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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Direito tributário
SUMÁRIO
DIREITO TRIBUTÁRIO
2
Direito tributário
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
MiSSÃo
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
ViSÃo
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Direito tributário
SUMÁRIO
bibLioteCA MuLtiViX (Dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Diniz, Fernanda Paula; Moraes, Vivian Lacerda.
Direito Tributário / Fernanda Paula Diniz; Vivian Lacerda Moraes. – Serra: Multivix, 2019.
FACuLDADe CAPiXAbA DA SerrA • MuLtiViX
eDitoriAL
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
Diretor executivo 
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da educação a Distância
Flávio Janones
Coordenadora Acadêmica da eaD
Carina Sabadim Veloso
Conselho editorial 
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima 
revisão técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
Direito tributário
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
Diretor executivo do Grupo Multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Direito tributário
SUMÁRIO
LiStA De FiGurAS
 > FIGURA 1 - Pré-compreensão 20
 > FIGURA 2 - Atividade financeira 22
6
Direito tributário
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
LiStA De GráFiCoS
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Direito tributário
SUMÁRIO
LiStA De QuADroS
8
Direito tributário
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
LiStA De tAbeLAS
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Direito tributário
SUMÁRIO
SuMário
1 Direito FiNANCeiro e FiNANÇAS PÚbLiCAS 19
iNtroDuÇÃo 19
1.1 DIREITO FINANCEIRO E FINANÇAS PÚBLICAS: NOÇÕES INICIAIS 20
1.1.1 AS NECESSIDADES PÚBLICAS E A 
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 22
1.1.2 BREVE HISTÓRICO DOS TRIBUTOS E DAS FINANÇAS PÚBLICAS 26
1.2 DESPESA PÚBLICA, A EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO 
E A RESPONSABILIDADE FISCAL 27
1.2.1 CASO GERADOR 27
1.2.2 ETAPAS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 29
1.2.3 AS DIVERSAS CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA PÚBLICA 34
CoNCLuSÃo 37
2 o PoDer e o Direito De tributAr 40
iNtroDuÇÃo DA uNiDADe 40
2.1 PODER DE TRIBUTAR: NOÇÕES INICIAIS 41
2.2 O PODER DE TRIBUTAR X O PODER ESTATAL 44
2.3 CAPACIDADE DE TRIBUTAR E SUJEIÇÃO ATIVA 48
2.4 FISCALIDADE, EXTRAFISCALIDADE E PARAFISCALIDADE 50
bibLioGrAFiA CoMeNtADA 54
CoNCLuSÃo 55
UNIDADE 1
UNIDADE 2
10
Direito tributário
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
SuMário
3 FoNteS Do Direito tributário: ASPeCtoS GerAiS DA tributAÇÃo 57
iNtroDuÇÃo 57
3.1 FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO 58
3.1.1 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 61
3.1.2 EMENDAS CONSTITUCIONAIS 62
3.1.3 LEIS COMPLEMENTARES 64
3.1.4 LEIS ORDINÁRIAS 66
3.1.5 LEIS DELEGADAS 67
3.1.6 DECRETOS 67
3.1.7 NORMAS COMPLEMENTARES 68
3.1.8 ATOS NORMATIVOS EXPEDIDOS POR 
AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS 69
3.1.9 DECISÕES COM EFICÁCIA NORMATIVA 69
3.1.10 PRÁTICAS REITERADAS DAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS 70
3.1.11 CONVÊNIOS CELEBRADOS PELAS ENTIDADES IMPOSITORAS 71
3.2 APLICAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA NORMA TRIBUTÁRIA 72
3.3 ISONOMIA E CAPACIDADE ECONÔMICA DO CONTRIBUINTE 75
3.4 IRRETROATIVIDADE, ANTERIORIDADE E LIBERDADE DE TRÁFEGO 78
3.5 A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 82
3.5.1 IMUNIDADE RECÍPROCA 83
3.5.2 IMUNIDADE PARA TEMPLOS DE QUALQUER CULTO 833.5.3 IMUNIDADES PARA PARTIDOS POLÍTICOS, ENTIDADES SINDICAIS DE 
TRABALHADORES, INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO 
E ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 84
3.5.4 IMUNIDADES PARA LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS 
E O PAPEL DESTINADO À SUA IMPRESSÃO 86
3.5.5 IMUNIDADES PARA FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS 
MUSICAIS PRODUZIDOS NO BRASIL E PARA SEUS SUPORTES 
MATERIAIS OU ARQUIVOS DIGITAIS 87
bibLioGrAFiA CoMeNtADA 88
CoNCLuSÃo 89
UNIDADE 3
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Direito tributário
SUMÁRIO
SuMário
4 reLAÇÃo JurÍDiCo-tributáriA, obriGAÇÃo e FAto GerADor 91
iNtroDuÇÃo 91
4.1 ASPECTOS GERAIS DA RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA 92
4.2 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 93
4.3 FATO GERADOR 95
4.3.1 DIFERENCIAÇÃO ENTRE HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA 
TRIBUTÁRIA E FATO GERADOR 97
4.4 CAPACIDADE TRIBUTÁRIA 99
4.4.1 SUJEITO ATIVO 99
4.4.2 SUJEITO PASSIVO 101
bibLioGrAFiA CoMeNtADA 105
CoNCLuSÃo 105
5 CrÉDito tributário: LANÇAMeNto, MoDALiDADeS, 
SuSPeNSÃo, eXtiNÇÃo e iSeNÇÃo 107
iNtroDuÇÃo 107
5.1 CRÉDITO TRIBUTÁRIO: NATUREZA JURÍDICA 108
5.1.1 CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 110
5.2 LANÇAMENTO 110
5.2.1 LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO 111
5.2.2 LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO 112
5.2.3 LANÇAMENTO DE OFÍCIO 113
5.3 SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 113
5.3.1 MORATÓRIA 117
5.3.2 RECURSOS E RECLAMAÇÕES ADMINISTRATIVAS 118
5.3.3 DEPÓSITO 120
UNIDADE 4
UNIDADE 5
12
Direito tributário
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
5.3.4 LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA, 
CAUTELARES E ANTECIPAÇÃO DE TUTELA EM OUTRAS AÇÕES 121
5.3.5 PARCELAMENTO 121
5.4 EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 122
5.4.1 PAGAMENTO 122
5.4.2 COMPENSAÇÃO 125
5.4.3 TRANSAÇÃO 127
5.4.4 REMISSÃO 128
5.4.5 CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA 129
5.4.6 PAGAMENTO ANTECIPADO E HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO 130
5.4.7 CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO JULGADA PELA PROCEDÊNCIA 130
5.4.8 DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL 131
5.4.9 DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO 132
5.4.10 DAÇÃO EM PAGAMENTO EM BENS IMÓVEIS 132
5.5 EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 132
bibLioGrAFiA CoMeNtADA 134
CoNCLuSÃo 135
6 ADMiNiStrAÇÃo tributáriA 137
iNtroDuÇÃo 137
6.1 A ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA: DEFINIÇÃO E PRINCIPAIS FUNÇÕES 138
6.1.1 FISCALIZAÇÃO 139
6.1.2 DÍVIDA ATIVA 142
6.1.3 CERTIDÃO NEGATIVA 146
bibLioGrAFiA CoMeNtADA 148
SuMário
UNIDADE 6
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Direito tributário
SUMÁRIO
SuMário
CoNCLuSÃo 149
reFerÊNCiAS 150
14
Direito tributário
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
iCoNoGrAFiA
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Direito tributário
SUMÁRIO
BIODATA DAS AUTORAS
Fernanda Paula Diniz
Doutora e Mestra em Direito Privado. Professora do curso de Direito da Pontifícia 
Universidade Católica de Minas Gerais. Autora de artigos e livros jurídicos. Advogada.
Vivian Lacerda Moraes
Mestra em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável. Pós-graduada em Direi-
to Processual Civil. Autora de artigos e livros jurídicos. Advogada.
JUSTIFICATIVA
Quando se fala em Direito Tributário, em Fazenda Pública, muitas vezes enxergamos 
este assunto como algo distante de nós e de nossa realidade, próprio dos poderes 
do Estado. Todavia, o Direito Tributário está mais próximo de nós, de nosso dia a dia 
do que podemos pensar. Quando falamos em Direito Tributário, estamos falando da 
disciplina de todo e qualquer tributo instituído no país, seja federal, estadual, distrital 
ou municipal.
Ao ganhamos um certo valor bruto anual, nos enquadramos ou não para pagar o 
Imposto de Renda – Tributo Federal –, e quem recebe e promove a fiscalização dessa 
arrecadação é a Fazenda Pública Nacional. Quando exercemos qualquer atividade 
econômica formal, estamos sujeitos à cobrança de diversos tributos, alguns de natu-
reza municipal, outros estaduais ou federais. Quando pagamos taxas como para a 
coleta de lixo ou esgoto, estamos pagando tributos municipais; se compramos algum 
produto ou adquirimos um serviço, nos valores pagos há a incidência de tributos.
Assim, compreender o Direito Tributário, as diversas formas de tributos existentes no 
país – em qualquer das esferas estatais –, a forma como se dá a sua arrecadação, fisca-
lização e, principalmente, o emprego das receitas obtidas pela arrecadação fazendá-
ria é de grande importância para que se compreendam seus impactos em nossa vida 
pessoal, bem como na vida profissional de cada um.
16
Direito tributário
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
ENGAJAMENTO 
Nesta disciplina, o assunto em pauta são os tributos, a fiscalização da arrecadação 
tributária e as contas atinentes ao Poder Público. Você sabe dizer o que são Direito 
Tributário e Direito Financeiro? Consegue dizer quais são as semelhanças e diferenças 
entre eles? Você sabe como são consideradas as necessidades estatais que geram as 
despesas? Sabe o que são tributos ou desde quando começaram a ser cobrados? Se 
todas as receitas fiscais devem ter seu cumprimento obrigatório ou se isso é a exce-
ção? E sabe nos dizer o que faz as despesas estatais crescerem? 
Essas e outras perguntas poderão ser respondidas após o estudo desta disciplina!
APRESENTAÇÃO DA 
DISCIPLINA
Seja bem-vindo à disciplina de Direito Tributário! Esta disciplina será centrada na análi-
se e no conhecimento dos ditames presentes na relação entre a Fazenda Pública e 
nós, os contribuintes do Estado. Tem como objetivo principal a análise e a compreen-
são do que vem a ser receita fiscal, em especial as chamadas receitas compulsórias 
– aquelas que todos nós somos obrigados a pagar como cidadãos contribuintes do 
Estado brasileiro. Além disso, a compreensão sobre a forma como se dá a fiscaliza-
ção por parte da Fazenda Pública das arrecadações tributárias, bem como a manei-
ra com que as atividades da Fazenda Pública se relacionam com a situação de nós, 
contribuintes, é de suma importância para a disciplina.
Vale frisar que o Direito Tributário é matéria de Direito Público, que, por sua vez, está 
naturalmente vinculado ao Direito Financeiro, visto que este é a disciplina jurídica 
que tem como principal objeto a compreensão das formas como o Estado obtém 
suas receitas, bem como a relação entre essas receitas e as despesas necessárias para 
a plena execução das atividades do Estado.
Portanto, é importante ter o entendimento do que vem a ser o Direito Financeiro, 
o sistema de princípios e normas que regem o Estado Fiscal (Fazenda Pública), a 
17
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Direito tributário
SUMÁRIO
relação entre as receitas e despesas estatais – essencial para que o Estado exerça suas 
atividades e cumpra com sua finalidade – e sua relação com os contribuintes.
Você estudará também nesta disciplina a dimensão que tem o Direito Tributário e 
porque a fim de salvaguardar os direitos individuais, perante o poder estatal, a Cons-
tituição da República estabelece normas gerais em matéria tributária, definindo os 
tributos e suas espécies, relacionando os impostos nela discriminados com os respec-
tivos fatos geradores, com outras cautelas destinadas a legitimar as imposições do 
Fisco no Estado.
Bons estudos!
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de:
• Definir as noções fundamentaisdo Direito Tributário.
• Definir as noções básicas de Finanças Públicas.
• Identificar as formas de financiamento dos gastos estatais.
• Explicar como se dá a partilha das receitas tributárias.
• Definir as diversas espécies de receitas públicas.
• Definir os princípios tributários.
• Identificar as fontes do Direito Tributário.
• Definir as regras de aplicação, arrecadação e fiscalização dos tributos.
18
Direito tributário
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Definir o que são 
finanças públicas.
> Definir o que são 
necessidades públicas.
> Definir como se dá a 
atividade financeira do 
Estado.
> Definir a perspectiva 
histórica dos tributos e 
das finanças públicas.
> Identificar as despesas 
públicas e como se 
dá a execução do 
orçamento.
> Definir o que é 
responsabilidade fiscal.
UNIDADE 1
19
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Direito tributário
SUMÁRIO
1 DIREITO FINANCEIRO E 
FINANÇAS PÚBLICAS
Esta unidade tem como objetivo apresentar a você como funciona a interação entre 
Estado e a administração de suas contas, para que haja um maior entendimento 
acerca do que pode ou não dentro do contexto das finanças públicas.
Nesta parte dos estudos, será dado enfoque nas finanças governamentais como base 
para uma estrutura maior, que será o dito Direito Tributário. Portanto, nesta etapa, 
haverá um breve resumo sobre as necessidades públicas e financeiras do Estado, 
bem como um pequeno histórico acerca dos tributos e das finanças públicas, para 
que você entenda os principais conceitos pertinentes à área. 
Também serão estudadas a execução orçamentária e a responsabilidade fiscal com 
seus principais pontos, tais como: caso gerador, etapas da despesa orçamentária, 
juntamente com o estudo das suas classificações mais importantes.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
O crescimento econômico inclusivo e sustentável sempre dependeu e dependerá da 
gestão das finanças públicas do Estado, com o propósito de retomar a confiança dos 
agentes econômicos para, assim, permitir o financiamento condizente das políticas 
públicas nacionais. 
A dívida pública associada ao aumento de despesas e à queda de arrecadação, bem 
como as restrições orçamentárias, limita a quantidade de recursos disponíveis para a 
aplicação em programas públicos, fazendo com que se torne necessária a melhoria 
dos organismos de planejamento e principalmente de um maior monitoramento 
dos programas públicos.
20
Direito tributário
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Essas medidas, associadas à estabilização das despesas públicas e à melhoria da arre-
cadação, podem propiciar condições para o decréscimo relevante dos juros básicos 
sem descontrole inflacionário, reduzindo as despesas financeiras e a dívida pública.
A constituição de um ambiente de transparência, planejamento e principalmente 
equilíbrio fiscal trata de fundamentos seguros para a ascensão da competitividade 
nacional, da atração de novos e crescentes investimentos internos e estrangeiros e da 
sustentabilidade das políticas econômicas e sociais necessárias ao desenvolvimento 
do país.
Nesse sentido, a presente unidade pretende trazer as compreensões iniciais sobre o 
que vem a ser o Direito Financeiro, bem como as noções básicas de finanças públicas. 
Da mesma forma, pretende trazer a percepção sobre necessidades públicas e ativida-
de financeira estatal. Para melhor entendimento sobre o tema, será apresentada uma 
perspectiva histórica sobre os tributos e finanças públicas. E, por fim, serão expostas 
as noções de despesas públicas, execução do orçamento e responsabilidade fiscal.
Bons estudos!
1.1 DIREITO FINANCEIRO E FINANÇAS PÚBLICAS: 
NOÇÕES INICIAIS
FIGURA 1 - PRÉ-COMPREENSÃO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
21
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Direito tributário
SUMÁRIO
Nesta unidade, teremos como objeto de estudo a atividade financeira do Estado, 
vulgarmente chamada de AFE, que compreende os orçamentos, que são destinados 
ao planejamento do Estado, as despesas, a dívida pública, bem como as diferentes 
formas dos gastos públicos de forma geral.
É necessária uma melhor compreensão do objeto de estudo desta atividade, bem 
como a interação de seu conjunto com a realidade social, o que acaba por pressu-
por o entendimento de elementos essenciais que fazem parte da natureza estrutu-
rante da atividade financeira do Estado, assim como do caráter multifacetado dos 
orçamentos, das despesas públicas, dos tributos e das demais receitas públicas não 
tributárias.
Como já é sabido por todos, os direitos do indivíduo e os bens adquiridos por ele são 
os meios necessários para a satisfação dos mais diversos desejos e, por que não, dos 
objetivos de cada um.
Cada indivíduo poderá dispor de seus bens da forma que mais lhe convier, ou seja, 
em moeda corrente nacional ou estrangeira, exigências legais, dentre outros.
Venda de imóvel do proprietário para terceiro.
Aluguel de veículos a terceiros.
Doação.
É evidente, então, que o sistema adotado para corroborar as finanças, sejam elas 
públicas ou privadas, deve compreender os grupos de contas que expressem a reali-
dade da atividade da organização, contabilizando os fatos mais importantes para 
que hajam demonstrativos financeiros que sejam eficientes no controle, bem como 
na gestão da atividade financeira, de forma a trazer informações plenas e eficientes 
de acordo com a situação patrimonial e financeira que gerencia a liquidez a curto 
prazo e o fluxo de caixa necessário ao financiamento das atividades.
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Portanto, em termos gerais, visando à compreensão dos elementos constitutivos 
básicos da análise patrimonial e financeira de determinada organização, pode-se 
representar o que se deseja alcançar no momento, e por isso passaremos ao entendi-
mento das necessidades públicas e da atividade financeira do Estado. Veja, a seguir. 
1.1.1 AS NECESSIDADES PÚBLICAS E A ATIVIDADE 
FINANCEIRA DO ESTADO
FIGURA 2 - ATIVIDADE FINANCEIRA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
Todo e qualquer indivíduo possui interesses diversos, o que em conjunto passa a ser 
chamado de necessidades sociais. Nesse sentido, o que resulta da soma das necessi-
dades individuais pode ser chamado de demandas coletivas.
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SUMÁRIO
Como exemplo tem-se a necessidade de mais centros de hidratação nos perío-
dos em que há grande número de casos de dengue no país. Neste caso, ultra-
passada a necessidade individual, gera-se uma demanda coletiva enorme.
Sempre haverá necessidades individuais e coletivas. No entanto, o Estado tem limi-
tação de recursos para o atendimento das demandas e por isso elege, por meio de 
processos políticos, quais demandas deverão ser atendidas, quais serão priorizadas, 
sendo chamadas de necessidade pública.
Dessa forma, o Estado tem o dever de realizar algumas demandas coletivas, que ocor-
rerão por meio de orçamentos, licitações que satisfarão as necessidades públicas e 
acabarão, por sua vez, a classificar conjunto de bens e pessoas sob a responsabilidade 
do Estado. 
Os serviços públicos, que são instrumentos do Estado para o alcance dos fins a 
que se propõe, se realizam, atualmente, quase que exclusivamente, por meio da 
utilização da atividade financeira do Estado.
Nesse sentido, ensina Aliomar Baleeiro que:
[...] se, em tempos remotos, foi usual, ehoje, excepcionalmente, ainda se verifi-
ca a requisição pura e simples daquelas coisas e serviços dos súditos, ou a cola-
boração gratuita e honorífica destes nas funções governamentais em verdade, 
na fase contemporânea, o Estado costuma pagar com dinheiro os bens e o 
trabalho necessários ao desempenho da sua missão. É o processo da despe-
sa pública, que substitui, com vantagem, o da requisição, o da gratuidade de 
cargos, o do apossamento dos cabedais dos inimigos vencidos, embora de 
tudo isso ainda perdurem resquícios, notadamente em tempo de guerra. A 
regra, hoje, é o pagamento em moeda e, por isso, constitui atividade financeira 
a que o Estado, as províncias e municípios exercem para obter dinheiro e apli-
cá-lo ao pagamento de indivíduos e coisas utilizadas na criação e manutenção 
de vários serviços públicos (BALEEIRO, 2006, p. 3-4).
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No Brasil, o que determina o tipo de necessidade pública que será atendida pela 
atividade financeira estatal é o processo político democrático. É importante destacar 
que o Poder Constituinte Originário – aquele que tem o poder de criar ou estabelecer 
um novo Estado por meio de regras estruturantes e a criação de um novo sistema 
jurídico constitucional – definiu na Constituição da República do Brasil um objetivo 
fundamental que é: 
Art. 3º:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais 
e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação (BRASIL, 1988).
No entanto, para se alcançar tais preceitos, o Poder Público disciplina as relações 
econômicas e sociais, planeja e executa ações, cujos objetivos, são correspondentes 
àqueles que foram qualificados como fundamentais pela Constituição da República, 
que, dentre tantos outros, pode-se destacar:
Alto nível de emprego.
Estabilidade de preços.
Distribuição equitativa da renda.
Crescimento econômico.
Sendo os principais instrumentos para tal processo político “as políticas fiscal, mone-
tária, cambial e comercial, e de rendas” (VASCONCELLOS, 2006, p. 91), todas inte-
grantes daquilo que chamamos de atividade financeira do Estado. É inquestionável a 
relevância de cada um desses tipos de políticas econômicas.
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SUMÁRIO
Dessa forma, a atividade financeira do Estado pode ser definida “como sendo a atua-
ção estatal voltada para obter, gerir e aplicar os recursos necessários à consecução 
das finalidades do Estado que, em última análise, se resumem na realização do bem 
comum” (HARADA, 2008, p. 4). Já Aliomar Baleeiro adota conceito mais amplo e defi-
ne que a “atividade financeira consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro 
indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu àque-
loutras pessoas de direito público” (BALEEIRO, 2006, p. 4).
A Constituição da República de 1988 estabelece que compete à União emitir 
moeda que circulará nacionalmente, através do Banco Central, incluindo a polí-
tica monetária dentro da atividade financeira do Estado, ficando claro que a 
atividade financeira é principalmente instrumental, a qual viabiliza o sucesso 
das políticas públicas.
As atividades financeiras do Estado incluem, em sua maioria, investimentos em seto-
res específicos da sociedade que são considerados de suma importância para a plena 
realização da vida em sociedade e a promoção da dignidade humana de toda a 
população indistintamente.
Dentre os exemplos de atividades financeiras voltadas para a melhoria das 
condições sociais, têm-se os investimentos em educação, como a melhoria das 
escolas, universidades, aprimoramento de professores e manutenção das estru-
turas físicas das instituições de ensino.
Diante do que foi estudado até o momento, deve ter ficado claro que a atividade 
financeira, a arrecadação de tributos, não constitui a principal e única atividade do 
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Estado, sendo apenas um meio para que o Poder Público possa exercer suas ativida-
des garantindo a plena execução da melhoria das condições de vida da população.
A seguir, você estudará a noção das Constituições Tributárias.
1.1.2 BREVE HISTÓRICO DOS TRIBUTOS E DAS 
FINANÇAS PÚBLICAS
Sempre que estudamos história geral, é inquestionável, independentemente do 
lugar em que se estuda, que os tributos e as finanças públicas sempre tiveram, têm, 
e muito provavelmente terão influência nas civilizações.
Nas descobertas que denotam as primeiras civilizações, os hieróglifos já demonstram 
acontecimentos que revelam a grande influência dos tributos na época, afinal, atra-
vés deles tomamos conhecimento de que os reis teriam trabalhadores que se deti-
nham a cobrar tributos dos comerciantes, bem como dos moradores de determina-
das terras, para que houvesse segurança territorial, para que não houvesse invasores. 
Isso reflete um problema crucial, que é a necessidade de recursos para implemen-
tação de uma organização mínima e de proteção contra invasores, questão essa que 
até os dias de hoje nos aflige. 
Sem ser necessário pensar em civilizações que rodeavam o rio Tigre, e as esfinges, 
pode-se pensar nos feudos, onde eram cobradas taxas para que o indivíduo se manti-
vesse em determinadas terras, cultivando e criando animais para o escambo e a 
própria subsistência.
Visualizando dessa forma, fica claro que a atividade financeira estatal era exercida 
única e exclusivamente com o intuito de obtenção de numerário para execução das 
despesas públicas, ou seja, sua finalidade era somente fiscal.
Ainda nos dias atuais, deve ficar claro que os tributos, em regra, mesmo quando há 
intenção exclusiva de obtenção de recursos para os cofres públicos, vão afetar de 
forma direta os preços de bens e serviços, modificando a alocação dos recursos pelos 
agentes econômicos. Nesse sentido, o simples fato de os tributos existirem impacta 
no comportamento individual e coletivo (família) das pessoas, bem como das empre-
sas e da sociedade como um todo, motivo pelo qual é inerente à tributação redefinir 
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SUMÁRIO
a alocação dos recursos socialmente disponíveis.
É importante salientar que as características da receita do Estado e o perfil atual desta 
foram delineados de formas diversas no decorrer dos séculos, destacando-se como 
principais características as extorsões; doações; recolhimento das rendas produzidas; 
exigência coativa de tributos ou penalidades; empréstimos forçados; e fabricação de 
dinheiro.
1.2 DESPESA PÚBLICA, A EXECUÇÃO DO 
ORÇAMENTO E A RESPONSABILIDADE FISCAL
O Estado moderno, a fim de facilitar a forma como exerce suas atividades, gere a arre-
cadação, e o uso de seus recursos financeiros instituiu o sistema de despesas públicas 
– que nada mais é do que o pagamento em espécie – dinheiro – de quaisquer bens ou 
serviços necessários para a realização das atividades estatais e a promoção do bem 
comum. Portanto, pode-se dizer que a execução do orçamento público e a responsa-
bilidade fiscal são sistemas instituídos para fiscalizar a atividade, as despesas públicas 
e garantir o bom uso dos recursos financeiros estatais. E, para melhor compreender o 
que vem a ser a despesa pública, a execução do orçamento público e a responsabili-
dade fiscal, serão trabalhados alguns conceitos importantes, tais como: caso gerador, 
etapas da despesa orçamentária,e a classificação das despesas públicas.
1.2.1 CASO GERADOR
Conforme artigo 2º, IV, e parágrafos 1º, 2º e 3º, da Lei de Responsabilidade Fiscal nº 
100, de 2000, pode-se dizer que a receita corrente líquida é o “somatório das recei-
tas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, 
transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos” (BRASIL, 
2000), ou seja, é a receita a ser destinada ao pagamento de pessoal.
É importante salientar que a influência mútua da despesa com a Receita Pública 
poderá ser analisada em dois momentos distintos: o primeiro, quando houver elabo-
ração do orçamento anual; e o segundo quando da execução orçamentária.
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Desde a promulgação da Emenda Constitucional nº 1, de 1969, tanto as Receitas 
Públicas, que têm seu cumprimento obrigatório e coercitivo, quanto as que são de 
cumprimento condicionado a determinado fato ou situação (contratação de um 
serviço ou compra de um bem) não têm como requisito necessário para sua existên-
cia – para serem arrecadadas pela Fazenda Pública – a prévia autorização orçamentá-
ria, ao contrário das despesas públicas, que estão vinculadas à autorização orçamen-
tária – o Estado só pode gastar o que foi autorizado pelo orçamento. Ou seja, o Estado 
não precisa receber autorização do orçamento público previamente aprovado para 
que receba toda e qualquer receita tributária que possa vir a surgir, basta que o fato 
gerador da receita seja cumprido, e surgirá o dever de recolhimento dos valores que 
formarão a receita pública. 
Como exemplos de receitas com cumprimento coercitivo, ou seja, de recolhi-
mento obrigatório, têm-se os tributos (impostos, taxas, contribuições de melho-
ria e empréstimos compulsórios), as multas, as penas de perdimento (confis-
co) decorrentes de crime de contrabando, apreensão de armas de criminosos, 
dentre outros.
Já as despesas decorrem de autorização legislativa que deve ser renovada uma vez ao 
ano, a qual deve fixar o limite de crédito conferido aos executores orçamentários, ou 
seja, a definição do quanto se gasta decorre de decisão política que deve considerar 
diversos fatores econômicos, sociais, culturais e históricos que determinam o modelo 
de atuação do Estado. 
Portanto, pode-se dizer que as despesas públicas são o instrumento que o Poder 
Público utiliza para a realização dos serviços que satisfazem as necessidades coletivas 
que são de responsabilidade do Estado, tais como: saúde, segurança e educação.
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SUMÁRIO
Vale destacar que a realização da despesa do Estado não é um mero procedi-
mento parlamentar, pois é importante que tais despesas gerem em torno de 
si diversos procedimentos legais e complexos, como a licitação de determina-
do serviço e/ou produto, o que será classificado dependendo do fundamen-
to econômico, como, por exemplo: despesa com salário, despesa com serviço, 
constituição de provisão, despesa com depreciação, dentre outras.
O que se percebe no Brasil e em vários países desenvolvidos é que as despesas esta-
tais têm crescido de forma exacerbada com relação ao Produto Interno Bruto, tendo 
em vista as falhas de mercado que envolvem bens públicos. 
Nesse caso, demonstrar as diversas classificações que englobam a despesa pública 
orçamentária é relevante para a explicação das etapas necessárias à sua efetivação. 
Entenda, a seguir, como se dão essas etapas.
1.2.2 ETAPAS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
A despesa orçamentária é composta por etapas: empenho, liquidação, pagamento.
O empenho é o “ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado a 
obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição” (artigo 58 
da Lei nº 4.320/64). No entanto, o artigo 60 da mesma lei veda a efetivação de despe-
sa sem prévio empenho, que não pode exceder o limite disponível, porém, em casos 
de urgência, a possibilidade pode ser corrente à realização da despesa.
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a 
emissão da nota de empenho.
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se 
possa determinar.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas 
a parcelamento (BRASIL, 1964).
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Nos casos em que houver calamidade pública, enquanto esta perdurar, poderá 
o empenho ter dispensada sua limitação.
Para a realização do empenho, é necessária a nota de empenho, que deverá indicar 
as qualificações do credor, o valor concernente à despesa, a dedução do gasto do 
saldo existente do limite. Ou seja, ao realizar-se o empenho, já deverá ser desconta-
do o saldo da despesa do limite orçamentário, para que o saldo já utilizado não seja 
novamente empregado em outra despesa: pode-se dizer que o valor em questão 
torna-se indisponível para nova utilização.
No caso de uma instituição pública, o Ministério da Educação, por exemplo, 
decidir inscrever seus colaboradores em um evento particular voltado para a 
apresentação de novas tecnologias empregadas na alfabetização de pessoas 
com deficiência, a Secretaria não pode usar os meios normais de pagamento 
das inscrições, tais como cartão de crédito, boleto ou dinheiro. Então, para que 
a empresa que promove o evento possa receber os valores correspondentes às 
inscrições dos membros da Secretaria de Educação, será emitida uma nota de 
empenho. Ou seja, uma promessa de pagamento feita pelo órgão público à 
instituição que promove o evento, e essa nota é emitida como uma forma de 
garantia para o particular de que o MEC está reservando o dinheiro para ser 
pago em um momento futuro.
Deve ficar claro que, no caso de insuficiência, o saldo em questão pode ser comple-
mentado, bem como pode ser anulado de forma parcial ou total, tornando aquele 
valor novamente disponível. Essa anulação total do empenho pode se dar nos casos 
em que o evento que deu origem aos valores seja cancelado. Já a anulação parcial 
se daria quando os valores reservados na nota de empenho excedam os valores das 
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despesas efetivadas; assim, anula-se parcialmente o empenho, de forma que sejam 
devolvidos aos cofres públicos aqueles valores não utilizados no pagamento das ativi-
dades realizadas.
Em casos especiais, como as despesas continuadas, que são as despesas de pessoal, 
sentenças judiciais, juros, encargos sociais, a nota de empenho pode ser dispensada, 
mas não o empenho em si.
Em resumo, quando realizado o empenho da despesa, de forma a reservar e deduzir 
tal valor, se faz necessária a dotação (quantia) orçamentária assumida como obriga-
ção por parte da União. Assim, podemos dizer que:
Para que o Ministério da Educação possa pagar a ida de alguns de seus membros 
a seminários e congressos, é preciso que o empenho esteja discriminado no 
orçamento do Ministério, a ser aprovado de forma a garantir que a União assu-
ma tais valores como obrigação a ser paga no próximo exercício fiscal.
Já a liquidação é a entrega do bem e/ou serviço que foi contratado, anteriormente, 
pelo Estado. Na liquidação ocorre a averiguação do direito que foi adquirido, ou não, 
através do empenho junto ao Estado.
Como exemplos de liquidação têm-se a aferição de contrato, o ajuste ou acor-
do respectivo, nota de empenho, comprovantes da entrega de material ou da 
prestação efetiva do serviço, ou seja, títulos e os documentoscomprobatórios 
do respectivo crédito.
Portanto, deve-se entender que essa é a fase em que o Poder Público compara o que 
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foi contratado com o que foi realmente entregue, para que haja a regulação da liqui-
dação e o crédito seja satisfeito com o pagamento da despesa.
Importante ressaltar que, conforme definido na Constituição da República, em 
seu artigo 70, é exigido mais que a verificação pura e simples das formalidades 
por parte do credor.
Afinal, há imposições contratuais – tais como a conferência detalhada do produto ou 
serviço fornecido – que devem ser analisadas pela autoridade responsável. Ou seja, é 
dever daquele que realiza e afere a liquidação identificar se houve, ou não, o cumpri-
mento das condições que foram previamente fixadas, determinando se o credor real-
mente faz jus ao pagamento. 
A conferência detalhada e formal do produto e/ou serviço trata-se de algo de 
extrema importância, pois é através dela que se realiza o correto pagamento às 
entidades realmente existentes, e é através dela que se evitam fraudes e, conse-
quentemente, o pagamento a entes inexistentes.
Como exemplo de imposição contratual, podemos citar a verificação na área (in 
loco) da obra/serviço realizado para a Administração Pública, além do forneci-
mento de bens e insumos para órgãos da Administração Pública.
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E é com o estudo desse assunto que entendemos que, se esse tipo de conferência 
fosse realizado em 100% do empenho, haveria redução do desperdício de recursos 
públicos.
O pagamento versa sobre a entrega dos valores referentes à dívida ao credor, que 
deve ser realizado através de instituição credenciada, como bancos, podendo ser 
através de cheque, ordem de pagamento ou crédito em conta, desde que sempre 
haja documentos processados pela contabilidade.
O pagamento pode ser realizado dentro ou fora de determinado exercício financeiro, 
que são as chamadas dívidas flutuantes, que podem estar divididas em dois grandes 
grupos:
I. Dívidas flutuantes não liquidadas, não processadas, que são caracterizadas 
pelo inadimplemento da obrigação assumida pelo credor ou pelo não reco-
nhecimento da mesma pelo Poder Público, devido ao não cumprimento das 
condições pré-estabelecidas.
II. Despesas empenhadas e liquidadas, que são qualificadas como “processa-
das”, ou seja, há o cumprimento da obrigação pelo credor que serão registra-
das ao final do exercício.
Esses grupos tornam-se importantes para que a administração responsável realize 
a previsão dos recursos que serão destinados ao pagamento durante um ou outro 
exercício financeiro. No entanto, aquelas dívidas que já passaram por todo o trâmite 
da liquidação têm preferência na programação do pagamento no exercício vigente.
Caso não haja empenho em época própria, existe a possibilidade de a despesa do 
exercício ser conhecida somente após o encerramento do ano financeiro, não caben-
do denominação de processados ou não processados, mas sim “despesa de exercício 
anterior”.
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breve resumo até aqui:
Quando a despesa é fixada no orçamento, poderá ela ser empenhada até o limi-
te máximo da quantia estabelecida, e, uma vez realizado o empenho, podem 
ocorrer: complementação no caso de insuficiência; anulação no caso de não ser 
necessário tal gasto ou o excesso dele; liquidação quando forem aprovados os 
implementos de todas as condições pré-estabelecidas, podendo ou não ocorrer 
dentro de um mesmo exercício financeiro. E em casos atípicos pode ocorrer o 
encerramento do exercício sem que a despesa tenha sido devidamente empe-
nhada e liquidada.
Ocorre que, quando o pagamento é efetuado em exercício financeiro próprio 
do empenho e da liquidação, não há impacto no exercício financeiro. No entan-
to, em sentido inverso, caso não haja pagamento no exercício em questão, esse 
deverá ser inscrito como “restos a pagar para o período seguinte”, sendo desig-
nado como “processado”, caso já liquidado, e “não processado”, na hipótese 
contrária, alterando o exercício financeiro em vigência.
Ainda discutindo sobre os “restos a pagar” não liquidados no exercício anterior, os 
que são já considerados processados, ou seja, que foram liquidados e entregues, não 
poderá haver cancelamento, pois há direito adquirido do credor. Por outro lado, o 
que é considerado não processado, ou seja, não liquidado, pode ser objeto de cance-
lamento.
1.2.3 AS DIVERSAS CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA 
PÚBLICA
As despesas públicas podem ser classificadas por diversos critérios, visto que a execu-
ção da despesa nem sempre causará impacto patrimonial, podendo se falar, então, 
em despesa com enfoque patrimonial distinto do ponto de vista orçamentário.
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As despesas públicas podem ser classificadas: 
I. Quanto à sua natureza em face do orçamento.
II. Quanto à sua categorização sob o ponto de vista econômico-orçamentário, 
geralmente denominada de classificação “por natureza”.
A despesa quanto à sua natureza em face do orçamento se subdivide em:
• Despesas orçamentárias: previstas na LOA – lei elaborada pelo Poder Executi-
vo, que estabelece as despesas e as receitas que serão realizadas no próximo 
ano –, se referem, normalmente, àqueles gastos ocorridos no exercício vigente. 
• Despesas de caráter extraorçamentário: aquelas que não constam expres-
samente no orçamento inicial, mas que de alguma forma devem ocorrer, 
podendo ser aquelas despesas saídas dos recursos que ingressam de forma 
transitória nos cofres públicos, sem que haja necessidade de autorização orça-
mentária. São os casos das devoluções dos ingressos extraorçamentários.
Como exemplos de despesas não orçamentárias, podemos citar os depósitos, 
fianças e cauções, ou seja, as garantias em geral, que acabam retornando aos 
cofres públicos.
Essas despesas podem também ser aquelas que não necessitam de autorização orça-
mentária e são autorizadas de forma genérica nas leis específicas, mas sem previsão 
de montante específico. Exemplos: pagamento de pessoal, material de consumo.
A despesa orçamentária quanto à sua categorização, levando-se em consideração 
o ponto de vista econômico, pode ser classificada como corrente: destina à manu-
tenção dos serviços públicos prestados indireta ou diretamente pela Administração 
Pública, não alterando, portanto, o patrimônio a que esta vinculada. 
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Como exemplos de despesas correntes, podemos citar as despesas com inati-
vos, pensões, transferências intergovernamentais e os juros da dívida contratada, 
despesas de custeio da máquina administrativa destinadas a atender a obras de 
conservação e adaptação de bens imóveis.
Já as despesas de capital são aquelas ligadas diretamente ao investimento do setor 
público e geram uma pequena mutação patrimonial, pois não reduzem o patrimô-
nio líquido estipulado.
Como exemplos de despesas de capital, podemos citar a aquisição ou consti-
tuição de bens de capital, que contribuirão para a produção de novos bens e 
serviço, obras públicas, serviços em regime de programação especial, equipa-
mentos e instalações, material permanente, aquisições de títulos representati-
vos e participação em constituição ou aumento de capital de empresas, inver-
sões financeiras (despesas de capital capazes de produzir renda para o Estado).37
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SUMÁRIO
CONCLUSÃO 
As finanças públicas são um fator de extrema importância para o exercício da sobera-
nia nacional e para uma boa gestão de Estados que buscam independência financei-
ra em relação ao ambiente político e econômico, com o intuito de criar boas condi-
ções de vida para os cidadãos que ali vivem.
Com esta unidade você entendeu que o Estado, diferentemente dos cidadãos 
comuns, não tem como obter recursos financeiros em qualquer lugar, na verdade 
o Estado possui limitações quanto aos seus recursos e, assim, acaba por escolher a 
quais demandas atender e as que podem ser deixadas para um momento poste-
rior. A priorização de determinadas demandas em detrimento de outras configura a 
necessidade pública.
Compreendeu-se que, para atender às necessidades públicas, o Estado se vale de 
políticas fiscais, monetárias, cambiais, comerciais e de renda, bem como investimen-
tos em diversos setores da economia pátria, configurando a chamada atividade finan-
ceira do Estado.
Você compreendeu que as atividades financeiras do Estado têm raízes nas primeiras 
civilizações. Todavia, a finalidade dessas atividades alterou-se ao longo dos séculos. 
As atividades financeiras do Estado deixaram der ser fonte exclusiva de aumento do 
numerário estatal para se tornarem uma forma de o Estado garantir a execução do 
bem comum.
 Ficou claro também que as despesas públicas, o orçamento público e a responsa-
bilidade fiscal formam um sistema para a devida execução das atividades estatais 
visando à garantira do bem comum, e, para tanto, diversos componentes são neces-
sários para sua execução, tais como a existência de um caso gerador, o seguimento 
da ordem das etapas das despesas orçamentárias e quais são os tipos de despesas 
orçamentárias.
Deve ficar claro que tais boas condições são aquelas em que as necessidades indi-
viduais e coletivas importam para aquele Estado, permitindo que se estabeleça 
o desejo de prosseguir com a aventura de se ter necessidades coletivas. Os desa-
fios do futuro que se exprimem com algum acerto com a ideia de discrepâncias 
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econômico-financeiras impõem às finanças públicas a exigência da sua sustentabili-
dade, a qual, além do regresso a finanças públicas de teor clássico, expressas por uma 
relativa rigidez para garantir a sua própria viabilidade, nos propõe a busca da eficiên-
cia institucional bastante para gerar crescimento econômico após o tempo da crise. 
Para essa tarefa ter algumas perspectivas de êxito, deve ter início agora. Amanhã 
pode ser tarde.
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Direito tributário
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Explicar o conceito de 
tributo.
> Apontar as noções básicas 
acerca do poder de tributar.
> Definir as noções iniciais 
sobre a capacidade de 
tributar do Estado.
> Identificar as diferenças 
entre poder de tributar e 
capacidade de tributar.
> Definir o conceito de sujeição 
ativa.
> Definir as noções de 
fiscalidade, extrafiscalidade e 
parafiscalidade.
UNIDADE 2
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2 O PODER E O DIREITO DE 
TRIBUTAR
Esta unidade tem como objetivo apresentar a você como funciona a interação entre o 
poder estatal e o poder de tributar e, para que tal interação seja mais bem compreen-
dida, daremos ênfase no conceito de tributo e nos principais motivos legais e admi-
nistrativos para a criação e instituição dos tributos. Passaremos, então, a determinar 
como o Estado exerce seu poder de tributar, assim como seu poder estatal – o seu 
poder de gestão – destacando as diferenças entre ambos.
Apresentaremos também as noções básicas sobre o que vem a ser a capacidade de 
tributar, um elemento fundamental para a gestão pública e que se mostra algo dife-
rente do chamado poder de tributar. Abordaremos também o conceito de sujeição 
ativa, situação ligada diretamente à capacidade que os entes políticos têm de impor 
tributos à sociedade.
Também, serão estudados os principais pontos sobre a fiscalidade, extrafiscalida-
de e a parafiscalidade que são institutos diferentes e de grande importância para a 
compreensão do Direito Tributário.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
O Estado tem o direito de cobrar tributos daqueles que nele vivem; no entanto, você 
entenderá quais são as limitações quanto a este direito. O poder que o Estado tem 
de tributar deve se dar a partir do respeito aos direitos e garantias fundamentais dos 
cidadãos, para assim constituir uma vida digna a todos.
O Estado tem como principal objetivo atender às necessidades coletivas e individuais 
dos cidadãos, mas, para o cumprimento do exercício de garantir o bem comum, ele 
deve arrecadar tributos e, para isso, é necessária a instituição de destes para a obten-
ção dos meios para este fim.
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SUMÁRIO
Deve-se salientar que os tributos não foram criados pela Constituição da República, 
pois esta somente distribui competências para que a União, Estados, Distrito Fede-
ral e municípios. Estes criam seus tributos por meio de leis que deverão descrever os 
elementos essenciais de cada tributo.
Como dito anteriormente, a Constituição da República não define os tributos; no 
entanto, os limitam proibindo os entes políticos de praticarem determinados atos 
com o intuito de evitar que os cidadãos sejam lesados de alguma maneira.
Assim sendo, nesta unidade você entenderá melhor sobre o poder estatal e o poder 
de tributar. 
Bons estudos!
2.1 PODER DE TRIBUTAR: NOÇÕES INICIAIS
Antes de entender o que vem a ser o poder de tributar do Estado, é necessário que 
se conheça o que vem a ser um tributo. Pode-se dizer que o tributo é um instituto 
jurídico, pois é algo que foi criado e necessita do Direito – leis e decretos legais – para 
ser criado, para continuar existindo e para ser extinto.
O nosso Código Tributário Nacional, em seu artigo terceiro, define tributo 
como “toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela 
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada” (BRASIL, 
1966). 
Desse modo, do texto do CTN, extrai-se o conceito de tributo como sendo um insti-
tuto jurídico que se configura como uma obrigação que deve ser paga em dinheiro 
ou bens, tendo sua obrigatoriedade instituída por lei, que não tem como finalidade 
punir a população ou as empresas, mas um dever que surge da necessidade de se 
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viver em uma sociedade organizada e cuja cobrança está diretamente vinculada à 
atuação dos agentes públicos.
Agora que esclarecemos o que vem a ser tributo e, antes de falarmos sobre o que vem 
a ser o poder de tributar, uma importante pergunta deve ser feita: você sabe o que é 
poder? No Direito, pode-se dizer que poder e força são a mesma coisa?
Pode-se dizer que o poder se originou com o surgimento da família como instituição, 
antes mesmo do surgimento das primeiras noções de Estado, e, nas palavras do filó-
sofo suíço Jean-Jacques Rousseau, “a mais antiga de todas as sociedades e a única 
natural é a da família” (ROUSSEAU, 2001, p. 11), sendo esta uma forma de poder 
predominante até mesmo depois do surgimento do Estado.
Deve ser relembradoque, nos primórdios familiares, como no Direito Romano, o 
homem só tinha direitos quando era cidadão romano, livre e independente de poder 
familiar de outrem e, diante dessa teoria, Rousseau afirmava que “como os homens 
não podem engendrar novas forças, eles não têm outro meio para se manter, senão 
formando uma associação, por agregação de uma somatória de forças” (AMENDOLA-
RA, 2012, p.25).
Diante disso, começou a haver transferência de forças, ou seja, começaram a surgir 
poderes soberanos, como de reis, príncipes, porém estes não podiam agir da forma 
que melhor entendessem, tendo em vista as normas de conduta específicas que 
eram conhecidas e aceitas pela sociedade em geral e foi, a partir desse contexto, que 
surgiram as leis.
No entanto, deve ficar claro que força e poder são institutos diferentes, pois a 
força está ligada ao elemento coercitivo do poder, pois os quem têm poder 
são capazes de impor sua vontade a terceiros. Porém, o simples uso da força 
não deve ser confundido com o exercício do poder, na medida em que pode 
se tratar apenas de puro ato de violência. 
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SUMÁRIO
Um assaltante que ameaça sua vítima com uma arma de fogo e ordena que 
ela lhe entregue seu celular pratica um ato coativo, mediante a utilização de 
sua força. Porém, esse ato não é um exercício de poder propriamente dito, 
pois ele pode gerar obediência, mas não gera dever.
Já o poder gera obrigação exatamente porque envolve um artefato além da pura 
força, que nada mais é que a autoridade, que é um elemento normativo, que deriva 
de uma regra que confere a uma determinada pessoa a possibilidade de impor deve-
res a outras pessoas. Assim, o exercício do poder é o exercício de uma autoridade 
constituída normativamente.
Quando um gerente de uma empresa delega funções a outro funcionário, 
mas sem que este tenha que ter medo pelo outro, tem-se o exercício da 
autoridade.
Voltando ao assunto da evolução de regras das sociedades para as leis, deve ficar 
claro que essas regras não mudaram da noite para o dia, mas vêm de um longo cami-
nho até chegarmos onde estamos hoje, o que é muito, mas não é tudo, quanto mais 
perfeito.
Afinal, o poder dos reis e príncipes, bem como de todas as classes soberanas, era 
conferido de forma tirana, ou seja, chegava à beira da crueldade e, por isso, foi neces-
sário que os mais sábios e poderosos controlassem o poder, e a melhor forma de se 
fazer tal controle era dividindo-o para depois somar, ou seja, o poder seria dividido 
para que não houvesse detenção de poder sob uma única pessoa de forma abso-
luta, mas ao mesmo tempo, deveriam ser somados os esforços para que as forças 
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individuais prevalecessem e consequentemente obtivessem uma maior abrangência 
de poder, bem como de direito.
Montesquieu foi o precursor da doutrina que definiu os controles de poder, pois, 
para ele, o poder deveria ser tripartido entre os seguintes poderes: Assembleia, Poder 
Executivo e o terceiro controle de poder, que hoje é denominado como Judiciário.
A Assembleia deveria ser eleita pelo povo, sendo o local onde as leis são elabora-
das; o Poder Executivo, onde as leis elaboradas pela Assembleia são executadas; e o 
terceiro controle de poder, que julga os conflitos das sociedades de forma a seguir 
as leis. Dessa forma, cabe ressaltar que os três Poderes deveriam ser harmônicos e 
independentes entre si, ou seja, apesar do caráter independente, eles não seriam 
completamente distintos uns dos outros, tendo em vista que eles são correlaciona-
dos. Entende-se que um começa onde o outro termina, como se fossem uma única 
linha, portanto um poder depende diretamente do outro.
Passada a fase das noções iniciais, passaremos ao entendimento da relação entre o 
poder de tributar e o poder estatal. 
2.2 O PODER DE TRIBUTAR X O PODER ESTATAL
O poder estatal se dá das mais diversas formas, podendo ser:
• Poder judicante.
• Poder legiferante. 
• Poder de polícia (por meio do qual se manifesta o intervencionismo na ordem 
econômico-social e na propriedade).
• Poder de punir e
• Poder tributário.
Entenda cada um dos poderes a seguir.
I. O poder judicante refere-se à assistência jurisdicional aos litigantes, no meio 
Judiciário, para que as partes tenham real acesso a seus direitos.
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SUMÁRIO
É o caso de uma pessoa que em sua defesa acusa um terceiro de má-fé, 
quando este terceiro já havia solicitado defesa judicial, para se proteger de 
uma ofensa moral realizada pelo autor.
Já o poder de polícia diz respeito à faculdade que o Estado tem de limitar, o exercício 
dos direitos individuais, ou seja, é conferido ao Estado o poder de controle para que 
os interesses coletivos se sobreponham aos interesses individuais. Como, por exem-
plo, o direito à propriedade e até mesmo à liberdade.
Quando você entra no seu carro para dirigir, uma norma o obriga a colocar o 
cinto de segurança, outra a dirigir devagar perto das escolas, uma terceira a 
parar no sinal vermelho.
Quando você quer abrir uma loja, precisa antes de um alvará em que a Prefei-
tura de sua cidade lhe permite exercer o comércio.
Há também que se falar no poder legiferante que é a capacidade que o Poder Legis-
lativo detém para a criação de leis, ou seja, nada mais é que a função adquirida para 
criar leis.
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As pessoas tendem a pensar que em uma cidade somente o prefeito é quem 
trabalha e quem faz tudo. Entretanto, o prefeito na verdade somente execu-
ta o que a Câmara de Vereadores “ordena”, ou autoriza, ou seja, a prefeitura, 
por exemplo, deve sempre pedir autorizações à Câmara da cidade, ficando 
em sua maioria à mercê de uma aprovação ou não para execução dos seus 
projetos.
O poder de punir pode ser definido como:
O crime é a violação de um bem juridicamente tutelado que afeta as condi-
ções da vida social, pelo que é imperativo do bem comum a restauração da 
ordem jurídica que com o delito foi atingida. Se o Estado tutela um bem jurí-
dico em função do interesse social, cumpre-lhe reagir contra quem viola esse 
bem que a ordem jurídica ampara. [...] Surge assim o direito de punir, o qual 
nada mais traduz que o direito que tem o Estado de aplicar a pena comi-
nada no preceito secundário da norma penal incriminadora, contra quem 
praticou a ação ou omissão descrita no preceito primário, causando um dano 
ou lesão jurídica, de maneira reprovável. Abolida que está a vingança privada, 
a sanção penal é hoje monopólio do Estado, pois o Direito Penal tem uma 
função pública, achando-se fora de seu âmbito qualquer forma de repressão 
privada. Só o Estado, portanto, tem o poder de punir. O particular pode vingar-
-se de seu ofensor, reagir contra ele, nunca, porém, exercer a sanctio juris. Nem 
na legítima defesa (na qual é legalmente autorizado a defender-se, e não a 
aplicar sanções), nem nos crimes de queixa privada (em que apenas existe um 
fenômeno de substituição processual), pode encontrar-se exceção ao princí-
pio enunciado (MARQUES, 1997, p. 23-24).
Portanto, deve ficar claro que o Estado é a única entidade que realmente tem poder 
soberano, sendo então o titular exclusivo do direito de punir. No entanto, este é um 
poder genérico, pois não é dirigido especificamente contra determinada pessoa, mas 
sim à coletividade como um todo.
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SUMÁRIOQuando se presta queixa quanto ao crime de calúnia (CP, art. 140) estaria o 
particular exercendo seu direito de punir? A resposta é não. Tendo em vista 
que a queixa é apenas a petição inicial do processo penal, isto é, apenas o 
inicia: o julgamento e a eventual punição são sempre dados pelo estado.
Agora, o poder que mais tem a ver com o estudo da presente unidade que é o poder 
de tributar que é exercido pelo Estado, tendo em vista que a Constituição da Repúbli-
ca cria juridicamente o Estado, determinando assim sua estrutura básica e instituin-
do a ele poderes, competências, bem como direitos e garantias aos indivíduos, seja 
de forma coletiva ou até mesmo individual.
A tributação é essencial aos interesses Estatais, para que haja aferimento de receitas 
que são necessárias à realização de seus fins. No entanto, resta salientar que o poder 
Estatal é tão grande que deve ser disciplinado e contido em prol da segurança dos 
cidadãos. 
A Constituição da República institui o poder de tributar, mas também o reparte entre 
as pessoas políticas que coexistem dentro do estado brasileiro. Pode-se entender um 
pouco melhor ao analisar o artigo 25 da carta maior: 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que 
adotarem, observados os princípios desta Constituição.
 § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas 
por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os servi-
ços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida 
provisória para a sua regulamentação.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metro-
politanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupa-
mentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento 
e a execução de funções públicas de interesse comum (BRASIL, 1988).
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Tal artigo deixa claro a essência do Estado Federal, assim como determina a forma 
de distribuição de competências entre os entes estatais que o compõem. No Direi-
to Tributário, a União, os Estados e municípios serão autônomos para instituir suas 
próprias regras de tributação, tendo em vista que cada qual tem regras próprias para 
a constituição de suas leis complementares.
Dessa forma, a autonomia do Estado é inerente à forma federal e deve ser expressa 
da seguinte maneira:
a) a ordem jurídica interna, que somente vale nos limites territoriais de cada 
Estado, nasce e decorre da vontade do povo membro da comunidade esta-
dual; 
b) os limites e a extensão dessa autonomia materializam-se nas competências 
reservadas, que não sejam expressamente vedadas na Constituição Federal ou 
não contrariem os princípios nela dispostos (NUNES, 2019, p.1).
O poder de tributar é executado de forma rigorosa, pois há o seu caráter impositivo 
em contraposição à liberdade individual dos cidadãos. No entanto, o Estado tem 
o dever de impor determinadas normas para que seja garantido o bem comum. 
Em contrapartida, o Estado não pode cometer atos de forma arbitrária, bem como 
desvios, tendo em vista que o patrimônio do contribuinte deve ser protegido contra 
os excessos estatais, tendo este que quitar os tributos de acordo com a sua real capa-
cidade econômica, sem a utilização de planejamentos tributários abusivos, ou seja, a 
relação jurídica tributária compila muitos direitos e deveres para as partes envolvidas 
Estado e cidadãos.
Já estudados esses conceitos iniciais, entenda um pouco mais sobre o poder estatal 
de tributar.
2.3 CAPACIDADE DE TRIBUTAR E SUJEIÇÃO ATIVA
O artigo 119 do Código Tributário Nacional, vulgarmente chamado de CTN, dispõe 
sobre a sujeição ativa, aduzindo que “sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de 
direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento”; portanto, o 
que se entende com o referido artigo é que a competência e a capacidade de tribu-
tar devem ser formadoras de um mesmo núcleo, fazendo com que o órgão cobrador 
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SUMÁRIO
que institui tal tributo exerça todas as funções provenientes daquele tributo, como 
execução das leis, serviços atos administrativos, fiscalização e arrecadação.
O CTN em seu parágrafo 2º, artigo 7º, nos diz que
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de 
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões 
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de 
direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da 
pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. (BRASIL, 1996).
Esse artigo, de maneira geral, vem afirmar que a capacidade tributária ativa pode 
ser revogada, desde que de forma expressa, podendo ocorrer de forma unilateral e a 
qualquer tempo.
Doutrinariamente falando, a tese mais utilizada é de que somente os entes 
políticos que têm competência para instituir tributos são também os que 
têm capacidade tributária ativa.
No entanto, apesar de a doutrina concordar que quem tem capacidade ativa é quem 
tem competência para instituir os tributos, há correntes que defendem que “somen-
te as entidades públicas, dotadas de Poder Legislativo [...] é que podem ser sujeitos 
ativos de obrigações tributárias”, conforme defendido por Rubens Gomes de Souza 
(1975, p. 89). 
Porém, entre tantas outras teorias, Hugo de Brito Machado (2012, p. 122-123) aduz 
que “só as pessoas jurídicas de direito público podem ser sujeitos ativos da obrigação 
tributária”, ou seja, ele amplia a capacidade tributária ativa, pois em sua explanação 
deixa claro que todas as entidades políticas de direito público, além das autarquias e 
das fundações públicas, têm capacidade para tributar. 
Além das citadas doutrinas, há uma que abrange melhor o que prevê o inciso IV do 
artigo 8º da Constituição da República:
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Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria 
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederati-
vo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição 
prevista em lei (BRASIL, 1988).
Segundo Luciano Amaro (2005, p.292-293), o ente público que institui o tributo é 
o sujeito ativo da relação tributária; no entanto, o autor admite exceções como as 
chamadas contribuições parafiscais. Portanto, “uma coisa é a competência tributária 
(aptidão para instituir o tributo) e a outra é a capacidade tributária (aptidão para ser 
titular do polo ativo da obrigação)”. 
O autor também, afirma que a assimilação do sujeito ativo da obrigação tributária 
“deve ser buscada no liame jurídico em que a obrigação se traduz, e não na titularida-
de da competência para instituir o tributo” (AMARO, 2005, p.292-293); portanto, essa 
é a teoria que mais abrange o que é a Constituição da República nos ensina.
Apresentados os conceitos iniciais veja um pouco mais no Direito Tributário estudan-
do os conceitos de fiscalidade, extrafiscalidade e a parafiscalidade.
2.4 FISCALIDADE, EXTRAFISCALIDADE E 
PARAFISCALIDADE
Importante frisar que a fiscalidade, a extrafiscalidade e a parafiscalidade muitas vezes 
são confundidas; no entanto, é de suma importância compreender que a fiscalidade 
e extrafiscalidade são relativos à competência tributária, que é o poder de tributar do 
ente federativo; já a parafiscalidade incide sobre a capacidade tributáriaativa, que é 
a atividade de arrecadar e fiscalizar tributos. Veja os conceitos de cada uma das espé-
cies em questão. 
Para o conceito de fiscalidade, Regina Helena Costa (2012, p.53), em seus ensinamen-
tos aduz que a “fiscalidade traduz a exigência de tributos com o objetivo de abasteci-
mento dos cofres públicos, sem que outros interesses interfiram no direcionamento 
da atividade impositiva”, ou seja, é a ferramenta onde os tributos têm como principal 
função arrecadar subsídios para os cofres públicos, pois o Estado visa à obtenção de 
dinheiro com o objetivo de cumprir seus deveres legais, sejam eles constitucionais ou 
contratuais. 
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Imposto fiscais ou de finalidades fiscais, quando visam apenas a obten-
ção de receitas públicas para fazer face as despesas do Estado. Tais impos-
tos possuem uma função meramente fiscal. Exclusivamente financeira. Qual 
seja, a de possibilitar receitas. A primeira razão de todo sistema tributário é a 
finalidade fiscal dos tributos, ou melhor, é proporcionar ao Estado os recursos 
financeiros indispensáveis para o cumprimento de suas atividades (MORAES, 
1993, p. 441-442).
Diante dos conceitos elucidados, pode-se, então, dizer que a fiscalidade significa 
enxergar o tributo, pura e simplesmente, como instrumento de arrecadação, gera-
ção de receita.
Como exemplos de fiscalidade, temos:
Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF).
Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ).
Já a extrafiscalidade, é o instrumento tributário utilizado para que o órgão responsá-
vel possa de forma não arrecadatória, mas, sim, de forma incentivadora ou até mesmo 
inibitória de comportamentos, arrecade para os cofres públicos. Da mesma maneira, 
pode-se dizer que
Extrafiscalidade é o emprego dos meios tributários para fins não fiscais, mas 
ordinatórios. Disciplina comportamentos de contribuintes quando a estrutura 
do tributo visa a situações sociais, políticas ou econômicas, objetivos alheios 
aos meramente arrecadatório (SABBAG, 2012, p.276).
Assim sendo, o tributo extrafiscal visa diretamente à sociedade e à economia em 
geral. Portanto, não quer dizer que o estado não irá arrecadar, mas que a principal 
função daquele tributo é social e/ou econômica.
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Alíquota zero de IPI para o carro, para a linha branca, por exemplo, quer 
dizer que a não utilização de tal tributo intervenha diretamente na econo-
mia, fazendo com que o repasse da União aos municípios caia. Assim como 
o aumento dos tributos sobre o cigarro, tendo em vista que o cigarro é preju-
dicial à saúde. Nesse caso, a visão do órgão cobrador é a sociedade, fazendo 
com que as pessoas parem de fumar.
Portanto, percebe-se que, em nenhum momento, o Estado fica sem arrecadar tribu-
tos, mas entende-se que há determinados objetivos além da arrecadação em si.
Dessa forma, fica claro que os tributos extrafiscais têm características pareci-
das com o poder de polícia, pois visam limitar o exercício dos direitos indivi-
duais em prol do coletivo, tentando, dessa forma, fazer com que as condutas 
particulares se regulem com o interesse público.
A parafiscalidade diferentemente dos dois conceitos anteriores não tem relação com 
a competência tributária, que é o poder conferido pela Constituição da República aos 
entes políticos para a instituição de tributos, mas sim com a capacidade tributária 
ativa que é atividade de arrecadar e fiscalizar tributos. Tem como principais carac-
terísticas o fato de ser delegável a outras pessoas jurídicas de Direito Público (autar-
quias profissionais), transferível para outra entidade política e frágil, pois sua delega-
ção pode ser revogada a qualquer tempo.
Dessa forma, pode-se dizer que o tributo parafiscal é aquele direcionado para forne-
cer contribuições às entidades específicas que, na maioria das vezes, são entidades 
privadas, mas com conotação social ou de interesse público.
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As contribuições, dependendo de suas particularidades, podem estar inseri-
das no âmbito da parafiscalidade. A contribuição será parafiscal se for devida 
a entidades paraestatais, em função de atividades especiais por elas desem-
penhadas. Nota-se, todavia, que as contribuições, hodiernamente, revestem-
-se de características peculiares, o que torna difícil o enquadramento preciso 
na rubrica “parafiscais”. Daí se utilizar, em alguns casos, o vocábulo “especiais”, 
que determina abrangência mais expressiva (SABBAG, 2017, p. 67).
Diante de tais conceitos, fica claro que a parafiscalidade é um importante mecanis-
mo de controle da economia do país, pois visa ajudar as entidades paraestatais na 
arrecadação de recursos para o custeio de atividades.
Dessa forma, temos como exemplos de tributos para fiscais:
Contribuição de Anuidade - CREA, OAB, CRM, CRO, CRF, etc.
Contribuição Sindical.
Tributos estes que criam finanças paralelas, pois a arrecadação é destinada para o 
orçamento delas próprias.
Ultrapassadas essas noções importantes para a compreensão do Direito Tributário, se 
é sabido que a complementação do tema é de grande importância para um melhor 
entendimento do assunto tão vasto dentro dos ramos do Direito, assim, extrapolar 
estas linhas, buscar novas informações, explicações mais detalhadas e pormenoriza-
das é de fundamental importância.
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BIBLIOGRAFIA COMENTADA
No Direito Tributário, assim como em quaisquer outros ramos do Direito, temos autores 
consagrados que devem ser estudados, e, por isso, nesta unidade sugerimos o estudo da 
obra de Vasconcellos e Garcia Fundamentos de economia. O livro aborda uma expla-
nação, com grande riqueza de detalhes, nos capítulos 2 e 3, sobre economia e finanças 
públicas, bem como a relação entre a Economia e o Direito. Com o estudo dos capítulos 
citados, você terá um conhecimento mais amplo e mais conceituado acerca do assunto 
abordado nos tópicos desta unidade.
Veja a seguir algumas indicações de obras que complementarão seu conhecimento 
sobre os assuntos abordados na disciplina.
• SABBAG, Eduardo de Moraes, com o livro Direito Tributário Essencial. 5. ed. rev., 
atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017.
O livro aborda, com grande riqueza de detalhes, os conceitos acerca do assunto tribu-
tação. No capítulo 1 do livro, principalmente o tópico 1.1 e 1.2, tem-se uma breve 
introdução sobre o tema, bem como uma apresentação das limitações constitucio-
nais ao poder de tributar. No capítulo 4, tópico 4.5 e seus subtópicos, abordam-se as 
contribuições com maior profundidade agregando maior conhecimento.
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Direito tributário
SUMÁRIO
CONCLUSÃO
Após tudo que foi discutido na presente unidade e, considerando que os tributos 
visam à forma com que os entes políticos possuam para arrecadar recursos para que 
o Estado possa pagar as despesas necessárias à realização das suas finalidades, pode-
-se dizer que a competência tributária só é atribuída aos entes federados, uma vez 
que os tributos devem ser destinados, exclusivamente para fins públicos, tendo em 
vista que o Estado deve manter a sociedade de forma digna.
Nesta unidade, foram apresentados os diversos conceitos iniciais do Direito Tributá-
rio que são de grande importância a presente disciplina. Você estudou o poder de 
tributar com suas noções iniciais, para posteriormente contrastar com a atuação

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