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Pulsao e Seus Destinos

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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ 
PSICOLOGIA INTEGRAL 
 
- Explicação do professor: Como a pulsão é um impulso, o aparelho psíquico precisa que haja uma representação para 
que possa atuar sobre ela, pois ele não atua diretamente na energia (no afeto) e sim em representações. O representante 
pulsional seria uma ‘‘mensagem’’ em que diz ao aparelho o que a pulsão quer ou demanda, o que ela exige como 
satisfação. Com essa ‘‘mensagem’’ em mão, o aparelho psíquico pode buscar um objeto para satisfazer essa pulsão. Esse 
representante pulsional é da natureza da representação-de-coisa e forma nossos desejos e fantasias. Dessa forma, a 
pulsão provém do interior do corpo, uma vez que dentro de seus componentes, a fonte da pulsão sempre é um órgão ou 
parte do corpo. 
‘‘[...] A pulsão, por sua vez, jamais atua como uma força momentânea de impacto, mas sempre como uma força constante.’’ 
→ Força constante significa que ela nunca para, nunca cessa e nunca será 100% satisfeita. Você consegue aumentar 
ou diminuir sua pressão e força, mas nunca extinguir uma pulsão. 
- Explicação do professor: A pulsão sempre busca satisfação e não objetos, pois ela não tem objetos pré-determinados 
(por isso ela não é um instinto ‘‘Instinkt’’). Uma vez que ela encontra um objeto de satisfação, ela se fixa a ele – por 
economia de energia até, e inicia-se uma repetição. Então, para Freud o destino de uma pulsão sempre será um objeto, 
para ela poder se satisfazer, uma vez que ela encontra um, tende a repetir a mesma busca de satisfação no mesmo 
objeto. 
‘‘Voltando-nos agora do lado biológico à observação a partir da vida anímica, então nos aparece a ‘pulsão’ como um 
conceito fronteiriço entre o anímico e o somático, como representante psíquico dos estímulos oriundos do interior do 
corpo que alcançam a alma, como uma medida da exigência de trabalho imposta ao anímico em decorrência de sua 
relação com o corporal.’’ → A pulsão não pode ser o representante psíquico, pois o representante psíquico representa 
a pulsão para o aparelho. Assim, o representante psíquico apresenta as demandas pulsionais ao aparelho psíquico (vida 
anímica) para ele poder satisfazer a pulsão, via objeto, pelo princípio do prazer. 
Termos utilizados em correlação com o conceito de pulsão: 
• Pressão 
• Meta 
• Objeto 
• Fonte da pulsão 
PRESSÃO: refere-se a seu fator motor, a soma de força ou medida da exigência de trabalho que ela representa. ‘‘O 
caráter impelente é uma característica geral da pulsão, sua própria essência. Toda pulsão é uma parcela de atividade; 
quando se fala de modo descuidado de pulsões passivas, essas nada mais seriam que pulsões com uma meta passiva.’’ 
→ Força constante significa que ela nunca para, nunca cessa e nunca será 100% satisfeita. Você consegue aumentar 
ou diminuir sua pressão e força, mas nunca extinguir uma pulsão. 
META: refere-se sempre a satisfação de uma pulsão, que só pode ser alcançada pela mesma suspensão do estado de 
estimulação junto à fonte pulsional. ‘’Mesmo que essa meta final permaneça inalterada para todas as pulsões, diferentes 
caminhos podem conduzir a essa mesma meta final, de modo que podem existir para uma mesma pulsão diversas metas 
aproximadas ou intermediárias, as quais podem ser combinadas ou substituídas umas por outras. A experiência também 
nos permite falar de pulsões ‘inibidas em sua meta’ em processos que não são tolerados durante uma parcela de seu 
caminho rumo à satisfação pulsional, mas depois experimentam uma inibição ou desvio. Pode-se supor que mesmo a 
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ 
PSICOLOGIA INTEGRAL 
 
esses processos esteja ligada uma satisfação parcial.’’ → é a relação ao objeto que a pulsão estabelece para poder 
encontrar satisfação, quem encontra esse objeto é o aparelho psíquico (vida anímica). Frente ao objeto, a pulsão adota 
duas posições; ativa ou passiva. São complementares, se o objeto é ativo, a pulsão é passiva, vice-versa. Então se o 
objeto é ativo (masoquista, voyer), a pulsão é passiva (masoquista, exibicionista). 
 Ativo – busca a satisfação no objeto 
 Passivo – exige que o objeto forneça a satisfação almejada. 
OBEJETO: refere-se aquele junto, ou através do qual, a pulsão pode alcançar sua meta. ‘‘É o que há de mais variável na 
pulsão, não estando originalmente a ela vinculado, sendo apenas a ela atribuído por sua capacidade de tornar possível 
a satisfação. Não é necessariamente um objeto material estranho ao sujeito, podendo ser até mesmo uma parte do 
próprio corpo. Pode ser substituído incontáveis vezes no decurso dos destinos vividos pela pulsão, sendo a tal 
deslocamento da pulsão atribuídos os mais significativos papéis. Pode ocorrer o caso em que um mesmo objeto 
simultaneamente sirva para a satisfação de diferentes pulsões, segundo Alfred Adler, o caso do entrecruzamento 
pulsional. Uma ligação especialmente estreita da pulsão com o objeto (função) é salientada como sua fixação. Ela se dá 
com frequência em períodos muitos remotos do desenvolvimento pulsional e põe fim à mobilidade da pulsão ao se opor 
intensamente à dissolução da ligação ao objeto. 
FONTE: refere-se ao processo somático em um órgão ou parte do corpo, cujo estímulo é representado na vida anímica 
pela pulsão. Não se sabe se esse processo é regularmente de natureza química ou se também pode corresponder à 
liberação de outras forças, por exemplo, mecânicas. O estudo das fontes pulsionais já não pertence à Psicologia; ainda 
que a origem em uma fonte somática seja o elemento mais decisivo para a pulsão, só a conhecemos na vida anímica por 
causa de suas metas. → a pulsão provém do interior do corpo, uma vez que dentro de seus componentes, a fonte da 
pulsão sempre é um órgão ou parte do corpo. 
‘‘[...] Todas as pulsões são qualitativamente da mesma ordem e de que devem seu efeito apenas às magnitudes de 
excitação que cada uma vincula. [...] O que diferencia as realizações psíquicas das pulsões entre si pode estar relacionado 
à diversidade das fontes pulsionais. Apenas as pulsões primordiais e não suscetíveis à decomposição poderiam reivindicar 
uma importância significativa.’’ 
DIFERENCIAR DOIS GRUPOIS DE TAIS PULSÕES PRIMORDIAIS: 
• Pulsões do EU ou de Autopreservação 
• Pulsões Sexuais 
‘‘Tal classificação resultou do desenvolvimento histórico da Psicanálise, que tomou por objeto primeiro as psiconeuroses, 
ou, mais precisamente, aquelas designadas como ‘neuroses de transferência’ (histeria e neurose obsessiva), e, através 
delas, chegou à compreensão de que um conflito entre as exigências da sexualidade e as do Eu estava na raiz de todas 
aquelas afecções. (doenças).’’ 
 
SADISMO
• Consiste em uma atividade de violência,
dominação sobre outra pessoa como objeto
• Tal objeto é abandonado e sibstituído pela
pessoa
• Meta ativa para uma meta passiva
MASOQUISMO
• Outra pessoa é procurado como objeto, a qual,
em decorrência da transformação da meta
ocorrida, terá que assumir o papel de sujeito.
• A satisfação pode ocorrer pela via do sadismo
original
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ 
PSICOLOGIA INTEGRAL 
 
 
 “Quando a sensação de dor chega a tornar-se uma meta masoquista, pode surgir também, de modo 
retroativo, a meta sádica de infligir dores; de modo que alguém, ao provocá-las em outrem, frui masoquistamente pela 
identificação com o objeto que sofre. Certamente que em ambos os casos não se frui a dor em si, mas sim a excitação 
sexual que a acompanha, e, para o sádico, de modo especialmente cômodo. A fruição da dor seria, portanto, uma meta 
originalmente masoquista, a qual só pode tornar-se uma meta pulsional em alguém originalmente sádico.’’ 
RESUMO DOS PRINCIPAIS CONCEITOS DA GRAVAÇÃO DE AULA 
1ª PARTE DO TEXTO – Freud tenta definir o que seria uma pulsão e como não dá para observar uma pulsão de maneira 
direta, nem pelo lado biológico (neurologia e fisiologia) e nem pelo lado psíquico (só vemos os representantes da pulsão), 
Freud tenta de todos os lados conseguir dados para essa definição.Podemos observar os quatro componentes da pulsão: 
• Meta – é a relação ao objeto que a pulsão estabelece para encontrar satisfação, quem encontra esse objeto 
para a pulsão é o aparelho psíquico (vida anímica). Assim, a pulsão pode adotar duas posições: ativa ou passiva 
que são complementares, ou seja, se o objeto é ativo, a pulsão é passiva, já se a pulsão é ativa o objeto é 
passivo. 
• Pressão - aumentou a insatisfação, consequentemente aumenta a pressão – diminuiu a pressão, 
consequentemente diminui a insatisfação. Freud constata que como nenhuma pulsão estará 100% satisfeita ela 
sempre pressionará (é uma questão de quantidade – pressionar mais ou menos), por isso, ela é sempre constante; 
• Fonte – sempre será um órgão ou uma parte do corpo (ex: pulsão escópica – dos olhos). Parte do corpo, podemos 
olhar pela própria divisão feita pela medicina – sistema respiratório, nervoso etc. – esses sistemas são fontes 
da pulsão (ex: sadismo tem como fonte da pulsão o nosso músculo); 
• Objeto* - aquilo, o meio pelo qual a pulsão chega na satisfação. O objeto de uma pulsão indica o exercício de 
uma função e não uma coisa (ex: qualquer coisa que chegue a uma satisfação é um objeto da pulsão, então 
pode ser desde um alimento a uma parte do corpo – Freud descreve no texto o autoerotismo que é um objeto 
ao qual nos leva ao prazer – olhar no espelho e me sentir bonita, isso é uma satisfação autoerótica). 
2ª PARTE DO TEXTO – Freud começa decompondo os destinos da pulsão. Assim, o destino da pulsão sempre vai ser o 
objeto que dará satisfação, porque é isso que a pulsão busca. Para Freud, nosso corpo por si só é cheio de 
intencionalidade, então, na parte do texto que Freud cometa sobre sadismo...isso não é do aparelho psíquico, pois são 
intenções somáticas que o aparelho psíquico tem que resolver, mas é o corpo que se movimenta para fazer, uma vez que 
o aparelho psíquico não impede o corpo de fazer (aparelho psíquico só dá destino). Em outras palavras, para Freud, as 
intenções são somáticas. 
 Quando Freud fala em destinos, ele refere-se ao que a pulsão vai tentar fazer e seus destinos: 
• Sublimação 
• Recalque 
• Retorno em direção à própria pessoa 
• Reversão e seu contrário 
 
Assim, Freud coloca o retorno em direção à própria pessoa como exemplo do sadomasoquismo, ver e olhar, e do 
olhar e mostrar-se (voyerismo e exibicionismo). O ponto do retorno se dá sempre no “b” que é o ponto de retorno 
sobre à própria pessoa. 
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ 
PSICOLOGIA INTEGRAL 
 
ATIVO
• Sadismo
• Voyer (olhar)
• Masculino*
PASSIVO
• Masoquismo
• Ser visto/ mostrar-se
• Feminino*
a) O sadismo consiste em atividade de violência, dominação sobre outra pessoa como objeto → quem domina é o 
ativo (busca a satisfação no objeto) 
b) Tal objeto é abandonado e substituído pela própria pessoa. Com o retorno em direção à própria pessoa, também 
se realiza a transformação da meta ativa da pulsão em uma meta passiva → no ponto “B” ocorre a mudança 
da meta, ou seja, é o “se ver” 
c) Novamente, outra pessoa é procurada como objeto, a qual, em decorrência da transformação da meta ocorrida, 
terá que assumir o papel de sujeito 
Em outras palavras, o ponto “A” é sempre ativo, o ponto “B” é a mudança de meta e o ponto “C” sempre passivo. 
Assim, na relação da pulsão com o objeto, ou começa pelo ponto “A” ou pelo ponto “C” 
 
 
 Então o retorno na própria pessoa se dá sempre no ponto B e tudo isso se dá dentro das metas: 
• Ativo – busca a satisfação no objeto, em outras palavras, você para o objeto (você ama) 
• Passivo – exige que o objeto forneça a satisfação almejada, em outras palavras, é exigir que o objeto faça em 
mim (ser amado) 
Em termos funcionais, nunca vamos dar satisfação, pois queremos apenas ser satisfeitos. Ou seja, como o 
ponto B é a mudança de meta, se estamos ativo, mudamos para passivo, exemplo, no sadismo, ativo – você vai 
dominar o objeto para passar para que o objeto me domine, eu tenho que mudar de meta para depois ir para 
o ponto C. Então eu vou para dominar e antes de ir para o masoquismo (exigir que o outro faça em mim) eu 
vou me dominar. 
• Olhar → mostrar-se 
• Dominar → ser dominado 
 
 
 
 
 
PONTO A 
• Você vai ver, no 
sadismo você vai 
dominar
• Sempre ativo
• Vê
PONTO B
• Ocorre a mudança de 
meta da pulsão
• Você se domina/ 
autodomínio
• Se vê
PONTO C
• Você vai se mostrar e é
dominado
• Sempre passivo
• Se mostra
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*feminino e masculino não é uma questão de gênero, mas metas (ativas ou passivas) que a pulsão adota em relação 
ao objeto. O gênero não importa, pois fazemos as duas. Essa questão de gênero é só uma ilusão da consciência, pois a 
formação de gênero só faz sentido na consciência, pois para pulsão nós somos bissexuais e nunca deixaremos de ser. 
O masculino pode ser entendido como um movimento de dominação e o feminino um movimento de ser dominado. Se 
um começar a se sobressair sobre o outro, o que está se sobressaindo é por falta, ausência de satisfação. 
• Meta Passiva = Objeto passivo 
• Objeto ativo = Função é passiva 
• A pulsão nunca vai estar separada do objeto 
• Fazemos as duas, pois ambas geram prazer 
• A mudança ocorre por conta do prazer e vamos alterá-las durante a relação 
O tempo todo nas relações eu vou alternar entre ativo e passivo, então eu vou querer dominar e ver, e ao mesmo 
tempo, exigir que a pessoa me domine e eu vou me mostrar, mas se a pessoa falhar em um desses pontos eu vou 
ficar insatisfeito e começo a brigar com ela. Exemplo, um dos pontos em que a pessoa acha que não está sendo 
amada é por ela não achar que o outro não está a dominando como ela deveria ser dominada e isso, 
normalmente, é tido como falta de atenção, de cuidado, descaso etc. 
*Quando alguém cuida de você, ela te domina – quando recebemos um carinho na cabeça, a pessoa tem domínio 
da nossa cabeça. 
Freud também de um ponto ativo que é o “conhecer”, ou seja, ele entende que nossas funções têm um impulso de 
conhecer, que no polo passivo seria o seduzir. Ou adotamos a posição de conhecer e o objeto vai te seduzir, ou 
adotamos a posição de seduzir para o objeto vai te conhecer. 
“[...] Os destinos pulsionais como espécies de defesa contra as pulsões” → é uma defesa do corpo, porque se a 
pulsão não encontrar objeto ela vai ficar oscilando e vamos, por exemplo, morrer de fome, de sede etc. Por isso 
que acaba sendo uma defesa para vivermos. Por isso Freud vai dizer que nesse impulso de conhecer ficamos 
fascinados por alguma coisa, então, para Freud a nossa curiosidade é muito mais pulsional, visceral do que 
psicológica. 
Formação reativa do sadomasoquismo – primeiro ele está falando da compaixão. A compaixão acaba sendo uma 
formação reativa do sadismo. 
Manifestamos compaixão na consciência, mas o impulso originário é de eu querer dominar aquilo que eu tenho 
compaixão. 
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ 
PSICOLOGIA INTEGRAL 
 
Uma maneira de aparecer bastante o sadomasoquismo é os impulsos de poder – dominar a coisa que você quer 
exercer poder. 
3ª PARTE DO TEXTO – Freud percebe que as nossas funções são bem espertas, pois forma o Eu prazer e o Outro 
desprazer. Freud percebe que o prazer vai fazer com que a gente aglutine/condense tudo o que dá prazer numa 
fantasia (Eu), exemplo, o bebê – pegando todos os objetos que dão prazer ao bebê, desde a boca, seio da mãe, 
mamadeira etc., ele vai considerar como sendo ELE, e tudo que causa desprazer é tido como sendo o outro (formar 
uma fantasia do outro), exemplo, se o bebê tem cólica, ele considerar que o intestino, a barriga dele como sendo um 
outro e não ele. 
- A primeira noção de Eu não coincide com o Eu real e passamos a vida inteira “batendo” para encontrar a fantasia 
de Eu com os contornos do corpo. Exemplo, normalmente tem partes do nosso corpo que não gostamos (queremos 
modificar com intervenções médicas) e a tendência é não as notar ounão dar atenção a elas. 
- Nós misturamos os corpos – vemos isso melhor na paixão, que tendemos a “pegar” o corpo do outro e juntar com o 
nosso – o ideal da paixão (dois corpos em um só) 
- A introjeção seria na formação do Eu prazer – formação dos primeiros sentimentos de amor 
- De forma pulsional, não conhece amando/odiando o outro, de maneira pulsional, começamos amando o Eu (não é se 
amando, porque esse Eu não bate com o nosso corpo) 
- PULSÃO X LIBÍDO – A definição de Freud para libido é origina da pulsão sexual 
• PULSÕES SEXUAIS – leva o objeto até a pulsão de autoconservação. O problema é que, uma vez que isso 
acontece, a gente nunca come por fome, comemos por satisfação/prazer e se matar a fome, melhor. 
• PULSÕES DE AUTOCONSERVAÇÃO OU DO EU – são responsáveis pelos impulsos de sobrevivência, fisiológicos, 
exemplo, comer, dormir etc. Não conseguem ser bem-sucedidas, pois não tem um objeto pré-determinado, por 
isso precisam da pulsão sexual, por isso o uso do termo “apoio” – pois elas se apoiam uma na outra. 
- A pulsão não tem objeto pré-determinado, então a pulsão de fome ela não vai saber o que comer. Diferente do 
instinto (Instinkt), que já possui um objeto pré-determinado, exemplo, um bezerro em poucas horas de vida já vai 
começar a andar e se direcionar ao objeto de satisfação, nesse caso, o leite da mãe. O bebê humano não vai fazer 
isso, no máximo, ele vai ficar chorando e se não for alimentado, pode vir a morrer de fome. Outro exemplo, é se 
oferecermos um veneno doce para um bezerro ele não vai beber, já o bebê humano vai beber e morrer envenenado. 
- As pulsões fisiológicas ficam em segundo plano, por isso que é apoio. Como está apoiado elas vão junto, mas não são 
uma meta para o Freud. Por isso, Freud vai entender que a sexualidade está em tudo no ser humano, porque as 
pulsões de autoconservação não conseguem sair do lugar sem a pulsão sexual. Em outras palavras, a sexualidade vai 
povoando as questões da nossa vida, até mesmo por sobrevivência. 
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ 
PSICOLOGIA INTEGRAL 
 
- No início da nossa formação de Eu, muitas partes do nosso corpo não são consideradas como nossas e, muitas partes 
do corpo do outro são consideradas como a gente. 
- A fantasia de Eu perdura a vida inteira e tentamos a vida inteira coincidir essa fantasia de Eu com o nosso corpo e 
a fantasia do Outro com o corpo do Outro. Isso se deve, porque do ponto de vista do inconsciente, ele não vai 
conseguir/coincidir, e do ponto de vista dessa relação, também não. Exemplo, uma das demandas do sadomasoquismo 
é que se a pessoa me ama, ela sabe o que eu penso (uma das formas mais internas de dominar), e por causa dessas 
relações o Eu e o Outro não coincide com o corpo real. A consciência passa a vida toda tentando conciliar. E daí, se o 
outro não lê seu pensamento (gera a frustração), ficamos insatisfeitos. 
- Fazer coincidir é extremamente frustrante – não é um movimento automático do aparelho psíquico fazer coincidir o 
Eu com meu corpo real – tendemos a resistir a essa coincidência > nesse ponto quem resiste é o próprio inconsciente. 
• Evitar coincidir gera prazer 
• Tentar coincidir gera desprazer 
Quem tenta fazer coincidir é a consciência, se frustrado, o inconsciente tenta desfazer 
- O desafio é fazer a fantasia de Eu coincidir com o corpo real 
- O corpo real nunca é o que gostaríamos que fosse 
- A frustração ocorre na TENTATIVA de coincidir a fantasia de Eu com o corpo real 
- O corpo real é sempre uma castração em relação a minha fantasia de Eu 
- O Eu significa que é um objeto de satisfação, pois o nosso Eu não é genuíno – é apenas uma fantasia que nós 
construímos e que muitas vezes não coincide com nosso corpo, e que a pulsão tem satisfação.

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