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SUMÁRIO 
CARTA AO FUTURO CUIDADOR E ALUNO 
POR QUE SER UM CUIDADOR CERTIFICADO? 
_Toc507393178 
MÓDULO I–ASPECTOS BIOLÓGICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS DO ENVELHECIMENTO ........................................ 8 
OS 5 PILARES DO CUIDADOR DE IDOSO .................................................................................................................... 9 
O QUE É GERIATRIA? .............................................................................................................................................. 11 
O QUE É GERONTOLOGIA? ..................................................................................................................................... 11 
ENVELHECIMENTO: O NOVO LADO DO ENVELHECIMENTO .................................................................................... 12 
COMO SE ENVELHECE FISICAMENTE? .................................................................................................................... 16 
ALTERAÇÕES BIOLÓGICAS E FISIOLÓGICAS NO IDOSO ............................................................................................ 17 
ALTERAÇÕES NA COMPOSIÇÃO E NA FORMA DO CORPO ..................................................................................... 17 
ALTERAÇÃO NO SISTEMA ÓSSEO ................................................................................................................... 18 
ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO .............................................................................................................. 18 
ALTERAÇÕES CARDIO-RESPIRATÓRIAS ............................................................................................................ 18 
FATORES QUE MELHORAM O ENVELHECIMENTO .................................................................................................. 18 
CAPACIDADE DE DESEMPENHO DA PESSOA IDOSA EM SUAS ATIVIDADES DO DIA A DIA ........................................ 20 
O CUIDADOR DE IDOSOS ........................................................................................................................................ 21 
HABILIDADES DO CUIDADOR DE IDOSOS ................................................................................................................ 23 
HABILIDADES BÁSICAS ............................................................................................................................... 23 
HABILIDADES ESPECÍFICAS DO CUIDADOR ....................................................................................................... 23 
O QUE É RESPONSABILIDADE DO CUIDADOR? ........................................................................................................ 24 
RESPONSABILIDADE DA FUNÇÃO ................................................................................................................... 24 
CUIDAR DA PESSOA ................................................................................................................................... 24 
PROMOVER O BEM-ESTAR DO IDOSO ............................................................................................................ 24 
CUIDAR DA ALIMENTAÇÃO DO IDOSO ............................................................................................................ 25 
CUIDAR DA SAÚDE DO IDOSO ...................................................................................................................... 25 
CUIDAR DO AMBIENTE DOMICILIAR E INSTITUCIONAL ........................................................................................ 25 
INCENTIVAR A CULTURA E A EDUCAÇÃO DO IDOSO ........................................................................................... 26 
QUAIS AS COMPETENCIAS DO CUIDADOR? ............................................................................................................ 26 
SAÚDE E HIGIENE PESSOAL DO CUIDADOR DE IDOSOS ........................................................................................... 27 
SAÚDE ................................................................................................................................................... 27 
IMUNIZAÇÃO ........................................................................................................................................... 27 
 
 
HIGIENE PESSOAL ..................................................................................................................................... 28 
COMO LIDAR COM O LADO PSICOLÓGICO E EMOCIONAL DO ENVELHECIMENTO .................................................. 28 
COMO CONVIVER COM A FAMÍLIA DO IDOSO? ...................................................................................................... 31 
CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA CONSTRUIR UMA RELAÇÃO DE AJUDA ....................................................... 33 
CAPACIDADE DE ESCUTA ............................................................................................................................. 33 
ESCUTAS QUE NÃO AJUDAM ........................................................................................................................ 34 
CAPACIDADE DE CLARIFICAR ........................................................................................................................ 34 
CAPACIDADE DE RESPEITAR-SE E DE RESPEITAR O IDOSO ..................................................................................... 35 
CAPACIDADE DE SER CONGRUENTE ............................................................................................................... 37 
CAPACIDADE DE SER EMPÁTICO .................................................................................................................... 37 
CAPACIDADE DE CONFRONTAÇÃO ................................................................................................................. 38 
QUANDO A RELAÇÃO NÃO É DE AJUDA ........................................................................................................... 39 
MÓDULO II – CIDADANIA E ASPECTOS ÉTICOS ....................................................................................................... 41 
ÉTICA E POSTURA PROFISSIONAL ........................................................................................................................... 42 
O QUE É ÉTICA? .................................................................................................................................... 42 
SOCIEDADE ............................................................................................................................................. 42 
ÉTICA PROFISSIONAL .............................................................................................................................................. 43 
O QUE É POSTURA PROFISSIONAL? ................................................................................................................ 44 
ÉTICA NO CUIDAR HUMANIZADO ........................................................................................................................... 45 
MAUS TRATOS – VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO ................................................................................................ 46 
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES – CBO ............................................................................................... 49 
TÍTULO 5162-10 – CUIDADOR DE IDOSOS .............................................................................................................. 50 
CONCEITUAÇÃO: ENTENDENDO MELHOR CADA TRABALHO .................................................................................. 50 
LEGISLAÇÃO ........................................................................................................................................................... 52 
MÓDULO III – DOENÇAS E DISTÚRBIOS MAIS FREQUENTES E CUIDADOS ESPECÍFICOS .......................................... 58 
DOENÇAS NA TERCEIRA IDADE ...............................................................................................................................59 
DOENÇA DE PARKISON ........................................................................................................................................... 59 
OS SINTOMAS INCLUEM: ............................................................................................................................ 59 
DOENÇA DE ALZHEIMER ......................................................................................................................................... 61 
ARTROSE ................................................................................................................................................................ 63 
SINTOMAS .............................................................................................................................................. 63 
A PELE DO IDOSO ................................................................................................................................................... 64 
DOENÇAS DA PELE DO IDOSO ...................................................................................................................... 64 
CUIDADOS COM A PELE DO IDOSO ................................................................................................................ 64 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES .............................................................................................................................. 82 
 
 
INFARTO ................................................................................................................................................................ 82 
SINTOMAS DE INFARTO .............................................................................................................................. 82 
ANGINA .................................................................................................................................................................. 83 
FATORES DE RISCO .................................................................................................................................... 83 
O QUE É ANGINA INSTÁVEL? ....................................................................................................................... 84 
CAUSAS.................................................................................................................................................. 84 
FATORES DE RISCO .................................................................................................................................... 85 
OS DEMAIS SINTOMAS INCLUEM: ................................................................................................................. 85 
CAUSAS.................................................................................................................................................. 86 
SINTOMAS DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ......................................................................................................... 86 
DERRAMES (ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO – AVE E AVC ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL) ............................. 87 
PNEUMONIA .......................................................................................................................................................... 89 
ENFISEMA PULMONAR ........................................................................................................................................... 89 
SINAIS E SINTOMAS DE ENFISEMA PULMONAR .................................................................................................. 90 
BRONQUITE CRÔNICA ............................................................................................................................................ 90 
O QUE É A NEBULIZAÇÃO? ..................................................................................................................................... 90 
COMO FAZER ........................................................................................................................................... 91 
INFECÇÃO URINÁRIA .............................................................................................................................................. 92 
CAUSAS.................................................................................................................................................. 92 
CUIDADOS QUE PODEMOS TER EM CASA ........................................................................................................ 97 
RESPIRAÇÃO ........................................................................................................................................................... 97 
FREQUÊNCIA ........................................................................................................................................... 98 
ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO ...................................................................................................................... 98 
MÓDULO IV – CUIDADOS GERAIS ........................................................................................................................... 99 
CUIDADOS ESPECIAIS COM O IDOSO .................................................................................................................... 100 
AGENDA DO IDOSO .............................................................................................................................................. 101 
PASSAGEM DE PLANTÃO ...................................................................................................................................... 102 
OBJETIVOS: ........................................................................................................................................... 103 
PROBLEMAS DA PASSAGEM DE PLANTÃO: .................................................................................................... 103 
COMO DEVE SER: ................................................................................................................................... 103 
ATENTAR PARA VACINAÇÃO ................................................................................................................................. 104 
SAÚDE BUCAL ...................................................................................................................................................... 106 
COMO POSSO MANTER UMA BOA SAÚDE BUCAL NA TERCEIRA IDADE? ................................................................. 106 
O CUIDADO COM A DENTADURA ................................................................................................................. 107 
O QUE MUDA COM O ENVELHECIMENTO NA BOCA? ........................................................................................ 107 
 
 
QUAIS OS PROBLEMAS MAIS COMUNS? ....................................................................................................... 108 
ALIMENTAÇÃO ..................................................................................................................................................... 111 
FUNÇÕES DOS ALIMENTOS .................................................................................................................................. 113 
DIETAS: .............................................................................................................................................. 118 
A NUTRIÇÃO POR GASTROSTOMIA OU SONDA NASOGÁTRICA ............................................................................. 120 
LAVAGEM DAS MÃOS ........................................................................................................................................... 121 
POR QUE LAVAR AS MÃOS? ....................................................................................................................... 121 
QUANDO LAVAR AS MÃOS? .......................................................................................................................121 
HIGIENE CORPORAL ............................................................................................................................................. 123 
TIPOS DE BANHO .................................................................................................................................... 123 
PREVENÇÃO DE ACIDENTES ................................................................................................................................. 124 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ................................................................................................................. 129 
COMO ADMINISTRAR CORRETAMENTE AS MEDICAÇÕES? ................................................................................ 129 
COMO E QUANDO OS MEDICAMENTOS DEVEM SER TOMADOS? ......................................................................... 130 
COMO TOMAR MEDICAMENTOS POR VIA ORAL .............................................................................................. 131 
MÓDULO V – PRIMEIROS SOCORROS ................................................................................................................... 133 
PREVENÇÃO DE BRONCO ASPIRAÇÃO .................................................................................................................. 134 
DESMAIO ............................................................................................................................................................. 134 
CARACTERÍSTICAS: .................................................................................................................................. 134 
SOCORRO: ............................................................................................................................................ 134 
HEMORRAGIAS ..................................................................................................................................................... 135 
CARACTERÍSTICAS: .................................................................................................................................. 135 
SOCORRO: ............................................................................................................................................ 135 
CORPO ESTRANHO ............................................................................................................................................... 135 
MOBILIDADE DO IDOSO ....................................................................................................................................... 137 
DEFINIÇÃO BÁSICA DE MOBILIDADE ............................................................................................................. 137 
MOBILIDADE É ESSENCIAL PARA A REALIZAÇÃO DAS AVDS ................................................................................ 137 
A PERDA DA MOBILIDADE OCORRE DE FORMA GRADATIVA E DISCRETA ................................................................. 137 
MOBILIDADE E ENVELHECIMENTO FISIOLÓGICO .............................................................................................. 138 
TRANSFERÊNCIAS POSTURAIS NO IDOSO ....................................................................................................... 138 
MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DO IDOSO .................................................................................................. 138 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................. 140 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
MÓDULO I–Aspectos Biológicos, Psicológicos e Sociais do Envelhecimento 
 
OS 5 PILARES DO CUIDADOR DE IDOSO 
 
 
 
1º Pilar: Humanidade 
Para ser um bom profissional tem que primeiro conhecer a si mesmo, a sua história. É 
quando acessa o seu potencial infinito. Se conhecendo, você busca conhecer seu semelhante, 
sua personalidade, seu comportamento, suas limitações, enfim todo processo de mudança de 
cada pessoa. Agindo assim, você passa a fazer parte dos profissionais que buscam 
constantemente melhoria na aprendizagem, na autotransformação, se tornando exemplo e 
modelo de cuidador de idoso. 
 
2º Pilar: Métodos 
 Criar situações que lhe tragam feedback, lição de vida e valores como: 
• Estimular o gosto pela música, dança e esporte; 
• Selecionar jornais, livros e revistas, de acordo com a idade e interesse; 
 
10 
 
• Acompanhar e apoiar projetos de seu interesse; 
• Fazer jogos que estimulem a memória, como dominó, mímica, etc. 
 
3º Pilar: Técnicas 
• Estimular a autoestima e autorrealização para se ter um envelhecimento bem-sucedido 
conservando-se íntegro física e psicologicamente; 
• Fazer com que se sinta bonito e que sua presença cause algum tipo de reação aos que 
o cercam, fazendo com que se sinta feliz; 
Um idoso, por ser mais seletivo em seus relacionamentos, procura ser por deveras mais 
amigo, demostrando confiança 
 
4º Pilar: Competência 
Competência é um potencial disponível para enfrentar os desafios futuros. Competência 
é tomar a iniciativa e assumir a responsabilidade diante das situações profissionais com as quais 
nos deparamos. Consiste em um entendimento prático de situações, que se apoia em 
conhecimentos adquiridos e os transforma à medida que aumenta a diversidade de situações. 
Exemplos de competências do cuidador de idoso: manter capacidade e preparo físico, 
emocional e espiritual, cuidar da sua aparência e higiene pessoal, demonstrar educação e boas 
maneiras entre outras. 
 
5º Pilar: Direitos e Deveres 
DIREITOS 
Trabalhar com dignidade sendo sempre respeitado, com direito a alimentação e 
ambiente de trabalho agradável. 
DEVERES 
Promover o bem-estar do idoso com prioridade zelando pelo seu processo de 
envelhecimento nos seus aspectos biopsíquico e social. 
 
11 
 
 
O QUE É GERIATRIA? 
É a especialidade médica que se integra na área da Gerontologia com o instrumental 
específico para atender aos objetivos da promoção da saúde, da prevenção e do tratamento 
das doenças, da reabilitação funcional e dos cuidados paliativos. Abrange desde a promoção 
de um envelhecer saudável até o tratamento e a reabilitação do idoso. Geriatra é o médico que 
se especializou no cuidado de pessoas idosas, eles lidam com doenças como as demências, a 
hipertensão arterial, o diabetes e a osteoporose, o geriatra também trata problemas com 
múltiplas causas, como tonturas, incontinência urinária e tendência a quedas. 
A Medicina Geriátrica é uma ciência que avança a cada dia, propiciando longevidade com 
melhor qualidade de vida para a população idosa. 
 
O QUE É GERONTOLOGIA? 
É o estudo do envelhecimento nos aspectos biológicos, psicológicos, sociais e outros. 
O especialista em Gerontologia atua... 
1. Na Prevenção: propõe intervenções que se antecipem aos problemas mais 
comuns que afetam os idosos e orienta a criação de condições adequadas para 
um envelhecimento com qualidade. 
2. Na Ambientação: Orienta a criação de condições ambientais para uma vida com 
qualidade na velhice, focando os mais variados espaços por onde circulam ou 
vivem pessoas idosas. 
3. Na Reabilitação: propõe intervenções quando ocorreram perdas que são 
resgatáveis e, quando irreversíveis, orienta a criação de condições individuais e 
ambientais para uma vida digna. 
4. Nos cuidados paliativos: Propõe intervenções quando ocorrem doenças 
progressivas e irreversíveis, abrangendo aspectos físicos, psíquicos, sociais e 
espirituais, com atenção estendida aos familiares, visando o maior bem-estar 
possível e a dignidade do idoso até a sua morte. 
 
 
12 
 
Atuam nas seguintes áreas: 
• Ensino 
• Pesquisa 
• Educação comunitária 
• Promoção de saúde 
• Controle e tratamento de doenças 
• Reabilitação 
• Apoio psicológico 
• Manutenção e promoção da autonomia e independência 
• Adaptação ambiental 
• Reinserção no contextosocial 
• Atividades corporais e comportamentais 
• Segurança e defesa de direitos 
• Antropologia 
• Educação 
 
ENVELHECIMENTO: O NOVO LADO DO ENVELHECIMENTO 
 POR CLARISSA CÔRTES PIRES 
O envelhecimento populacional resultado de um conjunto de fatores como o aumento 
da expectativa de vida da população e o declínio das taxas de fecundidade e mortalidade, é 
hoje um fenômeno mundial que modifica a estrutura etária da população. 
No caso brasileiro, o processo de envelhecimento pode ser constatado por um aumento 
de participação de idosos na população. Em 2005, os idosos no Brasil reuniam 9,9% da 
população, equivalente a um contingente de 18,2 milhões de pessoas, representando um 
crescimento de 25,2% em relação a 2000. Há previsão de que no ano de 2020, 14% da 
população seja formada por idosos, ou de acordo com a definição de idoso, por pessoas com 
idade igual ou superior a 60 anos. 
 
13 
 
 
Idosos no Brasil – Dados Estatísticos no Brasil e no Mundo 
 
Em 1830, a espécie humana necessitou de milhões de anos para atingir um bilhão de 
pessoas. Em 1927 este número dobrou. Em 1960 chegou a três bilhões, foi atingida o quinto 
bilhão veio em 1987 e, 12 anos após em 1999, o sexto bilhão. Em 1950, eram cerca de 204 
milhões de idoso no mundo. Em 1998 já alcançava 579 milhões. As projeções indicam que, em 
2050 a população idosa será de 1.900 milhões de pessoas. 
Desde 1950, a esperança de vida ao nascer em todo o mundo aumentou em 19 anos. 
Hoje, uma em cada dez pessoas tem 60 anos de idade ou mais; em 2050, estima-se que 
será de uma para cinco no mundo em seu conjunto, e de uma para três para o mundo 
desenvolvido. 
Conforme projeções, o número de centenários (pessoas com 100 anos idade ou mais), 
aumentará 15 vezes, de aproximadamente 145.000 para 2,2 milhões em 2050. 
 
14 
 
 
Um amplo estudo realizado nos Estados Unidos acompanhou por quase três décadas 
6.505 homens. Entre os que completaram idades entre 71 e 95 anos, 40% se mantiveram livres 
de limitações públicas ou da mente. A fórmula do sucesso? Baixa pressão arterial, baixos níveis 
de açúcar no sangue, abstinência de tabaco e não ser obeso. 
No Brasil a população de idosos passou de 2 milhões em 1950, para próximo de 6 milhões 
em 1975. E para 1,4 milhões, em 2002, significando um aumento de 700%. Estima-se que para 
2020 esta população alcance os 32 milhões. 
A expectativa de vida no Brasil saltou de 30 anos em 1990, para 70 anos em 2000. As 
mulheres oriundas do segmento de maior poder aquisitivo e elevado nível cultural ultrapassam 
a barreira dos 80 anos. 
Segundo a Secretaria do Estado da Saúde, nos últimos 10 anos, aumentou em 86,4% o 
número de idosos com AIDS. 
Cresce número de pessoas com Aids com mais de 50 anos no Brasil. 
Homens e mulheres na terceira idade estão fazendo sexo sem prevenção e se 
contaminando com o vírus. 
 
Dia 1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. A data foi criada pela 
Assembleia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações 
 
15 
 
Unidas – ONU, para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com 
as pessoas infectadas pelo HIV/AIDS. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações 
Unidas e no Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988. 
A AIDS (na sigla em português: SIDA – Síndrome da Imunodeficiência* Adquirida) não 
atinge apenas os jovens, pois vem sendo registrado um aumento significativo da doença entre 
a população da terceira idade. Segundo dados do Ministério da Saúde, 0,04% da população 
acima de 65 anos são portadores do vírus HIV, o que significa que 5.500 idosos têm a doença 
no Brasil. 
Homens e mulheres na terceira idade estão fazendo sexo sem prevenção e se 
contaminando com o vírus da AIDS. E não é só isso, os números da doença em pessoas com 
mais de 50 anos crescem no país. 
A nova geração de idosos que hoje já têm recursos para prolongar a qualidade de vida, 
acaba por aumentar também sua sexualidade, pois as pílulas azuis (Viagra) fazem grande 
sucesso. Se estão ativos para dançar, passear e estudar, também estão para namorar, mas 
ninguém pensa na vovó e no vovô fazendo sexo. 
O homem mais velho tem mais dificuldade de aceitar o preservativo, porque ele associa 
isso à sua juventude, quando não se usava muito a camisinha e a AIDS ainda não existia. Outro 
fator importante é que ainda existe o tabu de se falar sobre sexo na terceira idade, seja pela 
mídia, pela família e até nos consultórios médicos, que devem estar atentos, pois uma das 
manifestações da AIDS na velhice é o quadro de Demência, ou postos de saúde onde uma 
orientação poderia ser feita sem preconceitos. 
Preocupados com os resultados dessa pesquisa o Programa Nacional de DST/ AIDS e a 
Coordenação de Saúde do Idoso, ambos ligados ao Ministério da Saúde, firmaram uma parceria 
e elaboram campanhas e ações que incentivam o uso do preservativo feminino e masculino, 
com distribuição gratuita em programas voltados para a terceira idade, bem como a inclusão 
do teste de HIV nos procedimentos feitos nessa faixa etária. 
De 1980 a junho de 2009, foram registrados 544.846 casos de AIDS no Brasil. Durante 
esse período, 217.091 mortes ocorreram em decorrência da doença. Por ano, são notificados 
entre 33 e 35 mil novos casos de AIDS. Em relação ao HIV, a estimativa é de que existam 630 
mil pessoas infectadas no país. 
 
16 
 
Sexta causa de morte no idoso é a QUEDA. 
A maioria das quedas que provoca a morte ou leva a internações e incapacitações 
ocorrem em casa, no trajeto do quarto para a cozinha e do quarto para o banheiro. Geralmente 
piso escorregadio, móveis muito leves nos quais as pessoas tentam se apoiar e caem, a ausência 
de barras de apoio no banheiro, constituem riscos de acidentes que podem levar a fraturas dos 
membros superiores e inferiores e até o crânio, sobretudo nos casos de pessoas idosas com 
dificuldade de movimento e fragilidade visual. Seria muito importante que o Poder Público 
promovesse uma política social voltada para a reforma e adequação das residências onde 
residam pessoas idosas, de forma a torná-las um ambiente saudável e preventivo de acidente. 
 
COMO SE ENVELHECE FISICAMENTE? 
Nosso corpo vai envelhecendo dia a dia. O envelhecimento não chega de uma só vez nem 
o faz de repente; acompanha-nos a cada dia, lentamente, durante toda a nossa existência. Por 
essa razão, costuma-se dizer que ele é um processo natural. 
Cada um de nós, no entanto, faz uma trajetória durante a vida e, assim, envelheceremos 
de maneira única e individual, pois as experiências que vivenciamos dizem respeito a cada um 
de modo particular. 
O envelhecimento pode ser definido como um processo de desgaste gradativo de todas 
as partes de nosso corpo, diminuindo, com o passar do tempo, nossa capacidade de adaptação 
aos diferentes desafios ou situações. Tal diminuição está ligada a riscos progressivamente 
maiores de doença ou à incapacidade de viver de forma independente. Por isso, a morte é a 
consequência final do envelhecimento. 
Essas perdas, lentas e progressivas, são compatíveis com a vida saudável mesmo em 
idades muito avançadas (ex.: centenários), uma vez que, nas situações de rotina, não costumam 
provocar quaisquer problemas. A presença de doenças, especialmente as crônicas, e a 
existência de hábitos de vida considerados inadequados, como tabagismo, alcoolismo, 
sedentarismo, entre outros, constituem as grandes vilãs para a saúde das pessoas idosas, pois 
contribuem para que essa perda se acelere. 
 “O envelhecimento não chega de uma só vez nem o faz de repente acompanha-nos a 
cada dia, lentamente, durante toda a nossa existência”. 
 
17 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES BIOLÓGICAS E FISIOLÓGICAS NO IDOSO 
BIO = VIDA 
LOGIA OU LÓGICA = ESTUDO 
FISIOLÓGICAS = CONDIÇÕES NORMAIS NO ORGANISMO 
 
Vários fatores podem influenciar no processo do envelhecimento, desde fatores 
genéticos,presenças de radicais livres, imunidade até fatores externos, como poluição 
temperatura e alimentação. 
Há relatos de que as mulheres vivam mais que os homens, apresentando expectativa de 
vida média ao nascer de cinco a sete anos a mais. Há possibilidade de esse fato ser 
consequência da proteção de hormônios. 
O envelhecimento é um processo comum a todos os seres vivos. Sendo assim, o 
conhecimento de seus aspectos anatômicos e de sua fisiologia é fundamental para os 
profissionais que lidam com esse processo, particularmente em relação ao homem. 
 
Alterações na composição e na forma do corpo 
• Apresenta perda da estatura (essa perda é da ordem de 1cm por década começa 
aproximadamente aos 40 anos). 
• Aumento do tecido adiposo. 
• Apresenta algumas alterações no diâmetro da caixa torácica. 
 
18 
 
• Perda de massa corporal. 
Quanto aos pelos, há uma diminuição ao longo do corpo todo exceto nas narinas, na 
orelha e nas sobrancelhas. 
 
Alteração no sistema ósseo 
• Perda da massa óssea (osso fica fraco). 
• Alteração no sistema articular. 
 
Alterações no sistema nervoso 
• Vários psiquiatras relatam que o envelhecimento promove diminuição do peso e 
do volume cerebral, havendo atrofia cerebral. 
• Morte celular. 
• Como todas estas alterações no cérebro, é que acabam promovendo várias 
doenças no idoso como a demência, Alzheimer, depressão entre outras. 
 
Alterações cardio-respiratórias 
• Caixa toráxica fica com menor mobilidade. 
• Diminui a complacência pulmonar. 
• Mais facilidade para o infarto e AVE (Acidente Vascular Encefálico). 
 
FATORES QUE MELHORAM O ENVELHECIMENTO 
Independentemente da idade, uma boa autoestima favorece a saúde e a autor- 
realização, enquanto uma baixa autoestima pode causar fobias, medos, dificuldades 
interpessoais, aflição, insegurança, depressão, falta de realização das próprias potencialidades, 
exclusão, entre outros. 
Ter uma boa autoestima é fundamental para se desfrutar de um envelhecimento bem-
sucedido. Conservar-se íntegro física e psicologicamente, assim como certificar-se da sua 
adequação do ponto de vista biopsicossocial, tem grande relevância para o idoso. 
 
 
19 
 
Os idosos parecem ser mais seletivos nos seus relacionamentos, escolhendo pessoas que 
confirmem a sua autoimagem, não lhes interessando fazer contato com qualquer pessoa. A 
rede de amizades do idoso pode ser menor em quantidade, porém é melhor do ponto de vista 
qualitativo, marcada por relações de real afinidade, sinceridade e companheirismo. 
Valores sociais sem bases na realidade ou preconceitos acerca do envelhecimento 
exercem um impacto negativo na autoestima. A nossa sociedade tem por hábito valorizar o que 
é jovem, bonito, novo, em detrimento do idoso, que muitas vezes chega a ser erroneamente 
considerado de velho, incapaz ou mesmo feio. Isto interfere na autoestima do idoso, já que as 
suas opiniões acerca de si mesmo podem ficar comprometidas. 
É importante estimularmos a autoestima dos idosos, independentemente se ele estar 
passando por um processo de envelhecimento saudável ou patológico. Independentemente de 
todos os seus problemas, ele consegue sentir-se bonito, sentir que a sua presença causa algum 
tipo de reação àqueles que o cercam e isto o faz sentir-se feliz. 
Um idoso com uma boa autoestima consegue passar melhor pelos declínios do processo 
de envelhecimento, encontrando em cada etapa do seu ciclo vital mais potencialidades que 
limitações. Um idoso saudável pode cuidar da sua aparência física, dedicar tempo para fazer 
coisas que gosta aprender coisas novas e para tirar partido de uma virtude atingida com o 
passar dos anos: a sabedoria. 
Está comprovada a influência de várias atividades na melhora da autoestima do idoso. A 
atividade física aparece com um fator favorável, pois propõe uma modificação no esquema 
corporal e, consequentemente, na autoimagem e na autoestima. Com o desempenho deste 
tipo de atividade idosos prostrados podem vir a tornarem-se mais ativos, voltam a andar mais, 
tornam-se mais flexíveis e voltam a conseguir realizar atividades de vida diária, podem também 
perder peso, o que contribui para melhorar sua autoestima. O convívio com a família e os 
amigos também pode proporcionar experiências enriquecedoras e contribui para uma boa 
autoestima no idoso. A música e a dança também são uma boa atividade para o idoso melhorar 
a autoestima e se sociabilizar. 
Os idosos que se aventuram numa relação amorosa só têm a ganhar. Há pesquisas que 
indicam que o amor é capaz até de melhorar o sistema imunológico do idoso, além de provocar 
um aumento do dinamismo e da autoestima. 
 
20 
 
Psicóloga Cristiana Alves 
 
 
 
 
 
 
 
CAPACIDADE DE DESEMPENHO DA PESSOA IDOSA EM SUAS ATIVIDADES DO DIA A DIA 
Muitos idosos são portadores de doenças como hipertensão, diabetes, artrose, entre 
outras, e, por fazerem acompanhamento médico regularmente, tomarem suas medicações de 
forma apropriada e seguirem todas as orientações do tratamento, encontram-se muito bem e 
fazem tudo o que necessitam sem precisar de qualquer ajuda. 
Outros têm os mesmos problemas, mas não conseguiram fazer o mesmo tipo de 
acompanhamento e, por essa razão, apresentaram complicações das doenças, como derrame, 
amputações etc. Essas pessoas podem encontrar-se bem mais limitadas em suas atividades e, 
para desempenhá-las, necessitam da presença de um cuidador. Apesar de apresentarem 
limitações que comprometem sua independência, elas mantêm suas capacidades mentais e 
são capazes de decidir como desejam que as coisas sejam feitas, isto é, preservam sua 
autonomia. 
“Uma boa época para se pensar sobre a velhice é 
a juventude, e a principal hora de se pensar 
sobre ela é certamente ao ficarmos velhos”. 
 B.F.Skinner 
 
21 
 
Autonomia é o exercício do autogoverno, incluindo liberdade individual, privacidade, livre 
escolha e harmonia com os próprios sentimentos e necessidades. Preservá-la é sinônimo de 
respeito à dignidade humana. Qualquer cuidador tem por obrigação procurar preservar ou 
resgatar a autonomia da pessoa idosa de quem cuida. Por exemplo, o idoso que usa cadeira de 
rodas poderá exercer sua autonomia escolhendo as coisas que quer fazer e a maneira como 
gostaria que acontecessem, apesar de não ser totalmente independente. 
Independência é a capacidade de realizar algo com os próprios meios; significa poder 
sobreviver e desempenhar, sem ajuda, as chamadas atividades de vida diária (AVDs). 
Dependência é a incapacidade de sobreviver satisfatoriamente sem ajuda (por limitações 
físicas, funcionais e/ou mentais) de algo (bengala, andador) ou alguém (cuidador). 
A função básica do cuidador é auxiliar no desempenho das atividades de vida diária, 
tendo por princípio ajudar a pessoa idosa na medida de sua necessidade, nem mais nem menos. 
 
O CUIDADOR DE IDOSOS 
 
Entende-se por Cuidador, pessoa que cuida, a partir de objetivos estabelecidos, zelando 
pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura e recreação da pessoa 
atendida. A atividade de cuidar de pessoas não é nova, sempre existiu e vem se desenvolvendo 
cada vez mais nos últimos tempos. 
A família passa a ser vista como “núcleo central” para o acolhimento e o cuidado de quem 
precisa de atenção. As estruturas familiares vêm sofrendo mudanças nas últimas décadas, 
contudo formas de organização e divisão de tarefas permanecem. 
 
22 
 
Na informalidade, dificilmente uma pessoa assume que é cuidador, pois acha que cuidar 
de alguém que se ama não é uma tarefa, mas sim, algo natural. 
Ser cuidador requer aprendizado e adaptação, todos nós somos um cuidador em 
potencial, no âmbito familiar. 
Embora legalmente esta “obrigação” seja dos filhos, cônjuge, familiares, isso nem sempre 
ocorre e ou é possível, face aos compromissos profissionais, familiares, sociais e até mesmo 
por vínculos afetivos inexistentes. Da falta de compreensão das alterações,tanto orgânicas 
quanto psicológicas, sofridas pelo idoso, surge um ambiente de estresse. Hoje vivemos na era 
do cuidar, seja este em que sentido for. 
A capacitação dos cuidadores de idosos tem papel fundamental quando se fala em 
promoção de saúde e ação preventiva, evitando-se internações e asilamento. O modelo de 
assistência à saúde, centrado em atitudes curativas, tende ao fracasso, pois hoje se trabalha na 
prevenção de doenças, na diminuição de riscos à saúde e, portanto, na melhora da qualidade 
de vida do ser humano. 
O idoso bem conduzido por cuidadores capacitados conseguirá uma melhor evolução 
clínica e qualidade de vida, evitando- se as complicações e, consequentemente, reduzindo-se 
a demanda pelos serviços de saúde de um modo geral, especialmente as internações. 
Cuidar é muito mais que um ato; cuidar é atitude! 
Requer conhecimento, responsabilidade, mas também afetividade, de ser humano entre 
ser humano. Assim entendendo, o cuidador deve antes de tudo saber e querer se cuidar para 
então cuidar de outro, semelhante, mas não igual, que temporariamente está incapacitado 
funcionalmente. Só o trabalho, só o ato de zelar, não faz um cuidador. É necessária a união do 
trabalho com a disponibilidade e capacidade de ouvir o outro, sentindo-o, sem possui-lo, sem 
tirar-lhe sua autonomia e independência. O cuidado verdadeiro é um trabalho prazeroso, sem 
sofrimento. 
Cuidador de Idosos é uma profissão reconhecida e inserida na Classificação Brasileira de 
Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego com o Código 5162-10 (Cuidador de pessoas 
idosas e dependentes e Cuidador de Idosos institucional). Esta capacitação é também exigida 
aos profissionais que trabalham em instituições de longa Permanência para idoso. 
 
23 
 
HABILIDADES DO CUIDADOR DE IDOSOS 
 
Habilidades voltadas para a competência do trabalhador devem buscar o aprender a 
aprender e aprender a pensar, que permite maior autonomia, capacidade de resolver 
problemas novos, de adaptação às mudanças, de comunicação, de trabalho em equipe, etc. 
Habilidade é o grau de competência de um sujeito concreto frente a um determinado 
objetivo. Refere-se à capacidade e à disposição para (fazer) algo. 
Exemplo: Falar de "habilidade mecânica" (a capacidade de colocar uma máquina em 
funcionamento), "habilidade verbal" (a capacidade de fazer uma apresentação discursiva), 
"habilidade matemática" etc. 
 
Habilidades Básicas 
São atributos que parte de habilidades essenciais, como ler, interpretar, calcular, ou até 
chegar ao desenvolvimento de raciocínios mais elaborados. Portanto, o saber-fazer, saber ser 
e saber-agir, são imprescindíveis na formação dos futuros profissionais. 
PARA SER COMPETITIVO NO MERCADO É IMPORTANTE QUE TODO TRABALHADOR BUSQUE: 
• Ter experiência em mais de uma área (ser polivalente); 
• Ter ampla cultura geral; 
• Estar atualizado com relação ao mundo; 
• Estar se atualizando constantemente na sua formação básica e específica; 
• Ser participativo e curioso; 
• Ser ambicioso, criativo e perspicaz; 
• Atualiza-se constantemente com novas linguagens de informática. 
 
Habilidades Específicas do Cuidador 
As Habilidades Específicas estão estreitamente relacionadas à função do cuidador e 
dizem respeito aos saberes, saber fazer e saber ser exigidos neste posto como: 
• Preparo da alimentação 
• Administração de medicamentos por via oral 
• Realizar atividades que envolvam estimulação, recreação, lazer com o idoso. 
 
24 
 
O QUE É RESPONSABILIDADE DO CUIDADOR? 
É o dever de arcar com as consequências do próprio comportamento ou do 
comportamento de outras pessoas. 
 
Responsabilidade da função 
• Higiene 
• Vestuário 
• Alimentação 
• Administração de medicamentos 
• Administração da casa e de todas as coisas que o idoso faz uso e que estiverem 
por acabar (Exemplo: fralda, material de uso pessoal do idoso, lista de compras 
de gêneros alimentícios e frutas, remédios.) 
• Lazer. 
 
Cuidar da Pessoa 
• Informar-se sobre o idoso; 
• Cuidar da aparência e da higiene pessoal; 
• Observar os horários das atividades diárias do idoso; 
• Ajudar o idoso no banho, na alimentação, no andar e nas necessidades 
fisiológicas; 
• Estar atento às ações do idoso; 
• Informar-se do dia-a-dia do idoso e relatar para o responsável; 
• Informa-se no retorno de sua folga; 
• Manter o lazer no dia-a-dia e desestimular a agressividade do idoso. 
 
Promover o Bem-Estar do Idoso 
• Ouvir o idoso respeitando sua necessidade individual de falar; 
• Dar apoio psicológico e emocional; 
• Ajudar a recuperação da autoestima, dos valores e da afetividade; 
• Promover momento de afetividade; 
 
25 
 
• Estimular autonomia 
• Orientar, acompanhar e respeitar o idoso na sua necessidade espiritual e 
religiosa. 
 
Cuidar da Alimentação do Idoso 
• Participar na elaboração do cardápio; 
• Verificar a despensa, observando a qualidade e a validade dos alimentos; 
• Fazer compras conforme lista e cardápios; 
• Preparar e servir a alimentação em ambientes e porções adequadas; 
• Estimular e controlar a ingestão de líquidos e de alimentos variados; 
• Reeducar os hábitos alimentares do idoso e respeita as dietas. 
 
Cuidar da Saúde do Idoso 
• Observar temperatura, urina, fezes e vômito; 
• Controlar e observar a qualidade do sono; 
• Manusear adequadamente o idoso, tendo o cuidado especial com deficiência e 
dependência física do idoso; 
• Observar as alterações do comportamento; 
• Lidar com comportamentos compulsivos e evitar ferimentos; 
• Ministrar medicamentos corretos e nos seus devidos horários, sem alterar a 
dosagem prescrita pelo médico; 
• Acompanhar o idoso nas consultas e atendimento médico e hospitalar. 
 
Cuidar do Ambiente Domiciliar e Institucional 
• Cuidar dos afazeres domésticos; 
• Manter o ambiente organizado; 
• Promover adequação ambiental; 
• Prevenir acidentes; 
• Fazer compras para casa e para idoso, quando necessário; 
 
26 
 
• Cuidar de roupa e objeto pessoais do idoso; 
• Preparar o leito de acordo com a necessidade do idoso. 
 
Incentivar a Cultura e a Educação do Idoso 
• Estimular o gosto pela música, dança e esporte; 
• Selecionar jornais, livros e revistas de acordo com a idade e interesse; 
• Ler histórias e textos para o idoso; 
• Acompanhar e apoiar projetos de interesses do idoso. 
 
QUAIS AS COMPETENCIAS DO CUIDADOR? 
 
 É formada pelo conjunto de habilidade, atitude e conhecimento (é a capacidade de 
mobilizar conhecimentos, valores e decisões para agir de modo pertinente numa determinada 
situação.) 
A competência é formada ao longo da vida do trabalhador, exigindo um processo de 
educação contínua, as habilidades podem ser desenvolvidas em qualquer momento de vida de 
uma pessoa. 
Exemplo: quando um gerente diz que seu funcionário não tem competência, em geral 
está querendo dizer que ele não entrega o que se espera dele, o que se espera que uma pessoa 
em tal ou tal cargo realize. 
Competências do cuidador: 
• Manter capacidade e preparo físico, emocional e espiritual; 
• Cuidar da sua aparência e higiene pessoal; 
• Demonstrar educação e boas maneiras; 
• Adaptar-se a diferentes estruturas e padrões familiares e comunitários; 
• Respeitar a privacidade do idoso; 
• Demonstrar sensibilidade e o paciência; 
• Saber ouvir; 
• Perceber e suprir carências afetivas; 
• Demonstrar discrição; 
 
27 
 
• Observar e tomar resoluções; 
• Em situações especiais, superar seus limites físicos e emocionais; 
• Manter otimismo em situações adversas; 
• Reconhecer suas limitações e quando e onde procurar ajuda; 
• Aceitar as limitações e dependência do idoso; 
• Aceitar os valores religiosos do idoso; 
• Demostrar criatividade; 
• Lidar com seus sentimentos negativos e frustrações 
• Lidar com perdas e mortes; lidar com agressividade; 
• Buscar informações e orientações técnicas; 
• Obedecer às normas e estatutos; 
• Reciclar-se e atualizar-se por meiosde encontros, palestras, cursos e seminários; 
• Respeitar a disposição dos objetos dos idosos; 
• Dominar noções primárias de saúde; 
• Dominar técnicas de movimentação do idoso para não machucar; 
• Conciliar tempo de trabalho com o tempo de folga; 
• Doar-se; 
• Demonstrar honestidade; 
• Conduta Moral. 
 
SAÚDE E HIGIENE PESSOAL DO CUIDADOR DE IDOSOS 
 
Saúde 
A saúde física do cuidador deve ser boa e se não estiver, procurar médico, dentista, etc. 
Dor nas costas é sintoma mais comum de doença ocupacional em pessoas que cuidam 
de idosos. 
Imunização 
Recomendamos a todos os trabalhadores, as vacinas contra hepatite B, vacina tríplice 
viral e a vacina contra tétano e difteria (dupla adulto), estas vacinas estão disponíveis nos 
Centros de Saúde, gratuitamente. 
 
28 
 
Higiene Pessoal 
Cabelos: sempre presos com rabo de cavalo ou coque. Proibido: cabelos soltos, sujos ou 
desbotados. 
Unhas: devem ser curtas (proibido unha comprida, esmalte vermelho e unhas sujas). 
Banho: de preferência duas vezes ao dia. Ao acordar e ao deitar. Usar desodorante neutro 
(proibido cheiro de suor, não tomar banho e usar perfume forte). 
 
COMO LIDAR COM O LADO PSICOLÓGICO E EMOCIONAL DO ENVELHECIMENTO 
O estado emocional que apresentamos em determinado momento da vida é resultado 
de toda uma trajetória construída anteriormente. Para podermos entender por que o idoso 
reage desse ou daquele jeito em certas situações, é necessário que nós o conheçamos melhor, 
o que só será possível se conversarmos com ele, se ouvirmos sua história de vida e também o 
que a família e os amigos falam a seu respeito. Isso funciona como um grande “quebra-cabeça” 
no qual vamos unindo as peças, uma a uma, e, no final, temos o retrato real daquele de quem 
cuidamos. 
As reações emocionais diante da presença de doenças, de mudanças de papel e status 
social, de modificações em sua rede de suporte social (família, parentes, amigos, vizinhos etc.) 
podem diferir muito de uma pessoa para outra. Essas alterações são consequência do processo 
de envelhecimento e exigem que o idoso seja capaz de compreendê-las e se adaptar a elas, o 
que não quer dizer que esse seja um processo fácil e rápido. 
Cada pessoa tem um jeito de ser que lhe é próprio, e esse jeito de ser a acompanha desde 
a infância. Ela não será melhor ou pior quando ficar velha; somente acentuará suas 
características. Isso vale para todos nós. Assim, não existe o velho “chato”, e sim pessoas chatas 
que possivelmente foram “chatas” a vida inteira, mesmo quando eram, por exemplo, 
adolescentes. Só que, quando os adolescentes são “chatos”, dizemos que é por causa da idade, 
que é normal, já com os mais velhos... O mesmo vale para o idoso ranzinza, implicante etc., 
como se não existissem jovens que apresentassem essas características. 
À medida que envelhecemos, vamos deixando de fazer algumas coisas e começamos ou 
não a fazer outras. Por exemplo, uma pessoa trabalhou na agência de um banco por 35 anos 
todos os dias das 7h30min às 17h e se aposenta. No primeiro dia de aposentada, ao levantar – 
 
29 
 
no mesmo horário, é lógico –, percebe que não terá mais de se preparar para trabalhar e talvez 
ainda não tenha pensado em como vai preencher o espaço de tempo antes ocupado pelo 
trabalho, podendo sentir-se meio perdida. O “papel de trabalhador” tem de ser substituído 
pelo “de aposentado”, mas muitos não se preparam para esse momento, embora sempre 
tenham “sonhado” com ele. 
O fato é que assumimos diferentes papéis, que serão mais ou menos importantes em 
determinados momentos. Esses papéis vão mudando com o decorrer do tempo. É preciso que 
as pessoas compreendam isso e consigam se adaptar a tais mudanças para evitar maior 
sofrimento. 
Toda perda envolve um “luto”, ou seja, um processo de adaptação e transformação que 
resulta em benefícios após o enfrentamento da situação dolorosa, permitindo uma abertura 
para novos interesses, aprendizados, atividades e relacionamentos. Ficar mais tristonho, 
mostrar algum nível de ansiedade e mudanças de humor são esperados e não devem ser 
confundidos, necessariamente, com doenças. 
Ao cuidador cabe entender que isso ocorre também com a pessoa de quem ele cuida e 
que a vivência desse(s) luto(s) talvez lhe seja difícil, gerando muito sofrimento. Mostrar-se 
presente, disposto a ouvir e a acolher suas angústias pode contribuir para a formação de um 
vínculo importante entre os dois. 
O envelhecimento é uma experiência individual, a construção de um caminho que 
escolhemos traçar no transcorrer da vida. Em muitos momentos, vamos deparar com algumas 
“encruzilhadas” que nos obrigarão a optar por essa ou aquela direção. A opção que fizermos 
terá por base algumas certezas e experiências que carregamos até aquele momento. Pode ser 
que, depois, cheguemos à conclusão de que a escolha não foi a melhor, mas, com certeza, 
quando foi necessário optar, ela parecia ser a melhor. Quando estivermos mais velhos, 
poderemos olhar para trás e ver como foi desenhado esse traçado. 
Será esse o desenho de nossa história de vida. Isso também aconteceu com as pessoas 
idosas de quem cuidamos hoje. Assim, não há um “certo” ou “errado”, uma vida “boa” ou 
“ruim”; existem escolhas. A sabedoria do envelhecimento está em compreender essas escolhas 
e viver bem com elas. Ao cuidador não cabe julgamento, em instante algum, pois cada escolha 
é sempre feita dentro de um contexto de vida, e a vida das pessoas é única para cada um. É 
 
30 
 
preciso que ele conheça a trajetória para compreender por que, naquela hora, a pessoa idosa 
de quem ele cuida age dessa ou daquela maneira e está mais ou menos satisfeita com o 
resultado de seu traçado de vida. 
É esperado que, com o avançar da idade, a pessoa idosa pense na própria vida, a se 
autoquestionar e a refletir sobre seu presente. Esses momentos podem ser mais introspectivos 
(o idoso com ele mesmo) ou compartilhados (quando ele quer dividir sua experiência com o 
cuidador). De uma forma ou de outra, são momentos muito preciosos, aos quais o cuidador 
deve estar sempre atento e valorizar. 
Em outras ocasiões, a pessoa idosa talvez se mostre intransigente, irritada sem razão 
específica, queixando-se de quase tudo o que a cerca, o que pode incluir o cuidador e seu 
trabalho. Isso muitas vezes ocorre pela dificuldade de enfrentar uma situação específica 
(doença, limitação ou dependência). Essa é uma grande ilusão! Somos, de algum modo, 
interdependentes a vida toda, mas não admitimos isso. Quando ficamos velhos e, por 
problemas de doença, nossa dependência se acentua, percebemos nossa limitação como seres 
humanos e podemos não reagir bem a tal constatação. A maneira como esse fato será 
manifestado depende de cada um. Perceber isso fará a diferença na prestação de um cuidado 
personalizado, efetivo e adequado, que deve ser construído com o objetivo de acolher o idoso 
em suas angústias e estimulá-lo a enfrentar a realidade, valorizando os aspectos positivos de 
sua história de vida, que sempre existem. 
O cuidador é apenas a pessoa que está mais próxima e, como tal, será a primeira a 
escutar, sempre! 
Se a pessoa idosa ficar doente e dependente, ela poderá demonstrar preocupações, 
angústias e medos, sentindo-se, em alguns (ou muitos) momentos, impotente, incompetente, 
revoltada e intolerante, tudo pela dificuldade em lidar com a situação que ora se apresenta e 
também pela falta de perspectiva que pode acompanhar essa situação. O papel do cuidador é 
auxiliá-la a valorizar não as perdas, mas sua capacidade remanescente – que sempre existe – 
de enfrentar a situação utilizando toda a sua experiência de vida e conseguir “viver” apesar 
da(s) limitação(ões), e não simplesmente sobreviver. 
O cuidador é uma pessoa fundamental na manutenção do bem-estar psicológico do idoso 
que enfrenta sofrimentos emocionais. Suas ações positivas, nesse momento, serão 
 
31 
 
fundamentais para trazernovo colorido a uma vida cuja perspectiva pode estar muito sombria. 
Para que, de fato, seja capaz de ajudar, é necessário que ele tenha equilíbrio emocional, de 
modo a conseguir lidar com as manifestações de angústia do idoso, sem ser “contagiado” por 
elas. Só assim ele poderá evitar a adoção de atitudes inadequadas, como paternalismo, 
superproteção, condescendência, infantilização, impaciência e displicência, que 
comprometerão a qualidade do cuidado a ser prestado. 
 
COMO CONVIVER COM A FAMÍLIA DO IDOSO? 
Desde muito pequenos desenvolvemos contato com as pessoas, primeiro com nossos 
pais e irmãos, depois com outros parentes próximos. 
Durante a vida, cada um de nós constrói a própria rede de relações, que, dependendo do 
momento, será maior ou menor. Entretanto, não é seu tamanho que importa, mas sim sua 
qualidade, com laços ou vínculos mais ou menos fortes. São esses laços ou vínculos que, na 
velhice, configurarão o apoio que a pessoa realmente possui e com o qual pode ou não contar, 
caso seja necessário. 
As principais redes sociais dos idosos são representadas pela família, pelos amigos e por 
pessoas da comunidade (jornaleiro, balconista da farmácia, padre etc.). 
 Facilitar reuniões entre os amigos ou levar a pessoa idosa a participar delas quando 
convidada é das funções do cuidador. 
Então, começamos a fazer amigos e a conviver com outras pessoas, (vizinhos, colegas de 
escola, de trabalho, membros da comunidade etc.). Essas pessoas mantêm contato conosco e, 
às vezes, entre si e, mesmo que isso não ocorra, também conhecem muitas outras. 
 Os amigos da pessoa de quem cuidamos também são, geralmente, idosos e, às vezes, 
apresentam problemas ou limitações semelhantes às dela. Isso pode fazer com que o contato 
pessoal entre eles seja muito difícil, pelas limitações de locomoção, distância entre as 
residências etc. O cuidador deve entender, no entanto, que os amigos são muito importantes 
para a manutenção de um clima de bem-estar e de participação no mundo, diminuindo a 
solidão e o isolamento. Eles fazem companhia, compartilham confidências e histórias de vida. 
Além disso, ser muito positivo na manutenção da memória do idoso permite que ele reviva 
sentimentos e sua importância pessoal, o que, sozinho, torna-se difícil. 
 
32 
 
Facilitar reuniões entre os amigos ou levar a pessoa idosa a participar delas quando 
convidada é, também, uma das funções do cuidador. Sua participação nesses momentos 
permitirá que ele conheça uma parte da vida da pessoa de quem cuida que talvez esteja 
esquecida em seu cotidiano, e essa pode ser uma ferramenta importante para auxiliá-lo no 
planejamento de seu cuidado, pois passará a perceber, por exemplo, motivações e emoções 
até então desconhecidas. 
Quando a pessoa idosa está mais fragilizada, é comum que sua rede de relações fique 
restrita à família, porque é sobre ela que recai a maior carga de responsabilidade por seus 
cuidados. Atualmente, o núcleo familiar é cada vez menor e as mulheres trabalham fora; com 
isso, o idoso mais dependente, muitas vezes, permanece longos períodos sozinho, mesmo 
morando com outras pessoas. Quando ele fica doente e precisa de ajuda, nem sempre há um 
familiar disponível para ajudar e, para que seja cuidado adequadamente, a família necessita da 
ajuda de um cuidador de fora. 
Esse cuidador começa, então, a ter um contato muito próximo com o idoso e com sua 
família, reagindo de diferentes maneiras ao tipo de relações com que passa a conviver. No 
interior da família, cada um se mostra como realmente é e isso pode gerar situações agradáveis 
e descontraídas ou momentos tensos e constrangedores. Não há como evitar um envolvimento 
com essas relações, porém é necessário que o cuidador entenda que essa é a família do idoso 
e não a sua; ele participou e contribuiu de alguma forma para a construção dessas relações. A 
pessoa idosa, no interior de sua família, pode ser valorizada, respeitada, amada e auxiliada de 
forma adequada em suas necessidades ou, então, rejeitada, tratada com indiferença ou 
hostilidade e tida como um “peso”. Essas atitudes são em geral respostas à forma como as 
relações foram construídas ao longo da história da família. 
Não cabe ao cuidador “julgar” as atitudes do idoso ou de seus familiares, pois eles podem 
ter valores muito diferentes dos seus. Ele deve se esforçar para olhar para a situação da 
maneira mais neutra possível, tentando entender o que está acontecendo e por quê. 
Em suma, o ambiente domiciliar pode ser tanto harmonioso e tranquilo como conflituoso 
e desarmonioso. Em certas situações, o cuidador pode até fazer algumas sugestões ou solicitar 
colaboração, buscando melhorar a qualidade de vida da pessoa idosa, mas em nenhum 
 
33 
 
momento deve criar expectativas em relação ao que acredita ser adequado para a vida do 
idoso, esquecendo-se das reais possibilidades afetivas dele e das pessoas com quem convive. 
CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA CONSTRUIR UMA RELAÇÃO DE AJUDA 
 
Capacidade de escuta 
“Escutar” não é sinônimo de “ouvir”. Escutar é constatar por meio do estímulo do sistema 
auditivo; é um processo ativo e voluntário em que o indivíduo permite-se impregnar pelo 
conjunto de suas percepções externas e internas. Na relação de ajuda, escutar representa um 
instrumento para compreender a pessoa idosa de forma a poder determinar com precisão as 
intervenções necessárias. Ao escutar a pessoa idosa, o cuidador pretende: mostrar-lhe sua 
importância; permitir que o idoso identifique suas emoções; auxiliá-lo na identificação de suas 
necessidades e na elaboração de um planejamento objetivo e eficaz para atender a elas. 
Para escutar de modo eficiente, o cuidador deve: 
• Desejar estabelecer uma relação mais estreita com a pessoa idosa. 
• Escolher um local calmo que propicie a escuta. 
• Manter-se a uma distância confortável do idoso, mas que permita boa 
visualização de ambos. 
• Procurar compreender não só a linguagem verbal, mas principalmente a não 
verbal da pessoa idosa. 
• Evitar julgamentos com base em valores pessoais. 
• Reformular com o idoso, porém com as próprias palavras, o que ele lhe referiu, 
validando sua compreensão. 
• Respeitar, compreender e interpretar o silêncio da pessoa idosa. 
O silêncio pode traduzir a intensidade da procura da resposta considerando tudo o que a 
precedeu; pode significar o medo ou o sofrimento que impedem a elaboração de palavras ou, 
ao contrário, uma alegria tão intensa que também não pode ser traduzida por palavras. É a 
escuta do silêncio que exige a presença mais intensa e mais verdadeira do cuidador, pois isso 
pode levá-lo ao encontro real do que o outro vive de mais profundo. Silêncio não é sinônimo 
de vazio nem ausência de relação, costuma ser rico em significados. Para ser traduzido e 
 
34 
 
transformado em instrumento de ajuda, deve ser compreendido, respeitado, acolhido e nunca 
prematuramente interrompido. 
Escutar não é memorizar as palavras emitidas pela pessoa idosa, é compreendê-la, ver, 
apreender, é sentir o contexto e os sentimentos relacionados com o conteúdo das mensagens 
emitidas. Exige grande empenho, vigilância sensorial, intelectual e emocional, o que consome 
muita energia e requer preparo e amadurecimento. O cuidador que de fato escuta o idoso 
reflete atentamente sobre o significado de suas mensagens (verbais e não verbais), buscando 
o estabelecimento de intervenções apropriadas às necessidades identificadas 
 
Escutas que não ajudam 
 Escuta inadequada – o cuidador está mais atento às próprias reflexões que as 
do idoso, está distraído, tem “pressa” em responder a ele ou identifica a situação 
descrita como familiar e faz um processo de transferência. 
 Escuta apreciativa – o cuidador faz juízos de valor durante a escuta. Embora 
normal, essa atitude pode ser nociva. Para evitar isso, o cuidador precisa 
desenvolver a habilidade de aceitar os idosos e escutá-los objetivamente. Escuta filtrada – relaciona-se à nossa defesa pessoal, ou seja, selecionamos de 
modo inconsciente o que permitimos ou não entrar em contato conosco e 
criamos barreiras que, mesmo involuntariamente, deformam nossa capacidade 
de escutar. Isso pode ser evitado com o desenvolvimento de um profundo 
autoconhecimento. 
 Escuta compassiva – refere-se ao sentimento de compaixão desenvolvido pelo 
cuidador em relação ao idoso que assiste. Tal atitude pode deturpar a percepção 
dos fatos, gerando ações inadequadas 
 
Capacidade de clarificar 
“Clarificar” quer dizer tornar claro, limpo ou puro. Na relação de ajuda, significa ser capaz 
de delimitar mais precisamente o problema em si e os envolvidos de maneira concreta e 
realista. Para tanto, o cuidador deve ser capaz de auxiliar o idoso a refletir sobre seus problemas 
e a descrevê-los em toda a sua extensão, intensidade e complexidade. Após escutá-lo, deve 
 
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repetir com suas palavras a mesma questão, permitindo, assim, sua reinterpretação às 
perguntas “quem? ”, “o quê? ”, “onde? ”, Como? ”e “Porquê?” auxiliam na clarificação. Mas o 
uso indiscriminado do “por quê? ”, pode despertar no idoso a necessidade de se justificar, 
geralmente defendendo-se. Cada pergunta deve ter por objetivo auxiliar o idoso a perceber 
com maior clareza o problema ou suas soluções. 
A utilização, pelo cuidador, de generalizações, abstrações ou termos imprecisos pode 
estar relacionada ao medo de enfrentar o problema. Agindo dessa forma, o problema se torna 
maior. O cuidador não deve usar linguagem intelectual, abstrata, impessoal e/ou vaga, pois isso 
não auxilia a pessoa idosa a clarificar e precisar seu pensamento. 
 
Capacidade de respeitar-se e de respeitar o idoso 
O respeito é uma necessidade humana, uma qualidade, um valor, uma atitude básica 
expressada pelo comportamento. Respeitar alguém significa acreditar em sua unicidade, em 
sua capacidade de viver de forma satisfatória. Respeitar-se significa ser verdadeiro consigo 
mesmo e com os outros. Respeitar o idoso significa comunicar-lhe que procuramos 
compreendê-lo como pessoa, com sua experiência, seus valores e a situação que está 
vivenciando de acordo com seu ponto de vista. Significa ainda identificar suas capacidades e 
seu potencial remanescente e auxiliá-lo a reconhecê-los e a utilizá-los para lidar com essas 
situações, dando-lhe condições de resgatar o máximo de autonomia. Será o idoso, no entanto, 
que decidirá utilizá-la ou não, quer dizer, a palavra final é dele, e respeitá-lo significa 
compreender e aceitar essa decisão mesmo que ela não corresponda à expectativa do 
cuidador. 
O respeito se manifesta por meio de atitudes e comportamentos, ativos ou passivos. 
Estar com o idoso, querer ajudá-lo e preocupar-se com seu bem-estar; considerá-lo como ser 
único, independentemente de suas doenças ou limitações; acreditar que ele é capaz de decidir 
sobre o próprio destino e acreditar em sua boa vontade são exemplos de atitudes. 
Os comportamentos expressam o significado e o valor do idoso para o cuidador. Ser capaz 
de estabelecer uma relação que envolva escuta e presença física atentas; aceitar o idoso 
incondicionalmente, evitando juízos críticos; demonstrar empatia, afeto e cordialidade; auxiliá-
lo a desenvolver seus recursos pessoais, encorajando-o, motivando-o e apoiando-o e não 
 
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agindo por ele; manifestar compreensão e dedicação são exemplos de comportamentos 
respeitosos. 
Enumeramos, a seguir, alguns exemplos de como o cuidador pode demonstrar respeito 
pelo idoso: 
• Mostrar que o aprecia como pessoa, respeitando sua idade e sua personalidade. 
• Não utilizar linguagem infantilizante (vovozinha, vozinha, meu neném, minha gostosa) 
ou demasiadamente familiar. 
• Chamá-lo pelo nome (nome próprio ou apelido, desde que tenha autorização para 
tanto) e tratá-lo por senhor ou senhora. 
• Cumprimentá-lo ao chegar e sempre que ele adentrar o recinto em que o cuidador 
estiver. 
• Dedicar-se inteiramente a ele quando da execução de algum cuidado, procurando não 
se distrair com outros estímulos (celular, televisão, rádio etc.) e evitando interrupções 
por telefone. 
• Evitar demonstrar compaixão. A piedade não é sinal de respeito então ajuda, sobretudo 
os idosos. 
• Mostrar-se confiante no potencial e nas capacidades do idoso, valorizando-as de forma 
construtiva e realista. 
• Demonstrar apoio afetivo. 
• Respeitar a intimidade do idoso e a confidencialidade da conversa e compartilhar 
informações apenas com sua prévia autorização. 
• Aguardar as respostas e as decisões da pessoa, que podem ser mais demoradas, e não 
o apressar. 
• Planejar conjuntamente com o idoso as atividades de cuidado, perguntando sua opinião 
e buscando segui-la. 
• O respeito na relação de ajuda auxilia na elevação da autoestima e do autoconceito, 
que, em muitos idosos mais dependentes, podem estar rebaixados. 
 
 
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Capacidade de ser congruente 
“Congruência” significa harmonia, coerência de algo com o fim a que se destina. 
Possibilita ao idoso a existência de concordância entre seu ser e sua experiência e sua expressão 
em seu comportamento. É, em outras palavras, a capacidade de ser autêntico. A pessoa que 
não possui essa competência separa-se de seu verdadeiro “eu”, reduzindo sua identidade aos 
papéis que desempenha. Pode, assim, sentir-se insatisfeita e dividida. 
A autenticidade do cuidador pode se manifestar: por sua espontaneidade; valorização de 
seu papel; coerência e capacidade de compartilhar experiências. 
Estes são os obstáculos à autenticidade: atitude defensiva; não manifestação dos 
próprios sentimentos; ser inconveniente (a relação profissional exige tato e juízo crítico); 
atitudes pessimistas. 
Para desenvolver congruência e autenticidade, o cuidador deve aprimorar o 
autoconhecimento e o autorrespeito, obter segurança interior, evitando esconder-se atrás de 
um papel social, e observar atentamente seu comportamento não verbal, buscando a 
coerência entre o que diz e o que demonstra. 
 
Capacidade de ser empático 
“Empatia” é a capacidade de se colocar no lugar do outro e sentir como se estivesse na 
situação e circunstâncias experimentadas por ele sem, no entanto, perder o próprio sistema de 
referência. É, portanto, a base de toda relação de ajuda. Para que o cuidador seja empático, 
ele deve ser capaz de: 
• Aproximar-se da situação que o idoso está vivenciando. 
• Desenvolver a capacidade de colocar-se no lugar dele, buscando ver o mundo como ele 
vê, o que não significa fazer suas as emoções e a vivência do outro, porque a 
diferenciação é fundamental na relação de ajuda. 
• Ter consciência de que o problema é do idoso. 
• Só assim o cuidador será capaz de identificar e compreender de forma verdadeira o 
conteúdo das mensagens da pessoa idosa, pois estará em posição de ver o mundo do 
mesmo prisma que ela o vê. 
 
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A empatia pode ser desenvolvida por uma personalidade afetuosa e flexível; pela 
capacidade de generalizações relativas às experiências de vida; pela capacidade de tolerar e 
utilizar o silêncio na relação; por semelhanças de experiências e vivências; pela disponibilidade 
e escuta atenta; pela tolerância ao estresse; por experiências de vida variadas, propiciando 
maior flexibilidade e espontaneidade; pela autoafirmação; pelo uso de linguagem apropriada e 
pela capacidade de compreender a linguagem simbólica utilizada pelo idoso. A empatia, por si 
só, não soluciona os problemas do idoso como se fosse um passe de mágica; constitui-se em 
um meio para fazer com que ele não se sinta solitário diante deles. Ao perceber que alguém 
entende a dimensão que os problemas tomam em sua vida, sente-se mais confortável e, assim, 
pode canalizar sua energia na resolução deles com o apoio daquele com quem mantém uma 
relação de ajuda. 
 
Capacidade de confrontação 
Confrontar” significa colocar frente a frente, defrontar, comparar; não envolve disputacomo “afrontar”. A confrontação origina-se na empatia e no respeito ao idoso e é uma 
manifestação suplementar à congruência do cuidador. A confrontação permite ao idoso 
estabelecer um contato mais profundo com seu interior, com aquilo que ele de fato é, com 
suas forças e seus recursos, assim como com suas fraquezas e comportamentos prejudiciais. 
Na relação de ajuda, a confrontação só deve ser utilizada quando existe entre cuidador e idoso 
um verdadeiro clima de confiança. O cuidador que pretende utilizá-la deve fazer uma avaliação 
acurada do estado geral do idoso 
A confrontação exige do cuidador habilidade e tato. Ele vai confrontar não o idoso, mas 
seu comportamento, descrevendo-o sem emissão de julgamentos, pois isso, nesse momento 
poderia representar demonstração de desrespeito, levando a pessoa idosa a assumir uma 
postura defensiva. No entanto, nem sempre a confrontação é reconhecida como instrumento 
de ajuda pelo idoso. Caso ele resista a essa forma de intervenção, convém não insistir, 
aguardando ocasião mais oportuna para fazê-lo. 
 
 
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Quando a relação não é de ajuda 
Muitas vezes, os cuidadores querem estabelecer uma relação de ajuda adequada, mas se 
frustram com seus resultados. Listaremos, a seguir, algumas intervenções que costumam ser 
muito utilizadas, mas que normalmente não respondem às necessidades de ajuda dos 
indivíduos. 
• Dar ordens sem avaliar o contexto que envolve as situações (pode levar o idoso a ter de 
negar suas emoções traduzidas por seu comportamento). 
• Fazer ameaças (“Se não cumprir as orientações, não viremos mais visitá-lo...”). Em geral 
esse comportamento acrescenta mais um elemento, o medo, à problemática 
apresentada pela pessoa. 
• Censurar o idoso, adverti-lo de forma contundente (representa uma afirmação de sua 
incapacidade de discernir entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, colocando-o 
como incapaz de resolver seus problemas). 
• Dar soluções (não permite ao idoso refletir sobre seu problema e sobre sua 
potencialidade de ação). 
• Argumentar logicamente (“o problema voltou, obviamente, porque o(a) senhor(a) não 
seguiu as orientações que dei...”), pois pode colocar o idoso em uma situação 
desconfortável, fazendo-o sentir-se um tolo, incapaz de seguir recomendações. 
• Julgar e criticar (utilizando o próprio sistema de valores), porque pode levar o idoso a 
não mais confiar no cuidador por não se sentir compreendido por ele. 
• Aprovar, lisonjear (“Desta vez tomou a decisão correta...”). Isso pode desenvolver no 
idoso o receio de não ser aprovado em outras situações pelo julgamento do cuidador 
e, caso se arrependa da decisão tomada, não se sentirá confortável em compartilhar tal 
sentimento com ele. 
• Analisar e interpretar (“Cada vez que o(a) senhor(a) quer a atenção de seus filhos, 
comporta-se como se estivesse muito doente...”). Se a interpretação for verdadeira, o 
idoso pode sentir-se “apanhado”, o que será insustentável; se não for correta, pode 
sentir-se acusado ou incompreendido. 
 
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• Consolá-lo (“Não se preocupe, isso vai passar...”) o idoso pode interpretar que o 
cuidador minimiza a importância de seu problema e, portanto, não haverá solução para 
isso. 
• Fazer muitas perguntas fechadas (“onde? ”, “Quando? ”, “Como? ”, “Por quê? ”). O 
idoso pode sentir-se interrogado. 
• Gracejar. O gracejo muitas vezes é colocado para minimizar uma situação tensa, ao criar 
um clima mais agradável. No entanto, a utilização deve ser bem estudada pelo cuidador, 
pois sua inadequação pode levar o idoso a pensar que o cuidador não leva a sério seu 
problema ou suas necessidades ou ainda que não o respeita. 
• Ridicularizar (“assim o(a) senhor(a) está agindo como uma criancinha...”). Pode levar o 
idoso a sentir-se desvalorizado ou desrespeitado e gerar respostas agressivas. 
• A relação de ajuda, quando adequadamente estabelecida, permitirá ao idoso e a seus 
familiares a identificação de recursos próprios disponíveis para superar os problemas 
que estão vivenciando, fortalecendo-os para situações futuras. Esse tipo de intervenção 
está diretamente associado à qualidade do cuidado prestado, uma vez que procura 
auxiliar o idoso em todas as suas dimensões de ser humano. 
 
• Direitos 
o Trabalhar com dignidade sendo sempre respeitado, com direito a alimentação 
e ambiente de trabalho agradável. 
• Deveres 
o Promover o bem-estar do idoso com prioridade zelando pelo seu processo de 
envelhecimento nos seus aspectos biopsíquico e social. 
o Estimular o gosto pela música, dança e esporte; 
o Selecionar jornais, livros e revistas, de acordo com a idade e interesse; 
o Acompanhar e apoiar projetos de seu interesse; 
o Fazer jogos que estimulem a memória, como dominó, mímica, etc. 
 
 
 
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MÓDULO II – CIDADANIA E ASPECTOS ÉTICOS 
ÉTICA E POSTURA PROFISSIONAL 
 
O QUE É ÉTICA? 
Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na 
sociedade. 
A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que 
ninguém saia prejudicado. 
Sociedade 
Conjunto de pessoas que vivem em determinada faixa de tempo e de espaço, seguindo 
normas comuns e que são unidas pelo sentimento de consciência de grupo. É a reunião de 
seres que vivem em grupo como: a família, o trabalho, a igreja, a escola. 
 
Para se viver em SOCIEDADE é necessário que existam regras, leis e normas para que a 
convivência dos homens aconteça dentro de uma certa ORDEM. 
As NORMAS são baseadas em: 
• Respeito ao próximo 
• Fazer com as pessoas o que gostaria que fizessem com você 
• Solidariedade 
• Amor ao próximo 
• Profissionalismo 
• Dedicação em tudo que fizer na vida 
• Responsabilidade nos seus atos 
• Cuidado com as palavras, que podem magoar muito mais que os atos. 
 
MORAL - É o comportamento real dos indivíduos em relação às regras e aos valores que 
lhe são propostos. O ser humano não nasce MORAL, ele se torna através da educação. O que é 
permitido ou não. A ÉTICA surge através da MORAL. 
 
ÉTICA - É o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. 
 
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A palavra ÉTICA é derivada do grego e pertence ao caráter (significa aquilo que). 
É impossível falarmos em ÉTICA se não pensarmos em convivência. ÉTICA é o que marca 
a fronteira da nossa convivência, seja com outras pessoas, seja no mercado ou com indivíduos. 
ÉTICA é aquela perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores, para 
existimos juntos. Aquilo que representa sua capacidade de julgar, decidir e avaliar com 
autonomia, ou seja, isso pressupõe liberdade. Quando se fala em ÉTICA, se fala num conjunto 
de princípios e valores que você usa para responder grandes três perguntas da vida humana: 
QUERO? DEVO? POSSO? 
 
 A questão ÉTICA apresenta-se assim como um conflito entre o que quero fazer, o que 
devo fazer e se posso fazer. 
ÉTICA e MORAL têm significados bem próximos e em geral, referem-se ao conjunto de 
princípios ou padrões de conduta que regulam as relações dos seres humanos com o mundo 
em que vivem. Embora ÉTICA e MORAL se relacionam, são temas diferentes já que ter VALORES 
é diferente de refletir como agir em relação a esses VALORES (Ética). O trabalho fundamental 
da ÉTICA é lidar com os valores para, por meio da reflexão sobre eles, e das situações práticas 
que eles envolvem, decidir qual melhor ação a ser realizada, ou seja, onde entra a minha 
responsabilidade ou meu desejo, nasce o direito do próximo. 
O comportamento MORAL e ÉTICO consiste em reconhecer o outro como sujeito de 
direitos iguais e dessa forma, as obrigações que temos em relação ao outro, correspondem-se, 
por sua vez, a direitos. 
 
ÉTICA PROFISSIONAL 
Ética profissional é o conjunto de normas morais pelas quais um indivíduo deve orientar 
seu comportamento profissional. A Ética é importante em todas as profissões, e para todo ser 
humano, para que todos possam

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