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07-05-17 Versão 3 Artigo Lucas

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Influencia do período do dia sobre o desempenho físico de homens treinados
Projeto de pesquisa aprovado pelo comitê de ética da Universidade Estadual de Maringá sob o número 1.889.204.
Quantidade de palavras: 3763
Artigo Original
INFLUÊNCIA DO PERÍODO DO DIA SOBRE O DESEMPENHO FÍSICO DE HOMENS TREINADOS
INFLUENCE OF TIME-OF-THE-DAY ON THE PHYSICAL PERFORMANCE OF TRAINED MEN
Lucas Fuverki Hey1, Dayane Cristina de Souza1, Pollyana Nunhes1, Thaynara Giroldo2, Julio Cesar Silva1, Ademar Avelar1.
1Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
2Uningá, Maringá-PR, Brasil.
RESUMO
Há um notável crescimento na busca pela melhora do desempenho físico dentro das academias de musculação. Entretanto os adeptos do treinamento com pesos esquecem de analisar qual o melhor período para se treinar, pensando em otimizar seu treinamento. Sabe-se que as mudanças cíclicas (fisiológicas) que ocorrem ao longo do dia no ser humano são consideradas fatores que interferem na melhora do desempenho físico do sujeito. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar a relação do período do dia com o desempenho de praticantes de treinamento com pesos. O estudo teve a participação de 10 homens (24,4±2,7anos, 80,6±12,7kg, 180±10,8cm), treinados. Após determinação de uma repetição máxima (1RM) no exercício supino no banco horizontal, três encontros foram destinados para o teste de resistência de força e fadiga a 80% da carga máxima, realizados em diferentes períodos do dia. Como resultados, os testes de força e fadiga não demonstraram alterações pela manhã (25±3,9 repetições), tarde (25,8±6,5 repetições) e noite (26,1±7,0 repetições) em relação ao desempenho obtido. Entretanto houve uma queda no número de repetições quando verificado isoladamente cada série do teste de fadiga. Conclui-se assim que o período do dia não influênciou o desempenho da força e fadiga de indíviduos jovens treinados.
Palavras-chave: Fenômenos Cronobiológicos. Ritimo Circadiano. Treinamento de resistência.
ABSTRACT
There is remarkable growth in the quest for improved physical performance within bodybuilding gyms. However, weight-training enthusiasts forget to consider the best time to train in order to optimize their training. It is known that the cyclical (physiological) changes occurring throughout the day in the human being are considered factors that interfere in the improvement of the physical performance of the subject. Thus, the objective of this study was to identify the relationship of the period of the day with the performance of resistance training practitioners. The study had a participation of 10 male subjects (24.4 ± 2.7 years, 80.6 ± 12.7kg, 180 ± 10.8cm), trained. After define a maximum load in bench press, three encounters were defined for the strength and fatigue strength test at 80% of the maximum load, performed at different times of the day. As results, strength and fatigue tests did not show changes in the morning (25 ± 3.9 repetitions), afternoon (25.8 ± 6.5 repetitions) and night (26.1 ± 7.0 repetitions) in relation to performance obtained. However, there was a decrease in the number of repetitions when each series of the fatigue test was checked separately. It was concluded that the period of the day did not influence the performance of the strength and fatigue of trained young individuals.
Keywords: Chronobiology phenomena. Rhythm Circadian. Resistance Training.
	
Introducão
Cada vez mais os espaços de academias ganham adeptos ao treinamento com pesos, seja pensando em estética, saúde ou melhora do desempenho físico1. Especificamente falando de desempenho físico, existe uma preocupação com relação a como melhor atingir este resultado, tendo em vista que o êxito para desempenho físico pode estar associado a outros importantes fatores, entre eles o ciclo cicardiano2-4.
	Segundo estudos da cronobiologia, área que estuda as variações homeostáticas do ser, o ciclo circadiano corresponde aproximadamente a 24 horas do período no qual um conjunto de transformaçãoes pode acontecer em um ser vivo. É neste ciclo que muitos ritmos são regulados como, por exemplo, a renovação de células, o estado de sono-vigília e a temperatura corporal5. Assim, alguns pesquisadores levantaram importantes questões sobrea a influência deste ciclo nos fatores fisiológicos e nas habilidades motoras que estão intimamente relacionadas ao desempenho físico2-4.
	Com uma jornada semanal cada vez mais comprometida, as pessoas têm procurado realizar o treinamento com pesos nos mais variados horários, preferencialmente nos quais elas disponham de um tempo livre em sua rotina. Isso faz com que a influência do período de treinamento no desempenho seja ignorada pelos adeptos desta modalidade6 .
Tendo em vista que o desempenho físico engloba um conjunto de fatores, dos quais alguns já foram investigados e relatados sofrerem influência do ciclo cicardiano, ainda não existe um consenso sobre qual momento deste ciclo apresenta um melhor desempenho na prática de exercícios de treinamento com pesos. Além disso, as informações presentes na literatura foram desenvolvidas através de testes isométricos e com a utilização de eletromiografia, principalmente em membros inferiores7,8. Contudo são escassas as avaliações de contrações dinâmicas e em membros superiores. Diante do exposto o objetivo do estudo foi avaliar nos três períodos do dia (manhã, tarde e noite) a resistência de força e fadiga de homens treinados, utilizando contrações dinâmicas de membros superiores, a fim de verificar se há diferenças no desempenho em algum período específico do dia.
Métodos
Amostra
A amostra foi composta por 10 indivíduos do sexo masculino (24,4 ±2,7 anos, 180 ±10,8 cm, 80,6 ±12,7 kg) que participaram do estudo voluntariamente. Como critérios de inclusão, os sujeitos deveriam participar de programas de TP ao longo dos últimos seis meses e não possuir lesões músculo esqueléticas que pudessem ser agravadas com o protocolo experimental. Além disso, os participantes não poderiam fazer uso de esteróides anabólicos ou ter feito o uso de suplementação nos últimos três meses. 
As informações quanto ao uso ou não dessas substâncias e das atividades físicas realizadas no cotidiano foram obtidas por meio de relato dos próprios participantes em entrevista prévia. Após serem informados sobre os procedimentos, todos os indivíduos assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual de Maringá (COPEP/ UEM) sob o parecer n. 1.889.204
Delineamento experimental
A pesquisa ocorreu em seis encontros com cada participante. No primeiro encontro foi realizado a anamnese, avaliação antropométrica, e o teste de uma repetição máxima (1RM) no exercício supino em banco horizontal. No segundo e terceiro encontro, foi novamente realizado o teste de 1RM para verificação da reprodutibilidade. Nos três encontros seguintes, ocorreu a aplicação de um questionário de Humor (Brums) e um recordatório alimentar de 24 horas (R24) e, em seguida, foi avaliado o desempenho físico no teste de resistência de força e fadiga com 80% da carga encontrada no teste de 1RM. Ao final do teste de resistência a percepção subjetiva de esforço (PSE) OMINI-RES foi coletada. A única diferença entre estes três últimos encontros foi o período do dia, sendo que cada um deles ocorreu em um período específico (manhã, tarde ou noite), definido aleatoriamente (Figura 1) 
Figura 1 -Delineamento experimental.
Nota: Os períodos do dia no 4°, 5° e 6° encontros foram definidos aleatoriamente.
Teste de 1 RM
A força muscular máxima foi determinada por meio do teste de 1RM no exercício supino em banco horizontal. Previamente ao início do estudo foi empregado um protocolo de familiarização de 3 dias na tentativa de reduzir os efeitos de aprendizagem e estabelecer a reprodutibilidade dos exercícios 9. O teste se iniciou comuma série de aquecimento (6 a 10 repetições), com aproximadamente 50% da carga estimada. Após um intervalo dedois minutos, a primeira tentativa foi realizada. Se completada duas repetições na primeira tentativa, ou se não completada sequer uma repetição, uma segunda ou até uma terceira tentativa seria executada após um intervalo de recuperação de 3-5 minutos, com carga superior ou inferior àquela empregada na tentativa anterior. A carga registrada como 1RM foi aquela na qual o indivíduo conseguiu completar somente uma única repetição máxima10.
Sessão Experimental
O protocolo de avaliação da resistência de força e fadiga foi aplicado com um intervalo mínimo de 48 horas após o teste de 1RM. O protocolo consistiu na execução de quatro séries até a exaustão voluntária no exercício supino reto, com 80% da carga máxima que foi determinada no teste de 1RM. Os sujeitos foram orientados para que tentassem executar o máximo de repetições possíveis em cada uma das séries até que se configurasse uma incapacidade funcional de vencer a resistência oferecida. O intervalo de recuperação, entre as séries, foi de dois minutos. Previamente ao início do protocolo, os indivíduos realizaram uma série de aquecimento, no próprio equipamento, de 6 a 10 repetições com aproximadamente 50% da carga inicial estabelecida para o teste. 
Antecedendo a realização dos testes, empregou-se a Escala de Humor de Brunel (BRUMS) que é composta por 24 questões, divididas entre 6 dimensões: Raiva, Confusão, Depressão, Fadiga, Tensão e Vigor. Cada dimensão contém quatro itens que ao serem somadas geram um escore que varia em uma pontuação de 0 a 16, indicando uma rápida mensuração do estado de humor dos avaliados11.
Registros alimentares de 24 horas foram preenchidos pelos participantes para monitoramento dos hábitos alimentares, préviamente ao teste de fadiga. As informações sobre a forma de preenchimento dos registros foram fornecidas individualmente aos participantes por uma equipe de nutricionistas treinadas para esta finalidade. O consumo energético total, a quantidade e as proporções de macronutrientes foram determinadas por meio do programa para avaliação nutricional Avanutri Revolution versão 4.0 (Avanutri& Nutrição Serviços e Informática Ltda Me). Os sujeitos foram orientados manterem seus hábitos alimentares durante todo o período de duração do estudo. A ingestão de água foi ad libitum.	
A escala subjetiva de esforço OMINI-RES, validada por Robertson et al.12 foi empregada com o objetivo coletar informações sobre a carga e intensidade após o teste de fadiga. A escala possui uma ilustração que facilita identificar a sobrecarga imposta e relacionar com o esforço percebido. A escala foi demonstrada ao indivíduo imediatamente ao final das quatro séries do teste de fadiga para que ele assinalasse o número que representasse o seu nível percebido de esforço.
Análise estatística 
A estatística descritiva foi empregada para caracterização da amostra. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificar a normalidade dos dados, em seguida utilizou-se. A Análise de variância (ANOVA) one-way foi utilizada na comparação do número total de repetições e da ingestão de cada macronutriente, bem como da ingestão calórica total, entre cada um dos períodos do dia. ANOVA two-way (Série X Período do dia) para medidas repetidas foi empregada para comparação do números de repetições em cada série entre cada um dos períodos (manhã, tarde e noite). Nas situações em que os valores de F foram significantes o teste post-hoc de Tukey foi utilizado para identificar as diferenças.
Resultados
O número total de repetições no teste de fadiga realizado nos diferentes períodos do dia está apresentado na figura 2. Nenhuma diferença estatísticamente significativa foi encontrada (P>0,05), demonstrando que o desempenho nessa variável não foi influenciado pelo horário.
Figura 2 –Comparação do número total de repetições no teste de resistência de força entre os diferentes horários do dia (n=10).
Nota: Valores expresso em média±desvio-padrão.
A figura 3 representa o número de repetições em cada uma das quatro séries do teste de fadiga. Diferença estatísticamente significantes foram encontradas somente para o fator SÉRIE (P<0,01), demonstrando que a queda de desempenho entre as séries ocorreu independentemente do período do dia.
Figura 3 – Número de repetições realizadas por série nos diferentes períodos do dia (n=10).
Nota: *P<0,01 versus série anterior para o mesmo período.
A figura 4 apresenta os resultados obtidos através do recordatório alimentar de 24 horas para a ingestão de macronutrientes.
Figura 4 – Quantidade ingerida de macronutrientes (proteína, carboidratos e lipídios) nas 24 horas precedentes a realização dos testes (n=10).
Ainda por meio do recordatório alimentar de 24 horas pode-se analisar o aporte energético em kcal em todos os momentos pré testes, conforme apresenta a figura 5.
Figura 5 – Ingestão calórica total em diferentes períodos do dia (n=10).
Os resultados obtidos por meio do questionário de BRUMS demonstram o estado de humor e os níveis de estresse precedente aos testes de fadiga, apresentados na tabela 1.
Tabela 1 – Escores obtidos nas dimensões do questionário de BRUMS (n=10).
	Dimensão
	Manhã 
	Tarde 
	Noite 
	F
	P
	Tensão
	2,3 ± 2,2
	2,6 ± 3,0
	1,8 ±2,3
	0,26
	0,78
	Vigor
	7,6 ± 3,1
	8,2 ± 3,1
	7,8 ± 2,5
	0,11
	0,90
	Confiança
	2,4 ± 3,3
	1,1 ± 1,6
	2,3 ± 3,1
	0,68
	0,51
	Fadiga
	3,6 ± 3,4
	5,6 ± 4,1
	5,0 ± 4,1
	0,69
	0,51
	Depressão
	1,7 ± 1,7
	1,5 ± 2,2
	1,3 ± 2,1
	0,10
	0,91
	Raiva
	1,4 ± 3,4
	0,8 ± 1,1
	1,5 ± 2,2
	0,24
	0,79
Nota: Valores expressos em média ± desvio-padrão.
Discussão
Estudos envolvendo a influência ciclo circadiano sobre o desempenho físico não são recentes 13,14.Assim como o desempenho físico engloba um conjunto de fatores e características de um sujeito, o ciclo circadiano também sofre interferência de fatores intrínsecos e extrínsecos, o que traz muitas informações divergentes e dificulta um consenso dos estudos sobre o assunto 4,13,15,16.
Quando analisado a relação do ciclo circadiano com a força muscular, as pesquisas demonstram que existe uma variação da força ao longo do dia7,8,17,18. Os achados do presente estudo apresentam resultados no teste de resistência de força e fadiga muscular semelhante nos três períodos do dia (Figura 2). Esse resultado é reforçado por alguns estudos encontradaos na literatura17,18. A respeito do número de repetições série a série no teste de força e fadiga (figura 3), nossos resultados corroboram com os achados de alguns estudos, demonstrando uma queda no número de repetições realizadas19,20.
Há alguns estudos que verificaram o desempenho dos indivíduos nos períodos do dia utilizando testes de contrações isométricas e análise eletromiografica7,8. Nossa pesquisa verificou o desempenho dos indivíduos nos períodos do dia utilizando testes de contrações dinâmicas, concêntricas e excêntricas no supino em banco horizontal, tendo similiaridades com outros estudos recentes18,19,21.
O resultado deste estudo, possivelmente esteja condicionado a outras variáveis que não foram mensuradas, como é o caso da temperatura corporal, secreção hormonal e da análise do cronotipo individual.
 Embora determinado por muitos fatores, a literatura indica a intima relação da capacidade do desempenho com a temperatura corporal principalmente no momento em que ela atinge seu pico, e que, na maioria das vezes ocorre no período vespertino4,13,14. Existe a sugestão de que o período de maior temperatura corporal esteja de acordo com o melhor desempenho em um mesmo momento, e ainda que esta variável esteja ligada a outros ritimos endógenos4,22.
Quanto a secreção hormonal, as evidências são de que as liberações de hormônios possuem picos e variações no decorrer do dia e dependendo de sua secreção podem ajudar nos fatores energéticos, preparação para estresse mecânico, humor ou até mesmo motivação para o exercício e desempenho físico21,23,24.
A caracterização do cronotipo individual tem relação com a matutinidade e vespertinidade do sujeito, períodos na qual suas ciclo reações endógenas parecem funcionarde maneira mais eficiente, porém, em uma revisão da literatura cientifica, a sua caracterização parece não demonstrar uma influência no desempenho físico, pois ainda se atrela ao fato de que os questionários não possuem sensibilidade suficiente para determinar o cronotipo4,7. 
 	Outro aspecto a se considerar quando se fala em desempenho físico, é a ingesta alimentar, tendo em vista que ela também pode exercer influência sobre suas variáveis25. Segundo Nieman et al.26 é importante estabelecer recomendações relativas ao consumo nutricional e estratégias dietéticas a fim otimizar o desempenho. O estudo realizou o monitoriamento da ingestão alimentar, através do recordatório alimentar de 24 horas. As analises mostraram que a ingestão de macronutrientes, proteína (manhã = 132,3 ± 59,3; tarde = 140,2 ± 53,3; noite = 127,8 ± 40,8), carboidrato (manhã = 269,2 ±104,6; tarde = 278,3± 145,2; noite = 279,3±143,3) e lipídeos (manhã = 86,4 ± 47,5; tarde = 83,5 ± 42,5 noite = 81,7 ± 39,6) foi semelhante entre os três períodos do dia avaliados.
A verificação da quantidade de carboidrato pode trazer uma ideia da energia disponível para a atividade. Entretanto na literatura existe uma divergência sobre o papel do carboidrato, seja simples ou complexo, sobre o desempenho27. O que se tem claro é a importância deste nutriente como fonte de energia para o organismo, quando relacionado a diferentes intensidades de exercícios28.
Além da alimentação, o estado de humor também pode estar relacionado com a melhora do desempenho motor e da saúde mental de atletas e não atletas29. De acordo com Vieira et al.30 o estado de humor é uma variável avaliada por indicadores de forma subjetiva, assim, faz-se necessário contextualizar o sujeito juntamente com outros elementos de desempenho. 
O estados de humores apresentam ritmos circadianos e em sua maioria apresentam ativação vespertina, e, neste mesmo sentido, os distúrbios de humor diminuem melhorando a predisposição e motivação para o desempenho em exercícios ou nos testes propostos3,13. Em nosso estudo, é demonstrado na tabela 1 as dimensões propostas pelo teste de BRUMS e os escores obtidos pelos indivíduos, no qual pode-se observar que não houve nenhuma alteração de humor precedente aos testes.
Os ritimos corporais diários apresentam grandes variações de indivíduo para indivíduo demosntando múltiplas interferências no desempenho. Uma identificação do melhor período do dia para realizar o treinamento com peso poderia trazer os benefícios desta atividade em um tempo reduzido. Sugere-se que novos estudos sejam desenvolvidos a fim de ampliar os conhecimentos e buscar um consenso sobre a cronobiologia e a influência dos ciclos humanos diários no desempenho físico.
Conclusão
A conclusão desta pesquisa foi de que o período do dia não influênciou o desempenho da força e fadiga de indíviduos jovens treinados.
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	Lucas F. Hey et al.
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Influência do período do dia sobre o desempenho físico de homens treinados	
	J. Phys. Educ. v. xx, e27xx, 20xx.
	J. Phys. Educ. v. xx exxxx, 20xx.
	J. Phys. Educ. v. xx, e27xx, 20xx.
Endereço para correspondência: Lucas Fuverki Hey. Rua Francisco Glicério, 1370, zona 7, PR, CEP 87030-050. E-mail: lucas.fhey@gmail.com

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