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Módulo 4 Financiamento da assistência social

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1Módulo
Planejamento e Organização
Pessoal no Trabalho
Desenvolvimento PessoalPolíticas Públicas Setorias
Políticas Públicas 
e Assistência Social 
4Módulo
Enap, 2021
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
Conteudista/s 
Mariana de Sousa Machado Neris (Conteudista, 2021).
1. Principais programas da assistência social ...................................................... 5
2. Benefícios da assistência social ....................................................................... 13
Referências ............................................................................................................. 22
Sumário
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 5
 Módulo
Financiamento da
assistência social4
1. Principais programas da assistência social
Objetivo de aprendizagem 
Ao final desta unidade, você será capaz de identificar os mecanismos de repasses 
de recursos federais.
Olá, Prefeito! Olá, Prefeita! Vamos conversar sobre como se financia o Sistema 
Único de Assistência Social (SUAS) e quais as formas de acesso a recursos para o 
seu município? Para começar, assista ao vídeo a seguir:
Vídeo 5 - Formas de financiamento da assistência social: repasses continuados ou 
eventuais
 https://cdn.evg.gov.br/cursos/490_EVG/videos/modulo04_video05.mp4
Sabia que, além das parcerias que uma entidade privada realiza 
com o poder público, ela também pode ser indiretamente 
financiada pelo governo federal? Esse financiamento indireto 
decorre das isenções de impostos às organizações da sociedade 
civil que possuem o CEBAS, que também constitui uma forma 
de financiamento, já que a RFB deixa de arrecadar essas taxas 
das organizações. Portanto, fortaleça a rede de ofertas públicas 
e privadas de seu município com a perspectiva de que essas 
unidades ofereçam à população que mais precisa um atendimento 
de qualidade.
Os impactos do CPF (Conselho, Plano e Fundo) no recebimento de 
recursos federais
Costumamos mencionar que, na assistência social, existem dois tipos de CPF 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/490_EVG/videos/modulo04_video05.mp4
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
distintos. O primeiro e mais importante é o CPF do prefeito ou gestor da assistência 
social, referente ao número de registro individual perante a Receita Federal, que 
todo contribuinte individual dispõe. Em cada cidade, estado e no Distrito Federal, 
é necessário que uma pessoa física, em geral um servidor público de alto nível de 
decisão, como o Prefeito ou o Secretário com poder de delegação para exercer 
essa autoridade local, assuma a responsabilidade pela execução orçamentária e 
financeira das contas do seu município. Esse servidor fica responsável por gerir os 
recursos transferidos da União (ou, no caso de municípios, também se conta com 
as transferências de estados e Distrito Federal) e promover a correta prestação de 
contas perante os órgãos de fiscalização.
O segundo CPF é o que sintetiza as iniciais dos elementos que compõem o tripé das 
transferências de recursos: Conselho, Plano e Fundo. De acordo com a LOAS, Lei nº 
8.742/1993, é condição para o repasse de recursos a existência desse conjunto no 
município, estado e Distrito Federal
O parágrafo único da lei reforça que ainda é condição de repasse de recursos a 
comprovação da existência de dotação orçamentária própria, que consiste em 
aprovação de recursos municipais designados para a política de assistência social 
local, provenientes da Fonte 100.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 7
A Fonte 100 tem como origem principal a arrecadação de 
impostos e transferências constitucionais, cuja destinação, salvo 
as vinculações constitucionais, é o repasse aos outros poderes 
(duodécimos) e órgãos, folha de pagamento, transferências 
constitucionais a municípios, serviço da dívida, custeio dos órgãos 
do poder executivo, contrapartida de convênios, entre outras.
Ressalte-se o seguinte: o Conselho de Assistência Social deve estar em pleno 
funcionamento, mas não somente isso, a composição deve ser paritária entre 
governo e sociedade civil. O Conselho participa da execução do Plano e o aprova. 
O Fundo de Assistência Social precisa dispor de uma unidade orçamentária que seja 
capaz de gerir adequadamente os recursos, cumprir os prazos de apresentação de 
planejamento, de relatórios, de prestar contas. É necessário um marco normativo 
de criação do Fundo de Assistência Social que preveja a alocação orçamentária 
e a destinação de recursos próprios diretamente no Fundo de Assistência Social, 
consignados exclusivamente à assistência social. Essa lei municipal deve prever a 
existência de uma unidade orçamentária específica para o Fundo, que contemplará 
os recursos destinados aos serviços, às ações, aos programas, aos projetos e 
benefícios de assistência social.
Para mais informações sobre o funcionamento do Fundo de 
Assistência Social e demais normativos que estruturam a 
atividade orçamentária no SUAS, acesse o blog do FNAS. 
O Plano de Assistência Social é um instrumento norteador de metas e ações que 
serão desenvolvidas e realizadas em âmbito local pelo período de um ano, conforme 
estabelece a NOB SUAS 2012. Esse plano deve prever as ações a serem realizadas 
de forma direta pelo poder público, as parcerias com organizações e entidades da 
sociedade civil e as ações a serem integradas com outros setores e políticas públicas, 
sempre convergindo para as necessidades específicas de famílias e indivíduos em 
vulnerabilidade.
Agora, para que se atinjam os fatores de vulnerabilidade, o Plano precisa de um 
bom diagnóstico socioterritorial, pois é dali que serão definidas as prioridades de 
intervenção do município. São componentes básicos do Plano de Ação Municipal 
(2008):
http://blog.mds.gov.br/fnas/
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• conhecimento da realidade (estudos e diagnósticos);
• Let go of expectation. You’ve done your best to prepare. Now, let go. There’s no 
mapeamento e cobertura da rede prestadora de serviços;
• objetivos;
• diretrizes e prioridades
• metas e previsão de custos;
• financiamento;
• monitoramento e avaliação.
Para elaboração do Plano de Ação de seu município, acesse a 
cartilha do Ministério da Cidadania. Observe que a exigência de 
estruturação dos municípios como condição para recebimento 
de recursos públicos existe há mais de 25 anos. No entanto, 
embora a maioria dos municípios possua Conselho, Plano e 
Fundo, nem todos dispõem dessa estrutura ou não preenchem 
adequadamente a qualificação. Por exemplo, não pode haver 
conselho que seja composto apenas de sociedade civil ou governo, 
ou que seja composto de forma desigual em representação. 
O conselho deve ter a mesma quantidade de representantes 
governamentais e não governamentais, para assegurar o 
equilíbrio da paridade nas decisões que impactam a assistência 
social. O fundo de assistência social, por sua vez, deve consolidar 
e unificar as transferências.
Recentemente, o Ministério da Cidadania divulgou a Portaria nº 
109, de 22 de janeiro de 2020, em que estabelece um cronograma 
para cumprimento dessas condições, sob o risco de repercutir 
em suspensão de repasses continuados. 
Acesse também a Portaria nº 109, de 22 de janeiro de 2020, 
e assista ao vídeo institucional que trata da importância do 
Conselho, Plano e Fundo na Assistência Social.
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/SUAS_Vol3_planos.pdf
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/SUAS_Vol3_planos.pdf
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-109-de-22-de-janeiro-de-2020-239403712
http://blog.mds.gov.br/redesuas/artigo-30-da-loas/
Enap Fundação Escola Nacional de AdministraçãoPública 9
Cofinanciamento compartilhado entre os entes 
Costumamos dizer que o custeio do SUAS é cofinanciado. Isso significa que 
a responsabilidade do financiamento é compartilhada entre União, estados, 
municípios e Distrito Federal. Esse regime de cooperação é baseado na diretriz da 
primazia do estado na execução do SUAS, definido em lei, por meio da distribuição 
de competências de cada ente. Porém, é necessário que cada esfera da federação 
atue de forma a cumprir essa obrigação de financiar o SUAS, dispondo de previsão 
orçamentária para isso.
A União deve assegurar recursos para o custeio do Benefício de 
Prestação Continuada (BPC), para os programas nacionais e para 
o cofinanciamento de serviços e projetos. Os estados devem 
cofinanciar serviços, programas, projetos e benefícios eventuais 
no seu território de abrangência, assim como os municípios e DF. 
Os critérios de distribuição de recursos para cada município, 
estado ou DF, também conhecidos como critérios de partilha, são 
definidos da seguinte maneira:
- Governo federal realiza um diagnóstico socioassistencial 
e apresenta sugestões de planejamento da expansão do 
cofinanciamento federal para novas adesões, atualização de 
valores ou mesmo redistribuição de metas, em conformidade 
com os demais planos e pactos (PPA, Plano Decenal, Pacto de 
Aprimoramento da Gestão, Plano de Erradicação do Trabalho 
Infantil, entre outros);
- Comissão Intergestores Tripartite (CIT) debate as prioridades 
nacionais e regionais, propondo um pacto de gestão que aponte 
ao Conselho critérios de partilha de recursos para adesão 
voluntária de município, DF ou estado;
Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) aprecia, analisa, 
discute e aprova o critério de partilha e as prioridades de gasto.
 
- Governo federal disponibiliza relação dos entes federados 
que se enquadram nos critérios, divulga, disponibiliza a adesão 
voluntária, consolida as manifestações e inicia o cofinanciamento.
- É importante destacar que essas oportunidades de adesão 
dependem da disponibilidade orçamentária e financeira da 
União, o que é oportunamente divulgado no site do Ministério da 
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Cidadania. Portanto, ainda que o gestor local acione o governo 
federal para que este disponibilize recursos para a manutenção 
de serviços, isso não seria possível sem um rito ordinário.
A modalidade de transferência de recursos prevista na legislação é a transferência 
fundo a fundo, ou seja, o recurso sai da União por meio de uma ordem bancária 
emitida pelo Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) em favor do respectivo 
fundo de assistência social, para a cobertura de um serviço ou programa. Não 
há intermediários. A regularidade desse repasse “automático” para apoio ao 
financiamento das ofertas do SUAS obedece aos critérios de partilha definidos 
previamente e da disponibilidade orçamentária do governo federal para que isso 
ocorra. Os recursos estaduais destinados aos municípios também devem seguir 
esse rito de transferência fundo a fundo. 
As parcerias com entidades socioassistenciais que realizam serviços ou programas 
continuados também podem ser contempladas com recursos federais, porém 
não há transferência direta da União para as entidades. Para que um serviço, 
programa de assessoramento ou projeto executado de forma indireta por entidade 
socioassistencial receba recursos federais, é necessário que:
1) o município disponha de Conselho de Assistência Social, Plano de Assistência 
Social e Fundo de Assistência Social;
2) a oferta a ser executada pela entidade seja inscrita no Conselho Municipal de 
Assistência Social;
3) a Secretaria Municipal de Assistência Social realize um termo de parceria com a 
entidade para a prestação daquele serviço ou programa;
4) o governo federal repasse via FNAS ao FMAS os recursos destinados à atividade 
específica, em conformidade com as regras de partilha pactuadas pela CIT e 
aprovadas pelo CNAS, e de acordo com a disponibilidade financeira;
5) os recursos recebidos pelo FMAS sejam direcionados às entidades prestadoras 
do serviço, programa ou projeto.
Além das transferências para os serviços continuados, é importante lembrar que o 
governo federal também apoia projetos financiados por recursos provenientes de 
emendas parlamentares. Essas iniciativas seguem outro rito, por serem transferências 
voluntárias discricionárias que estão sob governabilidade dos parlamentares. Para 
que um município receba recursos de emendas parlamentares, é necessário que:
• o deputado federal ou o senador apresente uma indicação de recursos para o 
município;
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 11
• o município disponha de CPF (Conselho, Plano e Fundo) para receber recursos;
• a secretaria de assistência social preencha as prerrogativas no sistema informatizado 
de convênios (Siconv ou Sigtv);
• o governo federal promova a transferência fundo a fundo.
Esses projetos seguem uma lógica de complementaridade e de estruturação 
dos serviços no município. São exemplos de objetos financiados por emendas 
parlamentares: a construção de um Centro de Referência da Assistência Social; 
a aquisição de um veículo adaptado para um Centro de Referência Especializado 
da Assistência Social (CREAS); reforma na Instituição de Longa Permanência (ILPI); 
aquisição de materiais de consumo para o Serviço de Convivência e Fortalecimento 
de Vínculos (SCFV), entre outros.
Mesmo que o financiamento no SUAS seja compartilhado, ainda 
pesa sobre os municípios a responsabilidade pela manutenção dos 
serviços. É necessário que os demais entes federados, sobretudo 
os estados e o DF, ampliem suas formas de financiamento em 
apoio à manutenção das ofertas em âmbito municipal. 
É importante lembrar que o compartilhamento dos entes na 
assistência social extrapola os repasses: também é necessário 
que a União e os Estados prestem apoio técnico de forma a apoiar 
os municípios na correta execução orçamentária e financeira.
Repasses eventuais em situações de emergência ou calamidades 
públicas
E as emergências? Como lidar em uma situação calamitosa? De fato, no SUAS, é 
necessário que as ações sejam planejadas e organizadas com previsibilidade 
de recursos e metas predefinidas. Mas é verdade que há situações excepcionais 
que não são possíveis de planejamento. São as intempéries da vida, os desastres 
naturais, os acidentes ambientais, entre outros, que agravam a vulnerabilidade e 
expõem a riscos de morte famílias e indivíduos nos territórios. Para situações como 
essas, a assistência social prevê um serviço que pode ser executado no atendimento 
das necessidades básicas de sobrevivência nos territórios atingidos.
O Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e 
de Emergências é tipificado pelo CNAS por meio da Resolução 
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
nº 109, de 2009, regulamentado pela Portaria MDS nº 90/2013. 
Essa modalidade de serviço de proteção social especial de 
alta complexidade deve ser executada sempre que houver a 
necessidade de adoção de medidas imediatas, imprevisíveis e 
focalizadas no atendimento decorrente do evento que gerou a 
desproteção.
Isso quer dizer que se espera que haja um planejamento com 
início, meio e fim para que ocorra uma ação integrada entre várias 
políticas públicas, organizações da sociedade civil, voluntários 
para atender a uma situação grave e urgente, mas que não 
tende a ser uma ação continuada. Por exemplo, numa enchente 
em que há dezenas de famílias desabrigadas ou desalojadas, é 
possível implantar abrigos emergenciais para acolher as famílias 
pelo período em que não podem estar em suas residências. Após 
superada a situação de emergência, as famílias retornam, os 
abrigos são desativados e cessa a provisão.
Caso o seu município vivencie uma emergência ou calamidade pública, caberá à 
defesa civil municipal dispor de orientações e recomendações para apoiar na gestão 
desse desastre.
É a DefesaCivil quem coordena, por meio do Sistema Nacional de 
Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), o gerenciamento de desastres. 
De forma complementar e integrada ao Sinpdec, a assistência 
social poderá atuar da seguinte maneira:
- Realização de apoio técnico e financeiro para o atendimento 
complementar da situação de emergência ou calamidade pública.
- Em havendo famílias ou indivíduos beneficiários do Programa 
Bolsa Família, é possível que o município, por meio da Secretaria 
que faz a gestão do Programa, solicite ao Ministério da Cidadania 
a antecipação do calendário de depósito dos benefícios. Assim, 
as próprias famílias poderão se organizar com as necessidades 
imediatas que lhes sejam prioritárias. 
- Nas situações reconhecidas pelo Ministério do Desenvolvimento 
Regional como Estado de Calamidade Pública (ECP), são 
disponibilizadas, de forma excepcional, mediante solicitação do 
gestor municipal de assistência social, as medidas especiais de 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 13
antecipação de parcelas do Benefício de Prestação Continuada 
(BPC). Essa medida não se aplica à modalidade de reconhecimento 
de Situação de Emergência (SE).
- O Sistema Nacional de Proteção de Proteção e Defesa Civil 
(Sinpdec) dispõe de outras modalidades de apoio ao município, 
em contextos de emergência. Para saber mais detalhes, clique 
aqui. E para acessar informações sobre o Serviço de Proteção em 
Situações de Calamidades Públicas ou Emergências, clique aqui. 
2. Execução físico-financeira de serviços, 
programas e projetos socioassistenciais
Objetivo de aprendizagem 
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer os instrumentos de 
registros e de demonstrativos das execuções de serviços, programas e projetos 
socioassistenciais.
Vamos diretamente ao ponto principal: a execução de recursos em seu município. 
Essa talvez seja a preocupação predominante para a maior parte dos gestores: 
demonstrar ao final do seu mandato se foi um bom gestor ou não. E esse “certificado” 
acontece pelo retorno que a população terá por meio das entregas diretas, mas 
também pela forma como os órgãos de controle receberão os seus relatórios e 
comprovantes de gastos. Isso pode definir o seu presente e o seu futuro, sua carreira 
política e de gestão. Portanto, é fundamental que você tenha em perspectiva noções 
gerais sobre a gestão orçamentária e financeira no campo socioassistencial e que 
conheça os sistemas informatizados do governo federal que dão suporte a essas 
atividades. Vamos lá?
Noções de gestão orçamentária e financeira no campo 
socioassistencial
 Entenda agora como o conhecimento básico sobre gestão orçamentária e financeira 
poderá auxiliar no dia a dia da sua gestão. E outra: saiba como aproveitar essa 
oportunidade para avançar na melhoria da execução dos recursos, como conseguir 
novos recursos e como não perder o que já está assegurado.
 O primeiro conceito importante para se ter em mente é o de orçamento público. 
O orçamento público é um instrumento estratégico de planejamento das ações 
do Estado que os governos usam para organizarem seus recursos financeiros. 
Existe uma lei constitucionalmente prevista que estima a receita e fixa despesa 
https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/protecao-e-defesa-civil/sinpdec
https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/protecao-e-defesa-civil/sinpdec
https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/assistencia-social/servicos-e-programas-1/calamidade-publica
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
para um exercício (Lei Orçamentária Anual). Dessa forma, as despesas só poderão 
ser realizadas se forem previstas ou incorporadas ao orçamento. Ainda que seja 
formalizado por meio de lei, o orçamento público é um instrumento de planejamento 
das ações estatais, de ação política e de intervenção econômica que deve abarcar 
todas as políticas públicas a serem executadas no período de um ano.
 A Constituição Federal de 1988 prevê três instrumentos complementares para 
a elaboração do orçamento público, que são de competência exclusiva do poder 
executivo: o PPA (Plano Plurianual), a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a 
LOA (Lei Orçamentária Anual). Ao Legislativo cabe alterar, por meio de emendas, a 
proposta original ou apenas confirmá-la.
a) Plano Plurianual (PPA)
O PPA deve conter as diretrizes, os objetivos e as metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. Em sua essência, o PPA é um dos principais 
instrumentos de planejamento existente nos entes da federação, 
haja vista que o plano define, por um período de médio prazo 
(quatro anos) programas, projetos e ações do Poder Executivo. 
O Caderno de Gestão Financeira e Orçamentária do SUAS (2013) 
aponta para alguns aspectos relevantes sobre o PPA que merecem 
ser destacados:
deve ser encaminhado o projeto de lei ao legislativo até 31 de 
agosto do primeiro ano de mandato do prefeito, devendo vigorar 
por quatro anos;
deve estabelecer diretrizes, objetivos e metas da administração 
pública para determinadas despesas orçamentárias;
sujeito à sanção do prefeito, após a apreciação e votação no 
Legislativo;
composto de texto da lei e de diversos anexos;
vigora do início do segundo ano do mandato até o final do 
primeiro exercício financeiro, coincidente com o ano civil, do 
mandato subsequente; e
deve ser apreciado pelo Legislativo (Câmara de Vereadores) até o 
final da sessão legislativa de cada ano.
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 15
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve conter as diretrizes 
e metas da administração pública, além de orientar a elaboração 
da Lei Orçamentária Anual. O parágrafo segundo do artigo 165 da 
Constituição Federal define que são conteúdos da LDO:
[...] § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas 
e prioridades da administração pública federal, incluindo as 
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, 
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre 
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
São principais características da LDO:
ser uma lei ordinária com vigência de um exercício;
indicar as metas e prioridades da administração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o próximo exercício 
financeiro;
orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA);
dispor sobre alterações na legislação tributária; 
estabelecer a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento;
c) Lei Orçamentária Anual (LOA)
A Lei Orçamentária Anual (LOA) deve conter a discriminação da 
receita e despesa de forma a evidenciar a política econômico-
financeira e o programa de trabalho do governo, sendo obedecidos 
os princípios de unidade, universalidade e anualidade. Compõem 
a LOA, segundo a Constituição Federal (art. 165, § 5º):
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as 
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou 
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos 
pelo Poder Público.
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
De forma geral, a LOA é o orçamento propriamente dito, que tem 
como principais características:
estimar as receitas e fixar as despesas;
ser uma lei ordinária, cuja validade abrange somente o exercício 
fiscal a que se refere; 
ter como um dos objetivos centrais o cumprimento ano a ano das 
etapas do PPA em consonância com a LDO.
A execução orçamentária inicia-se imediatamenteà aprovação 
da LOA. É necessária uma perfeita contabilização das entradas 
e saídas de recursos por parte da administração pública para 
que seja possível identificar claramente as receitas previstas e 
as despesas autorizadas, facilitando o controle, a fiscalização e a 
avaliação da execução.
Para outras informações sobre a Gestão Orçamentária e 
Financeira do SUAS, acesse o caderno de capacitação do Programa 
CapacitaSUAS.
Concluído o processo orçamentário, em que são previstas as 
receitas e despesas a serem praticadas na assistência social, inicia-
se a execução orçamentária. A execução do orçamento fiscal e 
da seguridade social é realizada em três estágios: empenho, 
liquidação e pagamento. A partir das dotações autorizadas na lei 
orçamentária (dotação inicial mais/menos créditos adicionais), o 
gestor iniciará a execução das despesas por meio do empenho, 
que é a reserva de recursos para uma determinada despesa. 
Empenhada a despesa, é feita a aquisição do bem ou contratação 
do serviço objeto da dotação orçamentária. 
Quando o serviço é prestado ou o bem é entregue, ocorre a 
liquidação da despesa, que consiste na verificação do direito 
adquirido pelo credor junto ao Estado, pela comparação entre o 
que foi contratado e o que foi efetivamente entregue ou realizado. 
Após a liquidação da despesa, é feito o pagamento ao credor pela 
autoridade competente, por meio da emissão de ordem bancária 
ou outro instrumento financeiro. Finaliza-se, assim, a realização 
da despesa.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 17
Blocos de financiamento
Os recursos previstos para a manutenção ou estruturação das ofertas 
socioassistenciais são repassados na lógica de pisos. Pisos são valores mínimos a 
serem transferidos do FNAS para os demais fundos de assistência social, levando 
em consideração os valores previamente pactuados nas instâncias de decisão do 
SUAS, tendo como referência a disponibilidade orçamentária e financeira de cada 
exercício fiscal.
Os pisos compõem os cálculos de repasses de recursos a cada tipo de serviço, 
compondo o respectivo bloco de financiamento. Os blocos de financiamento 
agrupam os repasses destinados à manutenção e estruturação das ofertas 
socioassistenciais transferidas por meio de pisos. Essa lógica foi pensada de forma 
a simplificar a execução dos recursos a partir do conjunto das ofertas de proteção 
social e componentes de gestão. Esse modelo de bloco promove maior flexibilidade 
no gasto do recurso no mesmo nível de proteção. Por exemplo, para todos os 
serviços da proteção social básica haverá apenas uma conta a ser gerenciada, com 
a possibilidade de realocar recursos de um serviço para outro dentro do mesmo 
bloco.
São blocos de financiamento: 
a) Bloco da Proteção Social Básica;
b) Bloco da Proteção Social Especial (engloba a proteção social de média e de alta 
complexidade);
c) Bloco da Gestão do SUAS;
d) Bloco da Gestão do Bolsa Família e do Cadastro Único.
Como demonstrar a execução física e financeira dos serviços 
socioassistenciais, dos programas e dos projetos socioassistenciais
Ah, sim! Esta é a parte que salva o seu CPF! Conhecer os caminhos das pedras 
para não reprovar nas contas públicas. E esse caminho está previsto na NOB 
SUAS 2012 e na Portaria MDS nº 113/2015, que trazem as regras de planejamento, 
execução e prestação de contas na assistência social. Essas normativas destacam os 
procedimentos a serem adotados na execução dos recursos transferidos pela União 
por bloco de financiamento.
A prestação de contas deve ser realizada anualmente diretamente ao Ministério 
da Cidadania, em geral no segundo semestre de cada ano subsequente ao ano de 
exercício da gestão financeira, de maneira informatizada pelo gestor e pelo conselho 
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
municipal, estadual ou do Distrito Federal. Essas informações são registradas no 
SUASWeb (Sistema Nacional de Informações do SUAS).
O Sistema SUASWeb é acessado mediante login e senha com 
perfis específicos para esse acesso ao gestor e ao conselho, 
integrado ao Sistema de Autenticação e Autorização e CadSUAS, 
sistemas gerenciados pelo Ministério da Cidadania. É importante 
destacar que seu preenchimento só pode ser realizado pelos 
administradores titular ou adjunto do estado/município. Esse 
sistema disponibiliza relatórios gerenciais para que você, gestor, 
acompanhe as transferências realizadas pelo Fundo Nacional de 
Assistência Social.
Quer saber mais sobre os sistemas que integram a Rede SUAS? 
Então acesse: http://blog.mds.gov.br/redesuas/sistemas/. 
Por meio do acesso ao SUASWeb, é possível verificar as parcelas pagas referentes aos 
blocos de financiamento e os saldos disponíveis em conta. Isso é importante para 
que seja possível programar ou reprogramar metas no seu município. O SUASWeb 
é o sistema de funcionalidades específico para a gestão do SUAS e compreende 
informações sobre:
• plano de ação: planejamento das ações cofinanciadas;
• demonstrativo sintético de execução físico-financeira: prestação de contas;
• consulta a dados financeiros: contas-correntes, saldos e repasses;
• consulta à base cadastral dos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada 
(BPC). 
Os módulos Plano de Ação e Demonstrativo Sintético são abertos anualmente 
para preenchimento por parte dos gestores e aprovação pelos conselhos de 
assistência social, os quais possuem login e senha individualizados. Esses são os 
dois instrumentos eletrônicos mais importantes para que você, Prefeito, Prefeita, 
registrem as metas físicas e financeiras anuais de seu município perante o governo 
federal.
Plano de Ação
http://blog.mds.gov.br/redesuas/sistemas/
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 19
Segundo dispõe o manual do Plano de Ação, esse instrumento 
eletrônico é a referência adotada pela Secretaria Nacional 
de Assistência Social para processar os pagamentos para os 
municípios. É nesse sistema que são geridas as ordenações de 
pagamento e validação anual das informações necessárias 
ao início ou à continuidade da transferência de recursos do 
cofinanciamento federal dos serviços socioassistenciais. Por 
isso, o Plano de Ação deve estar em consonância com o Plano de 
Assistência Social, pois as metas programadas para as ofertas e 
atividades de gestão precisam estar alinhadas com as prioridades 
de ação definidas no município.
O Ministério da Cidadania orienta sobre o Plano de Ação e os 
prazos para esse registro, podendo gerar sanções de bloqueio 
ou suspensão de repasses, caso o município não conclua o 
preenchimento dentro do período estabelecido. Além disso, o 
Plano de Ação precisa estar aprovado pelo CMAS, que atestará 
as informações tendo por base o Plano Municipal de Assistência 
Social e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Se as informações 
refletirem as metas e diretrizes estabelecidas no PMAS e na LOA, 
o Plano de Ação deverá ser aprovado. 
O Plano de Ação deverá ser reprovado 
se as informações prestadas pelo 
Gestor estiverem totalmente em 
desacordo com o previsto no PMAS e 
na LOA, ou não refletirem a realidade 
do município. Porém, se houver 
alguma informação em desacordo 
que não caracterize a necessidade 
de reprovação, o Plano deverá ser 
aprovado com ressalvas expressas no 
parecer. Assim, é de responsabilidade 
do Conselho de Assistência Social 
aprovar ou reprovar o Plano de Ação, 
emitindo o Parecer lavrado em ata 
e/ou resolução publicada em meio 
oficial de divulgação manifestando 
sua aprovação ou reprovação ao 
planejamento do município/estado/
DF. (Manual do Plano de Ação, 2016, 
p. 18)
20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Demonstrativo Sintético Anual de Execução Físico-Financeira
Após a execução da oferta, o gestor deve prestar contas por meio 
do Demonstrativo Sintético Anual de Execução Físico-Financeira, 
em que são registradas as metas físicas e financeiras para cada 
serviço ou programa cofinanciado.
O Demonstrativo é o instrumento eletrônico quedeve ser utilizado 
pelos gestores estaduais, municipais e do Distrito Federal para 
o registro de suas prestações de contas, o qual será submetido 
ao respectivo Conselho de Assistência Social para manifestação 
favorável, favorável com ressalvas ou desfavorável, relativas ao 
cumprimento da finalidade dos recursos.
O manual para preenchimento do plano de ação contém o passo 
a passo para o preenchimento das informações pelo gestor e 
o Manual sobre o Demonstrativo Sintético Anual de Execução 
Físico-Financeira contém informações mais detalhadas sobre a 
operação de prestação de contas que deverá ser preenchida por 
você, Prefeito e Prefeita. 
Embora os registros do Plano de Ação e do Demonstrativo sejam eletrônicos, não 
são dispensados os documentos que comprovem a execução. Só que agora não 
precisa mais enviar para o governo federal fisicamente, e sim armazenar em seu 
município. É muito importante que você, gestor, tenha a correta guarda e preservação 
de documentos que embasam ou justificam a despesa realizada. Também devem 
ser arquivados os documentos que atestam o recebimento do serviço ou do bem 
adquirido, para que seja facilmente localizado no caso de ser solicitado pela União 
ou pelos órgãos de controle.
Para saber mais informações sobre a guarda e gestão documental 
referente à execução física e financeira de seu município, consulte 
a Portaria MDS nº 124/2017.
http://blog.mds.gov.br/redesuas/wp-content/uploads/2014/02/Plano-de-A%C3%A7%C3%A3o-2016-Manual_Final1.pdf
http://blog.mds.gov.br/fnas/wp-content/uploads/2018/09/Manual-Demonstrativo-2017.pdf
http://blog.mds.gov.br/fnas/wp-content/uploads/2018/09/Manual-Demonstrativo-2017.pdf
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/19149781/do1-2017-06-30-portaria-n-124-de-29-de-junho-de-2017-19149701
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 21
Prestação de contas em projetos de convênios
Há distinção na prestação de contas dos recursos transferidos por convênios. 
Diferentemente dos recursos de serviços não executados que podem ser 
reprogramados, os recursos de convênios não executados dentro do prazo de 
vigência da parceria devem ser devolvidos após o final da execução do convênio ou 
contrato de repasse. Essa devolução deve ser feita mediante o cálculo proporcional 
dos valores repassados pela União e os provenientes da contrapartida municipal ou 
estadual. 
A prestação de contas deve ser apresentada à Secretaria Nacional de Assistência 
Social (SNAS) por intermédio do FNAS, contendo:
• relatório de cumprimento do objeto;
• notas e comprovantes fiscais contendo data do documento, compatibilidade 
entre o emissor e os pagamentos registrados no SICONV, valor, junção de dados do 
convenente, programa e número do convênio;
• relatório de prestação de contas aprovado e registrado no SICONV pelo convenente;
• declaração de realização dos objetivos a que se propunha o instrumento;
• relação de bens adquiridos, produzidos ou construídos, quando for o caso;
• relação de treinados ou capacitados, quando for o caso;
• relação dos serviços prestados, quando for o caso;
• comprovante de recolhimento do saldo de recursos, quando houver;
• termo de compromisso por meio do qual o convenente é obrigado a manter os 
documentos relacionados ao convênio.
Existem diversos tipos de prestação de contas, podendo ser anuais, apresentadas 
aos Tribunais de Contas ou aos órgãos transferidores de recursos, como é o caso 
de convênios ou transferências fundo a fundo, entre outras. Os órgãos de controle 
interno ou externo acompanham todo o processo de contas, bem como a execução 
dos recursos
22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
A análise de prestação de contas é realizada após encerrado o prazo de execução da 
parceria, que pode resultar em aprovação ou reprovação. Caso haja a necessidade 
de complementação de informações, ocorre a notificação ao gestor. A reprovação 
acontece quando o gestor não consegue comprovar a boa e regular aplicação dos 
recursos, mesmo após ter sido notificado a comprovar. A reprovação pode ser 
parcial ou total, dependendo de quanto o gestor conseguiu comprovar. 
A tomada de contas especial acontece de forma excepcional, quando o ordenador 
de despesas avalia que foram adotadas todas as medidas administrativas para a 
validação das contas e o devido ressarcimento ao erário. A abertura do TCE visa a 
informar ao Tribunal de Contas da União (TCU) as situações ocorridas em busca de 
apuração e adoção de medidas cabíveis.
Referências
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional 
de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social PNAS / 2004, Norma 
Operacional Básica NOB/SUAS. Brasília: MDS, 2005. Disponível em: http://www.
mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/PNAS2004.pdf. 
Acesso em: 4 out. 2021. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional 
de Assistência Social. Instituto de Estudos Especiais da Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo. Planos de Assistência Social: diretrizes para sua elaboração. 
Brasília: MDS, 2008. v. 3.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Conselho Nacional 
de Assistência Social. Resolução CNAS nº 33, de 12 de setembro de 2012. Aprova 
a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social - NOB/SUAS. 
Brasília: CNAS, 2005.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional 
de Assistência Social. Serviço de proteção em situações de calamidades públicas 
e emergências: perguntas e respostas. Brasília: MDS, 2013.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Rede SUAS. MDS, 
2021. Disponível em: http://blog.mds.gov.br/redesuas/. Acesso em: 4 out. 2021.
BRASIL. Ministério da Cidadania. Página inicial. MC, 2021. Disponível em: https://
www.gov.br/cidadania/pt-br. Acesso em: 4 out. 2021.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Presidência da 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 23
República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm. Acesso em: 4 out. 2021.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei 
nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência 
Social e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1993. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/l8742.htm. Acesso em: 4 out. 2021.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional 
de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social PNAS / 2004, Norma 
Operacional Básica NOB/SUAS. Brasília: MDS, 2005. Disponível em: http://www.
mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/PNAS2004.pdf. 
Acesso em: 4 out. 2021.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional 
de Assistência Social. Departamento de Gestão do SUAS. Coordenação-Geral de 
Apoio ao Controle Social e a Gestão Descentralizada. Caderno de Orientações 
sobre o Índice de Gestão Descentralizada do Sistema Único de Assistência 
Social – IGDSUAS. Brasília: MDS, 2012.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Conselho Nacional 
de Assistência Social. Resolução CNAS nº 33, de 12 de setembro de 2012. Aprova 
a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social - NOB/SUAS. 
Brasília: CNAS, 2005.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional 
de Assistência Social. Instituto de Estudos Especiais da Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo. Planos de Assistência Social: diretrizes para sua elaboração. 
Brasília: MDS, 2008. v. 3.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional 
de Assistência Social. Gestão Financeira e Orçamentária do SUAS.Brasília: MDS, 
2013.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional 
de Assistência Social. Serviço de proteção em situações de calamidades públicas 
e emergências: perguntas e respostas. Brasília: MDS, 2013.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional 
de Assistência Social. Fundo Nacional de Assistência Social. Portaria nº 113, de 10 
de dezembro de 2015. Anotações sobre a norma que regulamenta os Programas, 
Projetos e Blocos de Financiamento Federal na modalidade fundo a fundo. Brasília: 
MDS, 2015.
24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Secretaria Nacional de 
Assistência Social. Portaria nº 124, de 29 de junho de 2017. Regulamenta os 
procedimentos a serem adotados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, 
atinentes à guarda e ao arquivamento dos processos e documentos comprobatórios 
das despesas realizadas com recursos federais transferidos na modalidade fundo 
a fundo, destinados ao cofinanciamento dos serviços, programas e projetos 
socioassistenciais, e das transferências voluntárias de recursos oriundos de emenda 
parlamentar ou de programação orçamentária própria no âmbito do Sistema Único 
de Assistência Social – SUAS e dá outras providências. Brasília: MDS, 2017.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Rede SUAS. MDS, 
2021. Disponível em: http://blog.mds.gov.br/redesuas/. Acesso em: 4 out. 2021.
BRASIL. Ministério da Cidadania. Página inicial. MC, 2021. Disponível em: https://
www.gov.br/cidadania/pt-br. Acesso em: 4 out. 2021.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Presidência da 
República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm. Acesso em: 4 out. 2021.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei 
nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência 
Social e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1993. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm. Acesso em: 4 out. 2021.
NOBLAT, P. L. D. (org.). Orçamento público: visão geral. Brasília: ENAP, 2013.

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