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Direito Ambiental_SEC

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EAD
DIREITO AMBIENTAL
Hélder Henrique Jacovetti Gasperoto
http://unar.info/ead2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
EMENTA: Ecologia e meio ambiente. A crise ambiental. O movimento ecológico. 
Eco desenvolvimento e desenvolvimento sustentável. Direito ambiental: fontes, 
princípios e conceitos fundamentais; problemas e temas relevantes; fundamentos 
históricos e constitucionais. O direito e os recursos ambientais. Direito ambiental 
brasileiro. Direito ambiental comparado. As conferências internacionais sobre 
meio ambiente e ecologia. O programa das Nações Unidas para o meio ambiente. 
Princípios legais supranacionais para a proteção ambiental e desenvolvimento 
sustentável. A questão ambiental e a educação. Princípios e objetivos da educação 
ambiental. A educação como fator de defesa do patrimônio natural/cultural. 
Desenvolvimento Sustentado. Planejamento ambiental. Impacto ambiental. 
Conservação e valorização ambiental. Emergência do paradigma ambiental. 
 
BIBLIOGRAFIA 
ANTUNES, P. B. Direito Ambiental, RJ: Lumen Júris, 2011. 
BARROS, W. Pa. Curso de Direito Ambiental. SP: Atlas, 2009. FIORILLO, Celso 
PACHECO, A. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. SP: Saraiva, 2011. 
GRANZIERA, M. L. M.. Direito Ambiental. SP: Atlas, 2009. 
LEME MACHADO, P. A.. Direito Ambiental Brasileiro. SP: Malheiros, 2004. 
MILARÉ, É. Direito do Ambiente: doutrina, prática, jurisprudência, glossário. SP: 
Revista dos Tribunais, 2004. 
MILLER G.T.; SPOOLMAN S.E., Ciência Ambiental. São Paulo, Cengage Learning, 
2015. 
SANCHEZ, L.E. Avaliação de impacto ambiental. SP: Oficina de textos, 2008. 
SIRVINSKAS, L. P. Manual de Direito Ambiental. SP: Saraiva, 2010. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
UNIDADE 01 - A CRISE AMBIENTAL. ........................................................................................................................... 1 
UNIDADE 02 - O MOVIMENTO ECOLÓGICO. ........................................................................................................ 5 
UNIDADE 03 - ECO DESENVOLVIMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. ................................ 10 
UNIDADE 04 - ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE. .................................................................................................... 15 
UNIDADE 05 - BACIA HIDROGRÁFICA .................................................................................................................... 19 
UNIDADE 06 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UCS) .......................................................................................24 
UNIDADE 07 - CAPITAL NATURAL ............................................................................................................................ 28 
UNIDADE 08 - PEGADA ECOLÓGICA....................................................................................................................... 32 
UNIDADE 10 - RESERVA LEGAL. ................................................................................................................................. 41 
UNIDADE 11 - CLASSIFICAÇÃO DE FLORESTAS. ..................................................................................................46 
UNIDADE 12 - CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR ......................................................................................49 
UNIDADE 13 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL ...................................................................................................... 53 
UNIDADE 14 - CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS DE ÁGUA. ............................................................................... 57 
UNIDADE 15 - CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS. ..................................................... 63 
UNIDADE 16 - PNUMA - O PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE. .............. 67 
UNIDADE 17 - QUESTÃO AMBIENTAL E A EDUCAÇÃO. ................................................................................... 71 
UNIDADE 18 - ANÁLISE TÉCNICA DOS ESTUDOS AMBIENTAIS. ................................................................... 77 
UNIDADE 19 - IMPACTO AMBIENTAL. .................................................................................................................... 81 
UNIDADE 20 - PLANEJAMENTO AMBIENTAL. ...................................................................................................... 86 
 
1 
 
UNIDADE 1 - A CRISE AMBIENTAL. 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADADE 
Objetivo: Compreender que a crise ambiental deixou de ser problema específico 
de um determinado local, estendendo-se à esfera mundial. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 Em 1972, ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 
e Desenvolvimento, em Estocolmo na Suécia. A conferência de Estocolmo foi um 
grande passo para o entendimento a respeito da crise que estava vigente entre o 
ambiente e o modo de desenvolvimento econômico mundial. 
 Por outro lado, ela também mostrou que o mundo estava ainda imaturo 
para discutir um processo mais aprofundado, sendo caracterizada pelo confronto 
entre os países desenvolvidos (ricos) e subdesenvolvidos (pobres). 
 Os países ricos preocupavam-se com o esgotamento de energia e matérias 
primas, com a poluição dos grandes centros urbanos industrializados e criticavam 
duramente os países pobres pela exploração predatória que prejudicava 
intensamente o meio ambiente. 
 Os países pobres, que exploravam suas reservas minerais e energéticas a 
todo custo para tentar assim se desenvolverem, acusavam os países ricos de 
limitarem seu desenvolvimento. A intensa exploração praticada pelos países 
pobres era justificada como medida de saneamento da pobreza. Na sua 
concepção, a maior poluição era uma questão social denominada pobreza da sua 
população. 
 
 
2 
 
Desenvolvimento Sustentável: “é 
aquele que atende às necessidades 
do presente, sem comprometer a 
possibilidade de as gerações 
futuras atenderem a suas próprias 
necessidades”. 
 
 Após este impasse gerado em Estocolmo, os 
ambientalistas, apoiados pela ONU, representante dos 
países no mundo, começam a trabalhar um paradigma 
ambiental para a ordem mundial. Surge, então, um 
novo modelo de desenvolvimento econômico, que não fosse tão desigual e que 
protegesse as gerações futuras e o próprio meio ambiente. 
 Esse trabalho foi desenvolvido pela Comissão Brundtland que fazia parte da 
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD). Eles 
elaboram, na década de 1980, o Desenvolvimento Sustentável 
 
a Comissão Brundtland tinha os seguintes objetivos: 1) propor 
estratégias ambientais de longo prazo para obter um desenvolvimento 
sustentável por volta do ano 2000 e daí em diante; 2) recomendar 
maneiras para que a preocupação com o meio ambiente se traduza em 
maior coopera;cão entre os países em desenvolvimento e entre os 
países em estágios diferentes de desenvolvimento econômico e social e 
leve à consecução de objetivos comuns e interligados que considerem 
as interrelações de pessoas, recursos, meio ambiente e 
desenvolvimento; ) considerar meios e maneiras pelos quais a 
comunidade internacional possa lidar mais efetivamente com as 
preocupações de cunho ambiental; 4) ajudar a definir noções comuns 
relativas a questões ambientais de longo prazo e os esforços 
necessários para tratar com êxito os problemas da proteção e da 
melhoria do meio ambiente (CMMAD; 1988 –xi, apud BARBIERI 1997, p. 
24) 
 
 Para atender às necessidades da atual geração, sem um comprometimento 
das gerações futuras, a Comissão de Brundtland propõe uma mudança no 
modelo de desenvolvimento econômico vigente. Esse modelo ajudaria a diminuir 
as diferenças entre as nações ricas e pobres que ficou notória na conferência de 
Estocolmo. Essa é a ideia de um mundo com um desenvolvimento de uma 
economia sustentável. 
3 
 
 
Desenvolvimento Sustentável 
 
 
DESENVOLVIMENTO SOCIAL DESENVOLVIMENTO 
ECONÔMICOPRESERVAÇÃO AMBIENTAL 
 
 
 
 
(DIAS, 2000, p.120 - adaptado) 
O DS é aquele que atende às necessidades do presente, sem 
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas 
próprias necessidades. 
 Comissão Brundtland (Nosso Futuro Comum, 1988) 
 
 Após o lançamento da ideia sobre um mundo com desenvolvimento 
sustentável, em 1987, foi realizada, no Rio de Janeiro, a ECO – 92, em que ocorreu 
a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento 
(CNUMAD) e a realização do Fórum Global das ONGs. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 A Eco - 92 trouxe à tona muitas discussões que pairavam no mundo há 
muito tempo, como, por exemplo, o que estaria acontecendo com o clima no 
mundo, devido ao modelo de desenvolvimento econômico, os desmatamentos 
predatórios das florestas tropicais e a perda da biodiversidade. Essas questões 
levaram à formulação de princípios para a implantação do desenvolvimento 
sustentável que ficou conhecido como Agenda 21. 
 Em resumo ECO – 92 do Rio de Janeiro sobre o meio ambiente e o 
desenvolvimento aprovou: 
- Conservação sobre mudanças climáticas. 
- Declaração de princípios sobre as florestas. 
- Conservação sobre a biodiversidade. 
- Agenda 21 (antigo programa 21). 
4 
 
 Após a ECO – 92, ocorreu a Conferência de Kyoto, no Japão, em 1997. O 
mundo volta-se para a problemática das emissões dos gases estufa, resultantes, 
principalmente, na época da queima dos combustíveis fósseis (carvão e petróleo). 
 Essa preocupação com a grande emissão de gases estufa levou à 
assinatura de um protocolo, por meio do qual os países ricos se comprometiam 
em estabelecer cotas progressivamente menores de emissão de gases estufa. Esse 
protocolo ficou conhecido como Protocolo de Kyoto. 
 Com o Protocolo de Kyoto são estabelecidos metas e prazos relativos à 
redução ou limitação das emissões futuras de dióxido de carbono e de outros 
gases responsáveis pelo efeito estufa. 
O MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) foi uma dessas medidas, 
ele propõe o pagamento dos países poluidores, para os países que mantém um 
menor índice de poluição, países que conservem suas matas e poluam menos. 
ARTIGO 12 
1. Fica definido um mecanismo de desenvolvimento limpo. 
2. O objetivo do mecanismo de desenvolvimento limpo deve ser assistir 
às Partes não incluídas no Anexo I para que atinjam o desenvolvimento 
sustentável e contribuam para o objetivo final da Convenção, e assistir 
às Partes incluídas no Anexo I para que cumpram seus compromissos 
quantificados de limitação e redução de emissões, assumidos no Artigo 
3. 
ARTIGO 3 
1. As Partes incluídas no Anexo I devem, individual ou conjuntamente, 
assegurar que suas emissões antrópicas agregadas, expressas em 
dióxido de carbono equivalente, dos gases de efeito estufa listados no 
Anexo A não excedam suas quantidades atribuídas, calculadas em 
conformidade com seus compromissos quantificados de limitação e 
redução de emissões descritos no Anexo B e de acordo com as 
disposições deste Artigo, com vistas a reduzir suas emissões totais 
desses gases em pelo menos 5 por cento abaixo dos níveis de 1990 no 
período de compromisso de 2008 a 2012. http://www.onu-
brasil.org.br/doc_quioto1.php 
 
 Um dos principais problemas do aquecimento global é a emissão de 
poluentes pela frota automobilística. O excesso de carros e caminhões movidos à 
gasolina e diesel, leva a uma grande emissão de gases estufa na atmosfera. 
 
 
5 
 
ISO 14000- Padrão adotado para a 
melhoria da gestão ambiental 
UNIDADE 02 - O MOVIMENTO ECOLÓGICO. 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Histórico sobre a visão do Meio Ambiente 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Visão sobre o Meio Ambiente na década de 1920  a ecologia funcionava como 
uma ciência natural e da área da biologia, e a partir da conferência de Chicago ela 
passa a ser vista como uma ecologia voltada para a visão humana no espaço 
urbano, a cidade é vista como um o ponto de partida dos estudos para o meio 
ambiente, a cidade é considerada um enorme organismo vivo a ser estudado. 
Visão sobre o Meio Ambiente na década de 1960  o espaço urbano passa a ser 
estudado com critérios científicos delimitados, esses critérios científicos passam a 
ser definidos dentro do espaço urbano, já que este é um grande gerador de 
problemas para o meio ambiente. 
Visão sobre o Meio Ambiente na década de 1980  o meio ambiente torna-se 
um tema explicitamente um termo político, ideológico e científico com 
preocupações sociológicas, urbanista, religiosas e filosóficas e naturais. Está 
subordinado à nova finalidade política global da sociedade, que passa pelas novas 
tecnologias, pela racionalidade científica e soluções dos problemas. No entanto, 
há que se destacar que essas soluções são isoladas na maioria das vezes. Nessa 
fase, as empresas também começam a se preocupar com o meio ambiente e 
passam a fazer um gerenciamento com a preocupação de despertar uma 
consciência ambiental. 
 A visão de ecologia como preservacionismo dá lugar ao conservacionismo. 
Surge, então, o que chamamos de gestão 
ambiental. A crise ambiental faz com que as 
empresas ligadas ao meio ambiente adotem a ISO 14000 (atualizada em 2004). A 
gestão ambiental caminha a passos curtos e com grande choque de interesses 
entre o individual e o coletivo. 
6 
 
duas grandes vertentes podem ser identificadas no interior do 
movimento ambientalista quando se fala em estratégias de conservação 
da biodiversidade e proteção de ecossistemas e de suas funções 
ecológicas. De um lado, estão aqueles identificados com ações que 
objetivam a proteção da natureza em seu estado original, intocado, sem 
interferência humana, aqui chamados de preservacionistas. De outro 
lado, encontram-se aqueles que advogam a implementação de 
estratégias de uso sustentável dos recursos naturais, em que as 
populações locais possam fazer uso dos recursos naturais com vistas a 
garantir sua subsistência e a vender produtos no mercado, adotando 
estratégias de manejo que evitem a degradação dos ecossistemas em 
que vivem, aqui chamados de conservacionistas. (GUERRA, 2003, p. 63) 
 
 Em resumo, a ideia de meio ambiente no passado ficava restrita à biologia 
praticamente, pois só se considerava a fauna e flora, com o passar do tempo o 
homem entra em cena e a cidade passa a fazer parte integrante dos estudos 
sobre o meio ambiente. Hoje além do espaço urbano que é um grande gerador 
de poluentes temos uma disputa ideológica e política em relação ao meio 
ambiente. 
Perguntas mais frequente sobre a proteção do meio ambiente. 
1- Existe alguma proteção dos biomas nacionais 
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC - LEI 9.985/2000) - 
é o conjunto de unidades de conservação (UC) federais, estaduais e municipais. É 
composto por 12 categorias de UC, cujos objetivos específicos se diferenciam 
quanto à forma de proteção e usos permitidos: aquelas que precisam de maiores 
cuidados, pela sua fragilidade e particularidades, e aquelas que podem ser 
utilizadas de forma sustentável e conservadas ao mesmo tempo. 
O SNUC foi concebido de forma a potencializar o papel das UC, de modo 
que sejam planejadas e administradas de forma integrada com as demais UC, 
assegurando que amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes 
populações, habitats e ecossistemas estejam adequadamente representadas no 
território nacional e nas águas jurisdicionais. Para isso, o SNUC é gerido pelas três 
esferas de governo (federal, estadual e municipal). 
Além disso, a visão estratégica que o SNUC oferece aos tomadores de 
decisão possibilita que as UC, além de conservar os ecossistemas e a 
http://www.mma.gov.br/images/arquivos/areas_protegidas/snuc/Livro%20SNUC%20PNAP.pdf
7 
 
biodiversidade, gerem renda, emprego, desenvolvimento e propiciem uma efetiva 
melhora na qualidade de vida das populações locais e do Brasil como um todo. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
O SNUCtem os seguintes objetivos: 
• Contribuir para a conservação das variedades de espécies biológicas e dos 
recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; 
• Proteger as espécies ameaçadas de extinção; 
• Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de 
ecossistemas naturais; 
• Promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; 
• Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza 
no processo de desenvolvimento; 
• Proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; 
• Proteger as características relevantes de natureza geológica, morfológica, 
geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; 
• Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; 
• Proporcionar meio e incentivos para atividades de pesquisa científica, 
estudos e monitoramento ambiental; 
• Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; 
• Favorecer condições e promover a educação e a interpretação ambiental e 
a recreação em contato com a natureza; e 
• Proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações 
tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e 
promovendo-as social e economicamente. 
• Parque Nacional – Áreas que apresentam características naturais 
destinadas a pesquisas científicas e educação ambiental; 
• Reserva Biológica – Unidade de conservação destinada a abrigo de 
espécies da fauna e da flora com importante significado científico; 
8 
 
• Reserva Ecológica – Área de conservação permanente, que objetiva a 
proteção e a manutenção de ecossistemas; 
• Estação Ecológica – Espaços destinados à realização de pesquisas básicas 
aplicadas à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da 
educação ambiental; 
• Áreas de Proteção Ambiental – Unidade de conservação destinada ao 
desenvolvimento sustentável, sendo que em algumas áreas é permitido o 
desenvolvimento de atividades econômicas, desde que haja a proteção da 
fauna, da flora e da qualidade de vida da população local; 
• Área de Relevante Interesse Ecológico – Área que abriga espécies raras da 
fauna e flora e que possui grande biodiversidade; 
• Floresta Nacional – Unidade de conservação estabelecida para garantir a 
proteção dos recursos naturais, sítios arqueológicos, desenvolvimento de 
pesquisas científicas, lazer, turismo e educação ambiental; 
• Reserva Extrativista – Espaço utilizado por populações locais que realizam o 
extrativismo vegetal e/ou mineral. Essa unidade de conservação objetiva a 
realização da atividade econômica de forma sustentável; 
• Refúgio de Vida Silvestre – Área destinada à proteção dos ambientes 
naturais para a reprodução de espécies da flora local e da fauna migratória; 
• Reserva da Fauna - Área destinada ao estudo sobre o manejo econômico e 
sustentável das espécies nativas; 
• Reserva de Desenvolvimento Sustentável - Visa à preservação da natureza 
de modo que a qualidade de vida das populações tradicionais seja 
assegurada; 
• Reserva Particular do Patrimônio Natural - Área privada que tem por 
objetivo conservar a diversidade biológica. 
2- Como fica esse impasse entre o modelo de desenvolvimento atual e o 
desenvolvimento sustentável? 
3- O que é a agenda 21 
9 
 
A “Agenda 21” é um documento lançado na ECO92 (ou Rio92, a 
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - 
CNUMAD – realizada em 1992 na cidade do Rio de Janeiro), que sistematiza um 
plano de ações com o objetivo de alcançar o desenvolvimento sustentável. 
A Agenda 21 é um programa de ação que busca promover um novo 
padrão de desenvolvimento, conciliando proteção ambiental, justiça social e 
eficiência econômica. É um documento consensual, com contribuições de 179 
países, e que foi oficialmente divulgada na Conferência das Nações Unidas sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992, no Rio de Janeiro, 
conhecida por ECO-92. 
A agenda 21 propõe reduzir a degradação ambiental, juntamente com a 
redução da pobreza, diminuindo as desigualdades sociais contribuindo para a 
concretização do desenvolvimento sustentável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
UNIDADE 03 - ECO DESENVOLVIMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: conhecer a proposta dos Domínios Morfoclimáticos elaborada por Aziz 
Ab’Saber. Os Domínios Morfoclimáticos leva-nos a entender o clima, relevo e 
vegetação de cada domínio específico retratado, fazendo compreender melhor a 
distribuição desses biomas. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Mapa mostando a localização de cada domínio no Brasil. 
 
 
Fonte: Os Domínios da Natureza no Brasil de Aziz Ab’ Saber: 2003 
11 
 
 Os Domínios Morfoclimáticos elaborados por Aziz Ab’Saber são referências 
para os estudos da biogeografia brasileira. Agora, veremos os Domínios 
Morfoclimáticos de forma adaptada. 
 
 Domínio Amazônico 
Clima: equatorial com temperaturas elevadas e úmido, com pequena amplitude 
térmica e chuvas abundantes. 
Relevo: predomínio de terras baixas (200m) com planícies e depressões planaltos 
baixos (planalto oriental amazônico). 
Vegetação: formação de Floresta Equatorial Latifoliada (folhas largas). 
Solo: com muita matéria orgânica, mas pobre em sua formação (arenoso – a 
matéria orgânica é proveniente da própria floresta). 
 
 Domínio do Cerrado 
Clima: tropical, duas estações bem definidas: verão quente e chuvoso e inverno 
pouco frio e seco. 
Relevo: chapadas (superfície plana com vertente abrupta, em geral elevado). 
Vegetação: Cerrado, arbustos com caule e troncos retorcidos (extrato superior) e 
gramíneas (extrato inferior). 
Solo: ácido, pobre em nutrientes. 
 
 Domínio de Mares de Morros 
Clima: tropical de altitude, duas estações, com temperaturas mais brandas. 
Relevo: região mamelonar (meias-laranja) ou também chamada de mares de 
morros, área escarpada. 
Vegetação: Mata Atlântica. 
Solo: rochoso (devido à declividade – litossolos) apresenta relevo acidentado com 
gnaisse e granito (latossolos), com ação do intemperismo químico (físico-
químico). 
12 
 
 Domínio da Caatinga 
Clima: semiárido, quente e seco, com chuvas escassas e mal distribuídas, com 
longos períodos de estiagem. 
Relevo: região interplanáltica (área e ocorrência da depressão sertaneja). 
Vegetação: xerófitas (“savana espinhenta”), plantas adaptadas ao regime seco. 
Solo: rochoso, rasos e pedregosos, com ação do intemperismo físico. 
 
 Domínio das Araucárias 
Clima: subtropical – grande amplitude térmica, invernos rigorosos e chuvas 
regulares o ano todo. 
Relevo: planáltico, planalto de Ponta Grossa e de Curitiba são as áreas nucleares 
(core). 
Vegetação: mata dos pinhais, aciculifoliada (folhas em forma de agulhas), aberta e 
homogênea. 
Solos: com alto teor de matéria orgânica e alumínio (ácidos). 
 
 Pradarias 
Clima: subtropical – grande amplitude térmica, invernos rigorosos e chuvas 
regulares o ano todo. 
Relevo: com coxilhas, colinas suavemente arredondadas. 
Vegetação: campos, vegetação rasteira com gramíneas. 
Solos: com relevo suave, com problemas de drenagem e pouca profundidade do 
solo. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
Unidades de Conservação (UCs) 
Você sabia que as Unidades de Conservação servem para proteger nossos 
biomas? É importante definir estas áreas, bem como o manejo delas para garantir 
a sua conservação. Vamos ver como isso é possível? 
13 
 
Manejo: todo e qualquer procedimento 
que vise assegurar a conservação da 
diversidade biológica e dos 
ecossistemas 
 Unidade de Conservação (UCS): segundo a LEI No 9.985, de 18 de julho de 
2000, artigo 2°: 
Unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, 
incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, 
legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação 
e limites definidos, sob regime especial deadministração, ao qual se 
aplicam garantias adequadas de proteção. 
 
 A finalidade das Unidades de Conservação é proteger os principais biomas 
nacionais, preservando e também restaurando a sua biodiversidade, seus 
ecossistemas, seu solo, sua beleza cênica, sua 
geologia, geomorfologia, recursos hídricos e outros. 
 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação 
(SNUCS): estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das 
unidades de conservação, proteção integral de uso sustentável. 
 Os Parques podem ocupar as três esferas: Nacional, Estadual e Municipal. 
Eles devem ter uma área definida, uma estrutura, um plano de manejo, um estudo 
de capacidade de carga para o uso do turismo, uma classificação dentro da 
estrutura dos parques e guarda parques. 
 Vejamos alguns exemplos de parques no Brasil: PETAR (Parque Estadual 
Turístico Alto do Ribeira), Itatiaia, Guimarães/Veadeiros, Serra do Mar (núcleo 
Picinguaba), Serra Geral (RS) Parque Nacional Serra da Canastra. 
 
Foto: Hélder H. J. Gasperoto Parque Estadual da Serra do Mar núcleo Picinguaba 
14 
 
 Os Parques Nacionais são regiões estabelecidas para a proteção e 
conservação das belezas cênicas, da flora e fauna e das belezas naturais, com 
objetivo científico, educacional e recreativo. 
 As principais características dos Parques são: 
Áreas extensas, com um ou mais ecossistemas, pouco ou não alterado pela ação 
antrópica, com interesses científico, educacional e recreativo; 
As autoridades têm que criar medidas de proteção, impedir ou eliminar as causas 
das perturbações e alterações dos ecossistemas, proteger os elementos 
biológicos, geomorfológicos e estéticos que justificam a sua criação. 
(geomorfológica: relevo, clima, vegetação e solo); 
A visitação deve ser monitorada, com propósitos científicos, culturais educativos e 
recreativos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
UNIDADE 04 - ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE. 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Ciclos Biogeoquímicos 
 
1. Fluxo de Energia. 
Você sabe qual é a nossa maior fonte de energia? É o sol. Vale dizer que a 
fonte de energia é necessária para a vida na Terra. A fonte de energia interfere no 
clima, na distribuição da temperatura, no ciclo hidrológico, na fotossíntese, nos 
ciclos do carbono e do oxigênio. 
2. Ciclo da Água 
 Ciclo Hidrológico utiliza-se da água presente na atmosfera, que seria o 
ponto de partida do processo. A água pode ser encontrada em três estados na 
atmosfera: no estado líquido, no estado gasoso e no estado sólido. 
 No estado líquido, encontramos a água nos rios, lagos e oceanos, 
principalmente. No estado gasoso, a água encontra-se na forma de vapor, 
enquanto que no estado sólido a encontramos na forma de neve e ou gelo. 
 O ciclo hidrológico apresenta fenômenos hidrológicos e atmosféricos, 
como a precipitação, a evaporação, a evapotranspiração, o escoamento 
superficial, a infiltração da água no solo e subsolo, no fluxo dos rios e na 
armazenagem fluvial e oceânica. 
a) Evaporação: é um processo físico por meio do qual a água dos rios, lagos, 
oceanos e do solo é transformada do estado liquido para o estado gasoso. Há a 
transpiração, que é a evaporação da água liberada pelos vegetais e a 
evapotranspiração, isto é, um fenômeno correspondente à evaporação das águas 
acumuladas nas retenções e nas camadas superficiais do solo, acrescida da 
16 
 
evaporação da água da chuva interceptada pela folhagem da cobertura vegetal e 
da transpiração natural que os vegetais executam. 
b) Precipitação: é a água condensada do vapor d’água da atmosfera, que pode 
ocorrer em forma de chuvas, granizo, neve, geada, orvalho e neblina. 
 Os principais tipos de precipitação no Brasil são: 
 As chuvas frontais, que ocorrem no Centro Sul, com o contato horizontal 
(frontal), das massas de ar quente (tropical) e massa fria (polar). 
 As chuvas orográficas (ou orogênica ou de relevo) ocorrem principalmente 
no litoral devido ao relevo que barra os ventos úmidos provenientes do oceano. 
 As chuvas convectivas (ou de ascensão) ocorrem principalmente na região 
amazônica, ocorrem pela ascensão de vapor d’água na horizontal, se resfriando 
nas camadas superiores da atmosfera. 
 
3. Ciclo do Carbono 
 A produção do Carbono está relacionada com a fotossíntese e a respiração 
além das substâncias em decomposição. Além disso, podemos contar com as 
erupções vulcânicas, a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o 
carvão e as queimadas das florestas e da cana (esses dois últimos realizados pelo 
homem). 
 precipitação 
Evapotranspiração evaporação 
 
 Rio ☼ insolação 
 com vegetação sem vegetação 
escoamento superficial menor escoamento superficial maior 
 
 
infiltração maior infiltração menor 
 
17 
 
 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://clickideia.com.br/ascesso maio de 2011 
 
4. Ciclo do Oxigênio 
 O Oxigênio é o elemento essencial para a vida do Homem e de outros 
seres vivos. Na forma de respiração, ele está também associado ao ciclo do 
Carbono. 
 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.qued.com.br/ acesso maio de 2011 
18 
 
Eutrofização: diminuição 
de oxigênio dissolvido na 
água provocado pelo 
excesso de plantas (algas). 
Ciclo do Nitrogênio 
 O ciclo do Nitrogênio é um pouco mais complexo. Para ocorrer uma 
fixação do nitrogênio pelas bactérias presentes nas plantas, ele se faz necessário 
para o desenvolvimento das plantas. Além disso, essa fixação pode acontecer com 
o processo industrial na forma de adubo. 
 Com o grande aumento da produção agrícola e da adubação no solo, o 
nitrogênio é carregado pela água para os cursos 
os rios, lagos e lagoas. Esse excesso de 
nitrogênio nos cursos d’água provoca uma 
eutrofização. 
 
 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com - acesso maio de 2011 
 
 
 
19 
 
UNIDADE 5 - BACIA HIDROGRÁFICA 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Utiliza-se da água que está na atmosfera, considerada o ponto de partida do 
processo. Agora, é claro que você já sabe que a água pode ser encontrada em 
três estados na atmosfera: líquido, gasoso e sólido. 
 No estado líquido, a água está presente nos rios, lagos e oceanos 
principalmente. 
 No estado gasoso, encontramos a água na forma de vapor 
 No estado sólido, ela encontra-se disponibilizada na forma de neve e ou 
gelo. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 O ciclo Hidrológico apresenta fenômenos hidrológicos e atmosféricos, 
como a precipitação, a evaporação, a evapotranspiração, o escoamento 
superficial, a infiltração da água no solo e subsolo, no fluxo dos rios e na 
armazenagem fluvial e oceânica, sobre o que abordamos a seguir. 
 Evaporação é um processo físico, por meio do qual a água dos rios, lagos, 
oceanos e do solo é transformada do estado líquido para o estado gasoso. Trata-
se da transpiração, que é a evaporação da água liberada pelos vegetais e da 
evapotranspiração, fenômeno correspondente à evaporação das águas 
acumuladas, nas retenções e nas camadas superficiais do solo acrescidas da 
evaporação da água da chuva, interceptada pela folhagem da cobertura vegetal e 
da transpiração natural que os vegetais executam. 
 Precipitação é a água condensada do vapor d’água da atmosfera, que 
pode ocorrer em forma de chuvas, granizo, neve, geada, orvalho e neblina. 
 Os principais tipos de precipitação no Brasil são: 
 Chuvas frontais que ocorrem no Centro-Sul, com o contatohorizontal 
(frontal), das massas de ar quente (tropical) e massa fria (polar). 
20 
 
 Chuvas orográficas (ou de relevo) acontecem, principalmente no litoral, 
devido ao relevo que barra os ventos úmidos (nuvens carregadas de umidade), 
provenientes do oceano. Essa barreira natural faz com que chova muito no litoral 
(Barlavento e Sotavento). 
 Chuvas convectivas (ou de ascensão) com incidência, principalmente, na 
região amazônica. São ocasionadas pela ascensão de vapor d’água na horizontal, 
resfriando-se nas camadas superiores da atmosfera (a evapotranspiração influi 
muito para a ocorrência dessa chuva na Amazônia). 
 As precipitações são de suma importância para a climatologia e para a 
hdrogeografia, pois podem fornecer elementos para o manejo das bacias 
hidrográficas, como, por exemplo, a utilização das isoietas para um dado período. 
 
 
 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 Observe o esquema abaixo, que faz referência ao Ciclo Hidrológico. 
 
 precipitação 
Evapotranspiração evaporação 
 
 Rio ☼ insolação 
 com vegetação sem vegetação 
escoamento superficial menor escoamento superficial maior 
 
 
infiltração maior infiltração menor 
 
Isoietas são as linhas de igual precipitação (mm). Assim como em um mapa topográfico as curvas 
de nível representam regiões de mesma cota (altura em relação a um referencial, que geralmente 
é o nível médio do mar), as isoietas são curvas que delimitam uma área com igual precipitação 
(quantidade de chuva que cai, medida em mm). 
21 
 
Bacia Hidrográfica: é uma área drenada por um rio principal e seus 
afluentes (rede hidrográfica). 
 
 
 
 
 
A bacia hidrográfica nos remete à existência de cabeceiras ou nascentes, 
cursos d’água principais, afluentes e subafluentes. As bacias são delimitadas por 
seus divisores de águas (interflúvios) – um ponto mais alto no relevo, como uma 
colina ou serra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto: Hélder H. J. Gasperoto – Serra da Canastra MG – divisor de águas. 
Observação: não confunda afluente com 
efluente – esse significa esgoto, apesar de alguns 
córregos e rios em grandes cidades serem isso! 
22 
 
Rede Hidrográfica: são os cursos d’água principais, seus afluentes e subafluentes. 
É o traçado dos rios e seus vales. 
 
 Talvegue é a linha de maior profundidade no leito fluvial. Resulta da 
intersecção dos planos das vertentes com dois sistemas de declives. 
 Montante é a parte do rio voltada para a nascente. 
 Jusante é a parte do rio voltada para a sua foz. 
 Quando se constrói uma barragem, por exemplo, a água represada do rio 
fica à montante e o fluxo, após a barragem, é a jusante. 
Classificação dos Cursos D’água. 
 Os cursos d’água de cada região podem ser considerados como: perene, 
intermitente e efêmero. 
Cursos perenes são os que sofrem o processo de cheias e vazantes, mas 
não secam, mantendo água em seu curso durante todo o tempo. Trata-se do 
curso mais comum no Brasil. Como, por exemplo, o rio São Francisco, o rio 
Amazonas, o rio Paraíba do Sul. 
Cursos intermitentes são cursos d’água que secam nas estações de 
estiagem (secas), são considerados rios temporários. Vale dizer que tais rios estão 
ligados às regiões secas, como o sertão nordestino. 
Ressalte-se que o Rio São Francisco não é intermitente, pois apesar de 
atravessar o sertão ele não seca. Como exemplo de curso intermitente, citamos o 
rio Vaza Barris. 
Cursos efêmeros são cursos d’água que só aparecem com as chuvas, sendo 
exclusivamente superficial. Ocorrem geralmente em áreas de pouca declividade. 
23 
 
Podemos citar as enchentes urbanas, quando as ruas viram rios e depois 
desaparecem. 
A seguir vamos dar alguns exemplos de problemas ambientais urbanos, 
que normalmente são noticiados pela mídia em todo o país. 
Enchentes: é, geralmente, uma situação natural de transbordamento de 
água do leito natural de um curso d’água. A ocorrência de enchentes é mais 
frequente em áreas mais ocupadas, quando os sistemas de drenagem passam a 
ter menor eficiência com o tempo. 
É comum o aumento dos prejuízos com as enchentes, devido ao aumento 
populacional em determinadas áreas, como nas várzeas dos rios, que são sujeitas 
tradicionalmente a cheias cíclicas. 
Quando este transbordamento ocorre em regiões com baixa ou nenhuma 
ocupação humana, a própria natureza pode se encarregar de absorver os 
excessos de água gradativamente, gerando poucos danos ao ecossistema, mas 
podendo gerar danos à agricultura. Mas quando o transbordamento dá-se em 
áreas habitadas de pequena, média ou grande densidade populacional, os danos 
podem ser pequenos, médios, grandes ou muito grandes, de acordo com o 
volume de águas que saíram do leito normal e de acordo com a densidade 
populacional. 
O esquema a seguir representa como ocorre esse fenômeno natural, 
porém com a ocupação irregular das várzeas dos rios, esse fenômeno se torna 
catastrófico. 
 
 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
24 
 
Manejo: todo e qualquer 
procedimento que vise 
assegurar a conservação da 
diversidade biológica e dos 
ecossistemas. 
UNIDADE 6 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UCS) 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Segundo a LEI No 9.985, de 18 de julho de 2000, artigo 2°: 
 
Unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, 
incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, 
legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação 
e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se 
aplicam garantias adequadas de proteção. 
 
 A finalidade das Unidades de Conservação é proteger os principais biomas 
nacionais, preservando e também restaurando a sua biodiversidade, seus 
ecossistemas, seu solo, sua beleza cênica, sua geologia, geomorfologia, recursos 
hídricos e outros. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUCS): estabelece 
critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de 
conservação, proteção integral de uso sustentável. 
 Os Parques podem ocupar as três esferas: 
Nacional, Estadual e Municipal. Eles devem ter uma 
área definida, uma estrutura, um plano de manejo, 
um estudo de capacidade de carga para o uso do turismo, uma classificação 
dentro da estrutura dos parques e guarda parques. 
 Vejamos alguns exemplos de parques no Brasil: PETAR (Parque Estadual 
Turístico Alto do Ribeira), Itatiaia, Guimarães/Veadeiros, Serra do Mar (núcleo 
Picinguaba), Serra Geral (RS) Parque Nacional Serra da Canastra. 
 Os Parques Nacionais são regiões estabelecidas para a proteção e 
conservação das belezas cênicas, da flora e fauna e das belezas naturais, com 
objetivo científico, educacional e recreativo. 
 As principais características dos parques são: 
25 
 
Áreas extensas, com um ou mais ecossistemas, pouco ou não alterado pela ação 
antrópica, com interesses científico, educacional e recreativo; 
As autoridades têm que criar medidas de proteção, impedir ou eliminar as causas 
das perturbações e alterações dos ecossistemas, proteger os elementos 
biológicos, geomorfológicos e estéticos que justificam a sua criação. 
(geomorfológica: relevo, clima, vegetação e solo); 
A visitação deve ser monitorada, com propósitos científicos, culturais educativos e 
recreativos. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 O uso dos parques nacionais deve obedecer aos planos de manejo e 
previamente estabelecidos. 
 Segundo Troppmair (2004, p. 256) os parques podem ser divididos em 
zonas para monitorar melhor omanejo. Veja a classificação proposta por ele: 
Zona Intangível: é o espaço onde a natureza permanece intacta, não sendo 
permitidas quaisquer alterações antrópicas. O objetivo do manejo é a preservação 
para garantir a evolução natural dos ecossistemas; 
 
Zona Primitiva: área que sofreu pequena ação antrópica, contém espécies da 
fauna, ou fenômenos naturais de grande valor científico. O objetivo do manejo 
reside na preservação natural e ao mesmo tempo visa facilitar as atividades de 
pesquisas científicas, de educação ambiental e proporcionar formas primitivas de 
recreação; 
 
Zona de uso extensivo: constituída por áreas naturais, podendo apresentar 
alterações pelas atividades humanas. O objetivo do manejo é a manutenção de 
um ambiente natural com um mínimo de impacto humano, porém, com facilidade 
de acesso ao público com fins recreativos e educacionais; 
 
26 
 
Zona de uso intensivo: são áreas naturais ou alteradas pelo homem. O ambiente é 
mantido próximo ao natural, podendo conter um centro para visitantes, museus e 
serviços. O objetivo do manejo é facilitar a recreação intensiva e educacional 
ambiental, em harmonia com o meio natural; 
 
Zona de uso de recreação: alterada pelo homem, zona restaurada que poderá ser 
incorporada às zonas permanentes. O objetivo do manejo é deter degradação 
dos recursos naturais e a restauração da área; 
 
Zona de uso especial: área administrativa com habilitações, oficinas, que servem 
para a manutenção do parque. 
 
 O gráfico acima mostra os diversos tipos de recuperação ambiental. 
 Após alterar o ecossistema original, ele não volta mais. O máximo que 
conseguimos é uma restauração ambiental. 
 
 
A 
B 
A – Reflorestamento 
Econômico 
B – Reabilitação 
C – Restauração 
 
Ecossistema original 
C 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
UNIDADE 7 - CAPITAL NATURAL 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
A Sustentabilidade está embasada em três pilares, o quadro social, o 
quadro econômico e o quadro ambiental. 
O quadro social é o capital humano que concretizam mecanismo que 
melhorem a qualidade de vida humana, com leis, políticas de melhorias públicas 
na educação, na saúde, segurança e lazer. 
O quadro econômico é o modelo de desenvolvimento proposto pelo 
próprio sistema, é denominado de modelo de desenvolvimento econômico. 
O quadro ambiental é a relação com a própria natureza, que busca a 
preservação do meio ambiente e dos recursos naturais. Há uma busca incansável 
para o desenvolvimento de projetos para diminuir os impactos ambientais. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
A sustentabilidade é um dos componentes críticos para o desenvolvimento 
sustentável. Dentro dele podemos ver o capital natural, os recursos naturais e os 
serviços naturais. 
Em resumo o Capital Natural é uma somatória dos Recursos Naturais com 
os Serviços Naturiais. 
 
 
 
 
 
 
os Recursos naturais são materiais contidos na natureza que são essenciais ou 
úteis para os humanos. Muitas vezes, são classificados como recursos 
renováveis (como ar, água, solo, plantas e vento) ou não renováveis (como 
cobre, petróleo e carvão). Os Serviços naturais referem-se a processos 
disponíveis na natureza como purificação do ar e renovação da camada 
superior do solo, que dão suporte à vida e às economias do ser humano. 
(MILLER; SPOOLMAN, 2015, p. 8). 
 
Capital 
Natural 
Recursos 
Naturais 
Serviços 
Naturais 
29 
 
 
O capital natural está relacionado ao ecossistema, a biodiversidade, aos 
recursos naturais e aos serviços naturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Capital natural é uma representação de todos os benefícios dos 
ecossistemas em equilíbrio ele fornece ao Homem elementos como a água, 
alimentos, valores culturais e espirituais. 
Se a exploração antrópica estiver além da capacidade de suporte da 
própria natureza passamos a ter uma degradação deste sistema. 
 
https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+degradação+de+recursos+naturais 
Biodiversidade 
Capital 
natural 
 
Ecossistemas 
Recursos 
naturais 
Serviços naturais 
30 
 
O equilíbrio na natureza se faz cada vez mais necessário para que futuras 
gerações possam também aproveitar, veja os esquemas de produção agrícola 
com sustentabilidade, que podem ajudar na preservação dos ecossistemas. 
O primeiro é um esquema integrado agricultura e meio natural, onde a 
preservação das espécies se faz notar. 
O segundo esquema é uma aplicação direta da agricultura e observa-se a 
diminuição das espécies. 
 
 
https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+degradação+de+recursos+naturais 
 
 O esquema a seguir mostra a degradação do capital natural onde o 
modelo de desenvolvimento econômico atual se faz presente nesta intensa 
degradação. 
31 
 
 
https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+degradação+de+recursos+naturais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+degradação+de+recursos+naturais
32 
 
UNIDADE 8 - PEGADA ECOLÓGICA 
CONHECENDO O CONTEÚDO DA UNIDADE 
O termo Pegada Ecológica foi criado para definir o quanto o planeta Terra 
pode suportar em relação ao seu consumo, mede a quantidade de recursos 
naturais renováveis que seriam necessários para manter o nosso padrão de vida 
atual. 
Ela avalia o consumo que as populações humanas fazem sobre os recursos 
naturais. No calculo da Pegada Ecológica quanto maior for o resultado, mais 
danos ela está causando ao meio ambiente. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
O calculo utiliza o que foi denominado de gha (hectares globais), ele mede, 
compara e pode servir para gerenciar o uso dos recursos naturais. 
 No cálculo podemos diagnosticar aspectos econômicos e ambientais 
como: 
1- Áreas utilizadas para a produção de alimento. 
2- Áreas de pastagem utilizadas para a satisfação da espécie humana. 
3- Áreas utilizadas para a ocupação urbana. 
4- Área verde que deve ser disponibilizada para que haja uma efetivação da 
absorção do CO2. 
5- Área de floresta necessária para fornecer ao homem a sua utilização 
econômica. 
Para que a Pegada Ecológica possa diminuir e dar mais conforto à sociedade 
mundial devemos ter: 
1- Um consumo consciente. 
2- Fontes de energia alternativas. 
3- Diminuir o consumo de energia não renovável. 
4- Fazer reciclagem do lixo. 
5- Reutilizar os produtos. 
33 
 
6- Evitar o desperdício. 
7- Ter um consumo consciente. 
8- Mudar os hábitos de consumo. 
 
O gráfico mostra que devermos diminuir a Pegada Ecológica para termos uma 
melhor qualidade de vida, lembrando que quanto maior for a Pegada Ecológica, 
pior a situação. 
 
https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+pegada+ecologica&biw 
 
Neste gráfico mostra quantos mundos seriam necessário para manter o 
atual modelo de desenvolvimento econômico. 
 
34 
 
 
https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+pegada+ecologica&biw 
 
Este gráfico mostra o quanto os países consomem de recursos naturais 
para manter o seu padrão de consumo atual. 
 
https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+pegada+ecologica&biw 
35 
 
E por fim este gráfico mostra a relação entre a produção e a geração de 
lixo. 
 
https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+pegada+ecologica&biw 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
UNIDADE 9 - Código Florestal brasileiro 
Capítulo II – das Áreas de Preservação Permanente 
Seção I – da delimitação das Áreas de Preservação Permanente 
Art. 4°. Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou 
urbanas, para os efeitos desta Lei: 
Inciso I- as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da 
calha do leito regular, em largura mínima de: 
 
 
 
 
 
A= nascentes 
a= leito do rio até 10 metros; 
b= leito do rio de 10 metros a 50 metros; 
c= leito do rio de 50 metros a 200 metros; 
d= leito do rio de 200 metros a 600 metros; 
e= leito do rio com mais de 600 metros. 
 Leito do rio Faixa Marginal Permanente (FMP)A Nascentes 50 metros de preservação 
a até 10 metros 30 metros de preservação 
b 10 metros a 50 metros 50 metros de preservação 
c 50 metros a 200 metros 100 metros de preservação 
d 200 metros a 600 metros 200 metros de preservação 
e mais de 600 metros 500 metros de preservação 
 
A 
a 
b 
c 
d e 
37 
 
 
Inciso II- áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura 
mínima de: 
Zona rural Corpo d’água menor de 20 
hectares de superfície 
50 metros de Faixa Marginal 
Permanente 
Zona rural Corpo d’água maior que 20 
hectares de superfície 
100 metros de Faixa Marginal 
Permanente 
Zona urbana Sem restrições de superfície 30 metros de Faixa Marginal 
Permanente 
 
Inciso III- as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, na faixa definida 
na licença ambiental do empreendimento, observando o disposto nos parágrafos 
1 e 2. 
§ 1 Não se aplica o previsto no inciso III nos casos em que os reservatórios 
artificiais de água não decorram de barramento o represamento de cursos 
d’água. 
§ 2 No entorno dos reservatórios artificiais situados em áreas rurais com até 20 
hectares de superfície, área de preservação permanente terá no mínimo 15 
metros. 
 
Inciso IV- as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, 
qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 metros. 
A= área de nascentes e olhos d’água perenes; 
38 
 
A Área de nascentes e olhos 
d’água perenes 
Raio mínimo de 50 metros, qualquer que seja 
sua situação topográfica. 
 
Resumindo 
A mata de galeria ou ciliar é aquela que acompanha o leito dos rios, das 
nascentes e lagos, fazendo a proteção de suas margens e evitando o 
assoreamento dos rios. Essa vegetação é considerada pelo Código Florestal uma 
área de proteção permanente. Ela também evita o assoreamento dos rios lagos e 
lagoas. O Código Florestal diz o seguinte: 
• Proteção de 30 metros para cursos d’água com menos de 10 metros de 
largura. 
• Proteção de 50 metros para cursos d’água entre 10 a 50 metros. 
• Proteção de 100 metros para cursos d’água entre 50 a 200 metros. 
• Proteção de 200 metros para cursos d’água entre 200 a 600 metros. 
• Proteção de 500 metros para cursos d’água acima de 600 metros. 
 
Fotos: Hélder Gasperoto. 
 
A exceção é a permissão de retirada da vegetação para execução de obras 
de interesse público, desde que com licenciamento ambiental e com a execução 
da compensação ambiental indicada. 
 As terras indígenas só podem ser exploradas pelos próprios indígenas e em 
condições de manejo sustentável. 
39 
 
 O código regulamenta também a porcentagem de reserva legal que deve 
ser mantida na propriedade privada, a declaração de imunidade ao corte de 
espécimes vegetais notáveis, as condições de derrubada de vegetação em área 
urbana e de manutenção de área verde no entorno de represas artificiais e o 
reflorestamento, inclusive pelo poder público em propriedades que tenham 
retirado a cobertura nativa além do legalmente permitido. 
 Dispõe também sobre a obrigatoriedade, por parte de empresas que usem 
matéria-prima oriunda de florestas, de que mantenham áreas de reflorestamento. 
Estipula as penalidades por agressão a áreas preservadas ou a objetos isolados de 
preservação, com agravante quando a infração ocorre no período de dispersão 
das sementes. 
Assoreamento é o processo em que o acúmulo de sedimentos (detritos) no 
fundo dos rios e lagoas interferem na topografia de seus leitos impedindo-os de 
portar cada vez menos água, provocando seu transbordamento em épocas de 
grande quantidade de chuvas. 
No Brasil o despejo sistemático de esgotos domésticos, provenientes de 
habitações que são lançados diretamente nas margens dos rios ou 
indiretamente, é uma das causas de morte da vida marinha nos rios e lagos que 
não deve ser confundido com o processo de assoreamento. 
Embora o depósito de sedimentos constitua um fenômeno do 
assoreamento fluvial, que pode ser seguido de desertificação, a milênios vem 
contribuindo na purificação e filtragem das águas de chuva que correm no leito 
de um rio . 
O assoreamento é um fenômeno muito antigo e existe há tanto tempo 
quanto existem os mares e rios do planeta, e este processo já evitou que o fundo 
dos oceanos entupisse com milhões de metros cúbicos de impurezas orgânicas, 
esse trabalho de filtragem antes das encostas oceânicas, levam anos para se 
formarem. 
40 
 
Assoreamento: acúmulo de sedimentos no fundo do leito de um rio ou lago. 
Porém o homem vem acelerando este antigo processo através dos 
desmatamentos, desbarrancamentos e outras ações que acabam por expor as 
áreas à erosão, a construção de favelas sem contenção de encostas, além de 
desmatar, tem a erosão acelerada devido à declividade do terreno, as técnicas 
agrícolas inadequadas, quando se promovem desmatamentos extensivos para dar 
lugar a áreas plantadas, a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de 
terrenos de cumprirem com seu papel natural de absorvedor de águas e 
aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao 
escoamento superficial. 
 
Código Florestal Brasileiro: O Novo Código Florestal - Lei 12.651 de 
25/05/2012 – estabelece limites de uso das áreas dos imóveis rurais para que se 
mantenha o equilíbrio entre as dimensões ambiental e econômica na exploração 
agropecuária. A lei refere-se à proteção e preservação de florestas, matas ciliares, 
Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
UNIDADE 10 - RESERVA LEGAL. 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Conhecer as diferentes áreas de preservação. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Divisão em três áreas: 
1- Área de Preservação Permanente (APP); 
2- Área de Reserva Legal; 
3- Área Remanescente. 
 
 
• Reserva Legal – A proporção não muda, mas imóveis de até 4 módulos fiscais 
ficarão isentos de reserva legal para fins de recomposição. 
• Será admitido plantio de uva, maçã e café em encostas acima de 45°. 
42 
 
• 30 metros para rios de até 10 metros de largura com redução em 50% para fins 
de recuperação. 
• Agropecuária fica liberada em encostas entre 250° e 450°, excluídas áreas de 
risco. 
• Propriedades maiores do que 4 módulos só começam a contar sua reserva legal 
na área que ultrapassa esse tamanho 
(Folha de S. Paulo, 11 mai. 2011. Adaptado). 
 
 
 
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: 
(...) III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse 
rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso 
econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a 
conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação 
da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora 
nativa; 
43 
 
 
CAPÍTULO IV 
DA ÁREA DE RESERVA LEGAL 
Seção I - Da Delimitação da Área de Reserva Legal. 
Art. 12. Nas florestas plantadas, não consideradas de preservação permanente, é 
livre a extração de lenha e demais produtos florestais ou a fabricação de carvão. 
Nas demais florestas dependerá de norma estabelecida em ato do Poder Federal 
ou Estadual, em obediência a prescrições ditadas pela técnica e às peculiaridades 
locais. 
Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a 
título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de 
Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em 
relação à área do imóvel, excetuados os casos previstos no art. 68 desta 
Lei: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - localizado na Amazônia Legal: 
a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas; 
b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado; 
c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais; 
II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte porcento). 
§ 1o Em caso de fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, inclusive para 
assentamentos pelo Programa de Reforma Agrária, será considerada, para fins do 
disposto do caput, a área do imóvel antes do fracionamento. 
§ 2o O percentual de Reserva Legal em imóvel situado em área de formações 
florestais, de cerrado ou de campos gerais na Amazônia Legal será definido 
considerando separadamente os índices contidos nas alíneas a, b e c do inciso I 
do caput. 
§ 3o Após a implantação do CAR, a supressão de novas áreas de floresta ou 
outras formas de vegetação nativa apenas será autorizada pelo órgão ambiental 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
44 
 
estadual integrante do Sisnama se o imóvel estiver inserido no mencionado 
cadastro, ressalvado o previsto no art. 30. 
§ 4o Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público poderá reduzir a Reserva 
Legal para até 50% (cinquenta por cento), para fins de recomposição, quando o 
Município tiver mais de 50% (cinquenta por cento) da área ocupada por unidades 
de conservação da natureza de domínio público e por terras indígenas 
homologadas. 
§ 5o Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público estadual, ouvido o 
Conselho Estadual de Meio Ambiente, poderá reduzir a Reserva Legal para até 
50% (cinquenta por cento), quando o Estado tiver Zoneamento Ecológico-
Econômico aprovado e mais de 65% (sessenta e cinco por cento) do seu território 
ocupado por unidades de conservação da natureza de domínio público, 
devidamente regularizadas, e por terras indígenas homologadas. 
§ 6o Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de 
esgoto não estão sujeitos à constituição de Reserva Legal. 
§ 7o Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou 
desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou autorização para 
exploração de potencial de energia hidráulica, nas quais funcionem 
empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações ou sejam 
instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica. 
§ 8o Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou 
desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de capacidade de 
rodovias e ferrovias. 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
UNIDADE 11 - CLASSIFICAÇÃO DE FLORESTAS. 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Conhecer a classificação das florestas 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Classificação de Florestas em três etapas (segundo Luiz Paulo Sirvinkas): 
1- Titularidade; 
2- Origem; 
3- Uso. 
Titularidade a) floresta de domínio púbico 
b) floresta de domínio privado 
Origem 
 
a) floresta primitiva ou primária 
b) floresta em regeneração 
c) floresta regenerada 
d) floresta plantada ou secundária 
Uso 
 
a) floresta de exploração proibida 
b) floresta de exploração limitada 
c) floresta de exploração livre 
 
Função socioambiental da propriedade rural: ela é a base para o desenvolvimento 
econômico do setor agropecuário do Brasil. Com ela o produtor pode fazer um 
plano de gestão da produção do campo, levando em consideração o custo de 
proteção dos bens ambientais. Isso nos remeta a pensar como é essencial a 
sustentabilidade e o uso racional dos recursos naturais. 
Função 
socioambiental da 
propriedade rural 
a) aproveitamento racional e adequado; 
b) utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do 
meio ambiente; 
c) observância das disposições que disciplinam as relações trabalhistas no 
campo; 
d) exploração da propriedade rural que favoreça o bem estar dos 
proprietários e dos trabalhadores. 
 
Divisão em duas modalidades de intervenção antrópica para cada uma das áreas: 
1- Supressão; 
2- Exploração. 
47 
 
O corte, a supressão e a exploração da vegetação de Bioma deverão ser 
efetuados de maneira diferenciada, conforme o tipo da vegetação. 
a) Vegetação Primária: Somente serão autorizados em caráter excepcional, 
quando necessários à realização de obras, projetos ou atividades de utilidade 
pública, pesquisas científicas e práticas preservacionistas. 
b) Vegetação Secundária em Estágio Avançado de Regeneração: Somente serão 
autorizados em caráter excepcional, quando necessários à realização de obras, 
projetos ou atividades de utilidade pública, pesquisas científicas e práticas 
preservacionistas. 
c) Vegetação Secundária em Estágio Médio de Regeneração: Somente serão 
autorizados em caráter excepcional, quando necessários à execução de obras, 
atividades ou projetos de utilidade pública ou de interesse social, pesquisa 
científica e práticas preservacionistas. E quando necessários ao pequeno produtor 
rural e populações tradicionais para o exercício de atividades ou usos agrícolas, 
pecuários ou silviculturais imprescindíveis à sua subsistência e de sua família, 
ressalvadas as áreas de preservação permanente e, quando for o caso, após 
averbação da reserva legal, ou inscrição do imóvel no CAR (Cadastramento 
Ambiental Rural). 
d) Vegetação Secundária em Estágio Inicial de Regeneração: O corte, a supressão 
e a exploração da vegetação secundária em estágio inicial de regeneração do 
Bioma Mata Atlântica poderão ser autorizados pelo órgão estadual competente. 
 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
CAPÍTULO II - DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (Código 
Florestal) 
 Seção II 
Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente 
Art. 7o A vegetação situada em Área de Preservação Permanente 
deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a 
qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado. 
§ 1o Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de 
Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante 
48 
 
a qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação, 
ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei. 
§ 2o A obrigação prevista no § 1o tem natureza real e é 
transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse 
do imóvel rural. 
§ 3o No caso de supressão não autorizada de vegetação 
realizada após 22 de julho de 2008, é vedada a concessão de novas 
autorizações de supressão de vegetação enquanto não cumpridas as 
obrigações previstas no § 1o. 
Art. 8o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em 
Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de 
utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental 
previstas nesta Lei. 
§ 1o A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, 
dunas e restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade 
pública. 
§ 2o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área 
de Preservação Permanente de que tratam os incisos VI e VII 
do caput do art. 4o poderá ser autorizada, excepcionalmente, em locais 
onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para 
execução de obras habitacionais e de urbanização, inseridas em 
projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas 
consolidadas ocupadas por população de baixa renda. 
§ 3o É dispensada a autorização do órgão ambiental competente 
para a execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança 
nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e 
mitigação de acidentes em áreas urbanas. 
§ 4o Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização 
de futuras intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das 
previstas nesta Lei. 
Art. 9o É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de 
Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de 
atividades de baixo impacto ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
UNIDADE 12 - CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR 
 
CAPÍTULO VI 
DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL 
Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do 
Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, 
registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatóriopara todos 
os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações 
ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados 
para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e 
combate ao desmatamento. 
 § 1o A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, 
preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou estadual, que, nos 
termos do regulamento, exigirá do proprietário ou possuidor 
rural: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - identificação do proprietário ou possuidor rural; 
II - comprovação da propriedade ou posse; 
III - identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo, 
contendo a indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um 
ponto de amarração do perímetro do imóvel, informando a localização 
dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação 
Permanente, das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e, caso 
existente, também da localização da Reserva Legal. 
§ 2o O cadastramento não será considerado título para fins de 
reconhecimento do direito de propriedade ou posse, tampouco elimina 
a necessidade de cumprimento do disposto no art. 2o da Lei no 10.267, 
de 28 de agosto de 2001. 
§ 3o A inscrição no CAR será obrigatória para todas as propriedades e 
posses rurais, devendo ser requerida até 31 de dezembro de 2017, 
prorrogável por mais 1 (um) ano por ato do Chefe do Poder 
Executivo. (Redação dada pela Lei nº 13.295, de 2016) 
Art. 30. Nos casos em que a Reserva Legal já tenha sido averbada na 
matrícula do imóvel e em que essa averbação identifique o perímetro e 
a localização da reserva, o proprietário não será obrigado a fornecer ao 
órgão ambiental as informações relativas à Reserva Legal previstas no 
inciso III do § 1o do art. 29. 
Parágrafo único. Para que o proprietário se desobrigue nos termos 
do caput, deverá apresentar ao órgão ambiental competente a certidão 
de registro de imóveis onde conste a averbação da Reserva Legal ou 
termo de compromisso já firmado nos casos de posse. 
 
Art. 13. Quando indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico - ZEE 
estadual, realizado segundo metodologia unificada, o poder público 
federal poderá: 
I - reduzir, exclusivamente para fins de regularização, mediante 
recomposição, regeneração ou compensação da Reserva Legal de 
imóveis com área rural consolidada, situados em área de floresta 
localizada na Amazônia Legal, para até 50% (cinquenta por cento) da 
propriedade, excluídas as áreas prioritárias para conservação da 
biodiversidade e dos recursos hídricos e os corredores ecológicos; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10267.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10267.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13295.htm#art4
50 
 
II - ampliar as áreas de Reserva Legal em até 50% (cinquenta por cento) 
dos percentuais previstos nesta Lei, para cumprimento de metas 
nacionais de proteção à biodiversidade ou de redução de emissão de 
gases de efeito estufa. 
§ 1o No caso previsto no inciso I do caput, o proprietário ou possuidor 
de imóvel rural que mantiver Reserva Legal conservada e averbada em 
área superior aos percentuais exigidos no referido inciso poderá instituir 
servidão ambiental sobre a área excedente, nos termos da Lei no 6.938, 
de 31 de agosto de 1981, e Cota de Reserva Ambiental. 
§ 2o Os Estados que não possuem seus Zoneamentos Ecológico-
Econômicos - ZEEs segundo a metodologia unificada, estabelecida em 
norma federal, terão o prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data da 
publicação desta Lei, para a sua elaboração e aprovação. 
Art. 14. A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá 
levar em consideração os seguintes estudos e critérios: 
I - o plano de bacia hidrográfica; 
II - o Zoneamento Ecológico-Econômico 
III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com 
Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com 
outra área legalmente protegida; 
IV - as áreas de maior importância para a conservação da 
biodiversidade; e 
V - as áreas de maior fragilidade ambiental. 
§ 1o O órgão estadual integrante do Sisnama ou instituição por ele 
habilitada deverá aprovar a localização da Reserva Legal após a inclusão 
do imóvel no CAR, conforme o art. 29 desta Lei. 
§ 2o Protocolada a documentação exigida para a análise da localização 
da área de Reserva Legal, ao proprietário ou possuidor rural não poderá 
ser imputada sanção administrativa, inclusive restrição a direitos, por 
qualquer órgão ambiental competente integrante do Sisnama, em razão 
da não formalização da área de Reserva Legal. (Redação dada pela 
Lei nº 12.727, de 2012). 
Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente 
no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que: 
I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas 
áreas para o uso alternativo do solo; 
II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de 
recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual 
integrante do Sisnama; e 
III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no 
Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei. 
§ 1o O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se 
altera na hipótese prevista neste artigo. 
§ 2o O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal 
conservada e inscrita no Cadastro Ambiental Rural - CAR de que trata o 
art. 29, cuja área ultrapasse o mínimo exigido por esta Lei, poderá 
utilizar a área excedente para fins de constituição de servidão ambiental, 
Cota de Reserva Ambiental e outros instrumentos congêneres previstos 
nesta Lei. 
§ 3o O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as modalidades 
de cumprimento da Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
51 
 
recomposição e a compensação. (Redação dada pela Lei nº 12.727, 
de 2012). 
§ 4o É dispensada a aplicação do inciso I do caput deste artigo, quando 
as Áreas de Preservação Permanente conservadas ou em processo de 
recuperação, somadas às demais florestas e outras formas de vegetação 
nativa existentes em imóvel, ultrapassarem: (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
I - 80% (oitenta por cento) do imóvel rural localizado em áreas de 
floresta na Amazônia Legal; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
II - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio 
ou coletiva entre propriedades rurais, respeitado o percentual previsto 
no art. 12 em relação a cada imóvel. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva 
Legal poderá ser agrupada em regime de condomínio entre os 
adquirentes. 
Seção II 
Do Regime de Proteção da Reserva Legal 
Art. 17. A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de 
vegetação nativa pelo proprietário do imóvel rural, possuidor ou 
ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público 
ou privado. 
§ 1o Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante 
manejo sustentável, previamente aprovado pelo órgão competente do 
Sisnama, de acordo com as modalidades previstas no art. 20. 
§ 2o Para fins de manejo de Reserva Legal na pequena propriedade ou 
posse rural familiar, os órgãos integrantes do Sisnama deverão 
estabelecer procedimentos simplificados de elaboração, análise e 
aprovação de tais planos de manejo. 
§ 3o É obrigatória a suspensão imediata das atividades em área de 
Reserva Legal desmatada irregularmente após 22 de julho de 
2008. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).§ 4o Sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, 
deverá ser iniciado, nas áreas de que trata o § 3o deste artigo, o 
processo de recomposição da Reserva Legal em até 2 (dois) anos 
contados a partir da data da publicação desta Lei, devendo tal processo 
ser concluído nos prazos estabelecidos pelo Programa de Regularização 
Ambiental - PRA, de que trata o art. 59. (Incluído pela Lei nº 12.727, 
de 2012). 
Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão 
ambiental competente por meio de inscrição no CAR de que trata o art. 
29, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos de 
transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento, com as 
exceções previstas nesta Lei. 
§ 1o A inscrição da Reserva Legal no CAR será feita mediante a 
apresentação de planta e memorial descritivo, contendo a indicação das 
coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração, 
conforme ato do Chefe do Poder Executivo. 
§ 2o Na posse, a área de Reserva Legal é assegurada por termo de 
compromisso firmado pelo possuidor com o órgão competente do 
Sisnama, com força de título executivo extrajudicial, que explicite, no 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
52 
 
mínimo, a localização da área de Reserva Legal e as obrigações 
assumidas pelo possuidor por força do previsto nesta Lei. 
§ 3o A transferência da posse implica a sub-rogação das obrigações 
assumidas no termo de compromisso de que trata o § 2o. 
 § 4o O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no 
Cartório de Registro de Imóveis, sendo que, no período entre a data da 
publicação desta Lei e o registro no CAR, o proprietário ou possuidor 
rural que desejar fazer a averbação terá direito à gratuidade deste 
ato. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
53 
 
UNIDADE 13 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Conhecer os parâmetros do licenciamento ambiental 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Definição. 
O Licenciamento Ambiental é um instrumento da Política Nacional de Meio 
Ambiente instituído pela Lei nº 6938, de 31 de agosto de 1981, com a finalidade de 
promover o controle prévio à construção, instalação, ampliação e funcionamento 
de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, 
considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob 
qualquer forma, de causar degradação ambiental. 
O Licenciamento Ambiental, instrumento de gestão instituído pela Política 
Nacional do Meio Ambiente, de utilização compartilhada entre a União e os 
Estados da federação, o Distrito Federal e os Municípios em conformidade com as 
respectivas competências, objetiva regular as atividades e empreendimentos que 
utilizam os recursos naturais e podem causar degradação ambiental no local onde 
se encontram instalados. 
 
Resolução CONAMA 237/97 
Art. 1º - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições: 
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html 
I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão 
ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a 
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos 
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, 
sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as 
disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. 
54 
 
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental 
competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental 
que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para 
localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras 
dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou 
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. 
III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos 
ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma 
atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da 
licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle 
ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, 
plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco. 
 
Objetivos 
1- Instrumento de gestão ambiental que permite agir preventivamente sobre a 
proteção do meio ambiente, compatibilizando sua prevenção com o 
desenvolvimento econômico e social. 
2- O meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico são direitos 
constitucionais e são essenciais para a sociedade. 
 
Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, 
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão 
ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, 
instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos 
recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou 
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. 
 
 
 
55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação de Impacto Ambiental: Estudo realizado para identificar, prever e 
interpretar, assim como, prevenir as consequências ou efeitos ambientais que 
determinadas ações, planos, programas ou projetos podem causar à saúde, ao 
bem estar humano e ao entorno. 
 
Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos 
ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma 
atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da 
licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle 
ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, 
plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco. 
LP 
LI 
LO 
Licença Prévia = viabilidade do 
empreendimento 
Licença de Instalação = 
autorização para o início da 
implantação 
Licença de Operação = 
autorização para o início do 
funcionamento 
56 
 
Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afete 
diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o 
território de dois ou mais Estados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
UNIDADE 14 - CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS DE ÁGUA. 
RESOLUÇÃO No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 Publicada no DOU nº 053, 
de 18/03/2005, págs. 58-63 
• Alterada pela Resolução 410/2009 e pela 430/2011 
 
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais 
para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e 
padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. 
 
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das 
competências que lhe são conferidas pelos arts. 6o, inciso II e 8o, inciso VII, da Lei 
no 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto no 99.274, de 6 
de junho de 1990 e suas alterações, tendo em vista o disposto em seu Regimento 
Interno, e 
Considerando a vigência

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