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AÇO E MADEIRA – P2 SEMESTRE 2021.2 Data de Inicio 15/02 Data Final 13/06 Tópicos 1. Combinações 2. Consultar Tabela de Espécies 3. Resistência do Projeto 4. Definir Mecanismo 5. Ligações 6. Peças Tracionadas 7. Vigas 8. Peças Comprimidas Nomeclaturas: ρap(12%): massa específica aparente para umidade de 12% fc: resistência à compressão paralela às fibras; fcn: resistência à compressão normal às fibras; ft: resistência à tração paralela às fibras; ftn: resistência à tração normal às fibras; fv: resistência ao cisalhamento paralelo às fibras; fe: resistência ao embutimento; fM: resistência ao Momento (fM = ft); fm: valor médio de resistência ( nesse caso as nomenclaturas específicas ficam normais como escritas acima, como fc, ft...); fk: valor característico de resistência ( nesse caso nas nomenclaturas específicas é adicionada a letra k , como fc,k, ft,k...); Ec: módulo de elasticidade na compressão paralela às fibras; Ecn: módulo de elasticidade na compressão normal às fibras. 1. COMBINAÇÕES Estado Limite Último Combinações: Normais (uso previsto da estrutura) – consideradas carregamento de longa duração: Fd = Σ γg Gi + γq1 Q1 + Σ γqj ψ0j Qj, sendo Fd é a “força” de ações combinadas, Gi é a carga permanente, Q1 é a ação variável de base (dominante), Qj é a ação variável usada em combinação com a ação de base, γg, γq são coeficientes de majoração (de carga permanente e de carga variável) e ψ0 é o fator de combinação. Obs.: Para levar em conta a maior resistência a ações de curta duração (vento ou força de frenagem e aceleração) nas combinações normais em que estas ações forem consideradas principais (Q1), os seus valores serão reduzidos, multiplicando-os por 0,75. Excepcionais: Fd = Σ γg Gi + E + Σ γqj ψ0j Qj, sendo E é a ação excepcional. Os valores de γg , γq e ψ0 são tabelados: Obs.: Cargas atuando contra a segurança (positivas) são combinadas separadamente em relação às cargas a favor da segurança (negativas) – nesse caso usa o valor dos coeficientes de majoração que estão entre parênteses. Estado Limite de Serviço ou Utilização (ELS) Combinações: Longa duração: F = Σ Gi + Σ ψ2j Qj, sendo F é a “força” de ações combinadas, Qj são ações variáveis com valores quase- permanentes e ψ2 é o fator de utilização quase-permanente. Média, Curta ou duração Instantânea: F = Σ Gi + ψn Q1 + Σ ψk Qj, sendo ψn e ψk são fatores de combinação (tabelados) e Q1 é uma ação variável principal. sendo os valores de ψn e ψk tabelados: 2. CONSULTAR TABELAS DE ESPÉCIES Valores médios para cada espécie (considerando U=12%): Quando em grau de umidade diferente de 12% é necessário fazer a transformação utilizando: f12 = fU [1+ 𝟑 𝟏𝟎𝟎 (U – 12)] OBS.: DEFORMAÇÃO DA MADEIRA Deformação lenta (fluência), sob a ação de cargas de atuação demorada. δtot = δel + δc = δel (1 + φ) , sendo δel a deformação elástica, δc a deformação de fluência e φ tabelado: As deflexões das peças de madeira, a longo prazo, podem ser estimadas com um módulo de elasticidade efetivo (Ec,ef) reduzido em relação ao valor médio E. Ec,ef = 𝟏 𝟏+φ E Valores limites de descolamento vertical: 3. RESISTÊNCIA DE PROJETO A tensão resistente de projeto fd de uma peça de madeira é calculada por: fd = kmod 𝒇𝒌 𝜸𝒘 , sendo o γq tabelado (3.8) e em função dos valores de fm e fk, fk é a resistência característica, sendo transformadas usando as relações ou podem estar tabelas nos casos de já kmod é calculado usando kmod = kmod1 x kmod2 x kmod3, sendo kmod1: kmod2: kmod3: Resistência à compressão ou tração inclinada: fcβ = 𝒇𝒄 . 𝒇𝒄𝒏 𝒇𝒄 . 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜷 +𝒇𝒄𝒏 .𝐜𝐨𝐬𝟐 𝛃 , sendo fcβ a resistência a compressão (também pode ser a tração) inclinada e 𝜷 o ângulo de inclinação. Obs.: Ec,ef = Kmod * Ec! OBSERVAÇÕES: Tipo: Colagem; Pregos; Pinos; Parafusos; Conectores de anel; Entalhes e encaixes. As peças ficam submetidas à compressão localizada e paralela às fibras. A resistência da madeira à compressão localizada em ligações com pinos é denominada resistência ao embutimento (fed). Na ausência de determinação experimental, permite-se avaliar fed com as seguintes expressões: , sendo o coeficiente αe tabelado: Em regime elástico, a distribuição de tensões é linear e a tensão máxima é calculada: , sendo W é o módulo elástico de resistência à flexão. O maior momento que a seção pode suportar (Mp) corresponde ao escoamento de toda a seção: , sendo Z o módulo plástico da seção, Z = d³/6 para uma seção circular de diâmetro d. Momento resistente de projeto do pino metálico: 4. DEFINIR MECANISMO Resistência de Ligação: Para Mecanismo II: Caso 𝒕 𝒅 ≤ 𝟏, 𝟐𝟓 √ 𝒇𝒚𝒅 𝒇𝒆𝒅 , então 𝑹𝒅 = 𝟎, 𝟒 ∙ 𝒇𝒆𝒅 ∙ 𝒅 ∙ 𝒕 Para Mecanismo IV: Caso 𝒕 𝒅 > 𝟏, 𝟐𝟓 √ 𝒇𝒚𝒅 𝒇𝒆𝒅 , então 𝑹𝒅 = 𝟎, 𝟓 ∙ 𝒅𝟐 ∙ √𝒇𝒆𝒅 ∙ 𝒇𝒚𝒅, sendo t a espessura de peça mais fina, d o diâmetro, e fyd o escoamento do aço no projeto , dado por 𝒇𝒚𝒅 = 𝒇𝒚𝒌 𝟏,𝟏 , fyk é o escoamento do aço. Obs.: Multiplica as equações por 2 quando considerar que atravessa toda a peça (corte duplo). Obs.: Em pinos em corte duplo t o menor valor entre a espessura t1 da peça lateral e metade da espessura da peça central (t2/2). Para uma ligação com até 8 pinos na direção da força, a resistência da ligação é a soma das resistências de cada pino. Acima de 8 pinos, a força F a ser transmitida pela ligação não se distribui uniformemente entre os pinos, reduzindo a resistência dos pinos suplementares : 𝒏𝟎 = 𝟖 + 𝟐 𝟑 (𝒏 − 𝟖), sendo n0 o número efetivo de pinos 5. LIGAÇÕES Pregos Pré-furação da madeira: execução da pré-furação em ligações pregadas, com diâmetro d0. Sendo, Penetração mínima: p mínima de ponta igual a 12d para ligações pregadas em cortes simples e duplo, ou igual à espessura da peça mais delgada, onde t1 < t2. Resistência: é dada pelas equações de determinação dos mecanismos (II e IV). Nesse contexto, t é a espessura da peça mais fina. Distâncias: Em ligações com pinos, deve respeitar , sendo be a distância do eixo do pino mais afastado à borda do lado da solicitação, com be ≥ h/2, Vd o valor de cálculo do esforço cortante introduzido pelos pinos (Vd = Fd sen α) e t é adotado como a espessura da peça solicitada transversalmente. Número de pregos: N= 𝑵𝒅 (𝒐𝒖 𝑭) 𝑹𝒅 , sendo Nd o esforço de tração do projeto. Parafusos Tensão característica de escoamento do aço (fyk ): deve ser no mínimo igual a 240 MPa. O valor nominal de fyk do aço A307 tomado igual a 310 MPa é geralmente considerado conservador. Devem ser usadas arruelas com diâmetro ou comprimento do lado não menores que 3d, sendo d o diâmetro do parafuso. Diâmetro: • Diâmetro mínimo = 10 mm • Diâmetro máximo = t1/2, sendo t1 a espessura da peça mais delgada. Distâncias: Resistência: é dada pelas equações de determinação dos mecanismos (II e IV). Nesse contexto, t é a espessura da peça mais fina. a) Resistência do parafuso em apoio na chapa de aço ϕ = 0,75 fu = resistência à ruptura por tração do aço da chapa t = espessura da peça de aço b) Resistência ao rasgamento da chapa entre o furo e a borda a = distância entre o centro do furo e a borda t = espessura da peça de aço c) Resistência a corte do parafuso ϕ = 0,60 Ag = área bruta do parafuso fu = resistência a tração do aço do parafuso Obs.: Multiplica as equações por 2 quando considerar que atravessa toda a peça (corte duplo). Número de parafusos: N= 𝑵𝒅 (𝒐𝒖 𝑭) 𝑹𝒅 , sendo Nd o esforço de tração do projeto. Entalhe Na face nn’ Profundida: , sendo t < h/4 Comprimento(a): 6. PEÇAS TRACIONADAS Sujeitas à solicitação de tração axial. Após dimensionar verificar se: Tensão solicitante: σd = Nd An , sendo que para a segurança é necessário que σd < ftd e An a área liquída, que depende do tipo de ligação: Pregos: An = Ag – b*d , sendo b a largura da peça e d o diâmetro do prego Parafuso: An = Ag – b*d’ , sendo b a largura da peça e d’o diâmetro do furo (se não tiver especificado usa o diâmetro do parafuso) Obs.: Se a distância entre os furos for menor que 4 vezes o diâmetro (s < 4d), esses são considerado na mesma seção (isso deverá ser verificado no dimensionamento), logo em peças com n par então An = Ag – 2 * b*d’, caso tenha n ímpar (múltiplo de 3) então An = Ag – 3 * b*d’ Obs.2: Caso a peça seja composta por uma peça maior e talas laterais de madeira será necessário calcular o An e a σd para as os dois tipos de peças! Obs. 3: No caso de prego em peças acompanhadas de talas de madeira, quando analisar a peça central, atente-se a quanto o prego entra na peça para calcular An. Passos: 1. Verificar tabela de espécies fck e ftk 2. Calcular Kmod 3. Calcula resistências de projeto fcd e ftd 4. Verificar t 2 cortes: t maior entre o t1 (menor) e t2/2; 1 corte: t1 (menor); 5. Verificar Mecanismo e calcular Rd Para Mecanismo II: Caso 𝒕 𝒅 ≤ 𝟏, 𝟐𝟓 √ 𝒇𝒚𝒅 𝒇𝒆𝒅 , então 𝑹𝒅 = 𝟎, 𝟒 ∙ 𝒇𝒆𝒅 ∙ 𝒅 ∙ 𝒕 Para Mecanismo IV: Caso 𝒕 𝒅 > 𝟏, 𝟐𝟓 √ 𝒇𝒚𝒅 𝒇𝒆𝒅 , então 𝑹𝒅 = 𝟎, 𝟓 ∙ 𝒅𝟐 ∙ √𝒇𝒆𝒅 ∙ 𝒇𝒚𝒅, sendo t a espessura de peça mais fina, d o diâmetro, e fyd o escoamento do aço no projeto , dado por 𝒇𝒚𝒅 = 𝒇𝒚𝒌 𝟏,𝟏 , fyk é o escoamento do aço. Obs.: Multiplica as equações por 2 quando considerar que atravessa toda a peça (corte duplo). 6. Calcular o número de parafusos/pregos 7. Dimensionar peça 8. Calcular An 9. Calcular σd = Nd An e verificar se σd < ftd Obs.2: Caso a peça seja composta por uma peça maior e talas laterais de madeira será necessário calcular o An e a σd para as os dois tipos de peças! Obs. 3: No caso de prego em peças acompanhadas de talas de madeira, quando analisar a peça central, atente-se a quanto o prego entra na peça para calcular Na (p > 12d). 7. VIGAS Sujeitas a tensões normais σ de tração e compressão longitudinais e, portanto, na direção paralela às fibras Flambagem Lateral: Dispensa-se a verificação de tensões de flexão com flambagem lateral nos casos em que sendo Ec,ef = Kmod * Ec , l1 a distância entre os pontos de contenção lateral (vão), b é a base e βM tabelado Verificar tensões: Tensões normais de flexão: Borda mais tracionada Borda mais comprimida Tensão de compressão normal à fibra: , sendo b e c as dimensões da superfície de apoio Tensão de cisalhamento paralelo às fibras: , sendo V = 𝑸∗𝒍 𝟐 , sendo o o Q a carga combinada (ELU), que pode ser dada pd o tabelado ou o maior entre os pdmin calculados Sendo necessário que ! Obs.: Havendo entalhes no bordo tracionado da viga reduzindo-se a altura h para h’, logo Cálculo das cargas combinadas: Carga combinada máxima de projeto: Carga combinada máxima p: Obs: os valores acima podem ser encontrados de acordo com as Classes (Cnúmero) nas Tabelas A.7 – Vigas sob carga distribuída, caso não de a classe, use as fórmulas! Sujeitas à flexão oblíqua: As vigas apoiadas em elementos inclinados estão sujeitas à flexão oblíqua!! Verificação de segurança: e , sendo σxd e σyd (σxd = 𝑴𝒙 𝑾𝒙 e σyd = 𝑴𝒚 𝑾𝒚 ) as tensões máximas de projeto em relação aos momentos Mx e My (Mx = 𝑸𝒙∗𝒍𝟏² 𝟖 e My = 𝑸𝒚∗𝒍𝟏² 𝟖 , Qx e Qy são cargas combinadas - ELU), fwd a resistência de projeto (ftd ou fcd), e km o fator de combinação (kM = 0,5 para seção retangulares e kM = 1 para outras seções) Tensões cisalhantes: Calcular em x e em y usando: , considerando Vx e Vy (cargas combinadas – ELU) Calcular máxima: Verificação do estado limite de deformação excessiva: Calcular os valores dos limites em x e y são calculados, caso seja em vigas biapoiadas é dado por , sendo q a carga combinada (ELS), I o momento de inércia (I = 𝒃 𝒉𝟑 𝟏𝟐 ) e E é o nosso Ec, ef em kN/cm² (MPa *1000) Obs.: Para calcular Ix considere a altura a paralela à reta no eixo x, e para Iy considere a altura a paralela à reta no eixo y) Calcular o valor limite, lembrando que Verificar o estado limite de deformação excessiva: Sujeitas à flexão composta: A flexão composta (flexão + esforço normal) de uma viga pode ser provocado por esforço normal centrado, associado a cargas transversais ou por esforço normal aplicado com uma excentricidade e. Sabendo que Md= Nd * e , sendo e a excentricidade (e = 𝒄 𝟐 ), e W = 𝒃 𝒉𝟐 𝟔 No caso de flexotração reta, a tensão de projeto do bordo mais tracionado deve atender à condição: ,ou seja, 𝑴𝒅 𝑾 + 𝑭𝒅 𝑨𝒏 ⩽ ftd Verificação de segurança: e , sendo σxd e σyd as tensões máximas de projeto em relação aos momentos Mx e My, e kM o fator de combinação (kM = 0,5 para seção retangulares e kM = 1 para outras seções) Obs.: As vezes é necessário fazer os diagramas de momento e de cortante para determinar M e V, dessa forma calculando o resto! 8. PEÇAS COMPRIMIDAS Índice de Esbeltez: sendo que i = √ 𝐈 𝐀 podemos determinar 3 tipos de colunas: Colunas curtas: 0 ≤ lfl 𝒊 ≤ 40 Resistência de compressão simples: Resistência das seções mais solicitadas à flexão composta reta (Md , Nd) (ELU): Resistência das seções mais solicitadas à flexão composta oblíqua: Colunas medianamente esbeltas: 40 < lfl 𝒊 ≤ 80 Excentricidade acidental ea da carga: Momento máximo de projeto: , sendo , Ec,ef = Kmod * Ec e I = 𝒃 𝒉𝟑 𝟏𝟐 Obs.: No caso de flexocompressão o momento máximo de projeto é: , sendo ( ei < h/20) Deve atender à condição: ,ou seja, 𝑴𝒅 𝑾 + 𝑭𝒅 𝑨𝒏 ⩽ ftd Colunas esbeltas: 80 < lfl 𝒊 ≤ 140 Momento máximo de projeto: , sendo ec a excentricidade complementar de fluência , considerando eig = Migd/Nd (Momento devido a carga permanente g) , Ng* = Nd/1,4 e φ o coeficiente de fluência tabelado Deve atender à condição: ,ou seja, 𝑴𝒅 𝑾 + 𝑭𝒅 𝑨𝒏 ⩽ ftd Obs.: Para a equação acima igual a 1, o esforço Nd é o próprio esforço resistente Nd,res. Passos: Fazer Ec/fc e determinar φ Ir nas Tabela 8 e achar ρ (o valor da linha é dado pelo valor do decimal e da coluna pelo valor da unidade) Considerando ρ = fcd’/fdc , logo fcd’= ρ * fcd Calcular Nd,res = fcd’* A , sendo necessário que Ns,res > N Obs.da obs.: caso Ns,res < N, use Nd,res = 1,4 * N e um d maior, se ainda não der aumente mais o d Verificar se é Obliqua ou Composta e fazer os passos que então lá!
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