Buscar

Anotações P Trabalho I (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Competência material da Justiça do trabalho
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
· Somente as relações de trabalho sob o regime jurídico celetista, inclusive servidores públicos vinculados a esse regime. 
· Exclui os vínculos de natureza jurídico-estatutária, ou seja, os servidores ocupantes de cargo efetivo ou em comissão. 
· Cabe à Justiça Comum, e não a esta Justiça Especializada, examinar, em primeiro plano, se há vício apto a descaracterizar a natureza administrativa da contratação, inclusive no tocante à existência, validade ou à eficácia de eventual regime estatutário próprio ou de efetiva contratação temporária com fundamento no artigo 37, IX, da Constituição Federal. Ex: contrato temporário que se estende por muitos anos. 
· A competência para examinar causa envolvendo contrato nulo por ausência de concurso público define-se em função do regime jurídico adotado pelo ente público para seus servidores em geral: 
· Se celetista: Justiça do Trabalho;
· Se administrativo/estatutário: Justiça Comum.
· Em se tratando da necessidade de observância das normas relativas a segurança, saúde e higiene do trabalhador eventuais ações civis públicas, independentemente ser movida contra empresa privada, ente público (cujo os servidores sejam estatutários ou celetistas), a competência será da justiça do trabalho. Ex.: Ministério Público do trabalho que promove ação civil pública exigindo o cumprimento de normas de saúde para servidores estatutários da Administração Pública. Nessa situação, a competência é da Justiça do Trabalho.
· 
· Súmula 736 do STF: Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores”.
· Não alcança as demandas individuais de servidores de regime estatutário, mas alcança as ações civis públicas propostas pelo Ministério Público do Trabalho de interesse desses servidores públicos. 
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
· Súmula 189 do TST: a Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve.
· Lei 7783/89, Art. 15 A responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes cometidos, no curso da greve, será apurada, conforme o caso, segundo a legislação trabalhista, civil ou penal.
Parágrafo único. Deverá o Ministério Público, de ofício, requisitar a abertura do competente inquérito e oferecer denúncia quando houver indício da prática de delito.
· Ex: A Justiça do Trabalho é competente para julgar pedido de indenização contra o Sindicato, em face dos atos que se desenrolaram durante o exercício do direito de greve, pela prática de ato ilícito contra terceiros que sofreram constrangimento ilegal e cárcere privado, impedidos de se retirar do prédio onde realizada a manifestação por seis horas.
· Súmula Vinculante 23 do STF: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
· Espécies de ação possessória: interdito proibitório, reintegração de posse e manutenção. 
· Inclusive a ação de indenização movida pela empresa contra o sindicato ou empregados que invadiram e lhe geraram danos, materiais ou morais.
· Tese do tema 544 da Lista de Repercussão Geral: a justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abusividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e fundações públicas.
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
· É competência da Justiça do trabalho as ações que versam sobre registro sindical, pois envolvem, essencialmente, questões de representação sindical. 
· Inclusive a disputa por base territorial, em decorrência do princípio da unicidade, que regula o direito coletivo do trabalho 
· art. 8°, II da CF/88 - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município
· Tese do tema 994 da Lista de Repercussão Geral do STF: compete à Justiça comum processar e julgar demandas em que se discute o recolhimento e o repasse de contribuição sindical de servidores públicos regidos pelo regime estatutário.
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
· Habeas corpus: em caso de prisão do depositário infiel decorrente de créditos trabalhistas. No qual a vítima irá propor HC no TRT contra o Juiz do trabalho (autoridade coatora)
· No entanto, caso o Juiz decrete prisão da testemunha por ferir o dever de dizer a verdade a competência será da Justiça Federal (TRF), pois é de matéria criminal. 
· Quando o TRT indefere o HC contra o Juiz: É cabível ajuizamento de “habeas corpus” originário no Tribunal Superior do Trabalho, em substituição de recurso ordinário em “habeas corpus”, de decisão definitiva proferida por Tribunal Regional do Trabalho, uma vez que o órgão colegiado passa a ser a autoridade coatora no momento em que examina o mérito do “habeas corpus” impetrado no âmbito da Corte local. (OJ 156 da SDI-II)
· Habeas data: 
· CF Art. 5º, LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; Ex: CNES
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
· Não cabe habeas data em fase de cadastro de natureza privada, ex: ficha pessoal de empregados do Banco do Brasil
· Mandado de segurança
· Ex: Sindicato B faz o pedido de registro sindical no Ministério do Trabalho e este o defere. No entanto, já existia o Sindicato A na mesma base territorial, e para resolver essa ilegalidade este sindicato propõe mandado de segurança na Justiça do Trabalho. 
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
· Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente:
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
· TRT: quando os juízos em conflito forem Varas do Trabalho da mesma região ou quando o conflito se instalar entre Juízes de Direito investidos na competência trabalhista na mesma região ou entre Varas do Trabalho e Juízes de Direito investidos na competência trabalhista da mesma região. Assim, se Vara do Trabalho de Limoeiro do Norte estiver em conflito com Vara do Trabalho de Fortaleza, por estarem ambas vinculadas ao TRT/CE, a competência será deste órgão.
· Atenção! aos Juízes de Direito pode ser atribuída competência trabalhista.
· Atenção! O TRT terá competência para processar e julgar o conflito de competência quando as varas em conflito foram da mesma região. Se estiverem vinculadas à TRTs de regiões distintas, a competência será do TST.
· TST: quando o conflito for instaurado entre Tribunais Regionais do Trabalho, entre Tribunais Regionais do Trabalho e Varas de Trabalho (ou juízes de direito) de regiões diferentes e entre Varas do Trabalho ou Juízes de Direito investidos na competência trabalhista, em regiões diferentes. Nesta hipótese, se Vara do Trabalho de Fortaleza estiver em conflito com Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, por estarem vinculadas à TRTs de regiões diferentes, a competência será do TST. 
· STJ: quando o conflito for instaurado entre Vara do Trabalhoou TRT e Juízo de Direito não investido na competência trabalhista.
· CF Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente:
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
· CF, Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
· Súmula 236 do STJ: não compete ao Superior Tribunal de Justiça dirimir conflitos de competência entre juízes trabalhistas vinculados a Tribunais Regionais do Trabalho diversos.
· Súmula 180 do STJ: Na lide trabalhista, compete ao tribunal regional do trabalho dirimir conflito de competência verificado, na respectiva região, entre juiz estadual e junta de conciliação e julgamento.
· STF: quando o TST estiver em conflito com qualquer outro órgão do Poder Judiciário como, por exemplo, TJ, TRF, STJ, STF.
· Súmula nº 420 do TST: Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada.
· CF, Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
	DANO MORAL
	DANO PATRIMONIAL
	1) Comum: é dano moral decorrente de ofensa, assédio moral etc.
2) Indireto/Reflexo/Ricochete: decorrente da perda de um ente. Ex.: Empregado sofre acidente de trabalho e falece deixando a esposa e filhos menores. Esses parentes tem direito a indenização por danos morais.
3) Coletivo: é aquele que decorre de dano difuso ou coletivo atingindo um grupo de pessoas ou um número indeterminado de pessoas. Ex.: Empresa que submete trabalhadores a trabalho escravo.
4) Perda de uma chance: é aquele dano sob o aspecto moral que é gerado por uma frustração do empregado por a perda de uma legítima expectativa de direito. Ex.: O empregado que sofre um acidente de trabalho e perde um membro superior, o que impede de assumir o concurso público para a vaga de violinista de uma orquestra nacional.
5) Existencial: é o dano moral que atinge a dignidade da pessoa humana. Ex.: acidente de trabalho que ocasionou a incapacidade para participar de diversos eventos sociais e de lazer, como é caso do choque elétrico que destrói partes dos órgãos vitais do indivíduo como o fígado e os rins.
	1) Danos Emergentes: é aquele que o empregado efetivamente gastou em decorrência do acidente de trabalho.
2) Futuros: é aquele que irá surgir em decorrência de evento futuro que implique na repetição de uma diligência ou no conserto de algum aparelho essencial ao empregado que sofreu acidente de trabalho.
3) Perda de uma chance: é aquele decorrente do aspecto material do dano provocado, isto é, aferido de forma objetiva conforme a justa expectativa que foi frustrada com a perda da chance. Ex.: Em decorrência do acidente de trabalho o empregado deixou de ganhar uma diferença salarial de 17 mil reais. Então deve-se calcular esse valor até que se chegue a o montante que representaria o total de ganho ao final da vida do empregado acidentado.
4) Pensionamento: é aquele dano patrimonial resultado da perda de capacidade laboral do empregado. Ex.: Empregado que sofreu acidente de trabalho e perdeu parte de sua capacidade laboral. A diferença será paga pela empresa.
5) Lucros Cessantes: é aquele que o empregado deixou de auferir. Ex.: em decorrência do acidente de trabalho, o empregado deixou de realizar os trabalhos extra que realizava externamente ao seu trabalho.
· Súmula nº 392 do TST: Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.
· Os danos pré contratuais: em caso de indenização por danos morais por expectativa de contratação não concretizada, pois , está relacionado ao contrato de trabalho, o que é suficiente para determinar a competência do Judiciário Trabalhista.
· Cuidado com causas envolvendo concursos públicos da Administração pública: 
· Tese do tema 992 da Lista de Repercussão Geral: compete à Justiça Comum processar e julgar controvérsias relacionadas à fase pré-contratual de seleção e de admissão de pessoal e eventual nulidade do certame em face da Administração Pública, direta e indireta, nas hipóteses em que adotado o regime celetista de contratação de pessoas, salvo quando a sentença de mérito tiver sido proferida antes de 6 de junho de 2018, situação em que, até o trânsito em julgado e a sua execução, a competência continuará a ser da Justiça do Trabalho. 
· Danos pós-contratuais:
· COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. DANO PÓS-CONTRATUAL DECORRENTE DA
RELAÇÃO DE EMPREGO. Nos termos do disposto no artigo 114, VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar "as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho". No caso dos autos, o pedido de danos morais decorre de alegada violação do sigilo bancário do reclamante, em virtude da juntada, pelo reclamado, de extratos bancários do obreiro em outra reclamação que ajuizara em face do banco (ora demandado), sem determinação judicial.
· Esta Justiça especializada é competente para processar e julgar as pretensões que versem sobre a responsabilidade pré e pós-contratual da relação de trabalho, nos termos do artigo 114, inciso VI, da Constituição Federal.
· Dano moral em decorrência de acidente de trabalho: 
· Se a ação for ajuizada em face do empregador, a competência será da Justiça do Trabalho.
· Súmula Vinculante 22 do Supremo Tribunal Federal: a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004
· (...) inclusive as propostas pelos sucessores do trabalhador falecido, salvo quando a sentença de mérito for anterior à promulgação da EC nº 45/04, hipótese em que, até o trânsito em julgado e a sua execução, a competência continuará a ser da Justiça Comum. (Tese do tema 242 da Lista de Repercussão Geral do STF)
· Se a ação for ajuizada em face do INSS (lide previdenciária), a competência será da Justiça Comum Estadual.
· CF, Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho
· Nos termos da jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, é competência da Justiça Estadual processar e julgar ação relativa a acidente de trabalho, estando abrangida nesse contexto tanto a lide que tem por objeto a concessão de benefício decorrente de acidente de trabalho como também as relações daí decorrentes (restabelecimento, reajuste, cumulação), uma vez que o art. 109, I, da Constituição Federal não fez nenhuma ressalva a este respeito
· Nas demandas que objetivam a concessão de benefício em decorrência de acidente de trabalho, a competência será determinada com base no pedido e causa de pedir. Precedentes do STJ. 
· No caso dos autos, conforme se extrai da Petição Inicial, o pedido da presente ação é a concessão de benefício previdenciário de aposentadoria, tendo como causa de pedir o acidente de trabalho. Logo, a competência paraprocessar e julgar a presente demanda é da Justiça estadual. ((REsp 1648552/MG)
· Obs.: o julgamento das ações de indenização por danos morais e materiais decorrentes de acidente de trabalho, que envolverem servidor estatutário e o ente público, ainda que federal, a competência será da Justiça estadual.
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
· A execução fiscal e a ação anulatória de multa administrativa serão competência da JT
· Limita-se à discussão acerca das multas administrativas aplicadas pelos órgãos de fiscalização do trabalho, não sendo admissível a imposição de penalidade de ofício pelo órgão julgador (TST, RR - 131-47.2010.5.03.0088)
· Nos casos em que forem averiguadas irregularidades, a Justiça do Trabalho possui competência para determinar a expedição de ofícios a órgãos administrativos de fiscalização, conforme entendimento da SBDI-I.
· Podem ser expedidos ofícios dirigidos a fiscalização do trabalho 
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
· CF, Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
· I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
· a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
· II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;
· Ex: Jobreval nunca recebeu suas horas extras devidas pela Empresa X. Com isso o empregado entra com reclamação trabalhista na Justiça do Trabalho que profere sentença com o valor devido de 20 mil reais que estará submetido as seguintes contribuições
· Contribuição previdenciária – quota parte empregador
· Contribuição previdenciária – quota parte empregado
· Contribuição SAT (Seguro de Acidente de Trabalho)
· Contribuição de terceiros (A JT não é competente para executar essa contribuição)
· Súmula 454 do TST: Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho
· O art. 240 da Constituição Federal ressalva, expressamente, que as parcelas de contribuição social destinadas a terceiros não estão enquadradas na previsão do art. 195 da Constituição Federal, excluindo da competência da Justiça do Trabalho, prevista no inciso VIII do art. 114 da Lei Maior, a execução das contribuições sociais devidas a terceiros. (ex: terceiro setor, sistema s: sesi, senai, senac, sebrae, etc)
· CF, Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.
· A Justiça do Trabalho não possui competência para executar contribuições relativas a salários já pagos durante o vínculo empregatício
· Tese do Tema 36 da Lista de Repercussão Geral do STF: a competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal alcança somente a execução das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir, não abrangida a execução de contribuições previdenciárias atinentes ao vínculo de trabalho reconhecido na decisão, mas sem condenação ou acordo quanto ao pagamento das verbas salariais que lhe possam servir como base de cálculo.
· Súmula 368 do TST, I - a Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.
· A Justiça do Trabalho não tem competência para determinar averbação de tempo de serviço do trabalhador
· A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que a Justiça do Trabalho não detém competência para determinar à Previdência Social a averbação do tempo de serviço e salário de contribuição e de retificação dos dados do empregado. Isso porque, em se tratando de matéria eminentemente previdenciária, a competência é da Justiça Comum Federal ou Estadual, a teor do artigo 109, I e § 3º, da Constituição da República. (TST, RR-205300-41.2002.5.02.0443)
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
· Lei 8.212/91, Art. 43. Nas ações trabalhistas de que resultar o pagamento de direitos sujeitos à incidência de contribuição previdenciária, o juiz, sob pena de responsabilidade, determinará o imediato recolhimento das importâncias devidas à Seguridade Social.
§ 6o Aplica-se o disposto neste artigo aos valores devidos ou pagos nas Comissões de Conciliação Prévia de que trata a Lei no 9.958, de 12 de janeiro de 2000.
· Ex: Bet cobra 10 mil reais da sua empregadora, Empresa X, em Comissão de Conciliação prévia, na qual recebe um título de execução extrajudicial de 7 mil reais. Este título será executado na Justiça do Trabalho junto com as contribuições previdenciárias incidentes sobre os 7 mil reais. 
· Existe expressa autorização constitucional à ampliação da competência da Justiça do Trabalho por meio de norma infraconstitucional, não havendo falar, portanto, em inconstitucionalidade do artigo 43, § 6º, da Lei nº 8.212/91. Nesse contexto, conclui-se que, tendo o termo de conciliação firmado perante a Comissão de Conciliação Prévia natureza de título executivo extrajudicial, e reconhecida, expressamente, na CLT, a competência do Juiz que decidiria o processo de conhecimento referente à matéria de mérito para executá-lo, é inafastável a competência desta Justiça especializada para executar, de ofício, as contribuições previdenciárias incidentes sobre o valor fixado naquele título, na exata forma do artigo 114, inciso IX, da Constituição Federal. (E-RR - 22200-18.2009.5.09.0096)
Competência territorial 
Regra geral 
CLT, Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
· Empregado: tem a faculdade de promover ação trabalhista no foro da contratação ou no foro da prestação de serviço.
· Empregador: só poderá promover ação no local da prestação de serviço.
· Em regra, o reclamante somente poderá ajuizar a reclamação trabalhista no seu domicílio se este coincidir com o local da prestação dos serviços ou da celebração do contrato
· Obs: Lembre-se que a competência territorial é relativa, não podendo ser reconhecida de ofício pelo Magistrado (Súmula nº 33 STJ), razão pela qual a parte interessada deve apresentar alegação de incompetência.
Agente ou viajante comercial 
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
Ou seja: 
· Local da agência ou filial a que o empregado está subordinado. 
· Caso não haja agência ou filial ou o empregado não esteja subordinado àquela, o local competente será o domicílio do empregadoou a localidade mais próxima, à escolha do empregado-reclamante. 
Dissídios ocorridos no estrangeiro
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.
· Ainda não existe convenção internacional dispondo em contrário. 
· Não é necessário que a empresa reclamada possua sede ou filial no Brasil para o ajuizamento da reclamação trabalhista. 
· Pode incluir trabalhador estrangeiro contratado no Brasil. Visto que: 
· CF, Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA TERRITORIAL. TRABALHADOR CONTRATADO NO ESTADO DE SÃO PAULO PARA LABORAR NA REPÚBLICA DO CONGO. INTEPRETAÇÃO DO ART. 651 DA CLT. IMPOSSIBILIDADE DE ELEIÇÃO DO FÔRO. COMPETÊNCIA TERRITORIAL FIRMADA PELO LOCAL DA CONTRATAÇÃO. IMPROCEDENTE. Trata-se de conflito de competência territorial de trabalhador brasileiro, residente em Abreu e Lima (PE), que ajuizou reclamação trabalhista em Belém (PA), vindicando direitos de contrato firmado em São Paulo (SP), para laborar na República do Congo (África). Esta e. Subseção II Especializada em Dissídios Individuais tem entendimento de que prevalecem os critérios objetivos na fixação de competência territorial, nos exatos termos do artigo 651 da CLT. No caso, a República do Congo foi o local onde se deu a prestação de serviços pelo trabalhador brasileiro, contratado em São Paulo, Capital. Não se pode considerar a hipótese de uma contratação prévia em Brasília/DF, apenas pelos trâmites prévios burocráticos e consulares para emissão do passaporte e visto de entrada para trabalhador brasileiro que iria prestar serviços à empresa brasileira em país da África (Lei 7.064/82). Imperativo considerar que o termo aditivo de contrato de trabalho e o próprio trabalhador confirmam que foi contratado em São Paulo com imediata transferência para labor no exterior. Assim, considerando a Lei 7.064/82, que determina a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho ao trabalhador brasileiro contratado para prestar serviços no exterior, em simetria com o §2º do art. 651 da CLT, que determina a aplicação das regras territoriais para os trabalhadores brasileiros que prestam serviços no exterior, haveria a possibilidade da competência se firmar no local da prestação dos serviços caso (e apenas se) houvesse convenção internacional mais favorável (§2º do art. 651 da CLT e art. 3º, II, da lei 7.064/82), o que não existiu. Portanto, a competência necessariamente se firma pelo local da contratação, que é São Paulo, Capital. A única ligação que parece haver com a eleição do foro em Belém do Pará pelo reclamante é o domicílio do seu advogado, o que de forma alguma é contemplado como uma opção pelo disposto no art. 651 da CLT. Já a possibilidade de deslocamento da competência territorial para a jurisdição em que reside o reclamante não é possível, mesmo considerado o princípio do amplo acesso à Justiça, porque essa hipótese seria permitida apenas se o local de residência coincidisse com o da prestação ou da contratação dos serviços, o que não ocorreu. Nesse panorama, à luz do disposto no art. 651, caput e §§ 2º e 3º, da CLT, o foro competente é mesmo São Paulo, Capital, local da contratação do trabalhador para prestação de serviços no exterior. Conflito negativo de competência julgado improcedente. (CC - 2201-86.2013.5.00.0000 , Relator Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, Data de Julgamento: 05/11/2013,Subseção II Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 14/11/2013).
Empregador que promova a realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
· Nessa hipótese, o viajante é o empregador, ou seja, o mesmo contrata o empregado em um local, mas promove a sua atividade em locais diversos, tais como os circos.
· Quando o serviço é prestado em diversas localidades: É facultado ao empregado o ajuizamento da reclamação trabalhista em qualquer um dos foros, não havendo previsão no sentido de que a competência seja definida pelo local em que por último se deu a prestação de serviços. 
· Trata-se de uma regra de competência que visa privilegiar o empregado, parte hipossuficiente da relação processual, a fim de assegurar-lhe maior facilidade na produção da prova, podendo escolher o foro que lhe seja mais cômodo e conveniente. 
· Quando a empresa tem exploração economica em âmbito nacional ou em diversas localidades do país: é autorizado o ajuizamento da reclamação trabalhista no domicílio do autor, visto que não há violação ao direito de ampla defesa do empregador demandado. Além disso, há homenagem ao princípio do acesso à jurisdição, consolidado no inciso XXXV do artigo 5º da Constituição Federal. 
Competência funcional 
· A competência funcional diz respeito à função que exerce cada juiz trabalhista. 
· Definida por lei e atos normativos infralegais (ex: regimento interno)
Vara do trabalho
· Reclamação trabalhista
· Ação de consignação em pagamento 
· Mandado de segurança que impugne registro sindical no Ministério do Trabalho 
TRT
· Mandado de segurança contra ato do juiz do trabalho
· Ação rescisória de sentença trabalhista
· Dissídio coletivo 
· Dissídio coletivo, cujo conflito se limita a jurisdição do TRT
TST
· Mandado de segurança contra ato de ministro 
· Ação rescisória de seus julgados
· Dissídio coletivo, cujo conflito ultrapasse a jurisdição dos TRTs
CF, Art. 96. Compete privativamente:
I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
CLT, Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
a) conciliar e julgar:
I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho;
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice;
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho;
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência;
e) (Suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944)
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho.
Modificação da competência
CPC, Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.
Existem três causas de modificação de competência no Processo do Trabalho: 
a) a ausência de manifestação em relação à incompetência relativa;
Consiste na falta de apresentação da alegação de incompetência territorial, a qual compõe a defesa do réu, que deve ser apresentada na audiência. 
O fato do réu se mostrar inerte na apresentação de tal peça de defesa, à luz do art. 65 do CPC/15, importa na prorrogação da competência, isto é, o juízo que era incompetente passa a ser competência por não se arguir o vício.
CLT, Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação,antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.
Exemplo: João trabalhou em Vitória/ES para determinada empresa, mas ajuizou ação no Rio de Janeiro/RJ, seu novo domicílio, apesar do correto ser o ajuizamento em Vitória/ES, local da prestação dos serviços, conforme art. 651 da CLT. Como a incompetência é territorial, o Juiz nada pode fazer a não ser aguardar eventual defesa da empresa com alegação de incompetência da cidade do Rio de Janeiro/RJ. Ocorre que não foi apresentada, pela empresa, a alegação de incompetência, razão pela qual a Vara do Trabalho do Rio de Janeiro que não era competente para a ação, passou a ser, já que houve a prorrogação da competência. Ninguém mais poderá alegar a incompetência e esse processo tramitará até o seu final no RJ.
Obs1: impossibilidade de reconhecimento de ofício de incompetência relativa
OJ 149 da SDI-II do TST CONFLITO DE COMPETÊNCIA. INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL. HIPÓTESE DO ART. 651, § 3º, DA CLT. IMPOSSIBILIDADE DE DECLARAÇÃO DE OFÍCIO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA. (DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008)
Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local onde a ação foi proposta.
Obs2: cuidado com o art. 795, § 1º, da CLT
CLT, Art. 795, §1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. 
· Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios
· Quando a incompetência for absoluta ou funcional
Obs3: incompetência material, por ser absoluta, deve ser reconhecida de ofício. Nesse ponto, pergunta-se: os atos decisórios proferidos pelo juiz materialmente incompetente seriam nulos?
CPC, Art. 64 (...)
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
b) a conexão;
Dispõe o art. 55 do CPC/15 que duas ou mais ações são conexas quando tiverem a mesma causa de pedir ou o mesmo pedido.
A reunião das ações tem por finalidade evitar o proferimento de sentenças contraditórias.
CPC, Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
§ 2o Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
Súmula 235 do STJ: A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado.
c) a continência
 Segundo o art. 56 do CPC/15, “Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais”.
Os efeitos dependem da ordem de ajuizamento das ações continente (maior) e contida (menor). Vejamos:
· Se a ação continente tiver sido ajuizada antes da contida, a última será extinta. 
· Na hipótese oposta, haverá a reunião das ações.
Exemplo: João sofreu um acidente de trabalho quando trabalhava para a empresa “A” na cidade de Vitória/ES. Ajuizou a ação “1” pedindo danos materiais, tendo sido distribuída para a 2ª Vara do Trabalho de Vitória. Depois, ajuizou a ação “2”, pedindo danos morais pelo mesmo acidente, tendo sido distribuída a ação para a 10ª Vara do Trabalho de Vitória/ES. As duas ações tratam do mesmo acidente de trabalho, mesmo tendo pedidos diferentes. As duas ações são conexas. Assim, deverá ser verificado quem recebeu a primeira ação (no nosso exemplo a 2ª VT de Vitória), determinando-se a remessa da ação “2” que está na 10ª VT para a 2ª VT.
Obs2: a competência define-se pela prevenção
CPC, Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.
CPC, Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
CPC, Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária, a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel. 
Organização da Justiça do Trabalho
Aspectos gerais
CF, Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal; 
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal.
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.
CF, Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:
I - o Tribunal Superior do Trabalho;
II - os Tribunais Regionais do Trabalho;
III - Juízes do Trabalho.
CLT, Art. 645. O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e obrigatório, ninguém dele podendo eximir-se, salvo motivo justificado.
CLT, Art. 646. Os orgãos da Justiça do Trabalho funcionarão perfeitamente coordenados, em regime de mútua colaboração, sob a orientação do presidente do Tribunal Superior do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
· Órgão de cúpula da Justiça do Trabalho, representando o denominado terceiro grau da jurisdição trabalhista, 
· Funções primordiais: a uniformização da jurisprudência trabalhista, decidindo, ainda, em última instância as questões administrativas da Justiça Laboral.
· 30 – 3 = 27 ministros
· Os membros não são denominados de Juízes, e sim, Ministros.
· O cargo de Ministro do TST pode ser ocupado por brasileiro naturalizado.
CF, Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
· Desembargadores federais: 21
· Quinto constitucional: 6
LC 75/93, Art. 26. São atribuições do Procurador-Geral da República, como Chefe do Ministério Público da União:
VI - encaminhar aos respectivos Presidentes as listas sêxtuplas para composição dos Tribunais Regionais Federais, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho;
· PGR manda lista sêxtupla para o TST, que selecionará três dessa lista para encaminhar ao Presidente.
Lei 8.906/94, Art. 54. Compete ao Conselho Federal:
XIII - elaborar as listas constitucionalmente previstas, para o preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários de âmbito nacional ou interestadual, com advogados que estejam em pleno exercício da profissão, vedada a inclusão de nome de membro do próprio Conselho ou deoutro órgão da OAB;
· Conselho Federal elabora lista sêxtupla a ser encaminhada ao TST, que selecionará três dessa lista para enviar ao Presidente, o qual escolherá um da lista tríplice. 
CF, Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
CF, Art. 111-A. (...)
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;
II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.
Obs: competência
CF, Art. 111-A
§ 1º A lei (ordinária) disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.
Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (competência material)
Tribunal Regional do Trabalho
CF, Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.
· Não há sabatina pelo Senado Federal
· O cargo de Juiz do TRT pode ser ocupado por brasileiro naturalizado
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
Lei 8.906/94, Art. 54. Compete ao Conselho Federal:
XIII - elaborar as listas constitucionalmente previstas, para o preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários de âmbito nacional ou interestadual, com advogados que estejam em pleno exercício da profissão, vedada a inclusão de nome de membro do próprio Conselho ou de outro órgão da OAB
· Nos TRTs que abrangerem mais de um Estado (TRT 8, 10, 11, 14) o Conselho Federal que irá elaborar a lista sêxtupla 
Lei 8.906/94, Art. 58. Compete privativamente ao Conselho Seccional:
XIV - eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários, no âmbito de sua competência e na forma do Provimento do Conselho Federal, vedada a inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer órgão da OAB;
· Nos TRTs que abrangerem apenas um Estado o Conselho Seccional que irá elaborar a lista sêxtupla 
Obs: 24 Tribunais Regionais do Trabalho:
TRT da 1ª Região - Rio de Janeiro;
TRT da 2ª Região - São Paulo (com sede em São Paulo capital);
TRT da 3ª Região - Minas Gerais;
TRT da 4ª Região - Rio Grande do Sul;
TRT da 5ª Região - Bahia;
TRT da 6ª Região - Pernambuco;
TRT da 7ª Região - Ceará;
TRT da 8ª Região - Pará e Amapá;
TRT da 9ª Região - Paraná;
TRT da 10ª Região - Distrito Federal e Tocantins;
TRT da 11ª Região - Amazonas e Roraima;
TRT da 12ª Região - Santa Catarina;
TRT da 13ª Região - Paraíba;
TRT da 14ª Região - Rondônia e Acre;
TRT da 15ª Região - São Paulo (com sede em Campinas);
TRT da 16ª Região - Maranhão;
TRT da 17ª Região - Espírito Santo;
TRT da 18ª Região - Goiás;
TRT da 19ª Região - Alagoas;
TRT da 20ª Região - Sergipe;
TRT da 21ª Região - Rio Grande do Norte;
TRT da 22ª Região - Piauí; 
TRT da 23ª Região - Mato Grosso;
TRT da 24ª Região - Mato Grosso do Sul
 
Varas do Trabalho
CF, Art. 112. A lei (ordinária) criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
CLT, Art. 668 - Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Juntas de Conciliação e Julgamento (VT), os Juízos de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.
Lei 6.947/81, Art. 2º - A jurisdição de uma Junta de Conciliação e Julgamento (VT) só poderá ser estendida a Municípios situados em um raio máximo de 100 (cem) quilômetros da sede e desde que existam facilidades de acesso e meios de condução regulares.
§ 1º - Para cobrir área territorial situada entre duas ou mais jurisdições, que não comporte instalações de Junta, poderá o Tribunal Regional do Trabalho propor a inclusão de área em qualquer das jurisdições limítrofes, ainda que fora do raio de 100 (cem) quilômetros, respeitado os requisitos da parte final do caput deste artigo.
CF, Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
Obs: TRT pode alterar a sede e a jurisdição das Varas:
Lei 10770/03, Art. 28. Cabe a cada Tribunal Regional do Trabalho, no âmbito de sua Região, mediante ato próprio, alterar e estabelecer a jurisdição das Varas do Trabalho, bem como transferir-lhes a sede de um Município para outro, de acordo com a necessidade de agilização da prestação jurisdicional trabalhista.
Resolução 296/2021 do CSJT, Art. 26. Cabe a cada Tribunal Regional do Trabalho, no âmbito de sua região, mediante ato próprio, alterar e estabelecer a jurisdição das Varas do Trabalho, bem como transferir-lhes a sede de um município para outro, de acordo com a necessidade de agilizar a prestação jurisdicional trabalhista.
Obs2: tramitação preferencial nas Varas
CLT, Art. 652 (...)
Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos.
CLT, Art. 768 - Terá preferência em todas as fases processuais o dissídio cuja decisão tiver de ser executada perante o Juízo da falência.
Lei 12.016/09, Art. 20. Os processos de mandado de segurança e os respectivos recursos terão prioridade sobre todos os atos judiciais, salvo habeas corpus.
Recomendação Conjunta nº 1/GP.CGJT, de 3 de maio de 2011. Recomendar aos Desembargadores dos Tribunais Regionais do Trabalho e aos Juízes do Trabalho que confiram prioridade à tramitação e ao julgamento das ações coletivas e das reclamações trabalhistas que envolvam acidentes de trabalho.
Obs3: Juiz
CF, Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo,três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
CF, Art. 93. (...)
VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal;
CLT, Art. 658 - São deveres precípuos dos Presidentes das Juntas (VT), além dos que decorram do exercício de sua função:
a) manter perfeita conduta pública e privada;
b) abster-se de atender a solicitações ou recomendações relativamente aos feitos que hajam sido ou tenham de ser submetidos à sua apreciação;
c) residir dentro dos limites de sua jurisdição, não podendo ausentar-se sem licença do Presidente do Tribunal Regional;
d) despachar e praticar todos os atos decorrentes de suas funções, dentro dos prazos estabelecidos, sujeitando-se ao desconto correspondente a 1 (um) dia de vencimento para cada dia de retardamento.
Oficial de Justiça 
CLT, Art. 721 - Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da Justiça do Trabalho a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados das Juntas de Conciliação e Julgamento e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes forem cometidos pelos respectivos Presidentes.
§ 1º Para efeito de distribuição dos referidos atos, cada Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador funcionará perante uma Junta de Conciliação e Julgamento, salvo quando da existência, nos Tribunais Regionais do Trabalho, de órgão específico (central de mandados), destinado à distribuição de mandados judiciais.
§ 4º É facultado aos Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho cometer a qualquer Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de execução das decisões desses Tribunais.
CPC, Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça:
I - fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências próprias do seu ofício, sempre que possível na presença de 2 (duas) testemunhas, certificando no mandado o ocorrido, com menção ao lugar, ao dia e à hora;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III - entregar o mandado em cartório após seu cumprimento;
IV - auxiliar o juiz na manutenção da ordem;
V - efetuar avaliações, quando for o caso;
VI - certificar, em mandado, proposta de autocomposição apresentada por qualquer das partes, na ocasião de realização de ato de comunicação que lhe couber.
Obs: e se não houver oficial de justiça?
CLT, Art. 721 (...)
§5º Na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador, o Presidente da Junta poderá atribuir a realização do ato a qualquer serventuário.
Prazo para cumprimento
· Regra: 9 dias
· Avaliação: 10 dias
CLT, Art. 721 (...)
§ 2º Nas localidades onde houver mais de uma Junta, respeitado o disposto no parágrafo anterior, a atribuição para o cumprimento do ato deprecado ao Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador será transferida a outro Oficial, sempre que, após o decurso de 9 (nove) dias, sem razões que o justifiquem, não tiver sido cumprido o ato, sujeitando-se o serventuário às penalidades da lei.
§ 3º No caso de avaliação, terá o Oficial de Justiça Avaliador, para cumprimento da ato, o prazo previsto no art. 888.
CLT, Art. 888 - Concluída a avaliação, dentro de dez dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação, que será anunciada por edital afixado na sede do juízo ou tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de vinte (20) dias.
Secretarias
CLT, Art. 710 - Cada Junta terá 1 (uma) secretaria, sob a direção de funcionário que o Presidente designar, para exercer a função de secretário, e que receberá, além dos vencimentos correspondentes ao seu padrão, a gratificação de função fixada em lei.
CLT, Art. 711 - Compete à secretaria das Juntas:
a) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e outros papéis que lhe forem encaminhados;
b) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis;
c) o registro das decisões;
d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará;
e) a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria;
f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos;
g) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento da secretaria;
h) a realização das penhoras e demais diligências processuais;
i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente da Junta, para melhor execução dos serviços que lhe estão afetos.
CLT, Art. 712 - Compete especialmente aos secretários das Juntas de Conciliação e Julgamento:
a) superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do serviço;
b) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do Presidente e das autoridades superiores;
c) submeter a despacho e assinatura do Presidente o expediente e os papéis que devam ser por ele despachados e assinados;
d) abrir a correspondência oficial dirigida à Junta e ao seu Presidente, a cuja deliberação será submetida;
e) tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios individuais;
f) promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de execução, e a pronta realização dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades superiores;
g) secretariar as audiências da Junta, lavrando as respectivas atas;
h) subscrever as certidões e os termos processuais;
i) dar aos litigantes ciência das reclamações e demais atos processuais de que devam ter conhecimento, assinando as respectivas notificações;
j) executar os demais trabalhos que lhe forem atribuídos pelo Presidente da Junta.
Parágrafo único - Os serventuários que, sem motivo justificado, não realizarem os atos, dentro dos prazos fixados, serão descontados em seus vencimentos, em tantos dias quantos os do excesso.
CLT, Art. 659 - Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das que lhes forem conferidas neste Título e das decorrentes de seu cargo, as seguintes atribuições:
III - dar posse aos vogais nomeados para a Junta, ao Secretário e aos demais funcionários da Secretaria;
Obs: Secretarias no TRT
CLT, Art. 718 - Cada Tribunal Regional tem 1 (uma) secretaria, sob a direção do funcionário designado para exercer a função de secretário, com a gratificação de função fixada em lei.
CLT, Art. 719 - Competem à Secretaria dos Conselhos, além das atribuições estabelecidas no art. 711, para a secretaria das Juntas, mais as seguintes:
a) a conclusão dos processos ao Presidente e sua remessa, depois de despachados, aos respectivos relatores;
b) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência do Conselho, para consulta dos interessados.
Parágrafo único - No regimento interno dos Tribunais Regionais serão estabelecidas as demais atribuições, o funcionamento e a ordem dos trabalhos de suas secretarias.
CLT, Art. 720 - Competem aos secretários dos Tribunais Regionais as mesmas atribuições conferidas no art. 712 aos secretários das Juntas, além das que lhes forem fixadas no regimento interno dos Conselhos
Distribuidor
CLT, Art. 713 - Nas localidades em que existir mais de uma Junta de Conciliação e Julgamento haverá um distribuidor.
CLT, Art. 714 - Compete ao distribuidor:
a) a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Junta, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados;
b) o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito distribuído;
c) a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos, sendo um organizado pelos nomes dos reclamantes e o outro dos reclamados, ambos por ordem alfabética;
d) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por certidão, de informações sobre os feitos distribuídos;
e) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos Presidentes das Juntas, formando, com as fichas correspondentes, fichários à parte, cujos dados poderão ser consultados pelos interessados, mas não serão mencionados em certidões.
CLT, Art. 715 - Os distribuidores sãodesignados pelo Presidente do Tribunal Regional dentre os funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente subordinados.
CLT, Art. 783 - A distribuição das reclamações será feita entre as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou os Juízes de Direito do Cível, nos casos previstos no art. 669, § 1º, pela ordem rigorosa de sua apresentação ao distribuidor, quando o houver.
CLT, Art. 784 - As reclamações serão registradas em livro próprio, rubricado em todas as folhas pela autoridade a que estiver subordinado o distribuidor.
CLT, Art. 785 - O distribuidor fornecerá ao interessado um recibo do qual constarão, essencialmente, o nome do reclamante e do reclamado, a data da distribuição, o objeto da reclamação e a Junta ou o Juízo a que coube a distribuição.
CLT, Art. 787 - A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar.
CLT, Art. 788 - Feita a distribuição, a reclamação será remetida pelo distribuidor à Junta ou Juízo competente, acompanhada do bilhete de distribuição
CLT, Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 2o Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.
CLT, Art. 786 - A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo.
Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no art. 731.
CLT, Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.
Custas e emolumentos
Custas no processo de conhecimento
CLT, Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
Ou seja:
· 2% da base 
· Mínimo: R$ 10,64
· Máximo: 4x o teto do RGPS
I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor;
II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa;
III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa;
IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar.
§ 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das custas processuais.
§ 3o Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes.
Obs: sucumbência recíproca nas custas nas causas relacionadas diretamente à relação de emprego
Sucumbência: quando cada litigante for, em parte, vencedor e vencido. 
Em se tratando de relação de emprego em que houve sucumbência recíproca, o pagamento das custas fica por conta da Empresa Reclamada que foi vencida em parte. Esse entendimento é fixado por força de decisão do TST que fez interpretação conforme o artigo 789,§1º da CLT em dissonância com o artigo 86 do CPC.
CLT, ,Art. 789 (...)
§ 1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal.
(...) SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. CUSTAS. (...)2. Conforme artigo 769, da Consolidação das Leis do Trabalho, para incidência supletiva, no Processo do Trabalho, das regras que regem o Processo Civil comum, dois requisitos são essenciais, quais sejam: a inexistência de norma regulando a questão (lacuna) e a plena compatibilidade com as normas e princípios do Processo do Trabalho. 3. No caso, a Consolidação das Leis do Trabalho contempla todas as regras inerentes as custas processuais nos artigos 789 e seguintes, as quais não incluem o caso de sucumbência recíproca a que alude o artigo 21 do Código de Processo Civil que, no caso, não se aplica do Processo do Trabalho, como pretende a recorrente. Desse modo, as custas, na seara do processo laboral, são suportadas pela parte vencida, ainda que sua sucumbência seja parcial. Inteligência do artigo 789, §1º, da Consolidação das Leis do Trabalho. 4. Correta, assim, a interpretação dada pelo Regional. Imaculados os dispositivos apontados com violados. Não incidência do artigo 896, "c", da Consolidação das Leis do Trabalho. Agravo de Instrumento nãoprovido. (AIRR - 256-66.2013.5.12.0053 , Relatora Desembargadora Convocada: Luíza Lomba, Data de Julgamento: 16/12/2015, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 18/12/2015)
Obs2: sucumbência recíproca nas custas nas causas não relacionadas à relação de emprego
CLT, Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.
Instrução Normativa 27/05
Art. 3º Aplicam-se quanto às custas as disposições da Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 1º As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão.
(...)
§ 3º Salvo nas lides decorrentes da relação de emprego, é aplicável o princípio da sucumbência recíproca, relativamente às custas.
Ou seja, por não derivar de relação de emprego, as duas partes devem pagar as custas.
Por meio da da ADIn 5766 restaram declarados inconstitucionais:
Art. 790-B.  A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.
§ 4o  Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo. 
Art. 791-A.  Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.    
§ 4o  Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.     
Obs3: responsabilidade solidária do sindicato nas custas do dissídio coletivo CLT
Art. 789 (...)
§ 4o Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal.  
As partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, não sendo permitido o rateio, devendo o pagamento ser feito no valor integral das custas.
Tratando-se de obrigação solidária, o recolhimento do valor integral das custas por uma das partes aproveita aos demais.
Obs4: responsabilidade solidária do sindicato assistente se empregado não obtém a gratuidade judicial
CLT, Art. 790 (...)
§ 1o Tratando-se de empregadoque não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas.
Obs5: ações plúrimas
Súmula 36 do TST
CUSTAS - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.
Nas ações plúrimas, as custas incidem sobre o respectivo valor global.
Ex: quando três empregados impetrarem reclamação trabalhista contra a Facep exigindo horas extras.
O autor A pediu R$ 7.000,00
O autora B pediu R$ 3.000,00
O autora B pediu R$ 10.000,00
No entanto, o pedido foi julgado improcedente. Logo, as custas não serão calculadas individualmente, mas sim sobre o valor total = R$ 20.000,00. 
2% de R$ 20.000,00 = 400,00
Custas na execução
CLT. Art. 789-A. No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e pagas ao final, de conformidade com a seguinte tabela:
I – autos de arrematação, de adjudicação e de remição: 5% (cinco por cento) sobre o respectivo valor, até o máximo de R$ 1.915,38 (um mil, novecentos e quinze reais e trinta e oito centavos);
II – atos dos oficiais de justiça, por diligência certificada:
a. em zona urbana: R$ 11,06 (onze reais e seis centavos);
b. em zona rural: R$ 22,13 (vinte e dois reais e treze centavos);
III – agravo de instrumento: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos);
IV – agravo de petição: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos);
V – embargos à execução, embargos de terceiro e embargos à arrematação: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos);
VI – recurso de revista: R$ 55,35 (cinquenta e cinco reais e trinta e cinco centavos);
VII – impugnação à sentença de liquidação: R$ 55,35 (cinquenta e cinco reais e trinta e cinco centavos);
VIII – despesa de armazenagem em depósito judicial – por dia: 0,1% (um décimo por cento) do valor da avaliação;
IX – cálculos de liquidação realizados pelo contador do juízo – sobre o valor liquidado: 0,5% (cinco décimos por cento) até o limite de R$ 638,46 (seiscentos e trinta e oito reais e quarenta e seis centavos).
Custas na ação civil pública
Lei 7.347/85, Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais.
Isenção de custas
CLT, Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita:
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica;
II – o Ministério Público do Trabalho.
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora.
Obs: Correios
DL 509/69, Art. 12 - A ECT gozará de isenção de direitos de importação de materiais e equipamentos destinados aos seus serviços, dos privilégios concedidos à Fazenda Pública, quer em relação a imunidade tributária, direta ou indireta, impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços, quer no concernente a foro, prazos e custas processuais.
(...) ECT. CUSTAS PROCESSUAIS. ISENÇÃO. A jurisprudência desta Corte Superior está pacificada no sentido de que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT goza dos privilégios dispensados à Fazenda Pública, nos termos do artigo 12 do Decreto-Lei nº 509/1969. (...)" (ARR-346-33.2017.5.08.0122, 3ª Turma, Relator Ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte, DEJT 11/10/2019).
Emolumentos
CLT, Art. 789-B. Os emolumentos serão suportados pelo Requerente, nos valores fixados na seguinte tabela:
I – autenticação de traslado de peças mediante cópia reprográfica apresentada pelas partes –por folha: R$ 0,55 (cinqüenta e cinco centavos de real);
II – fotocópia de peças – por folha: R$ 0,28 (vinte e oito centavos de real);
III – autenticação de peças – por folha: R$ 0,55 (cinqüenta e cinco centavos de real);
IV – cartas de sentença, de adjudicação, de remição e de arrematação – por folha: R$ 0,55 (cinqüenta e cinco centavos de real);
V – certidões – por folha: R$ 5,53 (cinco reais e cinqüenta e três centavos).
Justiça gratuita
Regra
CLT, Art. 790 (...)
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
· Comprovação da condição de miserabilidade: declaração de miserabilidade judiciária;
· Mesmo que tenha bom salário o dever de pagar as custas do processo podem interferir no sustento. 
CPC, Art. 99 (...)
§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
CPC, Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.
Súmula 463 do TST
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015);
Obs: gratuidade judicial para pessoa jurídica
Súmula 463 do TST
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017
II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo.
Momento do requerimento
CPC, Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 1o Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.
§ 7o Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do recolhimento.
OJ 269 da SDI-I
JUSTIÇA GRATUITA. REQUERIMENTO DE ISENÇÃO DE DESPESAS PROCESSUAIS. MOMENTO OPORTUNO (inserido item II em decorrência do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017
I - O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo alusivo ao recurso;
II - Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, § 7º, do CPC de 2015)
Obs: necessidade de adaptação da regra do art. 101
CPC, Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a queacolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento (recurso ordinário), exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.
§ 1o O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas até decisão do relator sobre a questão, preliminarmente ao julgamento do recurso.
§ 2o Confirmada a denegação ou a revogação da gratuidade, o relator ou o órgão colegiado determinará ao recorrente o recolhimento das custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso.
Efeitos da concessão da justiça gratuita
CPC, Art. 98 (...)
§ 1o A gratuidade da justiça compreende:
I - as taxas ou as custas judiciais;
II - os selos postais;
III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios;
IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse;
V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais;
VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira
VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução;
VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório;
IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.
Regras especiais
a) A assistência por advogado não afeta a concessão de gratuidade judicial
CPC, Art. 99 (...)
§ 4o A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.
b) benefício é pessoal
CPC, Art. 99 (...)
§ 6o O direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se estendendo a litisconsorte ou a sucessor do beneficiário, salvo requerimento e deferimento expressos.
c) A concessão de gratuidade judicial não afasta o dever de pagar multas
CPC, Art. 98 (...)
§ 4o A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas.
Sindicato
Lei 5584/70, Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador.
§ 1º A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.
§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição onde resida o empregado.
Lei 7.115/83, Art. 1º - A declaração destinada a fazer prova de vida, residência, pobreza, dependência econômica, homonímia ou bons antecedentes, quando firmada pelo próprio interesse ou por procurador bastante, e sob as penas da Lei, presume-se verdadeira.
Parágrafo único - O dispositivo neste artigo não se aplica para fins de prova em processo penal.
Art. 2º - Se comprovadamente falsa a declaração, sujeitar-se-á o declarante às sanções civis, administrativas e criminais previstas na legislação aplicável.
Art. 3º - A declaração mencionará expressamente a responsabilidade do declarante.
Obs: e o integrante da categoria sindicalizado?
CLT, Art. 514. São deveres dos sindicatos :
b) manter serviços de assistência judiciária para os associados; 
Defensoria Pública da União
LC 80/94, Art. 1º A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, assim considerados na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal.
Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras:
I – prestar orientação jurídica e exercer a defesa dos necessitados, em todos os graus;
LC 80/94, Art. 14. A Defensoria Pública da União atuará nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, junto às Justiças Federal, do Trabalho, Eleitoral, Militar, Tribunais Superiores e instâncias administrativas da União.
§ 1º A Defensoria Pública da União deverá firmar convênios com as Defensorias Públicas dos Estados e do Distrito Federal, para que estas, em seu nome, atuem junto aos órgãos de primeiro e segundo graus de jurisdição referidos no caput, no desempenho das funções que lhe são cometidas por esta Lei Complementar.
§ 2º Não havendo na unidade federada Defensoria Pública constituída nos moldes desta Lei Complementar, é autorizado o convênio com a entidade pública que desempenhar essa função, até que seja criado o órgão próprio.
§ 3º A prestação de assistência judiciária pelos órgãos próprios da Defensoria Pública da União dar-se-á, preferencialmente, perante o Supremo Tribunal Federal e os Tribunais superiores. 
Partes e procuradores 
Capacidades
Capacidade para ser parte
É a aptidão para ser parte, ou seja, para adquirir direitos e deveres na órbita civil. 
A aptidão para ocupar um dos polos da demanda. 
Segundo dispõe o art. 2º do Código Civil, a pessoa natural começa com o nascimento com vida. Assim, uma criança detém capacidade para ser parte logo após o nascimento. 
Em relação às pessoas jurídicas, segundo o art. 45 do Código Civil, a capacidade para ser parte tem início com a inscrição dos atos constitutivos no registro competente. Alguns entes despersonalizados, como a massa falida e o espólio, também detém a capacidade em estudo. 
Portanto, têm capacidade de ser parte:
· Pessoas físicas: empregado, empregador, trabalhador autônomo, eventual, avulso. 
· Pessoas jurídicas: empresa, grupo de empresas.
· Entes despersonalizados: massa falida, espólio, condomínio.
· Órgãos despersonalizados: Defensoria Pública da União e Ministério Público do Trabalho. 
Capacidade processual
É a aptidão de praticar atos no processo ou capacidade de estar em juízo. 
Está relacionada à capacidade civil. Se a parte possui capacidade civil, também possui capacidade processual, nos termos do art. 70 do CPC/15.
CPC, Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.
CPC, Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.
Nos moldes do art. 402 da CLT, capaz para fins trabalhistas é o maior de 18 (dezoito) anos
CLT, Art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de quatorze até dezoito anos.
Ao maior de 14 (quatorze) e menor de 18 (dezoito), será aplicado o art. 793 da CLT: 
CLT, Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo
· MPT pode ser representante processual, mas não impede sua atuação posterior como fiscal da lei
No tocante às pessoas jurídicas, estas devem ser representadas por alguém, que se for um preposto, segundo dispõe a Súmula nº 377 do TST, deve ser empregado, salvo se o empregador for doméstico ou micro e pequena empresas.
Capacidade postulatória
É a necessidade de estar representado por

Continue navegando