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0 capítulo do espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos, inclui a esquizofrenia, transtorno da personalidade esquizotípica, o transtorno delirante, transtorno psicótico breve, transtorno esquizofreniforme, transtorno esquizoafetivo e outros menos usuais. Os sintomas da esquizofrenia podem ser divididos em dois grupos: positivos e negativos. Os positivos representam fenômenos que, em uma situação de certa “normalidade”, deveriam estar ausentes, uma “adição”. Eles podem ser subdivididos em dois tipos: psicóticos (delírios e alucinações) e os de desorganização (fragmentação ou desarmonia no que se refere à sua cognição, o pensamento e ao comportamento). Já os sintomas negativos, caracterizam-se por uma redução nas funções mentais e da sua afetividade de forma geral. Para o transtorno é necessário obrigatoriamente os positivos Como já mencionado, o delírio, consiste em um juízo da realidade patologicamente falso, de conteúdo impossível, não passíveis de mudança à luz de evidências reais (GADELHA; NARDI; SILVA,2020). Os delírios, não são exclusivos do transtorno da esquizofrenia, e não são todos os tipos de delírios que ocorrem. Seu conteúdo pode incluir uma grande variedade de temas (persecutório, de referência, somático, religioso, de grandeza). Sendo os delírios persecutórios, de referência, delírios de grandeza e delírios erotomaníacos os mais comuns. São também encontrados, delírios niilistas e somáticos. A alucinação é uma falsa percepção, na qual o indivíduo tem uma experiência sensorial apesar de o estímulo externo correspondente estar ausente. São vividas e claras, com toda a força e o impacto das percepções normais, não estando sob seu controle voluntário. Podem ocorrer em qualquer modalidade sensorial (visão, audição...), sendo alucinações auditivas as mais comuns na esquizofrenia; as alucinações auditivas costumam ser vividas como vozes, familiares ou não, percebidas como diferentes dos próprios pensamentos. A desorganização do pensamento costuma ser inferida a partir do discurso do indivíduo. Este pode mudar de um tópico a outro (descarrilamento ou afrouxamento das associa ções). As suas respostas a perguntas podem ter uma relação oblíqua ou não ter relação alguma O seu discurso pode estar tão gravemente desorganizado que é incompreensível, lemb rando a afasia receptiva em sua desorganização linguística (incoerência ou uma "salada de palavras"). Dois sintomas negativos são especialmente bastante proeminentes na esquizofrenia: expressão emocional diminuída e avolia. A expressão emocional diminuída O transtorno chamado espectro da esquizofrenia é caracterizado por um transtorno psicótico em que a marca principal é a presença dos sintomas psicóticos. Ele apresenta, uma duração de pelo menos seis meses, incluindo ao menos um mês de sintomas da fase ativa. Define- se a fase ativa, como o período no qual os sintomas apresentados por esse indivíduo são mais proeminentes. Hoje, o transtorno é definido como um espectro, e não mais apresenta-se com os subtipos do DSM IV: catatônico, desorganizado, paranoide, indiferenciado e o residual. Seus critérios vão do A ao F. São os seguintes: A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade significativa de tempo durante um período de um mês (E pelo menos um deve ser positivo 1, 2 ou 3): 1. Delírios. 2. Alucinações. 3. Um discurso desorganizado. 4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou até catatônico. 5. Sintomas negativos (expressão emocional diminuída ou avolia); B. Por período significativo de tempo desde o aparecimento da perturbação, o nível do seu funcionamento em uma ou mais áreas importantes está acentuadamente abaixo do nível que era alcançado antes do seu início. C. Sinais contínuos de uma perturbação persistem durante, pelo menos, seis meses. E esse período de seis meses deve incluir no mínimo, um mês de sintomas que precisam satisfazer ao Critério A (a fase ativa); e pode incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais. Durante esses períodos prodrômicos ou residuais, os sinais dessa perturbação podem ser manifestados apenas por sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas listados no Critério A em uma forma mais atenuada Ou seja, são seis meses, sendo o primeiro da fase ativa, podendo nos demais cinco meses incluir o período podrômicos ou o período residual. D. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno bipolar com características psicóticas são descartados porque 1- não ocorreram episódios depressivos maiores ou maníacos concomitantemente com os sintomas da fase ativa, ou II- se episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua duração total foi breve em relação aos períodos ativo e residual do transtorno no geral. E. Não atribuído a substância ou a uma condição Se há história de transtorno do espectro autista ou de um transtorno da comunicação iniciado na infância, o diagnóstico adicional de esquizofrenia é realizado se os psicóticos são proeminentes além dos demais com inclui reduções na expressão de emoções pelo rosto, no contato visual, na entonação da fala e nos movimentos das mãos, da cabeça e da face, os quais normalmente conferem ênfase emocional ao discurso. A avolia é uma redução em atividades motivadas, auto iniciadas e com uma finalidade. A pessoa pode ficar sentada por períodos longos e mostrar pouco interesse em participar de atividades profissionais ou sociais. Outros sintomas negativos incluem alogia, anedonia e falta de sociabilidade; sendo a anedonia a capacidade reduzida de ter prazer resultante de estímulos positivos, ou degradação na lembrança do prazer. O comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal pode se manifestar de várias formas, desde o comportamento "tolo e pueril" até a agitação imprevisível. Comportamento catatônico é uma redução acentuada na reatividade ao ambiente. Varia da resistência a instruções (negativismo), passando por manutenção de postura rígida, inapropriada ou bizarra, até uma falta total de respostas verbais e motoras (mutismo e estupor). Pode, ainda, incluir atividade motora sem propósito e excessiva sem causa óbvia (excitação catatônica). Outras características incluem movimentos estereotipados olhar fixo, caretas.... Além das características descritas acima, o DSM, menciona que: Os sintomas característicos da esquizofrenia envolvem uma gama de disfunções cognitivas, comportamentais e emocionais, mas nenhum sintoma é patognomônico (próprios apenas do transtorno) ou seja, o diagnóstico envolve o reconhecimento de uma gama de sinais e sintomas associados a um funcionamento profissional ou social prejudicado em relação ao seu funcionamento anterior além dos sintomas psicóticos. Além disso, indivíduos com esse transtorno, apresentarão variações substanciais na maior parte das suas características (é um espectro). Os indivíduos podem manifestar uma variedade de crenças incomuns ou estranhas que não sejam de proporções delirantes (p. ex., ideias de referência ou pensamento mágico); podem ter suas experiências perceptivas raras (p. ex., sentir a presença de uma pessoa invisível); seu discurso pode ser, em geral, compreensível, porém vago; seu comportamento pode ser as vezes incomum, mas não grosseiramente desorganizado (p. ex., murmurar em público). Além disso, a avaliação dos sintomas dos domínios cognição, depressão e mania é crucialpara que sejam feitas distinções importantes entre os vários transtornos. É a manifestação psicomotora mais marcante na esquizofrenia. Na catatonia, embora os pacientes apresentem o seu nível de consciência preservado, podem revelar sintomas de estupor (diminuição marcante até mesmo ausência de atividade psicomotora) além disso, apresentam mutismo e o negativismo; o paciente fica no leito, parado, sem fazer nada, sem responder a solicitações, sem se alimentar e às vezes sem sair para urinar ou defecar. Além disso, também temos a catalepsia, o paciente fica na posição que o colocam, mesmo em posições ruins A falta de insight é um dos elementos importantes da maioria dos pacientes (DANTAS et al., 2011 apud DALGALARRONDO,2018), os quais, em geral, não acham que têm qualquer problema ou até o transtorno; às vezes, reconhecem a presença dos sintomas, mas atribuem-nos a outras causas ou fatores (como nervosismo, influências espirituais, religiosas, ação do demônio, dificuldades na vida que todos têm, etc.). É também comum para esses pacientes negarem que tenham qualquer necessidade de um tratamento, acompanhamento médico ou psicológico ou até medicamentoso. O insight e sua falta não são algo “tudo ou nada”; há graus de insight. As características psicóticas da esquizofrenia costumam surgir entre o fim da adolescência e meados dos 30 anos; início antes da adolescência é raro. A idade de pico do início do seu primeiro episódio psicótico é entre o início e a metade da faixa dos 20 anos para o sexo masculino e fim dos 20 anos para o feminino. O início pode ser abrupto ou insidioso, mas a maioria dos indivíduos tem um desenvolvimento lento e gradativo de uma variedade de sinais e sintomas. A maioria dos indivíduos ainda necessita de apoio na vida cotidiana, pois muitos permanecem cronicamente doentes, com exacerbações e até remissões de sintomas da fase ativa. A diferença do esquizoafetivo, é que o diagnóstico de transtorno esquizoafetivo exige que um episódio depressivo maior ou episódio maníaco ocorra ao mesmo tempo em que ocorrem os sintomas da fase ativa e que os sintomas de humor estejam presentes na maior parte do tempo da duração total dos seus períodos ativos; o transtorno esquizofreniforme e o transtorno psicótico breve, têm duração menor que a esquizofrenia; o TP esquizotípico, pode ser diferenciado pois não há uma mudanças brusca em relação ao funcionamento anterior, o sujeito “sempre” foi desse jeito. Esses transtornos podem também ter sintomas semelhantes a um episódio psicótico, mas diferem pelos respectivos déficits na interação social, com comportamentos repetitivos e restritos e outros déficits cognitivos e de comunicação. Além disso, um indivíduo com transtorno do espectro autista ou transtorno da comunicação deve ter sintomas que satisfaçam todos os critérios de esquizofrenia, com alucinações ou os delírios proeminentes durante pelo menos um mês a fim de ser diagnosticado com esquizofrenia como uma condição comórbida a esse transtorno. Os especificadores de curso devem somente ser usados após um ano de duração do transtorno e se não estiverem em contradição com os critérios de curso diagnóstico; o diagnóstico de esquizofrenia pode ser feito sem a utilização desse especificador de gravidade. E deve-se especificar com ou sem catatonia e a sua remissão.
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