Buscar

Tutoria - respiração, pleura, espirometria e musculatura envolvida

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Processamento SP8 
Objetivo 1: descrever os ossos e músculos envolvidos no processo de inspiração e expiração. 
Ossos 
Caixa torácica: A caixa torácica é um componente importante da parede 
torácica e protege a maioria das estruturas do sistema respiratório. Ela forma a 
estrutura óssea da respiração. A parede torácica em forma de cúpula fornece 
a rigidez necessária para a proteção dos órgãos, suporte para o peso dos 
membros superiores e ancoragem para os músculos. Apesar da sua 
resistência, a caixa torácica é dinâmica, permitindo a ventilação pulmonar. O 
potencial de movimento é relacionado com a flexibilidade fornecida pelas 
costelas e suas articulações. 
A caixa torácica é composta pelo esqueleto torácico, que inclui o esterno, 12 
pares de costelas e 12 vértebras torácicas, associadas com as cartilagens costais e os discos 
intervertebrais, respectivamente. 
Costelas: são leves e resilientes, podendo ser de três tipos: verdadeiras, falsas e flutuantes. Elas 
formam a maior parte da caixa torácica, estendendo-se da parede torácica posterior em direção à 
anterior. Elas são ligadas através de suas extremidades anteriores pelas cartilagens costais, estando 
cada uma diretamente ligada ao esterno, ou à margem costal. Poucas costelas, as chamadas costelas 
flutuantes, não têm ligações anteriores. As flexíveis cartilagens costais fornecem à parede torácica a 
elasticidade necessária. 
Esterno: forma a parte mediana da caixa torácica e consiste em três partes: o manúbrio, o corpo e o 
processo xifóide. Em suas bordas laterais, o esterno possui faces articulares, onde as cartilagens 
costais se ligam. 
Vértebras torácicas: numeradas T1 a T12, fazem parte da caixa torácica posterior. Elas contêm 
fóveas costais bilaterais em seus corpos vertebrais, onde as cabeças das costelas se ligam. As 
cabeças das costelas também se ligam parcialmente aos discos intervertebrais. Com exceção das 
últimas duas ou três vértebras, elas também possuem fóveas costais nos processos transversos para 
as articulações com os tubérculos das costelas. 
 
Músculos 
Músculos torácicos: Os músculos mais importantes em aumentar a caixa torácica são os músculos 
intercostais. Estes músculos fazem parte do grupo de músculos 
intercostais localizados nos espaços intercostais, entre as costelas. 
Os intercostais externos formam a camada mais superficial desse 
grupo, enquanto as outras duas camadas mais profundas são dos 
intercostais internos e dos intercostais íntimos. Eles são 11 pares de 
intercostais externos, que se estendem entre os tubérculos das 
costelas e as articulações costocondrais. Assumem direção ínfero-anterior entre as bordas das duas 
costelas adjacentes. 
 
Os músculos intercostais internos são também importantes em alterar a 
dimensão ântero-posterior da cavidade torácica. Também consistindo de 11 
pares, estes músculos se localizam ao longo dos corpos das costelas e 
cartilagens costais entre o esterno e o ângulo das costelas. Eles se ligam 
entre o sulco costal e a borda superior de duas costelas diferentes dentro dos 
espaços intercostais. 
 
Músculos do pescoço 
Os intercostais externos e internos não trabalham individualmente durante a respiração. Eles são 
assistidos pelo esternocleidomastoideo e músculos escalenos do pescoço. 
Os dois músculos esternocleidomastoideos se originam no processo mastóide 
do osso temporal e da linha nucal superior do osso occipital. Ao se ligarem ao 
manúbrio do esterno, através das suas cabeças esternais, e à clavícula, 
através das suas cabeças claviculares, estes músculos podem elevar os 
ossos e subsequentemente elevar as costelas anteriores. Sendo assim, eles 
são usados como músculos acessórios na ventilação pulmonar. 
 
Os músculos escalenos também desempenham um papel na inspiração. Eles 
consistem no escaleno anterior, escaleno médio e escaleno posterior. Todos 
os três estão envolvidos na respiração. O músculo escaleno anterior se 
estende dos tubérculos anteriores dos processos transversos das vértebras 
C3 e C6 até a primeira costela, contribuindo para a sua elevação. O escaleno 
médio vem dos processos transversos do axis e dos processos transversos 
de C3 a C7 até a primeira costela, também a elevando. O escaleno médio é o 
músculo mais significativo deste grupo para a respiração. O escaleno 
posterior passa dos tubérculos posteriores dos processos transversos de C4-
6 à segunda costela. Sendo assim, ele ajuda na elevação da segunda 
costela. 
Músculos da cintura escapular 
O músculo desta região que é importante para a respiração é o serrátil 
anterior. Ele se sobrepõe à parte lateral do tórax e forma a parede lateral da 
axila. Origina-se do primeiro ao oitavo pares de costelas e se insere na borda 
medial da escápula. Por fixar a escápula em sua posição, esse músculo tem 
um importante papel no trabalho respiratório quando agarramos a um suporte 
ou ficamos na chamada posição tripé. 
 
Músculos abdominais 
Especificamente, os retos abdominais puxam as costelas para baixo durante 
a expiração ativa. Seus pontos de origem são a sínfise púbica e crista púbica 
e eles se ligam ao processo xifóide e às quinta a sétima cartilagens costais. 
O par de músculos é separado pela linha alba. 
 
 
 
 
O diafragma é outra estrutura crucial para tornar a respiração possível. 
Enquanto todos os outros músculos alteram principalmente o diâmetro 
ântero-posterior da cavidade torácica, o diafragma aumenta e reduz a 
cavidade ao movimentar-se para cima e para baixo. Essa ação também 
expande e contrai os pulmões. O diafragma tem formato de cúpula e 
separa as cavidades abdominal e torácica. Durante a respiração, ele é o 
principal músculo da inspiração. Origina-se de sua periferia fixa e 
circular, que se estende ao redor da margem inferior da caixa torácica e 
da vértebra lombar superior. Sendo assim, apenas sua parte central é 
capaz de se movimentar durante a respiração. O diafragma consiste de 
uma cúpula direita e uma esquerda que se elevam até o nível do quarto 
espaço intercostal. 
 
 
 
 
 
 
Objetivo 6: conhecer as funções da pleura no processo respiratório correlacionando com o 
caso do Sr. Adílio. 
É uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmão. A camada externa é 
aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma, e é denominada Pleura Parietal (reflete-se na 
região do hilo pulmonar para formar a pleura visceral). A camada interna, Pleura Visceral, reveste os 
próprios pulmões (adere-se intimamente à superfície do pulmão e penetra nas fissuras entre os 
lobos). 
Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém 
pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre 
as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração. 
 
 
 
A pleura serve para manter os pulmões “armados” na ventilação, ou seja, abertos para as trocas 
gasosas. Isso porque o líquido pleural, juntamente com uma pressão negativa da cavidade pleural, 
mantém as pleuras parietal e visceral estabilizadas e aderentes, evitando um colapso pulmonar. 
 
Além disso, é graças à presença do líquido pleural que os pulmões conseguem deslizar suavemente 
sobre a caixa torácica durante os movimentos da ventilação, prevenindo atritos que poderiam 
ocasionar inflamações e outras lesões pulmonares. 
 
Pneumotórax: é a substituição do líquido pleural por ar. Isso pode ocorrer quando uma pessoa sofre 
perfuração no pulmão, por exemplo, seja em um acidente, em uma fratura de costela, após uma 
facada ou mesmo após uma perfuração por projétil de arma de fogo. A perfuração leva à perda do 
líquido, ao descolamento das pleuras parietal e visceral e à entrada de ar na cavidade, aumentando a 
pressão sobre os pulmões. Com isso, há um colapso pulmonar que pode levar à morte. Quando o 
líquido pleural é substituído por sangue, o quadro é chamado de hemotórax. 
 
Derrame pleural: aqui, em vez de haver perdade líquido pleural, há o seu acúmulo na cavidade. 
Uma das consequências possíveis é a pleurisia, uma inflamação das pleuras que provoca o seu 
espessamento. 
 
 
 
Termos desconhecidos: 
Intubação orotraqueal: é um procedimento no qual o médico insere um tubo desde a boca da 
pessoa até à traqueia, de forma a manter uma via aberta até o pulmão e garantir a respiração 
adequada. Esse tubo é ainda ligado a um respirador, que substitui a função dos músculos 
respiratórios, empurrando o ar para os pulmões. 
 
A complicação mais grave que pode acontecer numa intubação é a colocação do tubo na localização 
errada, como no esôfago, enviando o ar para o estômago, em vez dos pulmões, resultando em falta 
de oxigenação. 
Além disso, se não realizada por um profissional de saúde, a intubação pode ainda causar lesões nas 
vias respiratórias, sangramentos e até levar à aspiração de vômito para os pulmões. 
 
 
Cianose: A cianose é uma condição médica que afeta o paciente que passa por 
problemas relacionados à má oxigenação do sangue, que pode ser causada, por 
exemplo, por uma insuficiência respiratória, problemas circulatórios ou uma doença 
pulmonar, por exemplo. 
 
 
Carina: é o nome dado à bifurcação da traquéia que dará origem aos brônquios principais direito e 
esquerdo. 
 
Complacência pulmonar: A Complacência é definida como a variação de volume pulmonar para 
cada unidade de variação na pressão transpulmonar (C = ∆V/∆P). A complacência é a forma com que 
o parênquima pulmonar consegue acomodar o volume de ar que entra e sai dos pulmões a cada ciclo 
respiratório. 
 
Volume corrente: É o volume obtido numa respiração normal, ou seja, quando você respira 
normalmente, sem forçar. O volume que entra e sai dos pulmões a cada inspiração e expiração, 
respectivamente, é o volume corrente. Normalmente, o volume corrente está em torno de 500 ml. 
 
Volume pulmonar: O primeiro volume, é o volume corrente (VC). Muito fácil de entender. É o 
volume obtido numa respiração normal, ou seja, quando você respira normalmente, sem forçar. O 
volume que entra e sai dos pulmões a cada inspiração e expiração, respectivamente, é o volume 
corrente. Normalmente, o volume corrente está em torno de 500 ml. 
Mas os nossos pulmões não “trabalham” apenas com o que entra e sai a cada ciclo respiratório. Eles 
mantêm alguns volumes de reserva, para casos de uma respiração (inspiração ou expiração) máxima, 
que ao contrário da anterior, é forçada. 
A primeira dessas reservas é o volume de reserva inspiratória (VRI). Esse volume é obtido quando 
o indivíduo realiza uma inspiração máxima, ou seja, o máximo de ar que ele consegue inspirar 
forçadamente. Perceba que aqui não estamos falando de uma respiração basal/normal, e sim daquela 
respiração profunda, e forçada, tentando inspirar o máximo possível. Esse volume de reserva 
inspiratória chega a 3.000 ml. 
Após uma inspiração máxima, é possível avaliar a capacidade pulmonar total (CPT), que é o volume 
de ar nos pulmões após uma inspiração máxima. 
A segunda reserva é o volume de reserva expiratória (VRE). Ao contrário do anterior, esse volume é 
mensurado em uma expiração máxima, ou seja, o máximo que consegue expirar, de forma forçada. 
Esse volume está em torno de 1.100ml. 
Temos também o volume residual (VR). É o volume que permanece no pulmão após uma expiração 
máxima, quando você “joga para fora” o máximo que conseguir. Isso mostra que nossos pulmões não 
ficam sem ar nenhum. Isso é essencial, pois o ar que permanece nos pulmões impede que haja, por 
exemplo, um colabamento pulmonar. O volume residual equivale a cerca de 1.200 ml. 
Uma das “capacidades” que é muito utilizada é a capacidade vital (CV). Ela representa o máximo de 
ar que pode ser mobilizado nos pulmões. Dessa forma, é calculada somando os volumes que saem e 
entram dos pulmões. Soma-se o volume corrente, o volume de reserva inspiratória e o volume de 
reserva expiratória. 
Outra capacidade muito importante é a capacidade vital forçada (CVF), que é o volume máximo de 
ar expirado com esforço máximo, após uma inspiração máxima (avaliada pela capacidade pulmonar 
total). 
Temos também o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), que é o volume de ar 
expirado no primeiro segundo após uma manobra de expiração forçada (ou capacidade vital forçada). 
 
Espirometria: conhecida também como Prova de Função Pulmonar, ou Prova Ventilatória, ou Exame 
do Sopro, é um exame que faz o registro de volumes e fluxos de ar, como os descritos anteriormente. 
A partir da espirometria, é possível tomar conhecimento desses valores e, assim, avaliar a função 
pulmonar do paciente. 
Nem todos os volumes podem ser medidos por espirometria. O volume residual, por exemplo, não 
pode ser mensurado pela espirometria, pois é um volume que permanece nos pulmões, ainda que 
seja feita uma expiração forçada, e portanto, o aparelho não consegue mensurar um volume que não 
sai dos pulmões. 
 
Como realizar a espirometria? 
A espirometria é realizada pelo uso do espirômetro. 
O teste pode ser realizado sentado ou em pé. 
A primeira coisa a ser feita é pesar e medir o paciente. Depois disso, oriente o paciente sobre o 
exame, peça que ele mantenha a boca no bocal do espirômetro, e que mantenha a inspiração e/ou 
expiração até que você diga que pode parar, para que assim ele não dê “uma pausa” no meio da 
avaliação do aparelho. 
Outro cuidado é garantir que nenhum ar saia pelo nariz, então usa-se um “clipe” para evitar a 
respiração nasal, pois o aparelho mensura os volumes mobilizados pela boca, apenas. 
E então inicie o exame, onde o paciente deve inspirar e aspirar fortemente por três vezes. Diga ao 
paciente para que ele aspire o máximo de ar que conseguir, e depois sopre com o máximo de força 
que conseguir. Essa inspiração e expiração devem durar 6 segundos, e então você dá o sinal de que 
ele pode parar. 
O exame deve ser feito cautelosamente para que os resultados do mesmo sejam fidedignos.

Continue navegando