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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI FUNDAMENTOS DO DESIGN – A2 2022 Bernardino (2010) relata que “o que realmente existe é uma criação de coisas materiais que evoluem precisamente porque foram criadas com sentido e finalidade, e como tal encontram-se guiadas por uma vontade ordenadora” (BERNARDINO, 2010, p. 57). BERNARDINO, P. Arte e tecnologia: intersecções. ARS, São Paulo, vol. 8, n. 16, 2010. No entanto, o desenvolvimento de um novo objeto trás o conhecimento prévio, que conduz à evolução. Ou seja, a criação de objetos segue paralelamente as etapas e procedimentos evolutivos da humanidade. A partir da afirmação de Bernardino, avalie as proposições e a relação entre elas. I. A criação de coisas materiais que evoluem PORQUE II. Foram criadas contendo sentido e finalidade. A respeito dessas proposições, assinale a opção correta. • As proposições I e II são verdadeiras, e a II é justificativa da I. • As proposições I e II são verdadeiras, mas a II não é justificativa da I. • As proposições I e II são falsas. • A proposição I é falsa e a proposição II é verdadeira. • A proposição I é verdadeira e a proposição II é falsa. Damazio (2005) destaca o design e sociabilidade através da construção de objetos memoráveis, que tem origem nas coisas memoráveis associadas a jogos, esportes, eventos que promovam amizades, parcerias e outros vínculos significativos; situações que fazem sentir parte de um grupo e sentimentos de cooperação, pertencimento, união, amor, fraternidade e felicidade. DAMAZIO, V. Artefatos de memória da vida cotidiana: um olhar interdisciplinar sobre as coisas que fazem bem lembrar, 2005. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Rio de Janeiro: UERJ, 2005. Considerando a linha de pensamento da autora, assinale a alternativa correta. • Sob a perspectiva do “estar bem com o outro” as coisas memoráveis estão associadas a jogos, esportes, eventos somente pelos objetos compartilhados e outros vínculos significativos de cooperação. • Os objetos memoráveis estão estabelecidos na origem nas coisas memoráveis associadas aos bens de consumo e ao pensamento feliz, somente com os produtos cujos efeitos fortalecem os laços afetivos. • As coisas memoráveis estão associadas a jogos, esportes, eventos sem a necessidade de parcerias e outros vínculos significativos, associadas aos bens de consumo e ao prazer na compra do produto. • Objetos que trazem a felicidade para o ser humano, só podem existir pelos laços afetivos do usuário com a família, facilitando o convívio, promovem interações em jogos, esportes e eventos em geral. • Nesta perspectiva, sociabilidade é “estar bem com o outro” e inclui produtos cujos efeitos fortalecem laços afetivos, facilitam o convívio, promovem interações sociais, ampliam o entendimento intercultural. Segundo Niemeyer (1997) o designer já foi visto de formas distintas ao longo do tempo, podendo ser dividido em funções como: em um primeiro momento como “artífice”, aquele que desenvolvia a atividade artística, muitas vezes o único responsável por todas as etapas do processo produtivo no qual o trabalhador tinha preocupação com estética, com a concepção formal e com a fruição do uso. Em outro momento como o “inventor”, aquele que tinha o compromisso com a produtividade do processo de fabricação e a atualização tecnológica. E por fim, o “coordenador”, que tinha a função de integrador entre os diferentes especialistas, sendo o responsável pela coordenação das etapas de definição da matéria-prima, processo produtivo, utilização e destino final do produto. NIEMEYER, L. Design no Brasil: Origens e Instalações. Rio de Janeiro: 2AB, 1997. Para a história do design, a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra no século XVIII, teve um importante papel. Qual era a função do profissional de design no período? • Crítico: exercia a função de avaliar todas as etapas do processo de produção, determinando se o produto atendia as especificações, reduzindo a variabilidade do processo e os erros de produção. • Inventor: tinha o compromisso com a atualização tecnológica, o que possibilitava a indústria buscar a substituição de máquinas por seres humanos a fim de criar produtos cada vez mais personalizados. • Coordenador: exercia a função de integrar os demais profissionais, organizando todas as etapas do sistema produtivo: escolha de matéria-prima, processos produtivo, uso e encaminhamento final do produto. • Cientista: aquele que tinha o objetivo de desenvolver bases tecnológicas para a criação de materiais que poderiam ser utilizados na confecção do produto, planejando o aumento da produção. • Artífice: desenvolvia a atividade artística; muitas vezes o único responsável por todas as etapas do processo produtivo, e que confeccionava o produto, preservando a estética com a fruição do uso. Atualmente, percebe-se que o design já está inserido em tudo no mundo urbano: nos objetos pessoais, na casa, no trabalho, no lazer; nos serviços como educação, saúde, transporte, comunicação, entre outros. Percebe-se uma popularização do uso do termo design e dos conceitos que surgiram associados a valores estéticos, globalizados e de domínio. Esses novos conceitos incidem sob a expansão do design para outros aspectos, buscando qualificá-lo como processo criativo, inovador e provedor de soluções em quaisquer áreas que no design possa ser agregado (LIPOVETSKY; SERROY, 2014). LIPOVETSKY; G.; SERROY, J. A estetização do mundo. Viver na era do capitalismo artista. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. A partir do texto apresentado acima, considere as seguintes afirmações. I. Um exemplo de expansão do design para outros aspectos é o design social, que é executado com o meio social, com o fim de beneficiar uma comunidade. II. O Design Thinking, que é uma abordagem de solução de problemas de forma coletiva e colaborativa para maximizar a empatia com as partes envolvidas, é um exemplo de agregar o design a outras áreas. III. A apropriação do termo design em outras áreas é vista de forma negativa, uma vez que o design atualmente deve ser restrito a produção de produtos de estética apurada. IV. Os conceitos que são atribuídos ao design contemporâneo estão estruturados em atributos de acordo com as funções do design, que podem ser pela carência de criação de inovação, entre outros. V. Não há limites para o design, pois ele se tornou popular em todas as áreas. Contudo, o design na contemporaneidade é responsável pelo consumismo incorporado pelo capitalismo. Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta (s). • I e III. • II e V. • I e II. • II, III e IV. • I, IV e V. Analise o excerto a seguir. “Os anos 1990 também registraram a internacionalização do design brasileiro. (...) os Irmãos Campana tiveram seus produtos fabricados e comercializados por grandes marcas internacionais, bem como passaram a ter seus produtos expostos em museus, galerias e feiras de design. (...) Um aspecto que vai além do destaque desses profissionais é o fato de que os produtos criados e desenvolvidos por eles atuam na relação design, arte, artesanato”. MOURA, M. Design contemporâneo: poéticas da diversidade no cotidiano. In: FIORIN, E, LANDIM, PC, and LEOTE, RS., (orgs.) Arte-ciência: processos criativos. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, p. 61-80, 2015. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/jhfsj/pdf/fiorin-9788579836244-05.pdf>. Acesso em: 17/01/2019. O texto aponta os Irmãos Campana como precursores de uma nova relação entre o design, a arte e o artesanato, a partir dos anos de 1990. Eles conquistaram o mundo com o estilo que criaram, pois grandes marcas internacionais passaram a fabricar e comercializar seus produtos. Estes produtos também conquistaram espaço em museus, galerias e feiras de design. Considerando as mudanças nomundo contemporâneo, especialmente no Brasil, assinale a alternativa correta. • Os produtos criados e desenvolvidos por pelos Irmãos Campana mudaram a relação do design, arte e artesanato, dando liberdade e simplificando os processos - qualquer pessoa pode fazer design. • Os produtos dos Irmãos Campana se tornaram muito populares e conhecidos em todo mundo, dispensando a participação em museus, porque seriam comercializados por grandes marcas internacionais. • A produção nacional deixou de ser restrita às grandes metrópoles, pois o trabalho dos Irmãos Campana gerou um novo estilo que envolve o design com o artesanato. • O elo entre o design, a arte e o artesanato surgiu a partir dos anos de 1990, somente porque os Irmãos Campana criaram um estilo que envolve essas áreas, sem muito acabamento e sem precisar de tecnologia. • A partir do trabalho Irmãos Campana, os trabalhos de outros brasileiros passaram a ser inseridos em exposições, coleções e acervos de importantes museus de arte e de design internacionais. Há uma relação entre o vestuário à importância do automóvel para o brasileiro, nos anos 1960. Por ser considerado uma extensão do próprio corpo, o carro também carrega em si a beleza e o glamour, que são motivos de observação da sociedade. Nesse sentido, quanto mais caro for o modelo do carro, maior o bom gosto e o status de quem o adquire (LUCHEZI, 2016). LUCHEZI, T. F. O Automóvel como Símbolo da Sociedade Contemporânea. Anais do VI Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul. Caxias do Sul: Universidade de Caxias do Sul, 2016. A autora se refere ao início da fabricação dos primeiros automóveis brasileiros. As propagandas em veículos de comunicação impressos exploravam o paralelo entre o carro e a moda, isto é, sob a ótica da época, a aquisição do carro só acontecia para indivíduos de bom gosto. A figura a seguir é uma maneira clássica de representar esse tipo de propaganda: Figura I - Propaganda da montadora Aero-Willys em Revista, 1961. Fonte: Revista Quatro Rodas, 1961 apud LUCHEZI, 2016, p. 6. Além do contexto imagético exposto na imagem, a propaganda destaca: “Noite de elegância...ambientes de bom gosto. E seu Aero-Willys - distinto, sóbrio, de linhas clássicas -acompanhando o sucesso de suas reuniões sociais”. Considere as assertivas a seguir. I. A propaganda da época para essa marca associava a moda, o sucesso e as conquistas como “atributos” do veículo. II. Pela imagem da propaganda, o carro e a mulher estão associados ao sucesso nas noites e nas reuniões sociais da época. III. O carro é o elemento que não pode faltar na vida das pessoas. Elas só terão sucesso em suas reuniões sociais ao lado dele. IV. Há um excesso de atributos condicionados ao carro. A pessoa deveria pensar que o carro, além de elegante, era sóbrio e distinto. V. Esse tipo de propaganda permanece até os dias atuais, é moda. O carro como objeto de desejo é desenvolvido por designers da época. VI. O veículo Aero-Willys era moda e o melhor veículo dos anos 1960. Por isso, a propaganda enaltece a imagem e status dignos do veículo. Assinale a alternativa que apresenta a(s) assertiva(s) correta (s). • I e II. • I, II e IV. • I, III e VI. • I, II, V e VI. • I, IV e V. Hoje em dia percebe-se o design como fruto de três grandes processos históricos conseqüentes da Revolução Industrial. O primeiro deles é a industrialização, com a reorganização das fábricas e um leque cada vez maior de produtos produzidos. Esse desenvolvimento industrial atraiu a população rural para as cidades com o intuito de trabalhar como operários, ampliando a concentração de população em grandes metrópoles o que culminou no segundo processo: a urbanização moderna. O terceiro pode ser chamado de globalização, ou seja, a integração de redes de comércio, de comunicação, de transportes etc. (CARDOSO, 2008). CARDOSO, R. Uma introdução à história do design., 3. ed. São Paulo: Editora Blucher, 2008. Perante as reflexões de Cardoso, assinale a alternativa correta sobre o design na atualidade. • Encontra-se livre para atuar com todas as áreas pela urbanização. • Carrega uma história da industrialização e a hibernação. • Busca uma perspectiva de atuação em redes pelo capitalismo. • Atua como mediador de todas as áreas pela satisfação. • Está integrado a todas as demais áreas pela globalização. Há muito tempo os calçados deixaram de ser apenas um produto para proteção dos pés. Os sapatos ganharam atributos simbólicos e estéticos, se transformando em um item que informa e insere uma pessoa em um contexto. Segundo Mourão (2018) “no tempo de Napoleão I manteve-se a moda do século anterior, mas os homens passaram a usar botas de cano longo. Luís Filipe, em seu reinado, passou a usar os sapatos e botinas de elástico, e a bota de verniz era escondida pela calça. Recentemente, no Brasil, as chinelas bordadas das baianas se tornaram uma característica do povo. Hoje, mais comum o uso dos chinelos coloridos de borracha” (MOURÃO, 2018, p. 5) MOURÃO, N. M. Design afetivo e sustentabilidade: estímulo social aos pés da humanidade. In: Anais [do] ENSUS 2018 - V “Encontro de Sustentabilidade em Projeto”, Vol. III, Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, p. 453-463, 2018. Podemos deduzir que, na atualidade, produtos como os calcados, ganharam atributos simbólicos e estéticos. Sendo assim, assinale a alternativa correta. • O objeto participa da vida do usuário conquistando significação. • Sapatos são objetos fundamentais, por isso não se deve apegar. • Usar chinelos no Brasil virou moda, mas é somente por status. • O status em calçados é um fato histórico somente para a elite. • Os sapatos fazem parte da vida humana e perdem valor com o tempo. Dentro do campo do design, destaca-se o automóvel como produto emblemático na história dos objetos, evoluindo tanto como veículo de transporte como produto de consumo. Nos anos de 1930, teriam se constituído na era dos automóveis criados para o transporte de massas, quando a comodidade no manejo do carro e seu perfeito funcionamento eram seus principais objetivos. A ideia de Adolf Hitler era que cada alemão teria um Volkswagen na sua garagem, seria um sonho. Ele “não parecia levar em conta considerações de mercado em relação aos desejos dos consumidores - mais subjetivos e talvez conceituais - e sim a simples satisfação de uma necessidade básica de transporte individual” (BRANDÃO, 2011, p. 43) BRANDÃO, R. L. O automóvel no Brasil entre 1955 e 1961: a intervenção de ovos imaginários na Era JK. Dissertação (mestrado) Juiz de Fora: UFJF, 2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/ppghistoria/files/2011/01/Ramon-de-Lima-Brand%C3%A3o.pdf >. Acesso em: 18/01/2019. Considere as assertivas a seguir. I. Os automóveis são também bens de consumo e suas vendas estão diretamente ligadas à sua estética, história e seu nome, confirmando a relevância da relação entre o capitalismo e o design. II. Durante a Segunda Guerra Mundial foi possível se obter grandes avanços na área do design devido à extensa escassez de materiais e mão de obra especializada. III. Os automóveis são meios de transporte e o design atua apenas em sua fabricação, uma vez que as formas dos veículos influenciam nos aspectos de velocidade e consumo de combustível. IV. Adolf Hitler sonhava que cada alemão teria um Volkswagen na sua garagem, porque ele queria implantar o consumismo na cultura alemã, a partir da compra de carros. V. Hitler acreditava que havia mercado em relação aos desejos dos consumidores e por isso qualquer pessoa poderia ter um carro, com bom desempenho e design. Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta (s). • II, III e V. • II, IV e V. • I, apenas. • I e III. • I e II. A crescente utilização dos smartphones e o acesso a rede de internet móvel, fez com que os geoapps entrassem na vida das pessoasde modo a potencializá-la. Os resultados mostram as facilidades proporcionadas pelo uso de geoapps em determinados contextos como: mobilidade, esporte, relacionamento, negócios, entretenimento e cidadania (SILVA; URSSI, 2015). SILVA, R. J.; URSSI, N. J. UrbX - como os aplicativos móveis potencializam a vida urbana. Iniciação - Revista de Iniciação Científica, Tecnológica e Artística. Vol. 5, n. 1, São Paulo: Centro Universitário Senac, 2015. Um exemplo dos aplicativos a serviço da sociedade é o portal “Caminhos da Favela", que torna visíveis as condições de vida em mais de 20 bairros segregados da Cidade de Buenos Aires, trazendo a seus 275 mil habitantes uma ferramenta de diagnóstico comunitário das diferentes prestações de serviços e monitoramento e controle das obras públicas (FFB, 2018) FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL. Caminhos da Favela (Caminos de la Villa - Argentina). Fundação Banco do Brasil, 16 mar. 2018. Disponível em: <http://tecnologiasocial.fbb.org.br/tecnologiasocial/banco-de-tecnologias- sociais/pesquisar-tecnologias/detalhar-tecnologia-741.htm>. Acesso em: 18/01/2019. Pensando no design para o futuro, assinale a alternativa correta sobre o uso de aplicativos. • “Caminhos da Favela” é um aplicativo que busca resolver questões sociais de favelas da Argentina, mas não podem ser aplicados nas comunidades no Brasil. • Como políticas públicas, os aplicativos resolvem questões sociais como: mobilidade, esporte, relacionamento, negócios, entretenimento e cidadania. • Os aplicativos estão em processo de expansão atendendo a diversas áreas, como solução de problemas sociais com a participação do design. • Os aparelhos smartphones são os melhores para uso de aplicativos. Assim, são recomendados pelos designers para desenvolvimento de projetos. • As pessoas usam os aplicativos por diversão e por isso eles estão na moda. É uma atividade que demanda atuação do design social sem perspectivas futuras.
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