Buscar

GESTÃO DE ENFERMAGEM A IMPORTÂNCIA DO CME NO AMBIENTE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1	
	
GESTÃO DE ENFERMAGEM: A IMPORTÂNCIA DO CME NO AMBIENTE 
HOSPITALAR 
 
 
 
JANAINA JESSICA DE MOURA SILVA1 
PAULA RAKELINY FIALHO DE FREITAS2 
ROMARIO SILVA SOARES3 
JAERDYSON MEDEIROS DA ROCHA4 
 
 
RESUMO 
 
O centro de material e esterilização (CME) é o setor responsável pelo 
processamento dos produtos para a saúde (PPS). Setor esse que atua no 
controle de infecções, articulando ciência, segurança e qualidade por meio de 
instrumentais processados adequadamente, evitando que esse material se torne 
fonte de contaminação e transmissão de microrganismos patógenos aos 
serviços assistenciais. O CME é constituído de maneira geral por: Sala de 
preparo e esterilização; sala de desinfecção química, área de monitoramento da 
esterilização; sala de armazenamento e distribuição. Surgido na década de 
1940, o CME é uma área física chefiada por enfermeiros, sendo a atividade de 
gerenciamento a principal função adotada por eles, cabendo-os a participação, 
coordenação, execução, supervisão e avaliação de todas as etapas do 
processamento de produtos para saúde. Tendo isso em mente, foi observado 
com a pesquisa que a equipe de enfermagem da CME está rotineiramente 
exposta a riscos por agentes químicos, físicos e biológicos, bem como riscos 
relacionados a fatores ergonômicos. Esses problemas de risco a saúde podem 
ser somados à sobrecarga de trabalho, e a falta de experiência e ausência de 
treinamento para o desenvolvimento de suas atividades. Esse trabalho propõe 
identificar os principais desafios enfrentados e apontar os fatores psicossociais 
no trabalho que podem acometer a equipe de enfermagem nas atividades dos 
enfermeiros no CME de instituições hospitalares no Brasil. 
 
Palavras-chave: Profissionais de enfermagem, serviços hospitalares, centro de 
esterilização. 
 
	
1	Acadêmica	do	Curso	de	Enfermagem	da	Universidade	Potiguar,	e-mail:	janaina.jessica4@gmail.com		
2	Acadêmica	do	Curso	de	Enfermagem	da	Universidade	Potiguar,	e-mail:	paularakelinyfreitas@gmail.com		
3	Acadêmico	do	Curso	de	Enfermagem	da	Universidade	Potiguar,	e-mail:	romarioss@hotmail.com		
4	Professor	Orientador,	Universidade	Potiguar,	e-mail:	jaerdyson.rocha@unp.br		
	 	 	
	
2	
	
ABSTRACT 
 
The material and sterilization center (MSC) are the sector responsible for the 
processing of health products (PHP). This sector operates in infection control, 
articulating science, safety, and quality through properly processed instruments, 
preventing this material from becoming a source of contamination and 
transmission of pathogenic microorganisms to care services. The MSC consists 
in general preparation and sterilization room; chemical disinfection room, 
sterilization monitoring area; storage and distribution room. Arising in the 1940s, 
the CME is a physical area headed by nurses, and the management activity is 
the main function adopted by them, and they are responsible for the participation, 
coordination, execution, supervision, and evaluation of all stages of the 
processing of health products. It was observed with the research that the nursing 
team of the CME is routinely exposed to risks by chemical, physical and biological 
agents, as well as risks related to ergonomic factors. These health risk problems 
can be added to work overload, and lack of experience and lack of training for the 
development of their activities. This paper proposes to identify the main 
challenges faced and point out the psychosocial factors at work that may affect 
the nursing team in the activities of nurses in the CME of hospital institutions in 
Brazil. 
 
Keywords: Nursing, hospital services, sterilization center. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	 	 	
	
3	
	
INTRODUÇÃO 
O Centro de Materiais e Esterilização (CME) é uma unidade funcional 
centralizada, de fluxo contínuo e unidirecional, definida na resolução RDC 15 de 
15/03/12, como um local destinado ao processamento de produtos para saúde, 
que consiste no conjunto de ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, 
limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, 
desinfecção ou esterilização e armazenamento. [3,9]	
Sendo hoje considerado o coração do hospital, o CME surgiu em meados 
da década de 1940 e, desde então, está sob a responsabilidade dos profissionais 
de enfermagem. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através 
da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 307 de 14 de novembro de 2002, 
considera o CME como sendo uma unidade de apoio técnico responsável pelo 
fornecimento de artigos médico-hospitalares devidamente processados, 
resultando em condições adequadas para atendimento direto e assistência à 
saúde de indivíduos enfermos ou sadios. Podendo se localizar dentro ou fora da 
edificação usuária dos materiais. [3,6]	
De acordo com World Health Organization (WHO), cerca de 234 milhões 
de pacientes são submetidos a procedimentos cirúrgicos por ano em todo o 
mundo e, destes, um milhão vão a óbito em razão de eventos adversos graves, 
como uma Infecção Relacionada Assistência à Saúde (IRAS). Estima-se que só 
no Brasil 14% das internações são em decorrência de IRAS, e uma das formas 
mais importantes de prevenir tais ocorrências é a correta esterilização dos 
materiais pelo CME. Tendo em vista que é de competência do enfermeiro gestor, 
garantir a eficácia dos processos no CME, além de colaborar para a prevenção 
de IRAS, ressaltando e discutindo com a equipe de enfermagem a importância 
do seu trabalho para as demais unidades da instituição. [1,9,16]	
Sendo responsável pela gestão do CME, o enfermeiro gestor atua nas 
etapas do processamento de materiais promovendo o envolvimento e 
compromisso de toda a equipe do setor. Nesse sentido, se faz necessário que o 
enfermeiro gestor tenha habilidades técnicas especificas para a liderança e o 
manuseio de equipamentos, artigos e instrumentos cirúrgicos. O CME pode ser 
comparado a um setor de produção na medida em que recebe artigos sujos e 
contaminados, procede o reprocessamento e entrega artigos esterilizados e 
embalados para uso clínico e cirúrgico. [17]	
A esterilização dentro do CME é um processo fundamental no controle de 
infecções, e a sua monitorização física, química e biológica pelo enfermeiro é 
imprescindível. As falhas na esterilização podem ocorrer devido a erros do 
operador, equipamento, instalação e falhas combinadas, devido a isso é 
necessário que a monitorização seja de maneira criteriosa, visto que para a 
efetividade do processo de desinfecção ou esterilização, os PPS devem, 
obrigatoriamente, passar por um processo de limpeza metodicamente 
adequado. A monitorização física deve ser realizada verificando os parâmetros 
da autoclave, se estão de acordo com o descrito no manual de instruções. Nos 
indicadores químicos há uma grande variedade de classes e indicações,	os 
	 	 	
	
4	
	
classe um estão impressos no papel grau cirúrgico, em papel crepado, eles 
detectam falhas severas na esterilização e indicam que o pacote foi processado, 
os indicadores classe seis e emuladores são capazes de detectar falhas sutis na 
esterilização, são fáceis de usar e dão resultados imediatos. Já os indicadores 
biológicos são considerados padrão ouro na monitorização, com resultados 
bastante confiáveis se feito semanalmente e de acordo com manual de 
instruções. [5,12,16]	
Sendo assim, o trabalho tem como finalidade apresentar os serviços 
assistenciais e de diagnósticos de Produtos Para a Saúde (PPS) processados, 
garantindo a quantidade necessária para uma assistência segura. Dessa forma, 
justifica-se a importância de novos estudos que abordem o papel do enfermeiro 
na gestão e sua relevância no desenvolvimento do trabalho do enfermeiro do 
CME, destacando suas atribuições, atividades e desafios enfrentados pela 
equipe.	
 
METODOLOGIA 
 
O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica com busca nas bases de 
dados, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), 
Medline, Scientific Electronic LibraryOnline (SciELO), e Biblioteca Virtual em 
Saúde (BVS). Foram utilizados os descritores; Profissionais de enfermagem, 
Centro de esterilização, Serviços Hospitalares. 
Os textos foram inicialmente selecionados a partir da análise prévia dos 
resumos; os que se enquadraram nos critérios de inclusão foram lidos na íntegra 
e seus principais pontos serviram de suporte para a elaboração da revisão de 
literatura do TCC. Também foram feitas pesquisas livres em órgãos 
governamentais e conselhos de classes com o objetivo de fortalecer a base da 
pesquisa com normas e recomendações. As buscas foram realizadas no período 
de 2019 a 2022 em primeiro momento, a pesquisa foi realizada utilizando o 
descritor “Profissionais de Enfermagem” na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) 
onde foram encontrados 5.669 artigos nas diversas bases, entre elas: Electronic 
Library Online (SciELO), MEDILINE e LILACS. Após restringir-se a artigos 
apenas na língua portuguesa e com data de publicação entre 2019-2022, 
restaram apenas 96 artigos. A segunda pesquisa foi realizada com o descritor 
‘’Centro de Esterilização’’, onde foram encontrados 700 artigos na Biblioteca 
Virtual em Saúde (BVS) após restringir-se a artigos apenas na língua portuguesa 
e com data de publicação entre 2019-2022, restaram apenas 29 artigos. Já na 
terceira pesquisa foi realizada com o descritor ‘’ Serviços hospitalares’’ na 
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) onde foram encontrados 5.544 artigos nas 
diversas bases, entre elas: Electronic Library Online (SciELO), MEDILINE e 
LILACS. Após restringir-se a artigos apenas na língua portuguesa e com data de 
publicação entre 2019 e 2021, restaram apenas 439 artigos. 
 
	 	 	
	
5	
	 Fonte: Autoria própria, 2022. 
DESENVOLVIMENTO 
 
As primeiras CME’s eram estruturas logísticas simples, carente de uma 
sistematização técnico-administrativa. Com o desenvolvimento de técnicas 
cirúrgicas, principalmente com a revolução tecnológica nas décadas de 60 e 70, 
aconteceram mudanças importantes na organização da CME, no que diz 
respeito aos métodos de esterilização e ao seu gerenciamento. Inicialmente, a 
CME não tinha funcionamento centralizado; muitos materiais eram preparados 
nas próprias unidades de internação e somente eram esterilizados naquele 
setor, ou então CME e centro cirúrgico (CC) funcionavam no mesmo local. Com 
o aumento da complexidade da tecnologia dos materiais e equipamentos 
cirúrgicos, foi crescendo a demanda por implementação de novas formas de 
prepará-los e processá-los que, consequentemente, exigiram que os 
profissionais de enfermagem se especializassem para atender à complexidade 
do processo de trabalho. [2,7]	
 A Resolução RDC nº. 307, de 14 de novembro de 2002, considera a CME 
uma unidade de apoio técnico, que tem como finalidade o fornecimento de 
materiais médico-hospitalares adequadamente processados, proporcionando, 
assim, condições para o atendimento direto e a assistência à saúde dos 
indivíduos enfermos e sadios, no entanto, uma grande parcela dos hospitais 
públicos encontra-se em desacordo com esta determinação. Com as CME 
funcionando eficazmente, as taxas de mortalidades e de infecções hospitalares 
caem e resultados positivos ficaram bastante visíveis. [3,4,10]	
Hoje o CME é responsável por receber os materiais contaminados, 
realizar a limpeza, a análise, montagem, embalagem, a esterilização, 
armazenamento e distribuição dos materiais para todo o hospital. Ele precisa ter 
um fluxo contínuo e unidirecional, para que artigos limpos não entrem em contato 
com artigos sujos. 	
Segue abaixo fluxograma do CME: 
 
 
 
 
 
 
 
 
	 	
 
Figura 1: Fluxograma de serviço no CME. 
	 	 	
	
6	
	
Área de expurgo	
O CME precisa ter um fluxo contínuo e unidirecional para que artigos 
limpos não entrem em contato com artigos sujos, a primeira parada desses 
materiais contaminados é a sala do expurgo e limpeza, onde se centraliza grande 
quantidade e variedade de materiais sujos com sangue, secreções e excreções. 
Para que esses artigos passem por uma correta higienização, cada tipo de 
material precisa de água e detergente enzimático em temperatura e quantidade 
adequada respectivamente. Esta área deve ser de acesso restrito ao fluxo de 
pessoas e os profissionais da saúde deverão trabalhar devidamente 
paramentados com: gorro, máscara, luva de borracha cano longo, avental de 
brim manga longa, avental impermeável, óculos de proteção e sapato fechado. 
[10,11,13,15]	
 	
Área de lavagem e secagem dos materiais	
A secagem dos materiais utiliza-se compressas e pistolas de ar 
comprimido, logo em seguida é encaminhado os artigos para o preparo para ser 
supervisionado, montado e embalado. [11]	
 	
Área de Preparo dos materiais 
Chegando ao preparo é feito a conferência dos materiais, se estão limpos, 
secos, suas funcionalidades e integridades dos artigos. Após isso o material é 
montado, empacotado por tyvek, grau cirúrgico ou SMS. No uso do tyvek ou grau 
cirúrgico é utilizado a seladora para a selagem com a temperatura adequada da 
embalagem sendo posteriormente enviado para a esterilização. [11,15,18] 
 
Área de esterilização	
 	 Na esterilização, onde o principal protagonista é a autoclave, as caixas já 
embaladas e identificadas são colocadas dentro da autoclave, um aparelho que 
trabalha a partir de calor úmido ou seco, ou com soluções químicas, que funciona 
com parâmetros estipulados pela legislação.	Dentre os vários tipos de processo 
de esterilização existentes, o calor úmido sob pressão, realizado em autoclaves, 
representa uma das formas mais econômicas e seguras de esterilização 
(RUTALA e WEBER, 2008). Este processo é o de maior segurança por destruir 
todas as formas de vida, assim como bacilos da tuberculose a temperatura de 
121ºC a 134ºC. [11,15,18]	
 A Esterilização à baixa temperatura acontece utilizando o vapor de 
peróxido de hidrogênio e plasma permite que o processo seja realizado de forma 
rápida e segura sem deixar resíduos tóxicos como agente esterilizante na 
concentração de 59%, e distribuído no interior da câmara do equipamento de 
esterilização em forma de vapor, de modo a entrar em contato com todas as 
superfícies dos artigos para a esterilização. O equipamento em geral opera com 
	 	 	
	
7	
	
temperatura abaixo de 50ºC e com ciclos que demoram menos de 60min. São 
destacadas como vantagens deste método de esterilização pela rapidez e a 
baixa toxicidade com o equipamento alocado no CME. [15,18]	
 	
 A comprovação do monitoramento de ciclo com IB	
No processo de esterilização é realizado testes químico, físico e biológico 
para a comprovação do ciclo de carga de materiais. A monitorização mais 
confiável para esterilização em autoclave é a biológica, pois o indicador biológico 
(IB) possibilita o controle e verificação de ciclos rotineiros de esterilização, 
garantindo a comprovação de livre microrganismos vivos e a eficácia do 
processamento dos artigos. [12,15,18]	
Segue abaixo um exemplo de teste químico, o teste Bowie Dick que é 
realizado diariamente no primeiro ciclo de esterilização em autoclave fria, auto-
vácuo, com câmara fria e vazia. [10] 
	
																																																																			
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Teste Bowie-Dick 
Fonte: CMS Científica, 2015. 
	 	 	
	
8	
	
Os testes biológicos são os únicos que consideram todos os parâmetros 
de esterilização, tais como temperatura, pressão e tempo de exposição. Os 
indicadores biológicos mais usados hoje são os autocontidos preparados com 
microrganismos tecnicamente selecionados, nos quais um suporte impregnado 
com os esporos é acondicionado no fundo de um frasco, separado do meio de 
cultura contido em uma ampola, com indicador colorimétrico para a mudança do 
pH do meio. Cada indicador biológico possui uma bactéria inativa que ao ser 
ativada e incubada após o processo de esterilização é verificada se houve um 
crescimento da bactéria para comprovação do processamento. Paraesse IB é 
utilizado uma população conhecida de esporos bacterianos resistente ao calor, 
Geobacillus stearothermophilus que fica separado do meio de cultura roxo pela 
ampola de vidro. [10,12,15,18]	
 
 
 
 
 
 
 
 
Para a verificação são usadas 2 ampolas, uma ampola é utilizada para o 
controle do ciclo e a outra de teste para observar o esporo de Geobacillus 
stearothermophilus. A ampola que é utilizada para o controle do ciclo é levada 
para esterilização na autoclave e ao finalizar o ciclo, esperamos 15 min para a 
ampola ser retirada, quebrada para o meio de cultura entrar em contato com o 
esporo e levada para a incubadora para receber o resultado de comprovação do 
processamento após 1h. Já a segunda ampola é utilizada para controle para 
observar o esporo, ou seja, levamos essa ampola com a bactéria inativa para 
incubadora para observarmos se terá um desenvolvimento dessa bactéria. 
[12,15,18] 
Caso a ampola teste apresente a cor amarela em algum momento, é 
necessário interditar o indicador biológico. Após o IB passar pela incubadora, 
iremos verificar a calorimetria dos tubos para ter um resultado da análise se ela 
foi aprovada ou reprovada, compreendendo isso, sabemos que se as ampolas 
testem do ciclo e controle ficarem na cor amarela após a incubação, indica que 
houve crescimento bacteriano. Já se a ampola teste estiver na cor roxo e a 
ampola controle na cor amarela, resulta que o processo de esterilização não 
sofreu crescimento bacteriano, dando isso a um processo efetivo. É de suma 
importância que o enfermeiro avalie as necessidades de manutenção da 
incubadora e da autoclave, se foram colocados muitos pacotes impedindo a 
circulação do vapor ou dificultando a esterilização. [12,15,18] 
Figura 3: Indicador biológico. 
Fonte: Fonte: SPlabor, 2016. 
	 	 	
	
9	
	
Para finalizar o procedimento dos indicadores biológicos deveremos 
retirar a etiqueta da ampola teste e controle colando-as e registrando os 
resultados referente a cada ampola no espaço correspondente embaixo de cada 
etiqueta, caso o resultado do teste seja reprovado anote também no livro de 
registro e as providencias que foram tomadas. Quando o equipamento voltar da 
manutenção, faça um novo teste e registre o resultado e arquive em pasta toda 
documentação de monitorização e esterilização, anexe uma fotocopia das notas 
fiscais de manutenção no livro de registros, guarde esses documentos 
organizados pelo menos 5 anos. O controle de infecção é um trabalho de toda 
equipe e supervisionado por um enfermeiro responsável pelo CME. [12,15,18] 
 
Estocagem e armazenamento de materiais esterilizados 
 
Estabelece como última etapa do CME á na área de estocagem dos 
materiais que deve ser planejada de forma a manter a esterilização dos artigos 
e facilitar o uso deles. Estes devem ser armazenados de forma organizada, 
preferencialmente em prateleiras fechadas. Caso não seja possível, pode-se 
armazená-los em prateleiras abertas, no entanto, estas merecem maior atenção 
no que se refere ao controle de fluxo de pessoal, limpeza e ventilação. Além 
disso, devem manter distância do teto, piso e paredes. Segue abaixo figura 
esquemática da divisão interna do CME. [1,19] 
Segue abaixo figura esquemática da divisão interna do CME. 
 
	 	 	
	
10	
	
Fonte: Autoria própria, 2022. 
	
 
	
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	
O CME é uma unidade hospitalar que tem como função e 
responsabilidade processar e fornecer todos os produtos para a saúde em 
diversas áreas consumidoras, garantindo que todos os PPS sejam devidamente 
esterilizados a fim de reduzir as IRAS. É Graças ao CME que é realizado 
inúmeros procedimentos de forma segura e eficaz. Esse setor é composto por 
um fluxo contínuo e unidirecional, incluindo a pré-limpeza, recepção, limpeza, 
secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou 
esterilização e armazenamento. 
Esta revisão possibilitou conhecer as etapas do CME e sua 
operacionalização, ficando evidente a importância e a responsabilidade do papel 
do enfermeiro gestor na unidade, principalmente pela sua função na organização 
dos processos, prevenção de IRAS e à segurança do paciente. 
Portanto vale ressaltar a importância do enfermeiro frente ao CME, 
supervisionando, treinando, orientando toda equipe e garantindo a eficácia no 
controle das infecções. Nesse sentido, a atuação desse profissional exige um 
grande conhecimento técnico e específico em diversas áreas no setor, 
realizando um trabalho eficiente na gestão e planejamento, seguindo as normas 
Figura 4: Figura esquemática da divisão interna do CME. 
	 	 	
	
11	
	
vigentes, com olhar voltado sempre para a qualidade dos PPS e qualificação da 
equipe. 
Contudo seu trabalho precisa ser continuamente discutido e evidenciado 
pelas demais unidades da instituição, a fim de que possa receber seu devido 
reconhecimento e não permanecer mais invisível. 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 	 	
	
12	
	
REFERÊNCIAS	
 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Programa nacional de 
prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde 
(PNPCIRAS) 2021 a 2025. Brasília, 05 de março de 2021. Disponível em: 
https://ameci.org.br/wp-content/uploads/2021/04/pnpciras_2021_2025.pdf 
Acesso em: 18/05/2022 
AMATO, A.C.M. Breve História da Cirurgia. Ed. Clube de Autores, São Paulo, 
2021, 86p. 
BRASIL, Ministério da Saúde. RESOLUÇÃO – RDC N° 15, de 15 março de 2012. 
Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.h
tml. Acesso em: 30/04/2022. 
BRASIL, Ministério da Saúde. RESOLUÇÃO – RDC N° 307, de 14 de novembro 
de 2002. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0307_14_11_2002.h
tml. Acesso em: 30/04/2022. 
Carvalho, A. A. de, Girondi, J. B. R., Sebold, L. F., Amante, L. N., Alvarez, A. G., 
& Waterkemper, R. Melhores práticas de reprocessamento de produtos para 
saúde. Revista SOBECC; 26(4), 2022. https://doi.org/10.5327/Z1414-
4425202100040007 
COREN. PARECER COREN – BA N⁰ 001/2017. Salvador, 24 de janeiro. 2017. 
Disponível em: http://ba.corens.portalcofen.gov.br/parecer-coren-ba-
n%E2%81%B0-0012017_29680.html. Acesso em: 01/05/2022. 
COSTA AGUIAR, BG, SOARES, E., COSTA DA SILVA, A. Evolução das 
centrais de material e esterilização: história, atualidades e perspectivas 
para a enfermagem. Revista Enfermaria Global; 15 (1), 2009. 
https://dx.doi.org/10.6018/eglobal.8.1.50391 
MEIRELLES KALIL, Erika; DA COSTA, Aldo José Fernando. Desinfecção e 
esterilização. Acta Ortop Bras; 2 (4),1994. 
Leandro Cavalcante, F. M., & Moreira Barros, L. O trabalho do enfermeiro no 
centro de material e esterilização: Uma revisão integrativa. Revista 
SOBECC; 25(3):171–178, (2020). https://doi.org/10.5327/Z1414-
4425202000030007 
LEITE, Flavia. Projeto de Reestruturação e Ampliação do Hospital Regional 
de Francisco Sá. Artigo CME Central de material esterilizado, 2006. Disponível 
em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/artigo_CME_flavia_leite.pdf. Acesso 
em: 05/05/2022. 
Manual de normas rotinas para o processamento de produtos para a saúde, 
Campinas. 2021. Disponível em: 
	 	 	
	
13	
	
https://saude.campinas.sp.gov.br/saude/enfermagem/Manual_Normas_Rotinas 
_para_Proc_Prod_Saude.pdf. Acesso em 08 de maio, 2022. 
 
MELO, Adriana Mary Mestriner Felipe de et al. Monitoramento biológico de 
autoclaves de consultórios odontológicos de cidades do interior de Mato 
Grosso do Sul (MS). Rev. Salusvita (Online) ; 39(1): 43-51, 2020. 
NASCIMENTO, Kelly Cristina do. A relação entre os riscos ocupacionais no 
Centro de Material de Esterilização e o uso de EPIs e roupas laborais. 
Dissertação (Mestrado em Ergonomia) - Universidade Federal de Pernambuco, 
Recife, 2020. 
PEREIRA, Reobbe Aguiar, Morais, Celia Maria de et al. A atuação do 
enfermeiro frente às normas e rotinas relacionadas ao processamento de 
artigos na central de material de esterilização. RevistaExtensão; 3 (1): 53-
62, 2019. 
Reginaldo DS, Meneghete MC, Rodrigues FCP, Doro LL, Fontana RT, 
Bittencourt VLL. Processo de desinfecção de produtos para saúde: 
concepções e práticas da equipe de enfermagem. Rev Min Enferm; 25:e-
1378, 2021. 
Ribeiro, Helen Cristiny Teodoro Couto et al. Adesão ao preenchimento do 
checklist de segurança cirúrgica. Cad. Saúde Pública; 33(10):e00046216, 
2017 https://doi.org/10.1590/0102-311X00046216 
SOBECC (org.). Diretrizes de Práticas em Enfermagem Perioperatória e 
Processamento de Produtos para a Saúde. 8. ed. São Paulo: Sobecc, 2021. 
968 p. 
Souza, R. Q. de, Barijan, A. T., Bronzatti, J. A. G., Laranjeira, P. R., & Graziano, 
K. U. Validação da limpeza de produtos para saúde no cotidiano do centro 
de material e esterilização. Revista SOBECC; 25(1), 58–64, 2020. 
https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202000010009 
Tipple, A. F. V., dos Santos, J. E. M., Costa, D. de M., Bouwman, B. E., & Goulart, 
D. M. M. Área de armazenamento de produtos para saúde: repensando a 
frequência da descontaminação de prateleiras. Ciência, Cuidado E 
Saúde; 19, 2020. https://doi.org/10.4025/ciencuidsaude.v19i0.48223

Outros materiais