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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA ANDRÉA APARECIDA DIAS PROJETO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS: UM OLHAR SOBRE A INCLUSÃO DO ALUNO NA ESCOLA POÇOS DE CALDAS-MG 2020 POÇOS DE CALDAS-MG 2020 PROJETO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS : UM OLHAR SOBRE A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA ESCOLA Projeto de Ensino em Educação apresentado à Universidade do Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia. Docente: Profa. Natália Gomes dos Santos Docente supervisor: Suelen Bueno Carneiro Toledo ANDRÉA APARECIDA DIAS SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------------6 2 PROJETO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS: UM OLHAR SOBRE A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA ESCOLA - - - - - - - - - - - 7 2.1 TEMA-------------------------------------------------------------------------------------------------7 2.2 JUSTIFICATIVA---------------------------------------------------------------------------------7-8 2.3 PARTICIPANTES----------------------------------------------------------------------------------8 2.4.1 OBJETIVO GERAL-----------------------------------------------------------------------------9 2.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS-----------------------------------------------------------------9 2.5 PROBLEMATIZAÇÃO------------------------------------------------------------------------9-10 2.6 REFERENCIAL TEÓRICO---------------------------------------------------------------------10 2.6 CONTEÚDOS CURRICULARES-------------------------------------------------------------18 2.7 METODOLOGIA-----------------------------------------------------------------------------------18 2.8 CRONOGRAMA------------------------------------------------------------------------------21-22 2.9 RECURSOS----------------------------------------------------------------------------------------22 2.10 AVALIAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------23 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS----------------------------------------------------------------------24 4. REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------------25-26 6 1 INTRODUÇÃO O presente Projeto de Ensino, relata primeiramente o tema geral desse importante processo de formação do curso de Pedagogia, ou seja, esse material a seguir foi produzido por diversos estudos teóricos sobre a importância da Libras e a inclusão do aluno surdo na escola, bem como a profissão do pedagogo e a a função que este ocupa, além da docência em sala de aula, e a capacitação dos mesmos para atender as necessidades de todos os educandos que venham a receber na escola. Esse Projeto tem por tem tema “Libras- A importância da Libras: Um olhar sobre a inclusão do aluno surdo na escola”. Sendo direcionado a educação básica, precisamente ao Ensino Fundamental I e também para professores, alunos ouvintes e todos os profissionais da educação. Com o avanço da surdez no Brasil, visa-se a necessidade de mostrar a história dessa cultura tão sofrida que ainda busca alcançar melhorias com relação ao preconceito, o sujeito surdo luta por ser reconhecido e ter sua identidade surda. A LIBRAS, é a língua oficial do povo Surdo brasileiro, seu principal meio de comunicação entre surdos e ouvintes. A mesma possui “[...] Uma estrutura linguística diversa, visuoespacial, com sintaxe, morfologia e “fonologia” próprias, ou seja, a comunicação em Libras se dá a partir dos movimentos das mãos, gesticulação do corpo e expressões faciais [...]” (LACERDA E SANTOS, 2013,p.28). Esse projeto foi organizado da seguinte forma: Na introdução mostrei uma pequena explicação do tema, e um pouco sobre a comunidade surda, no tema apresentei a escolha deste importante material e o que me motivou para escolher, na justificativa foi apresentado o porque desse material e a aplicação do mesmo para atendimento aos educandos surdos e a capacitação da equipe escolar na garantia de todo o processo de ensino – aprendizagem. Já no referencial teórico que foi baseado em diversos autores, de início apresentei um pouco da história da Libras, as leis que garantem a inclusão do aluno surdo no ensino regular, todo o processo de ensino- aprendizagem, o profissional intérprete, a parceria destes com os professores e equipe escolar, as metodologias de ensino, um curso de introdução à libras, e uma oficina em libras com a duração de um dia. Meus objetivos foram apresentar a Libras, sua história no Brasil, a comunidade surda e o direito da inclusão de verdade do educando surdo no processo de escolarização, o curso básico, e a oficina para o fechamento desse projeto. 7 2 PROJETO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS: UM OLHAR SOBRE A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA ESCOLA 2.1 TEMA Esse Projeto de Ensino em Educação tem por tema “ A Importância da Libras: Um olhar sobre a inclusão do aluno surdo na escola”, direcionado para Educação Básica, precisamente o Ensino fundamental I, adotando a linha de pesquisa de docência. A minha escolha por este tema foi motivada primeiramente por ser um tema relevante e atual e por aprender mais sobre essa língua fantástica, visando a necessidade, a comunicação e a inclusão do aluno surdo, pois há uma profunda desinformação e falta de conhecimento sobre esse tema por parte dos educadores em geral, pois o aluno surdo encontra-se em níveis muito aquém do aprendizado em relação aos alunos ouvintes, não por este ser incapaz cognitivamente e intelectualmente e sim pela falta de recursos que levem esses educandos ao conhecimento de forma eficaz e com qualidade, bem como sensibilizar as escolas, professores e a equipe pedagógica com relação às necessidades do aluno surdo no ensino regular, promovendo acessibilidade de comunicação e metodologias inovadoras e adequadas para que de fato alcance a verdadeira inclusão desses alunos no ensino público e políticas públicas que garantem esse direito à eles. 2.2 JUSTIFICATIVA Por se tratar de um projeto de ensino voltado à inclusão de alunos surdos, justifica-se pela necessidade, primeiramente da inclusão desses educados na escola pública. Nota- se, que com a difusão da Libras no Brasil, houve avanços com relação ao conhecimento dessa língua, mas ainda é muito pouco, os profissionais da área da educação que conhecem ou se interessam em conhece- lá. Segundo Fernandes (2011), a surdez é tão antiga quanto a humanidade. Sempre existiram surdos, o que acontece, porém, nos diferentes momentos históricos, é que nem sempre eles foram respeitados em suas diferenças 8 ou mesmo reconhecidos como seres humanos. Sendo assim, a educação da pessoa surda é cheia de lutas, visto que eles querem o reconhecimento, igualdade e que acima de tudo que a sua língua materna também seja reconhecida e respeitada, pois com o passar dos anos, percebe- se que progressos foram alcançados pela comunidade surda que não cansa de lutar por seus direitos, e que os mesmos tenham eles garantidos, tanto na prática como nas leis. É preciso mostrar aos educadores a importância da inclusão do aluno surdo, pois este se encontra perdido no mundo ouvinte, sem poder aprender realmente os conteúdos da escola, são mergulhados por vezes em observar ou tentar adivinhar o que está acontecendo à sua volta. A aplicação desse projeto visa esclarecer as reais necessidades da criança surda na escola regular mostrando aos professores que devemos nos capacitar a todo momento, bem como um curso básicode libras para todos os envolvidos nesse projeto, provando que é possível unir e buscar novas metodologias do educando surdo e não deixar por conta do profissional intérprete educacional, somente passar por passar, o conteúdo sem que o aluno aprenda na prática já que a defasagem desses estudantes com relação a escola é muito grande, ou seja, o aluno surdo está muito longe do seu desenvolvimento. 2.3 PARTICIPANTES Segundo Menezes (2001), a ideia de um Projeto de Ensino pedagógico deve ter uma construção coletiva, com a participação ativa de todos os envolvidos (alunos, pais, professores, funcionários, representantes da comunidade, entre outros). Participaram deste presente projeto: Professores, Professor surdo, intérprete educacional, Instrutor de libras, coordenadores pedagógicos, supervisores, gestores, alunos surdos, alunos ouvintes, comunidade escolar, famílias. 2.4 OBJETIVOS 9 2.4.1 Objetivo Geral Este Projeto de Ensino em Educação tem como objetivo Geral, mostrar aos professores, alunos, famílias e comunidade escolar o real papel da inclusão de alunos surdos no ensino regular, incentivando que estes busquem mais conhecimentos em libras, ofertando a todos um curso básico de introdução à libras. 2.4.2 Objetivos Específicos Este Projeto de Ensino em Educação tem como objetivos específicos: • Que todos os participantes desse projeto conheçam a história da Libras- Língua Brasileira de Sinais; • Envolver todos os agentes sociais da escola nesse projeto; • Que todos entendam o que é inclusão e quais leis que as garantem; • Capacitação constante de professores e equipe pedagógica para que o aluno surdo, seja incluído de verdade na sala de aula; • Interesse do público alvo deste projeto em aprender uma língua visuoespacial.; • Oficina de libras(filme sobre transporte de escravos africanos para o o Brasil pelos portugueses, e livro CD da história -“A poderosa borboleta surda”; 2.5 PROBLEMATIZAÇÃO Em pleno século XXI, sabemos que a inclusão social está longe de ser alcançada, tanto no Brasil como no mundo. Em relação aos alunos surdos é ainda pior, por se tratar de uma cultura desconhecida por muitos que vem sofrendo ao longo dos anos uma exclusão praticamente total, devido ao fato da surdez ser vista como algo anormal, ou seja não se conhecia, a identidade, a cultura e a língua natural dos surdos. Fica evidente que pouco a pouco, a história desse povo mudou um pouquinho, teve avanços, mas ainda é muito pouco os debates que foram realizados 10 no Brasil, acerca dos surdos. Muitas leis surgiram garantindo e oficializando a libras como língua natural dos surdos, como sua língua materna. E a escola como um ambiente transformador da realidade das crianças deve oferecer a esses educados uma inclusão de verdade. O que se nota, é totalmente diferente, pois vemos o estado não garantindo leis que de fato ajudem na educação dos surdos, professores e equipe pedagógica desinteressados, desinformados, sem interesse nenhum em capacitar-se para atendimento das reais necessidades de todos os seus alunos, deixando por conta de outros profissionais o papel que cabe a ele de atender seus alunos. É preciso conhecer as políticas públicas de educação e se preparar, pois com o modelo padrão desenvolver o potencial, aceitar suas diferenças, atender suas necessidades bem como garantir que esses educandos possam buscar a interação com os colegas e professores para que estes desenvolvam suas capacidades sociais, psicomotoras e físicas naturalmente. Frias e Menezes (2008) em suas linhas de raciocínio afirmam que: A realidade desse processo inclusivo ainda é bem diferente do que se propõe na legislação e requer ainda muitas discussões relativas ao tema. O que poderia perceber é que numa comparação entre a legislação e a realidade educacional, a inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais no ensino regular não se consolidou da forma desejada. Nesse contexto, esse presente Projeto, visa quebrar preconceitos e ao mesmo tempo capacitar a comunidade escolar e interagir com o aluno surdo, desenvolvendo as relações interpessoais, promovendo educação e recursos que os professores possam usar em sala de aula, mostrando também que é possível se preparar para atender esses educandos em diferentes faixas etárias durante a vida escolar dos mesmos. 2.6 REFERENCIAL TEÓRICO Sabe- se que na antiguidade a surdez, a pessoa surda era vista como anormal, ou seja, incapaz de fazer alguma coisa, nem sequer tinham direito a educação, pois a mesma era só para ouvintes e os surdos eram considerados com pouca capacidade cognitiva, tinham menos intelecto que os ouvintes. Surgiram muitas crenças, mitos a respeito do povo surdo, achavam 11 que a condição da surdez era uma maldição que as famílias recebiam, sendo assim, a pessoa surda era excluída da sociedade, como se fossem monstros, ou tivesse alguma doença incurável. Com o passar dos anos essa condição mudou, e a surdez podia ser analisada cientificamente. Segundo Fernandes (2011), mesmo com o surgimento de educadores que conseguiram ensinar surdos a ler e escrever, a contar usando gestos em mosteiros no século XVI como o monge espanhol beneditino Pedro Ponce de León (151520-158), sendo este oficialmente reconhecido como o primeiro professor de surdos. E ainda segundo Oliveira e Silva (2014), a Igreja Católica via o surdo como criaturas sem almas que estavam condenadas ao inferno por não poderem participar e nem proferir oralmente palavras de fé. Por muito tempo os surdos foram vítimas de uma concepção equivocada que vincula a surdez à falta de inteligência, levando- os a serem marginalizados, com base na crença hegemônica de que como não poderiam falar, não desenvolveram a linguagem, não poderiam pensar e, portanto, não haveria possibilidades de aprendizagem formal. (FERNANDES, 2011, p. 20) O professor Hernest Huet trouxe consigo ao Brasil o alfabeto manual francês, alguns sinais usando o método de ensino de L’Epée, traduzindo e fazendo sucesso em vários países. E assim surgiu a Libras no Brasil com influência da LSF- Língua de Sinais Francesa. A Libras evoluiu no século XIX, através de registros históricos e entrou em contato com a Língua Francesa (LSF) nas mãos do professor surdo francês Hernest Huet. Ele veio ao Rio de Janeiro em 1855, com a intenção de fundar uma escola para surdos e com apoio do Imperador D. Pedro II fundou o Instituto Imperial de Surdos- Mudos em 1857, o atual Instituto Nacional de Surdos (INES) na capital do RJ. (DINIZ, 2010, p. 21). O Congresso de Milão em 1880 foi definido e votado que o melhor método para a Educação de Surdos era o Oralista, proibindo então a língua de sinais, evento esse marcou profundamente a educação dos surdos no mundo, deixando os sujeitos surdos com habilidades cognitivas, inferiores e limitadas. (Strobel, 2009). Mesmo sendo, o uso da língua de sinais proibida, sobreviveu por aproximadamente mais de meio século, até 1957, sendo usada por alunos em ambientes onde não podiam ser vistos por seus professores. E desde a chegada em 12 nosso país, a língua de sinais enfrentou muitos desafios para ser aceita por todos, já que a Libras é sua língua oficial ou 1° língua L1. De acordo com Strobel (2006, p. 8 apud PERLIN ESTROBEL, 2006 [n. P] Surdo “ O conjunto de sujeitos que não habitam no mesmo local, mas que estão ligados por uma origem, tais como cultura surda, costumes e interesses semelhantes, histórias e tradições comuns e qualquer outro laço.” Com isso toda pessoa surda que mora no nosso país em qualquer uma das regiões brasileiras que usam a libras, tenham as mesmas características, os mesmos costumes. Segundo Strobel, 2006 p. 42-43 apud PERLIN ESTROBEL, (2006 [n.p]) ComunidadeSurda (...) Sejam pessoas surdas ouvintes, já que estes podem ser intérpretes, família, amigos, professores, todos que compartilham os mesmos interesses comum em determinada localização (...) Geralmente em associação de surdos, federações de surdos, igrejas e outros. É fato que a nossa sociedade é cheia de preconceitos e o reconhecimento da Libras como língua oficial dos surdos no Brasil, passou e ainda passa por grandes lutas, desde que chegou em nosso país acerca de 150 anos. É a história de uma comunidade guerreira que não desiste jamais de lutar por seus direitos de igualdade perante a sociedade ouvinte. A comunicação entre os ouvintes e os surdos, ainda hoje é bem defasada, pois de acordo com Dilli (2010, p. 44) “[...], a maior parte da sociedade desconhece a Língua de Sinais, língua materna do surdo”. E esse é um grande desafio enfrentado pelos surdos, pois essa falta de conhecimento e instrução da sociedade interfere diretamente na construção da vida social dos mesmos. É preciso que a sociedade entenda que a Libras não é só uma língua, e sim que esta representa um povo que luta por seus ideais e direitos que vem ganhando espaço à cada dia mais na escola, bem como no mundo ouvinte, assim reconhecer um povo, uma cultura é a maior riqueza de todos, pois todos tem o direito de se comunicar. Desde um momento em que se reconhece uma língua, ela se torna Importante para todos, assim como para a sociedade. E no Brasil o reconhecimento 13 da Libras como língua, oficial da comunidade surda no nosso país, mostrou como é difícil implantar leis que garantem e asseguram os direitos dessas pessoas, dessa comunidade se interagir com a comunidade ouvinte pois a lei deveria estar no meio social e privado para funcionar de verdade e garantir a comunicação da pessoa surda com outras pessoas. Ao se falar em Libras é preciso que se compreenda: Art 1° É reconhecida como meio legal da comunicação e expressar a Língua Brasileira de Sinais-Libras e outros recursos de expressão a ela associado [...] Art. 2° Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais. -Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil; Art. 3° As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legis em vigor. ( Brasil Lei n° 10436, 2002). A partir da Lei 10.436/02 de 24 de abril de 2002 a Libras tornou-se oficialmente a língua da comunidade, pessoas surdas no Brasil, mas não substituindo a Língua Portuguesa como (L2) na modalidade escrita. A referida lei veio garantir o direito de estar incluso na escola, no trabalho e em todos as instâncias da sociedade, podendo assim exercer a cidadania. Em 22 de dezembro de 2005 é instituído o decreto n° 5626, que veio regulamentar o Art. 18 da Lei 10.098 de 19 de dezembro de 2000 e a Le n° 10.436 de 24 de abril de 2002, o mesmo traz a disposições preliminares sobre a pessoa surda, a libras como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores e nos cursos de fonoaudiologia e formação de tradutores em libras, a formação de TILS de libra- língua portuguesa, o uso da difusão da Libras e a língua portuguesa para que os alunos tenham acesso à educação, o papel do poder público e empresas que tenham permissão do uso do poder público para fazer praxe e difusão da Libras e a garantia do direito à educação das pessoas surdas. Já no Art 3 do decreto, a libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério em nível médio e superior, nas instituições de ensino privadas e públicas do sistema federal de ensino e dos sistemas de Ensino dos Estados, DF, e Municípios (Brasil Decreto n° 5626,24/12/2005,Art 3) E no artigo Art 4°”[...]deve ser realizada em nível superior, em curso 14 de graduação de Licenciatura plena em Letras: Libras ou em Letras : Libras /Língua Portuguesa como segunda língua (L2)”.(Brasil, Decreto 5.626 22/12/2005 Art 4). É preciso que todas essas leis não fiquem somente no papel, mas que alcancem realmente a comunidade surda e que estas venham de fato melhorar a cada dia para que a verdadeira e real inclusão seja de fato consolidada. O método chamado oralista desenvolve a fala dos surdos, por isso os criadores desse método de estimulação possibilitaria em aprendizagem da língua portuguesa e levaria a criança surda a integrar-se na comunidade ouvinte e desenvolver uma personalidade como de um ouvinte, ou seja, o objetivo do oralismo é fazer a criança surda em direção à normalidade essa metodologia achava que comunicar-se oralmente era o correto para o desenvolvimento das pessoas, com isso os surdos foram alvos de muitos preconceitos, fato que existe até hoje em pleno século XXI. Segundo Goldfeld (2002, 34 apud Kalatai e Streichen Isdl, p. 5) Para esse método a surdez era vista como uma doença, e que essas pessoas tinham que ser curadas, eram obrigadas a aprender a leitura labial e a fala sem mesmo ouvir. Já se passaram cem anos da utilização desse método e os surdos sofreram muito por ter seus direitos, identidade, língua, cultura negados e por não conseguirem ser alfabetizados muitos surdos sofrem com as sequelas e más experiências que infelizmente essa metodologia deixou. Segundo Ciccone (1996) A Comunicação Total é uma filosofia de trabalho voltada para o atendimento e a educação de pessoas surdas. Não é somente, mais um método na área e seria realmente um equívoco considerá-la inicialmente como tal. A comunicação total, entretanto, não é uma filosofia educacional que se preocupa com ideias paternalistas. O que postula, isto sim é uma valorização de abordagens alternativa, que possam permitir ao surdo ser alguém com quem possa trocar ideias, sentimentos, informações desde sua mais tenra idade. Sendo, assim a comunicação total surge a princípio para complementar o fracasso que foi o método oralista na vida dos surdos, por isso se tentou de várias formas uma maneira para que os surdos se comunicassem através da leitura de lábios, língua de sinais, gestos, etc. Através de meios clínicos surgiu o Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI), ou aparelho auditivo, na tentativa dos portadores da surdez ouvir ruídos, sons da fala, bombas, telefone e outros. Todos esses aparelhos possuem diversos modelos e padrões de fábrica e o mais comum a ser usado é aquele que fica atrás da orelha com molde da parte interna da orelha. Sendo assim, tanto o método oralista como a comunicação total, não 15 surtiu efeito pois dificultava bastante a aprendizagem e o acompanhamento dos alunos. Visando atender os surdos e a comunidade surda, surge a proposta Bilíngue, método esse que buscava atender o surdo no direito ao acesso à sua própria língua de sinais e a língua portuguesa na modalidade escrita dentro de um mesmo contexto ou de forma conjunta. O Bilinguismo tem o grande mérito de divulgar e estimular a utilização de uma língua que pode ser adquirida espontaneamente pelos surdos, a língua de sinais, bem como sua cultura. Somente pela exposição a essa língua, a criança pode desenvolver-se linguística e cognitivamente sem dificuldade. (GODFELD 2002, p. 106). Diante dos fatos essa metodologia nos mostra o quanto é necessário na escola o aluno surdo ter um tradutor intérprete de Libras ou intérprete educacional para traduzir do português para a libras o conteúdo, o assunto que está sendo passado pelos professores, este profissional vai auxiliar também sobre os diversos conceitos de sua língua de sinais, ao mesmo tempo fará a comunicação entre professorese alunos surdos e alunos ouvintes, sendo assim, no bilinguismo, o aluno tem sua capacidade intelectual igual aos outros alunos. Por ter outra língua oficial a criança surda necessita de um profissional tradutor para ajudá-lo a obter conhecimentos, mostrando que a libras não é somente mímicas ou gestos e sim uma língua estruturada como a língua oral, sendo possível a tradução, com isso a língua de sinais tem vários significados, e é tão complexa como nossa língua falada. Os surdos ao pedir um método eficaz para tornar a aprendizagem mais acessível a eles, porque através do bilinguismo eles reconhecem a sua língua e assumem sua própria identidade e sua cultura. E também reconhecem que o nosso português é a língua oficial dos ouvintes brasileiros, sendo essas línguas naturais do Brasil, os mesmos aprendem a Libras como língua majoritária L1 e o Português em sua modalidade escrita L2. Por isso é fundamental a colaboração de todos, equipe pedagógica, os profissionais mencionados acima e propostas pedagógicas inovadoras a fim de proporcionar um real aprendizado e interesse do aluno surdo em aprender. Em se tratando da escolarização da criança surda, pois na antiguidade o povo surdo, a condição da surdez era vista como uma maldição que as famílias recebiam e eram excluídos da sociedade como se fossem monstros sem 16 almas. Em se tratando da escolarização da criança surda, entende-se que é um processo de ensino e aprendizagem muito desafiador, tanto dos professores, como de todos os profissionais da educação e a comunidade surda pela qual pertence essa criança que quer aprender. Ao se referir a Pedagogia Surda, importante método que leva os surdos ao resgate da sua cultura, pois toda a comunidade surda almeja e deseja, assim o aluno surdo terá o seu processo de educação feito ou instigado por um professor surdo e que este seja enraizado no contexto sociocultural da comunidade surda e tenha domínio da Libras levando conhecimentos da cultura surda a todos os grupos e meios sociais que esteja inserido, com isso a criança surda terá um melhor rendimento escolar. E o aluno terá a oportunidade de aprender conteúdos que seja feito em conjunto com a comunidade surda e professores surdos, valorizando a cultura surda no processo de ensino- aprendizagem. A Pedagogia surda surge com a finalidade de mostrar um novo caminho para a educação do surdo, pois ela é uma metodologia que atende de forma satisfatória as especificidades do surdo, forma a considerar todos os aspectos culturais desse sujeito. [...] A metodologia realmente desejada pelo povo surdo é a Pedagogia surda, visto que as lutas destas pessoas giram em torno da constituição e subjetividade do jeito surdo de ser, ou seja, a construção de sua verdadeira identidade e consagração de sua cultura, e que só poderá ocorrer no encontro com seus pares. O professores surdos na escola tornam as aulas atraentes, interativas, favorecendo então troca de experiências como: A conquista e a história dos surdos, como surgiram as comunidades surdas, a língua de sinais de outros, como são os familiares de cada um, se existe apoio da família mesmo sendo ouvinte, se busca ter contato com a Libras, enfim os professores surdos fazem a diferença na vida desses alunos, visto que a pedagogia surda torna esse aluno com a capacidade intelectual notável capaz de concluir o seu processo de ensino-aprendizagem de forma eficaz, formando o ensino fundamental e médio e porque não o ensino superior e com o apoio da família tudo se torna possível. O profissional TILS, dentro de uma sala de aula como se fosse um canal de comunicação entre o aluno surdo e o professor ouvinte. Importante é destacar que o intérprete educacional realiza as traduções entre pessoas que fazem 17 parte e compartilham línguas e culturas diferentes. É na sala de aula, este precisa saber qual seu papel perante o aluno surdo não assumindo a função de regência nas situações que são relacionados à aprendizagem desses alunos, então ele precisa ter uma boa convivência e remeter se aos professores regentes, somente cumprindo com excelência a mediação na sala de aula. Cada profissional exerce seu trabalho, e o TILS, por estar mais perto do aluno surdo, conhecem seus anseios, as dificuldades e os desafios no processo de ensino-aprendizagem, pode junto ao professor com métodos e ideias elaborando e dando sugestões de atividades que venham sanar as dúvidas e as dificuldades dos alunos, ou seja, professor, intérprete e equipe pedagógica unidos para proporcionar da melhor maneira possível os conteúdos propostos garantindo, aprendizado e interação entre todos os alunos, ouvintes e surdos com isso busca entender as necessidades do educando surdo, fazendo a inclusão, a comunicação com o mundo ouvinte. Segundo Carvalho e Barbosa (2008), um ambiente de colaboração em que as atividades são compartilhadas entre surdos e ouvintes, é o ideal para que aconteça o processo de inclusão, pois assim estarão sendo respeitadas e aceitas as diferenças individuais. A partir disso vê se a necessidade de refletir sobre uma didática flexível que ofereça o mesmo conteúdo curricular e que respeite as necessidades do aluno surdo sem perda da qualidade do ensino e da aprendizagem. É fato que muitos professores e equipe pedagógica não estão preparados para a inclusão de pessoas surdas, ao depararem com esses alunos em sala de aula regular, ministram aulas com atividades escritas para todos os alunos, ouvintes/surdos, esquecendo de adaptar o currículo as necessidades especiais desses educandos surdos, tendo que levar em conta as experiências visuais destes, para que eles tenham igualdade de oportunidades para um ensino eficaz de qualidade, caso não façam isso estarão fazendo uma exclusão ao invés de inclusão. Sendo assim, para que os alunos surdos tenham sucesso nos estudos, o professor e a equipe pedagógica da escola devem conhecer a história da surdez, as leis que regem e garantem a inclusão dos surdos na sociedade e na escola, dos conhecimentos linguísticos e culturais dos alunos, bem como se reorganizar pedagogicamente e buscar capacitação em Libras para conhecer com base em metodologias que atendem suas peculiaridades educacionais. 18 2.6 CONTEÚDOS CURRICULARES Os conteúdos serão: De acordo com Franco (2007)”as adaptações Curriculares .de planejamento, objetivos, atividades e formas de avaliação no currículo como um todo, ou em aspectos dele, são para acomodar os alunos com necessidades especiais”... esse é um dos caminhos possíveis para que os alunos surdos possam atender às exigências do currículo comum que necessita ser reformulado no sentido de oferecer-lhes as mesmas condições de desenvolvimento dos alunos ouvintes, sendo o professor responsável por regular sua própria prática educativa para ajustá-la as suas necessidades.” (SILVA 2013, p. 03). Sendo assim, o professor como mediador é figura do conhecimento, cabe a ele estimular e mostrar meios pelos quais, o aluno surdo possa aprender e adaptar o currículo de forma segura que favoreça seu modo principal de aprendizagem, o visual, alguns exemplos: Revistas, livros, jornal digital e escrito, data show, vídeos em libras e legendados, computadores, tablets e outros, favorecendo a inclusão dos alunos surdos. E nas atividades que escolhi, a imaginação, as emoções, valores sociais, valorização da cultura surda, identidade surda, elementos sociais da natureza, políticos, econômicos, vestuários, tipos de embarcação, condições de higiene, alimentação, maus-tratos, clima, etc. 2.7 METODOLOGIA Esse projeto de pesquisa inclui pesquisa bibliográficas, através de levantamento sobre o tema. E segundo Gil (2010, p. 29) “[...] É elaborada com base em material já publicado.” No intuito de aplicar primeiramente para toda a comunidade escolar e famílias um curso básicode introdução à libras por um instrutor de libras. O método utilizado foi o dedutivo “[...] Que partindo das teorias e leis que na maioria das vezes prediz a ocorrência dos fenômenos particulares [...]” (Gil, 2010 p. 110). A abordagem foi de forma qualitativa, sendo ao longo da pesquisa aprofundada acerca do assunto estudado. Tendo por objetivo a descrição, segundo Gil (2010, p. 27) “As pesquisas descritivas tem como objetivo a descrição das características de uma determinada população.” Nesse caso “professores que atuam com alunos surdos em sala de aula regular” e a capacitação dos mesmos, visando a 19 inclusão dos alunos surdos de forma eficaz no ensino regular e que a comunidade escolar em geral adquira conhecimentos das libras e a importância desta para os alunos surdos e que as famílias dos alunos surdos percebam a importância da libras para seus filhos. E para a coleta de dados na escola observada como importante contribuição para essa pesquisa, usei a técnica da observação de como se comportavam os 4 alunos surdos da escola. E também pela observação das aulas extraclasses destas salas no pátio, quadra e biblioteca, bem como com apoio da intérprete educacional deles, fazendo uma entrevista com os mesmos, perguntei se eles estavam gostando e entendendo as aulas, se estavam adquirindo conhecimentos desses conteúdos ministrados nessas aulas. E com a ajuda da intérprete também falei com as professoras desses alunos e disseram que nenhum deles tem formação específica em Libras, mesmo fazendo parte da grade curricular obrigatória nos cursos de formação de professores e percebi que eles não conhecem a libras e tem pouco interesse em conhecer e deixam por conta do intérprete para ajudá-los, observei também que eles não interagem com seus alunos surdos por não dominarem a libras e não ter formação específica. Por isso os resultados, mostram a necessidade dos professores que trabalham, que atuam com alunos surdos dar continuidade em seu processo de formação continuada, pois assim a comunicação fica falha e o aluno ficando prejudicado pela falta de capacitação dos mesmos, seja pela falta de se capacitar, a não fluência na libras, a grande dificuldade de se comunicar com seus educandos e desenvolver um ensino de qualidade para eles. E para contribuir com esta pesquisa será ofertado uma palestra com um professor surdo, que vai contar a todos a história dos surdos desde a antiguidade, a chegada da Libras em nosso país, as leis que oficializaram e regulamentam e reconhecem a língua de sinais como língua oficial dos surdos, a educação dos surdos até o dia de hoje, e também contará sua trajetória de vida, e que ele pertence a comunidade surda. Esse importante método é para que os alunos surdos se inspirem no exemplo desse professor ampliando, desenvolvendo e melhorando o seu potencial, podendo vivenciar alguém de seu mundo da surdez, sendo um exemplo de sucesso, pois este conhece suas limitações, anseios, angústias e contribuirá de forma grandiosa e prazerosa para a inclusão dos mesmos. 20 -Primeiro Passo: Fazer antecipadamente convites deste projeto às famílias, organizar e oferecer um curso de introdução à libras na biblioteca com a duração de 2 meses por um instrutor de libras. -Segundo Passo: No pátio da escola, organizar a palestra do professor surdo que vai contar sua história de vida e todo o seu processo de formação acadêmica e os desafios enfrentados por ele, enquanto estudante, bem como a história dos surdos, a chegada da Libras no Brasil e as leis que regem e garantem a inclusão dos surdos na escola e sociedade, e outros já mencionados nesse presente trabalho. Dividir as turmas, equipe escolar, demais funcionários e famílias para assistirem a palestra, antes e depois do recreio, com a presença da intérprete educacional fazendo a tradução oral da mesma. -Terceiro Passo: Organizar as turmas e demais participantes deste projeto, já no outro dia, sendo o primeiro dia da oficina na biblioteca. Para que todos assistam o filme sobre o transporte de escravos africanos para o Brasil pelos portugueses para favorecer a compreensão do assunto estudado. Após o término do filme escolher dois alunos surdos e dois alunos ouvintes, com a ajuda da intérprete fazer as seguintes perguntas: Vocês gostaram do filme? Qual parte foi mais interessante na opinião de vocês? O que o filme mostra? Vocês irão fazer como tarefa de para casa, recortes, desenhos sobre a compreensão do assunto estudado e apresentar amanhã no segundo dia da oficina. -Quarto Passo: No segundo dia da oficina, as turmas ficarão do mesmo jeito do 1° dia, e com o apoio da gestor da escola, usando notebook e data show apresentar a todos a história cantada da “Poderosa Borboleta Surda”, a fim de estimular o campo visual e letramento dos alunos surdos. Antes com a ajuda novamente da intérprete explicar que este livro cd, também tem sua versão impressa, sendo apresentado em libras com áudio em português e escrita com cartelas em português e glossário em Libras /Português escrito, e a autora dele é surda e o seu nome é Jeanie Liza Marques Ferreira de Macedo, e que esta história narra a vida de uma lagarta surda que nasceu em uma família ouvinte, que passa por muitos problemas de comunicação, tanto na família como na escola, o que a deixa muito triste, e resolve sair de casa e encontra um mundo diferente, um mundo bilíngue, onde todos se comunicam, e ela aprende libras e se transforma em uma linda borboleta, e conta a novidade a família, que se admira ao vê-la e aprende libras também, todos se transformam em borboletas, mostrando que não importam as nossas dificuldades, 21 nossos problemas, todos um dia podemos criar asas e voar. Pedir que todos façam desenhos, ou escrevam sobre a história da poderosa borboleta surda e em seguida fazer um sorteio com 2 cd da história. ATIVIDADE 1. Planejamento Agosto Setembro Outubro 2. Execução X X 3. Avaliação X X X X 2.8 CRONOGRAMA 1. Planejamento: O planejamento foi realizado no começo do mês de agosto e setembro de 2020, estendendo-se até o mês de outubro com intuito de mostrar a importância da Libras para a escolarização do aluno surdo na escola regular, bem como oferecer capacitação através de um curso básico de introdução à libras para professores, equipe pedagógica, gestores, funcionários alunos ouvintes, famílias, ministrado por um instrutor de libras. 2. Execução: A execução, será primeiramente com uma palestra dada por um professor surdo no pátio da escola, durante um dia de aula, sendo metade das salas, seus respectivos professores, funcionários e as famílias de todos os alunos, antes do recreio e a outra metade depois do recreio. O curso começa na próxima semana, sendo duas vezes na semana depois do recreio para todos os participantes deste presente projeto. E a oficina será feita da mesma forma, só que no dia seguinte, mostrando como é importante e prazeroso esses recursos metodológicos no processo de ensino-aprendizagem dos alunos surdos e a inclusão dos mesmos na escola regular. Avaliação: A avaliação será feita pela observação e participação minha dos mesmos através de relatórios e fotos da palestra, da oficina e do curso de libras e entrevistas com os professores, alunos surdos e ouvintes, familiares destes funcionários da escola, equipe pedagógica, gestores, e com o professor surdo com a 22 participação da intérprete educacional. 2.9 RECURSOS 1. Professores Regentes 2. Alunos surdos e ouvintes 3. Equipe escolar (Diretor, vice-diretor, supervisor, coordenadores pedagógicos e outros funcionários da escola) 4. Professor Surdo 5. Intérprete Educacional 6. Instrutor delibras 7. Famílias dos alunos 8. Biblioteca 9. Pátio da escola 10. Sulfite, lápis, lápis de cor, canetinhas 11. Aparelho de TV com CD e filme sobre o transporte de escravos africanos para o Brasil 12. Notebook e data show com o livro CD da história cantada da “Poderosa borboleta surda’ 23 2.10 AVALIAÇÃO A avaliação de um projeto que seja significativa, traduz um conjunto de atuações que verificam o aprendizado progressivo ao longo do projeto didático. A avaliação, portanto, guarda em si duas funções: Avaliar o progresso individual do aluno mediante o projeto; avaliar até que ponto as intenções educativas tiveram valia (PORTAL EDUCAÇÃO, 2020). A avaliação será feita pela equipe escolar como parte integrante do da ação pedagógica e docente, contemplando mudanças no sistema educacional e uma adaptação no currículo, com alterações metodológicas e formas de ensino com métodos adequados de acordo com as necessidades do aluno surdo, além de participativa, colaborativa, formativa e diagnóstica durante a duração do projeto e após de forma contínua. 24 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS O tema desse importante projeto possibilitou analisar como se desenvolve e acontece o processo de ensino-aprendizagem dos alunos surdos no ensino regular. A problematização foi levantada, mostrada para buscar soluções e diminuir as dificuldades e os desafios encontrados pelos professores que atuam com alunos surdos em sala de aula regular na rede pública de ensino. A educação dos surdos é muito antiga, sendo marcada por diversas lutas ao longo dos anos e também cercada de preconceitos que puderam ser um pouco amenizados com políticas públicas de educação inclusiva e a criação de leis, como a Lei 10.436/02 e pelo decreto n° 5.626/05 que regulamenta a Libras no Brasil, vindo assegurar todo esse processo que envolve a formação de profissionais que irão atuar, difundindo a libras como língua oficial(materna) dos surdos no Brasil. Não há uma metodologia pronta para a prática pedagógica na educação dos surdos, ou seja, toda a comunidade escolar através do currículo deverá buscar estratégias metodológicas que venham contribuir para o aprendizado significativo dos alunos com necessidades educacionais especiais, e para que ocorra da melhor forma possível, é de grande valia que todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem dos alunos surdos, busquem estar discutindo acerca das decisões a serem feitas para o melhor desenvolvimento do trabalho pedagógico e sempre esforçando-se em conformidade à atender as particularidades dos mesmos, “reconhecendo em uma dimensão política a surdez enquanto diferença”. (CONCEIÇÃO, 2011 p. 20). Portanto concluo, que é de suma importância a necessidade de dar continuidade ao processo de formação de professores que atuam com alunos surdos, para que possa ser quebrada a barreira da comunicação, e que esta não seja um obstáculo que dificulta o processo de inclusão e aprendizagem dos educandos surdos, para que aconteça um ensino de igualdade e qualidade na rede pública de ensino. 25 REFERÊNCIAS A IMPORTÂNCIA do intérprete de libras. (28 de março de 2013), disponível em http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/41273/importância-do- interterprete-de-libras. Acesso em 07 de jul dec2016. Sem paginação. BATISTA, E. R.C.C. Proposta de inclusão de aluno surdo no ensino fundamental. (2010) Sem paginação. Dissertação (Mestrado em educação) Universidade Estadual Paulista, faculdade de ciências e letras. Araraquara, 2010. disponível em. http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bat/3300403007gP2/2010/batista_e rcc_me_arafcL.odf BRASIL. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais- Libras. Brasília, Lei n°. 9.394, de 24 de abril de 2002. Acesso em 05 de out de 2020. BRASIL. Regulamenta a Lei n° 10.436,de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais—Libras, e o art. 18 da lei n° 10.098,de 19 de dezembro de 2000. Brasília, Decreto n° 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Acesso em 05 de out. de 2020. BRASIL. Regulamenta a profissão de Tradutor é intérprete da Língua Brasileira de Sinais – Libras, Brasília, Lei n° 12.319 de 01/09/2010. Acesso em 06 de out. de 2020. CONCEIÇÃO. D. F. Práticas Pedagógicas aplicadas aos alunos do CAS, durante o processo de ensino e aprendizagem. (2011). Disponível em http://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1482/Conceicao_Deuzelina_Francisco_d a.pdf?sequence-1. Acesso em 05 de out. de 2017,24p. DILLI. K. S. A inclusão do surdo na educação brasileira. (2010/2). 83 p. Trabalho de conclusão de curso (Graduação). Universidade Federal de Santa Catarina. 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Literatura surda e Letramento visual: A criação de uma história infantil e de material didático bilíngue- “A Poderosa borboleta surda “ Curso de (Mestrado) Profissional em diversidade e inclusão. Universidade Estadual de Biologia. Niterói-RJ, 2017, p. 46-56 Acesso em 05 de nov. de 2020. NUNES, S. R. J. Libras: um projeto para o Ensino Fundamental de nove anos. (2018) Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura).Centro de Estudos Superiores de Itaituba PA- FAI Disponível em http://www.faculdadeitaituba.com.br/libras-um-projeto-para-o-ensino-fundamental- em-nove-anos. Acesso em 25 de ago. de 2020 PAZINI, C. RM. O processo de ensino/aprendizagem a inclusão do aluno surdo no ensino regular de uma escola pública municipal de Floriano-PI. Disponível em https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/o-processo- ensino-aprendizagem-inclusao-aluno-surdo-no-ensino-regular.htm#indice_14 Acesso em 30 de set. de 2020 PINHEIRO, A. e BAIOCCO, A. de. F. 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