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PUR II - Plano Diretor - Regiao Central de Goiania

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA 
GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II 
Plano Diretor e Leis Complementares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
Dezembro de 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II 
Plano Diretor e Leis Complementares 
 
 
Plano Diretor e Leis Complementares elaborado para 
a Região Central de Goiânia, fundamentado em 
Diagnósticos da Realidade local. Desenvolvido na 
disciplina de Planejamento Urbano e Regional II, 
apresentado ao 8° e 9º períodos da graduação em 
Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Alves 
Faria (UNIALFA). 
 
Prof. Esp.: Artur Basílio Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
Dezembro de 2019 
 
CORPO TÉCNICO 
 
 
Da Conceituação e Objetivos Gerais 
Dos Serviços Sociais 
Lei de Uso do Solo 
 
João Marcos Martins 
Kerolayne Oliveira Santos 
Letícia Gabriela de Lima 
Mirian de Souza Vicente 
Nathalia de Oliveira Guimarães 
 
 
Do Desenvolvimento Econômico 
Do Patrimônio Ambiental, Histórico e Cultural 
Do Sistema de Gestão da Política Urbana 
 
Elaine R. S. de Lima 
Giovanna Rodrigues Gomes 
Patrícia Cabral S. Souza 
Rafaella Monteiro Koch 
Thatyanne Ribeiro Moraes 
Jonatas Vaz Oliveira 
 
 
Lei da Área de Preservação Permanente 
Do Saneamento Ambiental 
Da Política Pública 
 
Joyce Karolinne Fortunato 
Johnathan Henrique Costa Oliveira 
Larissa de Oliveira Lima 
Marciene Moraes de Sousa 
Wanessa Ferreira Santos 
 
 
 
Da Mobilidade 
Lei Outorga Onerosa do Direito de Construir 
Lei de Distribuição de Equipamentos Públicos 
 
Euryces Bergsten S. Santana 
Gabriel Henrique Barbosa da Silva 
Gidel Soares Lacerda 
Gustavo Henrique Segala 
João Pedro S. Matos 
 
Da Habitação 
Dos Instrumentos do Plano Diretor 
 
Ana Carolina F. Martins 
Clayton José Martins de Jesus 
Geovanna Moreira Gomes de Sousa 
Hudson Borges 
Sara Lina Oliveira Santos Alves 
Thalita Figueredo Lima 
 
 
Lei Complementar: Projeto Diferenciado de Urbanização 
Introdução e Disposições Finais 
Organização e Diagramação Visual 
 
Gabrielly Luíza O. do E. Santo 
Laryssa Lisboa Lobo 
Max Lorran Oliveira de Freitas 
Natalia Torres Arruda 
Julio Cezar Dias Afonso 
Stephanny Souza da Silva 
Tatyanna Pereira 
Wesllayne Xavier dos Santos
 
SUMÁRIO 
 
LISTA DE SIGLAS .............................................................................................................................................. 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 1 
PLANO DIRETOR, REGIÃO CENTRAL, 2019 ...................................................................................................... 3 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ......................................................................................................................... 3 
CONCEITO ........................................................................................................................................................... 3 
OBJETIVOS GERAIS .............................................................................................................................................. 3 
POLÍTICA URBANA ......................................................................................................................................... 4 
HABITAÇÃO ................................................................................................................................................... 6 
DA HABITAÇÃO .................................................................................................................................................... 6 
DAS ZONAS DE INTERESSE SOCIAL ....................................................................................................................... 7 
DA PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL ................................................................................... 7 
DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA ......................................................................................................................... 9 
DO DIREITO DE SUPERFÍCIE ........................................................................................................................... 10 
DA CONCESSÃO DO DIREITO REAL DE USO (CDRU) ...................................................................................... 11 
DA ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL .................................................................................................... 12 
DO FUNDO MUNICIPAL DE INTERESSE SOCIAL .................................................................................................. 13 
SANEAMENTO AMBIENTAL ......................................................................................................................... 13 
DO FUNDO MUNICIPAL DE INTERESSE SOCIAL .................................................................................................. 15 
MOBILIDADE ............................................................................................................................................... 16 
COMPATIBILIDADE DO PLANO DE MOBILIDADE URBANA COM OS DEMAIS PLANOS MUNICIPAIS ............. 17 
COMPATIBILIDADE DO PLANO DE MOBILIDADE URBANA COM O PLANO DIRETOR .................................... 17 
DA POLÍTICA NACIONAL DE MOBILIDADE URBANA (LEI 12.587) ....................................................................... 21 
DAS ATRIBUIÇÕES .............................................................................................................................................. 21 
DAS DIRETRIZES PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS SISTEMAS DE MOBILIDADE URBANA ...................... 22 
DOS INSTRUMENTOS DE APOIO A MOBILIDADE URBANA ................................................................................. 23 
DA ESTRATÉGIA DE MOBILIDADE, ACESSIBILIDADE E TRANSPORTE ............................................................. 24 
DOS ESTUDOS DE IMPACTO .......................................................................................................................... 26 
SERVIÇOS SOCIAS ........................................................................................................................................ 28 
OBJETIVOS E DESENVOLVIMENTO .................................................................................................................... 28 
 
DA EDUCAÇÃO .............................................................................................................................................. 28 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ................................................................................................................................ 29 
DA SAÚDE ..................................................................................................................................................... 30 
DA CULTURA ................................................................................................................................................. 31 
DO ESPORTE E LAZER .................................................................................................................................... 32 
DA SEGURANÇA PÚBLICA .............................................................................................................................. 33 
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ............................................................................................................... 34 
DO SETOR PÚBLICO PARA DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO...................................................................... 36 
DO SETOR PRIVADO COM DIREITO DE CONCESSÃO DE USO ........................................................................ 36 
DA POLÍTICA DE INCENTIVO DE ALTERAÇÃO DE USODO SOLO .................................................................... 38 
DAS ESTRATÉGIAS DE POTENCIALIDADE ........................................................................................................... 40 
HOTÉIS - NO SETOR OESTE E NA REGIÃO DA 44 (PÓLO DE CONFECÇÃO) ..................................................... 40 
EDDIFÍCIOS GARAGENS ................................................................................................................................. 41 
ESPECIAL IMPLANTAÇÃO DE ZEIS (NO TERRENO DA ATUAL PECUÁRIA) ...................................................... 42 
CONCESSÃO DE PARQUES ............................................................................................................................. 44 
PATRIMÔNIO AMBIENTAL, HISTÓRICO E CULTURAL ..................................................................................... 46 
SISTEMA DE GESTÃO DA POLÍTICA URBANA ................................................................................................ 52 
DO FUNDO DE DESENVOLVIMENTO URBANO ................................................................................................... 55 
GRUPO DE ANÁLISE E APROVAÇÃO DE PROJETOS HABITACIONAIS – GRAPROHAB .......................................... 57 
IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO – IPTU .......................................................................................... 63 
INSTRUMENTOS DO PLANO DIRETOR .......................................................................................................... 66 
DOS INTRUMENTOS GERAIS .............................................................................................................................. 66 
DA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO EM TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA ................................................... 67 
DO DIREITO DE PREEMPENÇÃO ......................................................................................................................... 69 
TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR ................................................................................................... 70 
OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS ............................................................................................................ 71 
DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................................................................... 72 
LEI DE USO DO SOLO ................................................................................................................................... 87 
DOS EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO ....................................................................................................... 88 
DA MACRO REDE VIÁRIA BÁSICA .................................................................................................................. 89 
DA PROMOÇÃO DA MORADIA ...................................................................................................................... 89 
DAS ÁREAS DE PROGRAMAS ESPECIAIS ............................................................................................................. 90 
DAS NORMAS ESPECÍCIAS ................................................................................................................................. 91 
 
DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA A MACROZONA CONSTRUÍDA ................................................................. 91 
DO CONTROLE DAS ATIVIDADES ................................................................................................................... 91 
DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS ............................................................................................................... 92 
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS .......................................................... 92 
DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR .................................................................................. 93 
DA OUTORGA ONEROSA DA ALTERAÇÃO DE USO ........................................................................................ 94 
DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR ......................................................................................... 94 
LEI DE OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR .............................................................................. 96 
LEI DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE ............................................................................................. 98 
CONCIENTIZAÇÃO À AREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE .......................................................................... 98 
REGULARIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE MORADIAS .............................................................................................. 98 
EM AREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE ..................................................................................................... 98 
ESTRATÉGIAS DA PRESERVAÇÃO ....................................................................................................................... 99 
E REVITALIZAÇÃO AMBIENTAL .......................................................................................................................... 99 
DAS ESTRATEGIAS ........................................................................................................................................... 101 
DA PRIVATIZAÇÃO DAS AREAS AMBIENTAIS ................................................................................................... 101 
LEI DE DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PÚBLICOS ............................................................................... 102 
DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS ......................................................................................................................... 102 
LEI DE PROJETO DIFERENCIADO URBANÍSTIDO .......................................................................................... 108 
CARACTERIZAÇÃO ........................................................................................................................................... 108 
ORDENAMENTO (INFRAESTRUTURA BASICA) ................................................................................................. 109 
IMPLEMENTAÇÃO ........................................................................................................................................... 111 
ANEXOS .................................................................................................................................................... 114 
APÊNDICES ................................................................................................................................................ 122 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................ 169 
GLOSSÁRIO ............................................................................................................................................... 171 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
AEIS – Área Especial de Interesse Social 
AGEHAB – Agência Goiana de Habitação 
AGT – Agremiação Goiana de Teatro 
AMMA – Agência Municipal do Meio Ambiente 
ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres 
APP – Área de Proteção Permanente 
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica 
ART. – Artigo 
ASSESGO – Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás 
AV. – Avenida 
BRT - Bus Rapid Transit (sigla em inglês para Ônibus rápido de trânsito) 
CAIS – Centro de Atenção Integrada à Saúde 
CBM – Corpo de Bombeiros Militar 
CEPAL – Centro Popular de Abastecimento e Lazer 
CEROF – Centro de Referência em Oftalmologia 
CMEI – Centro Municipal de Educação Infantil no Brasil 
COMURG – Companhia de Urbanização de Goiânia 
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente 
CRAS – Centro de Referência de Assistência Social 
CRER – Centro de Reabilitação 
DCEs – DiretórioCentral dos Estudantes 
DECON – Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do 
Estado de Goiás 
DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito 
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes 
DPH – Departamento de Patrimônio Histórico 
EIT – Estudo de Impacto de Trânsito 
EIV – Estudo de Impacto de vizinhança 
FCA – Ficha de Caracterização da Atividade 
FMDU – Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano 
FMHIS – Conselho Municipal do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social 
GO – Goiás 
GRAPROHAB – Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais 
 
GYN – Goiânia 
IAT – Instituto Anísio Teixeira 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IFG – Instituto Federal de Goiás 
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 
IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano 
JUCEG – Junta Comercial do Estado de Goiás 
LOT – Loteamento 
MMA – Ministério do Meio Ambiente 
MME – Ministério de Minas e Energia 
MP – Ministério do Planejamento 
MUDG – Mapa Urbano Digital de Goiânia 
PBA – Plano Básico Ambiental 
PDD – Plano Diretor Democrático 
PDMU – Plano Diretor de Mobilidade Urbana 
PDU – Projeto Diferenciado de Urbanização 
PEUC – Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios 
PM – Polícia Militar 
PNMA – Política Nacional do Meio Ambiente 
PPP – Parceria Público-Privada 
PUC – Pontifícia Universidade Católica 
RIT – Relatório de Impacto da Vizinhança 
SANEAGO – Companhia Saneamento de Goiás 
SDI - Secretaria de Desenvolvimento da Infraestrutura 
SECIMA – Secretaria de Meio Ambiente 
SEDUCE - Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte 
SEGES – Secretaria de Gestão 
SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos 
SEMAD – Secretaria Municipal de Administração 
SEPLAM – Secretaria de Planejamento Municipal 
SEPLANH – Secretária Municipal de Planejamento Urbano e Habitação 
SEST – Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais 
SETIC – Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação 
SGP – Secretaria de Gestão de Pessoas 
SISNAMA – Sistema Municipal do Meio Ambiente 
 
SME – Secretaria Municipal de Educação e Esporte 
SMT – Secretaria Municipal de Trânsito 
SNUC – Sistema Nacional de Unidades Conservação 
SOF – Secretaria de Orçamento Federal 
SPU – Secretaria do Patrimônio da União 
SUAS – Sistema Único de Assistência Social 
SUS – Sistema Único de Saúde 
TER – Termo de Referência Específico 
UFG – Universidade Federal de Goiás 
VGV – Valor Geral de Vendas 
ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho trata-se do resultado final do processo desenvolvido nas matérias de 
Planejamento Urbano e Regional I e II para a confecção do Plano Diretor Municipal na região 
Central de Goiânia. O Plano Diretor é o mecanismo legal que visa orientar a ocupação do solo 
urbano, tomando por base um lado de interesses coletivos e difusos tais como a preservação 
da natureza e da memória, e de outro os interesses particulares de seus moradores, é 
normatizado pela Lei Federal n.º10.257/01. 
Tal mecanismo é desenvolvido dentro da multidisciplina técnica e política, 
planejamento urbano, dedicado ao controle do uso da terra e desenho do ambiente urbano. 
Dentro das diversas disciplinas, elas são direcionadas a saneamento básico, meio ambiente, 
habitação, mobilidade urbana e entre outros. 
Através das etapas anteriores, pelas informações coletadas nos mapas, identificamos 
os problemas e potencialidades das áreas urbanas, nas quais foram divididas em áreas 
menores levando em consideração as características do território. Estas informações serviram 
como ponto de referência para a criação das macrozonas, onde há características parecidas. 
Assim criou-se propostas para as macrozonas. 
Nesta etapa elaboraremos o plano diretor, na qual irá explicitar a política urbana, 
restringir e estabelecer os objetivos, diretrizes e normas a serem aplicados na cidade objeto 
de estudo, assim como em leis complementares também. Com o auxílio das orientações 
contidas no Estatuto da Cidade e na cartilha “Cidade pra Gente” (parte 02) do Governo do 
Estado de Goiás, o atual Plano Diretor Municipal de Goiânia e das leis complementares atuais. 
 
 
 
 
 
 2 
 
PLANO DIRETOR 
REGIÃO CENTRAL DE GOIÂNIA 
 
 
02 de dezembro de 2019 
 
 3 
 
 
PLANO DIRETOR, REGIÃO CENTRAL, 2019 
LEI COMPLEMENTAR A LEI Nº 171, DE 29 DE MAIO DE 2007, MUNICÍPIO DE GOIÂNIA 
 
 
Dispõe sobre o Plano Diretor e o processo de 
planejamento urbano da Região Central do 
Município de Goiânia e outras providências. 
 
 
 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
CAPÍTULO I 
CONCEITO 
 
Art. 1 | O plano diretor tem com premissa o caráter multidisciplinar das legislações que atuam 
no território da cidade, em alinhamento com os demais planos diretores 
complementares, pautados na Política Nacional de Mobilidade Urbana, Política 
Nacional de Meio Ambiente, Política Nacional de Saneamento Básico entre outros, e 
propor soluções às demandas levantadas no artigo anterior. 
 
 
CAPÍTULO II 
OBJETIVOS GERAIS 
 
Art. 2 | São objetivos gerais do Plano Diretor de Goiânia: 
I . fazer cumprir a função social da cidade e das propriedades urbana; 
II . promover a inclusão social; 
III . garantir a gestão democrática; 
IV . promover a preservação e recuperação do meio ambiente, buscando a integração e a 
sustentabilidade, de forma a melhorar a qualidade de vida urbana; 
artur.bferreira
Realce
 
 4 
V . tornar a Cidade de Goiânia um centro de atratividade da região, com a implementação 
dos programas e projetos contidos neste plano; 
VI . garantir uma gestão eficaz e eficiente; 
VII . promover o desenvolvimento sustentável da cidade; 
VIII . promover o adequado uso e ocupação do solo urbano, garantindo qualidade 
paisagística, urbanística e a preservação dos bens socioambientais; 
IX . promover reconhecimento, preservação e restauração dos patrimônios culturais; 
 
 
TÍTULO II 
POLÍTICA URBANA 
 
Art. 3 | A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções 
sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: 
I . Garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à 
moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos 
serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações, sendo 
melhor abordados nos itens da Habitação, do Saneamento Ambiental, da Mobilidade, 
dos Serviços Sociais, do Desenvolvimento Econômico, do Patrimônio Ambiental, 
Histórico e Cultural e do Sistema de Gestão da Política Urbana deste plano diretor; 
II . Gestão democrática por meio da participação da população e de associações 
representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e 
acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; 
III . Cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade 
no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social, de acordo com as 
diretrizes a serem abordadas no item do Desenvolvimento Econômico deste plano 
diretor; 
IV . Planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população 
e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, 
de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos 
negativos sobre o meio ambiente, em alinhamento com os planos diretores 
complementares sendo melhor abordados nos itens da Habitação, do 
Desenvolvimento Econômico, bem como a Lei Complementar de Uso do Solo deste 
plano diretor; 
 
 5 
V . Oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos 
adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais, 
em alinhamento com os planos diretores complementares sendomelhor abordados no 
item da Mobilidade deste plano diretor; 
VI . Ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: 
a . a utilização inadequada dos imóveis urbanos; 
b . a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; 
c . o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação 
à infraestrutura urbana; 
d . a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como polos 
geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente; sendo 
equalizado de acordo com as diretrizes da Operação Urbana Consorciada, sendo 
melhor abordada no item da Habitação e do Desenvolvimento Econômico deste plano 
diretor; 
e . a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não 
utilização; aplicando entre outros instrumentos o IPTU progressivo, sendo melhor 
abordado no item da Habitação deste plano diretor. 
f . a deterioração das áreas urbanizadas; 
g . a poluição e a degradação ambiental; 
h . a exposição da população a riscos de desastres. 
 
VII . Adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos 
públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os 
investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes 
segmentos sociais; fazendo uso do fundo municipal de desenvolvimento para 
distribuição dos recursos, sendo melhor abordado no item do Sistema de Gestão da 
Política Urbana deste plano diretor; 
VIII . audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de 
implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos 
sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população; 
sendo melhor abordado no item do Sistema de Gestão da Política Urbana deste plano 
diretor; 
IX . regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa 
renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e 
ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população 
 
 6 
e as normas ambientais; sendo melhor abordada no item dos Serviços Sociais deste 
plano diretor; 
X . isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de 
empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o 
interesse social. 
XI . garantia de condições condignas de acessibilidade, utilização e conforto nas 
dependências internas das edificações urbanas, inclusive nas destinadas à moradia e 
ao serviço dos trabalhadores domésticos, observados requisitos mínimos de 
dimensionamento, ventilação, iluminação, ergonomia, privacidade e qualidade dos 
materiais empregados. 
 
 
TÍTULO III 
HABITAÇÃO 
 
CAPÍTULO I 
DA HABITAÇÃO 
 
Art. 4 | A Política Municipal de Habitação tem por objetivo orientar as ações do Poder Público 
e da iniciativa privada, propiciando a garantia à moradia digna como exercício dos 
direitos sociais, o cumprimento da função social da propriedade, e o incentivo as ações 
que visam a implementação da habitação, voltadas para o conjunto da população, 
priorizando famílias de menor renda. 
 
§ único . Considera-se como moradia digna1, qualquer forma de habitação que exerça o direito 
social a moradia, atendendo a critérios mínimos de habitabilidade, adequação cultural, 
acessibilidade, atendimento de serviços públicos e de infraestrutura, e garantia da 
segurança da posse. 
 
Art. 5 | São diretrizes da Política Municipal de Habitação: 
I . Integrar os programas habitacionais com as demais políticas públicas, de gestão 
ambiental, de saneamento básico, de transporte e mobilidade, de saúde, de educação, 
de ação social e de geração de emprego e renda; 
 
1 De acordo com o comentário nº 4 do Comitê sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. 
 
 7 
II . Incentivar o adensamento populacional, através das Operações Urbanas 
Consorciadas ou PDU’s, nas áreas propícias a aplicação desses instrumentos, 
dotadas de equipamentos e infraestrutura completa. 
III . Promover a adequação das ocupações, dotando-as de infraestrutura, saneamento, e 
demais condições de habitabilidade, como condição a regularização fundiária dos 
assentamentos nas faixas de APP (Área de Preservação Permanente), exceto em 
áreas compreendidas como de risco, com aplicação de IPTU Progressivo para 
unidades não caracterizadas como ocupação de baixa renda. 
IV . Remover os moradores residentes em áreas insalubres, impróprias, de risco, 
garantindo aos mesmos o remanejamento para os empreendimentos de interesse 
social, através do Programa Minha Casa Minha Vida. 
V . Impedir novas ocupações em áreas compreendidas como áreas de risco, faixas de 
APP (Área de Preservação Permanente), ou áreas resultantes de remoção de 
assentamentos precários ou de ocupação irregular não consolidável, com medidas de 
fiscalização e de educação socioambiental. 
VI . Promover a implantação e/ou adequação das redes de infraestrutura e de 
saneamento, e dos equipamentos complementares à habitação; 
VII . Estimular o adequado aproveitamento de imóveis não edificados, subutilizados ou não 
utilizados, priorizando o uso de moradias. 
VIII . Aplicar instrumentos urbanísticos parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, 
IPTU progressivo e desapropriação por títulos públicos, de forma sucessiva, visando 
à produção habitacional de interesse social nos imóveis não edificados, subutilizados 
ou não utilizados, que possuam infraestrutura em seu entorno. 
IX . Constituir banco de terras destinado à produção de habitação de interesse social; 
X . Apontar as fontes de recursos para viabilizar as ações da política municipal de 
habitação; 
XI . Instituir o Plano Municipal de Habitação de Interesse Social., 
 
 
CAPÍTULO II 
DAS ZONAS DE INTERESSE SOCIAL 
 
SEÇÃO I 
DA PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL 
 
 
 8 
Art. 6 | São considerados empreendimento habitacionais de interesse social, aquele que 
garantir unidades habitacionais destinadas a famílias de baixa renda, em conformidade 
aos critérios estabelecidos pela Lei Federal nº 11.977/2009 - Programa Minha Casa 
Minha Vida. 
I . Prioridade de atendimento às famílias residentes em áreas de risco, insalubres, que 
tenham sido desabrigadas ou que perderam a moradia em razão de enchente, 
alagamento, transbordamento ou em decorrência de qualquer desastre natural do 
gênero; 
II . Prioridade de atendimento às famílias com mulheres responsáveis pela unidade 
familiar; e 
III . Prioridade de atendimento às famílias de que façam parte pessoas com deficiência. 
 
 
Art. 7 | O parcelamento do solo em Zonas Especiais de Interesse Social, com objetivo da 
implantação de empreendimentos habitacionais, em consonância com as diretrizes 
contidas na Lei Federal nº 6.766/1979 - do Parcelamento do Solo Urbano, consistirá 
de infraestrutura básica no mínimo, de: 
I . Vias de circulação 
II . Escoamento das águas pluviais; 
III . Rede para o abastecimento de água potável; e 
IV . Soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. 
 
§ único . O Poder Público municipal poderá facultar ao proprietário de área atingida pela 
obrigação de que trata o caput do art. 6º desta Lei, a requerimento deste, o 
estabelecimento de consórcio imobiliário como forma de viabilização financeira do 
aproveitamento do imóvel. 
 
Art. 8 | O banco de terras para a implantação de empreendimentos habitacionais de interesse 
social será constituído, entre outros: 
I . De áreas disponibilizadas pela União, Estado e Município; 
II . Da aquisição, por doação ou desapropriação, de imóveis para construção de 
empreendimentos habitacionais de interesse social. 
III . Da aquisição, por doação ou desapropriação, de imóveis para construção de 
empreendimentos habitacionais de interesse social. 
 
 
 9 
 
 
CAPÍTULO III 
DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA 
 
Art.9 | Tem como objetivo detalhar e institucionalizar as normas destinadas a nortear a 
regularização fundiária e a urbanização, com total prioridade à população de baixa 
renda, nos termos da lei municipal específica e a urbanização dos espaços públicos, 
com a consequente dotação de equipamentos urbanos comunitários. 
 
Art. 10 | Com base no instrumento do Estatuto das Cidades, da Regularização Fundiária – Lei 
nº 10.257/2001, art. 4, inciso V, alínea “q” - ocorrerá a regularização dos lotes, 
concedendo aos moradores infraestrutura completa e documentos que atribui direito à 
moradia do local. Após instituir a regularização fundiária terá a implantação de 
equipamentos públicos nos espaços vazios com fim de beneficiar a população do 
bairro em questão e dos setores vizinhos. 
 
Art. 11 | O Chefe do Poder Executivo, com base nas prerrogativas previstas no inciso VIII do 
art. 30, da Constituição Federal, na Lei Federal nº 10.257/2001 – Estatuto da Cidade 
e na legislação municipal, deverá reconhecer os assentamentos precários, as posses 
urbanas, e os parcelamentos do solo irregulares, existentes até a data da publicação 
desta Lei, prioritariamente das áreas relacionadas no anexo especial deste Plano 
Diretor, visando sua regularização fundiária: 
I . nas Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS, previstas no inciso x, do art. x, desta 
lei; 
II . a concessão do direito real de uso, além de estabelecido no caput deste artigo, 
atenderá também o Decreto-Lei nº 271/1967 e Medida Provisória nº 2.220/01, quando 
couber; 
III . a concessão de uso especial para fins de moradia; 
IV . a usucapião especial de imóvel urbano; 
V . o direito de preempção; 
VI . a assistência técnica urbanística, jurídica e social gratuita; 
VII . a inclusão no cadastro dos Programas de Habitação de Interesse Social dar-se-á após 
a comprovação por parte da família interessada dos seguintes requisitos: 
a . ser morador há mais de 2 (dois) anos no Município de Goiânia; 
 
 10 
b . não ter renda familiar superior a 5 (cinco) salários mínimos de referência; 
c . não ser proprietário de imóveis; 
d . não ter sido beneficiada em qualquer outro programa habitacional promovido pelo 
Poder Público, seja Municipal, Estadual ou Federal. 
 
Art. 12 | O Executivo Municipal deverá coordenar os diversos agentes envolvidos no processo 
de regularização, como representantes do Ministério Público, do Poder Judiciário, dos 
Cartórios de Registros, dos Governos Estadual e Municipal, bem como dos grupos 
sociais envolvidos visando solucionar e agilizar os processos de regularização 
fundiária. 
 
SEÇÃO I 
DO DIREITO DE SUPERFÍCIE 
 
Art. 13 | Tem como objetivo conceder pelo proprietário do terreno a outrem, a construção e 
utilização durante prazo indeterminado ou determinado, mediante a escritura pública 
registrada no cartório no registro de imóveis. 
§ 1º . Direito a superfície abrange a autorização de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço 
aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a 
legislação urbanística. 
§ 2º . Esta concessão poderá ser gratuita, ou mediante a pagamento de valor fixo à vista ou 
parcelado. 
§ 3º . O superficiário responderá integralmente pelos encargos e tributos que incidirem sobre 
a propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de 
ocupação efetiva, com os encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do 
direito de superfície, salvo disposição em contrário do contrato respectivo. 
§ 4º . O direito de superfície pode ser transferido a terceiros, obedecidos os termos do 
contrato respectivo. 
§ 5º . Por morte do proprietário, os seus direitos transmitem-se a seus herdeiros. 
 
Art. 14 | Com base no art. 23, da seção VII, do Direito de Superfície, Lei nº 10.257/2001 – 
Estatuto das Cidades –, extingue-se do direito de superfície: 
I . pelo advento do termo; 
II . pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo proprietário. 
 
 
 11 
Art. 15 | O Direito de Superfície poderá ser exercido em todo o território municipal. E o Poder 
Público poderá: 
I . exercer o Direito de Superfície em áreas particulares onde haja carência de 
equipamentos públicos e comunitários. 
II . exercer o Direito de Superfície em áreas particulares onde o terreno se encontra 
subutilizado, com fins de construção de Habitações de Interesse Social; 
III . utilizar o Direito de Superfície em caráter transitório para remoção temporária de 
moradores de núcleos habitacionais de baixa renda, pelo tempo que durar as obras de 
urbanização do local. 
 
SEÇÃO II 
DA CONCESSÃO DO DIREITO REAL DE USO (CDRU) 
 
Art. 16 | Tem como objetivo, conforme o art. 7 do Decreto nº 271/1967, instituir concessão de 
uso de terrenos públicos ou particulares, remunerada ou gratuita, por tempo 
determinado ou indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de 
urbanização, industrialização, edificação, cultivo de terra, ou outra utilização de 
interesse social. 
§ 1º . A concessão de uso poderá ser contratada, por instrumento público ou particular, ou 
por simples termo administrativo, e será inscrita e cancelada em livro especial. 
§ 2º . Desde a inscrição da concessão de uso, o concessionário fruirá plenamente do terreno 
para os fins estabelecidos no contrato e responderá por todos os encargos civis, 
administrativos e tributários que venham a incidir sobre o imóvel e suas rendas. 
§ 3º . Resolve-se a concessão antes de seu termo, desde que o concessionário dê ao imóvel 
destinação diversa da estabelecida no contrato ou termo, ou descumpra cláusula 
resolutória do ajuste, perdendo, neste caso, as benfeitorias de qualquer natureza. 
§ 4º . A concessão de uso, salvo disposição contratual em contrário, transfere-se por ato 
intervivos, ou por sucessão legítima ou testamentária, como os demais direitos reais 
sobre coisas alheias, registrando-se a transferência. 
 
Art. 17 | É permitida a concessão de uso do espaço aéreo sobre a superfície de terrenos 
públicos ou particulares, tomada em projeção vertical, nos termos e para os fins do 
artigo anterior e na forma que for regulamentada. 
 
 
 12 
Art. 18 | Este decreto não se aplica aos loteamentos que na data da publicação deste decreto-
lei já estiverem protocolados ou aprovados na prefeitura municipal para os quais 
continua prevalecendo a legislação em vigor até essa data. 
 
Art. 19 | Conforme a Lei nº 11.481/2007, no art. 1.225 do Código Civil são direitos reais: 
I . A concessão de uso especial para fins de moradia; 
II . A concessão de direito real de uso. 
 
 
SEÇÃO III 
DA ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL 
 
Art. 20 | Zonas Especiais de Interesse Social são áreas de assentamento destinadas 
prioritariamente para a urbanização e geração de habitação de interesse social. 
 
Art. 21 | Nas Zonas Especiais de Interesse Social será permitido, mediante aprovação do 
Conselho Municipal de Planejamento, Gestão Territorial e Poder Público Legislativo 
Municipal, o estabelecimento de padrões de uso e ocupação diferenciados da 
legislação em vigor. 
 
Art. 22 | As ZEIS têm como objetivo: 
I . Permitir a inclusão urbana de parcelas da população que se encontram a margem do 
mercado legal de terras; 
II . Possibilitar a extensão dos serviços e da infraestrutura urbana nas regiões não 
atendidas; 
III . garantir a melhoria da qualidade de vida isonomia social entre as ocupações urbanas; 
IV . promover o parcelamento do solo para ocupação da área priorizando o uso por 
moradias, de forma a minimizar a especulação imobiliária garantindo a função social 
da propriedade. 
 
Art. 23 | Deverá ser apresentado o Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV), 
contemplando aspectos positivos e negativos do empreendimento. 
 
 
CAPÍTULO IV 
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Realce
 
 13 
DO FUNDO MUNICIPAL DE INTERESSE SOCIAL 
 
Art. 24 | Fica criado o Fundo Municipal de Habitação, constituídode recursos provenientes de: 
I . Recursos próprios do Município; 
II . Repasses ou dotações orçamentarias da União ou do Estado de Goiás a ele 
destinados; 
III . Empréstimos de operações de financiamento internos ou externos; 
IV . Transferências de instituições privadas; 
V . Transferências de entidades internacionais; 
VI . Transferências de pessoas físicas; 
VII . Acordos, contratos, consórcios e convênios; 
VIII . Receitas provenientes de Outorga Onerosa do Direito de Construir; 
IX . Receitas provenientes da Concessão do Direito de Superfície; 
X . Receitas provenientes do Estudo de Impacto de Vizinhança; 
XI . Pagamento em contrapartidas em caso de Operação Urbana Consorciada; 
XII . Receitas advindas do pagamento de prestações por parte dos beneficiários de 
programas habitacionais desenvolvidos com recursos do Fundo; 
XIII . Receitas advindas do pagamento de multas emitidas pelo órgão municipal competente 
por falta de licença de funcionamento de atividades; 
XIV . Rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos próprios; 
XV . Doações; 
XVI . Outras receitas que lhe sejam destinadas por Lei. 
 
Art. 25 | O Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social – FMHIS, será administrado pela 
Gerência da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação – SEPLANH. 
 
Art. 26 | Os recursos destinados ao Fundo Municipal De Habitação deverão ser utilizados na 
implementação da Política Municipal de Habitação, aplicados prioritariamente em 
infraestrutura, equipamentos públicos e Habitação de Interesse Social. 
 
 
TÍTULO IV 
SANEAMENTO AMBIENTAL 
 
 
 14 
Art. 27 | Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes 
princípios fundamentais: 
I . Universalização do acesso; 
II . Integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes 
de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o 
acesso a conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e 
resultados; 
III . abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos 
sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio 
ambiente; 
IV . Disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo 
das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio 
público e privado; 
V . Adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e 
regionais; 
VI . Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de 
combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da 
saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de 
vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante; 
VII . eficiência e sustentabilidade econômica; 
VIII . utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos 
usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas; 
IX . Transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos 
decisórios institucionalizados; 
X . Controle social; 
XI . segurança, qualidade e regularidade; 
XII . integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos. 
 
Art. 28 | Para os efeitos da Lei nº 11.445 - Lei Nacional de Saneamento Básico, considera-se: 
 
§ 1º . Saneamento básico: conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais 
de: 
a . abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e 
instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação 
até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; 
 
 15 
b . esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações 
operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos 
esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio 
ambiente; 
c . limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas 
e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final 
do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias 
públicas; 
d . drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, 
infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de 
transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, 
tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas; 
 
II . Gestão associada: associação voluntária de entes federados, por convênio de 
cooperação ou consórcio público, conforme disposto no art. 241 da Constituição 
Federal; 
III . universalização: ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao 
saneamento básico; 
IV . Controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade 
informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação 
de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de 
saneamento básico; 
V . subsídios: instrumento econômico de política social para garantir a universalização do 
acesso ao saneamento básico, especialmente para populações e localidades de baixa 
renda; 
 
 
CAPÍTULO I 
DO FUNDO MUNICIPAL DE INTERESSE SOCIAL 
 
Art. 29 | A prestação de serviços públicos de saneamento básico observará em paralelo a 
implantação do plano diretor. Será implantado plano municipal de saneamento que 
trará tratativas específicas para essa disciplina. Este plano, que poderá ser específico 
para cada serviço, o qual abrangerá, no mínimo: 
 
 16 
I . Diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema 
de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e 
apontando as causas das deficiências detectadas; 
II . objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas 
soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais 
planos setoriais; 
III . programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo 
compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais 
correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento; 
IV . Ações para emergências e contingências; 
V . mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia 
 
§ 1º. O plano de saneamento básico em conformidade deste plano diretor que trata das 
áreas de APP será sugerido de bacias de detenção de pico de chuvas, levando em 
consideração ao plano municipal de saneamento e as tratativas da politicas nacional 
de resíduos sólidos e saneamento básico e serviços de infraestrutura de drenagem. 
 
§ 2º. As áreas disponíveis para a implantação de bacias de detenção, podem ocupar as 
APP’s ou áreas verdes deste que cumpram a Resolução do CONAMA 369. 
 
 
TÍTULO V 
MOBILIDADE 
 
CAPÍTULO I 
 
Art. 30 | O plano diretor, sendo obrigatório para cidades: 
I . com mais de vinte mil habitantes; 
II . integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; 
III . onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4o do art. 
182 da Constituição Federal; 
IV . integrantes de áreas de especial interesse turístico; 
V . inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo 
impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. 
artur.bferreira
Realce
 
 17 
VI . incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de 
deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou 
hidrológicos correlatos. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012). 
 
 
 
SEÇÃO I 
COMPATIBILIDADE DO PLANO DE MOBILIDADE URBANA COM OS DEMAIS 
PLANOS MUNICIPAIS 
 
Cabe aos municípiospromover e ordenar o desenvolvimento das principais funções 
urbanas: a habitação, o trabalho, o lazer e a circulação, em seus aspectos físico-espaciais, 
socioeconômicos e ambientais, estabelecendo um ordenamento territorial que permita a 
universalização do acesso à cidade e às oportunidades que ela oferece. 
Contudo, o distanciamento entre as políticas de urbanização e de mobilidade urbana, 
não levando em conta a interdependência entre ambos, tende a causar graves problemas do 
ponto de vista da qualidade de vida, da sustentabilidade ambiental, da equidade na apropriação 
da cidade e dos custos sociais e econômicos de funcionamento das cidades. 
 
 
SEÇÃO II 
COMPATIBILIDADE DO PLANO DE MOBILIDADE URBANA COM O PLANO 
DIRETOR 
 
Segundo levantamento específico do IBGE em 2012, 2.658 dentre os 5.565 municípios 
(47,8%) declararam ter um Plano Diretor para a cidade. Por outro lado, 1.598 municípios (29%) 
declararam estar revisando ou elaborando o plano. 
Em geral, os Planos Diretores apresentam um primeiro problema relacionado à 
exagerada setorização dos usos, produzida por um zoneamento estanque que reforça a 
segregação, principalmente da população de baixa renda, e obriga a realização de 
deslocamentos desnecessariamente extensos, demorados e dispendiosos, em função da 
separação total das áreas residenciais (geradoras de demanda) das áreas de comércio e 
serviços e indústrias (que atraem demanda). 
Esta configuração cria uma grande dependência do transporte motorizado, com maiores 
custos sociais e mais externalidades negativas, como já foi visto nesta publicação. 
artur.bferreira
Realce
 
 18 
Densidades desequilibradas de ocupação do território também podem ter efeitos 
perversos na mobilidade. A infraestrutura de transporte público e de circulação motorizada ou 
não, como também a dos demais serviços urbanos, é cara e requer significativos investimentos 
para sua provisão, que são mais bem aproveitados quando realizados nos eixos de concentração 
de demanda, onde beneficiam um maior número de pessoas. Pelo mesmo raciocínio, a gestão 
das políticas urbanas deve estimular o adensamento das atividades em regiões de fácil acesso 
e já dotadas de infraestrutura de serviços, pois manter uma densidade populacional muito baixa 
significa construir uma cidade pouco racional e com altos custos de implantação e manutenção 
dessa infraestrutura. 
Quanto menor a densidade, maior a expansão horizontal da cidade e, 
consequentemente, maiores as distâncias a serem percorridas nas viagens cotidianas. Ao 
contrário, densidades muito altas, sem possibilidade de provisão de infraestrutura, equipamentos 
públicos e serviços em quantidade e qualidade suficiente levam à deterioração da qualidade de 
vida. 
O equilíbrio entre a capacidade de oferta da infraestrutura de mobilidade urbana 
instalada e a densidade de ocupação de cada região da cidade deve ser um dos elementos 
predominantes na determinação dos mecanismos de controle das edificações, especialmente 
dos índices de aproveitamento, das taxas de ocupação, do número de vagas de estacionamento, 
ao lado de outras referências, tais como: preservação do patrimônio histórico, sustentabilidade 
ambiental, desenvolvimento econômico e outras. 
O padrão usual da urbanização brasileira não tem contribuído de forma positiva para a 
estruturação da mobilidade. Comandadas pelo mercado imobiliário, as cidades cresceram 
horizontalmente, segundo um modelo de contínua expansão periférica. A periurbanização se dá 
pela aprovação, licenciamento ou tolerância de novos loteamentos, muito além das áreas 
consolidadas e providas de infraestrutura básica, incorporando glebas cada vez mais distantes, 
portanto, mais baratas, para instalação de novos núcleos habitacionais, enquanto extensas áreas 
vazias intermediárias são reservadas para especulação. 
Este tipo de urbanização atende a dois segmentos econômicos distintos da população: 
enquanto os grupos de baixa renda migram para as periferias na busca de lotes mais baratos, 
segmentos de renda mais elevada fazem o mesmo, na busca de terrenos mais amplos e de 
menor densidade populacional. No primeiro caso, demandam a extensão dos serviços de 
transporte coletivo; no segundo, geram um elevado número de viagens do transporte individual. 
Focadas na mobilidade urbana, as políticas de uso e ocupação do solo deveriam induzir 
à formação de uma cidade mais compacta e sem vazios urbanos, onde a dependência dos 
deslocamentos motorizados fosse minimizada. Ao contrário, na maioria das cidades brasileiras 
 
 19 
há uma quantidade expressiva e inaceitável de terrenos urbanos ociosos em bairros 
consolidados, dotados de infraestrutura e de acessibilidade privilegiada, que são estocados para 
fins de especulação e valorização imobiliária, beneficiando exclusivamente os seus proprietários. 
Os poderes públicos, mais especificamente as administrações municipais, dispõem de 
diversos instrumentos de ordenamento do território que lhes permitem atuar sobre essas 
dinâmicas, se não as controlando, pelo menos procurando orientá-las. Eles podem ser 
classificados em três grandes grupos, cada um incidindo de modo distinto sobre a estrutura 
urbana e a funcionalidade da cidade. 
 
O primeiro deles, não necessariamente em ordem de importância, é o zoneamento, que 
determina os tipos de uso do solo urbano aceitáveis para cada região da cidade (uso residencial, 
comercial, misto, industrial, institucional e áreas especiais). 
Em um segundo grupo, as regras para parcelamento do solo estabelecem os padrões 
para a estrutura fundiária da cidade e que, junto com o plano regulador de uso e ocupação do 
solo, irão definir as densidades desejadas para cada setor urbano da cidade e seus tipos 
edilícios. 
A legislação municipal pode estabelecer critérios para loteamentos, desmembramentos 
ou fracionamentos, desde que sejam obedecidos os padrões estabelecidos na legislação federal. 
Nessas mesmas regras inclui-se, ainda, a fixação dos parâmetros para as conexões e 
hierarquias viárias, fundamentais para a mobilidade urbana ao favorecer os diferentes modos 
motorizados e não motorizados de transporte. 
Por fim, os instrumentos que fixam limites para a ocupação física dos lotes privados, 
determinando a densidade e a tipologia das edificações (altura, volume, taxas de ocupação dos 
lotes, índices de aproveitamento, recuos etc.). 
Estes regramentos urbanísticos se tornam condicionantes da paisagem urbana e 
determinam o potencial construtivo de um lote, permitindo a previsão do volume de viagens a ser 
gerado em cada área da cidade. Outro regramento é o relacionado ao número de vagas para 
automóveis nos estacionamentos dos prédios, sejam eles residenciais ou para fins de comércio 
e serviços, pois o Plano Diretor, ao estabelecer o número mínimo ou máximo de vagas, está 
induzindo maior ou menor motorização. 
A estas normas, aplicáveis principalmente para a produção privada, soma-se a ação 
direta do Poder Público, implantando os equipamentos públicos e os serviços e infraestrutura 
complementar para a mobilidade urbana que permitem a conexão entre as diversas partes da 
cidade. 
 
 20 
Todos estes mecanismos, quando aplicados sobre o espaço urbano público ou privado, 
orientam a produção e o crescimento das cidades, disciplinam a distribuição das atividades 
econômicas e sociais no território e limitam ou estimulam o crescimento horizontal ou vertical da 
cidade, e consequentemente o seu adensamento. Como resultado de tudo isso, determinam os 
padrões presente e futuro da mobilidade urbana, nos quais a estrutura viária tem uma especial 
participação na configuração do desenho das cidades. 
Os Planos Diretores, tradicionalmente, estabelecem diretrizes para a 
expansão/adequação do sistema viário e para o sistema de transporte público. Incorporar a 
mobilidade urbana no Plano Diretor é priorizar, no conjunto de políticas de transporte e 
circulação,a mobilidade das pessoas e não dos veículos, o acesso amplo e democrático ao 
espaço urbano e os meios não motorizados de transporte. 
A mobilidade urbana é ao mesmo tempo causa e consequência do desenvolvimento 
socioeconômico, da expansão urbana e da distribuição espacial das atividades. Além disso, 
deve-se considerar a íntima relação entre infraestrutura, transporte motorizado e o meio 
ambiente. 
O deslocamento de pessoas e mercadorias influencia fortemente os aspectos sociais e 
econômicos do desenvolvimento urbano, sendo a maior ou menor necessidade de 
deslocamentos definida pela localização das atividades na área urbana. 
A grande dificuldade de incorporar a ideia de mobilidade ao planejamento urbano e 
regional contribuiu, ao longo dos anos, para a produção de cidades cada vez mais excludentes 
e insustentáveis do ponto de vista ambiental e econômico. Esta dificuldade se deve talvez ao 
fato de que a infraestrutura viária é fator determinante do planejamento físico e territorial, sendo 
grande o investimento público a ela destinado e a pressão exercida pelo crescimento vertiginoso 
da frota de veículos privados. 
Os principais desafios no uso e na ocupação do solo de uma cidade são: 
• consolidar e regularizar os centros, áreas já ocupadas e as parcelas informais da cidade, 
promovendo maior aproveitamento da infraestrutura existente; 
• controlar a implantação de novos empreendimentos públicos e privados, condicionando-
os a internalizar e minimizar os impactos sobre o ambiente urbano, trânsito e transporte; 
• garantir o uso público do espaço público, priorizando o pedestre, solucionando ou 
minimizando conflitos existentes entre a circulação a pé e trânsito de veículos e 
oferecendo qualidade na orientação, sinalização e no tratamento urbanístico de áreas 
preferenciais para o seu deslocamento; 
• implantar obras e adequações viárias para a viabilidade dos modos de transporte não 
motorizados; 
 
 21 
• priorizar os investimentos e o uso do sistema viário para o pedestre e os meios de 
transporte coletivo, principalmente nas situações de conflito com o transporte individual e 
de carga. 
A consolidação de sistemas de transportes inclusivos, de qualidade e sustentáveis do 
ponto de vista econômico e ambiental passa necessariamente pelo planejamento urbano e 
regional integrado; pela priorização do transporte coletivo, do pedestre e dos modos não 
motorizados; pela restrição ao uso do automóvel e pela participação e conscientização da 
sociedade. A prioridade para o transporte público e os modos não motorizados deve ser 
encarada como elemento fundamental de inclusão social, preservação ambiental, 
desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda. 
O direito à cidade inclui necessariamente a acessibilidade aos serviços públicos, 
trabalho, educação e lazer, sem a qual não é possível se falar em cidadania e saúde. 
 
 
CAPÍTULO II 
DA POLÍTICA NACIONAL DE MOBILIDADE URBANA (LEI 12.587) 
 
• Orientações para a Mobilidade Urbana; 
• Política Tarifária e Regulação do Transporte Público; 
• Direito dos Usuários; 
• Atribuições dos Entes Federativos; 
• Gestão dos Sistemas de Mobilidade Urbana; 
• Planos de Mobilidade Urbana. 
 
 
CAPÍTULO III 
DAS ATRIBUIÇÕES 
 
Art. 31 | São atribuições da União: 
I . prestar assistência técnica e financeira aos Estados, Distrito Federal e Municípios, nos 
termos desta Lei; 
II . contribuir para a capacitação continuada de pessoas e para o desenvolvimento das 
instituições vinculadas à Política Nacional de Mobilidade Urbana nos Estados, 
Municípios e Distrito Federal, nos termos desta Lei; 
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Realce
 
 22 
III . organizar e disponibilizar informações sobre o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana 
e a qualidade e produtividade dos serviços de transporte público coletivo; 
IV . fomentar a implantação de projetos de transporte público coletivo de grande e média 
capacidade nas aglomerações urbanas e nas regiões metropolitanas; 
V . (VETADO); 
VI . fomentar o desenvolvimento tecnológico e científico visando ao atendimento dos 
princípios e diretrizes desta Lei; e 
VII . prestar, diretamente ou por delegação ou gestão associada, os serviços de transporte 
público interestadual de caráter urbano. 
 
§ 1º. A União apoiará e estimulará ações coordenadas e integradas entre Municípios e 
Estados em áreas conurbadas2, aglomerações urbanas e regiões metropolitanas 
destinadas a políticas comuns de mobilidade urbana, inclusive nas cidades definidas 
como cidades gêmeas localizadas em regiões de fronteira com outros países, 
observado o art. 178 da Constituição Federal. 
 
§ 2º. A União poderá delegar aos Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios a 
organização e a prestação dos serviços de transporte público coletivo interestadual e 
internacional de caráter urbano, desde que constituído consórcio público ou convênio 
de cooperação para tal fim, observado o art. 178 da Constituição Federal. 
 
 
CAPÍTULO IV 
DAS DIRETRIZES PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS SISTEMAS DE 
MOBILIDADE URBANA 
 
Art. 32 | O planejamento, a gestão e a avaliação dos sistemas de mobilidade deverão 
contemplar: 
I . a identificação clara e transparente dos objetivos de curto, médio e longo prazo; 
II . a identificação dos meios financeiros e institucionais que assegurem sua implantação 
e execução; 
III . a formulação e implantação dos mecanismos de monitoramento e avaliação 
sistemáticos e permanentes dos objetivos estabelecidos; e 
 
2 Conurbação é a unificação da mancha urbana de duas ou mais cidades, em consequência de seu 
crescimento geográfico. Geralmente esse processo dá origem à formação de regiões metropolitanas. 
 
 23 
IV . a definição das metas de atendimento e universalização da oferta de transporte público 
coletivo, monitorados por indicadores preestabelecidos. 
 
Art. 33 | Consideram-se atribuições mínimas dos órgãos gestores dos entes federativos 
incumbidos respectivamente do planejamento e gestão do sistema de mobilidade urbana: 
I . planejar e coordenar os diferentes modos e serviços, observados os princípios e 
diretrizes desta Lei; 
II . avaliar e fiscalizar os serviços e monitorar desempenhos, garantindo a consecução 
das metas de universalização e de qualidade; 
III . implantar a política tarifária; 
IV . dispor sobre itinerários, frequências e padrão de qualidade dos serviços; 
V . estimular a eficácia e a eficiência dos serviços de transporte público coletivo; 
VI . garantir os direitos e observar as responsabilidades dos usuários; e 
VII . combater o transporte ilegal de passageiros. 
 
§ 1º. Em Municípios acima de 20.000 (vinte mil) habitantes e em todos os demais obrigados, 
na forma da lei, à elaboração do plano diretor, deverá ser elaborado o Plano de 
Mobilidade Urbana, integrado e compatível com os respectivos planos diretores ou 
neles inserido. 
§ 2º. Nos Municípios sem sistema de transporte público coletivo ou individual, o Plano de 
Mobilidade Urbana deverá ter o foco no transporte não motorizado e no planejamento 
da infraestrutura urbana destinada aos deslocamentos a pé e por bicicleta, de acordo 
com a legislação vigente. 
§ 3º. O Plano de Mobilidade Urbana deverá ser integrado ao plano diretor municipal, 
existente ou em elaboração, no prazo máximo de 3 (três) anos da vigência desta Lei. 
§ 4º. Os Municípios que não tenham elaborado o Plano de Mobilidade Urbana na data de 
promulgação desta Lei terão o prazo máximo de 3 (três) anos de sua vigência para 
elaborá-lo. Findo o prazo, ficam impedidos de receber recursos orçamentários federais 
destinados à mobilidade urbana até que atendam à exigência desta Lei. 
 
 
CAPÍTULO V 
DOS INSTRUMENTOS DE APOIO A MOBILIDADE URBANA 
 
 
 24 
Art. 34 | O Poder Executivo da União, o dos Estados, o do Distrito Federal e o dos Municípios, 
segundo suas possibilidades orçamentárias e financeiras e observados os princípios 
e diretrizes desta Lei,farão constar dos respectivos projetos de planos plurianuais e 
de leis de diretrizes orçamentárias as ações programáticas e instrumentos de apoio 
que serão utilizados, em cada período, para o aprimoramento dos sistemas de 
mobilidade urbana e melhoria da qualidade dos serviços. 
§ único . A indicação das ações e dos instrumentos de apoio a que se refere o caput será 
acompanhada, sempre que possível, da fixação de critérios e condições para o acesso 
aos recursos financeiros e às outras formas de benefícios que sejam estabelecidos. 
 
Art. 35 | Para garantir a aplicação da estratégia de mobilidade, acessibilidade e transporte, o 
Poder Público Municipal poderá utilizar os instrumentos de gestão descritos na Lei 
Federal nº 12.587, de 03 de janeiro de 2012, ou sucedânea. 
 
§ único . A Administração Municipal elaborará o Plano Municipal de Mobilidade Urbana, de 
acordo com os prazos e determinações estabelecidos pela legislação federal que 
institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana, bem como os objetivos, as diretrizes 
e as ações constantes nesta Lei Complementar. 
 
 
SEÇÃO I 
DA ESTRATÉGIA DE MOBILIDADE, ACESSIBILIDADE E TRANSPORTE 
 
Art. 36 | A estratégia de mobilidade, acessibilidade e transporte do Município de Goiânia tem 
por objetivo promover ações que garantam a mobilidade e o desenvolvimento urbano 
sustentável, bem como a acessibilidade universal, proporcionando o acesso amplo e 
democrático ao espaço urbano, eliminando ou reduzindo a segregação espacial. 
 
Art. 37 | A implementação da estratégia de mobilidade, acessibilidade e transporte do Município 
dar-se-á por meio das seguintes diretrizes: 
I . promoção da equidade no uso do espaço público; 
II . otimização do uso e ocupação do solo ao longo dos Eixos de Desenvolvimento 
estruturado no transporte coletivo; 
III . melhoria da estruturação do sistema de mobilidade urbana, com a integração entre os 
sistemas de transporte coletivo, ciclo viário, circulação de pedestres e rede viária, 
 
 25 
dotando-o de condições adequadas à acessibilidade universal, à segurança e a 
integração territorial do Município; 
IV . garantia do equilíbrio entre as características das vias e os usos permitidos, como 
ferramenta para o desenvolvimento econômico do Município; 
V . garantia da estruturação física da rede viária básica e outros dispositivos, que 
proporcionem segurança, acessibilidade, conforto e fluidez à circulação das pessoas 
e veículos; 
VI . integração com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais 
de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito 
dos entes federativos; 
VII . priorização dos modos de transporte não motorizados sobre os motorizados e dos 
serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado; 
VIII . estímulo aos meios não motorizados de transporte, valorizando a bicicleta e integrando 
a malha ciclo viária aos modais de transporte coletivo; 
IX . universalização do serviço de transporte coletivo nos deslocamentos urbanos, 
considerando as necessidades específicas dos diversos segmentos da população e 
dos bairros da cidade; 
X . redução dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas 
e cargas na cidade; 
XI . incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico, bem como o uso de energias 
renováveis e menos poluentes nos diferentes componentes do sistema de mobilidade; 
XII . difusão dos conceitos de trânsito seguro e humanizado e de mobilidade sustentável; 
XIII . estímulo do transporte solidário ou compartilhado e a mobilidade corporativa; 
XIV . promoção de estudos para a regulamentação, no âmbito da competência municipal, e 
em articulação com órgãos federais e estaduais, referentes à definição de espaços de 
circulação, instalação de áreas e equipamentos que possibilitem a operação de 
veículos aéreos não tripulados. 
 
Art. 38 | Os entes federativos poderão utilizar, dentre outros instrumentos de gestão do sistema 
de transporte e da mobilidade urbana, os seguintes: 
I . restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou temporário, de veículos 
motorizados em locais e horários predeterminados; 
II . estipulação de padrões de emissão de poluentes para locais e horários determinados, 
podendo condicionar o acesso e a circulação aos espaços urbanos sob controle; 
 
 26 
III . aplicação de tributos sobre modos e serviços de transporte urbano pela utilização da 
infraestrutura urbana, visando a desestimular o uso de determinados modos e serviços 
de mobilidade, vinculando-se a receita à aplicação exclusiva em infraestrutura urbana 
destinada ao transporte público coletivo e ao transporte não motorizado e no 
financiamento do subsídio público da tarifa de transporte público, na forma da lei; 
IV . dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de transporte 
público coletivo e modos de transporte não motorizados; 
V . estabelecimento da política de estacionamentos de uso público e privado, com e sem 
pagamento pela sua utilização, como parte integrante da Política Nacional de 
Mobilidade Urbana; 
VI . controle do uso e operação da infraestrutura viária destinada à circulação e operação 
do transporte de carga, concedendo prioridades ou restrições; 
VII . monitoramento e controle das emissões dos gases de efeito local e de efeito estufa 
dos modos de transporte motorizado, facultando a restrição de acesso a determinadas 
vias em razão da criticidade dos índices de emissões de poluição; 
VIII . convênios para o combate ao transporte ilegal de passageiros; e 
IX . convênio para o transporte coletivo urbano internacional nas cidades definidas como 
cidades gêmeas nas regiões de fronteira do Brasil com outros países, observado o art. 
178 da Constituição Federal. 
 
 
SEÇÃO II 
DOS ESTUDOS DE IMPACTO 
 
Art. 39 | As construções, ampliações, instalações, modificações e operações das edificações 
dos empreendimentos definidos nesta seção, estarão sujeitos à avaliação prévia, por 
parte do órgão municipal competente, dos estudos ambientais, do Estudo de Impacto 
de Trânsito (EIT) e do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), juntamente com seus 
respectivos relatórios, nos casos cabíveis. 
 
SUBSEÇÃO I 
DO ESTUDO DE IMPACTO DE TRÂNSITO 
 
Art. 40 | Os empreendimentos, públicos ou privados, considerados polos geradores de tráfego 
no art. 251 desta Lei Complementar, dependerão de elaboração prévia de Estudo de 
 
 27 
Impacto de Trânsito (EIT) para obter as licenças ou autorizações de construção, 
ampliação ou funcionamento. 
 
§ único . Lei específica disciplinará o conteúdo, a aplicação e as condições a serem observadas 
na elaboração do EIT e respectivo Relatório de Impacto de Trânsito (RIT). 
 
Art. 41 | Entende-se por EIT e RIT, os instrumentos capazes de definir os impactos e 
estabelecer as medidas mitigadoras e/ou compensatórias decorrentes da implantação 
de polos geradores de tráfego pelo órgão municipal competente. 
 
§ único . Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIT, que ficarão disponíveis para 
consulta. 
 
Art. 42 | A elaboração do EIT não substituirá a elaboração e a aprovação de estudos ambientais 
e do EIV, requeridas nos termos da legislação ambiental e urbanística. 
 
Art. 43 | Considerar-se-ão os seguintes empreendimentos de impacto, públicos ou privados, 
como polos geradores de tráfego: 
a . empreendimento classificado como macroprojeto; 
b . centro de abastecimento, mercado, supermercado e hipermercado com área 
efetivamente ocupada superior a 2.000 m² (dois mil metros quadrados); 
c . estabelecimento de ensino, com área ocupada superior a 2.000 m² (dois mil metros 
quadrados) e/ou acima de 600 (seiscentos) alunos por turno ou período; 
d . terminal de carga ou de passageiros; 
e . estação férrea ou de metrô; 
f . projeto diferenciado de urbanização; 
g . parcelamento do solo urbano de acesso controlado;h . habitação seriada ou coletiva com mais de 300 (trezentas) vagas de estacionamento; 
i . demais empreendimentos previstos em lei específica. 
 
§ único . Exigir-se-á a apresentação do EIT/RIT dos projetos com polos geradores de tráfego 
que, com reformas e/ou acréscimos, alcançarem a qualquer dos índices estabelecidos 
nos incisos de I a IX deste artigo. 
 
 
 28 
Art. 44 | Lei 10.257/2001, art. 3º, compete à União, entre outras atribuições de interesse da 
política urbana: 
I . legislar sobre normas gerais de direito urbanístico; 
II . legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do 
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional; 
III . promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, programas de construção de moradias e melhoria das condições 
habitacionais, de saneamento básico, das calçadas, dos passeios públicos, do 
mobiliário urbano e dos demais espaços de uso público; (Redação dada pela Lei nº 
13.146, de 2015) - (Vigência). 
IV . instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento 
básico, transporte e mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos 
locais de uso público; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) - (Vigência). 
V . elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de 
desenvolvimento econômico e social. 
 
 
TÍTULO VI 
SERVIÇOS SOCIAS 
 
CAPÍTULO I 
OBJETIVOS E DESENVOLVIMENTO 
 
 
SEÇÃO I 
DA EDUCAÇÃO 
 
Art. 45 | São objetivos da Política de Educação Municipal: 
I . assegurar a articulação das políticas educacionais com as demais políticas sociais; 
II . garantir o atendimento das necessidades específicas na educação especial, 
assegurado sistema educacional inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades. 
 
Art. 46 | São diretrizes da Política de Educação Municipal: 
artur.bferreira
Realce
 
 29 
I . superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade 
racial, regional e diversidade; 
II . melhoria da qualidade da educação; 
III . formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos 
em que se fundamenta a sociedade; 
IV . promoção do princípio da gestão democrática da educação; 
V . promoção humanística, científica, cultural e tecnológica no município; 
VI . estabelecimento de meta para a aplicação de recursos públicos em educação, que 
assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e 
equidade; 
VII . promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à 
sustentabilidade socioambiental; 
VIII . vinculação do Plano Municipal de Educação ao projeto de desenvolvimento do 
Município e às necessidades de melhoria das condições de vida da população; 
IX . formação para a conscientização da importância da preservação do Meio Ambiente. 
 
 
SEÇÃO II 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 47 | São objetivos da Política de Assistência Social: 
I . reduzir as desigualdades sócio territoriais de forma integrada às demais políticas 
setoriais; 
II . implementar programas, projetos e ações sócio assistenciais para indivíduos que deles 
necessitem; 
III . ampliar o acesso aos serviços sócio assistenciais, contribuindo para a inclusão dos 
cidadãos na sociedade; 
IV . ampliar e fortalecer a rede de proteção, inclusive por meio de construção de novos 
equipamentos públicos. 
 
Art. 48 | São diretrizes da Política de Assistência Social: 
I . fortalecer os direitos e a proteção social; 
II . gerir e valorizar o Sistema Único da Assistência Social - SUAS, de forma 
descentralizada e participativa; 
 
 30 
III . planejar as ações de assistência social, com base no diagnóstico e monitoramento 
territorial, visando à melhoria dos serviços prestados; 
IV . capacitar a população para participação nas instâncias de controle social e nos 
processos decisórios da Política de Assistência Social. 
 
 
SEÇÃO III 
DA SAÚDE 
 
Art. 49 | São objetivos da Política Municipal de Saúde, nos termos da Constituição Federal, da 
Lei Federal nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, das demais normas federais e 
estaduais, do Plano Municipal de Saúde e demais normas municipais, destacando-se: 
I . identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes da saúde; 
II . formular e executar a política de saúde, nos campos econômicos e sociais, que vise à 
redução de riscos de doenças e de outros agravos e ao estabelecimento de condições 
que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua 
promoção, proteção e recuperação; 
III . assistir as pessoas por meio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, 
com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades. 
 
Art. 50 | São diretrizes da Política Municipal de Saúde as constantes no Plano Municipal de 
Saúde, em especial: 
I . ampliação e qualificação do acesso aos serviços de saúde de qualidade, em tempo 
adequado, com ênfase na humanização e equidade no atendimento das necessidades 
de saúde, aprimorando a política de atenção básica, especializada, ambulatorial e 
hospitalar e garantindo acesso aos medicamentos do SUS; 
II . aprimoramento das Redes de Atenção à Saúde e promoção do cuidado integral às 
pessoas nos diversos ciclos de vida, considerando as questões de gênero e das 
populações em situação de vulnerabilidade social, na atenção básica, nas redes 
temáticas e nas redes de atenção nas regiões de saúde; 
III . redução e prevenção de riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações 
de vigilância, promoção e proteção, com foco na prevenção de doenças crônicas não 
transmissíveis, em acidentes e violências, no controle das doenças transmissíveis e 
na promoção do envelhecimento saudável; 
 
 31 
IV . fortalecimento do papel do Estado na regulação do trabalho em saúde e ordenação, 
para as necessidades do SUS, da formação, da educação permanente, da qualificação 
e da valorização dos trabalhadores e trabalhadoras, combatendo a precarização e 
favorecendo a democratização das relações de trabalho; 
V . aprimoramento da relação federativa no SUS, fortalecendo a gestão compartilhada 
nas regiões de saúde, com a revisão dos instrumentos de gestão, considerando as 
especificidades regionais e a conservação de responsabilidades do Município, do 
Estado e da União, visando oferecer ao cidadão o cuidado integral; 
VI . garantia do financiamento estável e sustentável para o SUS, melhorando o padrão do 
gasto e qualificando o financiamento tripartite e os processos de transferência de 
recursos. 
 
 
SEÇÃO IV 
DA CULTURA 
 
Art. 51 | São objetivos e diretrizes gerais da Cultura: 
I . criação e manutenção dos espaços públicos municipais devidamente equipados e 
acessíveis à população para as diversas manifestações culturais e artísticas; 
II . incentivo às diversidades culturais e sociais do município, atendendo às situações 
diferenciadas e às realidades plurais, nas áreas urbana e rural; 
III . estímulo à participação de entidades públicas e à organização de entidades culturais 
no âmbito da sociedade civil, por meio de organizações não governamentais, 
cooperativas, associações, sindicatos, federações, entre outros; 
IV . regulamentação, implantação e consolidação do Sistema Municipal de Cultura; 
V . viabilização de novas parcerias e novas fontes de obtenção de recursos para 
implementação das ações e dos programas culturais; 
VI . mapeamento, identificação e registro, nos suportes adequados, dos bens culturais 
materiais e imateriais do município; 
VII . fomento, por meio de editais públicos, de todas as manifestações, expressões e 
repertório culturais de grupos, associações e instituições atuantes; 
VIII . coordenação de estudos e pesquisas orientados à inserção do patrimônio cultural

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