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Análise Crítica entre Períodos MODERNO & CONTEMPORÂNEO 1 Teoria e Crítica da Arquitetura Introdução O presente trabalho tem como objetivo fazer análise de duas obras icônicas da arquitetura em diferentes períodos, moderno e contemporâneo. A primeira parte do trabalho é dedicada ao Palácio Gustavo Capanema e a segunda ao Parque Aquático de Londres. A conclusão é destinada à análise crítica e diferença entre períodos. professora: Giselle Carvalho Leal aluno: João Schmitt Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI 01/2022 Palácio Gustavo Capanema Centro, Rio de Janeiro, RJ - Brasil (1936 -1945) Arquitetos Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Ernani Vas- concelos e Jorge Machado. Arquiteto consultor: Le Corbusier Paisagismo Burle Marx Murais Cândido Portinari Esculturas Celso Antônio, Bruno Giorgi e Jacques Lip- chitz Materialidade Concreto e vidro. Tipo de projeto Ministério da Educação e Saúde Pública Centro Aquático de Londres Stratfor, Londres - Inglaterra (2011) Arquitetos Zaha Hadid Alex Bilton, Alex Marcoulides, Barbara Bochnak, Carlos Garijo, Clay Shorthall, Ertu Erbay, George King, Giorgia Cannici, Hannes Schafelner, Hee Seung Lee, Ka- sia Townend, Nannette Jackowski, Nicolas Gdalewitch, Seth Handley, Thomas Soo, Tom Locke, Torsten Broeder, Tristan Job, Yamac Korfali, Yeena Yoon. Materialidade Concreto, vidro e aço. Tipo de projeto Esportivo, solicitado pelo Comitê dos Jogos Olímpicos para as Olimpíadas de Londres 2012. 2 3 Índice Palácio Gustavo Capanema Centro Aquático de Londres Conclusão 06 12 18 4 5 Palácio Gustavo Capanema Elaborado no decorrer do ano de 1936 pelos arquitetos Oscar Niemeyer, Afonso Reidy, Jor- ge Moreira, Carlos Leão e Ernani Vasconcelos, sob coordenação de Lúcio Costa. A pedido do então Ministro Gustavo Capanema e orienta- ção de Le Corbusier, a equipe ficou incumbi- da de dar identidade nacional ao edifício que viria a se tornar um dos maiores ícones de nossa arquitetura. Mais que um edifício público de funções ad- ministrativas o prédio é um verdadeiro acervo da nossa cultura artística no início do século XX. Esculturas de artistas como Lipchitz, Gior- gi, Menezes e Adriana Janacopulos, pinturas, afrescos e painéis de azulejos de Portinari e paisagismo de Roberto Burle Marx. O tumultuado contexto político das décadas de 20 e 30, a ideia da construção do edifício se deu no movimento cultural da Semana de 22, quando os debates sobre a imagem e identidade nacionais ganharam a contribui- ção dos artistas modernistas em diferentes campos de atuação. Tombado em 1948 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Além do edifício, todo o partido de implanta- ção da quadra, as áreas livres e a quadra fron- teira ao Palácio, considerando a necessária preservação de sua perspectiva monumental. O projeto enfatiza o papel do edifício na transformação da cidade do Rio de Janeiro. Situado em uma nova área de expansão do Informações 6 7 centro, o projeto discute as disposições do plano urbanístico concebido pelo francês Donat Alfred Agache para o Rio de Janeiro em 1927, rompendo com a proposta clássica de ocupação compacta dos quarteirões ao liberar uma importante área do terreno para jardins e para circulação de pedestres sob seu pilotis. 1 - Implantação 2 - Localização 3 - Janela em Fita 4 - Volumes do pilotis, aprumados entre si 5 - Malha de pilares 1 2 3 4 5 As fachadas laterias da lâmina vertical são ce- gas. As fachadas norte e sul inteiras de vidro. A fachada norte diferencia-se da fachada sul pela incorporação de brise-soleil. Os brises- -soleil são de fibrocimento pintados de azul. Eles têm 50 cm da fachada de vidro do edifí- cio. Na cobertura da lâmina vertical, alguns volu- mes recuados abrigam os salões de refeições, a cozinha e a administração, rodeados por terraços jardins. A edificação é definida por dois volumes so- bre pilotis, aprumados entre si. Uma barra horizontal de 105 m de compri- mento, por 26 m de largura e 12 m de altura, intercepta uma lâmina vertical de 78 m de altura, 73,5 m de comprimento e 21 m de lar- gura. Em ambos os edifícios os pavimentos térre- os são abertos em pilotis que os separam das áreas fechadas. Os pilotis da lâmina vertical medem 10 m de altura e 1 m de diâmetro e estão dispostos em três eixos longitudinais distantes 9 m en- tre eles, e em eixos transversais distanciados a 6,40 m. O pilotis da barra horizontal mede 5 m de altura e 70 cm de diâmetro. 8 9 1 - Corte segundo pavimento 2 - Terraço Jardim 3 - Pilotis - planta livre 4 - Time line da esquerda para direita de 1937 até 1945, destacando as principais mo- dificações durante a construção 1 2 43 O projeto leva como características de uma obra modernista - linhas retas, funcionalida- de, utilização de aço, vidro e concreto, janelas em fita, estruturas como elementos arquite- tônicos (pilares do pilotis), concreto aparen- te, terraço jardim e planta livre (pavimento pilotis). O Palácio Gustavo Capanema foi também o primeiro a receber cortina de vidro no mun- do (janela em fita). 10 11 Centro Aquático de Londres O Centro Aquático de Londres foi um projeto solicitado pelo Comitê Olímpico das Olimpía- das de Londres em 2008 à arquiteta Zaha Ha- did, para sediar os jogos olímpicos de 2012 e para ser utilizado em demais eventos após o encerramento do evento. Localizado no bairro de Stratford o projeto inicial contava com duas alas externas de apoio, para comportar até 17,500 pessoas. Após os jogos as alas foram retiradas e a ca- pacidade diminuiu para 2,000 pessoas. Inspirado no movimento das ondas da água, a cobertura do centro aquático lembra uma onde gigante. O interior é composto por três piscinas, duas de 50 metros e uma de 25 metros de compri- mento, sendo todas com 3 metros de profun- didade. A empresa Balfour Beatty (https://www. balfourbeatty.com/) ficou encarregada de executar a obra em 2008 terminando sua construção em 2011. O material utilizado foi: concreto, aço e vidro, sendo os dois primeiros componentes da estrutura primária. A obra tem 45 metros de altura, 106 metros de comprimento e 80 metros de largura. O te- lhado em forma de onda tem 1040.5141 m². A área total do projeto é de 21.897 m², sendo 15.950 m² de legado após os jogos. A obra custou um total de 334 milhões de euros. A iluminação natural é feita através das duas pontas do edifício e a artificial com luminá- Informações 12 13 A foto 1 mostra o parque aquático sem as alas externas de apoio, montada exclusivamen- te para os jogos olímpicos. Logo na figura 3 podemos observar a obra com essas alas de apoio comportando um público muito maior de pessoas (17,500). 1 2 3 1 - Perspectiva da fachada sem as alas de apoio 2 - Implantação sem as alas de apoio 3 - Perspectiva sem as alas de apoio 4 - Planta baixa do pavimento térreo (com alas de apoio) 5 - Planta baixa pavimento térreo 4 6 5 rias que lembram gotas d’água. Foram feitas plantas, corte e fachadas do ter- reno na qual a obra foi inserida. Todas com e sem as alas de apoio para que se tivesse uma boa compreensão sobre o espaço para os jo- gos e após o evento. 14 15 1 2 1 - Corte longitudinal 2 - Corte transversal 3 - Perspectiva 4 - Perspectiva fachada norte 5 - Estudo da cobertura 3 4 5 16 17 Conclusão Visto o contexto histórico e objetivo de cada obra pode se destacar algumas diferenças entre elas. Enquanto na arquitetura moderna as linhas são mais rígidas e retas a arquitetu- ra contemporânea os traços são mais fluídos e orgânicos, utilizando-se de novas tecnolo- gias para explorar as formas. A arquitetura contemporânea considera as mudanças constantes para que as obras se adaptem a todos os tipos de necessidade. En- quanto a moderna se preocupa apenas com a funcionalidade. 18
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