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1 GESTÃO DE ENFERMAGEM: A IMPORTÂNCIA DO CME NO AMBIENTE HOSPITALAR JANAINA JESSICA DE MOURA SILVA1 PAULA RAKELINY FIALHO DE FREITAS2 ROMARIO SILVA SOARES3 JAERDYSON MEDEIROS DA ROCHA4 RESUMO O centro de material e esterilização (CME) é o setor responsável pelo processamento dos produtos para a saúde (PPS). Setor esse que atua no controle de infecções, articulando ciência, segurança e qualidade por meio de instrumentais processados adequadamente, evitando que esse material se torne fonte de contaminação e transmissão de microrganismos patógenos aos serviços assistenciais. O CME é constituído de maneira geral por: Sala de preparo e esterilização; sala de desinfecção química, área de monitoramento da esterilização; sala de armazenamento e distribuição. Surgido na década de 1940, o CME é uma área física chefiada por enfermeiros, sendo a atividade de gerenciamento a principal função adotada por eles, cabendo-os a participação, coordenação, execução, supervisão e avaliação de todas as etapas do processamento de produtos para saúde. Tendo isso em mente, foi observado com a pesquisa que a equipe de enfermagem da CME está rotineiramente exposta a riscos por agentes químicos, físicos e biológicos, bem como riscos relacionados a fatores ergonômicos. Esses problemas de risco a saúde podem ser somados à sobrecarga de trabalho, e a falta de experiência e ausência de treinamento para o desenvolvimento de suas atividades. Esse trabalho propõe identificar os principais desafios enfrentados e apontar os fatores psicossociais no trabalho que podem acometer a equipe de enfermagem nas atividades dos enfermeiros no CME de instituições hospitalares no Brasil. Palavras-chave: Profissionais de enfermagem, serviços hospitalares, centro de esterilização. 1 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Potiguar, e-mail: janaina.jessica4@gmail.com 2 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Potiguar, e-mail: paularakelinyfreitas@gmail.com 3 Acadêmico do Curso de Enfermagem da Universidade Potiguar, e-mail: romarioss@hotmail.com 4 Professor Orientador, Universidade Potiguar, e-mail: jaerdyson.rocha@unp.br 2 ABSTRACT The material and sterilization center (MSC) are the sector responsible for the processing of health products (PHP). This sector operates in infection control, articulating science, safety, and quality through properly processed instruments, preventing this material from becoming a source of contamination and transmission of pathogenic microorganisms to care services. The MSC consists in general preparation and sterilization room; chemical disinfection room, sterilization monitoring area; storage and distribution room. Arising in the 1940s, the CME is a physical area headed by nurses, and the management activity is the main function adopted by them, and they are responsible for the participation, coordination, execution, supervision, and evaluation of all stages of the processing of health products. It was observed with the research that the nursing team of the CME is routinely exposed to risks by chemical, physical and biological agents, as well as risks related to ergonomic factors. These health risk problems can be added to work overload, and lack of experience and lack of training for the development of their activities. This paper proposes to identify the main challenges faced and point out the psychosocial factors at work that may affect the nursing team in the activities of nurses in the CME of hospital institutions in Brazil. Keywords: Nursing, hospital services, sterilization center. 3 INTRODUÇÃO O Centro de Materiais e Esterilização (CME) é uma unidade funcional centralizada, de fluxo contínuo e unidirecional, definida na resolução RDC 15 de 15/03/12, como um local destinado ao processamento de produtos para saúde, que consiste no conjunto de ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização e armazenamento. [3,9] Sendo hoje considerado o coração do hospital, o CME surgiu em meados da década de 1940 e, desde então, está sob a responsabilidade dos profissionais de enfermagem. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 307 de 14 de novembro de 2002, considera o CME como sendo uma unidade de apoio técnico responsável pelo fornecimento de artigos médico-hospitalares devidamente processados, resultando em condições adequadas para atendimento direto e assistência à saúde de indivíduos enfermos ou sadios. Podendo se localizar dentro ou fora da edificação usuária dos materiais. [3,6] De acordo com World Health Organization (WHO), cerca de 234 milhões de pacientes são submetidos a procedimentos cirúrgicos por ano em todo o mundo e, destes, um milhão vão a óbito em razão de eventos adversos graves, como uma Infecção Relacionada Assistência à Saúde (IRAS). Estima-se que só no Brasil 14% das internações são em decorrência de IRAS, e uma das formas mais importantes de prevenir tais ocorrências é a correta esterilização dos materiais pelo CME. Tendo em vista que é de competência do enfermeiro gestor, garantir a eficácia dos processos no CME, além de colaborar para a prevenção de IRAS, ressaltando e discutindo com a equipe de enfermagem a importância do seu trabalho para as demais unidades da instituição. [1,9,16] Sendo responsável pela gestão do CME, o enfermeiro gestor atua nas etapas do processamento de materiais promovendo o envolvimento e compromisso de toda a equipe do setor. Nesse sentido, se faz necessário que o enfermeiro gestor tenha habilidades técnicas especificas para a liderança e o manuseio de equipamentos, artigos e instrumentos cirúrgicos. O CME pode ser comparado a um setor de produção na medida em que recebe artigos sujos e contaminados, procede o reprocessamento e entrega artigos esterilizados e embalados para uso clínico e cirúrgico. [17] A esterilização dentro do CME é um processo fundamental no controle de infecções, e a sua monitorização física, química e biológica pelo enfermeiro é imprescindível. As falhas na esterilização podem ocorrer devido a erros do operador, equipamento, instalação e falhas combinadas, devido a isso é necessário que a monitorização seja de maneira criteriosa, visto que para a efetividade do processo de desinfecção ou esterilização, os PPS devem, obrigatoriamente, passar por um processo de limpeza metodicamente adequado. A monitorização física deve ser realizada verificando os parâmetros da autoclave, se estão de acordo com o descrito no manual de instruções. Nos indicadores químicos há uma grande variedade de classes e indicações, os 4 classe um estão impressos no papel grau cirúrgico, em papel crepado, eles detectam falhas severas na esterilização e indicam que o pacote foi processado, os indicadores classe seis e emuladores são capazes de detectar falhas sutis na esterilização, são fáceis de usar e dão resultados imediatos. Já os indicadores biológicos são considerados padrão ouro na monitorização, com resultados bastante confiáveis se feito semanalmente e de acordo com manual de instruções. [5,12,16] Sendo assim, o trabalho tem como finalidade apresentar os serviços assistenciais e de diagnósticos de Produtos Para a Saúde (PPS) processados, garantindo a quantidade necessária para uma assistência segura. Dessa forma, justifica-se a importância de novos estudos que abordem o papel do enfermeiro na gestão e sua relevância no desenvolvimento do trabalho do enfermeiro do CME, destacando suas atribuições, atividades e desafios enfrentados pela equipe. METODOLOGIA O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica com busca nas bases de dados, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medline, Scientific Electronic LibraryOnline (SciELO), e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os descritores; Profissionais de enfermagem, Centro de esterilização, Serviços Hospitalares. Os textos foram inicialmente selecionados a partir da análise prévia dos resumos; os que se enquadraram nos critérios de inclusão foram lidos na íntegra e seus principais pontos serviram de suporte para a elaboração da revisão de literatura do TCC. Também foram feitas pesquisas livres em órgãos governamentais e conselhos de classes com o objetivo de fortalecer a base da pesquisa com normas e recomendações. As buscas foram realizadas no período de 2019 a 2022 em primeiro momento, a pesquisa foi realizada utilizando o descritor “Profissionais de Enfermagem” na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) onde foram encontrados 5.669 artigos nas diversas bases, entre elas: Electronic Library Online (SciELO), MEDILINE e LILACS. Após restringir-se a artigos apenas na língua portuguesa e com data de publicação entre 2019-2022, restaram apenas 96 artigos. A segunda pesquisa foi realizada com o descritor ‘’Centro de Esterilização’’, onde foram encontrados 700 artigos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) após restringir-se a artigos apenas na língua portuguesa e com data de publicação entre 2019-2022, restaram apenas 29 artigos. Já na terceira pesquisa foi realizada com o descritor ‘’ Serviços hospitalares’’ na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) onde foram encontrados 5.544 artigos nas diversas bases, entre elas: Electronic Library Online (SciELO), MEDILINE e LILACS. Após restringir-se a artigos apenas na língua portuguesa e com data de publicação entre 2019 e 2021, restaram apenas 439 artigos. 5 Fonte: Autoria própria, 2022. DESENVOLVIMENTO As primeiras CME’s eram estruturas logísticas simples, carente de uma sistematização técnico-administrativa. Com o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas, principalmente com a revolução tecnológica nas décadas de 60 e 70, aconteceram mudanças importantes na organização da CME, no que diz respeito aos métodos de esterilização e ao seu gerenciamento. Inicialmente, a CME não tinha funcionamento centralizado; muitos materiais eram preparados nas próprias unidades de internação e somente eram esterilizados naquele setor, ou então CME e centro cirúrgico (CC) funcionavam no mesmo local. Com o aumento da complexidade da tecnologia dos materiais e equipamentos cirúrgicos, foi crescendo a demanda por implementação de novas formas de prepará-los e processá-los que, consequentemente, exigiram que os profissionais de enfermagem se especializassem para atender à complexidade do processo de trabalho. [2,7] A Resolução RDC nº. 307, de 14 de novembro de 2002, considera a CME uma unidade de apoio técnico, que tem como finalidade o fornecimento de materiais médico-hospitalares adequadamente processados, proporcionando, assim, condições para o atendimento direto e a assistência à saúde dos indivíduos enfermos e sadios, no entanto, uma grande parcela dos hospitais públicos encontra-se em desacordo com esta determinação. Com as CME funcionando eficazmente, as taxas de mortalidades e de infecções hospitalares caem e resultados positivos ficaram bastante visíveis. [3,4,10] Hoje o CME é responsável por receber os materiais contaminados, realizar a limpeza, a análise, montagem, embalagem, a esterilização, armazenamento e distribuição dos materiais para todo o hospital. Ele precisa ter um fluxo contínuo e unidirecional, para que artigos limpos não entrem em contato com artigos sujos. Segue abaixo fluxograma do CME: Figura 1: Fluxograma de serviço no CME. 6 Área de expurgo O CME precisa ter um fluxo contínuo e unidirecional para que artigos limpos não entrem em contato com artigos sujos, a primeira parada desses materiais contaminados é a sala do expurgo e limpeza, onde se centraliza grande quantidade e variedade de materiais sujos com sangue, secreções e excreções. Para que esses artigos passem por uma correta higienização, cada tipo de material precisa de água e detergente enzimático em temperatura e quantidade adequada respectivamente. Esta área deve ser de acesso restrito ao fluxo de pessoas e os profissionais da saúde deverão trabalhar devidamente paramentados com: gorro, máscara, luva de borracha cano longo, avental de brim manga longa, avental impermeável, óculos de proteção e sapato fechado. [10,11,13,15] Área de lavagem e secagem dos materiais A secagem dos materiais utiliza-se compressas e pistolas de ar comprimido, logo em seguida é encaminhado os artigos para o preparo para ser supervisionado, montado e embalado. [11] Área de Preparo dos materiais Chegando ao preparo é feito a conferência dos materiais, se estão limpos, secos, suas funcionalidades e integridades dos artigos. Após isso o material é montado, empacotado por tyvek, grau cirúrgico ou SMS. No uso do tyvek ou grau cirúrgico é utilizado a seladora para a selagem com a temperatura adequada da embalagem sendo posteriormente enviado para a esterilização. [11,15,18] Área de esterilização Na esterilização, onde o principal protagonista é a autoclave, as caixas já embaladas e identificadas são colocadas dentro da autoclave, um aparelho que trabalha a partir de calor úmido ou seco, ou com soluções químicas, que funciona com parâmetros estipulados pela legislação. Dentre os vários tipos de processo de esterilização existentes, o calor úmido sob pressão, realizado em autoclaves, representa uma das formas mais econômicas e seguras de esterilização (RUTALA e WEBER, 2008). Este processo é o de maior segurança por destruir todas as formas de vida, assim como bacilos da tuberculose a temperatura de 121ºC a 134ºC. [11,15,18] A Esterilização à baixa temperatura acontece utilizando o vapor de peróxido de hidrogênio e plasma permite que o processo seja realizado de forma rápida e segura sem deixar resíduos tóxicos como agente esterilizante na concentração de 59%, e distribuído no interior da câmara do equipamento de esterilização em forma de vapor, de modo a entrar em contato com todas as superfícies dos artigos para a esterilização. O equipamento em geral opera com 7 temperatura abaixo de 50ºC e com ciclos que demoram menos de 60min. São destacadas como vantagens deste método de esterilização pela rapidez e a baixa toxicidade com o equipamento alocado no CME. [15,18] A comprovação do monitoramento de ciclo com IB No processo de esterilização é realizado testes químico, físico e biológico para a comprovação do ciclo de carga de materiais. A monitorização mais confiável para esterilização em autoclave é a biológica, pois o indicador biológico (IB) possibilita o controle e verificação de ciclos rotineiros de esterilização, garantindo a comprovação de livre microrganismos vivos e a eficácia do processamento dos artigos. [12,15,18] Segue abaixo um exemplo de teste químico, o teste Bowie Dick que é realizado diariamente no primeiro ciclo de esterilização em autoclave fria, auto- vácuo, com câmara fria e vazia. [10] Figura 1: Teste Bowie-Dick Fonte: CMS Científica, 2015. 8 Os testes biológicos são os únicos que consideram todos os parâmetros de esterilização, tais como temperatura, pressão e tempo de exposição. Os indicadores biológicos mais usados hoje são os autocontidos preparados com microrganismos tecnicamente selecionados, nos quais um suporte impregnado com os esporos é acondicionado no fundo de um frasco, separado do meio de cultura contido em uma ampola, com indicador colorimétrico para a mudança do pH do meio. Cada indicador biológico possui uma bactéria inativa que ao ser ativada e incubada após o processo de esterilização é verificada se houve um crescimento da bactéria para comprovação do processamento. Paraesse IB é utilizado uma população conhecida de esporos bacterianos resistente ao calor, Geobacillus stearothermophilus que fica separado do meio de cultura roxo pela ampola de vidro. [10,12,15,18] Para a verificação são usadas 2 ampolas, uma ampola é utilizada para o controle do ciclo e a outra de teste para observar o esporo de Geobacillus stearothermophilus. A ampola que é utilizada para o controle do ciclo é levada para esterilização na autoclave e ao finalizar o ciclo, esperamos 15 min para a ampola ser retirada, quebrada para o meio de cultura entrar em contato com o esporo e levada para a incubadora para receber o resultado de comprovação do processamento após 1h. Já a segunda ampola é utilizada para controle para observar o esporo, ou seja, levamos essa ampola com a bactéria inativa para incubadora para observarmos se terá um desenvolvimento dessa bactéria. [12,15,18] Caso a ampola teste apresente a cor amarela em algum momento, é necessário interditar o indicador biológico. Após o IB passar pela incubadora, iremos verificar a calorimetria dos tubos para ter um resultado da análise se ela foi aprovada ou reprovada, compreendendo isso, sabemos que se as ampolas testem do ciclo e controle ficarem na cor amarela após a incubação, indica que houve crescimento bacteriano. Já se a ampola teste estiver na cor roxo e a ampola controle na cor amarela, resulta que o processo de esterilização não sofreu crescimento bacteriano, dando isso a um processo efetivo. É de suma importância que o enfermeiro avalie as necessidades de manutenção da incubadora e da autoclave, se foram colocados muitos pacotes impedindo a circulação do vapor ou dificultando a esterilização. [12,15,18] Figura 3: Indicador biológico. Fonte: Fonte: SPlabor, 2016. 9 Para finalizar o procedimento dos indicadores biológicos deveremos retirar a etiqueta da ampola teste e controle colando-as e registrando os resultados referente a cada ampola no espaço correspondente embaixo de cada etiqueta, caso o resultado do teste seja reprovado anote também no livro de registro e as providencias que foram tomadas. Quando o equipamento voltar da manutenção, faça um novo teste e registre o resultado e arquive em pasta toda documentação de monitorização e esterilização, anexe uma fotocopia das notas fiscais de manutenção no livro de registros, guarde esses documentos organizados pelo menos 5 anos. O controle de infecção é um trabalho de toda equipe e supervisionado por um enfermeiro responsável pelo CME. [12,15,18] Estocagem e armazenamento de materiais esterilizados Estabelece como última etapa do CME á na área de estocagem dos materiais que deve ser planejada de forma a manter a esterilização dos artigos e facilitar o uso deles. Estes devem ser armazenados de forma organizada, preferencialmente em prateleiras fechadas. Caso não seja possível, pode-se armazená-los em prateleiras abertas, no entanto, estas merecem maior atenção no que se refere ao controle de fluxo de pessoal, limpeza e ventilação. Além disso, devem manter distância do teto, piso e paredes. Segue abaixo figura esquemática da divisão interna do CME. [1,19] Segue abaixo figura esquemática da divisão interna do CME. 10 Fonte: Autoria própria, 2022. CONSIDERAÇÕES FINAIS O CME é uma unidade hospitalar que tem como função e responsabilidade processar e fornecer todos os produtos para a saúde em diversas áreas consumidoras, garantindo que todos os PPS sejam devidamente esterilizados a fim de reduzir as IRAS. É Graças ao CME que é realizado inúmeros procedimentos de forma segura e eficaz. Esse setor é composto por um fluxo contínuo e unidirecional, incluindo a pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização e armazenamento. Esta revisão possibilitou conhecer as etapas do CME e sua operacionalização, ficando evidente a importância e a responsabilidade do papel do enfermeiro gestor na unidade, principalmente pela sua função na organização dos processos, prevenção de IRAS e à segurança do paciente. Portanto vale ressaltar a importância do enfermeiro frente ao CME, supervisionando, treinando, orientando toda equipe e garantindo a eficácia no controle das infecções. Nesse sentido, a atuação desse profissional exige um grande conhecimento técnico e específico em diversas áreas no setor, realizando um trabalho eficiente na gestão e planejamento, seguindo as normas Figura 4: Figura esquemática da divisão interna do CME. 11 vigentes, com olhar voltado sempre para a qualidade dos PPS e qualificação da equipe. Contudo seu trabalho precisa ser continuamente discutido e evidenciado pelas demais unidades da instituição, a fim de que possa receber seu devido reconhecimento e não permanecer mais invisível. 12 REFERÊNCIAS Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Programa nacional de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (PNPCIRAS) 2021 a 2025. Brasília, 05 de março de 2021. 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