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CENTRO UNIVERSITÁRIO-UNINTA CURSO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR VIII EDUCAÇÃO E ÉTICA A INCLUSÃO DO SURDO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA GLOBALIZADA COM ENFOQUE NA EDUCAÇÃO CLEONECE DE SOUSA RODRIGUES MARIA ADRIANA GOMES DAS CHAGAS MARIA SUSSENA DE SOUSA DA CONCEIÇÃO TIANGUÁ-CE 2022 Introdução O presente trabalho é resultado da pesquisa referente à inclusão dos surdos na sociedade contemporânea globalizada dando ênfase na educação, tendo como perspectiva os seus direitos e a sua inclusão. A inclusão social dos surdos tem sido um tema utilizado, com frequência, tanto na área da educação básica, como na educação inclusiva, no que tange a sua inserção no ensino básico regular. Objetivo geral: Analisar a inclusão dos surdos na sociedade contemporânea globalizada com enfoque na educação. Objetivos específicos: Averiguar a Linguagem e cognição dos surdos. Descrever os impactos da língua de sinais no contexto educacional. Verificar a inclusão social dos surdos Linguagem e Cognição Pontos Fundamentais para a Inclusão A linguagem é responsável pela regulação da atividade psíquica humana, pois é ela que permeia a estruturação dos processos cognitivos. Assim é assumida como constitutiva do sujeito, pois possibilita interações fundamentais para a construção do conhecimento (VIGOTSKI, 2001). O homem precisa da interação social e a linguagem é o meio primordial para isso ocorrer tanto sendo por gestos como pela própria fala. A linguagem por sua vez é tida como tudo que envolve significação, que tem valor semiótico, não se restringindo apenas a uma forma de comunicação, e é nela que o pensamento do indivíduo é constituído (GOLDFELD, 1997). Impactos da Língua de Sinais no Contexto Educacional A conquista da comunidade surda brasileira na questão da aprovação da Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua, foi recente. Foram anos de luta para que a língua de sinais fosse efetivamente reconhecida. Basta analisar o contexto histórico da educação de surdos para notar-se que, por séculos, os surdos sofreram por terem sido considerados seres inferiores, não eram reconhecidos como humanos, eram rejeitados nos espaços sociais. Somente a partir do século passado, alguns pesquisadores começaram a se preocupar com a língua de sinais dentro das comunidades surdas e nos espaços escolares, embora a preocupação com educação de surdos tenha sido bem anterior a isso. Inclusão Social dos Surdos De acordo com Salles (2004), nas antigas civilizações Greco-romanas, os surdos não tinham direito nem sequer à vida, eram exterminados. Depois, descobriram que não havia surdez absoluta, podendo provocar desenvolvimento e inclusão dessas pessoas à sociedade, mas o preconceito existente não permitiu que algumas técnicas fossem aplicadas. Quando havia relatos de alguma recuperação de um deficiente, era tido como milagre, consagrando a igreja católica. Muitos surdos foram excluídos do convívio social ao longo da história, porque para os ouvintes o problema maior não era a surdez, mas, sim, a falta da fala. Historicamente o trabalho com o deficiente auditivo passou por várias mudanças, mas nenhuma delas buscou de fato beneficiar o aluno surdo. Sabe-se que a língua de sinais é o melhor meio e o que mostra significativos resultados para o ensino destes. Atualmente trabalhar com surdos parece algumas vezes algo sem relevância. Pode-se dizer que tal situação, que essas dificuldades se dão, em função do despreparo dos educadores atuantes em classes de ensino regular. Metodologia Como foi feito? Foram selecionados autores que fundamentassem a temática. Seleção de Obras já prontas como: livros, artigos, monografias e sites. Tipo de Pesquisa e Procedimentos A pesquisa foi na abordagem qualitativa. O procedimento foi feito através de uma pesquisa bibliográfica. Conclusão Conclui-se que no momento histórico em que vivemos é necessário que surdos e ouvintes vivam em harmonia, pois tem-se como princípio a inclusão social dos indivíduos na sociedade. E essa inserção social dos surdos passa pela própria escola a qual precisa de professores especializados nesta área a ponto de poder atender as necessidades dos seus alunos adequadamente, pois sem dúvidas são os que mais sofrem com essa falta de especialização. Referências GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócio-interacionista. São Paulo: Plexus, 1997. Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10436.htm>. VIGOTSKI, L.S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001. “A Escola deve ser um elemento transformador. A isso, acrescentaríamos: deve sê-lo de modo especial para o surdo, mais do que para qualquer outra criança ouvinte, pois temos que admitir o seu universo, mas transformar a sua deficiência em eficiência. Talvez, mais do que educadores em geral, tenhamos o compromisso com a escola transformadora.” *Alfredo Goldback* adaptação
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