Buscar

4 homem

Prévia do material em texto

Marcos 4.35-41
INTRODUÇÃO
Deus é bom, sempre bom. Às vezes, porém, não conseguimos ver a bondade de Deus nas circunstâncias da vida, mas, mesmo assim, Deus continua sendo sempre bom. Havia um súdito que dizia sempre para o rei que Deus é bom. Um dia saíram para caçar e um animal feroz atacou o rei e ele perdeu o dedo mínimo. O súdito ainda lhe disse: Deus é bom. O rei mandou prendê-lo. Noutra caçada o rei foi capturado por índios antropófagos. Na hora do sacrifício o cacique percebeu que ele era imperfeito, porque lhe faltava um dedo. O rei foi solto e chegou para o súdito e disse-lhe: é verdade, Deus é bom. Mas por que então, eu lhe mandei para a prisão? O súdito, respondeu: porque se estivesse contigo eu seria sacrificado.
As tempestades da vida não anulam a bondade de Deus. Não haveria o arco-íris sem a tempestade, nem o dom das lágrimas sem a dor. Só conseguimos enxergar a majestade dos montes quando estamos no vale. Só enxergamos o brilho das estrelas quando a noite está trevosa É das profundezas da nossa angústia que nos erguemos para as maiores conquistas da vida.
Jesus passara todo o dia ensinando à beira-mar sobre o Reino de Deus. Ao final da tarde, ele deu uma ordem para os discípulos para entrarem no barco e passarem para a outra margem, para a região de Gadara, onde havia um homem possesso. Enquanto atravessam o mar, Jesus cansado da faina, dormiu e uma tempestade terrível os surpreendeu, enchendo dágua o barco. Os discípulos apavorados clamaram a Jesus. Ele repreendeu o vento, o mar e os discípulos e aqueles homens apavorados com a fúria dos ventos ficaram maravilhados diante do seu milagre.
William Hendriksen, analisando este texto, diz que podemos sintetizá-lo em seis pontos básicos: uma noite a bordo; uma tempestade furiosa; um clamor desesperado; um milagre impressionante; uma reprovação amorosa e um efeito profundo.
I. COMO SÃO AS TEMPESTADES DA VIDA
Aprendemos aqui algumas lições importantes:
Em primeiro lugar, as tempestades da vida são inesperadas. William Barclay diz que o Mar da Galiléia era famoso por suas tempestades. É um lago de águas doces, de 21 quilômetros de comprimento por 14 de largura, há 220 metros a baixo do nível do Mar Mediterrâneo e é cercado de montanhas por três lados, que têm até 300 metros de altura. Os ventos gelados do Monte Hermon (2.790m), coberto de neve durante todo o ano, algumas vezes, descem com fúria dessa região alcantilada e sopram com violência, encurralados pelos montes, caindo sobre o lago, encrespando as ondas e provocando terríveis tempestades. A palavra usada é seismós terremoto (Mt 24:7). As tempestades da vida são também inesperadas: é um acidente, uma enfermidade, uma crise no casamento, um desemprego. As tempestades não mandam telegrama. Elas chegam em nossa vida sem mandar recado e sem pedir licença. As tempestades, algumas vezes nos colhem de surpresa e nos deixam profundamente abalados. Como seguidores de Cristo devemos estar preparados para as tempestades que certamente virão. John Charles Ryle diz que os discípulos tinham passado o dia ouvindo o Mestre e fazendo sua obra, mas isso não os isentou da tempestade. Eles amavam a Jesus e tinham deixado tudo para segui-lo, mas isso não os poupou do mar revolto. As aflições e as tempestades da vida fazem parte da jornada de todo cristão.
Em segundo lugar, as tempestades da vida são perigosas. Mateus diz que o barco era varrido pelas ondas (Mt 8:24). Marcos diz que se levantou grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água (Mc 4:37). Lucas diz que sobreveio uma tempestade de vento no lago, correndo eles o perigo de soçobrar (Lc 8:23). As tempestades da vida também são ameaçadoras. Elas são perigosas. São verdadeiros abalos sísmicos e terremotos na nossa vida.
Eu morei nos Estados Unidos com minha família no ano 2000 e 2001. Estava no meu ano sabático, fazendo doutorado em ministério na área de pregação no Seminário Reformado de Jackson, Mississippi. Durante todo o tempo que lá vivemos, ficamos encantados com a pujança da nação e a segurança que seus cidadãos gozavam. Findo o nosso tempo na América, era hora de voltar ao Brasil. Nossas malas já estavam prontas. Nossas passagens já estavam marcadas para regressarmos ao Brasil no dia 12 de setembro de 2001. No dia 11 de setembro, fui ao seminário para entregar minha tese e concluir todos os meus compromissos acadêmicos. De repente comecei assistir uma cena cinematográfica. As torres gêmeas do World Trade Center estavam em chamas. Pensei que fosse um filme de ficção. Quando cheguei em casa, minha esposa estava alarmada. Não era um filme, mas uma cena real e dramática de um atentado terrorista. O símbolo maior da pujança econômica da nação estava entrando em colapso. Jamais podia imaginar que o país mais poderoso do mundo pudesse ser tão vulnerável. A tempestade havia chegado repentinamente e de forma avassaladora.
Muitas vezes, as tempestades chegam de forma tão intensa que deixam as estruturas da nossa vida abaladas. Põem no chão aquilo que levamos anos para construir. É um casamento edificado com abnegação e amor, que se desfaz pela tempestade da infidelidade conjugal. É um sonho nutrido na alma com tanto desvelo que se transforma num pesadelo. De repente uma doença incurável abala a família, um acidente trágico ceifa uma vida cheia de vigor, um divórcio traumático deixa o cônjuge ferido e os filhos amargurados. Uma amizade construída pelo cimento dos anos naufraga pela tempestade da traição.
Em terceiro lugar, as tempestades da vida são inadiministráveis. Elas são maiores do que nossas forças. Os discípulos se esforçaram para contornar o problema, para saírem ilesos da tempestade. Mas eles nada puderam fazer para enfrentar a fúria do vento. Seus esforços não puderam vencer o problema. Eles precisaram clamar a Jesus. O problema era maior do que a capacidade deles de resolver. Há problemas que nos deixam com uma profunda sensação de impotência. Não temos força para resistir a fúria dos ventos e a força das ondas. Certa feita, Josafá, rei de Judá, foi encurralado por três inimigos que se armaram até os dentes para atacar Jerusalém. Mandaram-lhe um recado insolente, dizendo que o rei não podia escapar de suas mãos. Josafá teve medo, pôs-se a buscar a Deus e decretou um jejum em toda a nação. Então, Josafá orou e disse: “Ó Deus não há em nós força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós e não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos estão postos em ti” (2 Cr 20:12). Quando o problema é maior do que a nossa força, quando não temos capacidade nem estratégia, precisamos olhar para Deus e depender dele, pois quando a tempestade está fora do nosso controle, certamente não está fora do controle de Deus.
Em quarto lugar, as tempestades da vida são surpreendentes. Elas podem transformar cenários domésticos em lugares ameaçadores. O Mar da Galiléia era um lugar muito conhecido daqueles discípulos. Alguns deles eram pescadores profissionais e conheciam cada palmo daquele lago. Muitas vezes eles cruzaram aquele mar lançando suas redes. Ali era o lugar do seu ganha pão. Mas agora, estão em apuros. O comum tornou-se um monstro indomável. Aquilo que parecia ser administrável torna-se uma força incontrolável. Muitas vezes, as tempestades mais borrascosas que enfrentamos na vida não vêm de horizontes distantes nem trazem coisas novas, mas apanham aquilo que era ordinário e comum em nossa vida e bota tudo de cabeça para baixo. Muitas vezes, é o cônjuge que foi fiel tantos anos que dá uma guinada e se transforma numa pessoa amarga, agressiva e abandona o casamento para viver uma aventura com outra pessoa. Outras vezes, é o filho obediente que resvala os pés e transforma-se numa pessoa agressiva, irreverente, dissimulada e insolente com os pais. Ainda hoje, há momentos em que as crises maiores que enfrentamos nos vêm daqueles lugares onde sentíamo-nos mais seguros.
II. OS CONFLITOS QUE ENFRENTAMOS NAS TEMPESTADES DA VIDA
Esse texto nos apresenta algumas tensões queenfrentamos nas tempestades da vida:
Em primeiro lugar, como conciliar a obediência a Cristo com a tempestade (4:35). Os discípulos entraram no barco por ordem expressa de Jesus e mesmo assim, enfrentaram a tempestade. Eles estavam no centro da vontade de Deus e ainda enfrentaram ventos contrários. Eles estavam onde Jesus os mandou estar, fazendo o que Jesus os mandou fazer, indo para onde Jesus os mandou ir e mesmo assim, enfrentaram uma terrível borrasca.
Jonas enfrentou uma tempestade porque desobedecia a Deus; os discípulos porque obedeciam. Você tem enfrentado tempestade pelo fato de andar com Deus, de obedecer aos mandamentos de Jesus? Você tem sofrido oposição e perseguição por ser fiel a Deus. Tem perdido oportunidade de negócios por não transigir. Tem perdido concorrências em seus negócios por não dar propina. Tem sido considerado um estorvo no seu ambiente de trabalho por não se envolver no esquema de corrupção. Há momentos que sofremos, não por estarmos na contramão, mas por andarmos pelo caminho direito. O mundo odiou a Cristo e também vai nos odiar. Seremos perseguidos por vivermos na luz.
Em segundo lugar, como conciliar a tempestade com a presença de Jesus (4:35, 36). O fato de Jesus estar conosco não nos poupa de certas tempestades. Ser cristão não é viver numa redoma de vidro, numa estufa espiritual. O céu não é aqui. Jesus foi a uma festa de casamento e mesmo ele estando lá, faltou vinho. Um crente que anda com Jesus pode e muitas vezes enfrenta também terríveis tempestades. Jesus passara todo aquele dia ensinando os discípulos as parábolas do Reino. Mas agora viria uma lição prática. Jesus sabia da tempestade. Ela estava no currículo de Jesus para aquele dia. A tempestade ajudou os discípulos a entenderem que podemos confiar em Jesus nas tempestades da vida.
Em terceiro lugar, como conciliar a tempestade com o sono de Jesus. Talvez o maior drama dos discípulos não foi a tempestade, mas o fato de Jesus estar dormindo durante a tempestade. Na hora do maior aperto dos discípulos, Jesus estava dormindo. Às vezes, temos a sensação de que Deus está dormindo. O Salmo 73 fala sobre o sono de Deus. Aquele que não dormita nem dorme, às vezes, parece não estar atento aos dramas da nossa vida e isso gera uma grande angústia em nossa alma.
III. AS GRANDES PERGUNTAS FEITAS NAS TEMPESTADES DA VIDA
Esse texto apresenta-nos três perguntas. Todas elas são instrutivas. Elas nos apresentam a estrutura do texto. As lições emanam dessas perguntas. Aqui temos a pedagogia da tempestade:
1. Mestre, não te importa que pereçamos (4.38)
Essa pergunta nasceu do ventre de uma grande crise. Seu parto se deu num berço de muito sofrimento. Os discípulos estavam vendo a carranca da morte. O mar embravecido parecia sepultar suas últimas esperanças. Depois de esgotados todos os esforços e baldados todos os expedientes humanos, eles clamaram a Jesus: “Mestre, não te importa que pereçamos”.
Em primeiro lugar, esse grito evidencia o medo gerado pela tempestade. A tempestade provoca medo em nós, porque ela é maior do que nós. Em tempos de doença, perigo de morte, desastres naturais, catástrofes, terremotos, guerras, comoção social, tragédias humanas, explode do nosso peito este mesmo grito de medo e dor: “Mestre, não te importa que pereçamos?” (Mc 4:38). Mateus registra: “Senhor, salva-nos! Perecemos!” (Mt 8:25). Lucas diz: “Mestre, Mestre estamos perecendo!” (Lc 8:24). Essas palavras expressaram mais uma crítica do que um pedido de ajuda. Às vezes é mais fácil reclamar de Deus do que depositar nossa ansiedade aos seus pés e descansar na sua providência.
Um dos momentos mais comoventes que experimentei na vida foi a visita que fiz ao museu Yad Vasheim, em Jerusalém. Esse museu é um memorial das vítimas do holocausto. Seis milhões de judeus pereceram nos campos de concentração nazista, nos paredões de fuzilamento e nas câmaras de gás. Um milhão e meio de crianças foram mortas sem qualquer piedade. No jardim de entrada do museu há um monumento de uma mulher cuja cabeça é uma boca aberta com dois filhos mortos no colo. Essa mulher retrata o desespero de milhares de mães que ergueram seu grito de dor, sem que o mundo as ouvisse. Representa o sofrimento indescritível daquelas mães que marchavam para a morte e viam seus filhos tenros e indefesos serem vítimas da mais brutal e perversa perseguição de todos os tempos. Ao entrar no museu, enquanto caminhava por uma passarela escura, sob o som perturbador do choro e gemido de crianças, vi um milhão e meio de velas acesas, refletidas em espelhos. Enquanto cruzava aquele corredor de lembranças tão amargas não pude conter as lágrimas. Lembrei-me do medo, pavor e desespero que tomou conta dos pais naqueles seis anos de barbárie e cruel perseguição. Quantas vezes, nas tempestades avassaladoras da vida também encharcamos a nossa alma de medo. Os problemas se agigantam, o mar se revolta, as ondas se encapelam e o vento nos açoita com desmesurado rigor.
Em segundo lugar, esse grito evidencia alguma fé. Se os discípulos estivessem completamente sem fé, eles não teriam apelado a Jesus. Eles não o teriam chamado de Mestre. Eles não teriam pedido a ele para salvá-los. Naquela noite trevosa, de mar revolto, de ondas assombrosas que chicoteavam o barco e ameaçava engoli-los, reluz um lampejo de fé. Quantas vezes, nessas horas também nos voltamos para Deus em forte clamor. Quantas vezes há urgência na nossa voz. Na hora da tempestade, quando os nossos recursos se esgotam, a nossa força se esvai precisamos clamar ao Senhor. Quando as coisas fogem do nosso controle, continuam ainda sob o total controle de Jesus. Para ele não há causa perdida. Ele é o Deus dos impossíveis.
Em terceiro lugar, esse grito evidencia uma fé deficiente. Se os discípulos tivessem uma fé madura, eles não teriam se entregue ao pânico e ao desespero. A causa do desespero não era a tempestade, mas a falta de fé. O perigo maior que enfrentavam não era a fúria do vento ao redor deles, mas a incredulidade dentro deles. Havia deficiência de fé no conhecimento deles. Mesmo dormindo Jesus sabia da tempestade e das necessidades deles. Havia deficiência de fé na convicção do cuidado de Cristo. Jesus já havia provado para eles que ele se importava com eles.
Um dos sentimentos que nos assaltam na hora da tempestade é que Deus não se importa conosco. Somos apressados em concluir que ele está indiferente à nossa dor. Mas quando julgamos que ele está longe ou indiferente, ele sabe o que está fazendo. Não há Deus como o nosso que trabalha para aqueles que nele esperam. Ele trabalha no turno da noite preparando algo melhor e maior para a nossa vida. Quando ele permite a tempestade é porque está desejoso de nos ensinar profundas lições de vida.
2. Por que sois assim tímidos. Por que não tendes fé (4.40)
Os discípulos falharam no teste prático e revelaram medo e não fé. Onde o medo prevalece, a fé desaparece. Ficamos com medo porque duvidamos que Deus está no controle. Enchemos nossa alma de pavor porque pensamos que as coisas estão fora de controle. Desesperamo-nos porque julgamos que estamos abandonados à nossa própria sorte. A palavra grega para medo deiloi significa “medo covarde”. Os discípulos estavam agindo covardemente, quando poderiam ter agido com plena confiança em Jesus. Aqueles discípulos deviam ter fé e não medo, e isso por quatro razões:
Em primeiro lugar, a promessa de Jesus (4:35). Jesus havia empenhado sua palavra a eles: “passemos para a outra margem”. O destino deles não era o naufrágio, mas a outra margem. O Senhor vela pela sua palavra em a cumprir. Quando ele fala, ele cumpre. Promessa e realidade são a mesma coisa. A Palavra de Jesus, as promessas de Jesus não podem ser frustradas. São planos são perfeitos. Pode passar o céu e a terra, mas as palavras do Senhor não passarão. O que ele fala, ele cumpre. Ele não é homem para mentir. Ele é a verdade.
Jesus não promete viagem calma e fácil, mas garante chegada certa e segura. Jesus não nos promete ausência de luta, mas vitória garantida. A palavra de ordem de Jesustornou-se uma promessa segura de Jesus. Essa promessa deveria ter encorajado e fortalecido os discípulos (Sl 89:9).
Quando o medo assaltar a sua fé, agarre-se nas palavras e nas promessas de Jesus. Quando as pessoas à sua volta disserem para você que a situação está perdida e que não existe mais solução, creia na Palavra de Jesus. Para ele não há impossíveis. Ele caminha sobre as ondas. Ele põe termo à guerra. Ele salva o perdido, cura o enfermo, levanta o caído e faz novas todas as coisas.
Em segundo lugar, a presença de Jesus (4:36). É a presença de Jesus que nos livra do temor. Davi diz que ainda que andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum (Sl 23:4). Não porque o vale seria um caminho seguro. Não porque a circunstância era fácil de enfrentar, mas porque a presença de Deus era o seu amparo. A presença de Deus nas tempestades é nossa âncora e nosso porto seguro. O profeta Isaías ergue sua voz em nome de Deus e diz que quando tivermos que passar pelas águas revoltas do mar da vida, Deus estaria com conosco. Quando precisássemos cruzar os rios caudalosos eles não nos submergiriam. Quando tivéssemos que entrar nas fornalhas acesas da perseguição e do sofrimento, a chama não arderia em nós, porque Deus estaria conosco (Is 43:1-3). Jesus disse aos seus discípulos: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28:20). Os discípulos se entregaram ao medo porque esqueceram-se de que Jesus estava com eles. O Rei do céu e da terra estava no mesmo barco e por isso, o barco não podia afundar. O criador do vento e do mar está conosco, não precisamos ter medo das tempestades.
Quando dos discípulos noutra ocasião enfrentaram a fúria desse mesmo mar, Jesus apareceu a eles andando sobre as águas e dizendo-lhes: “Não tenham medo, sou eu.” Queridos leitores, as tempestades virão. Elas podem ser maiores do que nossas forças. Elas podem desafiar nossa capacidade de resistência. Elas podem tirar o leme do nosso barco das nossas mãos. As coisas podem fugir do nosso controle. Mas, o Senhor do céu e da terra, prometeu estar conosco sempre. Ele é o nosso refúgio e libertador. Sendo ele o nosso guia e protetor nada precisamos temer.
Em terceiro lugar, a paz de Jesus (4:38). Enquanto a tempestade rugia com toda fúria, Jesus estava dormindo. Dewey Mulholland diz que assim como o homem que jogou a semente no solo e depois adormeceu tranquilamente (4.26), Jesus descansa certo de que o Pai cuidará dele e da semente que plantara. Será que Jesus sabia que a tempestade viria. É óbvio que sim. Ele sabe todas as coisas, nada o apanha de surpresa. Aquela tempestade estava na agenda de Jesus; ela fazia parte do curriculo de treinamento dos discípulos. Mas, se Jesus sabia da tempestade, por que durmiu. Ele dormiu por duas razões: dormiu porque descansava totalmente na providência do Pai; dormiu porque sabia a tempestade seria pedagógica na vida dos seus discípulos. O fato de Jesus estar descansando na tempestade já deveria ter acalmado e encorajado os discípulos. Jesus estava descansando na vontade do Pai e sabia que o Pai podia cuidar dele enquanto dormia. Isso é paz no vale. Jonas dormiu na tempestade com uma falsa segurança, visto que estava fugindo de Deus. Jesus dormiu na tempestade porque ele estava verdadeiramente seguro na vontade do Pai.
As tempestades da vida podem nos abalar, mas não abalam o nosso Senhor. Elas podem ficar fora do nosso controle, mas não fora do controle de Jesus. Quando Jesus chegou na aldeia de Betânia, Marta disse para ele: “Se tu estiveras aqui meu irmão não teria morrido”. Ela pensou que a morte colocava um ponto final nas inesgotáveis possibilidades de Jesus. Ela pensou que a morte tinha a última palavra. Jesus ao chegar no túmulo de Lázaro, disse: “Tirai a pedra”. Marta retrucou: “Já cheira mal”. Agora é tarde, não se pode fazer mais nada. Mas Jesus disse: “Se creres, verás a glória de Deus”. Para Jesus não há causa perdida, não há problema insolúvel. Mesmo que você esteja no fundo do poço, no fim da linha e tenha chegado um estado de completo esgotamento, Jesus pode colocar você de pé e fazer um milagre. Lázaro estava morto e sepultado há quatro dias, mas ele ouviu a voz de Jesus e saiu do túmulo. A morte não tem a última palavra. Jesus está no controle!
Em quarto lugar, o poder de Jesus (4:39). Aquele que estava no barco com os discípulos é o criador da natureza. As leis da natureza estão nas suas mãos. Ele controla o universo. A natureza ouve a sua voz e o obedece. Seguimos ao Senhor que tem todo poder e autoridade no céu e na terra. Ele trabalha em nosso favor. Ele nos conheceu e nos amou antes da fundação do mundo. Ele já nos destinou para a glória. Ele nos chamou e converteu o nosso coração. Somos dele. Ele cuida de nós. Quem tocar em nós, toca na menina dos seus olhos.
Marcos insere esse registro da tempestade num contexto que enaltece e destaca o poder de Jesus. Ele está revelando seu poder sobre as leis da natureza, acalmando o mar. Ele revela sua autoridade sobre os demônios, libertando o gadareno de uma legião, ou seja, seis mil demônios. Ele acentua sua autoridade sobre a enfermidade, curando uma mulher hemorrágica, que vivia doze anos prisioneira de sua enfermidade. Ele ressuscita a filha de Jairo, para provar que até a morte está debaixo da sua absoluta autoridade e poder.
Jesus repreendeu o vento e o mar e eles se aquietaram e se emudeceram. Adolf Pohl diz: “Não temos mais Jesus adormecido no rugido da tempestade, mas a tempestade adormecida aos pés do Senhor que dera a ordem”. Ele tem poder para repreender também os problemas que nos atacam, a enfermidade que nos assola, a crise que nos cerca, as aflições que nos oprimem. Jesus repreendeu o mar pela sua fúria e depois repreendeu os discípulos pela sua falta de fé. Muitas vezes, a tempestade mais perigosa não é aquela levanta os ventos e agita o mar, mas a tempestade do medo e da incredulidade. O nosso maior problema não está ao nosso redor, mas dentro de nós. O Senhor é a nossa bandeira. É o nosso defensor. Ele é o nosso escudo. Não precisamos temer.
3. Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem (4.41)
As tempestades são pedagógicas. Elas são a escola de Deus para nos ensinar as maiores lições da vida. Aprendemos mais na tempestade do que nos tempos de bonança. Foi através do livramento da tempestade que eles tiveram uma visão mais clara da grandeza singular de Jesus. Os discípulos que estavam com medo da tempestade, estão agora cheios de temor diante da majestade de Jesus. A palavra grega para medo aqui, phobeo é outra e não significa medo covarde, mas temor reverente. Seu medo e a falta de fé vêm à tona por um único motivo: eles não sabem quem é Jesus. Quando passa o medo da tempestade e da morte, eles são acometidos por um outro tipo de temor; uma sensação de assombro, porque Deus estava bem ali. Eles passaram a ter uma fé real e experimental e não uma fé de segunda-mão. A pergunta deles é respondida pelo próprio texto em apreço.
Em primeiro lugar, Jesus é o mestre supremo que veio estabelecer o Reino de Deus (34,38). Jesus ensinou através das parábolas do Reino e também através da tempestade. Seus métodos são variados, seu ensino eficaz. Ele é o grande Mestre que nos ensina pela Escritura e também pelas circunstâncias da vida. Devemos aprender com ele e sobre ele. O Reino chegou com o Rei. Ele é o Rei. O Reino já foi inaugurado. O Reino já está entre nós e dentro de nós.
Em segundo lugar, Jesus é perfeitamente homem (4:38). O sono de Jesus mostra-nos sua perfeitamente humanidade. O verbo se fez carne. Deus se fez homem. O infinito entrou no tempo. Aquele que nem o céu dos céus podem conter foi enfaixado em panos e deitado numa manjedoura. Aquele é criador e dono do universo se fez pobre e não tinha onde reclinar a cabeça. Esse é um grande mistério. Quem pode crer na encarnação de Jesus não deveria mais duvidar de nenhum de seus gloriosos milagres.
Em terceiro lugar, Jesus é perfeitamente Deus (4:39). Ele é o criador, sustentador e o interventor na natureza. O vento ouve a suavoz. O mar se acalma quando ele fala. Todo o universo se curva diante da sua autoridade. Ele é o verdadeiro Deus. É ele quem livra o seu povo e acalma as nossas tempestades. É ele quem acalma os terremotos da nossa alma. Ernesto Trenchard diz que todos os milagres, este é onde vemos mais intimamente entrelaçados a humanidade e a divindade do Senhor Jesus. O mesmo Jesus que dormiu exausto depois de um dia de ensino, levanta-se e repreende o vento e o mar.
Em quarto lugar, Jesus é o benfeitor desconhecido (4:36). Algumas pessoas que enfrentavam a mesma tempestade naquele mar, seguindo a carava em outros barcos, foram beneficiadas sem saber que a bonança fora intervenção de Jesus. Há muitas pessoas que recebem milagres e livramentos, mas não sabem que esses prodígios vieram das mãos de Jesus.
Em quinto lugar, Jesus é aquele que tem toda autoridade para libertar o aflito (4:39,41). A pergunta foi: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?”. O contexto mostra que Jesus é o Senhor sobre cada circunstância e o vencedor dos inimigos que nos ameaçam: 1) Vitória sobre os perigos – Mc 4:35-41; 2) Vitória sobre os demônios – Mc 5:1-20; 3) Vitória sobre a enfermidade – Mc 5:21-34; 4) Vitória sobre a morte – Mc 5:35-43.
A intervenção soberana de Jesus, às vezes, acontece quando todos os recursos humanos acabam. Nossa extremidade é a oportunidade de Deus.
As tempestades fazem parte do currículo de Jesus para nos fortalecer na fé. As provas não vêm para nos destruir, mas para nos fortalecer. O fogo não vêm para nos destruir, mas para nos purificar. Jesus está no controle das tempestades que nos ameaçam. Ele pode fazê-las cessar a qualquer momento!
As grandes lições da vida nós as aprendemos nas tempestades. Na Costa da Califórnia há uma praia famosa que se chama “Pebble Beach” em uma reentrância cercada de muralhas, as pedras, impelidas pelas ondas, se atiram umas contras as outras e também nas saliências agudas dos penhascos. Turistas de todas as partes do mundo ali já se têm reunido para recolher daquelas pedras arredondadas e preciosas. Elas servem de ornamentos para escritórios e salas de visita. Ali bem perto há uma outra enseada em que se não verifica a mesma tormenta. Existem ali pedras em grande abundância, mas nunca são escolhidas pelos viajantes. Elas escaparam do alvoroço e da trituração das ondas. A quietude e a paz as deixam como as encontraram: toscas, angulosas e sem beleza. O polimento das outras, tão apreciadas se verifica por meio da tribulação constante. Comentando esse fato, um escritor escreveu: “Quase todas as jóias de Deus são lágrimas cristalizadas.”
Quando Jesus fez cessar o vento e o mar, e eles se acalmaram como uma criança que se aquieta diante da ordem e autoridade do pai, Mateus diz que os discípulos se maravilharam. Marcos diz que eles temeram grandemente. Antes eles tinham medo da natureza. Agora eles temem o criador da natureza. Antes eles estavam amedrontados pelo vento, agora estão cheios de temor pelo Senhor do vento. Agora eles estão cheios de temor e admiração diante do poder de Jesus.
A quem você teme: as circunstâncias ou o Senhor das circunstâncias?
O QUARTO HOMEM
7 Comentários / Sermões / Por Pr. Hernandes
Referência: Daniel 3.1-30
INTRODUÇÃO
1. Ergue-se majestosa a grande Babilônia de Nabucodonosor. É a maior e mais soberba cidade do mundo. O império da Babilônia alarga suas fronteiras, domina as nações. Até mesmo os judeus são subjugados. Toda a terra está sob o domínio desse arrogante e truculento império.
2. Nabucodonosor era um homem embriagado pelo poder. Estava cego pelo próprio fulgor da sua glória. Ele não se contentou apenas em ser rei e o maior rei da terra. Ele quer ser adorado. Ele quer ser Deus. Ele quer que os seus deuses sejam adorados. Edifica uma estátua de ouro e ordena que todos os súditos a adorem. A vontade do rei era lei absoluta. Ninguém podia recusar a obedecer suas ordens. Ele era um homem mau, truculento e sanguinário.
3. O poder dos tiranos e dos déspotas poderosos sempre encontram seus limites em pessoas fiéis a Deus. Os três jovens hebreus provocaram uma nota dissonante no meio daquela sinfonia de servilismo. Eles se recusam a pecar. Eles são ameaçados. Distoam da multidão. São intransigentes. São inconformistas. A verdade é inegociável. Não transigem com os absolutos de Deus. Não vendem a consciência. Preferem a morte que a infidelidade a Deus. Estão prontos a morrer, mas não a pecar.
4. a) O v. 12 – a acusação: ingratidão e desrespeito.
b) O v. 15 – A nova oportunidade e a ameaça: morte e impossibilidade de livramento.
c) O v. 16 – Não precisamos defender Deus, apenas honrá-lo:
d) O v. 17-18 – Cabe-nos obedecer a Deus e não administrar as consequências
e) O v. 19-20 – A ira dos homens é louca: aquecer a fornalha sete vezes e atar os homens.
f) O v. 25 – A intervenção do quarto homem é miraculosa: O fogo os livra das cordas e o quarto homem os livra do fogo.
5. Nesse episódio, aprendemos algumas lições importantes:
I. FIDELIDADE É UMA QUESTÃO INEGOCIÁVEL – V. 12
• Esses três jovens hebreus entendem que agradar a Deus é mais importante do que preservar suas próprias vidas. O principal ensino deste capítulo não é o livramento miraculoso. Não temos dificuldade de acreditar em milagres. O principal ensino nesta capítulo é que três crentes jovens são tentados a praticar o mal e recusam-se a fazê-lo. Estão dispostos a discordar de todos, ainda que isso signifique uma morte horrível. “Transigir” não é uma palavra do vocabulário deles. O pecado é pecado, e eles não o cometerão. Estão dispostos a morrer, mas não pecar. Eles não eram produto do meio. Eles estavam cercados de pessoas conformistas, mas eles tinham coragem para ser diferentes.
• A fidelidade deles não era um negócio com Deus. Muitas vezes a fidelidade a Deus pode nos levar para as fornalhas ou mesmo para a cova dos leões. Muitas vezes a fidelidade a Deus pode nos levar a ser rejeitados pelo grupo, a sermos despedidos de uma empresa, a sermos rejeitados na escola ou até mesmo a sermos mal compreendidos na família. Nosso compromisso não é com o sucesso, mas com a fidelidade a Deus. Há muitas pessoas que conseguem o sucesso, vendendo suas consciências, transigindo com os valores absolutos. Esses moços não!
• Muitos jovens e muitos crentes hoje são tentados a ceder. Jovens cristãos são instados a se embriagarem com os seus amigos ou a perder a virgindade antes do casamento. São tentados a mentir para os pais, a ver filmes indecentes, a ficar sob luzes piscantes e curtir músicas maliciosas. O mundo tem sua própria fornalha ardente à espera daqueles que não se conformam em adorar seus ídolos. É a fornalha de ser desprezado, ridicularizado. Os que são fiéis a Deus são chamados de retrógrados. Para muitos crentes a pressão parece irresistível. Mas fidelidade é uma questão inegociável.
II. MUITAS VEZES DEUS NÃO NOS LIVRA DOS PROBLEMAS, MAS NOS PROBLEMAS – V. 21,25
• Deus não livrou os seus servos da provação, mas preservou-os na provação. Ele não impediu que os seus servos fossem atados, mas o fogo que devia destruí-los teve que livrá-los das cordas.
• Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. O Senhor está acima de tudo e nada pode transtornar os seus planos. A inveja e o ódio dos acusadores, a ira e a arrogância do rei, as cordas dos algozes e as chamas do fogo. Tudo está sob o controle de Deus.
• Vida cristã não é uma colônia de férias. Vivemos num mundo hostil. Somos atacados de todos os lados. Muitas vezes, Deus nos prova, nos leva para o deserto, nos coloca na fornalha e nos acrisola. Muitas vezes, Deus não nos livra dos problemas, mas nos problemas. Quando passamos pelas águas, ele está conosco. Quando atravessamos os rios, ele atravessa conosco. Quando passamos pelo fogo, as chamas não ardem em nós.
• Deus não livrou esses moços da ameaça nem os impediu de cair na fornalha. Mas os livrou na farnalha. Ser crente não é ser poupado dos problemas, das provas, das aflições, dos problemas financeiros, dos problemas de saúde, dos problemas familiares.Mas ser crente é experimentar o livramento de Deus nos problemas.
• Os jovens foram jogados na fornalha, mas o quarto homem os livrou na fornalha. O fogo os libertou das amarras e o quarto homem os libertou do fogo. O próprio Nabucodonosor que disse: “E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos” (v. 15) agora, precisa dizer: “Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego o qual enviou o seu anjo e livrou os seus servos que confiaram nele” (v. 28).
III. DEVEMOS SER FIÉIS A DEUS NÃO SIMPLESMENTE PELO QUE ELE FAZ, MAS POR QUEM ELE É – v. 17-18
• Aqueles jovens não serviam a Deus por causa dos benefícios recebidos de Deus. A religião para eles não era um negócio lucrativo. Eles serviam a Deus por causa do caráter de Deus. A vida deles não girava em torno do bem estar deles. O grande objetivo da vida deles era honra a Deus a despeito das circunstâncias adversas.
• Nabucodonosor tenta intimidá-los, dizendo que Deus nenhum podia livrá-los da sua mão (v. 15). Mas eles, não precisam defender a reputação de Deus, apenas obedecê-lo (v. 16-17). Eles honram a Deus não pelo que Deus possa lhes dar, mas por quem é (v. 18).
• Eles estão prontos a honrarem a Deus em toda e qualquer circunstância. As consequências pertencem a Deus. Nosso dever é fazer o que é certo. Não importa o custo e as consequências. É melhor ser morto prematuramente e encontrar o reto juíz em paz, do que viver um pouco mais e encontrá-lo em terror.
• Ter fé é confiar que a nossa vida está nas mãos de Deus. Ele faz o que lhe apraz. Não significa: Deus está nas minhas mãos e ele tem que fazer o que eu quero. Sabe que Deus dispõe de nós e não nós dele.
• Durante vinte séculos, os regimes totalitários disseram aos cristãos que estes deveriam conformar-se com suas exigências ímpias ou morreriam. Nunca isto foi tão verdadeiro como no século XX. Mais da metade de todos os mártires da história viveram no século passado. Em muitos países ainda o povo de Deu sofre perseguições. Definham nas prisões, suportam a dor de perderem seus filihos, gritam sob tortura e morrem horrivelmente. Enfrentam a morte para não serem infiéis a Deus.
IV. QUANDO TODOS OS RECURSOS DA TERRA ACABAM, ENCONTRAMOS O SOCORRO DO QUARTO HOMEM – V. 24-25
• O livramento no fogo é a estratégia de Deus. Quando somos fiéis a Deus, ele tem um encontro conosco na fornalha. Só temos duas escolhas: ou ficamos fora da fornalha com Nabucodosor, ou dentro dela, com Cristo. Não há meio termo. Mas o lugar de calor irresistível é também o lugar de comunhão intensa com o Salvador.
• Não há fornalha ardente que consiga destruir o povo de Deus. Tais fornalhas, de fato, acabam se tornando o próprio meio que Deus usa para preservar seu remanescente fiel e manter viva a sua verdade, no mundo.
• O quarto homem sempre vem ao nosso encontro na hora da aflição. Na hora da dor, na hora da humilhação. Ele é o Deus do livramento. É o Deus das causas perdidas. Jesus é o quarto homem que não o poupa da fornalha, mas o livra do fogo.
• EM QUE FORNALHA VOCÊ ESTÁ?
a) Problemas conjugais – O amor está esfriando, as mágoas estão crepitando como fogo, o diálogo está acabando? Sente que o seu casamento está amarrado, atado e atirado numa fornalha acesa de dor e lágrimas? O quarto Homem pode hoje trazer a você livramento.
b) Problemas financeiros – Situação amarga, noites indormidas, madrugadas insones, ansiedade, portas fechadas, desemprego, salário defasado, compromissos à porta? O quarto Homem pode trazer livramento. Ele é o dono de todo o outro e de toda a prata.
c) Problemas espirituais – A sua vida devocional está doente. Acabou a alegria da intimidade com Deus. Cessou a oração fervorosa, a devoção a Deus, a paixão pelas almas. O quarto Homem pode incendiar de novo o seu coração.
d) Problemas sentimentais – Você está com medo: medo da solidão, do abandono, de não ser aceito, de tropeçar, de naufragar. Mas Jesus pode livrar você hoje.
CONCLUSÃO
• Muitos homens de Deus já estiveram na fornalha: Abraão no Moriá; Jacó no vau de Jaboque; José na prisão, Jó no monturo, Davi nos desertos; Daniel na cova dos leões, Pedro no cárcere; João deportado na ilha de Patmos. Todos esses à semelhança dos três jovens hebreus experimentaram a companhia do quarto Homem na fornalha.
• O quarto Homem sempre vem ao nosso socorro quando os nossos recursos acabam. Quando somos abandonados, quando estamos enfermos, quando a família parece desmoronar, quando tudo parece perdido ele se manifesta salvadoramente.
• Quando o quarto Homem nos faz sair da fornalha, até os nossos inimigos precisam reconhecer a majestade de Deus e dar glória ao seu nome (v. 28). Deus nos promove quando saímos da fornalha (v. 30).
Rev. Hernandes Dias Lopes

Continue navegando

Outros materiais