Buscar

Contabilidade Avançada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 100 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 100 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 100 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Autor: Prof. Walter Dominas 
Colaboradoras: Profa. Divane Alves da Silva
 Profa. Elisabeth Alexandre Garcia
Contabilidade Avançada
Professor conteudista: Walter Dominas
Mestre em Controladoria e Contabilidade pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da 
Universidade de São Paulo (USP), com 15 anos de experiência nas áreas de Contabilidade e Controladoria. Lecionou 
as disciplinas de Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada, Controladoria e Avaliação de Empresas em instituições 
de ensino como UNIP, Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), Universidade Mackenzie, Fundação e Escola de 
Comércio Álvares Penteado, entre outras.
Trabalhou em empresas como Camargo Correia Industrial S/A, Indústria de Confecções Vila Romana S/A, Bunge 
S/A e outras, exercendo as funções de conversão de balanços em dólares, consolidação das demonstrações contábeis 
da empresa controladora e de suas controladas, elaboração de relatórios sobre alternativas de investimento e avaliação 
de empresas.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
D671c Dominas, Walter.
Contabilidade avançada. / Walter Dominas. – São Paulo: Editora 
Sol, 2015.
168 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXI, n. 2-101/15, ISSN 1517-9230
1. Contabilidade. 2. Demonstrações contábeis. 3. Aspectos 
societários. 4. Impostos. I. Título.
CDU 657
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Lucas Kater
 Juliana Mendes
Sumário
Contabilidade avançada
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS ...................................................................................9
1.1 Técnicas de consolidação .................................................................................................................. 18
1.2 Investimentos e acionistas não controladores ......................................................................... 23
1.2.1 Investimentos ........................................................................................................................................... 23
1.2.2 Acionistas não controladores............................................................................................................. 23
1.2.3 Dividendos ................................................................................................................................................. 25
2 DUPLICATAS A RECEBER E CONTAS-CORRENTES .............................................................................. 25
2.1 Duplicatas a receber ............................................................................................................................ 25
2.2 Contas-correntes .................................................................................................................................. 25
3 VENDAS E DESPESAS COM VENDAS ....................................................................................................... 26
3.1 Vendas e Custo das Vendas .............................................................................................................. 26
3.2 Comissões sobre vendas, juros e outras receitas e despesas .............................................. 26
3.3 Lucros nas transações entre empresas do grupo .................................................................... 26
3.4 Estoques ................................................................................................................................................... 27
3.5 Ativo imobilizado .................................................................................................................................. 28
4 IMPOSTOS NA CONSOLIDAÇÃO ................................................................................................................. 29
4.1 Imposto de Renda e Contribuição Social ................................................................................... 29
4.2 ICMS, IPI e PIS ........................................................................................................................................ 30
4.3 ISS e Cofins ............................................................................................................................................. 31
4.4 Exemplos completos de consolidação ......................................................................................... 31
4.5 Apresentação das Demonstrações Financeiras ........................................................................ 43
Unidade II
5 ASPECTOS SOCIETÁRIOS E CONTÁBEIS .................................................................................................101
5.1 Aspectos societários ..........................................................................................................................101
5.2 Aspectos contábeis ............................................................................................................................104
6 INCORPORAÇÃO ............................................................................................................................................108
7 FUSÃO ................................................................................................................................................................117
8 CISÃO .................................................................................................................................................................128
7
APRESENTAÇÃO
O objetivo da disciplina Contabilidade Avançada é desenvolver com os alunos os conhecimentos 
necessários para a elaboração de demonstrações contábeis consolidadas e a combinação de negócios.
Na consolidação de demonstrações contábeis, serão abordadas as noções preliminares de 
consolidação, as técnicas de consolidação, as eliminações na consolidação, o tratamento dos Lucros nos 
Ativos, o Diferimento dos Tributos e a segregação dos Acionistas não Controladores.
Na combinação de negócios, serão estudadas as operações de fusão, cisão e incorporação.
INTRODUÇÃO
No mundo moderno, as operações que envolvem grandes conglomerados se tornam cada vez 
mais frequentes. Todos os dias, nos meios de comunicação, surgem notícias de aquisições ou fusões 
de empresas, tanto no mercado nacional como no internacional. Dificilmente encontramos empresas 
isoladas no mundo dos negócios; o que observamos comumente é que existem grupos de empresas.
Quando precisamos analisar o desempenho de uma empresa para elaborar um relatório ou tomar 
uma decisão de investimento, é preciso conhecer a situação das outras empresasdo mesmo grupo, pois 
a empresa, individualmente, pode estar econômica e financeiramente bem, mas as outras empresas 
do grupo podem não estar, e, como elas estão ligadas à saúde financeira do grupo, isso influencia a 
empresa analisada. Por outro lado, podemos querer analisar o grupo de empresas, e nesse caso não 
basta fazermos uma análise individual, pois elas podem realizar operações entre si que podem estar 
distorcendo suas Demonstrações Contábeis. Podem existir, por exemplo, operações entre elas visando a 
transferências de lucros.
Para que possamos analisar corretamente as empresas do grupo, é necessário que tenhamos 
Demonstrações Contábeis que espelhem a situação real do grupo. Essas demonstrações não podem 
estar distorcidas por políticas internas, então devemos ter uma Demonstração Contábil que mostre a 
situação do grupo como se fosse uma única empresa e com os efeitos das operações entre as empresas 
do grupo eliminadas; trata-se da Demonstração Consolidada.
Nesta disciplina, vamos estudar a legislação e as técnicas envolvidas na elaboração de Demonstrações 
Contábeis Consolidadas. Antes de elaborarmos as demonstrações consolidadas, porém, devemos apurar 
corretamente as Demonstrações Contábeis das empresas do grupo, e, como dito anteriormente, no mundo 
moderno as operações que envolvem grandes conglomerados tornam-se cada vez mais frequentes. 
Operações com empresas acontecem todos os dias, e essas operações podem ser uma incorporação, uma 
fusão ou uma cisão.
Temos de conhecer cada uma dessas operações, para que, de posse de demonstrações corretas, 
possamos elaborar as Demonstrações Contábeis Consolidadas. Então vamos estudar também a legislação 
e as técnicas envolvidas na combinação de negócios.
9
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
Unidade I
CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: PRIMEIRA PARTE
1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS
 Lembrete
A Consolidação das Demonstrações Contábeis é uma técnica que 
permite conhecer a posição financeira da empresa controladora e das 
demais empresas do grupo como se fosse uma única empresa. Para isso, as 
empresas precisam elaborar demonstrações consolidadas.
A Lei nº 6.404/76, conhecida como lei das Sociedades por Ações, normatizou em seus artigos 249 e 
250 os procedimentos para a elaboração e publicação das Demonstrações Contábeis. O art. 249 delegou 
para a Comissão de Valores Mobiliários poderes para expedir normas de caráter obrigatório para as 
companhias de capital aberto. A Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, não alterou esses artigos.
Usando dessas atribuições, a CVM, por meio de sua Instrução nº 15, de 3 de novembro de 1980, 
atualizada pela Instrução nº 247, de 27 de março de 1996, introduziu mudanças significativas nos 
procedimentos vigentes.
Segundo a Lei nº 6.404/76, as Demonstrações Consolidadas devem ser elaboradas conforme o 
disposto no artigo 249:
Art. 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor 
do seu patrimônio líquido representado por investimentos em sociedades 
controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações 
financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do artigo 250.
Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários poderá expedir 
normas sobre as sociedades cujas demonstrações devam ser abrangidas na 
consolidação, e:
a) determinar a inclusão de sociedades que, embora não controladas, sejam 
financeira ou administrativamente dependentes da companhia;
b) autorizar, em casos especiais, a exclusão de uma ou mais sociedades 
controladas (BRASIL, 1976).
10
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
A instrução da CVM nº 247, de 27 de março de 1996, com as alterações introduzidas pelas instruções 
CVM nº 269/97, 285/98, 464/08 e 469/08 sobre o dever de elaborar e divulgar demonstrações contábeis 
consolidadas dispõe o seguinte:
Art. 21. Ao fim de cada exercício social, demonstrações contábeis consolidadas 
devem ser elaboradas por:
I – companhia aberta que possuir investimento em sociedades controladas, 
incluindo as sociedades controladas em conjunto referidas no artigo 32 
desta Instrução; e
II – sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia aberta.
Art. 22. Demonstrações contábeis consolidadas compreendem o balanço 
patrimonial consolidado, a demonstração consolidada do resultado do 
exercício e a demonstração consolidada das origens e aplicações de 
recursos, complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos 
necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados 
consolidados.
Art. 23. Poderão ser excluídas das demonstrações contábeis consolidadas, 
sem prévia autorização da CVM, as sociedades controladas que se encontrem 
nas seguintes condições:
I – com efetivas e claras evidências de perda de continuidade e cujo 
patrimônio seja avaliado, ou não, a valores de liquidação; ou
II – cuja venda por parte da investidora, em futuro próximo, tenha efetiva e 
clara evidência de realização devidamente formalizada.
§ 1º Em casos especiais justificados, poderão ser ainda excluídas da 
consolidação, mediante prévia autorização da Comissão de Valores 
Mobiliários, as sociedades controladas cuja inclusão, a critério da CVM, não 
represente alteração relevante na unidade econômica consolidada ou que 
venha distorcer essa unidade econômica.
§ 2º No balanço patrimonial consolidado, o valor contábil do investimento 
na sociedade controlada excluída da consolidação deverá ser avaliado pelo 
método da equivalência patrimonial.
§ 3º Não será considerada justificável a exclusão, nas demonstrações 
contábeis consolidadas, de sociedade controlada cujas operações sejam de 
natureza diversa das operações da investidora ou das demais controladas 
(BRASIL, 1996).
11
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
Em seu pronunciamento XXI – “Normas de Consolidação”, parágrafo 2º, o Instituto dos Auditores 
Independentes do Brasil (IBRACON, 1982) define as Demonstrações Contábeis Consolidadas como o 
produto de agregação de demonstrações contábeis de uma ou mais controladas com as demonstrações 
contábeis da controladora após a eliminação de saldos e transações entre as companhias e efetuada a 
constituição de provisão para os interesses de minoritários nas controladas.
Segundo o parágrafo 3º, tais demonstrações são o reconhecimento de que as entidades legais, 
separadamente, são componentes de uma unidade econômica distinta da controladora ou de qualquer 
de suas controladas e devem refletir as operações da controladora e de suas controladas, no país ou no 
exterior, a partir da data de aquisição destas.
 Observação
A primeira condição necessária para a consolidação, de acordo com 
o parágrafo 4 do referido pronunciamento, é a participação majoritária 
(acima de 50%) no capital votante da controlada.
O controle pode ser exercido de forma direta ou indireta (por intermédio de outras controladas). 
Assim, por exemplo, se duas subsidiárias integrais da companhia A possuírem, cada uma, 30% do capital 
votante da Companhia C, então a Companhia C é uma controlada da Companhia A.
A recomendação encontrada no parágrafo 5º é a de que a Lei das Sociedades por Ações estabelece a 
obrigatoriedade da consolidação somente para as companhias abertas e, mesmo assim, apenas quando 
os investimentos nas controladas atingem ou excedem 30% do patrimônio líquido da controladora. 
Consequentemente, poderá acontecer que a controladora detenha 99% na controlada e, ainda assim, 
o investimento não atinja 30% do capital da controladora. Nesse caso, embora a norma contábil aqui 
enunciada recomende a consolidação, a controladora estaria desobrigada, pela lei, de fazê-la.
Para os casos de empresas de um mesmo grupo econômico cujas operações sejam demasiadoheterogêneas, o Ibracon recomenda, em seu parágrafo 7º, a consolidação com evidenciação das 
controladas, a natureza de suas operações e elementos que identifiquem, se possível, a procedência dos 
principais saldos.
Segundo o parágrafo 8º, mesmo que, no caso específico das companhias abertas, a Comissão de 
Valores Mobiliários seja o órgão determinado pela Lei nº 6.404/76 para autorizar, em casos especiais, a 
exclusão ou inclusão de sociedades na consolidação, a opinião do Ibracon (1982) é: “a consolidação é 
indevida se inexistir o efetivo controle sobre a controlada, mesmo que temporariamente, como no caso 
de falência, intervenção, ou acordo entre acionistas etc.”.
O Ibracon, no item 2 da Interpretação Técnica nº 01/90, ao comentar a aplicabilidade das normas 
contábeis da Comissão de Valores Mobiliários às companhias não abertas, incentiva a adoção por estas 
sociedades de demonstrações financeiras consolidadas, quando elaboradas para divulgação a terceiros. 
(IBRACON, 1990)
12
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
 Observação
Com a convergência das normas contábeis brasileiras às normas 
internacionais, a legislação sobre as Demonstrações Contábeis Consolidadas 
passou a ser baseada nas instruções do Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis, por meio do Pronunciamento Técnico CPC 36 (R1), referente às 
Demonstrações Consolidadas, para manter a Correlação com as Normas 
Internacionais de Contabilidade – IAS 27.
O CPC 36 deve ser aplicado na elaboração de demonstrações financeiras consolidadas de grupo 
econômico de entidades, as quais têm em comum o controle de uma entidade controladora, não 
tratando dos aspectos referentes à combinação de negócios, assunto que vamos abordar na Unidade II. 
Esse CPC foi aprovado pela Coordenadoria Técnica do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que 
tornou pública a aprovação, pelos membros do CPC, de acordo com as disposições da Resolução CFC n.º 
1.055/05 e alterações posteriores, do Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas. O 
Pronunciamento foi elaborado a partir do IAS 27 – Consolidated and Separate Financial Statements 
(IASB), e sua aplicação, no julgamento do Comitê, produz reflexos contábeis que estão em conformidade 
com o documento editado pelo IASB.
 Observação
A combinação de negócios é regulada pelo CPC 15.
A aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas, pelo Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis, está registrada na Ata da 41ª Reunião Ordinária do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis, realizada no dia 6 de novembro de 2009. O Comitê recomenda que o 
Pronunciamento seja referendado pelas entidades reguladoras brasileiras, visando à sua adoção.
 Observação
A CVM, Comissão de Valores Mobiliários, por meio de sua Deliberação 
CVM nº 608, de 26 de novembro de 2009, aprovou o Pronunciamento 
Técnico CPC 36 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
A Deliberação CVM nº 608/2009 trata de demonstrações consolidadas, como vemos a seguir:
I – aprovar e tornar obrigatório, para as companhias abertas, o 
Pronunciamento Técnico CPC 36, emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis – CPC, anexo à presente Deliberação, que trata de demonstrações 
consolidadas; e
13
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
II – que esta Deliberação entra em vigor na data da sua publicação no Diário 
Oficial da União, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro 
de 2010 e às demonstrações financeiras de 2009 a serem divulgadas em 
conjunto com as demonstrações de 2010 para fins de comparação. (BRASIL, 
2009b).
O CFC (Conselho Federal de Contabilidade), membro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
(CPC), que tem por objetivo estudar, preparar e emitir pronunciamentos técnicos sobre procedimentos 
de contabilidade, por meio da Resolução CFC nº 1.240/09, aprovou a NBC TG 36 – Demonstrações 
Consolidadas.
Como vimos anteriormente, toda a legislação referente à Consolidação de Demonstrações Contábeis 
está baseada no Pronunciamento Técnico CPC 36. Por isso, nosso texto segue esse pronunciamento, e 
vamos explicar e interpretar essas novas regras e como serão aplicadas na prática.
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 36, demonstrações consolidadas são as demonstrações 
contábeis de um conjunto de entidades (grupo econômico) apresentadas como se fossem as de uma 
única entidade econômica. As seguintes definições são encontradas no CPC 36:
Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um 
conjunto de entidades (grupo econômico), apresentadas como se fossem as 
de uma única entidade econômica.
Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da 
entidade de forma a obter benefício das suas atividades.
Grupo econômico é a controladora e todas as suas controladas.
Participação de não controlador é a parte do patrimônio líquido da 
controlada não atribuível, direta ou indiretamente, à controladora.
Controladora é uma entidade que tem uma ou mais controladas.
Demonstrações separadas são aquelas apresentadas por controladora, 
investidor em coligada ou empreendedor em entidade controlada em 
conjunto, nas quais os investimentos são contabilizados com base no valor 
do interesse direto no patrimônio (direct equity interest) das investidas, em 
vez de nos resultados divulgados e nos valores contábeis dos ativos líquidos 
das investidas. Não se confundem com as demonstrações individuais 
(consultar NBC T 19.35 – Demonstrações Separadas).
Controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma 
de sociedade tal como uma parceria, na qual a controladora, diretamente 
ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe 
14
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e 
o poder de eleger a maioria dos administradores (CPC, 2011, p. 869).
O conceito de grupo econômico é muito importante ao estudarmos a consolidação das demonstrações 
contábeis, pois esta é feita com as demonstrações da controladora e todas as suas controladas, ou seja, 
a consolidação é feita para o grupo econômico.
Outros conceitos que precisam ficar bem-definidos para a elaboração das demonstrações consolidadas 
são os conceitos de Controladora e Controlada, que são utilizados para definir grupo econômico, objeto 
da consolidação. Controladora é uma entidade que tem uma ou mais controladas. Controlada é a 
entidade na qual a controladora é titular de direitos de sócio que lhe garantem, de modo permanente, a 
supremacia nas decisões da sociedade e o poder de eleger a maioria dos administradores. Esses direitos 
de sócio podem ser exercidos diretamente ou por meio de outras controladas.
Para que uma empresa seja controlada, é necessário que a controladora tenha o controle de outras 
entidades, e esse controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da empresa tida 
como controlada, de forma que obtenha benefício das suas atividades, ou seja, a controladora toma 
decisões sobre as políticas da empresa considerada controlada, e essas políticas vão gerar benefícios 
para a empresa controladora. O conceito de controle é mais abrangente que o controle acionário.
Muitas vezes, o capital da empresa controlada não pertence totalmente à empresa controladora. 
Uma parte desse capital pode pertencer a outras empresas do grupo, ou até mesmo a acionistas que 
não fazem parte do grupo econômico. Essa é a chamada participação de não controlador, que é a parte 
do patrimônio líquido da empresa controlada não atribuível à controladora. Essa participação tem um 
tratamento especial na elaboração das demonstrações consolidadas, que veremos mais adiante.
O objetivo da consolidação é apresentar aos acionistas e credores os resultados das operações ea 
posição financeira da sociedade controladora e de suas controladas, como se fossem uma única empresa.
A consolidação é obrigatória para a companhia aberta que possua investimento em empresas 
controladas, incluindo sociedades controladas em conjunto, e para a sociedade de comando de grupo 
de sociedades que inclua companhia aberta. No caso de sociedades controladas em conjunto, o CPC 36 
recomenda o seguinte:
A controladora ou suas controladas podem ser um investidor em coligada ou um 
empreendedor em entidade controlada em conjunto (joint venture). Nesse caso, 
as demonstrações contábeis consolidadas devem ser elaboradas e apresentadas 
em conformidade com esta Norma e com a NBC T 19.37 – Investimento em 
Coligada e em Controlada e a NBC T 19.38 – Investimento em Empreendimento 
Controlado em Conjunto (Joint Venture) (CPC, 2011, p. 869).
A controladora que atender às exigências enumeradas e for dispensada de apresentar as 
demonstrações consolidadas poderá apresentar as demonstrações financeiras separadas de acordo com 
a NBC T 19.35 – Demonstrações Separadas.
15
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
O período de abrangência das demonstrações contábeis deve ser idêntico para todas as empresas 
envolvidas na consolidação. Havendo defasagem nesse período, deve ser eliminada.
As demonstrações contábeis consolidadas devem ser preparadas utilizando-se políticas contábeis 
uniformes para transações e outros eventos iguais, em circunstâncias similares.
Se uma entidade do grupo econômico utiliza políticas contábeis diferentes daquelas adotadas nas 
demonstrações contábeis consolidadas para transações e eventos de mesma natureza, em circunstâncias 
semelhantes, serão necessários ajustes para adequar as demonstrações contábeis dessa entidade quando 
da elaboração das demonstrações contábeis consolidadas.
As empresas obrigadas à consolidação deverão elaborar e divulgar, juntamente com suas 
demonstrações financeiras, as demonstrações consolidadas, não podendo publicar as demonstrações 
individuais da controladora separadamente das demonstrações consolidadas.
A consolidação de demonstrações contábeis é bastante utilizada em países onde a emissão de 
ações por meio da Bolsa de Valores é um importante instrumento de captação de recursos. Permite 
um entendimento da situação financeira como um todo e do volume global de operações das 
companhias.
Em alguns países, as demonstrações financeiras consolidadas são as demonstrações financeiras 
primárias da controladora, dispensando a divulgação de suas demonstrações financeiras individuais.
Os principais problemas contábeis relativos à consolidação de demonstrações financeiras são: 
determinar quando elas devem ser apresentadas, quais entidades devem ser nelas incluídas ou excluídas, 
como deve ser o tratamento de interesses minoritários e as divulgações a serem feitas.
As demonstrações contábeis da controladora e de suas controladas utilizadas na elaboração das 
demonstrações contábeis consolidadas devem ser de mesma data. Quando a data de encerramento da 
controladora for diferente da data de uma controlada, esta última deve elaborar, para fins de consolidação, 
uma demonstração financeira adicional na mesma data das demonstrações da controladora, a menos 
que isso seja impraticável.
Nesse caso, se as demonstrações contábeis de uma controlada, utilizadas para fins de consolidação, 
forem de uma data diferente da data de encerramento das demonstrações da controladora, deverão ser 
feitos os ajustes necessários, em razão dos efeitos de eventos ou transações relevantes que ocorrerem 
entre aquela data e a data das demonstrações contábeis da controladora.
Independentemente disso, a defasagem máxima entre as datas de encerramento das demonstrações 
da controlada e da controladora é de até dois meses. A duração dos períodos abrangidos nas 
demonstrações contábeis e alguma diferença entre as respectivas datas de encerramento deverão ser 
iguais de um período para outro.
16
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
As demonstrações contábeis consolidadas devem incluir todas as controladas de uma controladora. 
Se a aquisição de uma controlada atender aos requisitos para sua classificação como um ativo não 
circulante mantido para venda, ela será classificada nessa conta na consolidação.
Presume-se que exista controle quando a controladora possui, direta ou indiretamente, por meio de 
suas controladas, mais da metade do poder de voto de uma entidade, a menos que, em circunstâncias 
excepcionais, possa ficar claramente demonstrado que tal relação de propriedade não constitui controle.
Conforme o CPC 36, o controle também pode existir no caso de a controladora possuir menos da 
metade do poder de voto de uma entidade, quando houver:
(a) poder sobre mais da metade dos direitos de voto por meio de um acordo 
com outros investidores;
(b) poder para governar as políticas financeiras e operacionais de uma 
entidade conforme especificado em estatuto ou acordo;
(c) poder para indicar ou destituir a maioria dos membros da diretoria ou 
conselho de administração, quando o controle da entidade é exercido por 
essa diretoria ou conselho de administração;
(d) poder para mobilizar a maioria dos votos nas reuniões da diretoria ou 
conselho de administração, quando o controle da entidade é exercido por 
essa diretoria ou conselho (CPC, 2011, p. 870)
Uma controlada não deve ser excluída da consolidação porque suas atividades de negócio são 
diferentes daquelas das demais entidades do grupo econômico.
Informações relevantes são fornecidas pela consolidação de tais controladas e pela divulgação 
de informações adicionais nas demonstrações contábeis consolidadas sobre as diferentes atividades 
de negócio dessas controladas. Por exemplo, podem ser divulgadas informações por segmento para 
descrever a relevância das diferentes atividades de negócio dentro do grupo econômico.
A empresa controladora pode perder o controle sobre uma controlada mesmo que não ocorra uma 
mudança de propriedade absoluta ou relativa. Esse fato pode acontecer quando uma controlada se 
torna sujeita ao controle do governo, tribunal, ou órgão regulador. A perda de controle também pode 
acontecer em decorrência de um acordo contratual.
Segundo o CPC 36, um ou mais dos itens a seguir podem indicar se a controladora deve contabilizar 
um contrato múltiplo como uma única transação:
(a) eles foram firmados ao mesmo tempo e são complementares;
17
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
(b) eles formam uma única transação, projetada para alcançar efeito 
comercial global;
(c) a ocorrência do contrato é dependente da ocorrência de pelo menos 
outro acordo;
(d) um acordo, considerado isoladamente, não se justifica economicamente; 
porém, quando considerado em conjunto com outros acordos, ele passa a 
se justificar. Um exemplo disso é quando o acordo prevê a alienação de 
ações a um preço abaixo do mercado, mas é compensado por outro, com a 
subsequente alienação a um preço acima do mercado (CPC, 2011, p. 872).
Se a controladora perder o controle da controlada, ela deverá, segundo o CPC 36:
(a) desreconhecer os ativos (incluindo o ágio por rentabilidade futura – 
goodwill) e os passivos da controlada pelos seus valores contábeis na data 
em que o controle for perdido;
(b) desreconhecer o valor contábil de qualquer participação de não controladores 
na ex-controlada na data em que o controle for perdido (incluindo quaisquer 
componentes de outros resultados abrangentes reconhecidos diretamente no 
patrimônio líquido e atribuíveis aos não controladores);
(c) reconhecer:
(i) o valor justo da compensação recebida em troca, se houver, proveniente 
da transação, evento ou circunstância que resultou na perda do controle; e
(ii) se a transaçãoque resultou na perda do controle envolver a distribuição 
de ações da controlada aos sócios, na qualidade de proprietários, essa 
distribuição; quando houver aumento de capital na controlada e a 
controladora não exercer o seu direito na compra de ações adicionais, pode 
haver a diluição da participação relativa da controladora. Se essa mudança 
é suficiente para ela perder o controle, essa perda pela diluição de sua 
participação deve ser considerada nesse item;
(d) reconhecer o investimento remanescente na ex-controlada, se houver, 
ao seu valor justo na data em que o controle foi perdido;
(e) reclassificar para o resultado do período ou transferir diretamente para 
lucros acumulados, quando couber, os valores identificados no item 35; e
(f) reconhecer a diferença resultante como ganho ou perda no resultado do 
período atribuível à controladora (CPC, 2011, p. 873).
18
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
 Saiba mais
Para conhecer o CPC 36 na íntegra, pode acessar o site do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis: Disponível em: <http://www.cpc.org.br/pdf/
cpc_pronunciamentos_2011.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2013.
Depois que você tomou conhecimento de todos os aspectos conceituais e legais sobre a consolidação 
de demonstrações contábeis, vamos, no item seguinte apresentar as técnicas de consolidação.
1.1 Técnicas de consolidação
 Lembrete
Na elaboração de demonstrações contábeis consolidadas, basicamente, 
uma entidade controladora combina suas demonstrações contábeis com as 
de suas controladas, linha a linha, ou seja, somando os saldos de itens de 
mesma natureza como ativos, passivos, receitas e despesas.
Na consolidação, é importante haver uniformidade nas práticas contábeis entre as empresas 
consolidadas na classificação dos ativos, passivos, receitas e despesas, para que os saldos consolidados 
representem valores de mesma natureza. Há a necessidade de se eliminar os saldos existentes ou 
transações realizadas entre as empresas do grupo para que as Demonstrações Contábeis não apresentem 
saldos em duplicidade. Os saldos de balanços e transações entre as empresas do grupo, incluindo as 
receitas, as despesas e os dividendos, devem ser totalmente eliminados.
 Observação
Os resultados decorrentes das transações das empresas do grupo que 
estiverem reconhecidos nos ativos, tais como um estoque ou um ativo 
imobilizado, também devem ser eliminados.
Os impostos e contribuições referentes às diferenças temporárias causadas pela eliminação dos 
lucros ou prejuízos nas transações entre as empresas do grupo devem ser reconhecidos no ativo ou no 
passivo como tributos diferidos.
A seguir, veremos os aspectos legais referentes às técnicas de consolidação.
Nem todas as operações efetuadas pelas empresas de um determinado grupo deverão necessariamente 
ser representadas por uma única conta na consolidação. Tais procedimentos estão amparados pelo 
artigo 250 da Lei 6.404/76, alterado pela Lei no 11.941, de 27 de maio de 2009, conforme segue:
19
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
Art. 250. Das demonstrações financeiras consolidadas serão excluídas:
I – as participações de uma sociedade em outra;
II – os saldos de quaisquer contas entre as sociedades;
III – as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados 
e do custo de estoques ou do ativo não circulante que corresponderem a 
resultados, ainda não realizados, de negócios entre as sociedades. (Redação 
dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ 1º A participação dos acionistas não controladores no patrimônio líquido 
e no lucro do exercício será destacada, respectivamente, no balanço 
patrimonial e na demonstração do resultado do exercício. (Redação dada 
pela Lei nº 9.457, de 1997.)
§ 2° A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada, que não 
for absorvida na consolidação, deverá ser mantida no ativo não circulante, 
com dedução da provisão adequada para perdas já comprovadas, e será 
objeto de nota explicativa. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009.)
§ 3º O valor da participação que exceder do custo de aquisição constituirá 
parcela destacada dos resultados de exercícios futuros até que fique 
comprovada a existência de ganho efetivo.
§ 4º Para fins deste artigo, as sociedades controladas, cujo exercício social 
termine mais de 60 (sessenta) dias antes da data do encerramento do 
exercício da companhia, elaborarão, com observância das normas desta Lei, 
demonstrações financeiras extraordinárias em data compreendida nesse 
prazo. (BRASIL, 1976).
 Saiba mais
Para conhecer as determinações legais referentes à técnica de 
consolidação, consulte os artigos 24 a 29 da Instrução CVM nº 247/1996, 
no seguinte endereço: <http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.
asp?File=/inst/inst247.htm>.
Como explicado anteriormente, com a convergência das normas contábeis brasileiras às normas 
internacionais, a legislação sobre as Demonstrações Contábeis Consolidadas passou a ser baseada nas 
instruções do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, o CPC 36. Veja a seguir como as eliminações são 
abordadas nesse documento.
20
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
Para que as demonstrações contábeis consolidadas apresentem informações sobre o 
grupo econômico como uma única entidade econômica, os seguintes procedimentos devem 
ser adotados:
(a) o valor contábil do investimento da controladora em cada controlada e a parte 
dessa controladora no patrimônio líquido das controladas devem ser eliminados. [ver a 
NBC T 19.23 – Combinação de Negócios, o qual descreve o tratamento do ágio pago por 
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) resultante];
(b) identificar a participação dos não controladores no resultado das controladas 
consolidadas para o período de apresentação das demonstrações contábeis; e
(c) identificar a participação dos não controladores nos ativos líquidos das controladas 
consolidadas, separadamente da parte pertencente à controladora. A participação dos não 
controladores nos ativos líquidos é composta:
(i) do montante da participação dos não controladores na data da combinação inicial, 
calculada em conformidade com a NBC T 19.23 – Combinação de Negócios; e
(ii) da participação dos não controladores nas variações patrimoniais das controladas 
consolidadas desde a data da combinação.
19. Quando existirem potenciais direitos de voto, a parte atribuível à controladora nos 
resultados e demais variações do patrimônio líquido da controlada é determinada com 
base na sua atual participação e não deve refletir o possível exercício ou conversão dos 
potenciais direitos de voto.
20. Os saldos, transações, receitas e despesas intragrupo (entre as entidades do grupo 
econômico) devem ser eliminados.
21. Os saldos de balanços e transações intragrupo, incluindo receitas, despesas e 
dividendos são eliminados. Os resultados decorrentes das transações intragrupo que 
estiverem reconhecidos nos ativos, tais como estoque ou ativo imobilizado, devem ser 
eliminados.
As perdas intragrupo podem indicar redução no valor recuperável dos ativos 
correspondentes que precisa ser reconhecida nas demonstrações contábeis consolidadas. 
Os impostos e contribuições decorrentes das diferenças temporárias pela eliminação de 
resultados não realizados nas transações intragrupo devem ser reconhecidos no ativo ou 
passivo como tributos diferidos (NBC T 19.2 – Tributos sobre o Lucro).
22. As demonstrações contábeis da controladora e de suas controladas utilizadas na 
elaboração das demonstrações contábeis consolidadas devem ser de mesma data. Quando 
a data de encerramento da controladora for diferente da data da controlada, esta última 
21
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADEAVANÇADA
deve elaborar, para fins de consolidação, demonstração contábil adicional na mesma data 
das demonstrações da controladora, a menos que isso seja impraticável.
23. Quando, de acordo com o parágrafo anterior, as demonstrações contábeis da 
controlada, utilizadas para fins de consolidação, forem de data diferente da data de 
encerramento das demonstrações da controladora, devem ser feitos os ajustes necessários 
em razão dos efeitos de eventos ou transações relevantes que ocorrerem entre aquela 
data e a data das demonstrações contábeis da controladora. Independentemente disso, a 
defasagem máxima entre as datas de encerramento das demonstrações da controlada e da 
controladora é de até dois meses. A duração dos períodos abrangidos nas demonstrações 
contábeis e qualquer diferença entre as respectivas datas de encerramento deve ser igual 
de um período para outro.
24. As demonstrações contábeis consolidadas devem ser elaboradas utilizando políticas 
contábeis uniformes para transações e outros eventos iguais, em circunstâncias similares.
25. Se a entidade do grupo econômico utiliza políticas contábeis diferentes daquelas 
adotadas nas demonstrações contábeis consolidadas para transações e eventos de 
mesma natureza, em circunstâncias semelhantes, são necessários ajustes para adequar 
as demonstrações contábeis dessa entidade quando da elaboração das demonstrações 
contábeis consolidadas.
26. As receitas e as despesas da controlada são incluídas nas demonstrações contábeis 
consolidadas a partir da data de aquisição, tal como definido na NBC T 19.23 – Combinação 
de Negócios. As receitas e as despesas da controlada devem estar baseadas nos valores dos 
ativos e passivos reconhecidos na posição consolidada da controladora na data da aquisição. 
Por exemplo, despesas de depreciação, reconhecidas na demonstração consolidada do 
resultado do período, devem estar baseadas nos valores justos dos ativos depreciáveis 
reconhecidos na posição consolidada da data da aquisição. As receitas e as despesas da 
controlada são incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas até a data em que a 
controladora perder o controle sobre essa controlada.
27. A participação dos não controladores deve ser apresentada no balanço patrimonial 
consolidado dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio líquido dos 
proprietários da controladora.
28. O resultado do período e cada componente dos outros resultados abrangentes 
(reconhecidos diretamente no patrimônio líquido – ver NBC T 19.27 – Apresentação das 
Demonstrações Contábeis) são atribuídos aos proprietários da controladora e à participação 
dos não controladores. O resultado abrangente total é atribuído aos proprietários da 
controladora e à participação dos não controladores, independentemente de esses resultados 
tornarem negativa a participação dos não controladores.
22
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
29. Se a controlada tem em circulação ações preferenciais com direito a dividendos 
cumulativos classificadas como componente do patrimônio líquido, as quais estão em 
poder de não controladores, a controladora calcula a sua parte no resultado do período 
após a redução deste pelos dividendos pertinentes a essas ações, independentemente de 
esses dividendos estarem declarados.
30. As mudanças na participação relativa da controladora sobre a controlada que não 
resultem em perda de controle devem ser contabilizadas como transações de capital (ou seja, 
transações com sócios, na qualidade de proprietários), e não no resultado ou no resultado 
abrangente.
31. Em tais circunstâncias, o valor contábil da participação da controladora e o valor 
contábil da participação dos não controladores devem ser ajustados para refletir as mudanças 
nas suas participações relativas na controlada. Qualquer diferença entre o montante pelo 
qual a participação dos não controladores tenha sido ajustada e o valor justo da quantia 
recebida ou paga deve ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido atribuível aos 
proprietários da controladora. Ver a Interpretação Técnica sobre Demonstrações Contábeis 
Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método 
de Equivalência Patrimonial.
Fonte: CPC (2011, p. 871-2).
A participação dos não controladores, que são os acionistas que não detêm o controle acionário da 
empresa, é composta do montante da participação dos não controladores na data da combinação inicial 
e da parte dos não controladores nas variações patrimoniais das controladas consolidadas desde a data 
da combinação.
Um passo seguinte da consolidação é a eliminação dos saldos existentes ou transações realizadas 
entre as empresas do grupo. Praticamente todas as operações realizadas entre as empresas que são 
consolidadas devem ser eliminadas, portanto é necessário, durante o ano, o controle das transações e 
dos saldos entre as empresas do grupo.
 Observação
A consolidação das demonstrações financeiras pode ser feita usando-se 
papéis de trabalho ou fichas de Razão extracontábeis, nas quais se lançam 
os saldos de cada empresa a ser consolidada e depois se registram todos os 
lançamentos de eliminação de consolidação.
A seguir, estudaremos as eliminações e vamos resolver vários exemplos práticos para que você possa 
entender claramente os procedimentos de eliminação.
23
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
1.2 Investimentos e acionistas não controladores
1.2.1 Investimentos
A participação acionária que uma empresa tiver na outra, representada pela conta Investimentos, 
deverá ser eliminada. Devem ser eliminados os investimentos da controladora e o Patrimônio Líquido 
das controladas.
Suponhamos que a controladora tenha 100% do capital da controlada. A controlada tem um capital 
de $ 15.000 e $ 5.000 de Reservas de Lucros. A eliminação de consolidação dos investimentos é:
Capital $ 15.000
Reservas de Lucros $ 5.000
a Investimentos $ 20.000
Para transações envolvendo investimentos permanentes, se houver ágio na operação, a eliminação 
será efetuada levando-se em conta a amortização deste.
 Observação
Quando ocorrer redução de participação numa empresa que até então 
era consolidada e essa redução resultar em exclusão dessa empresa na 
consolidação, o efeito decorrente desse fato deverá ser divulgado em 
nota explicativa. Tal divulgação deve incluir todos os efeitos relevantes no 
resultado do exercício e no patrimônio líquido consolidado, por meio da 
reconstituição dos montantes do ano anterior.
1.2.2 Acionistas não controladores
A Participação dos Não Controladores é a parte do patrimônio líquido de uma controlada não 
atribuível, direta ou indiretamente, à controladora. É a parcela do patrimônio líquido de empresas 
controladas que pertence a acionistas minoritários, representados por terceiros que não pertencem ao 
grupo. O valor dessa participação é constituído pela parte do capital desses minoritários e pelos outros 
itens do patrimônio líquido.
 Lembrete
Na consolidação do Balanço, a parcela do capital desses minoritários (ou 
não controladores) deve ser destacada no patrimônio líquido consolidado.
24
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
O lucro ou prejuízo do período e cada componente dos outros resultados abrangentes são atribuídos 
aos proprietários da controladora e à participação dos não controladores. O resultado abrangente total é 
atribuído aos proprietários da controladora e à participação dos não controladores, independentemente 
de esses resultados tornarem negativa a participação dos não controladores.
Se uma controlada tem em circulação ações preferenciais cumulativas classificadas como um 
componente do patrimônio líquido, as quais estão em poder de não controladores, a controladora 
calcula sua parte no lucroou prejuízo do período após a redução deste pelos dividendos pertinentes a 
essas ações, independentemente de os dividendos estarem declarados.
As mudanças na participação relativa da controladora sobre uma controlada que não resultem 
em perda de controle devem ser contabilizadas como transações de capital (ou seja, transações com 
sócios, na qualidade de proprietários). Em tais circunstâncias, o valor contábil da participação da 
controladora e o valor contábil da participação dos não controladores devem ser ajustados para refletir 
as mudanças nas participações relativas das partes na controlada. A diferença entre o montante pelo 
qual a participação dos não controladores foi ajustada e o valor da quantia recebida ou paga deve ser 
reconhecida diretamente no patrimônio líquido atribuível aos proprietários da controladora.
O Ibracon (1982) estabelece em seu pronunciamento que a absorção de prejuízos pelos minoritários se 
limita à sua participação no patrimônio líquido, devendo tal excesso e os prejuízos futuros ser absorvidos 
pelos sócios majoritários. Entretanto, os lucros futuros serão creditados aos sócios majoritários até que 
aqueles prejuízos sejam absorvidos pelos minoritários.
Suponhamos que a controladora tenha 80% do capital da controlada. Esta tem um capital de $ 
15.000 e $ 5.000 de Reservas de Lucros. A participação dos acionistas não controladores será destacada 
da seguinte forma:
Capital $ 3.000 ($ 15.000 x 20%)
Reservas de Lucros $ 1.000 ($ 5.000 x 20%)
a Participação de Não Cont. $ 4.000 ($ 20.000 x 20%)
 Observação
Na Demonstração Consolidada do Resultado, a participação dos 
acionistas não controladores no lucro líquido ou prejuízo do exercício das 
controladas deverá ser destacada e apresentada, respectivamente, como 
dedução ou adição ao lucro ou prejuízo líquido consolidado.
Suponhamos que a controladora tenha 80% do capital da controlada. Esta tem um Lucro Líquido do 
Exercício de $ 5.000. A participação dos acionistas não controladores será destacada da seguinte forma:
25
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
Débito: Lucro Líquido do Exercício $1.000 ($ 5.000 x 20%)
Os lucros estão colocados duas vezes, uma sob a forma de Lucros Acumulados no Balanço Patrimonial 
e outra como saldo final na Demonstração de Resultados. Nesse sistema, os lançamentos referentes a 
ajustes e eliminações na Demonstração de Resultados só são considerados nas parcelas que se referem 
às contas de Resultado.
1.2.3 Dividendos
 Observação
Se a empresa investidora receber dividendos da empresa investida, a 
eliminação desses saldos será feita conforme a contabilização da empresa 
investidora.
Se a empresa investidora adotar o método de equivalência patrimonial, os dividendos 
recebidos estão contabilizados como redução da conta do investimento e não como receitas, 
portanto não haverá eliminação a fazer na Demonstração de Resultados do Exercício. Se a 
empresa utilizar o Método de Custo para contabilizar os investimentos, o que ocorre com 
menos frequência, os dividendos estão contabilizados em receita e deverão ser eliminados da 
seguinte forma:
Receita (investidora)
a Lucros Acumulados (investida)
2 DUPLICATAS A RECEBER E CONTAS-CORRENTES
2.1 Duplicatas a receber
Se uma empresa do grupo vendeu, ao preço de custo, $ 40.000 de mercadorias para outra empresa 
do grupo, a empresa compradora tem um passivo de $ 40.000 para com a empresa vendedora, e 
esta, por sua vez, tem a receber $ 40.000 da empresa compradora. Nesse caso, os lançamentos de 
eliminações são:
Fornecedores (empresa compradora) $ 40.000
a Duplicatas a Receber (empresa vendedora) $ 40.000
2.2 Contas-correntes
Várias operações podem ocorrer entre as empresas do grupo, as quais serão debitadas ou creditadas 
em conta-corrente. Na data do balanço, por ocasião da consolidação, haverá saldo devedor em uma 
26
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
empresa e um correspondente saldo credor em outra. Ambos deverão ser eliminados na consolidação, 
com o seguinte lançamento:
Contas-correntes Credoras
a Contas-correntes DevedorasConsolidação das demonstrações contábeis: segunda parte
3 VENDAS E DESPESAS COM VENDAS
3.1 Vendas e Custo das Vendas
As vendas de uma empresa para outra do grupo devem ser eliminadas, assim como o custo dos 
produtos vendidos. Se uma delas vendeu, a preço de custo, $ 40.000 de mercadorias para a outra, o 
lançamento seria da seguinte forma:
Vendas (empresa vendedora) $ 40.000
a Custo dos Produtos Vendidos (empresa vendedora) $ 40.000
3.2 Comissões sobre vendas, juros e outras receitas e despesas
As receitas e despesas de uma controlada são incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas 
a partir da data de aquisição. Devem estar baseadas nos valores dos ativos e passivos reconhecidos 
na posição consolidada da controladora na data da aquisição. Por exemplo, despesas de depreciação, 
reconhecidas na demonstração consolidada do resultado do período, devem estar baseadas nos valores 
dos ativos depreciáveis reconhecidos na posição consolidada da data da aquisição. As receitas e despesas 
de uma controlada são incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas até a data em que a 
controladora perder o controle sobre essa controlada.
Várias transações podem ocorrer entre as empresas do grupo, gerando comissões sobre vendas, juros 
e outras receitas e despesas que não representam receitas e despesas efetivas com terceiros; portanto, 
essas Receitas e Despesas devem ser eliminadas pelo lançamento a seguir:
Receitas (empresa prestadora do serviço)
a Despesas (empresa tomadora do serviço)
3.3 Lucros nas transações entre empresas do grupo
É comum que, havendo diversas empresas em um mesmo grupo, haja entre elas transações de 
vendas de produtos e, em casos menos comuns, de bens do Imobilizado. As demonstrações consolidadas 
não devem incluir lucros ou prejuízos não realizados nas transações efetuadas entre as empresas do 
grupo, portanto estes devem ser eliminados.
27
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
A eliminação de resultados, para fins de consolidação, derivados das transações entre empresas 
consolidadas durante o exercício, deve ser feita da seguinte forma: no caso de aquisição de empresa a 
ser consolidada, devem ser consideradas apenas as despesas e receitas do período após a aquisição, e no 
caso de venda de empresa até então consolidada, devem-se incluir os resultados obtidos até a data da 
venda, apresentados numa única linha.
 Observação
As divergências entre o resultado nas demonstrações contábeis da 
controladora e nas consolidadas e suas causas deverão ser evidenciadas 
nas próprias demonstrações consolidadas ou em notas explicativas.
Os fatores que provocam divergências, segundo o Ibracon (1982), são: os lucros não realizados nas 
transações entre a controladora e suas controladas, que são eliminados na consolidação, mas não são 
pelo método da equivalência patrimonial; e o patrimônio líquido negativo da controlada é ajustado no 
patrimônio líquido consolidado, permanecendo, pelo método da equivalência patrimonial, com o valor 
zero na conta de investimentos da controladora.
3.4 Estoques
A eliminação do lucro das operações intercompanhias em que haja lucro não realizado nos estoques 
deve ser feita da seguinte forma:
a) Se uma empresa do grupo vendeu por $ 40.000, para outra empresa do grupo, mercadorias que 
custaram $ 30.000, e a empresa compradora não vendeu os estoques, o lançamento seria assim:
No Balanço Patrimonial:
Res. Lucros (empresa vendedora) $ 10.000
a Estoques (empresa compradora) $ 10.000
Na Demonstração de Resultados:
– não há contabilização
b) Se uma empresa do grupo vendeu por $ 40.000, para outra empresa do grupo, mercadorias que 
custaram $ 30.000, e a empresacompradora vendeu 50% dos estoques, o lançamento seria da seguinte 
forma:
No Balanço Patrimonial:
Res. Lucros (empresa vendedora) $ 5.000
28
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
a Estoques (empresa compradora) $ 5.000
Na Demonstração de Resultados:
Crédito de $ 5.000 no CPV
c) Se uma empresa vendeu por $ 40.000, para outra do mesmo grupo, mercadorias que custaram 
$ 30.000, e a empresa compradora vendeu todos os estoques, o lançamento seria da seguinte forma:
No Balanço Patrimonial:
– não há contabilização
Na Demonstração de Resultados:
Crédito de $ 10.000 no CPV
O valor dos estoques nas demonstrações consolidadas consiste na soma dos valores nos balanços 
individuais, deduzida a parcela de lucro não realizado decorrente de transações entre o grupo, que se 
realizará somente quando da venda definitiva a terceiros.
Segundo o Ibracon (1982), o lucro nos estoques pode ser calculado por dois métodos:
a) Método Detalhado: consiste em identificar, dentro de cada parcela dos estoques, em qualquer 
estágio (matéria-prima, produto em processo ou produto acabado), a parte correspondente aos negócios 
com as companhias consolidadas e o correspondente lucro não realizado;
b) Método Indireto: consiste, fundamentalmente, em identificar em termos percentuais a parte do 
estoque decorrente de operações com companhias consolidadas e, posteriormente, em determinar o 
lucro não realizado por meio da aplicação das margens de lucro das empresas.
3.5 Ativo imobilizado
Outro caso em que há lucro não realizado é o lucro remanescente no ativo imobilizado, que ocorre 
quando uma empresa vende terrenos, máquinas, veículos ou outros bens do ativo a outra do grupo. O 
lucro existente no ativo imobilizado, em virtude das transações intercompanhias, deve ser eliminado na 
consolidação, como também a depreciação referente ao lucro incorporado no valor do custo do bem 
adquirido na empresa que o comprou.
Vamos supor que, no final do período, uma empresa vendeu por $ 5.000, para outra do mesmo 
grupo, uma máquina com custo contábil de $ 3.000. O lançamento de eliminação seria realizada da 
seguinte forma no Balanço Patrimonial:
29
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
Res. Lucros (empresa vendedora) $ 2.000
a Máquinas (empresa compradora) $ 2.000
Na Demonstração de Resultados, o Lucro na venda de Imobilizado seria eliminado com um débito 
de $ 2.000.
Após um ano, e supondo que a depreciação da máquina seja de 10% ao ano, o lançamento de 
eliminação seria o seguinte:
Res. Lucros (empresa vendedora) $ 2.000
a Máquinas (empresa compradora) $ 1.800
a Despesa Depreciação da Máquina (empresa compradora) $ 200
Após o segundo ano, e supondo que a depreciação da máquina seja de 10% ao ano, o lançamento 
de eliminação seria o seguinte:
Res. Lucros (empresa vendedora) $ 2.000
a Máquinas (empresa compradora) $ 1.600
a Despesa Depreciação da Máquina (empresa compradora) $ 200
a Res. Lucros (empresa compradora) $ 200
Esse lançamento seria repetido até que o lucro no ativo fosse totalmente eliminado.
O Ibracon (1982) distingue o tratamento contábil para os resultados positivo e negativo na venda 
de ativo permanente entre companhias consolidadas. Os prejuízos são contabilizados como despesa 
não operacional por representarem retificação no valor contábil do bem. Os lucros são eliminados na 
consolidação, no exercício de sua geração, e nos exercícios seguintes essa eliminação deve considerar a 
depreciação e a amortização, como se o bem não tivesse sido vendido, para evitar a superavaliação na 
empresa que o comprou.
4 IMPOSTOS NA CONSOLIDAÇÃO
4.1 Imposto de Renda e Contribuição Social
Nas Demonstrações Consolidadas, é preciso eliminar os lucros não realizados das operações 
intercompanhias. Como muitos desses lucros contabilizados individualmente geraram tributos nas 
sociedades em que foram lançados, é necessário ajustar esses tributos.
30
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
 Lembrete
Se o lucro for eliminado, o imposto sobre ele incidente também deverá 
ser, mas se o lucro for reincluído no futuro, o imposto também deverá ser.
Por exemplo: se uma empresa do grupo vendeu por $ 40.000, para outra empresa do grupo, 
mercadorias que custaram $ 30.000, a empresa vendedora foi tributada em 30% (0,30 x $ 10.000 = $ 
3.000), e a empresa compradora não vendeu os estoques, o lançamento seria da seguinte forma.
No Balanço Patrimonial:
Res. Lucros (empresa vendedora) $ 10.000
a Estoques (empresa compradora) $ 10.000
IR Diferido (empresa vendedora) $ 3.000
a Res. Lucros (empresa vendedora) $ 3.000
Na Demonstração de Resultados:
Crédito: IR do Exercício $ 3.000
Se a empresa vender uma parte de seu estoque, o IR Diferido deverá ser proporcional ao lucro não 
realizado. Se o lucro eliminado não voltar a aparecer na consolidação, então não haverá ajuste a fazer, 
pois a incidência do imposto é uma despesa para o consolidado. Todas as considerações relativas ao 
imposto de renda se aplicam à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
4.2 ICMS, IPI e PIS
Esses impostos, quando são recuperáveis, não fazem parte do custo de aquisição dos estoques da 
compradora nem da receita líquida da vendedora. No balanço consolidado, é preciso eliminar o lucro 
não realizado, mas nenhum ajuste é necessário em termos de IPI, ICMS e PIS. Os saldos a recolher 
ou a recuperar desses impostos não são eliminados no consolidado. Na demonstração consolidada do 
resultado, é necessário eliminar o Faturamento referente à transação, o IPI, a Receita Bruta, o ICMS, o 
PIS, a Receita Líquida e o Custo dos Produtos Vendidos.
Por exemplo, se uma empresa do grupo vendeu, por $ 45.000, para outra empresa do grupo, 
mercadorias que custaram $ 40.000, e na receita estão inclusos $ 5.000 de ICMS, na Demonstração de 
Resultados o lançamento seria da seguinte forma:
31
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
Vendas (empresa vendedora) $ 45.000
a ICMS sobre Vendas (empresa vendedora) $ 5.000
a Custo dos Produtos Vendidos (empresa vendedora) $ 40.000
Os procedimentos referentes aos outros impostos são os mesmos.
4.3 ISS e Cofins
 Observação
Esses impostos são tratados na empresa adquirente do serviço como despesa, 
como acréscimo ao custo do bem negociado, ou como despesa antecipada.
Se a sociedade compradora do serviço o considerar uma despesa, deveremos fazer a eliminação no 
resultado consolidado:
Receita Bruta (na vendedora dos serviços)
a Despesas (na compradora dos serviços prestados)
Se a sociedade compradora do serviço o ativou, a eliminação deverá ser:
Receita Bruta (na vendedora dos serviços)
a Custo do ativo (na compradora dos serviços prestados)
4.4 Exemplos completos de consolidação
Agora vamos considerar três exemplos completos de consolidação que vão aumentando de 
complexidade. No primeiro exemplo, a empresa compradora de mercadorias não revende essas 
mercadorias.
Exemplo 1:
Com as informações a seguir, vamos elaborar as Demonstrações Contábeis consolidadas para as 
empresas A e B aplicando os conceitos estudados:
• A empresa A detém 80% do capital da empresa B.
• A empresa A comprou mercadorias de terceiros por $ 700 e vendeu essas mercadorias a prazo por 
$ 1.100 para a empresa B. A empresa B não vendeu as mercadorias.
32
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
Tabela 1 
BP A B A + B
Eliminações
AB
DEB CRED
Ativo 2.600 2.100 4.700 - - 2.480
Bancos 700 500 1.200 - - 1.200
Dup 1.100 500 1.600 - (1) 1.100 500
Estoques 0 1.100 1.100 - (2) 400 700
Investimentos 800 0 800 - (3) 800 0
IR - - - (4) 80 - 80
Passivo 2.600 2.100 4.700 -
Fornecedores 800 1.100 1.900 (1) 1.100 - 800IR a Pagar 80 0 80 - - 80
N.Contrl. - - - - (5) 200 200
Capital 1.200 800 2.200 (3) 640(5) 160 - 1200
Res Lucros 520 200 720
(3) 160
(2) 400
(5) 40
(4) 80 200
Tabela 2 
DRE A B A + B
Eliminações
AB
DEB CRED
R. Vendas 1.100 - 1.200 (6) 1.100 - 0
(-) CMV (700) - (700) - (6) 700 0
L. Bruto 400 - 400 - - 0
(-) IR -20% (80) - (80) - (7) 80 0
LLAP N. Contrl 320 - 320 - - 0
(-) PAN. Contrl - - - - - 0
LLDP N. Contrl - - - - - 0
Se uma empresa vendeu a prazo $ 1.100 de mercadorias para outra do grupo, a compradora tem 
um passivo de $ 1.100 para com a vendedora, e esta, por sua vez, tem $ 1.100 a receber da empresa 
compradora. Nesse caso, o lançamento de eliminação é:
(1) Fornecedores (empresa compradora) $ 1.100
a Duplicatas a Receber (empresa vendedora) $ 1.100
33
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
 Observação
Se uma empresa do grupo vendeu por $ 1.100 mercadorias, que 
custaram $ 700, para outra empresa do grupo, e a empresa compradora 
não vendeu as mercadorias, o estoque na empresa compradora é de $ 
1.100. O lucro contido nos estoques é de $ 400 / $ 1.100 * $ 1.100 = $ 400. 
O lançamento seria da seguinte forma:
No Balanço Patrimonial:
(2) Res. Lucros (empresa vendedora) $ 200
a Estoques (empresa compradora) $ 200
Na Demonstração de Resultados:
Na demonstração consolidada do resultado, é necessário eliminar a Receita Bruta e o Custo dos 
Produtos Vendidos, pois são decorrentes de operações entre as empresas do grupo. Se a empresa 
compradora não vendeu os estoques, não há o lucro a ser eliminado no CMV. O lançamento seria 
realizado da seguinte forma:
(6) Vendas (empresa vendedora) $ 1.100
a Custo dos Produtos Vendidos (empresa vendedora) $ 700
Como os lucros estão colocados duas vezes, uma sob a forma de Lucros Acumulados no Balanço 
Patrimonial e outra como saldo final na Demonstração de Resultados, nesse sistema, os lançamentos 
referentes a ajustes e eliminações na Demonstração de Resultados só são considerados nas parcelas que 
se referem às contas de Resultado.
 Observação
Se a empresa vendedora tiver sido tributada em 20% (0,20 x $ 400 = $ 
80), e esse tributo for decorrente de operação entre as empresas do grupo, 
ele deverá ser eliminado na consolidação.
Como a consolidação de demonstrações contábeis não tem efeito fiscal e as empresas do grupo 
que apuraram isoladamente o imposto vão ter de pagá-lo, para a elaboração das demonstrações 
consolidadas, esse imposto vai ser diferido no ativo, como uma forma de compensar o imposto a pagar 
do passivo e não distorcer as demonstrações consolidadas. Quando a empresa compradora vender os 
estoques, o diferimento será proporcional ao lucro das mercadorias não vendidas. O lançamento será 
feito da seguinte forma:
34
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
No Balanço Patrimonial:
(4) IR Diferido (empresa vendedora) $ 80
a Res. Lucros (empresa vendedora) $ 80
Na Demonstração de Resultados:
O valor diferido no ativo deve ser o mesmo a ser eliminado na DRE.
(7) Débito: IR do Exercício $ 80
Suponhamos que a controladora tenha 80% do capital da controlada. A controlada tem um capital 
de $ 800 e $ 200 de Reservas de Lucros. A eliminação de consolidação dos investimentos é:
No Balanço Patrimonial:
(3) Capital $ 640 ($ 800 x 80%)
Reservas de Lucros $ 120 ($ 200 x 80%)
a Investimentos $ 800
A participação dos acionistas não controladores será destacada em uma conta específica dentro do 
Patrimônio Líquido, da seguinte forma:
No Balanço Patrimonial:
(5) Capital $ 160 ($ 800 x 20%)
Reservas de Lucros $ 40 ($ 200 x 20%)
a N. Contrl. $ 200
Na Demonstração de Resultados:
Não há lançamento a ser feito, pois a empresa controlada não apurou nenhum resultado no período.
A seguir, vejamos o Exemplo 2, que apresenta um grau de complexidade maior que o exercício anterior.
Exercício 2:
Com as informações abaixo, vamos elaborar as Demonstrações Contábeis consolidadas para as 
empresas A e B aplicando os conceitos estudados:
35
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
A empresa A detém 90% do capital de B.
A empresa A comprou mercadorias de terceiros por $ 1.000 e vendeu 80% dessas mercadorias a 
prazo, por $ 1.400, para a empresa B.
A empresa B vendeu para a empresa A, à vista, uma máquina com custo contábil de $ 300 e 
depreciação acumulada de $ 270, por $ 50.
A empresa B vendeu 60% dos estoques para terceiros, a prazo, por $ 1.050.
Tabela 3 
BP A B A + B
Eliminações
AB
DEB CRED
Ativo 2.944 2.600 5.544 - - 2.956
Bancos 250 500 750 - - 750
Dup. Rec. 1,400 1.120 2.520 - (1) 1.400 1.120
Estoques 200 480 680 - (2) 160 520
Investimentos 1,044 500 1.544 - (6) 1.044 500
IR - - - - (5) 32(4) 4
32
4
Máquinas 50 50 (4) 20 30
Passivo 2.944 2.600 5.544 - 2.956
Fornecedores 800 1.400 2.200 (1) 1400 - 800
IR a Pagar 80 40 120 - - 120
N. Contrl. - - - - (7) 116 116
Capital 1.600 1.000 2.600 (7) 100(6) 900
- 1.600
Lucros Acum. 464 160 624
(6) 144
(2) 160
(7) 16
(4) 20
(3) 32
(5) 4 320
Tabela 4 
DRE A B A + B
Eliminações
AB
DEB CRED
R. Bruta 1.400 1.050 2.450 (8) 1.400 - 1.050
(-) Ded. (200) (100) (300) - (8) 200 (100)
R. Líquida 1.200 950 2.150 - - 950
(-) CMV (800) (720) (1.520) (8) 800(8) 240 - (480)
L. Bruto 400 230 630 - - 470
(-) DOP - (50) (50) - - (50)
(+) Ven. Imob. - 20 20 (11) 20 - -
36
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
(+) Res. Eq. 144 - 144 (12) 144 - -
(-) IR -20% (80) (40) (120) - (13) 32(14) 4 (84)
LLA N. Contrl. 464 160 624 - - 336
(-) N. Contrl. - - - (15) 16 - (16)
LLD N. Contrl. - - - - - 320
Se uma empresa do grupo vendeu, a prazo, $ 1.400 de mercadorias para outra empresa do grupo, 
a empresa compradora tem um passivo de $ 1.400 para com a empresa vendedora, e esta, por sua vez, 
tem $ 1.400 a receber da empresa compradora. Nesse caso, o lançamento de eliminação é:
(1) Fornecedores (empresa compradora) $ 1.400
a Duplicatas a Receber (empresa vendedora) $ 1.400
Uma empresa vendeu para outra do mesmo grupo, por $ 1.400, mercadorias que custaram $ 800, 
com impostos sobre a venda recuperáveis de $ 200, e a empresa compradora vendeu 60% dos estoques 
para terceiros. O estoque na empresa compradora é de ($ 1.400 – $ 200) x 0,40 = $ 480. O lucro contido 
nos estoques é de $ 400 / $ 1.200 x $ 480 = $ 160. O lançamento será realizado da seguinte forma:
No Balanço Patrimonial:
(2) Res. Lucros (empresa vendedora) $ 160
a Estoques (empresa compradora) $ 160
Na Demonstração de Resultados:
Na demonstração consolidada do resultado, é necessário eliminar a Receita Bruta, o Imposto sobre 
vendas e o Custo dos Produtos Vendidos. Se a empresa compradora vendeu 60% do estoque, o lucro 
contido no CMV é de $ 400 / $ 1.200 x $ 720 = $ 240. O lançamento seria realizado da seguinte forma:
(8) Vendas (empresa vendedora) $ 1.400
a Deduções $ 200
a Custo dos Produtos Vendidos (empresa vendedora) $ 800
a Custo dos Produtos Vendidos (empresa compradora) $ 240
37
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
 Lembrete
Como os lucros estão colocados duas vezes, uma sob a forma de 
Lucros Acumulados no Balanço Patrimonial e outra como saldo final na 
Demonstração de Resultados, nesse sistema, os lançamentos referentes a 
ajustes e eliminações na Demonstração de Resultados só são considerados 
nas parcelas que se referem às contas de Resultado.
Se a empresa vendedora for tributada em 20% (0,20 x $ 400 = $ 80) e a empresa compradora vender 
uma parte de seu estoque para terceiros, o IR Diferido deverá ser proporcional ao lucro não realizado 
(0,20 x $ 160 = $ 32), e o lançamento será feito de acordo com o que segue:
No Balanço Patrimonial:
(3) IR Diferido(empresa vendedora) $ 32
a Res. Lucros (empresa vendedora) $ 32
Na Demonstração de Resultados:
(13) Débito: IR do Exercício $ 32
Se uma empresa vendeu uma máquina, no final do período, com custo contábil de $ 270 por $ 300 
para outra empresa do grupo por $ 50, o lançamento de eliminação seria realizado da seguinte forma 
no Balanço Patrimonial:
(4) Res. Lucros (empresa vendedora) $ 20
a Máquinas (empresa compradora) $ 20
Na Demonstração de Resultados:
(11) Débito de $ 20 na Venda de Imobilizado.
Se a empresa vendedora foi tributada em 20%, o lançamento seria da seguinte forma (0,20 x $ 20 
= $ 4):
No Balanço Patrimonial:
(5) IR Diferido (empresa vendedora) $ 4
a Res. Lucros (empresa vendedora) $ 4
38
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
Na Demonstração de Resultados:
(14) Débito: IR do Exercício $ 4
Suponhamos que a controladora tenha 90% do capital da controlada. A controlada tem um capital 
de $ 1.000 e $ 160 de Reservas de Lucros. A eliminação de consolidação dos investimentos é:
No Balanço Patrimonial:
(6) Capital $ 900 ($ 1.000 x 90%)
Reservas de Lucros $ 144 ($ 160 x 90%)
a Investimentos $ 1.044
Na Demonstração de Resultados:
(12) Débito: REP $ 144
A participação dos acionistas não controladores será destacada em uma conta específica dentro do 
Patrimônio Líquido da seguinte forma:
No Balanço Patrimonial:
(7) Capital $ 100 ($ 1.000 x 10%)
Reservas de Lucros $ 16 ($ 160 x 10%)
a N.Contrl. $ 116
Na Demonstração de Resultados:
(15) Débito: N.Contrl. $ 16
Depois de estudar os dois exemplos anteriores, você pode resolver o Exemplo 3, que aborda os 
principais conceitos já estudados.
Exemplo 3:
Com as informações a seguir, elabore as Demonstrações Contábeis consolidadas para as empresas 
A, B e C:
A empresa A detém 80% do capital de B e 90% do capital de C.
39
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
A empresa A comprou mercadorias de terceiros por $ 700 e vendeu essas mercadorias a prazo por $ 
1.400 para a empresa B.
A empresa B vendeu 60% dos estoques para terceiros, à vista, por $ 1.200.
A empresa C vendeu por $ 360 para a empresa A, à vista, um terreno com custo contábil de $ 300 e, 
por $ 170, um veículo com custo de aquisição de $ 400 e depreciação acumulada de $ 270.
Tabela 5 
BP A B C A + B
Eliminações
AB
DEB CRED
Ativo 3.230 2.300 800 6.330 - - 3.237,6
Bancos 100 220 200 520 - - 520
Dup. Rec. 800 1.200 300 2.300 - (1) 1.400 900
Estoques 480 100 580 - (2) 200 380
Invest. 1.800 400 200 2.400 - (3) 1.452,4 947,6
Terrenos 360 - - 360 - (6) 60 300
Veículos 170 - - 170 - (7) 40 130
IR Diferido - - - 0 (8) 60 - 60
Passivo 3.230 2.300 800 6.330 - - 3.237,6
Fornecedor 899 1.200 100 2.199 (1) 1.400 - 799
IR a Pagar 80 54 16 150 - - 150
Capital 1.600 730 500 2.830 (3) 1.034(9) 196 - 1.600
R. Lucros 651 316 184 1.151 (3) 418,4 (8) 60 411
PANC - - - -
(9) 81,6
(2) 200
(6) 60
(7) 40
(9) 277,6 277,6
Tabela 6 
DRE A B C A + B
Eliminações
AB
DEB CRED
RBO 1.400 1.200 - 2.600 (10)1.400 - 1.200
(-) Imp. (200) (140) - 340 - (10) 200 (140)
RLV 1.200 1.060 - 2.260 - - 1.060
CMV (700) (720) - (1.420) - (10) 700 (420)
L. Bruto 500 340 - 840 - (10) 300 640
Res. Eq. 231 - - 231 (11) 231 - 0
(-) Dop (100) (70) (20) (190) - - (190)
(+) ORO - - 100 100 (12) 100 - 0
IR - 20% (80) (54) (16) (150) - (13) 60 (90)
40
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
LLAPANC 551 216 64 831 - - 360
(-) PANC - - - - (14) 49,6 - (49,6)
LLDPANC - - - - - - 310,4
Se uma empresa vendeu, a prazo, $ 1.400 de mercadorias para outra do grupo, a empresa compradora 
tem um passivo de $ 1.400 para com a empresa vendedora, e esta, por sua vez, tem $ 1.400 a receber 
da empresa compradora. Nesse caso, o lançamento de eliminação é:
(1) Fornecedores (empresa compradora) $ 1.400
a Duplicatas a Receber (empresa vendedora) $ 1.400
Se uma empresa vendeu para outra do grupo, por $ 1.400, mercadorias que custaram $ 700, com 
impostos sobre a venda recuperáveis no valor de $ 200, e a empresa compradora vendeu 60% dos 
estoques para terceiros, o estoque na empresa compradora é de ($ 1.400 – $ 200) x 0,40 = $ 480. O lucro 
contido nos estoques é de $ 500 / $ 1.200 x $ 480 = $ 200. O lançamento seria realizado da seguinte 
forma:
No Balanço Patrimonial:
(2) Res. Lucros (empresa vendedora) $ 200
a Estoques (empresa compradora) $ 200
Na Demonstração de Resultados:
Na demonstração consolidada do resultado, é necessário eliminar a Receita Bruta, o Imposto sobre 
Vendas e o Custo dos Produtos Vendidos. Se a empresa compradora vendeu 60% do estoque, o lucro 
contido no CMV é de $ 500 / $ 1.200 x $ 720 = $ 300. O lançamento seria realizado da seguinte forma:
(10) Vendas (empresa vendedora) $ 1.400
a Deduções $ 200
a Custo dos Produtos Vendidos (empresa vendedora) $ 700
a Custo dos Produtos Vendidos (empresa compradora) $ 300
Como os lucros estão colocados duas vezes, uma sob a forma de Lucros Acumulados no Balanço 
Patrimonial e outra como saldo final na Demonstração de Resultados, nesse sistema os lançamentos 
referentes a ajustes e eliminações na Demonstração de Resultados só são considerados nas parcelas que 
se referem às contas de Resultado.
41
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
CONTABILIDADE AVANÇADA
Se a empresa vendedora tiver sido tributada em 20%, então 0,20 x ($ 500 – 100) = $ 80. Se a empresa 
compradora vender uma parte de seu estoque para terceiros, o IR Diferido deverá ser proporcional ao 
lucro não realizado (0,20 x $ 200 = $ 40), mas nesse caso nós devemos calcular o IR Diferido também 
sobre o lucro não realizado da venda de imobilizado [0,20 x ($ 60 + 40)], que é de $ 20. O IR Diferido 
total é $ 40 + $ 20 = $ 60. O lançamento seria feito da seguinte forma:
No Balanço Patrimonial:
(8) IR Diferido (empresa vendedora) $ 60
a Res. Lucros (empresa vendedora) $ 60
Na Demonstração de Resultados:
(13) Débito: IR do Exercício $ 60
Se uma empresa vendeu, por $ 170, para outra empresa do grupo, um veículo no final do período com 
custo contábil de $ 130, o lançamento de eliminação seria da seguinte forma no Balanço Patrimonial:
(7) Res. Lucros (empresa vendedora) $ 40
a Veículos (empresa compradora) $ 40
Se uma empresa vendeu, por $ 360, para outra empresa do grupo, um terreno no final do período com 
custo contábil de $ 300, o lançamento de eliminação seria realizado da seguinte forma no Balanço Patrimonial:
(6) Res. Lucros (empresa vendedora) $ 60
a Terrenos (empresa compradora) $ 60
Na Demonstração de Resultados, para eliminar o resultado da venda de imobilizado, o lançamento seria:
(11) Débito de $ 100 na Venda de Imobilizado (Outras Receitas Operacionais).
 Lembrete
Se a empresa A detém 80% do capital de B e 90% do capital de C, é 
necessário fazer a eliminação dos investimentos e o cálculo da participação 
dos acionistas não controladores.
O cálculo dos investimentos deve ser feito separadamente:
PLB = 1046 x 80% = 836,80
42
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 L
uc
as
 K
./J
ul
ia
na
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 2
6/
06
/1
3
PLC = 684 x 90% = 615,60
Capital Social B = 730 x 80% = 584,00
Capital Social C = 500 x 90% = 450,00
Res. Lucros B = 316 x 80% = 252,80
Res. Lucros C = 184 x 90% = 165,60
No Balanço Patrimonial:
(3) Capital $ 1.034 (584 + 450)
Reservas de Lucros $ 418,4 (252,8 + 165,6)
a Investimentos $ 1.452,4 (836,8 + 615,6)
Na Demonstração de Resultados:
(11) Débito: REP $ 144
A participação dos acionistas não controladores será destacada da seguinte forma:
PLB = 1046 x 20% = 209,20
PLC = 684 x 10% = 68,40
Capital Social B = 730 x 20% = 146,00
Capital Social C = 500 x 10% = 50,00
Res. Lucros B = 316 x 20% = 63,20
Res. Lucros C = 184 x 10% = 18,40
No Balanço Patrimonial:

Outros materiais

Outros materiais