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17/03/2015 1 TECNOLOGIA ASSISTIVA Profa. Poliana Penasso Bezerra Fisioterapeuta, Doutora em Ciências – Neurologia pela FMRP/USP DEFINIÇÃO Área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. Comitê de Ajudas Técnicas da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos da Presidência da República, 2007. 17/03/2015 2 Arsenal de recursos e serviços Proporcionam ou ampliam habilidades funcionais de pessoas com algum tipo de deficiência, limitação na atividade e na participação social Promover vida independente e inclusão social RECURSOS E SERVIÇOS RECURSOS: item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. SERVIÇOS: aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos. 17/03/2015 3 CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE E INCAPACIDADE (CIF) Domínio de funcionalidade e incapacidade Fatores contextuais PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS • Terapeuta ocupacional • Fisioterapeutas • Médicos • Enfermeiros • Psicólogos • Fonoaudiólogos • Educadores • Engenheiros • Arquitetos • Assistente social • outros 17/03/2015 4 Importância da prática assistencial integrada e acompanhamento do paciente OBJETIVO • Compensar as capacidades ausentes ou deficientes. Por meio da tecnologia, os usuários administram uma variedade de tarefas da vida diária, participam da vida conforme suas opções e fazem escolhas com base em seus objetivos e papéis desejados. Angelo e Buning (2005) 17/03/2015 5 EQUIPAMENTOS Fatores para que o aparelho assistivo tenha sucesso: • Desempenho humano • Capacidade do aparelho • Tarefas funcionais • Características ambientais Mann e Lane (1997) PROCESSO DE AVALIAÇÃO Etapas no processo de avaliação para indicação de tecnologia assistiva: Ioshimoto e Otsu (2012) 17/03/2015 6 Abandono da tecnologia assistiva: 29,3% completamente abandonados (auxiliares de locomoção maior taxa) Maior durante o primeiro ano e após 5 anos de uso Fatores: falta de consideração da opinião do usuário na seleção aquisição de dispositivo que não resolve problema de forma satisfatória desempenho pobre do dispositivo mudança nas necessidades de uso e nas prioridades CARACTERIZAÇÃO DA TA • Assistiva versus reabilitadora ou educacional • Simples e sofisticada • Recursos versus serviços • Geral versus específica • Comercializada e individualizada Cook e Hussey (2002) 17/03/2015 7 CLASSIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA: • Norma Internacional ISSO 9999:2002 • HEART • Classificação de COOK e HUSSEY • Classificação segundo a Matching Persons and Technology (MPT) • Classificação orientada para o contexto de aplicação segundo a EUSTAT • Produtos e tecnologias segundo a Classificação de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) CATEGORIAS DE TA • Produtos para uso pessoal na vida diária • Produtos para mobilidade e transporte pessoal em ambientes internos e externos • Produtos para a comunicação • Produtos para a educação • Produtos de tecnologia para o trabalho • Produtos de tecnologias para as atividades culturais, recreativas e esportivas • Produtos e tecnologias para a prática religiosa e vida espiritual • Produtos e tecnologias usados em projeto, arquitetura e construção de edifício público e privado 17/03/2015 8 PRODUTOS PARA USO PESSOAL NA VIDA DIÁRIA • Materiais e produtos que favorecem desempenho autônomo e independente em tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em situação de dependência de auxílio, nas atividades como se alimentar, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais. AUXÍLIOS PARA AVDS ALIMENTAÇÃO 17/03/2015 9 17/03/2015 10 17/03/2015 11 AUXÍLIOS PARA AVDS VESTUÁRIO 17/03/2015 12 AUXÍLIOS PARA AVDS HIGIENE E CUIDADOS PESSOAIS 17/03/2015 13 AUXÍLIOS PARA AVDS ADAPTAÇÕES PARA BANHEIRO 17/03/2015 14 • http://www.expansao.com/ 17/03/2015 15 PRODUTOS PARA A COMUNICAÇÃO • Destinada a atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. • Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica (BLISS, PCS e outros), letras ou palavras escritas, são utilizados pelo usuário da CAA para expressar suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos. A alta tecnologia dos vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou o computador com softwares específicos e pranchas dinâmicas em computadores tipo tablets, garantem grande eficiência à função comunicativa. 17/03/2015 16 17/03/2015 17 17/03/2015 18 PRODUTOS PARA EDUCAÇÃO: RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO COMPUTADOR • Conjunto de hardware e software especialmente idealizado para tornar o computador acessível a pessoas com privações sensoriais (visuais e auditivas), intelectuais e motoras. Inclui dispositivos de entrada (mouses, teclados e acionadores diferenciados) e dispositivos de saída (sons, imagens, informações táteis). 17/03/2015 19 17/03/2015 20 AUXÍLIOS PARA QUALIFICAÇÃO DA HABILIDADE VISUAL • São exemplos: Auxílios ópticos, lentes, lupas manuais e lupas eletrônicas; os softwares ampliadores de tela. Material gráfico com texturas e relevos, mapas e gráficos táteis, software OCR em celulares para identificação de texto informativo, etc. 17/03/2015 21 AUXÍLIOS PARA PESSOAS COM DÉFICIT AUDITIVO • Auxílios que incluem vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado-teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil- visual, celular com mensagens escritas e chamadas por vibração, software que favorece a comunicação ao telefone celular transformando em voz o texto digitado no celular e em texto a mensagem falada. Livros, textos e dicionários digitais em língua de sinais. Sistema de legendas (close-caption/subtitles). • http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/vida-e- saude/videos/t/edicoes/v/inclusao-ainda-e-um- grande-desafio-nas-salas-de-aula/4029295/ 17/03/2015 22 PROJETOS ARQUITETÔNICOS PARA ACESSIBILIDADE • Projetos de edificação e urbanismo que garantem acesso, funcionalidade e mobilidade a todas as pessoas, independente de sua condição física e sensorial. Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros, mobiliário entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas. SISTEMAS DE CONTROLE DE AMBIENTE • Através de um controle remoto as pessoas com limitações motoras, podem ligar, desligar e ajustar aparelhos eletroeletrônicos como a luz, o som, televisores, ventiladores, executar a abertura e fechamento de portas e janelas, receber e fazer chamadas telefônicas, acionar sistemas de segurança, entre outros. • Acionadores • Automação residencial 17/03/2015 23 PRÓTESE E ÓRTESE • http://www.ipobrasil.com.br/ • http://www.ottobock.com.br/ 17/03/2015 24 ADEQUAÇÃO POSTURAL • Um projeto de adequação postural diz respeito à seleção de recursos que garantam posturas alinhadas, estáveis, confortáveis e com boa distribuição do peso corporal. 17/03/2015 25 AUXÍLIOS DE MOBILIDADE • A mobilidade pode ser auxiliada por bengalas, muletas, andadores, carrinhos, cadeirasde rodas manuais ou elétricas, scooters e qualquer outro veículo, equipamento ou estratégia utilizada na melhoria da mobilidade pessoal. • http://www.vanzetti.com.br/portal/ • http://www.freedom.ind.br/content/home/index. php 17/03/2015 26 MOBILIDADE EM VEÍCULOS • Acessórios que possibilitam uma pessoa com deficiência física dirigir um automóvel, facilitadores de embarque e desembarque como elevadores para cadeiras de rodas (utilizados nos carros particulares ou de transporte coletivo), rampas para cadeiras de rodas, serviços de autoescola para pessoas com deficiência. ESPORTE E LAZER 17/03/2015 27 DESENHO UNIVERSAL “concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade”. ACESSIBILIDADE “acessibilidade é entendida como as condições para utilização, com segurança e autonomia, total ou asistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida”. 17/03/2015 28 IGUALITÁRIO – equiparação nas possibilidades de uso: o design é útil e comercializável às pessoas com habilidades diferenciadas. ADAPTÁVEL – flexibilidade no uso: o design atende a uma ampla gama de indivíduos, preferências e habilidades. 17/03/2015 29 ÓBVIO – uso simples e intuitivo, fácil compreensão CONHECIDO – captação da informação, o design comunica eficazmente, ao usuário, as informações necessárias. 17/03/2015 30 SEGURO – tolerância ao erro: o design minimiza o risco e as consequências adversas de ações involuntárias ou imprevistas. SEM ESFORÇO – mínimo esforço físico para ser utilizado de forma eficiente e confortável 17/03/2015 31 ABRANGENTE – dimensão e espaço para uso e interação O conceito de Desenho Universal é importante para discussão sobre Tecnologia Assistiva, porque fomenta a ideia de que as realidades, ambientes, recursos, etc., na sociedade humana, devem ser concebidos, projetados, com vistas à participação mais ampla, utilização e acesso de todas as pessoas com ou sem deficiências ou condições limitadoras da funcionalidade. Realidade de cidadania, de equiparação de oportunidades e de sociedade inclusiva. 17/03/2015 32 Contato E-mail: poliana.bezerra@ufsc.br Telefone: 37216252 (NUPEDS)
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