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Profa. Ma. Priscila Zinczynszyn UNIDADE III Gerenciamento de Serviços Jurídicos 5.1 A profissão do advogado Nesta unidade estudaremos a profissão do advogado, a atividade jurisdicional em sua atuação profissional como serviço essencial à promoção de justiça e a sua administração. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC No Estatuto da Ordem dos Advogados definem-se importantes características para o exercício da advocacia, senão vejamos: a) A indispensabilidade da advocacia para a manutenção da ordem pública; b) A relevância social da advocacia como instrumento garantidor e efetivador do exercício da cidadania; c) A função social da advocacia para a sociedade no exercício de sua função jurisdicional; d) A independência e a inviolabilidade do advogado no exercício profissional. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Somente com a inscrição na OAB será possível desenvolver o exercício da advocacia. O curso de Direito forma o Bacharel em Direito e, para que ele se torne advogado, será necessário que preste o Exame da Ordem e somente se for aprovado nesse exame é que poderá exercer a profissão de advogado. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi criada em 18 de novembro de 1930. Trata-se de uma autarquia dotada de personalidade jurídica cuja atividade é de natureza disciplinar e seletiva em todo território nacional. São órgãos da OAB: a) O Conselho Federal; b) Os Conselhos Regionais; c) As Subseções; d) Caixas de Assistência dos Advogados. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Dentre as finalidades da Ordem dos Advogados do Brasil estão: a) A defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado democrático de direito, dos direitos humanos e da justiça social; b) A luta pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; e c) A promoção, com exclusividade, da representação, da defesa, da seleção e da disciplina dos advogados em toda República Federativa do Brasil. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários “Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.” Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC https://joaopedrodapaz.wordpress.com/2017/12/26/a-constituicao-federal/ O que significa ser “indispensável à administração da justiça”? Significa que o advogado é o profissional que constitui um elo necessário entre o Poder Judiciário e o cidadão, e que esse vínculo é indispensável para a efetivação da justiça e para o aperfeiçoamento do Estado Democrático de Direito. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários A atividade do advogado consiste não só no zelo e na militância constante pela efetivação da justiça, mas também serve de via condutora para o acesso a uma ordem justa. A Lei n. 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB), disciplina o exercício profissional da advocacia e estabelece no seu art. 1º as atividades privativas do advogado, a saber: I. A postulação a órgão do Poder Judiciário e aos Juizados especiais; e II. As atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Em regra, não é permitido ao indivíduo postular em juízo, sem a assistência de um advogado, entretanto existem exceções. A Lei n. 9.099/95 (art. 9º) estabelece que nas causas cujo valor alcance até vinte salários- mínimos, as partes devem comparecer pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado, sendo a assistência do advogado obrigatória apenas nos processos acima desse valor. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Outra exceção é a do artigo 1º, da Lei n. 8.906/1994, que, no seu parágrafo primeiro, dispõe que a impetraçāo de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal não é atividade privativa de advocacia. O habeas corpus é um instrumento processual de ordem constitucional com previsão no art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal de 1988. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND A Consolidação das Leis do Trabalho (Dec. Lei n. 5.452/1943) traz outra exceção à assistência das partes por advogado (art. 791): “Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final”. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC O advogado desempenha um papel fundamental para a formação da sociedade. Dada a sua vocação jurídica, o advogado deve ter no Direito o meio para superar as desigualdades, devendo perseguir incansavelmente a solução mais justa. A lei é o instrumento de trabalho do advogado, pois postula pela salvaguarda dos direitos e da garantia do tratamento isonômico. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Havendo aprovação no Exame da Ordem, procede-se à inscrição na OAB e recebimento do documento de identidade profissional (a carteira da ordem) de uso obrigatório no exercício da profissão. Frise-se que para a inscrição na OAB é necessário segundo o art. 8º, do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) (Lei n. 8.906/94): Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários “Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: I. Capacidade civil; II. Diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; III. Título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV. Aprovação em Exame de Ordem; V. Não exercer atividade incompatível com a advocacia; VI. Idoneidade moral; VII. Prestar compromisso perante o conselho.” Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Você sabia que o Estatuto da Advocacia e da OAB dispõem sobre a responsabilidade do advogado? Vejamos: “Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Parágrafo único. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria.” Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo as causas sob seu patrocínio. Entender que as dificuldades se tornam insuperáveis pela inércia de seu cliente quanto às providências que lhe tenham sido solicitadas, o Estatuto da Ordem dos Advogados recomenda que o advogado renuncie ao mandato e nunca deixe em abandono o seu cliente (art. 5º). Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY Assinale a alternativa incorreta a respeito das características para o exercício da advocacia. a) A indispensabilidade da advocacia para a manutenção da ordem pública. b) A relevância social da advocacia como instrumento garantidor e efetivador do exercício da cidadania. c) A função social da advocacia para a sociedade no exercício de sua função jurisdicional. d) A independência e a inviolabilidade doadvogado no exercício profissional. e) Sem a inscrição na OAB será possível desenvolver o exercício da advocacia. Interatividade Resposta Assinale a alternativa incorreta a respeito das características para o exercício da advocacia. a) A indispensabilidade da advocacia para a manutenção da ordem pública. b) A relevância social da advocacia como instrumento garantidor e efetivador do exercício da cidadania. c) A função social da advocacia para a sociedade no exercício de sua função jurisdicional. d) A independência e a inviolabilidade do advogado no exercício profissional. e) Sem a inscrição na OAB será possível desenvolver o exercício da advocacia. 5.1.2 Assessoria e consultoria jurídica Entre as áreas de atuação do advogado estão a consultoria e a assessoria jurídica (ambas atividades privativas do advogado com inscrição ativa na OAB). Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Assessoria jurídica Consiste na gestão jurídica de alinhamento dos objetivos do cliente com a identificação de problemas, o planejamento de ações de controle e o monitoramento em determinado segmento do Direito, além da análise e da mensuração dos riscos envolvidos, sempre na busca de mecanismos jurídicos aptos a adequar a condução da atividade com as exigências legais. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Entre as práticas mais comuns de assessoria jurídica estão: a) Elaboração de contratos pelo advogado e seu acompanhamento junto ao cartório para o procedimento do registro; b) Prevenção de demandas jurídicas; c) Facilitação de mediação e arbitragem; d) Projeção das consequências jurídicas nas tomadas de decisões, entre outros. A assessoria jurídica pode ser: a) no âmbito não contencioso; b) na esfera contenciosa. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Dentre as vantagens da assessoria jurídica na atividade preventiva, podemos citar: Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Consultoria jurídica Destina-se a casos específicos e se completa com um aconselhamento legal ou um parecer, apresentando as possíveis soluções para o cliente. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND 5.1.3 A função social da administração da justiça Estabelece o art. 2º, do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que o advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e das garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social; cumprindo-lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Por administração da justiça, o Estatuto da Advocacia dispõe que a atividade profissional do advogado é a prestação de serviço público, mesmo em seu ministério privado, pois exerce uma função social (art. 2º, § 1º). E o que se entende por função social da atividade jurídica? A advocacia é mais do que um exercício de atividade profissional em si, pois pressupõe que deva ser compatível com os anseios de toda sociedade. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Ao representar os interesses de seu cliente, o advogado deve envidar todos os esforços, dentro da legalidade e da ética profissional, para buscar a decisão mais favorável ao seu representado, mas ao mesmo tempo deve se comprometer com a edificação do direito justo. Estando na investidura de uma função pública, o advogado realiza atos profissionais que constituem um múnus público, ou seja, um encargo inerente à profissão que abraçou e que está vocacionada à administração da justiça. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários A mediação e a conciliação trouxeram um novo paradigma da administração da justiça com vistas a fomentar a atividade jurídica da advocacia para o exercício da atuação compositiva numa função integrativa no exercício da advocacia. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários A busca de uma solução amigável por meio da autonomia das partes envolvidas no conflito foi incentivada pelo Código de Processo Civil de 2015 (Lei n. 13.105). Tanto é assim que esse Código impõe o dever de cooperação nacional para se alcançar a justiça social. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND A respeito da assessoria jurídica, assinale a alternativa incorreta: a) É uma modalidade de prestação de serviço jurídico que consiste na gestão jurídica de alinhamento dos objetivos do cliente com a identificação de problemas. b) Entre as práticas mais comuns de assessoria jurídica está a prevenção de demandas jurídicas. c) Pode ser no âmbito não contencioso quanto na esfera contenciosa. d) Não possui relação com a prática relacionada à facilitação de mediação e arbitragem. e) Dentre as vantagens está a antecipação de riscos. Interatividade Resposta A respeito da assessoria jurídica, assinale a alternativa incorreta: a) É uma modalidade de prestação de serviço jurídico que consiste na gestão jurídica de alinhamento dos objetivos do cliente com a identificação de problemas. b) Entre as práticas mais comuns de assessoria jurídica está a prevenção de demandas jurídicas. c) Pode ser no âmbito não contencioso quanto na esfera contenciosa. d) Não possui relação com a prática relacionada à facilitação de mediação e arbitragem. e) Dentre as vantagens está a antecipação de riscos. 5.1.4 Impedimentos para o exercício da advocacia Não podem exercer a advocacia aqueles que são: a) Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; b) Membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários c) Ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; d) Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; e) Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente à atividade policial de qualquer natureza; f) Militares de qualquer natureza, na ativa; Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários g) Ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; h) Ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA 5.2 As atividades de tabeliães e notários O exercício da atividade notarial e registral pressupõe segurança e independência. De acordo com o art. 236, da Constituição Federal, os serviços notariais e de registro são considerados como de natureza privada, por delegação do Poder Público sob fiscalização do Poder Judiciário. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários 5.2 As atividades de tabeliães e notários O ingresso na atividade de tabelião e notário depende de concursopúblico de provas e títulos. O candidato ao concurso público deverá ter nacionalidade brasileira, capacidade civil, quitação com as obrigações eleitorais e militares, ser bacharel em Direito e demonstrar conduta condigna para o exercício da profissão. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários As competências dos notários e dos tabeliães de acordo com os arts. 6º e 7º, da Lei nº 8.935/1994, são: Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários NOTÁRIOS TABELIÃES DE NOTAS Formalizar juridicamente a vontade da parte Lavrar escritas e procurações Autenticar fatos Lavrar testamentos públicos e aprovar cerrados Lavrar atas notariais Intervir nos atos e nos negócios jurídicos a que as partes devam ou queiram dar forma legal ou autenticidade Reconhecer firmas e autenticar cópias Autorizar a redação ou redigir instrumentos adequados, conservando os originais e expedir cópias fidedignas de seu conteúdo A função cartorária e de registro é de interesse público e de natureza delegatória, significando que essa função se vincula à fiscalização do Estado. O Provimento n. 88/2019 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) dispôs sobre as políticas, os procedimentos e os controles que devem ser adotados pelos notários e pelos registradores visando à prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro, de corrupção, financiamento ao terrorismo, entre outros. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA 5.2.1 O serviço notarial como função social do Estado No exercício notarial da função de registrar as vontades das partes, instrumentaliza- se um documento público e este, por certo, deve estampar a vontade dos envolvidos de forma fidedigna e segura, pois que confere fé pública ao que foi convencionado. A função notarial e de registro está vocacionada aos anseios sociais e se vincula a ditames legais. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Vejamos algumas das obrigações de notários e oficiais de registro no desempenho das suas funções: a) Sigilo profissional; b) Observância das prescrições legais ou normativas; c) Eficiência, urbanidade e presteza; d) Prioridade nas solicitações das autoridades judiciárias e administrativas para a defesa de pessoas das pessoas de direito público em juízo; e) Observância dos emolumentos relativos aos atos de seu ofício; f) Dar recibo dos emolumentos percebidos; Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários g) Observar os prazos legais fixados para a prática dos atos de seus ofícios; h) Fiscalizar o recolhimento de impostos incidentes sobre os atos que pratica; i) Facilitar o acesso aos documentos de pessoas legalmente habilitadas; j) Encaminhar ao juízo competente as dúvidas levantadas pelos interessados; k) Observar normas técnicas estabelecidas pelo juízo competente. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Como colaboradores do Estado e como prestadores de serviço público, aplicam-se aos notários e aos tabeliães, bem como aos oficiais de registro, os princípios constitucionais da Administração Pública elencados no art. 37, da Constituição Federal, quais sejam: Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Assinale a alternativa que aponta os princípios constitucionais da Administração Pública: a) Legalidade, impessoalidade, publicidade, moralidade e eficiência. b) Legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência. c) Legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência. d) Impessoalidade, publicidade, moralidade e eficiência. e) Impessoalidade, publicidade e moralidade. Interatividade Resposta Assinale a alternativa que aponta os princípios constitucionais da Administração Pública: a) Legalidade, impessoalidade, publicidade, moralidade e eficiência. b) Legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência. c) Legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência. d) Impessoalidade, publicidade, moralidade e eficiência. e) Impessoalidade, publicidade e moralidade. 6. Responsabilidade dos atos praticados nas profissões jurídicas 6.1 Responsabilidade e autoridade Entende-se por responsabilidade a obrigação de responder pelos próprios atos ou pelos atos de outros que estão sob a sua tutela. Ser responsável implica em assumir uma atitude de compromisso diante de algo ou de alguém e, por certo, assumir também as consequências pelas ações ou pelas omissões. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Vejamos o esquema a seguir acerca da responsabilidade e da obrigação jurídica: Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários RESPONSABILIDADE DESCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO CONSEQUÊNCIA JURÍDICA Já por autoridade, podemos conceituá-la como o poder de se impor a alguém em razão da posição hierárquica. No âmbito jurídico, a autoridade deriva de um ato de delegação, ou seja, de alguém investido em um poder. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-ND 6.2 A responsabilidade civil dos advogados O advogado, no exercício da profissão, possui independência e liberdade para exercer a atividade de forma prudente e ética. O Estatuto da Advocacia dispõe que o advogado é responsável civilmente pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou com culpa (art. 32). Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC O mandato judicial, ou seja, a procuração judicial que permite ao advogado atuar como representante de seu cliente, faz nascer para a relação jurídica advogado/cliente a responsabilidade contratual. Lembre-se de que a prestação de serviços jurídicos pelo advogado é caracterizada como obrigação de meio e não de resultado. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC Como os advogados são considerados profissionais liberais, aplica-se a eles o art. 186, do Código Civil, como regra básica da responsabilidade civil subjetiva. Pela responsabilidade subjetiva caberá ao advogado provar que não agiu com culpa (negligência, imprudência ou imperícia). Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC ATO ILÍCITO DANOnexo causal (responsabilidade subjetiva) Veja algumas das infrações disciplinares capituladas no art. 34, do Estatuto, e que implicam na responsabilidade civil e penal dos advogados: “Art. 34. Constitui infração disciplinar: (...) V – advogar contra literal disposição em lei, (...) XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa;” Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários “XVIII – solicitar ou receber do constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta; (...) XXVIII– praticar crime infamante; (...)” Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Veja na figura ilustrativa as características estudadas no âmbito da responsabilidade do profissional advogado: Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Advogado Responsabilidade contratual Obrigação de meio (e não de resultado) Responsabilidade por erros graves e comprováveis Responsabilidade subjetiva (aferição de culpa) 6.3 A responsabilidade civil de notários e registradores Veja a figura ilustrativa a seguir no tocante às atividades notariais e de registro e as consequências dessas atividades quanto aos direitos e às obrigações: Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliãese notários SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS CRIAM PRESERVAM MODIFICAM TRANSFORMAM EXTINGUEM ATIVIDADES NOTARIAIS E REGISTRÁRIAS O art. 28, da Lei de Registros Públicos (LRE – Lei n. 6.015/1973), dispõe que, além dos casos expressos em lei, os oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que, pessoalmente ou pelos prepostos ou substitutos que indicarem, causem, por culpa ou dolo, aos interessados no registro. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem reafirmado que o Estado tem responsabilidade civil objetiva para reparar danos causados a terceiros por tabeliães e oficiais de registro no exercício de suas funções cartoriais. A Corte decidiu ainda que o Estado deve ajuizar ação de regresso contra o responsável pelo dano, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa. Unidade III: Atuação legal de advogados, tabeliães e notários Fonte: Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA Assinale a alternativa incorreta. a) Entende-se por responsabilidade a obrigação de responder pelos próprios atos ou pelos atos de outros que estão sob a sua tutela. b) No âmbito jurídico, a autoridade deriva de um ato de delegação, ou seja, de alguém investido em um poder. c) O advogado, no exercício da profissão, possui independência e liberdade para exercer a atividade de forma prudente e ética. d) A prestação de serviços jurídicos pelo advogado é caracterizada como obrigação de resultado. e) Pela responsabilidade subjetiva caberá ao advogado provar que não agiu com culpa. Interatividade Resposta Assinale a alternativa incorreta. a) Entende-se por responsabilidade a obrigação de responder pelos próprios atos ou pelos atos de outros que estão sob a sua tutela. b) No âmbito jurídico, a autoridade deriva de um ato de delegação, ou seja, de alguém investido em um poder. c) O advogado, no exercício da profissão, possui independência e liberdade para exercer a atividade de forma prudente e ética. d) A prestação de serviços jurídicos pelo advogado é caracterizada como obrigação de resultado. e) Pela responsabilidade subjetiva caberá ao advogado provar que não agiu com culpa. ATÉ A PRÓXIMA!
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