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- 1 - 1 INSPETOR DE FABRICAÇÃO – ELETRICIDADE COMANDOS ELÉTRICOS INSPETOR DE FABRICAÇÃO – ELETRICIDADE COMANDOS ELÉTRICOS © PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998. É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de apostilas, sem autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS. Direitos exclusivos da PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A. Ficha Catalográfica SENAI. DN Eletricidade: comandos elétricos/ organizado por Célio Augusto Machado, José Rogério Chavier. – Brasília, DF: PETROBRÁS, 2007. 180 p. ; 30cm. – (Curso para Inspetor de Fabricação. Módulo de Preparação). Inclui bibliografias. SENAI-SP Elaboração/organização do conteúdo técnico da apostila Célio Augusto Machado José Rogério Chavier ÍNDICE 1. FUSÍVEIS INDUSTRIAIS............................................................................................................ 13 1.1. Fusíveis de baixa tensão ......................................................................................................... 13 1.1.1. Corrente.......................................................................................................................... 14 1.1.2. Tensão nominal .............................................................................................................. 14 1.1.3. Capacidade de interrupção ............................................................................................ 14 1.2. Fusível Diazed ......................................................................................................................... 15 1.2.1. Curva característica ....................................................................................................... 16 1.2.2. Características construtivas do Diazed.......................................................................... 17 1.3. Fusível NH ............................................................................................................................... 18 1.4. Curva característica................................................................................................................. 19 1.4.1. Acessórios – fusível NH ................................................................................................. 20 1.5. Seletividade ............................................................................................................................. 20 1.6. Fusível em série com fusível ................................................................................................... 21 1.7. Fusíveis Neozed ...................................................................................................................... 21 1.8. Fusíveis de ação ultra-rápida .................................................................................................. 22 1.9. Fusíveis Silized........................................................................................................................ 22 1.10. Fusíveis Sitor ........................................................................................................................ 22 2. SECCIONADORA....................................................................................................................... 23 2.1. Seccionadora com abertura sem carga................................................................................ 23 2.2. Seccionadora sob carga ou interruptoras............................................................................. 24 2.2.1. Sobre os dispositivos de seccionamento a norma estabelece: ..................................... 24 2.3. Chaves seccionadoras.......................................................................................................... 26 3. CONTATOR................................................................................................................................ 30 3.1. Contatores de potência......................................................................................................... 30 3.1.1. Contator magnético tripolar ............................................................................................ 30 3.1.2. Contator 3TF56 .............................................................................................................. 31 3.2. Característica dos contatores de potência ........................................................................... 32 3.3. Contatores auxiliares ............................................................................................................ 33 3.4. Contatores acoplados a relé térmico .................................................................................... 34 3.5. Relé de tempo....................................................................................................................... 34 3.6. Especificação técnica............................................................................................................ 36 3.7. Relés de sobrecarga térmicos bimetálicos ........................................................................... 37 3.7.1. Princípio construtivo de um relé de sobrecarga bimetálico ........................................... 37 3.7.2. Relé de sobrecarga 3UA5.............................................................................................. 38 3.7.3. Compensação de temperatura....................................................................................... 38 3.8. Ajuste .................................................................................................................................... 39 3.9. Aplicação do rearme manual e automático........................................................................... 39 3.10. Protetores térmicos............................................................................................................... 40 3.10.1. Termo-resistências (PT100)........................................................................................... 40 3.10.2. Termistores (PTC e NTC) .............................................................................................. 41 3.11. Termostatos .......................................................................................................................... 42 3.11.1. Termostato – Escala Real .............................................................................................. 42 3.11.2. Instalação do termostato ................................................................................................ 42 3.12. Simbologia para diagramas de comandos elétricos e eletrônicos (P-SB-13) ...................... 45 4. DIAGRAMAS DE COMANDOS ELÉTRICOS............................................................................. 56 4.1. Diagrama elétrico .................................................................................................................. 56 4.2. Diagrama de comando.......................................................................................................... 56 4.3. Tipos de diagramas............................................................................................................... 57 4.4. Símbolos literais.................................................................................................................... 58 4.4.1. Identificação por letras e números ................................................................................. 59 4.4.2. Identificação por símbolos gráficos................................................................................59 4.5. Identificação de bornes de bobinas e contatos .................................................................... 61 5. CIRCUITOS BÁSICOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO ........................................................... 62 5.1. Seletividade........................................................................................................................... 62 5.2. Funcionamento ..................................................................................................................... 62 5.3. Seletividade entre fusíveis em série ..................................................................................... 62 5.4. Seletividade de relés eletromagnéticos em série, com disjuntores...................................... 63 5.5. Seletividade através do escalonamento das correntes de atuação ..................................... 64 5.6. Seletividade entre relés eletromagnéticos de curto-circuito ................................................. 64 5.7. Seletividade entre fusível e relés de um disjuntor subseqüente .......................................... 67 5.8. Seletividade entre relé térmico de disjuntor e fusível ........................................................... 68 6. CONTROLE DE EQUIPAMENTO DE MANOBRA..................................................................... 70 6.1. Sistema de partida direta ...................................................................................................... 70 6.1.1. Funcionamento............................................................................................................... 70 6.1.2. Interrupção ..................................................................................................................... 71 6.2. Circuito principal e de comando da chave de partida direta................................................. 71 6.3. Reversão de rotação de motores trifásicos .......................................................................... 72 6.3.1. Chaves auxiliares tipo fim de curso................................................................................ 72 6.3.2. Reversão de rotação de motor trifásico ......................................................................... 74 7. PARTIDA DE MOTOR TRIFÁSICO ESTRELA-TRIÂNGULO.................................................... 76 7.1. Partida de motor trifásico ...................................................................................................... 76 7.2. Seqüência operacional.......................................................................................................... 76 7.2.1. Parada do motor............................................................................................................. 77 7.2.2. Segurança do sistema.................................................................................................... 78 7.2.3. Partida com relé de proteção e transformador de corrente ........................................... 78 8. REVERSÃO DE MOTOR TRIFÁSICO TIPO DAHLANDER ...................................................... 79 8.1. Comutação polar automática ................................................................................................ 79 8.1.1. Funcionamento............................................................................................................... 79 8.2. Comutação polar para duas velocidades e reversão comandadas por botões.................... 80 8.2.1. Funcionamento............................................................................................................... 81 9. PARTIDA DE MOTOR TRIFÁSICO DE ROTOR BOBINADO ................................................... 83 9.1. Seqüência operacional.......................................................................................................... 83 9.1.1. Primeiro estágio.............................................................................................................. 83 9.1.2. Segundo estágio ............................................................................................................ 84 9.1.3. Terceiro estágio.............................................................................................................. 84 9.1.4. Quarto estágio ................................................................................................................ 84 9.2. Sistema de partida de motor trifásico de rotor bobinado com comutação automática de resistores............................................................................................................................... 85 9.3. Seqüência operacional.......................................................................................................... 85 9.3.1. Primeiro estágio.............................................................................................................. 86 9.3.2. Segundo estágio ............................................................................................................ 86 9.3.3. Terceiro estágio.............................................................................................................. 86 9.3.4. Quarto estágio ................................................................................................................ 86 10. PARTIDA DE MOTOR TRIFÁSICO COM CHAVE AUTOMÁTICA............................................ 87 10.1. Seqüência operacional.......................................................................................................... 87 10.1.1. Vantagens do sistema.................................................................................................... 88 11. PARTIDA CONSECUTIVA DE MOTORES TRIFÁSICOS ......................................................... 89 11.1. Partida consecutiva de motores............................................................................................ 89 11.1.1. Seqüência operacional................................................................................................... 89 11.2. Partida consecutiva de motores com relés temporizados .................................................... 90 11.2.1. Seqüência operacional................................................................................................... 90 11.2.2. Aplicação ........................................................................................................................ 91 12. FRENAGEM DE MOTOR TRIFÁSICO....................................................................................... 93 12.1. Frenagem de motor trifásico por contracorrente .................................................................. 93 12.1.1. Seqüência operacional................................................................................................... 93 12.2. Dispositivo de frenagem ....................................................................................................... 94 12.3. Funcionamento do relê ......................................................................................................... 95 12.4. Frenagem eletromagnética ................................................................................................... 95 13. PAINÉIS ELÉTRICOS ................................................................................................................ 97 13.1. Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão ............................................................ 97 13.1.1. Tipos de conjuntos ......................................................................................................... 98 13.2. Aplicações básicas de painéis de baixa tensão ................................................................... 102 13.3. Painéis de Distribuição e Sub-distribuição ........................................................................... 103 13.3.1. Entrada ...........................................................................................................................103 13.3.2. Interligação..................................................................................................................... 104 13.3.3. Saída .............................................................................................................................. 104 13.4. CCM – Centro de Controle de Motores ................................................................................ 104 13.4.1. CCM Compartimentado / Não compartimentado / Fixo / Extraível ................................ 105 13.4.2. CCM Inteligente.............................................................................................................. 106 13.5. Painéis de Controle............................................................................................................... 107 13.6. Painéis para Acionamentos – Drives .................................................................................... 108 14. SIGLA DAS PRINCIPAIS NORMAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS .................................. 110 15. DEFINIÇÕES DE TERMOSTÉCNICOS SOBRE EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS................................................................................................................................ 113 16. ENSAIOS EM PAINÉIS DE BAIXA TENSÃO............................................................................. 151 16.1. Ensaios de tipo...................................................................................................................... 151 16.2. Testes de rotina na fábrica ................................................................................................... 152 16.3. Testes especiais ................................................................................................................... 153 16.3.1. Compartimentalização dos invólucros ........................................................................... 155 16.3.2. Graus de proteção.......................................................................................................... 156 16.3.3. Inspeção Dimensional .................................................................................................... 158 16.3.4. Verificações elétricas ..................................................................................................... 158 16.3.5. Elevação de temperatura ............................................................................................... 160 16.3.6. Ensaios de isolamento ................................................................................................... 161 16.3.7. Operações mecânicas.................................................................................................... 161 16.3.8. Inspeção do sistema de pintura. .................................................................................... 161 16.3.9. Verificação da coordenação........................................................................................... 161 17. ENSAIO EM PAINÉIS DE MÉDIA TENSÃO .............................................................................. 164 17.1. Ensaios de tipo...................................................................................................................... 164 17.2. Ensaios de rotina na fábrica ................................................................................................. 165 17.3. Ensaios especiais ................................................................................................................ 166 17.3.1. Inspeção visual e mecânica.......................................................................................... 166 17.3.2. Inspeção Dimensional .................................................................................................. 167 17.3.3. Verificações elétricas.................................................................................................... 168 17.3.4. Ensaios de resistência à corrente de curta duração e de pico..................................... 170 17.3.5. Elevação de temperatura.............................................................................................. 170 17.3.6. Ensaios de isolamento.................................................................................................. 171 17.3.7. Capacidade de fechamento e de interrupção dos aparelhos....................................... 171 17.3.8. Capacidade de fechamento do seccionador de aterramento...................................... 171 17.3.9. Operações mecânicas .................................................................................................. 171 17.3.10. Inspeção do sistema de pintura.................................................................................... 172 17.3.11. Operação em temperaturas ambientes elevadas......................................................... 172 17.3.12. Resistência à operação inclinada ................................................................................. 172 17.3.13. Ensaio de vibração ....................................................................................................... 172 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................. 179 LISTA DE FIGURAS Figura 1.1 – Fusível Diazed (Catálogo Weg) .................................................................................... 13 Figura 1.2 – Segurança fusível NH ................................................................................................... 14 Figura 1.3 – Elemento fusível NH em detalhe .................................................................................. 16 Figura 1.4 – Curva característica do fusível Diazed catálogo eletrônico – Weg .............................. 16 Figura 1.5 – Componentes da segurança fusível Diazed catálogo eletrônico – Weg ...................... 17 Figura 1.6 – Dados técnicos do anel de ajuste e fusível catálogo eletrônico – Weg........................ 17 Figura 1.7 – Dados técnicos da tampa e da capa protetora da segurança fusível Diazed catálogo eletrônico – Weg ........................................................................................................... 18 Figura 1.8 – Dados técnicos do fusível NH catálogo eletrônico – Weg............................................ 18 Figura 1.9 – Dados técnicos do fusível NH catálogo eletrônico – Weg............................................ 19 Figura 1.10 – Curva característica do fusível NH catálogo eletrônico – Weg .................................. 19 Figura 1.11 – Acessórios da segurança fusível NH catálogo eletrônico – Weg ............................... 20 Figura 1.12 – Exemplo de seletividade fusível – fusível ................................................................... 21 Figura 1.13 – Segurança fusível Neozed catálogo eletrônico – Weg............................................... 21 Figura 1.14 – Segurança fusível Silized catálogo eletrônico – Weg................................................. 22 Figura 1.15 – Fusível NH ultra rápido catálogo eletrônico – Weg .................................................... 22 Figura 2.1 – Seccionadora trifásica Target engenharia e consultoria............................................... 23 Figura 2.2 – Exemplo de Seccionadora para abertura sem carga .................................................. 23 Figura 2.3 – Exemplo de seccionadora para abertura com carga .................................................... 24 Figura 2.4 – Modelos de seccionadora Target engenharia e consultoria ......................................... 26 Figura 2.5 – Modelos de seccionadora Target engenharia e consultoria ......................................... 26 Figura 2.6 – Modelos de seccionadora para abertura com carga Target engenharia e consultoria.....................................................................................................................27 Figura 2.7 – Modelos de seccionadoras para abertura com carga Target engenharia e consultoria..................................................................................................................... 27 Figura 2.8 – Modelos de seccionadora para abertura com carga Target engenharia e consultoria..................................................................................................................... 28 Figura 2.9 – Modelos de seccionadora para abertura com carga Target engenharia e consultoria..................................................................................................................... 28 Figura 2.10 – Modelos de seccionadoras para abertura com carga Target engenharia e consultoria................................................................................................................... 29 Figura 3.1 – Contatores tripolares catálogo eletrônico – Weg.......................................................... 30 Figura 3.2 – Desenho em detalhes de um contator .......................................................................... 31 Figura 3.3 – Desenho em detalhes de um contator .......................................................................... 31 Figura 3.4 – Dados técnicos contatores catálogo eletrônico – Weg................................................. 32 Figura 3.5 – Dados técnicos catálogo eletrônico – Weg................................................................... 33 Figura 3.6 – Dados técnicos contatores auxiliares catálogo eletrônico – Weg ................................ 33 Figura 3.7 – Dados técnicos de reles térmicos catálogo eletrônico – Weg ...................................... 34 Figura 3.8 – Rele de tempo (temporizadores) catálogo elertônico – Weg........................................ 35 Figura 3.9 – Componentes internos de um rele de sobrecarga........................................................ 37 Figura 3.10 – Componentes internos de um rele de sobrecarga – Siemens ................................... 38 Figura 3.11 – Comando para aplicação do rearme manual e automático........................................ 40 Figura 3.12 – Sensores de temperatura PT100................................................................................ 41 Figura 3.13 – Sensores de temperatura PTC ................................................................................... 41 Figura 3.14 – Desenho do sensores de temperatura PTC ............................................................... 42 Figura 3.15 – Exemplo de instalação do sensor de temperatura ..................................................... 43 Figura 4.1 – Exemplo de diagrama de comando multifilar............................................................... 57 Figura 4.2 – Exemplo de diagrama de comando funcional.............................................................. 58 Figura 4.3 – Exemplo de disposição de componentes em um painel.............................................. 58 Figura 4.4 – Identificação por letras e númros.................................................................................. 59 Figura 4.5 – Identificação por símbolos gráficos............................................................................... 59 Figura 4.6 – Exemplo de identificação por símbolos gráficos........................................................... 59 Figura 4.7 – Exemplo de identificação bobinas ................................................................................ 61 Figura 4.8 – Exemplo de identificação contatos ............................................................................... 61 Figura 5.1 – Seletividade entre fusível em série ............................................................................... 63 Figura 5.2 – Curva de desligamento tempo – corrente..................................................................... 63 Figura 5.3 – Seletividade entre escalonamento das correntes de atuação...................................... 64 Figura 5.4 – Seletividade entre relés eletromagnéticos de curto circuito ......................................... 65 Figura 5.5 – Exemplo de seletividade entre relés eletromagnéticos de curto circuito...................... 65 Figura 5.6 – Seletividade entre relés eletromagnéticos de curto circuito ......................................... 66 Figura 5.7 – Curva de resposta entre as seletividades..................................................................... 66 Figura 5.8 – Curva de resposta entre as seletividades..................................................................... 67 Figura 5.9 – Seletividade entre fusível e relés de disjuntor subseqüente........................................ 68 Figura 5.10 – Seletividade entre fusível e relés de disjuntor subseqüente as curvas tempo corrente (com suas faixas) não interferem entre si .................................................... 68 Figura 5.11 – Seletividade entre fusível e relés de disjuntor subseqüente....................................... 69 Figura 6.1 – Diagrama multifilar ........................................................................................................ 71 Figura 6.2 – Diagrama unifilar ........................................................................................................... 72 Figura 6.3 – Diagrama do circuito de comando ................................................................................ 73 Figura 6.4 – Chave fim de curso ....................................................................................................... 73 Figura 6.5 – Chave fim de curso com acionamento por roldanas .................................................... 74 Figura 6.6 – Exemplo de movimento da chave fim de curso com acionamento por roldanas ......... 75 Figura 7.1 – Diagrama principal e de comando de reversão da rotação de motores trifásicos ....... 77 Figura 7.2 – Diagrama principal e de comando da partida estrela triângulo / Diagrama principal e de comando da partida estrela triângulo com proteção por transformador de corrente.... 78 Figura 8.1 – Diagrama principal e de comando da partida de um motor Dahlander com reversão . 80 Figura 8.2 – Diagrama do circuito principal da partida de um motor com comutação polar............. 81 Figura 9.1 – Diagrama principal e de comando da partida de um motor de rotor bobinado para controle de velocidade .................................................................................................. 85 Figura 10.1 – Diagrama principal e de comando das partida de um motor trifásico com autotransformador....................................................................................................... 87 Figura 11.1 – Diagrama principal e de comando da partida de seqüência de motores trifásicos .... 89 Figura 11.2 – Diagrama do circuito de principal de partidas seqüências de motores automáticos.. 90 Figura 11.3 – Diagrama do circuito comando de partidas seqüências de motores automáttica ...... 91 Figura 11.4 – Exemplos de partidas seqüências de motores automáticas ...................................... 91 Figura 12.1 – Diagrama principal e de comando da partida de um motor trifásico com frenagem por contracorrente....................................................................................................... 93 Figura 12.2 – Dispositivo de frenagem ............................................................................................. 94 Figura 12.3 – Dispositivo de frenagem ............................................................................................. 95 Figura 12.4 – Diagrama principal e de comando da partida de um motor trifásico com frenagem por injeção de corrente contínua ................................................................................96 Figura 13.1 – Conjunto do tipo armário............................................................................................. 98 Figura 13.2 – Conjunto do tipo multi-colunas.................................................................................... 99 Figura 13.3 – Conjunto do tipo multi-colunas (vista externa)............................................................ 99 Figura 13.4 – Conjunto do tipo mesa de comando ........................................................................... 100 Figura 13.5 – Conjuntos do tipo caixa............................................................................................... 100 Figura 13.6 – Conjunto do tipo multi-modular ................................................................................... 101 Figura 13.7 – Tipos de montagens.................................................................................................... 101 Figura 13.8 – Aplicações de Painéis BT ........................................................................................... 102 Figura 13.9 – Vista interna de um painel de distribuição .................................................................. 104 Figura 13.10 – Vista externa de um CCM........................................................................................ 106 Figura 13.11 – Painel de Controle com CLP..................................................................................... 108 Figura 13.12 – Painel com Inversor de Freqüência .......................................................................... 109 Figura 15.1 – definição dos termos relativos ao tempo de ligação................................................... 127 Figura 15.2 – Definição dos termos relativos ao tempo de ligação .................................................. 128 Figura 16.1 – Primeiro Numeral característico (fonte NBR IEC 60529) ........................................... 157 Figura 16.2 – Segundo Numeral característico (fonte NBR IEC 60529) .......................................... 157 Figura 16.3 – Letras suplementares (fonte NBR IEC 60529) ........................................................... 157 LISTA DE TABELAS Tabela 2.1 – Chaves seccionadoras Tipo 3kU – Siemens ............................................................... 25 Tabela 3.1 – Especificação técnica – Weg ....................................................................................... 36 Tabela 3.2 – Comparação entre os sistemas de proteção mais comuns......................................... 43 Tabela 3.3 – Comparativo entre sistemas de proteção de motores ................................................. 44 Tabela 3.4 – Significado e simbologia de acordo com: ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC.................... 45 Tabela 3.5 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC..................... 46 Tabela 3.6 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC..................... 47 Tabela 3.7 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC..................... 48 Tabela 3.8 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC..................... 49 Tabela 3.9 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC.................... 50 Tabela 3.10 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC................... 51 Tabela 3.11 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC................... 52 Tabela 3.12 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC................... 53 Tabela 3.13 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC................... 54 Tabela 3.14 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC................... 55 Tabela 4.1 – Letras para identificação dos componentes ................................................................ 60 Tabela 11.1 – Seqüência dos motores ............................................................................................. 92 Tabela 15.1 – Por “Número de manobras” entende-se um fechamento e uma abertura................. 120 Tabela 17.1 – Comparação da definição da IEC e do IEEE de blindado ........................................ 177 Tabela 17.2 – Classificação relacionada à segurança de pessoal no caso de arco interno ............ 177 13 1. FUSÍVEIS INDUSTRIAIS Neste capítulo abordaremos de forma simples, porém objetiva, o funcionamento dos fusíveis industriais de ação retardada (Diazed) e rápida (NH), suas principais características construtivas, curvas de seletividade e curvas de tempo x corrente. Fusível é um dispositivo dotado de um elemento metálico com seção reduzida na sua parte média, normalmente colocado no interior de um corpo de porcelana hermeticamente fechado, contendo areia de quartzo de granulometria adequada. O elemento metálico é geralmente de cobre, prata ou estanho. O corpo de porcelana é de alta resistência mecânica. Figura 1.1 – Fusível Diazed (Catálogo Weg) 1.1. Fusíveis de baixa tensão A atuação de um fusível é proporcionada pela fusão do elemento metálico, quando percorrido por uma corrente de valor superior ao estabelecido na sua curva característica tempo x corrente. Após a fusão do elemento fusível, a corrente não é interrompida instantaneamente, pois a indutância do circuito a mantém ainda por um curto período, circulando através do arco formado entre as extremidades do elemento metálico sólido. A areia de quartzo é o elemento extintor do fusível. Ela absorve toda a energia calorífica produzida pelo arco, e o vapor do elemento metálico fundido permanece envolvido por ela, resultando no final em um corpo sólido isolante que mantém a extremidade do fusível ligada à carga eletricamente separada da outra extremidade, ligada à fonte, conforme mostra a figura abaixo. 14 Figura 1.2 – Segurança fusível NH 1.1.1. Corrente É aquela que pode percorrer o fusível por tempo indefinido sem gerar um aquecimento excessivo. O valor da corrente de fusão de um fusível é normalmente estabelecido em 60% superior ao valor indicado como corrente nominal. 1.1.2. Tensão nominal É aquela que define a tensão máxima de exercício do circuito em que o fusível deve operar regularmente. 1.1.3. Capacidade de interrupção É o valor máximo eficaz da corrente simétrica de curto-circuito que o fusível é capaz de interromper dentro das condições de tensão nominal. Os fusíveis NH e Diazed devem operar satisfatoriamente nas condições de temperatura ambiente para as quais foram projetados. Quanto mais elevada a temperatura a que está submetido, mais rapidamente o elemento fusível alcança a temperatura de fusão. Os fusíveis do tipo NH apresentam característica de limitação da corrente de impulso. São eficazes na proteção da isolação dos condutores e equipamentos de comando e manobra, pois a limitação da intensidade da corrente de curto-circuito implica valores reduzidos das solicitações térmicas. 15 A atuação dos fusíveis NH e Diazed obedece às características de tempo x corrente definidas pelas normas específicas, como por exemplo a curva média de fusão x corrente, que caracteriza o tempo médio correspondente à fusão do elemento fusível. Os fusíveis NH e Diazed são providos de indicadores de atuação do elemento fusível. O indicador é constituído de um fio, em geral de aço, ligado em paralelo ao elemento fusível. Quando este se funde, provoca a fusão do fio, que sustenta uma mola pressionada, provocando a liberação do dispositivo indicador. Os fusíveis são fabricados com duas formas distintas de atuação: rápida ou retardada. O fusível de ação rápida é mais comumente empregado nos circuitos que operam em condições de corrente inferior à corrente nominal, como é o caso dos circuitosque suprem cargas resistivas ou eletrônicas. O fusível de ação retardada é mais adequado aos circuitos sujeitos a sobrecargas periódicas, como no caso de motores e capacitores. A aplicação do fusível como elemento de proteção dos circuitos elétricos submetidos a correntes que definem uma sobrecarga não é aconselhável, pois as suas características de abertura para correntes com intensidade variando em torno de 1,4 vezes sua corrente nominal não permitem que se obtenha desse dispositivo uma margem de segurança aceitável para tal finalidade. Assim, os fusíveis devem ser dimensionados apenas tendo em vista a proteção da rede para correntes de curto-circuito, ou de sobrecarga caracterizada por motor de indução com rotor bloqueado, apesar de neste caso constituírem uma proteção pouco segura. 1.2. Fusível Diazed O fusível Diazed é constituído pelas seguintes partes: • Base; • Anel de proteção; • Parafuso de ajuste; • Fusível; • Tampa. 16 Figura 1.3 – Elemento fusível NH em detalhe 1.2.1. Curva característica Figura 1.4 – Curva característica do fusível Diazed catálogo eletrônico - Weg 17 1.2.2. Características construtivas do Diazed Figura 1.5 – Componentes da segurança fusível Diazed catálogo eletrônico - Weg Figura 1.6 – Dados técnicos do anel de ajuste e fusível catálogo eletrônico – Weg 18 1.3. Fusível NH Figura 1.7 – Dados técnicos da tampa e da capa protetora da segurança fusível Diazed catálogo eletrônico – Weg Figura 1.8 – Dados técnicos do fusível NH catálogo eletrônico – Weg 19 Figura 1.9 – Dados técnicos do fusível NH catálogo eletrônico – Weg 1.4. Curva característica Figura 1.10 – Curva característica do fusível NH catálogo eletrônico – Weg 20 1.4.1. Acessórios – fusível NH Figura 1.11 – Acessórios da segurança fusível NH catálogo eletrônico – Weg 1.5. Seletividade Por definição, seletividade é a característica que deve ter um sistema elétrico, quando submetido a correntes anormais, de fazer atuar os dispositivos de proteção de maneira a desenergizar somente a parte do circuito afetada. A adoção dos recursos de seletividade garante, ao sistema elétrico, a mais perfeita coordenação na atuação dos seus vários elementos de proteção. Os dispositivos de proteção podem ser encontrados em um determinado sistema elétrico, formando as seguintes combinações: • fusível em série com fusível; • fusível em série com disjuntor de ação termomagnética; • disjuntor de ação termomagnética em série com fusível; • disjuntores em série entre si. Estudaremos agora apenas a seletividade entre fusíveis, mas, para um aprofundamento maior indicamos dois livros: • MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. Editora LTC. • COTRIM, Ademaro A. M. Bittencourt. Instalações Elétricas Industriais. Editora McGraw-Hill. 21 1.6. Fusível em série com fusível Para assegurar a seletividade entre fusíveis é necessário que a corrente nominal do fusível protegido seja igual ou superior a 160% da corrente nominal do fusível protetor. INFA >= 1,6 INFP INFA = Corrente nominal do fusível protegido INFP = Corrente nominal do fusível protetor Figura 1.12 – Exemplo de seletividade fusível – fusível 1.7. Fusíveis Neozed Figura 1.13 – Segurança fusível Neozed catálogo eletrônico – Weg 22 1.8. Fusíveis de ação ultra-rápida São dispositivos de proteção destinados a proteger cargas resistivas ou cargas eletrônicas compostas por Diodos, SCR, TRIAC, GTO, Transistores, POWER MOS ou IGBT. 1.9. Fusíveis Silized Figura 1.14 – Segurança fusível Silized catálogo eletrônico – Weg 1.10. Fusíveis Sitor Figura 1.15 – Fusível NH ultra rápido catálogo eletrônico – Weg 23 2. SECCIONADORA Neste capítulo abordaremos o funcionamento das chaves seccionadoras, suas principais características e aplicações. Veremos as diferenças entre as seccionadoras com abertura sem carga e as seccionadoras com abertura com carga. Seccionador é um equipamento capaz de permitir a abertura de todos os condutores não aterrados de um circuito, de tal modo que nenhum pólo possa ser operado independentemente. Figura 2.1 – Seccionadora trifásica Target engenharia e consultoria As seccionadoras podem ser classificadas em dois tipos: • Seccionadoras com aberturas sem carga. • Seccionadoras com abertura com carga. 2.1. Seccionadora com abertura sem carga A Seccionadora com abertura sem carga é aquela que somente deve operar com o circuito desenergizado ou sob tensão. O tempo de abertura depende da velocidade do operador. Figura 2.2 –Exemplo de Seccionadora para abertura sem carga 24 2.2. Seccionadora sob carga ou interruptoras Seccionadora sob carga ou interruptoras é aquela capaz de operar com o circuito sem carga ou com carga plena. As seccionadoras de atuação em carga são providas de uma câmara de extinção de arco e de um conjunto de molas capaz de imprimir uma velocidade de operação elevada. A principal função das seccionadoras é permitir que seja feita manutenção segura numa determinada parte do sistema. Quando as seccionadoras são instaladas em circuitos de motores devem desligar tanto os motores como os dispositivos de controle. Figura 2.3 – Exemplo de seccionadora para abertura com carga 2.2.1. Sobre os dispositivos de seccionamento a norma estabelece • Os seccionadores devem ser projetados e/ou instalados de forma a impedir qualquer restabelecimento involuntário. Tal restabelecimento poderia ser causado, por exemplo, por choques ou vibrações. • Devem ser tomadas medidas para impedir a abertura inadvertida ou desautorizada dos dispositivos de seccionamento apropriados à abertura sem carga. • Os seccionadores utilizados em circuitos de motores de até 600V devem ser dimensionados pelo menos para 115% da corrente nominal, isto é: Isec = 1,15 * Inm • Quando os seccionadores são instalados em circuitos de capacitores, devem ser dimensionados pelos menos para 135% da corrente nominal do banco de capacitores, ou seja: Isec = 1,35 * Inm As chaves seccionadoras devem ser dimensionadas para suportar, durante o tempo de 1s, a corrente de curto-circuito, valor eficaz (corrente térmica) e o valor de crista da mesma corrente (corrente dinâmica). 25 Tabela 2.1 – chaves seccionadoras Tipo 3kU – Siemens Tipo Corrente nominal (A) Capacidade de ruptura Cos ϕ = 0,7 Correntes máximas admissíveis Correntes de curto-circuito até 500V protegidas por fusíveis NH 380 V (A) 500 V (A) Térmica durante 1s (Valor Eficaz) kA Dinâmicas (Valor de Crista) kA Corrente nominal máxima dos fusíveis (A) Valor da corrente presumida (KA) 3kU 1.127 100 8 * In 6 * In 10 20 100 100 3kU 1.227 200 6 * In 4,5 * In 10 20 160 100 3kU 1.327 250 5 * In 4 * In 15 30 250 100 3kU 1.427 400 3,5 * In 3 * In 20 40 355 100 3kU 1.627 630 2,5 * In 2 * In 30 60 500 100 3kU 1.827 1250 1,5 * In 1 * In 50 90 1.000 60 Observação Na compra da chave seccionadora, devem acompanhá-la pelo menos as seguintes informações: • tensão nominal; • corrente nominal; • corrente térmica; • corrente Dinâmica; • tipo de Acionamento (Manual/Rotativo); • tipo de Operação (com Carga ou a Vazio). 26 2.3. Chaves seccionadoras Figura 2.4 – Modelos de seccionadora Target engenharia e consultoria Figura 2.5 – Modelos de seccionadora Target engenharia e consultoria 27 Figura 2.6 – Modelos de seccionadora para abertura com carga Target engenharia e consultoria Figura 2.7 – Modelos de seccionadoras para abertura com carga Target engenharia e consultoria28 Figura 2.8 – Modelos de seccionadora para abertura com carga Target engenharia e consultoria Figura 2.9 – Modelos de seccionadora para abertura com carga Target engenharia e consultoria 29 Figura 2.10 – Modelos de seccionadoras para abertura com carga Target engenharia e consultoria 30 3. CONTATOR Neste capítulo abordaremos o funcionamento dos contatores, suas principais características com relação a tensão nominal, freqüência de manobra, corrente nominal, numeração dos contatos de potência e comando, e categorias de acionamento (AC1, AC3, AC4). Analisaremos os relés de tempo e suas principais aplicações dentro do comando elétrico, como também os relés bimetálicos e suas aplicações como elemento de proteção contra sobrecargas. Traçaremos um paralelo entre o relé térmico e as sondas de proteção térmica, analisando o funcionamento das sondas de acordo com cada aplicação. 3.1. Contatores de potência 3.1.1. Contator magnético tripolar O Contator magnético tripolar é um dispositivo de atuação magnética destinado à interrupção de um circuito em carga ou a vazio. Seu princípio de funcionamento baseia-se na força eletromotriz que tem origem na energização de uma bobina e na força mecânica proveniente do conjunto de molas de que se compõe. Quando a bobina é energizada, a força eletromecânica desta sobrepõe-se à força mecânica das molas, obrigando os contatos móveis a se fecharem sobre os contatos fixos aos quais estão ligados os terminais do circuito, conforme pode se observar na figura a seguir. Figura 3.1 – Contatores tripolares catálogo eletrônico – Weg 31 1. Núcleo fixo 5. Contato móvel principal 2 .Bobina 6. Contato móvel auxiliar 3. Núcleo móvel 7. Contato fixo auxiliar 4. Contato fixo principal Figura 3.2 – Desenho em detalhes de um contator 3.1.2. Contator 3TF56 1. Núcleo fixo 4. Contato fixo 2. Bobina 5. Contato móvel 3. Núcleo móvel 6. Câmara de extinção Figura 3.3 – Desenho em detalhes de um contator 32 Os contatores são construídos para suportar um elevado número de manobras. São dimensionados em função da corrente nominal do circuito, do número de manobras desejado e da corrente de desligamento no ponto da instalação. Observação Na compra de contatores devem ser fornecidas, no mínimo, as seguintes informações: • tensão nominal; • freqüência nominal; • corrente nominal; • números de manobras; • tensão nominal da bobina; • número de contatos fixos ou móveis. 3.2. Característica dos contatores de potência Figura 3.4 – Dados técnicos contatores catálogo eletrônico – Weg 33 Figura 3.5 – Dados técnicos catálogo eletrônico – Weg 3.3. Contatores auxiliares Figura 3.6 – Dados técnicos contatores auxiliares catálogo eletrônico - Weg 34 3.4. Contatores acoplados a relé térmico Figura 3.7 – Dados técnicos de reles térmicos catálogo eletrônico – Weg 3.5. Relé de tempo O relé de tempo é um dispositivo eletrônico destinado a realizar contagens de tempo em circuitos de comando de motores elétricos ou sistemas de controle que devem trabalhar dentro de uma base de tempo. 35 Figura 3.8 – Rele de tempo (temporizadores) catálogo elertônico - Weg Este dispositivo poderá ser usado em sistemas de partida do tipo: • partida com chave estrela triângulo; • partida com chave compensadora; • partida seqüencial de motores; • partida com aceleração rotórica; • partida série/paralela. 36 3.6. Especificação técnica Tabela 3.1 – Especificação técnica – Weg Linha Temporizadores Protetores Modelo RTW. 02 E (retardo na energização) RTW. 02VΔ (estrela triângulo) RFW (falta de fase) RFW N (falta de fase c/ neutro) RSW (Seqüên cia de fase) RPW PTC (Proteçã o térmica – PTC) Tensão de alimentação (+10%/-15%) 220Vca/ 110Vca 24 Vcc 220Vca/110 Vca 440Vca/ 380Vca 220Vca 380Vca/ 220Vca 440Vca/ 380Vca 220Vca 220Vca/ 110Vca 24Vcc Freqüência (Hz) 50/60 50/60 Consumo máximo ca (VA) 12 (220Vca) / 6 (110Vca) 3 1 Consumo máximo cc (W) 1 - - 0,7 Tempo de retorno TR (ms) 25 <150 - Precisão de repetibilidade ± 0,8% para 5 x TR - Precisão de fundo de escala ± 5% - Variação do tempo em função da temperatura ± 0,1% / C - Peso (Kg) 0,13 0,21 Tempo morto na comutação (ms) - 100 - Soma das resistências dos sensores PTC a frio (Ω) - - ≤1K5 Faixa de atuação (Ω) 2K3 a 3K5 Capacidade máxima dos contatos de saída (A) 5 5 Capacidade mínima dos contatos de saída (mA) 100 100 Tensão máxima dos contatos (Vca) 250 250 Número de contatos de saída (reversor) 1 ou 2 2 1 Escalas (em segundos) 5/15/30/60 25 - Transformador de entrada NÃO SIM Indicação luminosa (LED) NÃO SIM Temperatura ambiente (ºC) 0 a 50 0 a 50 Umidade máxima (% sem condensação) 90 90 37 3.7. Relés de sobrecarga térmicos bimetálicos Relés de sobrecarga operam com base no princípio de pares termoelétricos (relés térmicos- bimetálicos). O princípio de operação do relé está fundamentado nas diferentes dilatações que apresentam os metais, quando submetidos a uma variação de temperatura. Duas lâminas de metais diferentes (ferro e níquel) são ligadas através de soldas, sob pressão ou eletroliticamente. Quando aquecidas, elas se dilatam diferentemente. As lâminas se curvam, e essa mudança de posição é usada para a comutação de um contato. Durante o resfriamento, as lâminas voltam à posição inicial. O relé está, então, novamente pronto para operar, desde que não exista no conjunto um dispositivo mecânico de bloqueio. O relé permite que seu ponto de atuação, a curvatura da lâmina, e o conseqüente desligamento, possam ser ajustados com auxílio de um dial (potenciômetro). Isso possibilita ajustar o valor de corrente que provocará a atuação do relé. O relé deve ser ajustado para a corrente nominal da carga a ser protegida, por exemplo, um motor. 3.7.1. Princípio construtivo de um relé de sobrecarga bimetálico 1. Botão de rearme 5. Cursor de arraste 2. Contatos auxiliares 6. Lâmina bimetálica principal 3. Botão de teste 7. Ajuste de corrente 4. Lâmina bimetálica auxiliar Figura 3.9 – Componentes internos de um rele de sobrecarga 38 3.7.2. Relé de sobrecarga 3UA5 1. Botão de teste (vermelho) 2. Botão de rearme (azul) 3. Indicador de sobrecarga (verde) 4. Contatos auxiliares 1 NA + 1 NF 5. Dial da corrente de ajuste 6. Lâmina bimetálica auxiliar 7. Cursores e alavanca de arraste 8. Lâmina bimetálica principal 9. Elemento de aquecimento Figura 3.10 – Componentes internos de um rele de sobrecarga - Siemens 3.7.3. Compensação de temperatura Os relés de sobrecarga térmicos possuem compensação de temperatura ambiente, que tem seu princípio de operação descrito a seguir. Com uma temperatura ambiente de 30°C, as lâminas bimetálicas principais se dilatarão (curvarão), deslocando-se através do cursor, uma parte do percurso. Para um determinado valor de corrente, isso resultaria em um tempo de disparo menor. Para que isso seja evitado, o cursor atua sobre a lâmina bimetálica auxiliar. Esta lâmina, entretanto, não é percorrida pela corrente – ela é aquecida pela temperatura ambiente e se curvará na proporção das lâminas principais. Dessa forma, as lâminas aquecidas pela corrente determinarão um mesmo tempo de disparo para qualquer temperatura ambiente. Esse tipo de compensação de temperatura é eficaz na faixa de -20°C a +55°C. 39 3.8. Ajuste Os relés de sobrecarga possibilitam uma faixa para escolha de corrente de ajuste. A corrente de ajuste desejada pode ser definida por meio de uma escala e de um parafuso de ajuste. A corrente de ajuste deve corresponder à correntenominal ou de regime da carga a ser protegida. Causas de sobrecargas em motores: • sobrecarga da máquina; • tempo de partida prolongado; • elevada freqüência de manobra; • rotor bloqueado; • falta de fase; • desvio excessivo de tensão e freqüência. 3.9. Aplicação do rearme manual e automático Após um disparo por sobrecarga, as lâminas bimetálicas necessitam resfriar-se e retornar à sua posição inicial até que o relé esteja novamente em condições de serviço. Assim, o intervalo de repouso necessário ao motor fica obrigatoriamente assegurado. Relés de sobrecarga em regime automático são utilizados com contatores comandados por botão de impulso. Após o tempo de resfriamento, o contato auxiliar do relé retorna à sua posição inicial, não ativando o circuito de comando. Relés de sobrecarga em rearme manual são utilizados em contatores comandados por chave de posição fixa. O contato auxiliar do relé permanece aberto após o tempo de resfriamento, impedindo que se ative o circuito de comando. 40 Figura 3.11 – Comando para aplicação do rearme manual e automático 3.10. Protetores térmicos A proteção térmica é efetuada por meio de termo-resistências (resistência calibrada), termistores, termostatos ou protetores térmicos. Os tipos de detetores a serem utilizados são determinados em função da classe de temperatura do isolamento empregado, do tipo de máquina e da exigência do cliente. 3.10.1. Termo-resistências (PT100) As termo-resistências são elementos cuja operação se baseia na característica de variação da resistência com a temperatura, intrínseca a alguns materiais (geralmente platina, níquel ou cobre). Possuem resistência calibrada que varia linearmente com a temperatura, possibilitando um acompanhamento contínuo do processo de aquecimento do motor pelo display do controlador, com alto grau de precisão e sensibilidade de resposta. Geralmente, se aplicam em instalações de grande responsabilidade, como por exemplo, em regime intermitente muito irregular. 41 Figura 3.12 – Sensores de temperatura PT100 3.10.2. Termistores (PTC e NTC) Os termistores são detetores térmicos compostos de sensores semicondutores que variam sua resistência bruscamente ao atingirem uma determinada temperatura. • PTC – Coeficiente de temperatura positivo. • NTC – Coeficiente de temperatura negativo. O tipo PTC é um termistor cuja resistência aumenta bruscamente ao atingir-se um valor bem definido de temperatura, especial para cada tipo. Essa variação brusca na resistência interrompe a corrente no PTC, acionando um relé de saída, o qual desliga o circuito principal. Pode ser usado em sistemas de alarme. Para o termistor NTC acontece o contrário, mas sua aplicação não é normal em motores elétricos, pois os circuitos eletrônicos de controle disponíveis destinam-se, geralmente, para o PTC. Os termistores possuem tamanho reduzido, não sofrem desgastes mecânicos e têm uma resposta mais rápida em relação aos outros detetores. Com seus respectivos circuitos eletrônicos de controle, eles oferecem proteção completa contra sobreaquecimento produzido por falta de fase, sobrecarga, sub ou sobretensões, ou freqüentes operações de reversão ou liga-e-desliga. Possuem um baixo custo, em relação aos do tipo PT100, mas necessitam de um relé para comando da atuação do alarme ou operação. • Termistor (PTC ou NTC) Figura 3.13 – Sensores de temperatura PTC 42 3.11. Termostatos Os termostatos são detetores térmicos do tipo bimetálico, com contatos de PRATA normalmente fechados, que se abrem quando ocorre determinada elevação de temperatura. Quando a temperatura de atuação do bimetálico baixa, ele retorna a sua forma original instantaneamente, permitindo um novo fechamento dos contatos. Os termostatos podem ser destinados para sistemas de alarme, desligamento ou ambos (alarme e desligamento) de motores trifásicos. São ligados em série com a bobina do contator, utilizando geralmente um termostato por fase do motor. Para operar em alarme e desligamento (dois termostatos devem ser usados por fase), os termostatos de alarme devem ser apropriados para atuação na elevação de temperatura prevista no motor, ao passo que os termostatos de desligamento deverão atuar na temperatura máxima do material isolante. 3.11.1. Termostato – Escala Real Figura 3.14 – Desenho do sensores de temperatura PTC 3.11.2. Instalação do termostato Os termostatos são instalados nas cabeças de bobinas de fases diferentes, conforme a figura a seguir. 43 Figura 3.15 – Exemplo de instalação do sensor de temperatura Tabela 3.2 – Comparação entre os sistemas de proteção mais comuns Termoresistência (PT-100) Termistor (PTC – NTC) Termostato Mecanismo de proteção Resistência calibrada Resistor de Avalanche Contatos móveis Bimetálicos Disposição Cabeça de bobina Cabeça de Bobina Inserido no circuito Cabeça das bobinas Forma de atuação Comando externo de atuação na proteção Comando externo de atuação na proteção Atuação direta Comando externo de atuação da proteção Limitação de corrente Corrente de comando Corrente de comando Corrente do motor Corrente do comando Tipo de sensibilidade Temperatura Temperatura Corrente e temperatura Número de unidades por motor 3 ou 6 3 ou 6 3 ou 6 1 ou 3 Tipos de comando Alarme e/ou desligamento Alarme e/ou desligamento Desligamento Alarme e/ou desligamento 44 Tabela 3.3 – Comparativo entre sistemas de proteção de motores Proteção em função da corrente Só fusível Fusível e protetor térmico Proteção com sondas térmicas no motor Causas de sobreaquecimento Sobrecarga com corrente 1,2 vezes a corrente nominal Regimes de carga S1 a S8 EB 120 Frenagens, reversões e funcionamento com partidas freqüentes. Funcionamento com mais de 15 partidas por hora. Rotor bloqueado Falta de fase Variação de tensão excessiva Variação de freqüência na rede Temperatura ambiente excessiva Aquecimento externo provocado por rolamentos, correias e polias Obstrução da ventilação Legenda: Não protegido Semi-protegido Totalmente protegido 45 3.12. Simbologia para diagramas de comandos elétricos e eletrônicos (P-SB-13) A simbologia tem por objetivo estabelecer símbolos gráficos que devem ser usados para, em desenhos técnicos ou diagramas de circuitos de comandos eletromecânicos, representar componentes e a relação entre estes. A simbologia aplica-se generalizadamente nos campos industrial, didático e outros onde fatos de natureza elétrica precisem ser esquematizados graficamente. Tabela 3.4 – Significado e simbologia de acordo com: ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC. Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC Grandezas Elétricas Fundamentais Corrente contínua DC Corrente alternada CA Corrente contínua e alternada Exemplo de corrente alternada monofásica, 60Hz I~60 Hz I~60 Hz I Phase-2 Wire-60Hz I~60 Hz Exemplo de corrente alternada trifásica, três condutores, 60Hz, tensão de 220V 3~60Hz220V 3~60Hz220V 3 Phase-3 Wire-60 Cycle-220V 3~60Hz220V Exemplo de corrente alternada trifásica com neutro, quatro condutores, 60Hz tensão de 380V 3N~60Hz380V 3N~60Hz380V 3 Phase-4 Wire-60 Cycle-380V 3~50Hz380V 3N~60Hz380V Exemplo de corrente contínua, dois condutores, tensão de 220V 2-220V 2-220V 2 Wire DC, 220v 2-220V Exemplo de corrente contínua, dois condutores e neutro, tensão de 110V 2N-110V 2N-110V 3 Wire DC, 110V 2N-110V 46 Tabela 3.5 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC Símbolos de Uso Geral Terra Massa Polaridade positiva Polaridade negativa Tensão perigosa Ligaçãodelta ou triângulo Ligação Y ou estrela Ligação estrela com neutro acessível Ligação ziguezague Ligação em V ou triângulo aberto 47 Tabela 3.6 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC Elementos de comando Comando manual, sem indicação de sentido Comando por pé Comando por excêntrico Comando por meio de êmbolo (ar comprimido, por exemplo) Comando por energia mecânica Comando por motor Sentido de deslocamento do comando para a esquerda, cessada a força externa. Nota Para a direita, inverter a seta Comando com travamento I – Travado 2 – Livre Comando engastado Dispositivo temporizado com operação à direita TC. TDC Fecha com retardo TO. TDO Todo abre com retardo Comando desacoplado no caso com acionamento manual Comando acoplado no caso com acionamento manual Fecho mecânico Fecho mecânico com disparador auxiliar 48 Tabela 3.7 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC Bobinas de Comando e Relés Bobina eletromagnética, geral Bobina eletromagnética, de enrolamento único Bobina eletromagnética, de dois enrolamentos Relé de subtensão Relé com retard para voltar ao repouso Relé com retarde prolongado para voltar do repouso Relé com retarde para operar Relé com retarde para operar e para voltar ao repouso Relé polarizado Relé com remanência Relé com ressonância Relé térmico ou bimetálico Relé eletromagnético de sobrecarga Relé eletromagnético de curto-circuito 49 Tabela 3.8 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC Contatos e Peças de Contato com Comandos Diversos Fechador (normalmente aberto) Abridor (normalmente fechado) Comutador Comutador sem interrupção Temporizado: No fechamento Na abertura Na abertura No fechamento Fechador de comando manual Abridor com comando por excêntrico Fechador com comando por bobina Fechador com comando por mecanismo Abridor com comando por pressão Fechador com comando por temperatura 50 Tabela 3.9 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC Significado ABNT DIM ANSI UTE IEC Dispositivos de Comando e de Proteção Tomada e plugue Fusível Fusível com indicação do lado ligado à rede após a ruptura Seccionador-fusível tripolar Lâmina ou barra de conexão reversora Seccionador tripolar Interruptor tripolar (sob carga) Disjuntor Seccionador-disjuntor Contator com relé térmico e contatos auxiliares Disjuntor tripolar com relés eletromagnéticos com contatos auxiliares 51 Tabela 3.10 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC Componentes de Circuito Resistor Resistor com derivações Indutor, enrolamento, bobina Indutor com derivações Capacitor Capacitor com derivações Capacitor eletrolítico Imã permanente Diodo semicondutor Diodo zener unidirecional e bidirecional Fotorresistor com variação independente da tensão Fotorresistor com variação dependente a tensão Fotoelemento Gerador “hall” Centelhador (de pontas) Pára-raio Acumulador, bateria, pilha Mufla terminal ou terminação Mufla de junção ou emenda reta Mufla ou emenda de derivação simples Mufla ou emenda de derivação dupla Par termoelétrico 52 Tabela 3.11 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC Dispositivos de Sinalização Ótica e Acústica Buzina Campainha Sirene Cigarra Lâmpada de sinalização Indicador Instrumentos de Medição Indicador, símbolo, geral Amperímetro, indicador Voltímetro indicador Voltímetro duplo ou diferencial indicador Wattímetro indicador Freqüencímetro indicador Indicador de fator de potência Registrador, símbolo geral Registrador de potência Integrador, símbolo geral Integrador de energia 53 Tabela 3.12 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC Motores e Geradores Motor, símbolo geral Gerador, símbolo geral Motor de corrente contínua Gerador de corrente contínua Motor de corrente alternada monofásica Motor de corrente alternada trifásica Motor de indução trifásico Motor de indução trifásico com representação de ambas as extremidades de cada enrolamento do estator Gerador síncrono trifásico ligado em estrela Gerador síncrono trifásico de imã permanente Gerador síncrono monofásico de imã permanente Gerador de corrente contínua com enrolamentos de compensação e inversão polar 54 Tabela 3.13 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC Transformadores Transformador com dois enrolamentos Transformador com três enrolamentos Autotransformador Bobina de reatâncio Transformador de corrente Transformador de potencial Transformador de corrente capacitivo Transdutor com três enrolamentos, um de serviço e dois de controle Transformador de dois enrolamentos com diversas derivações (taps) em um dos enrolamentos (com variação em escalões) Transformador de dois enrolamentos com variação contínua da tensão Nota 1 A ABNT recomenda para transformadores de rede o uso do símbolo simplificado, formado de dois círculos que se cortam, especialmente na representação unifilar. Os traços inclinados que cortam a linha vertical indicam o número de fases. Nota 2 Simplificação análoga é normalizada para transformadores de corrente e de potencial. 55 Tabela 3.14 – Significado e simbologia de acordo com ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC No Significado Símbolo Dispositivos de Partida 145 Dispositivo de partida. Símbolo geral 146 Dispositivo de partida variável continuamente 147 Dispositivo de partida semi-automático Nota Sendo o símbolo de dimensões reduzidas, que não permita traçar as hachuras, estas poderão ser substituídas por partes cheias. 148 Dispositivo de partida estrela-triângulo 149 Dispositivo de partida com autotransformador 150 Motor trifásico de indução com dois dispositivos de partida: 1 reversão por contator 2 automático com reostato 56 4. Diagramas de Comandos Elétricos Seja qual for o tipo de projeto da área eletroeletrônica que se queira realizar (instalação, montagem ou reparo), a maneira adequada de representar a disposição dos componentes e o modo como eles se relacionam entre si é por meio do diagrama esquemático. Neste capítulo, estudaremos os diagramas de comando cuja finalidade é representar os circuitos elétricos. Esse conhecimento é importante quando se necessita analisar o esquema de uma máquina desconhecida para realizar sua manutenção.Essa análise permite solucionar problemas "difíceis" e essa experiência é indispensável para o profissional de manutenção eletroeletrônica. 4.1. Diagrama elétrico O diagrama elétrico é um desenho que mostra a maneira como as várias partes de um dispositivo, rede, instalação, grupo de aparelhos ou itens de um aparelho são interrelacionados e/ou interconectados. É a representação de uma instalação elétrica ou parte dela por meio de símbolos gráficos, definidos nas normas NBR 5259, NBR 5280, NBR 5444, NBR 12519, NBR 12520 e NBR 12523. 4.2. Diagrama de comando O diagrama de comando faz a representação esquemática dos circuitos elétricos. Ele mostra os seguintes aspectos: • funcionamento seqüencial dos circuitos; • representação dos elementos, suas funções e as interligações, conforme as normas estabelecidas; • visão analítica das partes ou do conjunto; • possibilidade de rápida localização física dos componentes. Para que o profissional da área eletroeletrônica possa “ler” o esquema, ele tem que saber reconhecer os símbolos e os modos de dispô-los dentro do esquema. Essas informações estão padronizadas por normas técnicas que estabelecem a maneira pela qual devem ser elaborados os desenhos técnicos para a eletroeletrônica. 57 4.3. Tipos de diagramas Os diagramas podem ser: • multifilar completo (ou tradicional), • funcional, e • de execução. O diagrama multifilar completo (ou tradicional) representa o circuito elétrico da forma como é montado e no qual todos os elementos componentes e todas as ligações dos circuitos são representados por símbolos gráficos. Esse tipo de diagrama é difícil de ser interpretado e elaborado, principalmente quando os circuitos a serem representados são complexos. Veja exemplo a seguir. Figura 4.1 – Exemplo de diagrama de comando multifilar Em razão das dificuldades de interpretação desse tipo de diagrama, os três elementos básicos dos diagramas, ou seja, os caminhos da corrente, os elementos e suas funções, e a seqüência funcional são separados em duas partes representadas por diagramas diferentes. O diagrama simplificado, no qual os aspectos básicos são representados de forma prática e de fácil compreensão, é chamado de funcional. Veja exemplo na ilustração a seguir. 58 Figura 4.2 – Exemplo de diagrama de comando funcional A representação, a identificação e a localização física dos elementos tornam-se facilmente compreensíveis com o diagrama de execução (ou de disposição) mostrado a seguir. Figura 4.3 – Exemplo de disposição de componentes em um painel 4.4. Símbolos literais Símbolos literais para elementos de circuitos são representações em forma de uma letra maiúscula inicial, podendo ser seguida por números, outras letras ou combinações alfanuméricas para particularizar cada elemento do circuito. 59 Exemplos • PVI – voltímetro para tensões de 0 mV – 10 mV • PA3 – amperímetro para correntes de 0 mA – 100 mV • R15 – resistor de 1 M Ω Os símbolos literais têm a função de facilitar a identificação dos elementos do circuito, ou seja, componentes, equipamentos, conjuntos, subconjuntos, quando relacionados em uma lista de materiais. Sua utilização ajuda na interpretação de esquemas e diagramas de circuitos. Eles são utilizados somente em projetos novos. A seguir são apresentados alguns exemplos de representação e identificação de componentes. 4.4.1. Identificação por letras e números Figura 4.4 – Identificação por letras e númros 4.4.2. Identificação por símbolos gráficos Figura 4.5 – Identificação por símbolos gráficos Os retângulos ou círculos representam os componentes e as letras ou símbolos indicam um determinado contator e sua função no circuito. Figura 4.6 – Exemplo de identificação por símbolos gráficos Quando o contator é identificado por meio de letras, sua função só é conhecida quando o diagrama de potência é analisado. A seguir, está a tabela que apresenta as letras maiúsculas iniciais para designar elementos do circuito. 60 Tabela 4.1 – Letras para identificação dos componentes Letra Tipos de elementos Exemplos A Conjuntos, subconjuntos. Amplificadores com válvulas ou transistores, amplificadores magnéticos laser, maser. B Transdutores de grandezas não-elétricas, pára-elétricas e vice-versa. Sensores termoelétricos, células fotoelétricas, dinamômetros, transdutores a cristal, microfones, alto-falantes. C Capacitores. D Elementos binários, dispositivos de atraso, dispositivos de memória. Elementos combinatórios, linhas de atraso, elementos biestáveis, monoestáveis, núcleo de memória, fitas magnéticas de gravação. E Miscelânea. Dispositivos luminosos, de aquecimento ou outros não especificados nesta tabela. F Dispositivos de proteção. Fusíveis, pára-raios, dispositivos de descarga de sobre-tensão. G Geradores, fontes de alimentação. Geradores rotativos, conversores de freqüência rotativos, baterias, fontes de alimentação, osciladores. H Dispositivos de sinalização. Indicadores óticos e acústicos. K Relés, contatores. L Indutores. M Motores. P Equipamento de medição e ensaio Dispositivos de medição, integradores, indicadores, geradores de sinal, relógios. Q Dispositivos mecânicos de conexão para circuitos de potência. Abridor, isolador. R Resistores. Resistores ajustáveis, potenciômetros reostatos, derivadores (shunts), termistores. S Seletores, chaves. Chaves de controle, chaves limitadoras (push buttons), chaves seletoras, seletores. T Transformadores. Transformadores de tensão, de corrente. U Moduladores. Discriminadores, demoduladores, codificadores, inversores, conversores. V Válvulas, semicondutores. Válvulas, tubos de descarga de gás, diodos, transistores, tiristores. W Elemento de transmissão, guias de onda, antenas. “Jumpers”, cabos, guias de onda, acopladores direcionais, dipolos, antenas parabólicas. X Terminais, plugues, soquetes. Tomadas macho e fêmea, pontos de prova, quadro de terminais, barra de terminais. Y Dispositivos mecânicos operados eletricamente. Válvulas pneumáticas, freios, embreagens. Z Transformadores híbridos, equalizadores, limitadores, cargas de terminação. Filtros a cristal, circuitos de balanceamento, compressores expansores (compandors). 61 4.5. Identificação de bornes de bobinas e contatos As bobinas têm os bornes indicados pelas letras a e b, como mostram os exemplos a seguir. Figura 4.7 – Exemplo de identificação bobinas Nos contatores e relés, os contatos são identificados por números que indicam: • Função – contatos abridores e fechadores do circuito de força ou de comando; contatos de relés temporizados ou relés térmicos. • Posição – entrada ou saída e a posição física dos contatores. Nos diagramas funcionais, essa indicação é acompanhada da indicação do contator ou elemento correspondente. No esquema a seguir são mostradas as identificações de função e posição dos contatos. Figura 4.8 – Exemplo de identificação contatos 62 5. Circuitos Básicos de Controle e Proteção 5.1. Seletividade Seletividade é a operação conjunta de dispositivos de proteção, que atuam sobre os de manobra ligados em série, para a interrupção escalonada de correntes anormais (por exemplo de curto-circuito). Um dispositivo de manobra deve interromper a parte do circuito conectada imediatamente após ele próprio, e os demais dispositivos de manobra devem permanecer ligados. 5.2. Funcionamento Nos circuitos de baixa-tensão os fusíveis e relés de disjuntores podem ser encontrados nas seguintes combinações: • fusíveis em série com fusíveis; • relés eletromagnéticos de disjuntores em série entre si; • relés eletromagnéticos de disjuntores em série com fusíveis; • fusíveis em série com relés térmicos
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