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História da Mídia Texto Aula03_imprensaregia

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Imprensa Régia e os jornais na Independência 
 
 
Em 1808, a corte de D. João chega a terra brasilis e, junto com a coroa, 
uma tipografia completa é trazida. Essa imprensa é a primeira, oficialmente, em 
terra brasielira, pois, até então, Portugal não permitia a instalação de prensas no 
país. Se nos idos de 1500 a carta manuscrita de Pero Vaz de Caminha informava 
a metrópole sobre a nossa descoberta, dessa vez a informação precisava seguir 
o curso dos novos tempos. Mesmo com a chegada por aqui, o uso da imprensa 
por parte dos brasileiros era controlado na tentativa de ainda deixar a colônia 
nas trevas. A ideologia dominante queria manter o povo ignorante. Denominada 
Imprensa Régia (de real), a imprensa instalada no Brasil com a coroa Portuguesa 
mostrava o Brasil como o paraíso perfeito. 
Dirigida por Frei Tibúrcio José, A gazeta do Rio de Janeiro saía às ruas 
em 10 de Setembro de 1808. O primeiro jornal do país tinha quatro páginas e 
notícias da coroa. Só se publicava atos oficiais, noticias do estado de saúde da 
nobreza européia e informações sobre a Família Real. Democracia era palavra 
que não fazia parte da Gazeta. Nada podia ser impresso que fosse contra a 
religião, o rei e os costumes. Seu texto, extraído da Gazeta de Lisboa e de 
alguns jornais ingleses, era lido antes pelos Condes de Linhares e Galveias 
pertencentes à Junta Censora da Coroa. 
O Patriota foi a primeira revista criada pela Imprensa Régia, em 1811. 
Nesse mesmo ano, na Bahia, surgia a Idade de Ouro do Brasil, quase idêntica 
à Gazeta do Rio de Janeiro, que defendia o absolutismo. Este jornal tentava 
neutralizar o material que, através da abertura dos portos, chegava por aqui 
falando mal da Coroa. Essa censura diminuirá com D. Pedro I em 1821, mas 
voltará logo em seguida. A gazeta acaba em 1822, ano da Independência. 
Antes da Gazeta, mais especificamente em 1º de Junho de 1808, surgiu 
em Londres o Correio Braziliense, ou Armazém Literário, escrito e dirigido 
por Hipólito José da Costa. Esse jornal era proibido de circular no Brasil, pois 
tinha como uma de suas principais características, discutir as questões que 
envolviam Brasil, Portugal e Inglaterra, visando preparar o Brasil para uma 
 
 
 
 
 
 
 
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melhor condição política. Como reposta, surgiu em Londres em 1811 o 
Investigador Português, mantido pelos portugueses para neutralizar o 
Correio Braziliense.

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