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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Pró-Reitoria de Educação Continuada
Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão
Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946.
Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012.
SEMINÁRIO II - ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
Relator: FERNANDO FERREIRA – RA00304307
ANÁLISE DE CASOS II
1. A Prefeitura de São Paulo, com fundamento na Emenda Constitucional nº 39/2002, por meio da Lei nº 13.479/2002, instituiu que espécie tributária? (vide Anexo I - RESP 573675/SC).
Lei nº 13.479, de 30 de dezembro de 2002.
Art. 1° Fica instituída no Município de São Paulo, para fins do custeio do serviço de iluminação pública, a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública — CCSIP.
Parágrafo único. O serviço previsto no “caput” deste artigo compreende a iluminação de vias, logradouros e demais bens públicos e a instalação, manutenção, melhoramento e expansão da rede de iluminação pública, além de outras atividades a estas correlatas. 
Art. 2° Caberá à Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura do Município de São Paulo proceder ao lançamento e á fiscalização do pagamento da Contribuição.
Art. 3° Contribuinte é todo aquele que possua ligação de energia elétrica regular ao sistema de fornecimento de energia.
Art. 4° O valor da Contribuição será incluído no montante total da fatura mensal de energia elétrica emitida pela concessionária desse serviço e obedecerá à classificação abaixo:
I – R$ 3,50 (três reais e cinquenta centavos) para os consumidores residenciais;
II – R$ 11,00 (onze reais) para os consumidores não-residenciais. Parágrafo único. O valor da Contribuição será reajustado anualmente pelo mesmo índice utilizado para o reajuste da tarifa de energia elétrica.
Art. 5° Ficam isentos da Contribuição os contribuintes vinculados às unidades consumidoras classificadas como “tarifa social de baixa renda” pelo critério da Agência Nacional de Energia Elétrica — ANEEL. 
Art. 6° A concessionária de energia elétrica é responsável pela cobrança e recolhimento da Contribuição, devendo transferir o montante arrecadado para a conta do Tesouro Municipal, especialmente designada para tal fim, sob pena de responder civil e criminalmente pelo não-cumprimento do aqui disposto.
§ 1° A eficácia do disposto no “caput” deste artigo fica condicionada ao estabelecimento de convênio a ser firmado entre a Prefeitura Municipal e a concessionária de energia elétrica, respeitadas, no que couber, as determinações da ANEEL.
§ 2° O convênio definido no § 1° deste artigo será celebrado no prazo máximo de 90 (noventa) dias e disporá sobre a forma e operacionalização da cobrança a que se refere o “caput”.
Art. 7°. A concessionária deverá manter cadastro atualizado dos contribuintes que deixarem de efetuar o recolhimento da Contribuição, fornecendo os dados constantes naquele para a autoridade administrativa competente pela administração da Contribuição. 
Art. 8° O montante arrecadado pela contribuição será destinado a um Fundo especial vinculado exclusivamente ao custeio do serviço de iluminação pública, tal como definido no parágrafo único do art. 1° desta lei, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo no prazo de 90 (noventa) dias.
Parágrafo único. O Poder Executivo fica obrigado a encaminhar, à Câmara Municipal de São Paulo, programa de gastos e investimentos e balancete anual do Fundo Especial a ser criado, para custear o serviço de iluminação pública.
Art. 9° As despesas decorrentes da implantação desta lei correrão por conta das dotações orçamentárias suplementadas, se necessário.  
Art. 10º O Poder Executivo regulamentará a presente lei em 30 (trinta) dias.
Art. 11. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Anexo I
RESP 573675 / SC - SANTA CATARINA 
Relator(a):  Min. RICARDO LEWANDOWSKI
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. RE INTERPOSTO CONTRA DECISÃO PROFERIDA EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL. CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA - COSIP. ART. 149-A DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI COMPLEMENTAR 7/2002, DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ, SANTA CATARINA. COBRANÇA REALIZADA NA FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA. UNIVERSO DE CONTRIBUINTES QUE NÃO COINCIDE COM O DE BENEFICIÁRIOS DO SERVIÇO. BASE DE CÁLCULO QUE LEVA EM CONSIDERAÇÃO O CUSTO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA E O CONSUMO DE ENERGIA. PROGRESSIVIDADE DA ALÍQUOTA QUE EXPRESSA O RATEIO DAS DESPESAS INCORRIDAS PELO MUNICÍPIO. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA ISONOMIA E DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. INOCORRÊNCIA. EXAÇÃO QUE RESPEITA OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO EXTRAORDINÁRIO IMPROVIDO. I - Lei que restringe os contribuintes da COSIP aos consumidores de energia elétrica do município não ofende o princípio da isonomia, ante a impossibilidade de se identificar e tributar todos os beneficiários do serviço de iluminação pública. II - A progressividade da alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação pública entre os consumidores de energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva. III - Tributo de caráter sui generis, que não se confunde com um imposto, porque sua receita se destina a finalidade específica, nem com uma taxa, por não exigir a contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte. IV - Exação que, ademais, se amolda aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. V - Recurso extraordinário conhecido e improvido.
Resposta – Questão N° 1 – Fruto da Emenda Constitucional n° 39/2002 e com base no Artigo 149-A da Constituição Federal, a Prefeitura de São Paulo dentro das suas atribuições por meio da Lei 13.479/2002 institui espécie de tributo (contribuição) que incidirá sobre a prestação do Serviço de Iluminação Pública – CCSIP, porem, esta Emenda Constitucional n. 39, de 19/12/02, entrou em vigor na data de sua publicação, em 20/12/02 e muitos Municípios, no Brasil, estavam instituindo a CIP, através de Lei Complementar Municipal, que deveria ter sido publicada ainda no exercício de 2002, para que se respeitasse o disposto no art. 150, incisos I e III, que tratam, respectivamente, dos princípios constitucionais da Legalidade Tributária (art. 150, I), que exige lei e, no caso, lei complementar (art. 146, III, "a", da CF) para estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária; da Irretroatividade (art. 150, III, "a") onde é vedado cobrar tributo em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que o instituiu, e da Anterioridade (art. 150, III, "b"), já que é vedado cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o aumentou. 
Com isso os Municípios não poderiam "inventar" tributos, tendo em vista as limitações constitucionais ao poder de tributar conforme previstos nos (arts. 150 a 152, da CF), ou instituir taxas de iluminação pública.
A inconstitucionalidade neste caso mencionado acima, porque a lei que instituía a taxa de iluminação pública fere o disposto no art. 145, inciso II, da CF, e nos artigos 77 e 79 do Código Tributário Nacional – CTN, cujo artigo 77, em seu parágrafo único, define o fato gerador da taxa bem como sua base de cálculo, sendo que esta não poderá ser idêntica à dos impostos (§ 2º, art. 145, CF).
A inconstitucionalidade de uma lei, tem-se quando uma lei ou ato normativo Municipal fere a Constituição Estadual ou a Constituição Federal ou, ainda, quando uma lei ou ato normativo, estadual ou federal, fere qualquer dispositivo da Constituição Federal, ou seja, ocorre que TAXA é uma espécie do gênero tributos e, de acordo com o mencionado art. 145 da CF, ela é instituída em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição, doutrinariamente denominados de "uti singuli", ou de uso singular (taxa de avaliação de imóveis, taxa de licenciamento de veículos, taxa de remoçãode lixo domiciliar, etc).
2. PESQUISE e responda:
2.1. O ARFRMM (Adicional para Renovação do Frete da Marinha Mercante) é um tributo? 
Resposta: O Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) é considerado um tributo por que preenche todos os requisitos do artigo 3° do CTN e que foi instituído pelo Decreto-Lei nº 2.404, de 23 de dezembro de 1987. Este tributo tem suas normas estabelecidas pela Lei nº 10.893, de 13 de julho de 2004.
2.2. Em caso afirmativo, de que espécie?
Resposta: Sua natureza jurídica é a contribuição parafiscal ou especial de contribuição de intervenção no domínio econômico – CIDE, terceiro gênero tributário, distinta do  imposto e da taxa, essa espécie de contribuição está prevista no artigo 149 da Constituição Federal. 
2.3. Quais critérios você utilizou para chegar a essas conclusões?
Resposta: Baseado na sumula vinculante n° 553 do STF e Decreto-Lei nº 2.404, de 23 de dezembro de 1987 e com suas normas estabelecidas pela Lei nº 10.893, de 13 de julho de 2004.
2.4. Qual a posição do Judiciário a respeito do assunto?
Resposta: O Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, de modo a se reconhecer que o AFRMM conforme a sumula vinculante 553 e está, atualmente, regulada pela Lei n° 10893/2003, onde se delimita os seus elementos constitutivos, tal como a base de cálculo, hipótese de incidência, alíquota e contribuintes.
A mencionada legislação trouxe, porém, um componente inédito e controverso sob o aspecto constitucional ou sua inconstitucionalidade, qual seja, a fixação de uma alíquota diferenciada.
A respeito disso, a muitos impasses sobre o AFRMM, a sugerir que, na dúvida entre cobrar ou não cobrar, intervir ou não intervir, fomentar ou não fomentar, por que se trata de uma subespécie da espécie tributária contribuição conforme RE 138.284-CE, RTJ 143/313) e RE 177.137.
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Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 
Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae

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