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EAD DIREITO AMBIENTAL Hélder Henrique Jacovetti Gasperoto http://unar.info/ead2 DIREITO AMBIENTAL APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA EMENTA: Ecologia e meio ambiente. A crise ambiental. O movimento ecológico. Eco desenvolvimento e desenvolvimento sustentável. Direito ambiental: fontes, princípios e conceitos fundamentais; problemas e temas relevantes; fundamentos históricos e constitucionais. O direito e os recursos ambientais. Direito ambiental brasileiro. Direito ambiental comparado. As conferências internacionais sobre meio ambiente e ecologia. O programa das Nações Unidas para o meio ambiente. Princípios legais supranacionais para a proteção ambiental e desenvolvimento sustentável. A questão ambiental e a educação. Princípios e objetivos da educação ambiental. A educação como fator de defesa do patrimônio natural/cultural. Desenvolvimento Sustentado. Planejamento ambiental. Impacto ambiental. Conservação e valorização ambiental. Emergência do paradigma ambiental. BIBLIOGRAFIA ANTUNES, P. B. Direito Ambiental, RJ: Lumen Júris, 2011. BARROS, W. Pa. Curso de Direito Ambiental. SP: Atlas, 2009. FIORILLO, Celso PACHECO, A. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. SP: Saraiva, 2011. GRANZIERA, M. L. M.. Direito Ambiental. SP: Atlas, 2009. LEME MACHADO, P. A.. Direito Ambiental Brasileiro. SP: Malheiros, 2004. MILARÉ, É. Direito do Ambiente: doutrina, prática, jurisprudência, glossário. SP: Revista dos Tribunais, 2004. MILLER G.T.; SPOOLMAN S.E., Ciência Ambiental. São Paulo, Cengage Learning, 2015. SANCHEZ, L.E. Avaliação de impacto ambiental. SP: Oficina de textos, 2008. SIRVINSKAS, L. P. Manual de Direito Ambiental. SP: Saraiva, 2010. SUMÁRIO UNIDADE 01 - A CRISE AMBIENTAL. ........................................................................................................................... 1 UNIDADE 02 - O MOVIMENTO ECOLÓGICO. ........................................................................................................ 5 UNIDADE 03 - ECO DESENVOLVIMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. ................................ 10 UNIDADE 04 - ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE. .................................................................................................... 15 UNIDADE 05 - BACIA HIDROGRÁFICA .................................................................................................................... 19 UNIDADE 06 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UCS) .......................................................................................24 UNIDADE 07 - CAPITAL NATURAL ............................................................................................................................ 28 UNIDADE 08 - PEGADA ECOLÓGICA....................................................................................................................... 32 UNIDADE 10 - RESERVA LEGAL. ................................................................................................................................. 41 UNIDADE 11 - CLASSIFICAÇÃO DE FLORESTAS. ..................................................................................................46 UNIDADE 12 - CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR ......................................................................................49 UNIDADE 13 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL ...................................................................................................... 53 UNIDADE 14 - CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS DE ÁGUA. ............................................................................... 57 UNIDADE 15 - CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS. ..................................................... 63 UNIDADE 16 - PNUMA - O PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE. .............. 67 UNIDADE 17 - QUESTÃO AMBIENTAL E A EDUCAÇÃO. ................................................................................... 71 UNIDADE 18 - ANÁLISE TÉCNICA DOS ESTUDOS AMBIENTAIS. ................................................................... 77 UNIDADE 19 - IMPACTO AMBIENTAL. .................................................................................................................... 81 UNIDADE 20 - PLANEJAMENTO AMBIENTAL. ...................................................................................................... 86 1 UNIDADE 1 - A CRISE AMBIENTAL. CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADADE Objetivo: Compreender que a crise ambiental deixou de ser problema específico de um determinado local, estendendo-se à esfera mundial. ESTUDANDO E REFLETINDO Em 1972, ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Estocolmo na Suécia. A conferência de Estocolmo foi um grande passo para o entendimento a respeito da crise que estava vigente entre o ambiente e o modo de desenvolvimento econômico mundial. Por outro lado, ela também mostrou que o mundo estava ainda imaturo para discutir um processo mais aprofundado, sendo caracterizada pelo confronto entre os países desenvolvidos (ricos) e subdesenvolvidos (pobres). Os países ricos preocupavam-se com o esgotamento de energia e matérias primas, com a poluição dos grandes centros urbanos industrializados e criticavam duramente os países pobres pela exploração predatória que prejudicava intensamente o meio ambiente. Os países pobres, que exploravam suas reservas minerais e energéticas a todo custo para tentar assim se desenvolverem, acusavam os países ricos de limitarem seu desenvolvimento. A intensa exploração praticada pelos países pobres era justificada como medida de saneamento da pobreza. Na sua concepção, a maior poluição era uma questão social denominada pobreza da sua população. 2 Desenvolvimento Sustentável: “é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades”. Após este impasse gerado em Estocolmo, os ambientalistas, apoiados pela ONU, representante dos países no mundo, começam a trabalhar um paradigma ambiental para a ordem mundial. Surge, então, um novo modelo de desenvolvimento econômico, que não fosse tão desigual e que protegesse as gerações futuras e o próprio meio ambiente. Esse trabalho foi desenvolvido pela Comissão Brundtland que fazia parte da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD). Eles elaboram, na década de 1980, o Desenvolvimento Sustentável a Comissão Brundtland tinha os seguintes objetivos: 1) propor estratégias ambientais de longo prazo para obter um desenvolvimento sustentável por volta do ano 2000 e daí em diante; 2) recomendar maneiras para que a preocupação com o meio ambiente se traduza em maior coopera;cão entre os países em desenvolvimento e entre os países em estágios diferentes de desenvolvimento econômico e social e leve à consecução de objetivos comuns e interligados que considerem as interrelações de pessoas, recursos, meio ambiente e desenvolvimento; ) considerar meios e maneiras pelos quais a comunidade internacional possa lidar mais efetivamente com as preocupações de cunho ambiental; 4) ajudar a definir noções comuns relativas a questões ambientais de longo prazo e os esforços necessários para tratar com êxito os problemas da proteção e da melhoria do meio ambiente (CMMAD; 1988 –xi, apud BARBIERI 1997, p. 24) Para atender às necessidades da atual geração, sem um comprometimento das gerações futuras, a Comissão de Brundtland propõe uma mudança no modelo de desenvolvimento econômico vigente. Esse modelo ajudaria a diminuir as diferenças entre as nações ricas e pobres que ficou notória na conferência de Estocolmo. Essa é a ideia de um mundo com um desenvolvimento de uma economia sustentável. 3 Desenvolvimento Sustentável DESENVOLVIMENTO SOCIAL DESENVOLVIMENTO ECONÔMICOPRESERVAÇÃO AMBIENTAL (DIAS, 2000, p.120 - adaptado) O DS é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades. Comissão Brundtland (Nosso Futuro Comum, 1988) Após o lançamento da ideia sobre um mundo com desenvolvimento sustentável, em 1987, foi realizada, no Rio de Janeiro, a ECO – 92, em que ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) e a realização do Fórum Global das ONGs. BUSCANDO O CONHECIMENTO A Eco - 92 trouxe à tona muitas discussões que pairavam no mundo há muito tempo, como, por exemplo, o que estaria acontecendo com o clima no mundo, devido ao modelo de desenvolvimento econômico, os desmatamentos predatórios das florestas tropicais e a perda da biodiversidade. Essas questões levaram à formulação de princípios para a implantação do desenvolvimento sustentável que ficou conhecido como Agenda 21. Em resumo ECO – 92 do Rio de Janeiro sobre o meio ambiente e o desenvolvimento aprovou: - Conservação sobre mudanças climáticas. - Declaração de princípios sobre as florestas. - Conservação sobre a biodiversidade. - Agenda 21 (antigo programa 21). 4 Após a ECO – 92, ocorreu a Conferência de Kyoto, no Japão, em 1997. O mundo volta-se para a problemática das emissões dos gases estufa, resultantes, principalmente, na época da queima dos combustíveis fósseis (carvão e petróleo). Essa preocupação com a grande emissão de gases estufa levou à assinatura de um protocolo, por meio do qual os países ricos se comprometiam em estabelecer cotas progressivamente menores de emissão de gases estufa. Esse protocolo ficou conhecido como Protocolo de Kyoto. Com o Protocolo de Kyoto são estabelecidos metas e prazos relativos à redução ou limitação das emissões futuras de dióxido de carbono e de outros gases responsáveis pelo efeito estufa. O MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) foi uma dessas medidas, ele propõe o pagamento dos países poluidores, para os países que mantém um menor índice de poluição, países que conservem suas matas e poluam menos. ARTIGO 12 1. Fica definido um mecanismo de desenvolvimento limpo. 2. O objetivo do mecanismo de desenvolvimento limpo deve ser assistir às Partes não incluídas no Anexo I para que atinjam o desenvolvimento sustentável e contribuam para o objetivo final da Convenção, e assistir às Partes incluídas no Anexo I para que cumpram seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões, assumidos no Artigo 3. ARTIGO 3 1. As Partes incluídas no Anexo I devem, individual ou conjuntamente, assegurar que suas emissões antrópicas agregadas, expressas em dióxido de carbono equivalente, dos gases de efeito estufa listados no Anexo A não excedam suas quantidades atribuídas, calculadas em conformidade com seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões descritos no Anexo B e de acordo com as disposições deste Artigo, com vistas a reduzir suas emissões totais desses gases em pelo menos 5 por cento abaixo dos níveis de 1990 no período de compromisso de 2008 a 2012. http://www.onu- brasil.org.br/doc_quioto1.php Um dos principais problemas do aquecimento global é a emissão de poluentes pela frota automobilística. O excesso de carros e caminhões movidos à gasolina e diesel, leva a uma grande emissão de gases estufa na atmosfera. 5 ISO 14000- Padrão adotado para a melhoria da gestão ambiental UNIDADE 02 - O MOVIMENTO ECOLÓGICO. CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivo: Histórico sobre a visão do Meio Ambiente ESTUDANDO E REFLETINDO Visão sobre o Meio Ambiente na década de 1920 a ecologia funcionava como uma ciência natural e da área da biologia, e a partir da conferência de Chicago ela passa a ser vista como uma ecologia voltada para a visão humana no espaço urbano, a cidade é vista como um o ponto de partida dos estudos para o meio ambiente, a cidade é considerada um enorme organismo vivo a ser estudado. Visão sobre o Meio Ambiente na década de 1960 o espaço urbano passa a ser estudado com critérios científicos delimitados, esses critérios científicos passam a ser definidos dentro do espaço urbano, já que este é um grande gerador de problemas para o meio ambiente. Visão sobre o Meio Ambiente na década de 1980 o meio ambiente torna-se um tema explicitamente um termo político, ideológico e científico com preocupações sociológicas, urbanista, religiosas e filosóficas e naturais. Está subordinado à nova finalidade política global da sociedade, que passa pelas novas tecnologias, pela racionalidade científica e soluções dos problemas. No entanto, há que se destacar que essas soluções são isoladas na maioria das vezes. Nessa fase, as empresas também começam a se preocupar com o meio ambiente e passam a fazer um gerenciamento com a preocupação de despertar uma consciência ambiental. A visão de ecologia como preservacionismo dá lugar ao conservacionismo. Surge, então, o que chamamos de gestão ambiental. A crise ambiental faz com que as empresas ligadas ao meio ambiente adotem a ISO 14000 (atualizada em 2004). A gestão ambiental caminha a passos curtos e com grande choque de interesses entre o individual e o coletivo. 6 duas grandes vertentes podem ser identificadas no interior do movimento ambientalista quando se fala em estratégias de conservação da biodiversidade e proteção de ecossistemas e de suas funções ecológicas. De um lado, estão aqueles identificados com ações que objetivam a proteção da natureza em seu estado original, intocado, sem interferência humana, aqui chamados de preservacionistas. De outro lado, encontram-se aqueles que advogam a implementação de estratégias de uso sustentável dos recursos naturais, em que as populações locais possam fazer uso dos recursos naturais com vistas a garantir sua subsistência e a vender produtos no mercado, adotando estratégias de manejo que evitem a degradação dos ecossistemas em que vivem, aqui chamados de conservacionistas. (GUERRA, 2003, p. 63) Em resumo, a ideia de meio ambiente no passado ficava restrita à biologia praticamente, pois só se considerava a fauna e flora, com o passar do tempo o homem entra em cena e a cidade passa a fazer parte integrante dos estudos sobre o meio ambiente. Hoje além do espaço urbano que é um grande gerador de poluentes temos uma disputa ideológica e política em relação ao meio ambiente. Perguntas mais frequente sobre a proteção do meio ambiente. 1- Existe alguma proteção dos biomas nacionais O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC - LEI 9.985/2000) - é o conjunto de unidades de conservação (UC) federais, estaduais e municipais. É composto por 12 categorias de UC, cujos objetivos específicos se diferenciam quanto à forma de proteção e usos permitidos: aquelas que precisam de maiores cuidados, pela sua fragilidade e particularidades, e aquelas que podem ser utilizadas de forma sustentável e conservadas ao mesmo tempo. O SNUC foi concebido de forma a potencializar o papel das UC, de modo que sejam planejadas e administradas de forma integrada com as demais UC, assegurando que amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas estejam adequadamente representadas no território nacional e nas águas jurisdicionais. Para isso, o SNUC é gerido pelas três esferas de governo (federal, estadual e municipal). Além disso, a visão estratégica que o SNUC oferece aos tomadores de decisão possibilita que as UC, além de conservar os ecossistemas e a http://www.mma.gov.br/images/arquivos/areas_protegidas/snuc/Livro%20SNUC%20PNAP.pdf 7 biodiversidade, gerem renda, emprego, desenvolvimento e propiciem uma efetiva melhora na qualidade de vida das populações locais e do Brasil como um todo. BUSCANDO O CONHECIMENTO O SNUCtem os seguintes objetivos: • Contribuir para a conservação das variedades de espécies biológicas e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; • Proteger as espécies ameaçadas de extinção; • Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; • Promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; • Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento; • Proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; • Proteger as características relevantes de natureza geológica, morfológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; • Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; • Proporcionar meio e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; • Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; • Favorecer condições e promover a educação e a interpretação ambiental e a recreação em contato com a natureza; e • Proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. • Parque Nacional – Áreas que apresentam características naturais destinadas a pesquisas científicas e educação ambiental; • Reserva Biológica – Unidade de conservação destinada a abrigo de espécies da fauna e da flora com importante significado científico; 8 • Reserva Ecológica – Área de conservação permanente, que objetiva a proteção e a manutenção de ecossistemas; • Estação Ecológica – Espaços destinados à realização de pesquisas básicas aplicadas à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação ambiental; • Áreas de Proteção Ambiental – Unidade de conservação destinada ao desenvolvimento sustentável, sendo que em algumas áreas é permitido o desenvolvimento de atividades econômicas, desde que haja a proteção da fauna, da flora e da qualidade de vida da população local; • Área de Relevante Interesse Ecológico – Área que abriga espécies raras da fauna e flora e que possui grande biodiversidade; • Floresta Nacional – Unidade de conservação estabelecida para garantir a proteção dos recursos naturais, sítios arqueológicos, desenvolvimento de pesquisas científicas, lazer, turismo e educação ambiental; • Reserva Extrativista – Espaço utilizado por populações locais que realizam o extrativismo vegetal e/ou mineral. Essa unidade de conservação objetiva a realização da atividade econômica de forma sustentável; • Refúgio de Vida Silvestre – Área destinada à proteção dos ambientes naturais para a reprodução de espécies da flora local e da fauna migratória; • Reserva da Fauna - Área destinada ao estudo sobre o manejo econômico e sustentável das espécies nativas; • Reserva de Desenvolvimento Sustentável - Visa à preservação da natureza de modo que a qualidade de vida das populações tradicionais seja assegurada; • Reserva Particular do Patrimônio Natural - Área privada que tem por objetivo conservar a diversidade biológica. 2- Como fica esse impasse entre o modelo de desenvolvimento atual e o desenvolvimento sustentável? 3- O que é a agenda 21 9 A “Agenda 21” é um documento lançado na ECO92 (ou Rio92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - CNUMAD – realizada em 1992 na cidade do Rio de Janeiro), que sistematiza um plano de ações com o objetivo de alcançar o desenvolvimento sustentável. A Agenda 21 é um programa de ação que busca promover um novo padrão de desenvolvimento, conciliando proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. É um documento consensual, com contribuições de 179 países, e que foi oficialmente divulgada na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992, no Rio de Janeiro, conhecida por ECO-92. A agenda 21 propõe reduzir a degradação ambiental, juntamente com a redução da pobreza, diminuindo as desigualdades sociais contribuindo para a concretização do desenvolvimento sustentável. 10 UNIDADE 03 - ECO DESENVOLVIMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivo: conhecer a proposta dos Domínios Morfoclimáticos elaborada por Aziz Ab’Saber. Os Domínios Morfoclimáticos leva-nos a entender o clima, relevo e vegetação de cada domínio específico retratado, fazendo compreender melhor a distribuição desses biomas. ESTUDANDO E REFLETINDO Mapa mostando a localização de cada domínio no Brasil. Fonte: Os Domínios da Natureza no Brasil de Aziz Ab’ Saber: 2003 11 Os Domínios Morfoclimáticos elaborados por Aziz Ab’Saber são referências para os estudos da biogeografia brasileira. Agora, veremos os Domínios Morfoclimáticos de forma adaptada. Domínio Amazônico Clima: equatorial com temperaturas elevadas e úmido, com pequena amplitude térmica e chuvas abundantes. Relevo: predomínio de terras baixas (200m) com planícies e depressões planaltos baixos (planalto oriental amazônico). Vegetação: formação de Floresta Equatorial Latifoliada (folhas largas). Solo: com muita matéria orgânica, mas pobre em sua formação (arenoso – a matéria orgânica é proveniente da própria floresta). Domínio do Cerrado Clima: tropical, duas estações bem definidas: verão quente e chuvoso e inverno pouco frio e seco. Relevo: chapadas (superfície plana com vertente abrupta, em geral elevado). Vegetação: Cerrado, arbustos com caule e troncos retorcidos (extrato superior) e gramíneas (extrato inferior). Solo: ácido, pobre em nutrientes. Domínio de Mares de Morros Clima: tropical de altitude, duas estações, com temperaturas mais brandas. Relevo: região mamelonar (meias-laranja) ou também chamada de mares de morros, área escarpada. Vegetação: Mata Atlântica. Solo: rochoso (devido à declividade – litossolos) apresenta relevo acidentado com gnaisse e granito (latossolos), com ação do intemperismo químico (físico- químico). 12 Domínio da Caatinga Clima: semiárido, quente e seco, com chuvas escassas e mal distribuídas, com longos períodos de estiagem. Relevo: região interplanáltica (área e ocorrência da depressão sertaneja). Vegetação: xerófitas (“savana espinhenta”), plantas adaptadas ao regime seco. Solo: rochoso, rasos e pedregosos, com ação do intemperismo físico. Domínio das Araucárias Clima: subtropical – grande amplitude térmica, invernos rigorosos e chuvas regulares o ano todo. Relevo: planáltico, planalto de Ponta Grossa e de Curitiba são as áreas nucleares (core). Vegetação: mata dos pinhais, aciculifoliada (folhas em forma de agulhas), aberta e homogênea. Solos: com alto teor de matéria orgânica e alumínio (ácidos). Pradarias Clima: subtropical – grande amplitude térmica, invernos rigorosos e chuvas regulares o ano todo. Relevo: com coxilhas, colinas suavemente arredondadas. Vegetação: campos, vegetação rasteira com gramíneas. Solos: com relevo suave, com problemas de drenagem e pouca profundidade do solo. BUSCANDO CONHECIMENTO Unidades de Conservação (UCs) Você sabia que as Unidades de Conservação servem para proteger nossos biomas? É importante definir estas áreas, bem como o manejo delas para garantir a sua conservação. Vamos ver como isso é possível? 13 Manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas Unidade de Conservação (UCS): segundo a LEI No 9.985, de 18 de julho de 2000, artigo 2°: Unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial deadministração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. A finalidade das Unidades de Conservação é proteger os principais biomas nacionais, preservando e também restaurando a sua biodiversidade, seus ecossistemas, seu solo, sua beleza cênica, sua geologia, geomorfologia, recursos hídricos e outros. Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUCS): estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação, proteção integral de uso sustentável. Os Parques podem ocupar as três esferas: Nacional, Estadual e Municipal. Eles devem ter uma área definida, uma estrutura, um plano de manejo, um estudo de capacidade de carga para o uso do turismo, uma classificação dentro da estrutura dos parques e guarda parques. Vejamos alguns exemplos de parques no Brasil: PETAR (Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira), Itatiaia, Guimarães/Veadeiros, Serra do Mar (núcleo Picinguaba), Serra Geral (RS) Parque Nacional Serra da Canastra. Foto: Hélder H. J. Gasperoto Parque Estadual da Serra do Mar núcleo Picinguaba 14 Os Parques Nacionais são regiões estabelecidas para a proteção e conservação das belezas cênicas, da flora e fauna e das belezas naturais, com objetivo científico, educacional e recreativo. As principais características dos Parques são: Áreas extensas, com um ou mais ecossistemas, pouco ou não alterado pela ação antrópica, com interesses científico, educacional e recreativo; As autoridades têm que criar medidas de proteção, impedir ou eliminar as causas das perturbações e alterações dos ecossistemas, proteger os elementos biológicos, geomorfológicos e estéticos que justificam a sua criação. (geomorfológica: relevo, clima, vegetação e solo); A visitação deve ser monitorada, com propósitos científicos, culturais educativos e recreativos 15 UNIDADE 04 - ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE. CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivo: ESTUDANDO E REFLETINDO Ciclos Biogeoquímicos 1. Fluxo de Energia. Você sabe qual é a nossa maior fonte de energia? É o sol. Vale dizer que a fonte de energia é necessária para a vida na Terra. A fonte de energia interfere no clima, na distribuição da temperatura, no ciclo hidrológico, na fotossíntese, nos ciclos do carbono e do oxigênio. 2. Ciclo da Água Ciclo Hidrológico utiliza-se da água presente na atmosfera, que seria o ponto de partida do processo. A água pode ser encontrada em três estados na atmosfera: no estado líquido, no estado gasoso e no estado sólido. No estado líquido, encontramos a água nos rios, lagos e oceanos, principalmente. No estado gasoso, a água encontra-se na forma de vapor, enquanto que no estado sólido a encontramos na forma de neve e ou gelo. O ciclo hidrológico apresenta fenômenos hidrológicos e atmosféricos, como a precipitação, a evaporação, a evapotranspiração, o escoamento superficial, a infiltração da água no solo e subsolo, no fluxo dos rios e na armazenagem fluvial e oceânica. a) Evaporação: é um processo físico por meio do qual a água dos rios, lagos, oceanos e do solo é transformada do estado liquido para o estado gasoso. Há a transpiração, que é a evaporação da água liberada pelos vegetais e a evapotranspiração, isto é, um fenômeno correspondente à evaporação das águas acumuladas nas retenções e nas camadas superficiais do solo, acrescida da 16 evaporação da água da chuva interceptada pela folhagem da cobertura vegetal e da transpiração natural que os vegetais executam. b) Precipitação: é a água condensada do vapor d’água da atmosfera, que pode ocorrer em forma de chuvas, granizo, neve, geada, orvalho e neblina. Os principais tipos de precipitação no Brasil são: As chuvas frontais, que ocorrem no Centro Sul, com o contato horizontal (frontal), das massas de ar quente (tropical) e massa fria (polar). As chuvas orográficas (ou orogênica ou de relevo) ocorrem principalmente no litoral devido ao relevo que barra os ventos úmidos provenientes do oceano. As chuvas convectivas (ou de ascensão) ocorrem principalmente na região amazônica, ocorrem pela ascensão de vapor d’água na horizontal, se resfriando nas camadas superiores da atmosfera. 3. Ciclo do Carbono A produção do Carbono está relacionada com a fotossíntese e a respiração além das substâncias em decomposição. Além disso, podemos contar com as erupções vulcânicas, a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão e as queimadas das florestas e da cana (esses dois últimos realizados pelo homem). precipitação Evapotranspiração evaporação Rio ☼ insolação com vegetação sem vegetação escoamento superficial menor escoamento superficial maior infiltração maior infiltração menor 17 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://clickideia.com.br/ascesso maio de 2011 4. Ciclo do Oxigênio O Oxigênio é o elemento essencial para a vida do Homem e de outros seres vivos. Na forma de respiração, ele está também associado ao ciclo do Carbono. http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.qued.com.br/ acesso maio de 2011 18 Eutrofização: diminuição de oxigênio dissolvido na água provocado pelo excesso de plantas (algas). Ciclo do Nitrogênio O ciclo do Nitrogênio é um pouco mais complexo. Para ocorrer uma fixação do nitrogênio pelas bactérias presentes nas plantas, ele se faz necessário para o desenvolvimento das plantas. Além disso, essa fixação pode acontecer com o processo industrial na forma de adubo. Com o grande aumento da produção agrícola e da adubação no solo, o nitrogênio é carregado pela água para os cursos os rios, lagos e lagoas. Esse excesso de nitrogênio nos cursos d’água provoca uma eutrofização. http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com - acesso maio de 2011 19 UNIDADE 5 - BACIA HIDROGRÁFICA CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Utiliza-se da água que está na atmosfera, considerada o ponto de partida do processo. Agora, é claro que você já sabe que a água pode ser encontrada em três estados na atmosfera: líquido, gasoso e sólido. No estado líquido, a água está presente nos rios, lagos e oceanos principalmente. No estado gasoso, encontramos a água na forma de vapor No estado sólido, ela encontra-se disponibilizada na forma de neve e ou gelo. ESTUDANDO E REFLETINDO O ciclo Hidrológico apresenta fenômenos hidrológicos e atmosféricos, como a precipitação, a evaporação, a evapotranspiração, o escoamento superficial, a infiltração da água no solo e subsolo, no fluxo dos rios e na armazenagem fluvial e oceânica, sobre o que abordamos a seguir. Evaporação é um processo físico, por meio do qual a água dos rios, lagos, oceanos e do solo é transformada do estado líquido para o estado gasoso. Trata- se da transpiração, que é a evaporação da água liberada pelos vegetais e da evapotranspiração, fenômeno correspondente à evaporação das águas acumuladas, nas retenções e nas camadas superficiais do solo acrescidas da evaporação da água da chuva, interceptada pela folhagem da cobertura vegetal e da transpiração natural que os vegetais executam. Precipitação é a água condensada do vapor d’água da atmosfera, que pode ocorrer em forma de chuvas, granizo, neve, geada, orvalho e neblina. Os principais tipos de precipitação no Brasil são: Chuvas frontais que ocorrem no Centro-Sul, com o contatohorizontal (frontal), das massas de ar quente (tropical) e massa fria (polar). 20 Chuvas orográficas (ou de relevo) acontecem, principalmente no litoral, devido ao relevo que barra os ventos úmidos (nuvens carregadas de umidade), provenientes do oceano. Essa barreira natural faz com que chova muito no litoral (Barlavento e Sotavento). Chuvas convectivas (ou de ascensão) com incidência, principalmente, na região amazônica. São ocasionadas pela ascensão de vapor d’água na horizontal, resfriando-se nas camadas superiores da atmosfera (a evapotranspiração influi muito para a ocorrência dessa chuva na Amazônia). As precipitações são de suma importância para a climatologia e para a hdrogeografia, pois podem fornecer elementos para o manejo das bacias hidrográficas, como, por exemplo, a utilização das isoietas para um dado período. BUSCANDO CONHECIMENTO Observe o esquema abaixo, que faz referência ao Ciclo Hidrológico. precipitação Evapotranspiração evaporação Rio ☼ insolação com vegetação sem vegetação escoamento superficial menor escoamento superficial maior infiltração maior infiltração menor Isoietas são as linhas de igual precipitação (mm). Assim como em um mapa topográfico as curvas de nível representam regiões de mesma cota (altura em relação a um referencial, que geralmente é o nível médio do mar), as isoietas são curvas que delimitam uma área com igual precipitação (quantidade de chuva que cai, medida em mm). 21 Bacia Hidrográfica: é uma área drenada por um rio principal e seus afluentes (rede hidrográfica). A bacia hidrográfica nos remete à existência de cabeceiras ou nascentes, cursos d’água principais, afluentes e subafluentes. As bacias são delimitadas por seus divisores de águas (interflúvios) – um ponto mais alto no relevo, como uma colina ou serra. Foto: Hélder H. J. Gasperoto – Serra da Canastra MG – divisor de águas. Observação: não confunda afluente com efluente – esse significa esgoto, apesar de alguns córregos e rios em grandes cidades serem isso! 22 Rede Hidrográfica: são os cursos d’água principais, seus afluentes e subafluentes. É o traçado dos rios e seus vales. Talvegue é a linha de maior profundidade no leito fluvial. Resulta da intersecção dos planos das vertentes com dois sistemas de declives. Montante é a parte do rio voltada para a nascente. Jusante é a parte do rio voltada para a sua foz. Quando se constrói uma barragem, por exemplo, a água represada do rio fica à montante e o fluxo, após a barragem, é a jusante. Classificação dos Cursos D’água. Os cursos d’água de cada região podem ser considerados como: perene, intermitente e efêmero. Cursos perenes são os que sofrem o processo de cheias e vazantes, mas não secam, mantendo água em seu curso durante todo o tempo. Trata-se do curso mais comum no Brasil. Como, por exemplo, o rio São Francisco, o rio Amazonas, o rio Paraíba do Sul. Cursos intermitentes são cursos d’água que secam nas estações de estiagem (secas), são considerados rios temporários. Vale dizer que tais rios estão ligados às regiões secas, como o sertão nordestino. Ressalte-se que o Rio São Francisco não é intermitente, pois apesar de atravessar o sertão ele não seca. Como exemplo de curso intermitente, citamos o rio Vaza Barris. Cursos efêmeros são cursos d’água que só aparecem com as chuvas, sendo exclusivamente superficial. Ocorrem geralmente em áreas de pouca declividade. 23 Podemos citar as enchentes urbanas, quando as ruas viram rios e depois desaparecem. A seguir vamos dar alguns exemplos de problemas ambientais urbanos, que normalmente são noticiados pela mídia em todo o país. Enchentes: é, geralmente, uma situação natural de transbordamento de água do leito natural de um curso d’água. A ocorrência de enchentes é mais frequente em áreas mais ocupadas, quando os sistemas de drenagem passam a ter menor eficiência com o tempo. É comum o aumento dos prejuízos com as enchentes, devido ao aumento populacional em determinadas áreas, como nas várzeas dos rios, que são sujeitas tradicionalmente a cheias cíclicas. Quando este transbordamento ocorre em regiões com baixa ou nenhuma ocupação humana, a própria natureza pode se encarregar de absorver os excessos de água gradativamente, gerando poucos danos ao ecossistema, mas podendo gerar danos à agricultura. Mas quando o transbordamento dá-se em áreas habitadas de pequena, média ou grande densidade populacional, os danos podem ser pequenos, médios, grandes ou muito grandes, de acordo com o volume de águas que saíram do leito normal e de acordo com a densidade populacional. O esquema a seguir representa como ocorre esse fenômeno natural, porém com a ocupação irregular das várzeas dos rios, esse fenômeno se torna catastrófico. http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua 24 Manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas. UNIDADE 6 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UCS) CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Segundo a LEI No 9.985, de 18 de julho de 2000, artigo 2°: Unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. A finalidade das Unidades de Conservação é proteger os principais biomas nacionais, preservando e também restaurando a sua biodiversidade, seus ecossistemas, seu solo, sua beleza cênica, sua geologia, geomorfologia, recursos hídricos e outros. ESTUDANDO E REFLETINDO Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUCS): estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação, proteção integral de uso sustentável. Os Parques podem ocupar as três esferas: Nacional, Estadual e Municipal. Eles devem ter uma área definida, uma estrutura, um plano de manejo, um estudo de capacidade de carga para o uso do turismo, uma classificação dentro da estrutura dos parques e guarda parques. Vejamos alguns exemplos de parques no Brasil: PETAR (Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira), Itatiaia, Guimarães/Veadeiros, Serra do Mar (núcleo Picinguaba), Serra Geral (RS) Parque Nacional Serra da Canastra. Os Parques Nacionais são regiões estabelecidas para a proteção e conservação das belezas cênicas, da flora e fauna e das belezas naturais, com objetivo científico, educacional e recreativo. As principais características dos parques são: 25 Áreas extensas, com um ou mais ecossistemas, pouco ou não alterado pela ação antrópica, com interesses científico, educacional e recreativo; As autoridades têm que criar medidas de proteção, impedir ou eliminar as causas das perturbações e alterações dos ecossistemas, proteger os elementos biológicos, geomorfológicos e estéticos que justificam a sua criação. (geomorfológica: relevo, clima, vegetação e solo); A visitação deve ser monitorada, com propósitos científicos, culturais educativos e recreativos. BUSCANDO CONHECIMENTO O uso dos parques nacionais deve obedecer aos planos de manejo e previamente estabelecidos. Segundo Troppmair (2004, p. 256) os parques podem ser divididos em zonas para monitorar melhor omanejo. Veja a classificação proposta por ele: Zona Intangível: é o espaço onde a natureza permanece intacta, não sendo permitidas quaisquer alterações antrópicas. O objetivo do manejo é a preservação para garantir a evolução natural dos ecossistemas; Zona Primitiva: área que sofreu pequena ação antrópica, contém espécies da fauna, ou fenômenos naturais de grande valor científico. O objetivo do manejo reside na preservação natural e ao mesmo tempo visa facilitar as atividades de pesquisas científicas, de educação ambiental e proporcionar formas primitivas de recreação; Zona de uso extensivo: constituída por áreas naturais, podendo apresentar alterações pelas atividades humanas. O objetivo do manejo é a manutenção de um ambiente natural com um mínimo de impacto humano, porém, com facilidade de acesso ao público com fins recreativos e educacionais; 26 Zona de uso intensivo: são áreas naturais ou alteradas pelo homem. O ambiente é mantido próximo ao natural, podendo conter um centro para visitantes, museus e serviços. O objetivo do manejo é facilitar a recreação intensiva e educacional ambiental, em harmonia com o meio natural; Zona de uso de recreação: alterada pelo homem, zona restaurada que poderá ser incorporada às zonas permanentes. O objetivo do manejo é deter degradação dos recursos naturais e a restauração da área; Zona de uso especial: área administrativa com habilitações, oficinas, que servem para a manutenção do parque. O gráfico acima mostra os diversos tipos de recuperação ambiental. Após alterar o ecossistema original, ele não volta mais. O máximo que conseguimos é uma restauração ambiental. A B A – Reflorestamento Econômico B – Reabilitação C – Restauração Ecossistema original C 27 28 UNIDADE 7 - CAPITAL NATURAL CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE A Sustentabilidade está embasada em três pilares, o quadro social, o quadro econômico e o quadro ambiental. O quadro social é o capital humano que concretizam mecanismo que melhorem a qualidade de vida humana, com leis, políticas de melhorias públicas na educação, na saúde, segurança e lazer. O quadro econômico é o modelo de desenvolvimento proposto pelo próprio sistema, é denominado de modelo de desenvolvimento econômico. O quadro ambiental é a relação com a própria natureza, que busca a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais. Há uma busca incansável para o desenvolvimento de projetos para diminuir os impactos ambientais. ESTUDANDO E REFLETINDO A sustentabilidade é um dos componentes críticos para o desenvolvimento sustentável. Dentro dele podemos ver o capital natural, os recursos naturais e os serviços naturais. Em resumo o Capital Natural é uma somatória dos Recursos Naturais com os Serviços Naturiais. os Recursos naturais são materiais contidos na natureza que são essenciais ou úteis para os humanos. Muitas vezes, são classificados como recursos renováveis (como ar, água, solo, plantas e vento) ou não renováveis (como cobre, petróleo e carvão). Os Serviços naturais referem-se a processos disponíveis na natureza como purificação do ar e renovação da camada superior do solo, que dão suporte à vida e às economias do ser humano. (MILLER; SPOOLMAN, 2015, p. 8). Capital Natural Recursos Naturais Serviços Naturais 29 O capital natural está relacionado ao ecossistema, a biodiversidade, aos recursos naturais e aos serviços naturais. O Capital natural é uma representação de todos os benefícios dos ecossistemas em equilíbrio ele fornece ao Homem elementos como a água, alimentos, valores culturais e espirituais. Se a exploração antrópica estiver além da capacidade de suporte da própria natureza passamos a ter uma degradação deste sistema. https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+degradação+de+recursos+naturais Biodiversidade Capital natural Ecossistemas Recursos naturais Serviços naturais 30 O equilíbrio na natureza se faz cada vez mais necessário para que futuras gerações possam também aproveitar, veja os esquemas de produção agrícola com sustentabilidade, que podem ajudar na preservação dos ecossistemas. O primeiro é um esquema integrado agricultura e meio natural, onde a preservação das espécies se faz notar. O segundo esquema é uma aplicação direta da agricultura e observa-se a diminuição das espécies. https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+degradação+de+recursos+naturais O esquema a seguir mostra a degradação do capital natural onde o modelo de desenvolvimento econômico atual se faz presente nesta intensa degradação. 31 https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+degradação+de+recursos+naturais https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+degradação+de+recursos+naturais 32 UNIDADE 8 - PEGADA ECOLÓGICA CONHECENDO O CONTEÚDO DA UNIDADE O termo Pegada Ecológica foi criado para definir o quanto o planeta Terra pode suportar em relação ao seu consumo, mede a quantidade de recursos naturais renováveis que seriam necessários para manter o nosso padrão de vida atual. Ela avalia o consumo que as populações humanas fazem sobre os recursos naturais. No calculo da Pegada Ecológica quanto maior for o resultado, mais danos ela está causando ao meio ambiente. ESTUDANDO E REFLETINDO O calculo utiliza o que foi denominado de gha (hectares globais), ele mede, compara e pode servir para gerenciar o uso dos recursos naturais. No cálculo podemos diagnosticar aspectos econômicos e ambientais como: 1- Áreas utilizadas para a produção de alimento. 2- Áreas de pastagem utilizadas para a satisfação da espécie humana. 3- Áreas utilizadas para a ocupação urbana. 4- Área verde que deve ser disponibilizada para que haja uma efetivação da absorção do CO2. 5- Área de floresta necessária para fornecer ao homem a sua utilização econômica. Para que a Pegada Ecológica possa diminuir e dar mais conforto à sociedade mundial devemos ter: 1- Um consumo consciente. 2- Fontes de energia alternativas. 3- Diminuir o consumo de energia não renovável. 4- Fazer reciclagem do lixo. 5- Reutilizar os produtos. 33 6- Evitar o desperdício. 7- Ter um consumo consciente. 8- Mudar os hábitos de consumo. O gráfico mostra que devermos diminuir a Pegada Ecológica para termos uma melhor qualidade de vida, lembrando que quanto maior for a Pegada Ecológica, pior a situação. https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+pegada+ecologica&biw Neste gráfico mostra quantos mundos seriam necessário para manter o atual modelo de desenvolvimento econômico. 34 https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+pegada+ecologica&biw Este gráfico mostra o quanto os países consomem de recursos naturais para manter o seu padrão de consumo atual. https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+pegada+ecologica&biw 35 E por fim este gráfico mostra a relação entre a produção e a geração de lixo. https://www.google.com.br/search?q=grafico+de+pegada+ecologica&biw 36 UNIDADE 9 - Código Florestal brasileiro Capítulo II – das Áreas de Preservação Permanente Seção I – da delimitação das Áreas de Preservação Permanente Art. 4°. Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: Inciso I- as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: A= nascentes a= leito do rio até 10 metros; b= leito do rio de 10 metros a 50 metros; c= leito do rio de 50 metros a 200 metros; d= leito do rio de 200 metros a 600 metros; e= leito do rio com mais de 600 metros. Leito do rio Faixa Marginal Permanente (FMP)A Nascentes 50 metros de preservação a até 10 metros 30 metros de preservação b 10 metros a 50 metros 50 metros de preservação c 50 metros a 200 metros 100 metros de preservação d 200 metros a 600 metros 200 metros de preservação e mais de 600 metros 500 metros de preservação A a b c d e 37 Inciso II- áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: Zona rural Corpo d’água menor de 20 hectares de superfície 50 metros de Faixa Marginal Permanente Zona rural Corpo d’água maior que 20 hectares de superfície 100 metros de Faixa Marginal Permanente Zona urbana Sem restrições de superfície 30 metros de Faixa Marginal Permanente Inciso III- as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento, observando o disposto nos parágrafos 1 e 2. § 1 Não se aplica o previsto no inciso III nos casos em que os reservatórios artificiais de água não decorram de barramento o represamento de cursos d’água. § 2 No entorno dos reservatórios artificiais situados em áreas rurais com até 20 hectares de superfície, área de preservação permanente terá no mínimo 15 metros. Inciso IV- as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 metros. A= área de nascentes e olhos d’água perenes; 38 A Área de nascentes e olhos d’água perenes Raio mínimo de 50 metros, qualquer que seja sua situação topográfica. Resumindo A mata de galeria ou ciliar é aquela que acompanha o leito dos rios, das nascentes e lagos, fazendo a proteção de suas margens e evitando o assoreamento dos rios. Essa vegetação é considerada pelo Código Florestal uma área de proteção permanente. Ela também evita o assoreamento dos rios lagos e lagoas. O Código Florestal diz o seguinte: • Proteção de 30 metros para cursos d’água com menos de 10 metros de largura. • Proteção de 50 metros para cursos d’água entre 10 a 50 metros. • Proteção de 100 metros para cursos d’água entre 50 a 200 metros. • Proteção de 200 metros para cursos d’água entre 200 a 600 metros. • Proteção de 500 metros para cursos d’água acima de 600 metros. Fotos: Hélder Gasperoto. A exceção é a permissão de retirada da vegetação para execução de obras de interesse público, desde que com licenciamento ambiental e com a execução da compensação ambiental indicada. As terras indígenas só podem ser exploradas pelos próprios indígenas e em condições de manejo sustentável. 39 O código regulamenta também a porcentagem de reserva legal que deve ser mantida na propriedade privada, a declaração de imunidade ao corte de espécimes vegetais notáveis, as condições de derrubada de vegetação em área urbana e de manutenção de área verde no entorno de represas artificiais e o reflorestamento, inclusive pelo poder público em propriedades que tenham retirado a cobertura nativa além do legalmente permitido. Dispõe também sobre a obrigatoriedade, por parte de empresas que usem matéria-prima oriunda de florestas, de que mantenham áreas de reflorestamento. Estipula as penalidades por agressão a áreas preservadas ou a objetos isolados de preservação, com agravante quando a infração ocorre no período de dispersão das sementes. Assoreamento é o processo em que o acúmulo de sedimentos (detritos) no fundo dos rios e lagoas interferem na topografia de seus leitos impedindo-os de portar cada vez menos água, provocando seu transbordamento em épocas de grande quantidade de chuvas. No Brasil o despejo sistemático de esgotos domésticos, provenientes de habitações que são lançados diretamente nas margens dos rios ou indiretamente, é uma das causas de morte da vida marinha nos rios e lagos que não deve ser confundido com o processo de assoreamento. Embora o depósito de sedimentos constitua um fenômeno do assoreamento fluvial, que pode ser seguido de desertificação, a milênios vem contribuindo na purificação e filtragem das águas de chuva que correm no leito de um rio . O assoreamento é um fenômeno muito antigo e existe há tanto tempo quanto existem os mares e rios do planeta, e este processo já evitou que o fundo dos oceanos entupisse com milhões de metros cúbicos de impurezas orgânicas, esse trabalho de filtragem antes das encostas oceânicas, levam anos para se formarem. 40 Assoreamento: acúmulo de sedimentos no fundo do leito de um rio ou lago. Porém o homem vem acelerando este antigo processo através dos desmatamentos, desbarrancamentos e outras ações que acabam por expor as áreas à erosão, a construção de favelas sem contenção de encostas, além de desmatar, tem a erosão acelerada devido à declividade do terreno, as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desmatamentos extensivos para dar lugar a áreas plantadas, a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem com seu papel natural de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial. Código Florestal Brasileiro: O Novo Código Florestal - Lei 12.651 de 25/05/2012 – estabelece limites de uso das áreas dos imóveis rurais para que se mantenha o equilíbrio entre as dimensões ambiental e econômica na exploração agropecuária. A lei refere-se à proteção e preservação de florestas, matas ciliares, Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. 41 UNIDADE 10 - RESERVA LEGAL. CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Conhecer as diferentes áreas de preservação. ESTUDANDO E REFLETINDO Divisão em três áreas: 1- Área de Preservação Permanente (APP); 2- Área de Reserva Legal; 3- Área Remanescente. • Reserva Legal – A proporção não muda, mas imóveis de até 4 módulos fiscais ficarão isentos de reserva legal para fins de recomposição. • Será admitido plantio de uva, maçã e café em encostas acima de 45°. 42 • 30 metros para rios de até 10 metros de largura com redução em 50% para fins de recuperação. • Agropecuária fica liberada em encostas entre 250° e 450°, excluídas áreas de risco. • Propriedades maiores do que 4 módulos só começam a contar sua reserva legal na área que ultrapassa esse tamanho (Folha de S. Paulo, 11 mai. 2011. Adaptado). Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...) III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa; 43 CAPÍTULO IV DA ÁREA DE RESERVA LEGAL Seção I - Da Delimitação da Área de Reserva Legal. Art. 12. Nas florestas plantadas, não consideradas de preservação permanente, é livre a extração de lenha e demais produtos florestais ou a fabricação de carvão. Nas demais florestas dependerá de norma estabelecida em ato do Poder Federal ou Estadual, em obediência a prescrições ditadas pela técnica e às peculiaridades locais. Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel, excetuados os casos previstos no art. 68 desta Lei: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). I - localizado na Amazônia Legal: a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas; b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado; c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais; II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte porcento). § 1o Em caso de fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, inclusive para assentamentos pelo Programa de Reforma Agrária, será considerada, para fins do disposto do caput, a área do imóvel antes do fracionamento. § 2o O percentual de Reserva Legal em imóvel situado em área de formações florestais, de cerrado ou de campos gerais na Amazônia Legal será definido considerando separadamente os índices contidos nas alíneas a, b e c do inciso I do caput. § 3o Após a implantação do CAR, a supressão de novas áreas de floresta ou outras formas de vegetação nativa apenas será autorizada pelo órgão ambiental http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm 44 estadual integrante do Sisnama se o imóvel estiver inserido no mencionado cadastro, ressalvado o previsto no art. 30. § 4o Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público poderá reduzir a Reserva Legal para até 50% (cinquenta por cento), para fins de recomposição, quando o Município tiver mais de 50% (cinquenta por cento) da área ocupada por unidades de conservação da natureza de domínio público e por terras indígenas homologadas. § 5o Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público estadual, ouvido o Conselho Estadual de Meio Ambiente, poderá reduzir a Reserva Legal para até 50% (cinquenta por cento), quando o Estado tiver Zoneamento Ecológico- Econômico aprovado e mais de 65% (sessenta e cinco por cento) do seu território ocupado por unidades de conservação da natureza de domínio público, devidamente regularizadas, e por terras indígenas homologadas. § 6o Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de esgoto não estão sujeitos à constituição de Reserva Legal. § 7o Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou autorização para exploração de potencial de energia hidráulica, nas quais funcionem empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações ou sejam instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica. § 8o Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de capacidade de rodovias e ferrovias. 45 46 UNIDADE 11 - CLASSIFICAÇÃO DE FLORESTAS. CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Conhecer a classificação das florestas ESTUDANDO E REFLETINDO Classificação de Florestas em três etapas (segundo Luiz Paulo Sirvinkas): 1- Titularidade; 2- Origem; 3- Uso. Titularidade a) floresta de domínio púbico b) floresta de domínio privado Origem a) floresta primitiva ou primária b) floresta em regeneração c) floresta regenerada d) floresta plantada ou secundária Uso a) floresta de exploração proibida b) floresta de exploração limitada c) floresta de exploração livre Função socioambiental da propriedade rural: ela é a base para o desenvolvimento econômico do setor agropecuário do Brasil. Com ela o produtor pode fazer um plano de gestão da produção do campo, levando em consideração o custo de proteção dos bens ambientais. Isso nos remeta a pensar como é essencial a sustentabilidade e o uso racional dos recursos naturais. Função socioambiental da propriedade rural a) aproveitamento racional e adequado; b) utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; c) observância das disposições que disciplinam as relações trabalhistas no campo; d) exploração da propriedade rural que favoreça o bem estar dos proprietários e dos trabalhadores. Divisão em duas modalidades de intervenção antrópica para cada uma das áreas: 1- Supressão; 2- Exploração. 47 O corte, a supressão e a exploração da vegetação de Bioma deverão ser efetuados de maneira diferenciada, conforme o tipo da vegetação. a) Vegetação Primária: Somente serão autorizados em caráter excepcional, quando necessários à realização de obras, projetos ou atividades de utilidade pública, pesquisas científicas e práticas preservacionistas. b) Vegetação Secundária em Estágio Avançado de Regeneração: Somente serão autorizados em caráter excepcional, quando necessários à realização de obras, projetos ou atividades de utilidade pública, pesquisas científicas e práticas preservacionistas. c) Vegetação Secundária em Estágio Médio de Regeneração: Somente serão autorizados em caráter excepcional, quando necessários à execução de obras, atividades ou projetos de utilidade pública ou de interesse social, pesquisa científica e práticas preservacionistas. E quando necessários ao pequeno produtor rural e populações tradicionais para o exercício de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais imprescindíveis à sua subsistência e de sua família, ressalvadas as áreas de preservação permanente e, quando for o caso, após averbação da reserva legal, ou inscrição do imóvel no CAR (Cadastramento Ambiental Rural). d) Vegetação Secundária em Estágio Inicial de Regeneração: O corte, a supressão e a exploração da vegetação secundária em estágio inicial de regeneração do Bioma Mata Atlântica poderão ser autorizados pelo órgão estadual competente. BUSCANDO O CONHECIMENTO CAPÍTULO II - DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (Código Florestal) Seção II Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente Art. 7o A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado. § 1o Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante 48 a qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei. § 2o A obrigação prevista no § 1o tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural. § 3o No caso de supressão não autorizada de vegetação realizada após 22 de julho de 2008, é vedada a concessão de novas autorizações de supressão de vegetação enquanto não cumpridas as obrigações previstas no § 1o. Art. 8o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei. § 1o A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública. § 2o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente de que tratam os incisos VI e VII do caput do art. 4o poderá ser autorizada, excepcionalmente, em locais onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de obras habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda. § 3o É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas. § 4o Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das previstas nesta Lei. Art. 9o É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental. 49 UNIDADE 12 - CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR CAPÍTULO VI DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatóriopara todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. § 1o A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou estadual, que, nos termos do regulamento, exigirá do proprietário ou possuidor rural: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). I - identificação do proprietário ou possuidor rural; II - comprovação da propriedade ou posse; III - identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo, contendo a indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração do perímetro do imóvel, informando a localização dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação Permanente, das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e, caso existente, também da localização da Reserva Legal. § 2o O cadastramento não será considerado título para fins de reconhecimento do direito de propriedade ou posse, tampouco elimina a necessidade de cumprimento do disposto no art. 2o da Lei no 10.267, de 28 de agosto de 2001. § 3o A inscrição no CAR será obrigatória para todas as propriedades e posses rurais, devendo ser requerida até 31 de dezembro de 2017, prorrogável por mais 1 (um) ano por ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei nº 13.295, de 2016) Art. 30. Nos casos em que a Reserva Legal já tenha sido averbada na matrícula do imóvel e em que essa averbação identifique o perímetro e a localização da reserva, o proprietário não será obrigado a fornecer ao órgão ambiental as informações relativas à Reserva Legal previstas no inciso III do § 1o do art. 29. Parágrafo único. Para que o proprietário se desobrigue nos termos do caput, deverá apresentar ao órgão ambiental competente a certidão de registro de imóveis onde conste a averbação da Reserva Legal ou termo de compromisso já firmado nos casos de posse. Art. 13. Quando indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico - ZEE estadual, realizado segundo metodologia unificada, o poder público federal poderá: I - reduzir, exclusivamente para fins de regularização, mediante recomposição, regeneração ou compensação da Reserva Legal de imóveis com área rural consolidada, situados em área de floresta localizada na Amazônia Legal, para até 50% (cinquenta por cento) da propriedade, excluídas as áreas prioritárias para conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos e os corredores ecológicos; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10267.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10267.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13295.htm#art4 50 II - ampliar as áreas de Reserva Legal em até 50% (cinquenta por cento) dos percentuais previstos nesta Lei, para cumprimento de metas nacionais de proteção à biodiversidade ou de redução de emissão de gases de efeito estufa. § 1o No caso previsto no inciso I do caput, o proprietário ou possuidor de imóvel rural que mantiver Reserva Legal conservada e averbada em área superior aos percentuais exigidos no referido inciso poderá instituir servidão ambiental sobre a área excedente, nos termos da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e Cota de Reserva Ambiental. § 2o Os Estados que não possuem seus Zoneamentos Ecológico- Econômicos - ZEEs segundo a metodologia unificada, estabelecida em norma federal, terão o prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data da publicação desta Lei, para a sua elaboração e aprovação. Art. 14. A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em consideração os seguintes estudos e critérios: I - o plano de bacia hidrográfica; II - o Zoneamento Ecológico-Econômico III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com outra área legalmente protegida; IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade; e V - as áreas de maior fragilidade ambiental. § 1o O órgão estadual integrante do Sisnama ou instituição por ele habilitada deverá aprovar a localização da Reserva Legal após a inclusão do imóvel no CAR, conforme o art. 29 desta Lei. § 2o Protocolada a documentação exigida para a análise da localização da área de Reserva Legal, ao proprietário ou possuidor rural não poderá ser imputada sanção administrativa, inclusive restrição a direitos, por qualquer órgão ambiental competente integrante do Sisnama, em razão da não formalização da área de Reserva Legal. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que: I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo; II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; e III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei. § 1o O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera na hipótese prevista neste artigo. § 2o O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal conservada e inscrita no Cadastro Ambiental Rural - CAR de que trata o art. 29, cuja área ultrapasse o mínimo exigido por esta Lei, poderá utilizar a área excedente para fins de constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental e outros instrumentos congêneres previstos nesta Lei. § 3o O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as modalidades de cumprimento da Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm 51 recomposição e a compensação. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). § 4o É dispensada a aplicação do inciso I do caput deste artigo, quando as Áreas de Preservação Permanente conservadas ou em processo de recuperação, somadas às demais florestas e outras formas de vegetação nativa existentes em imóvel, ultrapassarem: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). I - 80% (oitenta por cento) do imóvel rural localizado em áreas de floresta na Amazônia Legal; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). II - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio ou coletiva entre propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art. 12 em relação a cada imóvel. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva Legal poderá ser agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes. Seção II Do Regime de Proteção da Reserva Legal Art. 17. A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de vegetação nativa pelo proprietário do imóvel rural, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado. § 1o Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante manejo sustentável, previamente aprovado pelo órgão competente do Sisnama, de acordo com as modalidades previstas no art. 20. § 2o Para fins de manejo de Reserva Legal na pequena propriedade ou posse rural familiar, os órgãos integrantes do Sisnama deverão estabelecer procedimentos simplificados de elaboração, análise e aprovação de tais planos de manejo. § 3o É obrigatória a suspensão imediata das atividades em área de Reserva Legal desmatada irregularmente após 22 de julho de 2008. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).§ 4o Sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, deverá ser iniciado, nas áreas de que trata o § 3o deste artigo, o processo de recomposição da Reserva Legal em até 2 (dois) anos contados a partir da data da publicação desta Lei, devendo tal processo ser concluído nos prazos estabelecidos pelo Programa de Regularização Ambiental - PRA, de que trata o art. 59. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão ambiental competente por meio de inscrição no CAR de que trata o art. 29, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento, com as exceções previstas nesta Lei. § 1o A inscrição da Reserva Legal no CAR será feita mediante a apresentação de planta e memorial descritivo, contendo a indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração, conforme ato do Chefe do Poder Executivo. § 2o Na posse, a área de Reserva Legal é assegurada por termo de compromisso firmado pelo possuidor com o órgão competente do Sisnama, com força de título executivo extrajudicial, que explicite, no http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm 52 mínimo, a localização da área de Reserva Legal e as obrigações assumidas pelo possuidor por força do previsto nesta Lei. § 3o A transferência da posse implica a sub-rogação das obrigações assumidas no termo de compromisso de que trata o § 2o. § 4o O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro de Imóveis, sendo que, no período entre a data da publicação desta Lei e o registro no CAR, o proprietário ou possuidor rural que desejar fazer a averbação terá direito à gratuidade deste ato. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm 53 UNIDADE 13 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Conhecer os parâmetros do licenciamento ambiental ESTUDANDO E REFLETINDO Definição. O Licenciamento Ambiental é um instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente instituído pela Lei nº 6938, de 31 de agosto de 1981, com a finalidade de promover o controle prévio à construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental. O Licenciamento Ambiental, instrumento de gestão instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente, de utilização compartilhada entre a União e os Estados da federação, o Distrito Federal e os Municípios em conformidade com as respectivas competências, objetiva regular as atividades e empreendimentos que utilizam os recursos naturais e podem causar degradação ambiental no local onde se encontram instalados. Resolução CONAMA 237/97 Art. 1º - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. 54 II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco. Objetivos 1- Instrumento de gestão ambiental que permite agir preventivamente sobre a proteção do meio ambiente, compatibilizando sua prevenção com o desenvolvimento econômico e social. 2- O meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico são direitos constitucionais e são essenciais para a sociedade. Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. 55 Avaliação de Impacto Ambiental: Estudo realizado para identificar, prever e interpretar, assim como, prevenir as consequências ou efeitos ambientais que determinadas ações, planos, programas ou projetos podem causar à saúde, ao bem estar humano e ao entorno. Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco. LP LI LO Licença Prévia = viabilidade do empreendimento Licença de Instalação = autorização para o início da implantação Licença de Operação = autorização para o início do funcionamento 56 Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados. 57 UNIDADE 14 - CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS DE ÁGUA. RESOLUÇÃO No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 Publicada no DOU nº 053, de 18/03/2005, págs. 58-63 • Alterada pela Resolução 410/2009 e pela 430/2011 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das competências que lhe são conferidas pelos arts. 6o, inciso II e 8o, inciso VII, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990 e suas alterações, tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, e Considerando a vigência
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