizar o poder e evitar que o Brasil se desmembrasse em 
vários países, só manteve as mudanças sobre o RJ. 
As revoltas continuam, em 1840 surge a balaiada no Maranhão, mostrando que as medidas não 
funcionaram. 
 
Golpe da maioridade, o golpe de estado do partido liberal, 1840 
O partido liberal concorda que o poder tinha que estar centralizado. Porém, não da forma que estava 
sendo feito, para centralizar, Pedro teria que assumir o trono, assumindo o poder moderador. 
Pedro tinha apenas 15 anos e foi coroado pelo partido liberal, marcando o golpe, já que não estava 
permitido pela Constituição. 
Como foi o partido liberal que colocou Pedro no poder, certamente Pedro daria vantagens ao partido 
liberal. 
Inicia-se o Segundo Reinado. 
 
Antes, as revoltas regenciais tinham a presença de duas ideias: 
• Antilusitanismo: Contra os Portugueses e seu domínio no comércio e na política. 
• Haitianismo: Em 1794, os escravos/negros (99% da população) do Haiti exigem que a lei da abolição 
fosse cumprida, o que gera uma grande repercussão na américa, influenciando muitos negros. 
 
 
Revolta dos Malês, Bahia (1835) 
 
Revolta de escravos, 60% da Bahia era composta por negros e muitos deles viviam ao ganho, onde 
realizavam trabalhos pela cidade para pagar semanalmente pela liberdade. 
As relações entre esses escravos ficavam cada vez melhores, pois possuíam contato direto. Os Malês, 
que eram escravos muçulmanos, tinham mais facilidade para comunicação, pois sabiam ler e escrever em 
Árabe. 
A revolta: 
Organizada pelos malês, juntou certa de 1500 pessoas, sob influência do haitianismo. 
Queriam eliminar os brancos de Salvador e formar um Califado. 
Acabariam com a escravidão somente dos Malês. 
Mesmo com o contato em árabe, foram dedurados, sendo duramente reprimidos pela polícia. 
 
 
 
 
51 
 
Cabanagem, Grão-Pará (1835-1840) 
 
Forte influência do antilusitanismo 
Batista campos era um jornalista que criticava fortemente o presidente da província, afirmando que ele 
beneficiava os Portugueses. 
Batista é preso e foge, indo para a fazendo de Felix Malcher para se esconder e encontra os irmãos 
Vinagre, Manuel, Francisco e Antônio. 
Quando a polícia chega na fazendo, há uma resistência, gerando a morte de Manuel e Batista, prisão de 
Félix e fuga de Francisco e Antônio, que buscaram reforço com Eduardo Angelim e os Cabanos 
Cabanos: viviam em cabanas nas margens do rio Amazonas e afluentes. 
Com o apoio de Eduardo e dos Cabanos, Francisco e Antônio montam uma força e invadem a capital, 
Belém, tiram o presidente do poder e soltam Félix, colocando-o no poder, Francisco se torna chefe das 
armas. 
O movimento ganha um caráter separatista, pois há a luta contra as forças do governo central e 
assumem a região, porém, houve um impasse. Francisco, Antônio e Eduardo dizem que Félix é um traidor, 
pois este estava beneficiando os grandes fazendeiros, fazendo descaso dos pobres. 
Francisco assume após a prisão e morte de Félix. 
Quando o governo regencial envia tropas, Francisco tenta um acordo com o governo regencial, mesmo 
com Eduardo e Antônio não concordando. Francisco é enganado e preso pelo governo regencial, mesmo 
assim, as guerras duram mais 2 anos, com uma repressão dura do governo, com cerca de 20 mil mortos. 
A revolta começa na regência de Feijó e termina na de Araújo Lima. 
 
 
Farroupilha, Rio Grande do Sul (1835-1845) 
 
Movimento que defendia os interesses dos grandes estanceiros, que eram donos de fazendas com 
milhares de cabeças de gado, que vendiam para a região Sul e Sudeste, eram da elite. 
Começaram a ter problemas com o governo, pois com o aumento da carga tributárias, o preço do 
charque (carne salgada) argentino era menor que o nacional, havendo assim, um pedido do aumento dos 
impostos sob a carne da Argentina, para que o Rio Grande do Sul vendesse mais. 
Tiveram o pedido negado, RS se separa e funda a República Rio-Grandense/do Piratini, com o líder 
Bento Gonçalves. 
Bento é preso e mandado para salvador em 1836, mas fugiu durante a revolta do forte. Voltando para 
o RS, foi proclamado presidente da república e inspirou Santa Catarina a fazer o mesmo, que fundou a 
República Juliana. 
Como era um movimento comandado por ricos, os mesmos podiam pagar para ter uma boa força militar 
e, além disso, libertaram escravos para servirem ao exército, por isso a revolta era difícil de ser reprimida. 
O movimento segue até o segundo reinado, tendo fim quando o Barão de Caxias liderou as tropas 
imperiais, sendo nomeado Duque de Caxias. 
Após a derrota, fizeram o Tratado de Poncho Verde, um acordo entre RS e o governo. 
• Revoltosos não seriam punidos 
• Aumento do imposto do charque Argentino 
• Os escravos libertos continuariam livres 
• Os soldados do exército do RS teriam as mesmas patentes no exército do Brasil 
Portanto, o governo pôs fim à revolta e os revoltosos conseguiram o que queriam. 
 
 
 
52 
 
Sabinada, Bahia (1837-1838) 
 
Movimento separatista, republicano e federalista, com autonomia das províncias. 
Com Araújo Lima, conservador, no poder, os políticos da Bahia, que eram liberais, liderados pelo médico 
Francisco Sabino, iniciam um processo para separar a Bahia do Brasil, pois não queria os conservadores 
no poder. 
A revolta dos militares no forte, com adesão das classes médias urbanas da Bahia, iniciou o processo 
de separação, foi reprimida, com muitas prisões e poucas mortes, além da fuga de Bento Gonçalves. 
 
 
Revolta da Balaiada, Maranhão (1838-1841) 
 
Com o poder conservador, conflitos com os liberais são gerados no Maranhão. 
Quando o presidente de província convoca de forma arbitrária os trabalhadores que estavam com 
Raimundo Gomes, que trabalhava para um liberal, Raimundo não aceita e é preso, gerando uma grande 
revolta com o presidente. 
A economia estava ruim, pois não dava para competir com o algodão dos EUA, que gerou queda no 
salário e um aumento da exploração da mão de obra. 
A ação do presidente leva os liberais a incentivar os trabalhadores a invadir a prisão e soltar os presos, 
desestabilizando o governo do Maranhão, muitos aderem ao movimento, como Negro Cosme e Manuel 
Ferreira, os políticos liberais ganham tanto apoio popular que queriam reprimir o povo depois, mas havia 
tanta gente que conseguiram tomar várias cidades, inclusive uma das mais importantes, Vila de Caxias. 
Como Maranhão estava muito violento, o governo manda Luís Alves de Lima e Silva com suas tropas, 
eles derrotam os Balaios e reassumem Caxias, após uma dura repressão. 
Luís é nomeado como Barão de Caxias e depois, na farroupilha, Duque de Caxias. 
 
 
 
53 
 
SEGUNDO REINADO: CONSOLIDAÇÃO (1841-1853) 
 
 
Com a centralização política somada à experiência e maturidade do imperador, a instabilidade política 
do Brasil acaba em 1853, por conta de suas sábias decisões políticas que foram tomadas. Com isso, há a 
consolidação do poder monárquico no Brasil. 
 
Golpe da Maioridade em 1840: 
Pedro estava sob tutela dos liberais, com isso, certamente ele iria favorecer esse partido, colocando-os 
no conselho de estado, ou seja, o controle administrativo seria dos liberais. 
É chamado de golpe pois quebram a Constituição. 
Pedro assume o trono em 1841 e convoca as eleições para o parlamento, conhecida como eleições do 
cacete, pois os políticos liberais obrigavam as pessoas a votarem neles. 
Com os liberais assumindo o poder, os conservadores buscam os jornais e arranjam uma grande 
confusão, o que leva Pedro a cancelar as eleições e substituir o gabinete ministerial liberal por um 
conservador. 
Com tudo isso, reações liberais são geradas no país. 
 
 
Reações liberais

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