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AÇO E MADEIRA – P1 SEMESTRE 2021.2 Data de Inicio 15/02 Data Final 13/06 Tópicos 1. Propriedades 2. Propriedades Mecânicas 3. Deformação da Madeira 4. Estados Limites (Combinações) 5. Resistência do Projeto 6. Levantamento de Carga 7. Ligações 1. PROPRIEDADES Classificação: Madeira de lei (frondosas, dicotiledôneas) x macia (coníferas, pinheiro); Umidade: U(%) = 𝐏𝐢 −𝐏𝐬 𝐏𝐬 100, onde P i é o peso inicial e P s , o peso seco No Brasil, adotam-se 12% como umidade padrão de referência. As madeiras sofrem retração ou inchamento em função da variação da umidade entre 0% e 30% (ponto de saturação das fibras), sendo a variação dimensional aproximadamente linear. Tipos de madeira de construção: Roliça (diâmetro igual ao do comprimento de um terço da peça); Falquejada (a seção retangular inscrita que produz menor perda é o quadrado de lado b = d/√2. Há interesse em determinar a seção (b x h) de maior módulo resistente bh2/6 que se pode obter de um tronco circular de diâmetro d); Serrada; Compensada; Laminada e colada; Recomposta; Sistema estrutural: Treliça de cobertura (Tesoura) + Vigamento de apoio: Terças (no sentido do comprimento); Caibros (no sentido da largura); e Ripas (no sentido do comprimento). Piso (vigas biapoiadas); Pórticos (estruturas articuladas isostáticas); Pontes; Estruturas aporticadas (grelhas); Cimbramentos de madeira (estruturas provisórias destinadas a suportar o peso de uma estrutura em construção até que a mesma se torne autoportante). 2. PROPRIEDADES MECÂNICAS Nomeclaturas: ρap(12%): massa específica aparente para umidade de 12% fc: resistência à compressão paralela às fibras; fcn: resistência à compressão normal às fibras; ft: resistência à tração paralela às fibras; ftn: resistência à tração normal às fibras; fv: resistência ao cisalhamento paralelo às fibras; fe: resistência ao embutimento; fM: resistência ao Momento (fM = ft); fm: valor médio de resistência ( nesse caso as nomenclaturas específicas ficam normais como escritas acima, como fc, ft...); fk: valor característico de resistência ( nesse caso nas nomenclaturas específicas é adicionada a letra k , como fc,k, ft,k...); Ec: módulo de elasticidade na compressão paralela às fibras; Ecn: módulo de elasticidade na compressão normal às fibras. Valores médios para cada espécie (considerando U=12%): Quando em grau de umidade diferente de 12% é necessário fazer a transformação utilizando: f12 = fU [1+ 𝟑 𝟏𝟎𝟎 (U – 12)] 3. DEFORMAÇÃO DA MADEIRA Deformação lenta (fluência), sob a ação de cargas de atuação demorada. δtot = δel + δc = δel (1 + φ) , sendo δel a deformação elástica, δc a deformação de fluência e φ tabelado: As deflexões das peças de madeira, a longo prazo, podem ser estimadas com um módulo de elasticidade efetivo (Ec,ef) reduzido em relação ao valor médio E. Ec,ef = 𝟏 𝟏+φ E Valores limites de descolamento vertical: 4. ESTADOS LIMITES Estado Limite Último Ações podem ser permanentes (longa duração, como peso próprio e recalque), variáveis (grande variação, como uso da estrutura e ações devido ao vento) e excepcionais (duração extremamente curta). Combinações: Normais (uso previsto da estrutura) – consideradas carregamento de longa duração: Fd = Σ γg Gi + γq1 Q1 + Σ γqj ψ0j Qj, sendo Fd é a “força” de ações combinadas, Gi é a carga permanente, Q1 é a ação variável de base (dominante), Qj é a ação variável usada em combinação com a ação de base, γg, γq são coeficientes de majoração (de carga permanente e de carga variável) e ψ0 é o fator de combinação. Obs.: Para levar em conta a maior resistência a ações de curta duração (vento ou força de frenagem e aceleração) nas combinações normais em que estas ações forem consideradas principais (Q1), os seus valores serão reduzidos, multiplicando-os por 0,75. Excepcionais: Fd = Σ γg Gi + E + Σ γqj ψ0j Qj, sendo E é a ação excepcional. Os valores de γg , γq e ψ0 são tabelados: Obs.: Cargas atuando contra a segurança (positivas) são combinadas separadamente em relação às cargas a favor da segurança (negativas) – nesse caso usa o valor dos coeficientes de majoração que estão entre parênteses. Estado Limite de Serviço ou Utilização (ELS) São considerados os estados de deformação excessiva e de vibração excessiva. Combinações: Longa duração: F = Σ Gi + Σ ψ2j Qj, sendo F é a “força” de ações combinadas, Qj são ações variáveis com valores quase- permanentes e ψ2 é o fator de utilização quase-permanente. Média, Curta ou duração Instantânea: F = Σ Gi + ψn Q1 + Σ ψk Qj, sendo ψn e ψk são fatores de combinação (tabelados) e Q1 é uma ação variável especial. sendo os valores de ψn e ψk tabelados: 5. RESISTÊNCIA DE PROJETO A tensão resistente de projeto fd de uma peça de madeira é calculada por: fd = kmod 𝒇𝒌 𝜸𝒘 , sendo o γq tabelado (3.8) e em função dos valores de fm e fk, fk é a resistência característica, sendo transformadas usando as relações ou podem estar tabelas nos casos de já kmod é calculado usando kmod = kmod1 x kmod2 x kmod3, sendo kmod1: kmod2: kmod3: Resistência à compressão ou tração inclinada: fcβ = 𝒇𝒄 . 𝒇𝒄𝒏 𝒇𝒄 . 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜷 +𝒇𝒄𝒏 .𝐜𝐨𝐬𝟐 𝛃 , sendo fcβ a resistência a compressão (também pode ser a tração) inclinada e 𝜷 o ângulo de inclinação. 6. LEVANTAMENTO DE CARGA Na elaboração do memorial de cálculo devem ser consideradas as seguintes influências, além de outras, que possam surgir em casos especiais: a) Carga permanente - peso próprio da estrutura e todas as sobrecargas fixas (cobertura e forro), sendo que esse não deve diferir de mais de 10% do peso próprio inicialmente admitido. Para simplificação dos cálculos costuma-se considerá-la atuando em projeção horizontal. Obs.: Quanto maior for a inclinação do telhado, maior será a quantidade do material da cobertura e, consequentemente, aumentará a ação do peso próprio. Fórmulas empíricas de Howe: 1) Peso próprio da tesoura e contraventamento gT = 245 (1 + 0,33 L) [N/m²], sendo gT o peso próprio da tesoura (inclusive contraventamento) e L o vão teórico da tesoura. 2) Peso próprio das terças Para cobertura com telhas tipo Marselha: Vão máximo = 3,00 m – g0 = 60 N/m² Cobertura com telhas tipo colonial: Vão máximo = 2,50 m – g0 = 80 N/m² Chapas onduladas de cimento amianto: Vão máximo = 4,00 m – g0 = 45 N/m² 3) Peso próprio da cobertura Para cobertura com telhas cerâmicas, incluímos os caibros e ripas no peso da cobertura: gi = telhas + ripas + caibros + absorção d’água deve ser transformado para gc (em projeção horizontal) utilizando a fórmula , sendo α a inclinação do telhado Telhas: conforme tabela Obs.: Para avaliar o peso próprio por metro quadrado de telhado em projeção horizontal, pois bastará multiplicar o volume pela massa específica aparente da espécie adotada. Ripas: 20 N/m² Caibros: 50 N/m² Absorção: conforme Tabela 2.1 (mesma que da telha) Obs.: Para cobertura de chapas onduladas, dispensam-se ripas e caibros 4) Forro gF = Peso das chapas + estrutura de sustentação [N/m²] 5) Cargas adicionais Conforme projetos dos profissionais especializados gA [N/m²] 6) Carga permanente total por m² g = gC + g0 + gT + gF + gA [N/m² - em projeção horizontal] b) Ação do vento - Quando colocado em movimento linear ou em rotação, o vento adquire energia cinética, de modo que toda ou parte dessa energia cinética é transformada em pressão sobre a superfície da estrutura. Velocidade característica do vento: Vk = V0. S1. S2. S3, sendo V0 a velocidade básica do vento e S1, S2 e S3 fatores que relacionam diversas características, esses são tabelados. Para S1: 1,0 paraterrenos planos ou fracamente acidentados; 0,9 para vales profundos; Variável para morros e taludes. Para S2: Considerando a Categoria e a Classe dadas por: temos, Para S3: Pressão do vento: Pressão dinâmica: q = 0,613 Vk2 [N/m²] Força devida ao vento ou Força de arrasto: F = cp q A , sendo A a área e cp o coeficiente de pressão, é válido ressaltar que valores positivos dos coeficientes de pressão externa ce ou interna ci correspondem a sobrepressões, e valores negativos correspondem a sucções, sendo esses tabelados. c) Cargas acidentais verticais. 7. LIGAÇÕES Tipo: Colagem; Pregos; Pinos; Parafusos; Conectores de anel; Entalhes e encaixes. As peças ficam submetidas à compressão localizada e paralela às fibras. A resistência da madeira à compressão localizada em ligações com pinos é denominada resistência ao embutimento (fed). Na ausência de determinação experimental, permite-se avaliar fed com as seguintes expressões: , sendo o coeficiente αe tabelado: Em regime elástico, a distribuição de tensões é linear e a tensão máxima é calculada: , sendo W é o módulo elástico de resistência à flexão. O maior momento que a seção pode suportar (Mp) corresponde ao escoamento de toda a seção: , sendo Z o módulo plástico da seção, Z = d³/6 para uma seção circular de diâmetro d. Momento resistente de projeto do pino metálico: Resistência de Ligação: Para Mecanismo II: Caso 𝒕 𝒅 ≤ 𝟏, 𝟐𝟓 √ 𝒇𝒚𝒅 𝒇𝒆𝒅 , então 𝑹𝒅 = 𝟎, 𝟒 ∙ 𝒇𝒆𝒅 ∙ 𝒅 ∙ 𝒕 Para Mecanismo IV: Caso 𝒕 𝒅 > 𝟏, 𝟐𝟓 √ 𝒇𝒚𝒅 𝒇𝒆𝒅 , então 𝑹𝒅 = 𝟎, 𝟓 ∙ 𝒅𝟐 ∙ √𝒇𝒆𝒅 ∙ 𝒇𝒚𝒅, sendo t a espessura de peça mais fina, d o diâmetro, e fyd o escoamento do aço no projeto , dado por 𝒇𝒚𝒅 = 𝒇𝒚𝒌 𝟏,𝟏 , fyk é o escoamento do aço. Obs.: Multiplica as equações por 2 quando considerar que atravessa toda a peça (corte duplo). Obs.: Em pinos em corte duplo t o menor valor entre a espessura t1 da peça lateral e metade da espessura da peça central (t2/2). Para uma ligação com até 8 pinos na direção da força, a resistência da ligação é a soma das resistências de cada pino. Acima de 8 pinos, a força F a ser transmitida pela ligação não se distribui uniformemente entre os pinos, reduzindo a resistência dos pinos suplementares : 𝒏𝟎 = 𝟖 + 𝟐 𝟑 (𝒏 − 𝟖), sendo n0 o número efetivo de pinos Pregos Pré-furação da madeira: execução da pré-furação em ligações pregadas, com diâmetro d0. Sendo, Penetração mínima: p mínima de ponta igual a 12d para ligações pregadas em cortes simples e duplo, ou igual à espessura da peça mais delgada, onde t1 < t2. Resistência: é dada pelas equações de determinação dos mecanismos (II e IV). Nesse contexto, t é a espessura da peça mais fina. Distâncias: Em ligações com pinos, deve respeitar , sendo be a distância do eixo do pino mais afastado à borda do lado da solicitação, com be ≥ h/2, Vd o valor de cálculo do esforço cortante introduzido pelos pinos (= Fd sen α) e t é adotado como a espessura da peça solicitada transversalmente. Número de pregos: N= 𝑵𝒅 (𝒐𝒖 𝑭) 𝑹𝒅 , sendo Nd o esforço de tração do projeto. Parafusos Tensão característica de escoamento do aço (fyk ): deve ser no mínimo igual a 240 MPa. Devem ser usadas arruelas com diâmetro ou comprimento do lado não menores que 3d, sendo d o diâmetro do parafuso. Diâmetro: • Diâmetro mínimo = 10 mm • Diâmetro máximo = t1/2, sendo t1 a espessura da peça mais delgada. Distâncias: Resistência: é dada pelas equações de determinação dos mecanismos (II e IV). Nesse contexto, t é a espessura da peça mais fina. a) Resistência do parafuso em apoio na chapa de aço ϕ = 0,75 fu = resistência à ruptura por tração do aço da chapa b) Resistência ao rasgamento da chapa entre o furo e a borda a = distância entre o centro do furo e a borda c) Resistência a corte do parafuso ϕ = 0,60 Ag = área bruta do parafuso fu = resistência a tração do aço do parafuso Número de parafusos: N= 𝑵𝒅 (𝒐𝒖 𝑭) 𝑹𝒅 , sendo Nd o esforço de tração do projeto. Entalhe Na face nn’ Profundida: , sendo t < h/4 Comprimento (a):
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