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Projeto de Ensino Andréa D.

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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANDRÉA APARECIDA DIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA 
LIBRAS: UM OLHAR SOBRE A INCLUSÃO DO ALUNO NA ESCOLA 
POÇOS DE CALDAS-MG 
2020 
 
 
POÇOS DE CALDAS-MG 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA 
LIBRAS : UM OLHAR SOBRE A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA 
ESCOLA 
 
Projeto de Ensino em Educação apresentado à 
Universidade do Norte do Paraná - UNOPAR, como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
Licenciatura em Pedagogia. 
Docente: Profa. Natália Gomes dos Santos 
Docente supervisor: Suelen Bueno Carneiro Toledo 
 
 
ANDRÉA APARECIDA DIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------------6 
2 PROJETO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS: UM 
OLHAR SOBRE A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA ESCOLA - - - - - - - - - - - 7 
2.1 TEMA-------------------------------------------------------------------------------------------------7 
 
2.2 JUSTIFICATIVA---------------------------------------------------------------------------------7-8 
 
2.3 PARTICIPANTES----------------------------------------------------------------------------------8 
 
2.4.1 OBJETIVO GERAL-----------------------------------------------------------------------------9 
 
2.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS-----------------------------------------------------------------9 
 
2.5 PROBLEMATIZAÇÃO------------------------------------------------------------------------9-10 
 
2.6 REFERENCIAL TEÓRICO---------------------------------------------------------------------10 
 
2.6 CONTEÚDOS CURRICULARES-------------------------------------------------------------18 
 
2.7 METODOLOGIA-----------------------------------------------------------------------------------18 
 
2.8 CRONOGRAMA------------------------------------------------------------------------------21-22 
 
2.9 RECURSOS----------------------------------------------------------------------------------------22 
 
2.10 AVALIAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------23 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS----------------------------------------------------------------------24 
 
4. REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------------25-26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente Projeto de Ensino, relata primeiramente o tema geral 
desse importante processo de formação do curso de Pedagogia, ou seja, esse 
material a seguir foi produzido por diversos estudos teóricos sobre a importância da 
Libras e a inclusão do aluno surdo na escola, bem como a profissão do pedagogo e a 
a função que este ocupa, além da docência em sala de aula, e a capacitação dos 
mesmos para atender as necessidades de todos os educandos que venham a receber 
na escola. 
Esse Projeto tem por tem tema “Libras- A importância da Libras: Um 
olhar sobre a inclusão do aluno surdo na escola”. Sendo direcionado a educação 
básica, precisamente ao Ensino Fundamental I e também para professores, alunos 
ouvintes e todos os profissionais da educação. Com o avanço da surdez no Brasil, 
visa-se a necessidade de mostrar a história dessa cultura tão sofrida que ainda busca 
alcançar melhorias com relação ao preconceito, o sujeito surdo luta por ser 
reconhecido e ter sua identidade surda. 
 A LIBRAS, é a língua oficial do povo Surdo brasileiro, seu principal meio de 
comunicação entre surdos e ouvintes. A mesma possui “[...] Uma estrutura 
linguística diversa, visuoespacial, com sintaxe, morfologia e “fonologia” 
próprias, ou seja, a comunicação em Libras se dá a partir dos movimentos 
das mãos, gesticulação do corpo e expressões faciais [...]” (LACERDA E 
SANTOS, 2013,p.28). 
 
 Esse projeto foi organizado da seguinte forma: Na introdução mostrei 
uma pequena explicação do tema, e um pouco sobre a comunidade surda, no tema 
apresentei a escolha deste importante material e o que me motivou para escolher, na 
justificativa foi apresentado o porque desse material e a aplicação do mesmo para 
atendimento aos educandos surdos e a capacitação da equipe escolar na garantia de 
todo o processo de ensino – aprendizagem. Já no referencial teórico que foi baseado 
em diversos autores, de início apresentei um pouco da história da Libras, as leis que 
garantem a inclusão do aluno surdo no ensino regular, todo o processo de ensino-
aprendizagem, o profissional intérprete, a parceria destes com os professores e 
equipe escolar, as metodologias de ensino, um curso de introdução à libras, e uma 
oficina em libras com a duração de um dia. 
 Meus objetivos foram apresentar a Libras, sua história no Brasil, a 
comunidade surda e o direito da inclusão de verdade do educando surdo no processo 
de escolarização, o curso básico, e a oficina para o fechamento desse projeto. 
7 
 
2 PROJETO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS: UM 
OLHAR SOBRE A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA ESCOLA 
 
2.1 TEMA 
 
Esse Projeto de Ensino em Educação tem por tema “ A Importância 
da Libras: Um olhar sobre a inclusão do aluno surdo na escola”, direcionado para 
Educação Básica, precisamente o Ensino fundamental I, adotando a linha de pesquisa 
de docência. 
A minha escolha por este tema foi motivada primeiramente por ser um 
tema relevante e atual e por aprender mais sobre essa língua fantástica, visando a 
necessidade, a comunicação e a inclusão do aluno surdo, pois há uma profunda 
desinformação e falta de conhecimento sobre esse tema por parte dos educadores 
em geral, pois o aluno surdo encontra-se em níveis muito aquém do aprendizado em 
relação aos alunos ouvintes, não por este ser incapaz cognitivamente e 
intelectualmente e sim pela falta de recursos que levem esses educandos ao 
conhecimento de forma eficaz e com qualidade, bem como sensibilizar as escolas, 
professores e a equipe pedagógica com relação às necessidades do aluno surdo no 
ensino regular, promovendo acessibilidade de comunicação e metodologias 
inovadoras e adequadas para que de fato alcance a verdadeira inclusão desses 
alunos no ensino público e políticas públicas que garantem esse direito à eles. 
 
2.2 JUSTIFICATIVA 
 
Por se tratar de um projeto de ensino voltado à inclusão de alunos 
surdos, justifica-se pela necessidade, primeiramente da inclusão desses educados na 
escola pública. Nota- se, que com a difusão da Libras no Brasil, houve avanços com 
relação ao conhecimento dessa língua, mas ainda é muito pouco, os profissionais da 
área da educação que conhecem ou se interessam em conhece- lá. 
Segundo Fernandes (2011), a surdez é tão antiga quanto a 
humanidade. Sempre existiram surdos, o que acontece, porém, nos diferentes 
momentos históricos, é que nem sempre eles foram respeitados em suas diferenças 
8 
 
ou mesmo reconhecidos como seres humanos. Sendo assim, a educação da pessoa 
surda é cheia de lutas, visto que eles querem o reconhecimento, igualdade e que 
acima de tudo que a sua língua materna também seja reconhecida e respeitada, pois 
com o passar dos anos, percebe- se que progressos foram alcançados pela 
comunidade surda que não cansa de lutar por seus direitos, e que os mesmos tenham 
eles garantidos, tanto na prática como nas leis. 
É preciso mostrar aos educadores a importância da inclusão do aluno 
surdo, pois este se encontra perdido no mundo ouvinte, sem poder aprender 
realmente os conteúdos da escola, são mergulhados por vezes em observar ou tentar 
adivinhar o que está acontecendo à sua volta. 
A aplicação desse projeto visa esclarecer as reais necessidades da 
criança surda na escola regular mostrando aos professores que devemos nos 
capacitar a todo momento, bem como um curso básicode libras para todos os 
envolvidos nesse projeto, provando que é possível unir e buscar novas metodologias 
do educando surdo e não deixar por conta do profissional intérprete educacional, 
somente passar por passar, o conteúdo sem que o aluno aprenda na prática já que a 
defasagem desses estudantes com relação a escola é muito grande, ou seja, o aluno 
surdo está muito longe do seu desenvolvimento. 
 
 
2.3 PARTICIPANTES 
 
Segundo Menezes (2001), a ideia de um Projeto de Ensino 
pedagógico deve ter uma construção coletiva, com a participação ativa de todos os 
envolvidos (alunos, pais, professores, funcionários, representantes da comunidade, 
entre outros). 
Participaram deste presente projeto: Professores, Professor surdo, 
intérprete educacional, Instrutor de libras, coordenadores pedagógicos, supervisores, 
gestores, alunos surdos, alunos ouvintes, comunidade escolar, famílias. 
 
2.4 OBJETIVOS 
 
9 
 
2.4.1 Objetivo Geral 
 
Este Projeto de Ensino em Educação tem como objetivo Geral, 
mostrar aos professores, alunos, famílias e comunidade escolar o real papel da 
inclusão de alunos surdos no ensino regular, incentivando que estes busquem mais 
conhecimentos em libras, ofertando a todos um curso básico de introdução à libras. 
 
2.4.2 Objetivos Específicos 
 
Este Projeto de Ensino em Educação tem como objetivos específicos: 
• Que todos os participantes desse projeto conheçam a história 
da Libras- Língua Brasileira de Sinais; 
• Envolver todos os agentes sociais da escola nesse projeto; 
• Que todos entendam o que é inclusão e quais leis que as 
garantem; 
• Capacitação constante de professores e equipe pedagógica 
para que o aluno surdo, seja incluído de verdade na sala de 
aula; 
• Interesse do público alvo deste projeto em aprender uma língua 
visuoespacial.; 
• Oficina de libras(filme sobre transporte de escravos africanos 
para o o Brasil pelos portugueses, e livro CD da história -“A 
poderosa borboleta surda”; 
2.5 PROBLEMATIZAÇÃO 
 
Em pleno século XXI, sabemos que a inclusão social está longe de 
ser alcançada, tanto no Brasil como no mundo. Em relação aos alunos surdos é ainda 
pior, por se tratar de uma cultura desconhecida por muitos que vem sofrendo ao longo 
dos anos uma exclusão praticamente total, devido ao fato da surdez ser vista como 
algo anormal, ou seja não se conhecia, a identidade, a cultura e a língua natural dos 
surdos. 
Fica evidente que pouco a pouco, a história desse povo mudou um 
pouquinho, teve avanços, mas ainda é muito pouco os debates que foram realizados 
10 
 
no Brasil, acerca dos surdos. Muitas leis surgiram garantindo e oficializando a libras 
como língua natural dos surdos, como sua língua materna. 
 E a escola como um ambiente transformador da realidade das 
crianças deve oferecer a esses educados uma inclusão de verdade. O que se nota, é 
totalmente diferente, pois vemos o estado não garantindo leis que de fato ajudem na 
educação dos surdos, professores e equipe pedagógica desinteressados, 
desinformados, sem interesse nenhum em capacitar-se para atendimento das reais 
necessidades de todos os seus alunos, deixando por conta de outros profissionais o 
papel que cabe a ele de atender seus alunos. 
É preciso conhecer as políticas públicas de educação e se preparar, 
pois com o modelo padrão desenvolver o potencial, aceitar suas diferenças, atender 
suas necessidades bem como garantir que esses educandos possam buscar a 
interação com os colegas e professores para que estes desenvolvam suas 
capacidades sociais, psicomotoras e físicas naturalmente. 
Frias e Menezes (2008) em suas linhas de raciocínio afirmam que: 
A realidade desse processo inclusivo ainda é bem diferente do que se propõe 
na legislação e requer ainda muitas discussões relativas ao tema. O que 
poderia perceber é que numa comparação entre a legislação e a realidade 
educacional, a inclusão dos alunos que apresentam necessidades 
educacionais especiais no ensino regular não se consolidou da forma 
desejada. 
Nesse contexto, esse presente Projeto, visa quebrar preconceitos e 
ao mesmo tempo capacitar a comunidade escolar e interagir com o aluno surdo, 
desenvolvendo as relações interpessoais, promovendo educação e recursos que os 
professores possam usar em sala de aula, mostrando também que é possível se 
preparar para atender esses educandos em diferentes faixas etárias durante a vida 
escolar dos mesmos. 
 
2.6 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Sabe- se que na antiguidade a surdez, a pessoa surda era vista como 
anormal, ou seja, incapaz de fazer alguma coisa, nem sequer tinham direito a 
educação, pois a mesma era só para ouvintes e os surdos eram considerados com 
pouca capacidade cognitiva, tinham menos intelecto que os ouvintes. 
Surgiram muitas crenças, mitos a respeito do povo surdo, achavam 
11 
 
que a condição da surdez era uma maldição que as famílias recebiam, sendo assim, 
a pessoa surda era excluída da sociedade, como se fossem monstros, ou tivesse 
alguma doença incurável. Com o passar dos anos essa condição mudou, e a surdez 
podia ser analisada cientificamente. 
Segundo Fernandes (2011), mesmo com o surgimento de educadores 
que conseguiram ensinar surdos a ler e escrever, a contar usando gestos em 
mosteiros no século XVI como o monge espanhol beneditino Pedro Ponce de León 
(151520-158), sendo este oficialmente reconhecido como o primeiro professor de 
surdos. 
E ainda segundo Oliveira e Silva (2014), a Igreja Católica via o surdo 
como criaturas sem almas que estavam condenadas ao inferno por não poderem 
participar e nem proferir oralmente palavras de fé. 
 
Por muito tempo os surdos foram vítimas de uma concepção equivocada 
que vincula a surdez à falta de inteligência, levando- os a serem 
marginalizados, com base na crença hegemônica de que como não 
poderiam falar, não desenvolveram a linguagem, não poderiam pensar e, 
portanto, não haveria possibilidades de aprendizagem formal. 
(FERNANDES, 2011, p. 20) 
 
 
 O professor Hernest Huet trouxe consigo ao Brasil o alfabeto manual 
francês, alguns sinais usando o método de ensino de L’Epée, traduzindo e fazendo 
sucesso em vários países. E assim surgiu a Libras no Brasil com influência da LSF- 
Língua de Sinais Francesa. 
 
A Libras evoluiu no século XIX, através de registros históricos e entrou em 
contato com a Língua Francesa (LSF) nas mãos do professor surdo 
francês Hernest Huet. Ele veio ao Rio de Janeiro em 1855, com a intenção 
de fundar uma escola para surdos e com apoio do Imperador D. Pedro II 
fundou o Instituto Imperial de Surdos- Mudos em 1857, o atual Instituto 
Nacional de Surdos (INES) na capital do RJ. (DINIZ, 2010, p. 21). 
 
O Congresso de Milão em 1880 foi definido e votado que o melhor 
método para a Educação de Surdos era o Oralista, proibindo então a língua de sinais, 
evento esse marcou profundamente a educação dos surdos no mundo, deixando os 
sujeitos surdos com habilidades cognitivas, inferiores e limitadas. (Strobel, 2009). 
Mesmo sendo, o uso da língua de sinais proibida, sobreviveu por 
aproximadamente mais de meio século, até 1957, sendo usada por alunos em 
ambientes onde não podiam ser vistos por seus professores. E desde a chegada em 
12 
 
nosso país, a língua de sinais enfrentou muitos desafios para ser aceita por todos, já 
que a Libras é sua língua oficial ou 1° língua L1. 
De acordo com Strobel (2006, p. 8 apud PERLIN ESTROBEL, 2006 
[n. P] 
Surdo “ O conjunto de sujeitos que não habitam no mesmo local, mas que 
estão ligados por uma origem, tais como cultura surda, costumes e interesses 
semelhantes, histórias e tradições comuns e qualquer outro laço.” Com isso 
toda pessoa surda que mora no nosso país em qualquer uma das regiões 
brasileiras que usam a libras, tenham as mesmas características, os mesmos 
costumes. 
 
 
Segundo Strobel, 2006 p. 42-43 apud PERLIN ESTROBEL, (2006 
[n.p]) 
ComunidadeSurda (...) Sejam pessoas surdas ouvintes, já que estes podem 
ser intérpretes, família, amigos, professores, todos que compartilham os 
mesmos interesses comum em determinada localização (...) Geralmente em 
associação de surdos, federações de surdos, igrejas e outros. 
 
É fato que a nossa sociedade é cheia de preconceitos e o 
reconhecimento da Libras como língua oficial dos surdos no Brasil, passou e ainda 
passa por grandes lutas, desde que chegou em nosso país acerca de 150 anos. É a 
história de uma comunidade guerreira que não desiste jamais de lutar por seus direitos 
de igualdade perante a sociedade ouvinte. 
A comunicação entre os ouvintes e os surdos, ainda hoje é bem 
defasada, pois de acordo com Dilli (2010, p. 44) “[...], a maior parte da sociedade 
desconhece a Língua de Sinais, língua materna do surdo”. E esse é um grande desafio 
enfrentado pelos surdos, pois essa falta de conhecimento e instrução da sociedade 
interfere diretamente na construção da vida social dos mesmos. 
É preciso que a sociedade entenda que a Libras não é só uma língua, 
e sim que esta representa um povo que luta por seus ideais e direitos que vem 
ganhando espaço à cada dia mais na escola, bem como no mundo ouvinte, assim 
reconhecer um povo, uma cultura é a maior riqueza de todos, pois todos tem o direito 
de se comunicar. 
Desde um momento em que se reconhece uma língua, ela se torna 
Importante para todos, assim como para a sociedade. E no Brasil o reconhecimento 
13 
 
da Libras como língua, oficial da comunidade surda no nosso país, mostrou como é 
difícil implantar leis que garantem e asseguram os direitos dessas pessoas, dessa 
comunidade se interagir com a comunidade ouvinte pois a lei deveria estar no meio 
social e privado para funcionar de verdade e garantir a comunicação da pessoa surda 
com outras pessoas. 
Ao se falar em Libras é preciso que se compreenda: 
Art 1° É reconhecida como meio legal da comunicação e expressar a Língua 
Brasileira de Sinais-Libras e outros recursos de expressão a ela associado 
[...] Art. 2° Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e 
empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas 
de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais. 
-Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das 
comunidades surdas do Brasil; 
Art. 3° As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços 
públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento 
adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas 
legis em vigor. ( Brasil Lei n° 10436, 2002). 
A partir da Lei 10.436/02 de 24 de abril de 2002 a Libras tornou-se 
oficialmente a língua da comunidade, pessoas surdas no Brasil, mas não substituindo 
a Língua Portuguesa como (L2) na modalidade escrita. A referida lei veio garantir o 
direito de estar incluso na escola, no trabalho e em todos as instâncias da sociedade, 
podendo assim exercer a cidadania. 
Em 22 de dezembro de 2005 é instituído o decreto n° 5626, que veio 
regulamentar o Art. 18 da Lei 10.098 de 19 de dezembro de 2000 e a Le n° 10.436 de 
24 de abril de 2002, o mesmo traz a disposições preliminares sobre a pessoa surda, 
a libras como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores 
e nos cursos de fonoaudiologia e formação de tradutores em libras, a formação de 
TILS de libra- língua portuguesa, o uso da difusão da Libras e a língua portuguesa 
para que os alunos tenham acesso à educação, o papel do poder público e empresas 
que tenham permissão do uso do poder público para fazer praxe e difusão da Libras 
e a garantia do direito à educação das pessoas surdas. 
Já no Art 3 do decreto, a libras deve ser inserida como disciplina 
curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do 
magistério em nível médio e superior, nas instituições de ensino privadas e públicas 
do sistema federal de ensino e dos sistemas de Ensino dos Estados, DF, e Municípios 
(Brasil Decreto n° 5626,24/12/2005,Art 3) 
E no artigo Art 4°”[...]deve ser realizada em nível superior, em curso 
14 
 
de graduação de Licenciatura plena em Letras: Libras ou em Letras : Libras /Língua 
Portuguesa como segunda língua (L2)”.(Brasil, Decreto 5.626 22/12/2005 Art 4). 
É preciso que todas essas leis não fiquem somente no papel, mas que 
alcancem realmente a comunidade surda e que estas venham de fato melhorar a cada 
dia para que a verdadeira e real inclusão seja de fato consolidada. 
O método chamado oralista desenvolve a fala dos surdos, por isso os 
criadores desse método de estimulação possibilitaria em aprendizagem da 
língua portuguesa e levaria a criança surda a integrar-se na comunidade 
ouvinte e desenvolver uma personalidade como de um ouvinte, ou seja, o 
objetivo do oralismo é fazer a criança surda em direção à normalidade essa 
metodologia achava que comunicar-se oralmente era o correto para o 
desenvolvimento das pessoas, com isso os surdos foram alvos de muitos 
preconceitos, fato que existe até hoje em pleno século XXI. Segundo Goldfeld 
(2002, 34 apud Kalatai e Streichen Isdl, p. 5) 
Para esse método a surdez era vista como uma doença, e que essas 
pessoas tinham que ser curadas, eram obrigadas a aprender a leitura labial e a fala 
sem mesmo ouvir. Já se passaram cem anos da utilização desse método e os surdos 
sofreram muito por ter seus direitos, identidade, língua, cultura negados e por não 
conseguirem ser alfabetizados muitos surdos sofrem com as sequelas e más 
experiências que infelizmente essa metodologia deixou. 
Segundo Ciccone (1996) A Comunicação Total é uma filosofia de 
trabalho voltada para o atendimento e a educação de pessoas surdas. Não é somente, 
mais um método na área e seria realmente um equívoco considerá-la inicialmente 
como tal. A comunicação total, entretanto, não é uma filosofia educacional que se 
preocupa com ideias paternalistas. O que postula, isto sim é uma valorização de 
abordagens alternativa, que possam permitir ao surdo ser alguém com quem possa 
trocar ideias, sentimentos, informações desde sua mais tenra idade. 
Sendo, assim a comunicação total surge a princípio para 
complementar o fracasso que foi o método oralista na vida dos surdos, por isso se 
tentou de várias formas uma maneira para que os surdos se comunicassem através 
da leitura de lábios, língua de sinais, gestos, etc. Através de meios clínicos surgiu o 
Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI), ou aparelho auditivo, na tentativa 
dos portadores da surdez ouvir ruídos, sons da fala, bombas, telefone e outros. Todos 
esses aparelhos possuem diversos modelos e padrões de fábrica e o mais comum a 
ser usado é aquele que fica atrás da orelha com molde da parte interna da orelha. 
Sendo assim, tanto o método oralista como a comunicação total, não 
15 
 
surtiu efeito pois dificultava bastante a aprendizagem e o acompanhamento dos 
alunos. 
Visando atender os surdos e a comunidade surda, surge a proposta 
Bilíngue, método esse que buscava atender o surdo no direito ao acesso à sua própria 
língua de sinais e a língua portuguesa na modalidade escrita dentro de um mesmo 
contexto ou de forma conjunta. 
O Bilinguismo tem o grande mérito de divulgar e estimular a utilização de uma 
língua que pode ser adquirida espontaneamente pelos surdos, a língua de 
sinais, bem como sua cultura. Somente pela exposição a essa língua, a 
criança pode desenvolver-se linguística e cognitivamente sem dificuldade. 
(GODFELD 2002, p. 106). 
Diante dos fatos essa metodologia nos mostra o quanto é necessário 
na escola o aluno surdo ter um tradutor intérprete de Libras ou intérprete educacional 
para traduzir do português para a libras o conteúdo, o assunto que está sendo 
passado pelos professores, este profissional vai auxiliar também sobre os diversos 
conceitos de sua língua de sinais, ao mesmo tempo fará a comunicação entre 
professorese alunos surdos e alunos ouvintes, sendo assim, no bilinguismo, o aluno 
tem sua capacidade intelectual igual aos outros alunos. Por ter outra língua oficial a 
criança surda necessita de um profissional tradutor para ajudá-lo a obter 
conhecimentos, mostrando que a libras não é somente mímicas ou gestos e sim uma 
língua estruturada como a língua oral, sendo possível a tradução, com isso a língua 
de sinais tem vários significados, e é tão complexa como nossa língua falada. 
Os surdos ao pedir um método eficaz para tornar a aprendizagem 
mais acessível a eles, porque através do bilinguismo eles reconhecem a sua língua e 
assumem sua própria identidade e sua cultura. E também reconhecem que o nosso 
português é a língua oficial dos ouvintes brasileiros, sendo essas línguas naturais do 
Brasil, os mesmos aprendem a Libras como língua majoritária L1 e o Português em 
sua modalidade escrita L2. 
Por isso é fundamental a colaboração de todos, equipe pedagógica, 
os profissionais mencionados acima e propostas pedagógicas inovadoras a fim de 
proporcionar um real aprendizado e interesse do aluno surdo em aprender. 
Em se tratando da escolarização da criança surda, pois na 
antiguidade o povo surdo, a condição da surdez era vista como uma maldição que as 
famílias recebiam e eram excluídos da sociedade como se fossem monstros sem 
16 
 
almas. 
 
Em se tratando da escolarização da criança surda, entende-se que é 
um processo de ensino e aprendizagem muito desafiador, tanto dos professores, 
como de todos os profissionais da educação e a comunidade surda pela qual pertence 
essa criança que quer aprender. 
Ao se referir a Pedagogia Surda, importante método que leva os 
surdos ao resgate da sua cultura, pois toda a comunidade surda almeja e deseja, 
assim o aluno surdo terá o seu processo de educação feito ou instigado por um 
professor surdo e que este seja enraizado no contexto sociocultural da comunidade 
surda e tenha domínio da Libras levando conhecimentos da cultura surda a todos os 
grupos e meios sociais que esteja inserido, com isso a criança surda terá um melhor 
rendimento escolar. E o aluno terá a oportunidade de aprender conteúdos que seja 
feito em conjunto com a comunidade surda e professores surdos, valorizando a cultura 
surda no processo de ensino- aprendizagem. 
A Pedagogia surda surge com a finalidade de mostrar um novo caminho para 
a educação do surdo, pois ela é uma metodologia que atende de forma 
satisfatória as especificidades do surdo, forma a considerar todos os 
aspectos culturais desse sujeito. 
[...] A metodologia realmente desejada pelo povo surdo é a Pedagogia surda, 
visto que as lutas destas pessoas giram em torno da constituição e 
subjetividade do jeito surdo de ser, ou seja, a construção de sua verdadeira 
identidade e consagração de sua cultura, e que só poderá ocorrer no encontro 
com seus pares. 
O professores surdos na escola tornam as aulas atraentes, 
interativas, favorecendo então troca de experiências como: A conquista e a história 
dos surdos, como surgiram as comunidades surdas, a língua de sinais de outros, como 
são os familiares de cada um, se existe apoio da família mesmo sendo ouvinte, se 
busca ter contato com a Libras, enfim os professores surdos fazem a diferença na vida 
desses alunos, visto que a pedagogia surda torna esse aluno com a capacidade 
intelectual notável capaz de concluir o seu processo de ensino-aprendizagem de 
forma eficaz, formando o ensino fundamental e médio e porque não o ensino superior 
e com o apoio da família tudo se torna possível. 
O profissional TILS, dentro de uma sala de aula como se fosse um 
canal de comunicação entre o aluno surdo e o professor ouvinte. Importante é 
destacar que o intérprete educacional realiza as traduções entre pessoas que fazem 
17 
 
parte e compartilham línguas e culturas diferentes. É na sala de aula, este precisa 
saber qual seu papel perante o aluno surdo não assumindo a função de regência nas 
situações que são relacionados à aprendizagem desses alunos, então ele precisa ter 
uma boa convivência e remeter se aos professores regentes, somente cumprindo com 
excelência a mediação na sala de aula. 
Cada profissional exerce seu trabalho, e o TILS, por estar mais perto 
do aluno surdo, conhecem seus anseios, as dificuldades e os desafios no processo 
de ensino-aprendizagem, pode junto ao professor com métodos e ideias elaborando 
e dando sugestões de atividades que venham sanar as dúvidas e as dificuldades dos 
alunos, ou seja, professor, intérprete e equipe pedagógica unidos para proporcionar 
da melhor maneira possível os conteúdos propostos garantindo, aprendizado e 
interação entre todos os alunos, ouvintes e surdos com isso busca entender as 
necessidades do educando surdo, fazendo a inclusão, a comunicação com o mundo 
ouvinte. 
Segundo Carvalho e Barbosa (2008), um ambiente de colaboração 
em que as atividades são compartilhadas entre surdos e ouvintes, é o ideal para que 
aconteça o processo de inclusão, pois assim estarão sendo respeitadas e aceitas as 
diferenças individuais. A partir disso vê se a necessidade de refletir sobre uma didática 
flexível que ofereça o mesmo conteúdo curricular e que respeite as necessidades do 
aluno surdo sem perda da qualidade do ensino e da aprendizagem. É fato que muitos 
professores e equipe pedagógica não estão preparados para a inclusão de pessoas 
surdas, ao depararem com esses alunos em sala de aula regular, ministram aulas com 
atividades escritas para todos os alunos, ouvintes/surdos, esquecendo de adaptar o 
currículo as necessidades especiais desses educandos surdos, tendo que levar em 
conta as experiências visuais destes, para que eles tenham igualdade de 
oportunidades para um ensino eficaz de qualidade, caso não façam isso estarão 
fazendo uma exclusão ao invés de inclusão. 
Sendo assim, para que os alunos surdos tenham sucesso nos 
estudos, o professor e a equipe pedagógica da escola devem conhecer a história da 
surdez, as leis que regem e garantem a inclusão dos surdos na sociedade e na escola, 
dos conhecimentos linguísticos e culturais dos alunos, bem como se reorganizar 
pedagogicamente e buscar capacitação em Libras para conhecer com base em 
metodologias que atendem suas peculiaridades educacionais. 
 
18 
 
 
2.6 CONTEÚDOS CURRICULARES 
 
Os conteúdos serão: De acordo com Franco (2007)”as adaptações 
Curriculares .de planejamento, objetivos, atividades e formas de avaliação no 
currículo como um todo, ou em aspectos dele, são para acomodar os alunos 
com necessidades especiais”... esse é um dos caminhos possíveis para que 
os alunos surdos possam atender às exigências do currículo comum que 
necessita ser reformulado no sentido de oferecer-lhes as mesmas condições 
de desenvolvimento dos alunos ouvintes, sendo o professor responsável por 
regular sua própria prática educativa para ajustá-la as suas necessidades.” 
(SILVA 2013, p. 03). 
Sendo assim, o professor como mediador é figura do conhecimento, 
cabe a ele estimular e mostrar meios pelos quais, o aluno surdo possa aprender e 
adaptar o currículo de forma segura que favoreça seu modo principal de 
aprendizagem, o visual, alguns exemplos: Revistas, livros, jornal digital e escrito, data 
show, vídeos em libras e legendados, computadores, tablets e outros, favorecendo a 
inclusão dos alunos surdos. E nas atividades que escolhi, a imaginação, as emoções, 
valores sociais, valorização da cultura surda, identidade surda, elementos sociais da 
natureza, políticos, econômicos, vestuários, tipos de embarcação, condições de 
higiene, alimentação, maus-tratos, clima, etc. 
 
2.7 METODOLOGIA 
 
Esse projeto de pesquisa inclui pesquisa bibliográficas, através de 
levantamento sobre o tema. E segundo Gil (2010, p. 29) “[...] É elaborada com base 
em material já publicado.” No intuito de aplicar primeiramente para toda a comunidade 
escolar e famílias um curso básicode introdução à libras por um instrutor de libras. O 
método utilizado foi o dedutivo “[...] Que partindo das teorias e leis que na maioria das 
vezes prediz a ocorrência dos fenômenos particulares [...]” (Gil, 2010 p. 110). 
A abordagem foi de forma qualitativa, sendo ao longo da pesquisa 
aprofundada acerca do assunto estudado. Tendo por objetivo a descrição, segundo 
Gil (2010, p. 27) “As pesquisas descritivas tem como objetivo a descrição das 
características de uma determinada população.” Nesse caso “professores que atuam 
com alunos surdos em sala de aula regular” e a capacitação dos mesmos, visando a 
19 
 
inclusão dos alunos surdos de forma eficaz no ensino regular e que a comunidade 
escolar em geral adquira conhecimentos das libras e a importância desta para os 
alunos surdos e que as famílias dos alunos surdos percebam a importância da libras 
para seus filhos. 
E para a coleta de dados na escola observada como importante 
contribuição para essa pesquisa, usei a técnica da observação de como se 
comportavam os 4 alunos surdos da escola. E também pela observação das aulas 
extraclasses destas salas no pátio, quadra e biblioteca, bem como com apoio da 
intérprete educacional deles, fazendo uma entrevista com os mesmos, perguntei se 
eles estavam gostando e entendendo as aulas, se estavam adquirindo conhecimentos 
desses conteúdos ministrados nessas aulas. E com a ajuda da intérprete também falei 
com as professoras desses alunos e disseram que nenhum deles tem formação 
específica em Libras, mesmo fazendo parte da grade curricular obrigatória nos cursos 
de formação de professores e percebi que eles não conhecem a libras e tem pouco 
interesse em conhecer e deixam por conta do intérprete para ajudá-los, observei 
também que eles não interagem com seus alunos surdos por não dominarem a libras 
e não ter formação específica. 
Por isso os resultados, mostram a necessidade dos professores que 
trabalham, que atuam com alunos surdos dar continuidade em seu processo de 
formação continuada, pois assim a comunicação fica falha e o aluno ficando 
prejudicado pela falta de capacitação dos mesmos, seja pela falta de se capacitar, a 
não fluência na libras, a grande dificuldade de se comunicar com seus educandos e 
desenvolver um ensino de qualidade para eles. 
E para contribuir com esta pesquisa será ofertado uma palestra com 
um professor surdo, que vai contar a todos a história dos surdos desde a antiguidade, 
a chegada da Libras em nosso país, as leis que oficializaram e regulamentam e 
reconhecem a língua de sinais como língua oficial dos surdos, a educação dos surdos 
até o dia de hoje, e também contará sua trajetória de vida, e que ele pertence a 
comunidade surda. Esse importante método é para que os alunos surdos se inspirem 
no exemplo desse professor ampliando, desenvolvendo e melhorando o seu potencial, 
podendo vivenciar alguém de seu mundo da surdez, sendo um exemplo de sucesso, 
pois este conhece suas limitações, anseios, angústias e contribuirá de forma 
grandiosa e prazerosa para a inclusão dos mesmos. 
 
20 
 
 -Primeiro Passo: Fazer antecipadamente convites deste projeto às 
famílias, organizar e oferecer um curso de introdução à libras na biblioteca com a 
duração de 2 meses por um instrutor de libras. 
-Segundo Passo: No pátio da escola, organizar a palestra do 
professor surdo que vai contar sua história de vida e todo o seu processo de formação 
acadêmica e os desafios enfrentados por ele, enquanto estudante, bem como a 
história dos surdos, a chegada da Libras no Brasil e as leis que regem e garantem a 
inclusão dos surdos na escola e sociedade, e outros já mencionados nesse presente 
trabalho. Dividir as turmas, equipe escolar, demais funcionários e famílias para 
assistirem a palestra, antes e depois do recreio, com a presença da intérprete 
educacional fazendo a tradução oral da mesma. 
-Terceiro Passo: Organizar as turmas e demais participantes deste 
projeto, já no outro dia, sendo o primeiro dia da oficina na biblioteca. Para que todos 
assistam o filme sobre o transporte de escravos africanos para o Brasil pelos 
portugueses para favorecer a compreensão do assunto estudado. Após o término do 
filme escolher dois alunos surdos e dois alunos ouvintes, com a ajuda da intérprete 
fazer as seguintes perguntas: Vocês gostaram do filme? Qual parte foi mais 
interessante na opinião de vocês? O que o filme mostra? Vocês irão fazer como tarefa 
de para casa, recortes, desenhos sobre a compreensão do assunto estudado e 
apresentar amanhã no segundo dia da oficina. 
-Quarto Passo: No segundo dia da oficina, as turmas ficarão do 
mesmo jeito do 1° dia, e com o apoio da gestor da escola, usando notebook e data 
show apresentar a todos a história cantada da “Poderosa Borboleta Surda”, a fim de 
estimular o campo visual e letramento dos alunos surdos. Antes com a ajuda 
novamente da intérprete explicar que este livro cd, também tem sua versão impressa, 
sendo apresentado em libras com áudio em português e escrita com cartelas em 
português e glossário em Libras /Português escrito, e a autora dele é surda e o seu 
nome é Jeanie Liza Marques Ferreira de Macedo, e que esta história narra a vida de 
uma lagarta surda que nasceu em uma família ouvinte, que passa por muitos 
problemas de comunicação, tanto na família como na escola, o que a deixa muito 
triste, e resolve sair de casa e encontra um mundo diferente, um mundo bilíngue, onde 
todos se comunicam, e ela aprende libras e se transforma em uma linda borboleta, e 
conta a novidade a família, que se admira ao vê-la e aprende libras também, todos se 
transformam em borboletas, mostrando que não importam as nossas dificuldades, 
21 
 
nossos problemas, todos um dia podemos criar asas e voar. 
Pedir que todos façam desenhos, ou escrevam sobre a história da 
poderosa borboleta surda e em seguida fazer um sorteio com 2 cd da história. 
 
 
ATIVIDADE 
1. Planejamento Agosto Setembro Outubro 
2. Execução X X 
3. Avaliação X X 
 X 
 X 
 
 
 2.8 CRONOGRAMA 
 
1. Planejamento: O planejamento foi realizado no começo do mês de agosto e 
setembro de 2020, estendendo-se até o mês de outubro com intuito de mostrar 
a importância da Libras para a escolarização do aluno surdo na escola regular, 
bem como oferecer capacitação através de um curso básico de introdução à 
libras para professores, equipe pedagógica, gestores, funcionários alunos 
ouvintes, famílias, ministrado por um instrutor de libras. 
2. Execução: A execução, será primeiramente com uma palestra dada por um 
professor surdo no pátio da escola, durante um dia de aula, sendo metade das 
salas, seus respectivos professores, funcionários e as famílias de todos os 
alunos, antes do recreio e a outra metade depois do recreio. O curso começa 
na próxima semana, sendo duas vezes na semana depois do recreio para todos 
os participantes deste presente projeto. E a oficina será feita da mesma forma, 
só que no dia seguinte, mostrando como é importante e prazeroso esses 
recursos metodológicos no processo de ensino-aprendizagem dos alunos 
surdos e a inclusão dos mesmos na escola regular. 
Avaliação: A avaliação será feita pela observação e participação 
minha dos mesmos através de relatórios e fotos da palestra, da oficina e do curso de 
libras e entrevistas com os professores, alunos surdos e ouvintes, familiares destes 
funcionários da escola, equipe pedagógica, gestores, e com o professor surdo com a 
22 
 
participação da intérprete educacional. 
 
2.9 RECURSOS 
 1. Professores Regentes 
 2. Alunos surdos e ouvintes 
 3. Equipe escolar (Diretor, vice-diretor, supervisor, coordenadores 
pedagógicos e outros funcionários da escola) 
 4. Professor Surdo 
 5. Intérprete Educacional 
 6. Instrutor delibras 
 7. Famílias dos alunos 
 8. Biblioteca 
 9. Pátio da escola 
 10. Sulfite, lápis, lápis de cor, canetinhas 
 11. Aparelho de TV com CD e filme sobre o transporte de escravos 
africanos para o Brasil 
 12. Notebook e data show com o livro CD da história cantada da 
“Poderosa borboleta surda’ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
2.10 AVALIAÇÃO 
 
A avaliação de um projeto que seja significativa, traduz um conjunto 
de atuações que verificam o aprendizado progressivo ao longo do projeto didático. A 
avaliação, portanto, guarda em si duas funções: Avaliar o progresso individual do 
aluno mediante o projeto; avaliar até que ponto as intenções educativas tiveram valia 
(PORTAL EDUCAÇÃO, 2020). 
A avaliação será feita pela equipe escolar como parte integrante do 
da ação pedagógica e docente, contemplando mudanças no sistema educacional e 
uma adaptação no currículo, com alterações metodológicas e formas de ensino com 
métodos adequados de acordo com as necessidades do aluno surdo, além de 
participativa, colaborativa, formativa e diagnóstica durante a duração do projeto e após 
de forma contínua. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O tema desse importante projeto possibilitou analisar como se 
desenvolve e acontece o processo de ensino-aprendizagem dos alunos surdos no 
ensino regular. A problematização foi levantada, mostrada para buscar soluções e 
diminuir as dificuldades e os desafios encontrados pelos professores que atuam com 
alunos surdos em sala de aula regular na rede pública de ensino. 
A educação dos surdos é muito antiga, sendo marcada por diversas 
lutas ao longo dos anos e também cercada de preconceitos que puderam ser um 
pouco amenizados com políticas públicas de educação inclusiva e a criação de leis, 
como a Lei 10.436/02 e pelo decreto n° 5.626/05 que regulamenta a Libras no Brasil, 
vindo assegurar todo esse processo que envolve a formação de profissionais que irão 
atuar, difundindo a libras como língua oficial(materna) dos surdos no Brasil. 
Não há uma metodologia pronta para a prática pedagógica na 
educação dos surdos, ou seja, toda a comunidade escolar através do currículo deverá 
buscar estratégias metodológicas que venham contribuir para o aprendizado 
significativo dos alunos com necessidades educacionais especiais, e para que ocorra 
da melhor forma possível, é de grande valia que todos os envolvidos no processo de 
ensino-aprendizagem dos alunos surdos, busquem estar discutindo acerca das 
decisões a serem feitas para o melhor desenvolvimento do trabalho pedagógico e 
sempre esforçando-se em conformidade à atender as particularidades dos mesmos, 
“reconhecendo em uma dimensão política a surdez enquanto diferença”. 
(CONCEIÇÃO, 2011 p. 20). 
Portanto concluo, que é de suma importância a necessidade de dar 
continuidade ao processo de formação de professores que atuam com alunos surdos, 
para que possa ser quebrada a barreira da comunicação, e que esta não seja um 
obstáculo que dificulta o processo de inclusão e aprendizagem dos educandos surdos, 
para que aconteça um ensino de igualdade e qualidade na rede pública de ensino. 
 
 
 
 
 
25 
 
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	SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO
	2 PROJETO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS: UM OLHAR SOBRE A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA ESCOLA
	2.1 Tema
	2.2 Justificativa
	2.3 Participantes
	2.4 Objetivos2.4.1 Objetivo Geral
	2.4.2 Objetivos Específicos
	2.5 Problematização
	2.6 Referencial Teórico
	2.6 Conteúdos Curriculares
	2.7 Metodologia
	3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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