1 Simulado Enem Portal 2020 - Caderno 1 - Editorial Pitágoras

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1o SIMULADO ENEM PORTAL
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
1o DIA
ATENÇÃO: Transcreva, no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, 
com caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
Ando muito completo de vazios.
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém uma Proposta de Redação e 90 questões, numeradas de 01 a 90, 
dispostas da seguinte maneira:
a) as questões de números 01 a 45 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) as questões de números 46 a 90 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: As questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões 
relativas à língua estrangeira (Inglês ou Espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões indicada e se elas estão na 
ordem mencionada na instrução anterior. Caso o caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente 
divergência, comunique imediatamente ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 alternativas. Apenas uma responde corretamente à 
questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas 
no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES, o 
CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar seu 
CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
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LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões 01 a 45
Questões 01 a 05 (opção Inglês)
Questão 01
A Bountiful Table
Adored around the world, Thai cuisine expresses fundamental 
aspects of Thai culture: it is generous, warm, refreshing and 
relaxed. Thai dishes rely on fresh, local ingredients – pungent 
lemongrass, searing chillies and plump seafood. A varied national 
menu is built around the four fundamental flavours: spicy, sweet, 
salty and sour. Roving appetites go on eating tours of Bangkok 
noodle shacks, seafood pavilions in Phuket, and Burmese market 
stalls in Mae Sot. Cooking classes reveal the simplicity behind 
the seemingly complicated dishes, and mastering the market is 
an important survival skill.
Disponível em: https://www.lonelyplanet.com. Acesso em: 26 abr. 2018.
A Tailândia, país que faz parte do Sudeste Asiático, é popular 
pelas variedades gastronômicas que oferece. De acordo com 
o guia turístico, a comida tailandesa é
a	extremamente complicada e repleta de pratos sofisticados.
b	feita com ingredientes importados que produzem efeitos 
relaxantes.
c	altamente influenciada pela cultura birmanesa na escolha 
de seus ingredientes.
d	composta de quatro sabores fundamentais: apimentado, 
doce, salgado e azedo.
e	famosa pelos animais exóticos, como aranhas e grilos, 
servidos nos pavilhões de comida.
Questão 02
Amazon's smart assistant Alexa can now be made to 
encourage children to say "Please" and "Thank you”
The new function addresses some parents' concerns that 
use of the technology was teaching their offspring to sound 
officious or even rude. In January, the research company 
ChildWise published a report warning that youngsters that grew 
up accustomed to barking orders at Alexa, Google Assistant 
or some other virtual personality might become aggressive in 
later dealings with humans."We had noticed that practically 
none of the children that we had talked to said they ever used 
the words 'please' or 'thank you' when talking to their devices. 
Younger children will enjoy having the added interactivity, but 
older children may be less likely to use it as they will be more 
aware it's a robot at the other end."The politeness feature – which 
has been branded Magic Word – encourages children to say: 
"Please," and: "Thank you," by acknowledging use of the terms. 
So, for example, if the child asks: "What will the weather be today 
please?" Alexa will add to its response: "Thanks for asking so 
nicely." Likewise, once Alexa has completed a task, if the child 
says: "Thank you," it will prompt one of several follow-ups, 
including "No worries," and "You're welcome."
"We talked to third-party child development experts as we were 
building this feature," a spokeswoman told the BBC. “They said 
that if you are going to try and offer them guidance, then positive 
reinforcement is the best way to do that as it's not punitive. They 
had found that saying, 'You will not get this if you do not say 
please,' is not useful with kids and doesn't work."
Disponível em: http://www.bbc.com. Acesso em: 26 abr. 2018.
O robô Alexa, criado pela empresa Amazon, tem sido utilizado 
em diversas funções dentro das casas americanas, inclusive 
por crianças. De acordo com a matéria publicada na BBC, o(a)
a	uso das expressões “obrigado” e “por favor” será extrema-
mente útil para crianças mais velhas, pois elas não sabem 
que Alexa é um robô.
b	empresa decidiu criar uma nova função educativa, pois 
acredita que crianças que utilizam o robô viriam a se tornar 
ofensivas futuramente.
c	reforço positivo não representa uma ferramenta eficiente, 
pois funciona como uma ameaça para as crianças que não 
sabem utilizar as “palavras mágicas”.
d	reforço positivo não é um método eficiente de educação para 
crianças, e, portanto, a empresa nunca viu a necessidade de 
criar essa ferramenta para Alexa.
e	robô só reconhecerá as “palavras mágicas” (como “por 
favor” e “obrigado”) na voz de crianças, portanto adultos 
não precisarão utilizá-las quando solicitarem informações 
para Alexa.
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Questão 03
Hiya! I’m Shannon. In 2008, I began traveling the world. Since 
that day, quite a few things have happened. I never stopped 
traveling. I wrote a book (it’s about volunteering). The folks at 
National Geographic named me Traveler of the Year (I’m still 
reeling). Universities around the U.S. let me speak to their 
students about global citizenship (this is my passion). Millions 
of you found your way to this corner of the internet. And together 
we created an entire community with one common belief: A life 
of travel creates a story of the world worth telling. Thank you, 
and welcome to A Little Adrift.
Disponível em: http://alittleadrift.com. Acesso em: 8 jun. 2017.
Os blogs geralmente abordam assuntos pelos quais seus donos 
têm afeição. Nesse texto introdutório do blog A Little Adrift, 
deduz-se que a blogueira Shannon
a	tem um perfil cosmopolita e dedica sua vida a viagens e ao 
turismo.
b	trabalha como consultora de viagens em uma empresa de 
intercâmbio.
c	 lidera uma comunidade de trabalhadores voluntários que 
viaja pelo mundo.
d	publica livros voltados aos relatos de suas viagens pela 
National Geographic.
e	é professora titular no curso de turismo de uma universidade 
norte-americana.
Questão 04
The Sleeper
[...] The lady sleeps! Oh, may her sleep,
Which is enduring, so be deep!
Heaven have her in its sacred keep!
This chamber changed for one more holy,
This bed for one more melancholy,
I pray to God that she may lie
Forever with unopened eye,
While the pale sheeted ghosts go by!
My love, she sleeps! Oh, may her sleep,
As it is lasting, so be deep!
Soft may the worms about her creep!
Far in the forest, dim and old,
For her may some tall vault unfold- [...]
ALLAN POE, Edgar. Disponível em: https://www.poemhunter.com. 
Acesso em: 26 abr. 2018.
Nopoema escrito por Edgar Allan Poe, famoso poeta americano 
do século XIX, o eu lírico mostra-se
a	preocupado com a mulher, que está doente e dorme por 
longas horas.
b	triste por estar ao lado da mulher, que dorme tranquilamente.
c	abatido e em profunda melancolia, pois a mulher mudou-se.
d	apático quanto ao estado de saúde da mulher.
e	descontente com o falecimento da mulher.
Questão 05
 Reprodução/<https://blog.kissmetrics.com>
Para persuadir o consumidor, o marketing costuma fazer uso de 
trocadilhos e jogos de palavras. Nessa propaganda, a aparente 
contradição entre as expressões “so much more" e "so much 
less” tem o objetivo de mostrar que o smartphone anunciado
a	substituiu o modelo anterior ao apresentar um novo design.
b	diminuiu de preço sem perder as funcionalidades mais úteis.
c	revolucionou o mercado ao lançar funções antes inexistentes.
d	ganhou novas funcionalidades e um tamanho mais compacto. 
e	ultrapassou os concorrentes por ter mais tecnologia e 
recursos.
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Questões de 1 a 5 (opção espanhol)
Questão 01
Pelo malo
La película con la que Mariana Rondón ganó la Concha de Oro 
en el Festival de San Sebastián el año pasado, Pelo malo (2013), 
trata el tema de la identidad de la manera característica del cine 
de la realizadora: como juego. Junior, el protagonista, es un niño 
que quiere alisarse el pelo crespo que da título al filme, tomado 
de una expresión racista en Venezuela. Eso le crea un conflicto 
con su madre, una vigilante que ha sido despedida de su trabajo 
y que ejerce la misma función con respecto al comportamiento 
de su hijo mayor. Junior ha comenzado a explorar de esa manera 
su sexualidad, al igual que el placer que puede darle su cuerpo, 
y eso se ha vuelto sospechoso también por algo que dicen que 
ocurrió en el Carnaval. La incapacidad de entender que lo que 
se propone es simplemente jugar a lucir como un cantante, en 
una foto que le han pedido que se tome para el colegio, es lo 
que causa el rechazo. 
GAMBA, Pablo. Disponível em: http://www.elespectadorimaginario.com. 
Acesso em: 19 set. 2015. (Fragmento.)
Pela leitura desse trecho da resenha de Pelo malo, depreende-se 
que o título do filme refere-se ao(à)
a	relação conflituosa do menino com a mãe.
b	predisposição do protagonista para fazer o mal.
c	modo como se explora a sexualidade na trama.
d	cabelo crespo do personagem principal.
e	profusão de pelos no corpo do personagem principal.
Questão 02
Miren cómo sonríen
Miren cómo sonríen 
Los presidentes 
Cuando le hacen promesas 
Al inocente. 
Miren cómo le ofrecen 
Al sindicato 
Este mundo y el otro 
Los candidatos. 
Miren cómo redoblan 
Los juramentos, 
Pero después del voto 
Doble tormento. […] 
Miren cómo sonríen, 
Angelicales, 
Miren como se olvidan 
Que son mortales. 
PARRA, Violeta. Disponível em: https://letrasweb.com.br. Acesso em: 15 fev. 2018. 
(Fragmento.) 
A letra da canção de Violeta Parra faz uma crítica 
a	aos sorrisos dos políticos, que refletem sua mortalidade. 
b	às promessas realizadas durante as campanhas, que são 
descumpridas posteriormente.
c	aos sindicatos que oferecem benefícios em troca de votos. 
d	às eleições, que são um período atormentado para os 
inocentes. 
e	aos políticos que se aproximam dos eleitores para entender 
suas reais necessidades. 
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Questão 03
Entre la fantasía y la realidad
Aunque son peculiares las circunstancias que rodearon la 
desaparición de los pasajeros del Mary Celeste, no se trata del 
único navío fantasma que haya surcado los mares y atrapado 
la imaginación de los curiosos. La simple denominación es 
sugestiva e invita a pensar en visiones espectrales que se 
desvanecen, o enormes buques que flotan entre tinieblas [...].
Revista Muy Interesante. Edición de coléccion, n. 1, jan. 2016. (Adaptado.)
No trecho transcrito, verifica-se que a palavra “denominación”
a	remete ao termo “navio fantasma”.
b	remete à palavra “curiosos”. 
c	retoma o nome “Mary Celeste”.
d	retoma o vocábulo “desaparición”.
e	retoma a expressão “imaginación”.
Questão 04
Los pobres de Dios
Por los caminos florecidos
va la caravana de los desvalidos,
ciegos, leprosos y tullidos.
No tienen albergue en la noche fría,
no tienen yantar a la luz del día,
por eso son hijos de Santa María.
El polvo quema sus llagas rojas,
sus oraciones son congojas:
van entre el polvo como las hojas.
Van por caminos de sementeras, 
caminos verdes entre las eras,
en donde cantan las vaqueras.
Como chove miudiño,
como miudiño chove,
pol'a banda de laiño,
pol'a banda de lestrove.
VALLE-INCLÁN, R. M. Disponível em: https://www.poemas-del-alma.com. 
Acesso em: 29 abr. 2018.
O poema do escritor espanhol Ramón María del Valle-Inclán 
(1866-1936) retrata, principalmente, uma situação social 
referente à
a	desigualdade.
b	acessibilidade.
c	discriminação racial.
d	 intolerância religiosa.
e	miséria.
Questão 05
El Valle Sagrado de Perú
El Valle Sagrado de Perú se ubica entre las poblaciones de Písac 
y Ollantaytambo paralelamente al Río Vilcanota, en la Cordillera 
de los Andes peruanos. Se puede acceder a éste maravilloso 
destino por la Ciudad de Cusco.
Este Valle está compuesto por numerosas quebradas y ríos 
que descienden por las laderas de las altas montañas. En él 
se pueden observar numerosos monumentos arqueológicos y 
pueblos indígenas.
Los Incas que habitaron estas elevadas tierras la apreciaban 
por sus cualidades climáticas y geográficas. El Valle Sagrado de 
Perú fue uno de los principales puntos de producción agrícola 
de sus tierras.
Aquí se produce actualmente el mejor grano de maíz del país, 
donde los pueblos coloniales de la zona se encargan de ello. 
También podremos observar al visitar éste maravilloso destino 
peruano, el mestizaje en arquitectura, arte y una cultura que 
hoy en día se conserva y mantiene muy viva.
Disponível em: https://es.wikipedia.org/wiki/Valle_Sagrado_de_los_Incas. 
Acesso em: 25 nov. 19. (Adaptado.)
Segundo o texto, o Vale Sagrado do Peru é uma região que
a	é reconhecida como a principal zona produtora de alimentos 
do país latino.
b	se localiza próxima aos rios da capital peruana, entre as 
populações coloniais.
c	se destaca como o destino mais procurado por turistas que 
viajam para o Peru.
d	apresenta uma mistura de arte, arquitetura e cultura inca 
que permanece viva até os dias atuais.
e	possui uma zona arqueológica prejudicada pela cordilheira 
dos Andes e pela geografia do local.
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Questões de 6 a 45
Questão 06
Mais do que o tórax, o abdômen é a nossa caixa de Pandora, 
aquele misterioso receptáculo mitológico que, uma vez aberto, 
liberta todos os males do mundo. O abdômen é enigmático, e é 
enigmático, sobretudo, por causa do intestino. Sentimos o nosso 
coração bater, podemos controlar a inspiração e a expiração; 
mas o intestino se move de maneira própria e caprichosa, por 
meio de roncos e flatos.
Porque o intestino é um órgão primitivo. O cérebro é a sede do 
pensamento; o coração, ao menos metaforicamente, a sede 
das emoções; mas o intestino fala dos arcaicos mecanismos de 
manutenção da vida. “Fazer das tripas coração” significa deixar 
de lado a sensibilidade e assumir a nossa natureza animal. E, 
de outra parte, é com o ventre que respondemos, de maneira 
arcaica, às ameaças da existência: o “frio na barriga”, por 
exemplo, alerta contra o perigo imediato.
SCLIAR, Moacyr. O olhar médico: crônicas sobre medicina e saúde. 
São Paulo: Ágora, 2005. p. 59-60. (Adaptado.)
Nesse texto, o autor faz um julgamento de valor do intestino e 
dos demais órgãos, empregando, para isso, o recurso da
a	descrição, visto que se pretende expor as características 
gerais do corpo humano.
b	aproximação, pois coração e cérebro são associados a 
representações familiares ao leitor.
c	ênfase, porque se destacaa importância de cada órgão no 
pleno funcionamento do corpo.
d	analogia, já que se faz uma comparação entre a caixa de 
Pandora e o abdômen.
e	 inferência, uma vez que o sentido dos ditos populares 
sobre o corpo humano está implícito.
 
Questão 07
Infelizmente, mais uma vez desejo denunciar problemas que 
afetam o meu imóvel e que pode [sic], num breve espaço de 
tempo, provocar prejuízos maiores e mais importunos para a 
minha privacidade. Desta vez, trata-se de um vazamento no 
apartamento 302, no banheiro da suíte master [sic], de onde 
uma água escorre direto sobre a superfície do meu espelho e, 
ainda, infiltra em um suporte de madeira, que guarda luminárias.
Seria prudente mandar verificar com urgência, pois só estaremos 
em casa até a próxima quinta-feira. A demora na avaliação 
dos problemas por parte dos senhores certamente acarretará 
prejuízos maiores para sua empresa.
Desejo, na oportunidade, mostrar minha satisfação com a 
gentileza e seriedade com que meus apelos e reclamações são 
recebidos por Dr. X e, sobretudo, pelo simpático Sr. Z.
Aguardo providências.
Atenciosamente,
[...]
WILSON, Vitória. Cartas de reclamação de cliente: polidez ou cordialidade? Fórum 
linguístico, Universidade Federal de Santa Catarina, v. 15, n. 3, p. 2224, 2017. 
Disponível em: https://periodicos.ufsc.br. Acesso em: 5 maio 2018. (Adaptado.)
Nessa carta de reclamação, há trechos que exprimem a 
polidez e a cordialidade do autor ao redigir o texto. Esse tipo 
de linguagem foi utilizado com o objetivo de
a	resolver o problema sem gerar conflitos.
b	ameaçar a empresa com um processo judicial.
c	manter a amizade com o destinatário da carta.
d	constranger os responsáveis pela reparação no imóvel.
e	determinar a solução na semana em que a carta foi 
enviada.
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Questão 08
Belo Horizonte, 27 de abril de 2018.
Caro Senhor,
Consta em nosso sistema a pendência de R$ 200,00 em seu 
CPF, referente ao serviço de internet prestado em sua residência 
no período de 01 a 31 de março de 2018. Informamos também 
que o cancelamento do serviço, solicitado e efetuado no dia 01 
de abril de 2018, não quita esse débito anterior.
Solicitamos a regularização do débito em uma de nossas 
unidades para evitar que medidas legais sejam adotadas, tal 
como o bloqueio no Cadastro Nacional de Pessoas Físicas. 
Favor desconsiderar a cobrança, caso o pagamento já tenha 
sido efetuado.
Quaisquer dúvidas, é só entrar em contato conosco pelo telefone 
0800-0000.
Internet Veloz
A internet mais rápida do Brasil!
BARBOSA, A. Elaborado pela autora.
Ao redigir e enviar essa carta de cobrança, o objetivo da 
empresa foi
a	coagir o cliente para que ele não contratasse os serviços 
do concorrente.
b	 influenciar o cliente a contratar novamente os serviços de 
internet da empresa.
c	ameaçar o cliente para evitar que as medidas legais fossem 
adotadas contra ele.
d	advertir o cliente de que os serviços foram cancelados para 
que ele regularizasse o débito.
e	 informar o cliente do seu débito para que a empresa 
pudesse receber o valor o mais rápido possível.
Questão 09
O Pokémon Go representa à perfeição como uma tecnologia, 
neste caso, a realidade aumentada, que consiste em localizar 
elementos virtuais dentro do mundo físico visto através de 
uma tela, passa de ser um nicho ou brinquedo de uns poucos 
aficionados para se tornar algo muito maior. Neste caso, os 
jogadores percorrem as ruas de sua cidade ajudados por um 
mapa virtual, buscando com suas câmeras mais Pokémons 
para capturar. 
O jogo está estimulando as relações sociais de seus usuários, 
que conhecem outros jogadores e conversam com eles nos 
pontos estratégicos que o aplicativo mostra, e fomentando a 
atividade física, já que obriga os jogadores a saírem de suas 
casas para andar em busca de mais Pokémons e objetos. Muitos 
usuários encontraram no videogame a desculpa perfeita para 
abandonar o sedentarismo, um dos maiores problemas nos 
países desenvolvidos.
Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/12/tecnologia/1468336791_763102.html. 
Acesso em: 20 jul. 2016 (Adaptado.)
Sobre o desenvolvimento de novas técnicas e a sociedade, 
considerando as tecnologias digitais e o jogo Pokémon Go, é 
possível constatar que
a	competem entre si, a fim de medir maior poder sobre a 
cultura.
b	dependem das arbitrariedades da indústria e do mercado.
c	estão em constante diálogo e se influenciam mutuamente.
d	manipulam os desejos e vontades dos indivíduos diretamente.
e	tornam as relações humanas baseadas em interações 
virtuais.
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Questão 10
A questão não é falar certo ou errado, mas saber qual forma 
de fala utilizar, considerando as características do contexto de 
comunicação, ou seja, saber adequar o registro às diferentes 
situações comunicativas. É saber coordenar satisfatoriamente 
o que falar e como fazê-lo, considerando a quem e por que se 
diz determinada coisa. É saber, portanto, quais variedades e 
registros da língua oral são pertinentes em função da intenção 
comunicativa, do contexto e dos interlocutores a quem o texto 
se dirige. A questão não é de correção da forma, mas de sua 
adequação às circunstâncias de uso, ou seja, de utilização eficaz 
da linguagem: falar bem é falar adequadamente, é produzir o 
efeito pretendido.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em: 14 fev. 2018.
O texto aborda a questão da adequação linguística para 
determinados contextos de comunicação. A respeito de sua 
organização em níveis semânticos e estruturais, observa-se 
que o(a)
a	pronome possessivo “sua” retoma o termo “questão” 
anteriormente dito.
b	termo “portanto” é uma conjunção concessiva que denota 
ideia de contraposição.
c	expressão “ou seja”, no primeiro período do texto, aparece 
entre orações que diferem e contrastam.
d	expressão “por que”, no segundo período do texto, tem o 
mesmo sentido da expressão “por qual motivo”.
e	conjunção “mas”, no primeiro período do texto, pode ser 
substituída pela expressão “por conseguinte” sem nenhum 
prejuízo de sentido.
Questão 11
Dizem que finjo ou minto
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é, 
Sentir, sinta quem lê!
PESSOA, Fernando. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br. 
Acesso em: 14 abr. 2018.
O tema do poema se consolida a partir da utilização predomi-
-nante da função da linguagem
a	emotiva, uma vez que a subjetividade do texto é direcionada 
apenas ao leitor.
b	emotiva, pois o eu lírico expressa indignação sobre o que 
as pessoas falam dele.
c	metalinguística, tendo em vista que seu conteúdo reflete 
sobre a criação poética.
d	metalinguística, porquanto a voz poética confessa sua 
dificuldade em empregar a linguagem.
e	metalinguística, já que a disposição dos versos na página 
contribui para a interpretação do poema.
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Questão 12
L2: certo... e que que você acha dessa polui/poluição que 
tanto falam... que vão controlar vão fazer isso vão criar a área 
metropolitana o que que você acha?
L1: estão control/controlando a poluição do ar agora né? [...] é 
avanço da tecnologia né? Provavelmente deve ter descoberto 
aí... éh [...] qualquer técnica que vai [...] ajudar a [...] controlar 
essa poluição do ar...
GALEMBECK, P. T. O turno conversacional. In: PRETI, Dino. (Org.). Análise de textos orais. 
São Paulo: Humanitas, 2003. p. 74-75.
As características do registro linguístico representado no 
fragmento indicam que ele é exemplo de um(a)
a	palestra, com construções sintáticas previamente elaboradas.
b	conversa entre amigos, com uso de gírias e palavras 
truncadas.
c	diálogo espontâneo, com frases curtas e repetições constantes.d	bate-papo virtual, com marcas de oralidade e uso frequente 
de internetês.
e	discurso sobre meio ambiente, com a presença de vocabu-
-lário requintado.
Questão 13
Prefira, entre produtos semelhantes:
• Embalagens menores
• Garrafas retornáveis
• Produtos marcados como recicláveis
• Pilhas e baterias recarregáveis
• Eletrodomésticos e eletroeletrônicos com prazo maior de garantia
• Lâmpadas fluorescentes
Aproveite:
• Os restos orgânicos de seu lixo para fazer adubos para vasos, 
jardim, horta e pomar [...].
• Verifique pelo menos uma vez por semana a calibragem dos 
pneus do seu carro.
• Reutilize os restos de comida.
POMPEU, Renato. As três letras que podem salvar a natureza. Disponível em: http://www.
dominiopublico.gov.br/download/texto/me4515.pdf. Acesso em: 29 abr. 2018.
Sobre a importância do cuidado com a natureza, o enunciador 
induz seu público-alvo à mudança de hábitos ao
a	romantizar o uso de adubo orgânico nas plantações.
b	estimular sua ação por meio de verbos no imperativo.
c	apresentar uma lista de produtos vedados ao consumo.
d	conscientizá-lo sobre dados que confirmam a degradação 
do meio ambiente.
e	 intimidá-lo pelas ordens referentes ao processo de compra 
de produtos variados.
Questão 14
Comportamento ético na sociedade
A ética diz respeito ao código de princípios e valores morais 
que norteiam o comportamento de uma pessoa ou mesmo de 
um grupo.
É comum ver cenas onde a falta de ética é constante, como, por 
exemplo, o caso que ocorreu nesta semana, onde uma agente 
da operação Lei Seca multou um juiz por excesso de velocidade 
e acabou sendo obrigada a pagar uma indenização [...].
Disponível em: https://bit.ly/2HTOW1i. Acesso em: 29 abr. 2019.
Segundo a norma-padrão, a palavra destacada no segundo 
parágrafo foi empregada de forma inadequada, visto que “onde”, 
nesse contexto,
a	deveria ser substituído por “aonde”.
b	é sucedido por um artigo indefinido.
c	teria de se referir à data do acontecimento.
d	foi usado para indicar ideia diferente de lugar.
e	aparece duas vezes dentro do período exposto.
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Questão 15
Multilinguismo
Os povos indígenas sempre conviveram com situações de 
multilinguismo. Isso quer dizer que o número de línguas usadas 
por um indivíduo pode ser bastante variado. Há aqueles que 
falam e entendem mais de uma língua ou que entendem muitas 
línguas, mas só falam uma ou algumas delas.
É possível nos depararmos, em uma mesma aldeia, com 
indivíduos que só falam a língua indígena, com outros que só 
falam a língua portuguesa, e outros ainda que são bilíngues 
ou multilíngues. A diferença linguística não é, geralmente, 
impedimento para que os povos indígenas se relacionem e 
casem entre si, troquem coisas, façam festas ou tenham aulas 
juntos. Um bom exemplo disso se encontra entre os indígenas 
da família linguística Tukano, localizados em grande parte ao 
longo do rio Uaupés, um dos grandes formadores do rio Negro, 
em uma extensão que vai da Colômbia ao Brasil.
Entre esses povos habitantes do rio Negro, os homens 
costumam falar de três a cinco línguas, ou mesmo mais, 
havendo poliglotas que dominam de oito a dez idiomas.
Disponível em: https://pib.socioambiental.org. Acesso em: 27 abr. 2018.
O texto trata das características linguísticas de povos indígenas, 
evidenciando que
a	migrações regionais tornam as línguas indígenas híbridas 
e de difícil entendimento.
b	distinções linguísticas entre povos indígenas costumam 
ser irrelevantes nas interações.
c	 línguas indígenas não possuem padrões ou normas, por 
isso sofrem muitas mudanças.
d	comunidades indígenas valorizam os indivíduos que usam 
as línguas de maior prestígio social.
e	 indígenas, em sua maioria, têm interesse no estudo e 
aquisição de variadas línguas ao longo da vida.
Questão 16
O poema
Um poema como um gole d’água bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata perdida para sempre
Na floresta noturna.
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa
Condição de poema.
Triste.
Solitário
Único.
Ferido de mortal beleza.
QUINTANA, Mário. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br. 
Acesso em: 14 fev. 2018.
Predomina no texto a função metalinguística da linguagem, pois 
nele se destaca a
a	explicação de um trabalho literário de forma objetiva e 
imparcial.
b	preocupação na escolha de palavras e uso de linguagem 
conotativa.
c	 intenção de influenciar o leitor a praticar produções de 
textos literários.
d	explanação de emoções e sentimentos do eu lírico diante 
do fazer poético.
e	utilização do gênero textual poema para se falar sobre o 
próprio gênero poema.
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Questão 17
O preconceito de que os indígenas brasileiros são alvo por 
parte de muitos brasileiros não indígenas é, sem dúvida, um 
dos fatores responsáveis pelo desprestígio, enfraquecimento 
e desaparecimento de muitas línguas indígenas no Brasil. 
Durante minha estada nas aldeias Xambioá, discuti com 
anciãos, lideranças, professores e alunos, a situação de perda 
da língua em relação a aldeias em que a língua e a cultura 
Karajá encontram-se ainda fortes. É interessante notar 
que, durante a minha temporada na aldeia, quando continuei 
sempre a exercitar o meu conhecimento da língua indígena, era 
frequentemente procurado por grupos de crianças e jovens, que 
vinham me mostrar palavras e frases que conheciam e testar 
o meu entendimento delas. Os mesmos meninos que haviam 
inicialmente demonstrado sentir vergonha de falar Karajá, 
dizendo-me nem conhecer “aquela gíria”, assediavam-me 
agora, revelando um conhecimento latente da língua indígena 
muito maior do que eles próprios pareciam supor! Divertiam-se 
em demonstrar àquele tori (o não índio, na língua Karajá) que 
valorizava e tentava usar a língua Karajá que, na verdade, 
conheciam, sim, a língua indígena. Vários pais também vieram 
me relatar sua grande surpresa por verem as crianças curiosas, 
perguntando e se expressando na língua Karajá [...].
MAIA, Marcus. Manual de linguística: subsídios para a formação de professores 
indígenas na área de linguagem. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br. 
Acesso em: 29 abr. 2018.
Ao relatar sua experiência nas aldeias indígenas Xambioá, o 
autor constata que o(a)
a	povo da aldeia tem cultura matizada com outros povos 
indígenas.
b	desprestígio da língua Karajá se deve ao genocídio dos 
povos indígenas.
c	 língua indígena Karajá é considerada gíria pelos anciãos e 
líderes da tribo.
d	esquecimento da língua é marcante entre as populações 
mais jovens da tribo.
e	nova geração de índios inicialmente sentiu-se insegura em 
usar a língua Karajá diante de não índios.
Questão 18
Aumente o seu padrão de satisfação.
Escolha Residencial Chaves.
Voltar para casa após o trabalho nunca foi tão prazeroso!
 
PORTO. F. (Original cedido pela autora.)
O texto é uma propaganda de empresa de imóveis. Considerando 
as características desse gênero, constata-se que seu principal 
objetivo é
a	 informar aos leitores sobre as regiões imobiliárias conside-
-radas de maior prestígio.
b	chamar a atenção exclusivamente por meio de linguagem 
formal para dar credibilidade ao anúncio.
c	salientar que as pessoas precisam morar em regiões onde 
a segurança gera bem-estar e satisfação.
d	enfatizar a tendência de as pessoas migrarem de regiões 
periféricas para regiões mais elitizadas da cidade.
e	persuadir o leitor sobre as vantagens e, principamente, 
sobre a necessidade da aquisição do produto anunciado.
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Questão 19
TEXTO I
Trem de ferro
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô…
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô…
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
BANDEIRA, Manuel. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br. 
Acessoem: 15 fev. 2018. (Fragmento.)
TEXTO II
A Língua Portuguesa, no Brasil, possui muitas variedades 
dialetais. Identificam-se geográfica e socialmente as pessoas 
pela forma como falam. [...]
O problema do preconceito disseminado na sociedade em 
relação às falas dialetais deve ser enfrentado, na escola, como 
parte do objetivo educacional mais amplo de educação para o 
respeito à diferença. Para isso, e também para poder ensinar 
Língua Portuguesa, a escola precisa livrar-se de alguns mitos: 
o de que existe uma única forma “certa” de falar – a que se 
parece com a escrita – e o de que a escrita é o espelho da 
fala – e, sendo assim, seria preciso “consertar” a fala do aluno 
para evitar que ele escreva errado. [...]
Disponível em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em: 15 fev. 2018.
A análise dos dois textos permite concluir que
a	o Texto II reforça a ideia da superioridade da modalidade 
escrita da língua em detrimento das demais.
b	o Texto II nega o Texto I na medida em que defende a 
imposição das normas convencionais da gramática.
c	o Texto I ilustra a questão das variedades dialetais que é 
conceitualmente apresentada e discutida no Texto II.
d	os dois textos fazem uso de diferentes formas de escrita 
para depreciar ou criticar hábitos linguísticos brasileiros.
e	os erros gramaticais do Texto I são justificados no Texto II, 
que enfatiza adequações ocorridas a partir das normas da 
gramática tradicional.
Questão 20
O tipo de violência na mídia que mais aparece nos debates 
públicos e pesquisas é a violência visível, física, clara, e sua 
ameaça – assassinatos, sangue, tiros, lutas, massacres etc. 
Entretanto, além desses elementos físicos de violência no 
fluxo crescente da mídia, há também outros tipos de violência 
que têm recebido menos atenção das pesquisas e do debate 
público – a violência estrutural e mental mais latente, cujos 
responsáveis e vítimas nem sempre podem ser identificados 
e cujas causas e consequências são mais difíceis de analisar, 
pois, em regra, elas estão profundamente enraizadas na cultura 
e na sociedade em geral.
Por exemplo, as análises de conteúdo da produção da mídia têm 
mostrado que diferentes grupos da população são construídos 
de forma diferente na mídia – eles são representados dife- 
-rentemente e de formas diversas. Um padrão repetido e geral 
na produção da mídia como um todo (portanto, não de modo 
especial nos programas, livros infantis etc.) é que as crianças 
são consistentemente sub-representadas. Quanto menores, 
mais invisíveis são. As crianças não só são raramente vistas, 
como também suas vozes raramente são ouvidas. Ademais, os 
adultos na mídia dificilmente falam com as crianças.
CARLSSON, Ulla; FEILITZEN, Cecilia von (Org.). A criança e a mídia: imagem, educação, 
participação. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 15 maio 2018. 
(Fragmento.)
As autoras abordam a questão da sub-representação das 
crianças na mídia com o intuito de
a	chamar a atenção para o impacto da violência física na 
mídia sobre o público infantil.
b	criticar os adultos, que dificilmente falam com seus filhos 
por influência da mídia.
c	 ilustrar um caso de violência mental cujas vítimas não 
podem ser identificadas.
d	denunciar um padrão de violência estrutural que ainda é 
pouco problematizado.
e	buscar os responsáveis, entre os meios midiáticos, pela 
invisibilidade infantil.
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Questão 21
Seja feliz, tome remédios
A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no 
supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, 
criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável 
Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma 
sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.
Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de 
modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade 
pelo con-trole de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria 
ameaçada [...].
Huxley declarou mais tarde que a reali-dade havia confirmado 
muito de sua ficção.
BETTO, Frei. Disponível em: http://hojeemdia.com.br. Acesso em: 26 abr. 2018.
O texto utiliza como recurso argumentativo a ironia, já manifes-
-tada no título, com a intenção de
a	confirmar o que a ficção havia previsto: as pessoas, 
incentivadas pelo neoliberalismo, buscam nos remédios a 
felicidade.
b	criticar a visão do escritor Aldous Huxley sobre a sociedade 
de consumo exposta no livro Admirável Mundo Novo.
c	relacionar o aumento do número de dependentes químicos 
a uma maior oferta de medicamentos em supermercados.
d	 incentivar cada vez mais o uso de remédios para que os 
indivíduos consigam cumprir as tarefas no trabalho.
e	questionar o apelo consumista como forma de alcançar o 
prazer e a felicidade duradoura.
Questão 22
Maria da Vila Matilde
Cadê meu celular?
Eu vou ligar pro 180
Vou entregar teu nome
E explicar meu endereço
Aqui você não entra mais
Eu digo que não te conheço
[...]
Eu solto o cachorro
E apontando pra você
Eu grito: péguixguixguixguix
Eu quero ver
Você pular, você correr
Na frente dos vizinhos
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
E quando o samango chegar
Eu mostro o roxo no meu braço
Entrego teu baralho
Teu bloco de pule
Teu dado chumbado
Ponho água no bule
Passo e ofereço um cafezim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
GERMANO, Douglas. Disponível em: https://www.letras.mus.br. 
Acesso em: 7 ago. 2017. (Adaptado.)
Na canção de Douglas Germano, observam-se aspectos do 
repertório linguístico brasileiro para discutir o problema da 
violência doméstica. Desse repertório, atesta-se a variação 
peculiar de grupos sociais restritos, a qual também funciona 
como mecanismo de coesão tribal, no verso
a	“Eu grito: péguixguixguixguix”, devido ao uso do “x” para 
representar o chiado do “s”. 
b	“Passo e ofereço um cafezim”, a partir da substituição do 
sufixo diminutivo -zinho pela forma reduzida -zim. 
c	“Eu vou ligar pro 180”, ao fazer a contração da preposição 
“para” com o artigo definido masculino “o”.
d	“E quando o samango chegar”, por meio do termo “samango”, 
que, nesse contexto, tem o sentido de “agente policial”.
e	“Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim”, mediante 
a redução do pronome de tratamento “você” para “cê”.
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Questão 23
Depois, já aos quinze, mas com muita timidez
Fiquei muito sem graça com o que a professora fez
Ela pegou meu texto e leu pra turma inteira ouvir
Até fiquei feliz mas com vontade de fugir
Então eu descobri que já nasci com esse problema
Eu gosto de escrever, eu gosto de escrever, crer ver
Ver, crer, eu gosto de escrever e escrevo até poema
PENSADOR, G. Linhas tortas. Disponível em: http://www.vagalume.com.br/. 
Acesso em: 15 nov. 2015.
As funções da linguagem são recursos de ênfase que atuam 
segundo a intenção do produtor da mensagem. Em um mesmo 
texto, pode haver mais de uma função, como ocorre com esse 
trecho de Gabriel, o Pensador.
Há correspondência correta entre a função e seu exemplo em:
a	Conativa: “Até fiquei feliz mas com vontade de fugir”.
b	Emotiva: “Ela pegou meu texto e leu pra turma inteira 
ouvir”.
c	Fática: “Eu gosto de escrever, eu gosto de escrever, crer 
ver”.
d	Metalinguística: “Ver, crer, eu gosto de escrever e escrevo 
até poema”.
e	Poética: “Então eu descobri que já nasci com esse 
problema”.
Questão 24
Línguas indígenas americanas ou ameríndias
Antes da chegada dos portugueses, estima-se que cerca de 
1.500 línguas diferentes eram faladas no território que veio a 
ser o Brasil. Estas são agrupadas em famílias, classificadas 
como pertencentes aos troncos Tupi, Macro-jê e Aruaque. 
Há famílias, entretanto, que não puderam ser identificadas 
como relacionadas a nenhum desses troncos. São elas: Karib, 
Pano, Maku, Yanomami, Mura, Tukano, Katukina, Txapakura, 
Nambikwara e Guaikuru. Evidentemente, o fato de duas 
sociedades indígenas americanasfalarem línguas pertencentes 
a uma mesma família não faz com que seus membros consigam 
entender-se mutuamente.
Apesar de os portugueses terem encontrado o Brasil em 1500, 
a colonização europeia no país só começou efetivamente em 
1532 e de forma gradual. No ano de 1530, o rei de Portugal, 
João III, organizou a primeira expedição com objetivos de 
colonização. Foi comandada por Martim Afonso de Sousa e 
tinha, como objetivos, povoar o território brasileiro, expulsar os 
invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil. Com 
isso, a língua portuguesa passou a ser usada factualmente no 
território hoje conhecido como Brasil. Ao mesmo tempo, outras 
nações europeias vieram para o Brasil, como a França e a 
Holanda (que chegou a instalar uma colônia na região que é 
hoje o Estado de Pernambuco).
Disponível em: http://bit.ly/2LbPINO. Acesso em: 1o fev. 2018.
 (Fragmento adaptado.)
Pode-se constatar, pelo que está implícito no texto, que a língua 
portuguesa falada no Brasil
a	passou a ser usada oficialmente em 1500, quando os 
portugueses encontraram esse território.
b	pertencia aos troncos Tupi, Macro-jê e Aruaque antes da 
chegada dos portugueses. 
c	sofreu influência das línguas europeias e das línguas 
usadas pelos povos nativos.
d	foi originada apenas da mistura entre o português, o 
francês e o holandês.
e	é exclusivamente influenciada pelo francês e holandês.
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Questão 25
Precisando dar um ar fresco pro meu gripado e entupido nariz, 
desço pro pilotis do prédio. Uma mãe e seus dois filhos se 
chegam à área de sombra em que estou. Um dos filhos, que tem 
uns 5 ou 6 anos, abre um caderno no chão, tira de um estojo 
uma dezena de lápis e canetas de todas as cores, deita-se de 
bruços e começa a desenhar. Tempinho depois, boto butuca 
no desenho, elogio:
— Que dragão legal!
— Não é dragão, não. É uma vaca — responde bem sério. 
— Ai, me desculpe… é que eu tô sem óculos. Que vaca bonita! 
Qual o seu nome?
— Gustavo.
— E cê também já sabe escrever, Gustavo?
— Sei — confirma, sem parar de colorir as asas da vaca.
— Ah, Gustavo, fala a verdade pro moço, filho — intervém a mãe.
— Eu já sei escrever, sim — retruca, altivinho.
— Vai aprender rapidinho, meu filho, mas ainda não sabe — 
reforça a mãe.
— Sei, sim. Sei escrever desenho — finaliza com “touché” 
Gustavo, o Espadachim dos lápis.
PIRATA Z. Disponível em: http://www.revistalinguadetrapo.com.br. Acesso em: 14 jun. 2017. 
(Fragmento adaptado.)
Nesse texto, ao relatar seu diálogo com uma criança, o autor 
acaba por dar-lhe razão quando ela retruca a mãe, pois o 
argumento do menino propõe um(a)
a	entendimento do caráter lúdico do desenho.
b	reflexão sobre o papel da escrita na sociedade.
c	questionamento sobre a alfabetização no Brasil.
d	reformulação coerente do conceito de escrever.
e	compreensão do seu estilo inusitado de desenhar.
Questão 26
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1o A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito [...]
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília: Senado Federal, 2014.
No fragmento, o uso da primeira vírgula justifica-se, porquanto 
ela separa o(a)
a	aposto recapitulativo, iniciado logo depois do sujeito.
b	vocativo: “a República Federativa do Brasil”.
c	objeto indireto, que está deslocado na frase.
d	oração reduzida de particípio: “formada pela união 
indissolúvel [...]”.
e	oração coordenada: “constitui-se em Estado Democrático 
de Direito [...]”.
f	
Questão 27
Bom, inicialmente gostaria de agradecer a presença de todos. 
Para mim é uma oportunidade importante, única e emotiva 
também, de mostrar o meu trabalho. Enfim, é a função da minha 
vida. E gostaria de agradecer o convite feito pelos professores e 
artistas. Vou fazer um depoimento sobre a minha obra, sobre o 
meu trabalho. É a primeira vez que apresento a grande maioria 
desses eslaides. Preparei uma seleção de imagens focando 
a apresentação na produção de desenho, que é tema deste 
seminário. Na verdade, meu surgimento como artista deu-se 
como desenhista, e é bom que eu diga de início para, desde já, 
dar uma resposta para essa questão do desenho como ponte: o 
desenho me colocou no mundo, me colocou em contato com a 
minha comunidade, com as pessoas, com o mundo em geral. [...]
Disponível em: http://seer.ufrgs.br. Acesso em: 10 ago. 2017.
O excerto acima é a transcrição de um trecho de palestra 
proferida em um seminário. Tendo em vista esse contexto, 
compreende-se que a composição do texto privilegia a variedade
a	técnica, atendendo à exigência de jargão profissional da 
plateia.
b	formal, promovendo a adequação à situação sociocomuni-
-cativa.
c	regional, empregando o vocabulário da região dos partici-
-pantes.
d	histórica, retratando uma forma contemporânea de se 
expressar.
e	coloquial, considerando o uso da modalidade oral pelo 
palestrante.
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Questão 28
Assim como lavamos o corpo deveríamos lavar o destino, mudar 
de vida como mudamos de roupa – não para salvar a vida, 
como comemos e dormimos, mas por aquele respeito alheio 
por nós mesmos, a que propriamente chamamos asseio. Há 
muitos em quem o desasseio não é uma disposição da vontade, 
mas um encolher de ombros da inteligência. E há muitos em 
quem o apagado e o mesmo da vida não é uma forma de a 
quererem, ou uma natural conformação com o não tê-la querido, 
mas um apagamento da inteligência de si mesmos, uma ironia 
automática do conhecimento.
PESSOA, Fernando. Livro do desassossego. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
O trecho de Fernando Pessoa, assinado por seu heterônimo 
Bernardo Soares, trata sobre o desasseio de algumas pessoas 
em relação a seus próprios destinos. Em “[...] não é uma forma 
de a quererem, ou uma natural conformação com o não tê-la 
querido [...]”, os termos em negrito referem-se à
a	vida.
b	vontade.
c	 inteligência.
d	falta de asseio.
e	 ironia automática.
Questão 29
Estudante passou 146 dias sem internet e conta as 
situações engraçadas da experiência
O estudante de 25 anos, em Suzano, São Paulo, decidiu parar 
de checar as notificações de seus amigos no Facebook, os 
e-mails e deixou de ver filmes e de jogar games on-line. Ele 
estava disposto e, a partir de 31 de maio de 2015, partiu para 
sua aventura de “desintoxicação” de internet. Acredite. “Tive que 
usar orelhões (sem celular, precisei me adaptar)”, declara. Seus 
hábitos mudaram, ressalta; enviou cartas, tinha mais tempo para 
ler livros e passou a devorar noticiários de TV para se sentir por 
dentro dos assuntos. “Como eu não tinha fácil acesso a séries 
e filmes, fiz uma conta numa locadora e passei a alugar filmes”, 
descreve, aos risos.
Disponível em: https://catracalivre.com.br/geral. Acesso em: 17 nov. 2015. (Adaptado.)
A experiência de desconexão do mundo virtual na contempo-
-raneidade revela que a
a	tecnologia aliena o usuário.
b	comunicação ocorre em qualquer circunstância.
c	diversão fica comprometida.
d	 informação escrita é negligenciada.
e	readaptação social requer disciplina.
Questão 30
 Pixabay/<pixabay.com>
A imagem mostra a representação de um cérebro humano 
formado por emojis, figuras muito utilizadas em trocas de 
mensagens pela internet, para indicar que 
a	as figuras tornam os textos verbais desnecessários para as 
interações virtuais.
b	as pessoas perderam a capacidade de demonstrar emoções 
de maneira natural.
c	as tecnologias da informação dificultam o processo de 
comunicação interpessoal.
d	os jovens estão confusos pelo exagero de informações 
acessadas nas redes sociais.
e	os recursos tecnológicos estão ligados à forma de pensa-
-mento da atual geração.
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Questão 31
“Mutirão de análise” da lama de Mariana quer transformar 
cidadãos em pesquisadores
Pelo Facebook, a produtora audiovisual mineira Janaína, que 
morano Rio de Janeiro, começa a receber instruções sobre 
tubos de ensaio e protocolos para coletar amostras para testes 
químicos. Em alguns dias, ela irá até Governador Valadares 
(MG) e levará para análise a água que sai das torneiras da 
cidade depois que a lama liberada pelo rompimento das 
barragens em Mariana chegou ao local. E, para conseguir ajudar 
os pesquisadores, precisa saber como proceder.
O envolvimento cada vez maior de profissionais como Janaína 
na coleta científica de amostras da água e do solo da região 
do Rio Doce é uma das principais ações de um grupo de 
pesquisadores que vem se organizando pelo Facebook para 
analisar, de maneira independente, o impacto ambiental do 
desastre.
Desde a semana passada, a página do Giaia (Grupo 
Independente de Avaliação do Impacto Ambiental – Samarco/Rio 
Doce) no Facebook reúne pesquisadores e cientistas de todo o 
Brasil para um "mutirão da ciência" em diversas frentes. Nesta 
terça-feira, o grupo já tinha mais de 4 mil pessoas.
Disponível em: http://bbc.com. Acesso em: 10 dez. 2015. (Adaptado.)
No dia 5 de novembro de 2015, uma barragem de uma 
mineradora se rompeu em Mariana, Minas Gerais, arrasando 
o distrito de Bento Rodrigues e causando grande destruição no 
caminho do rio Doce.
A página de rede social mencionada no texto tem como objetivo
a	ensinar leigos a realizar pesquisas e testes químicos nas 
amostras de água.
b	reunir pesquisadores e cientistas para organizar uma 
avaliação independente.
c	envolver profissionais na coleta científica de amostras para 
análise química. 
d	produzir material audiovisual sobre os impactos do desastre 
ambiental. 
e	transformar cidadãos comuns em pesquisadores, analistas 
e cientistas.
Questão 32
Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e 
passa; mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais 
embaixo, bem diverso do em que primeiro se pensou. Viver 
nem não é muito perigoso?
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
A célebre obra de Guimarães Rosa exibe diversas marcas de 
informalidade, em diálogos marcados pela oralidade. Ainda 
assim, a fala aludida ao personagem Riobaldo revela uma 
tentativa de uso da linguagem formal, pelo emprego do(a)
a	exemplificação do pensamento, em “[...] a gente quer 
passar um rio a nado [...]”.
b	substituição de “nem” por “não”, em “[...] Viver nem não é 
muito perigoso?”.
c	referência ao rio, em “[...] bem diverso do em que primeiro 
se pensou [...]”.
d	pontuação, em “[...] um rio a nado, e passa; mas vai dar 
[...]”.
e	vocabulário culto, em “Assaz o senhor sabe [...]”
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Questão 33
Padre: (aparecendo na igreja) Que há? Que gritaria é essa?
Chicó: Mandaram avisar para o senhor não sair, porque vem 
uma pessoa aqui para trazer um cachorro que está se ultimando 
para o senhor benzer.
Padre: Para eu benzer?
Chicó: Sim.
Padre: Que maluquice! Que besteira!
João Grilo: Cansei de dizer a ele que o senhor não benzia [...].
Padre: Não benzo de jeito nenhum.
Chicó: Mas, padre, não vejo nada de mal em benzer o bicho.
João Grilo: No dia em que chegou o motor novo do Major Antônio 
Moraes o senhor não benzeu?
Padre: Motor é diferente, é uma coisa que todo mundo benze. 
Cachorro é que eu nunca ouvi falar.
Chicó: Eu acho cachorro uma coisa muito melhor que motor.
Padre: É, mas quem vai ficar engraçado sou eu, benzendo 
o cachorro. Benzer motor é fácil, todo mundo faz isso; mas 
benzer cachorro?
João Grilo: É, Chicó, o padre tem razão. Quem vai ficar 
engraçado é ele e uma coisa é benzer o motor do Major Antônio 
Moraes e outra é benzer o cachorro do Major Antônio Moraes.
Padre: Como? (mão em concha no ouvido)
SUASSUNA, Ariano. O auto da compadecida. Rio de Janeiro: Agir, 2004. Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 19 fev. 2018.
O auto da compadecida, de Ariano Suassuna, retrata de 
maneira bem-humorada a cultura popular do Nordeste. Em 
vista disso e considerando o registro presente no fragmento, 
há o predomínio de
a	palavras típicas do catolicismo.
b	vocábulos específicos de determinada região.
c	expressões simples, próximas à oralidade.
d	termos pomposos que promovem um efeito cômico.
e	pronomes de tratamento para ressaltar a reverência ao 
padre.
Questão 34
Apesar de você
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
 
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
BUARQUE, Chico. Disponível em: http://letras.mus.br/chico-buarque/7582/. 
Acesso em: 11 set. 2015. (Fragmento.)
Na música de Chico Buarque, identifica-se a função emotiva da 
linguagem por meio da(s)
a	expressão dos sentimentos do eu lírico.
b	 informações objetivas expressas na canção.
c	referência explícita ao interlocutor.
d	análise da crise do relacionamento amoroso.
e	ausência de sentido conotativo no texto.
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Questão 35
Mais Séneca e menos ansiolíticos
Cultive o espírito porque obstáculos não faltarão. O conselho 
de Confúcio poderia ter sido assinado por qualquer um dos 
filósofos estoicos. Devemos a Woody Allen uma versão moderna 
dessa máxima: “Se quer fazer Deus rir, conte a ele seus planos”. 
Um poeta espanhol a finalizou com um verso lapidar sobre o 
inexorável julgamento do tempo: “A pessoa só compreende 
depois que a vida era algo sério”.
Esses são, em termos gerais, os três vértices do estoicismo 
antigo, que parece ressurgir em nossos dias. É uma miragem? 
As sociedades modernas se encontram dominadas pela 
rentabilidade tecnocrática da selfie, a autoindulgência (todos 
nós merecemos, especialmente se pagarmos) e o capricho. 
Significa fabricar um ego frágil e injustificadamente vaidoso. 
Uma situação que pode ser supostamente remediada com uma 
boa dose de estoicismo.
Disponível em: http://bit.ly/2L7S28D. Acesso em: 27 abr. 2018.
No primeiro parágrafo, ocorre um desvio no emprego da 
norma-padrão. Esse desvio está localizado no(a)
a	emprego do imperativo afirmativo em “cultive o espírito”, já 
que o correto é “cultiva o espírito”.
b	uso da construção verbal “poderia ter sido assinado”, visto 
que o sujeito da oração pratica a ação.
c	fala de Woody Allen, em que emprega o termo “a ele” 
depois do verbo “conte” em vez de “lhe”.
d	utilização do pronome “dessa” em vez de “desta” antes da 
palavra “máxima”.
e	escolha da conjunção “porque” em vez de “portanto” na 
primeira oração.
Questão 36
Em dezembro de 2011, Belchior usou o telefone em San 
Gregorio de Polanco para ligar para o Ceará pela primeira 
vez em muitos anos. O único que atendeu de primeira foi o 
irmão, Francisco Gilberto, três anos mais novo que Belchior. 
“Como está mamãe?”, perguntou. Francisco ficou surpreso. 
“Bel, mamãe morreu já tem quatro meses.” Belchior ficou 
transtornado. “Mas por que vocês não me ligaram?”, perguntou. 
“Você não deixou nenhum telefone”, argumentou Francisco. 
Belchior soluçou ao telefone, ficou uns tempos emudecido. 
Depois, retomou as perguntas sobre temas diversos, como se 
não tivesse tocado realmente do que acontecera. Depois disso, 
nunca mais ligou.
MEDEIROS, Jotabê. Belchior: apenas um rapaz latino-americano. 
São Paulo: Todavia, 2017. p. 164-165.
Tendo em vista que esse trecho integra uma biografia do cantor 
Belchior, justifica-se a predominância da função referencial da 
linguagem porque
a	a linguagem do texto é permeada por recursos poéticos.
b	a conversa entre os irmãos foi feita por meio do telefone.
c	o biógrafo busca transmitir um fato real da vida do artista.
d	o fluxo narrativo discorre sobre a própria atividade de 
narrar.
e	o músico deixa transparecer sua emoção pela morte da 
mãe.
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Questão 37
A inteligência do herói estava muito perturbada. As cunhãs 
rindo tinham ensinado pra ele que o sagui-açu nãoera saguim 
não, chamava elevador e era uma máquina. De manhãzinha 
ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas 
sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas 
clácsons campainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As 
onças-pardas não eram onças-pardas, se chamavam fordes 
hupmobiles chevrolés dodges mármons e eram máquinas. 
Os tamanduás os boitatás as inajás de curuatás de fumo, em 
vez eram caminhões bondes autobondes anúncios-luminosos 
relógios faróis rádios motocicletas telefones gorjetas postes 
chaminés... Eram máquinas e tudo na cidade era só máquina! 
O herói aprendendo calado. De vez em quando estremecia.
ANDRADE, Mário de. Macunaíma. Disponível em: sanderlei.com.br/. 
Acesso em: 25 abr. 2018
O trecho de Macunaíma, obra modernista de Mário de Andrade 
publicada em 1928, faz referência ao(à)
a	reconhecimento da diversidade da fauna nacional.
b	processo de modernização das cidades brasileiras.
c	consumismo que provoca danos ao meio ambiente.
d	naturalidade com que a tecnologia chegou ao Brasil.
e	diversidade de grupos étnicos e sociais nas capitais.
Questão 38
Então lançamos fora os batéis e esquifes. E logo vieram todos 
os capitães das naus a esta nau do Capitão-mor. E ali falaram. 
E o Capitão mandou em terra a Nicolau Coelho para ver aquele 
rio. E tanto que ele começou a ir-se para lá, acudiram pela praia 
homens aos dois e aos três, de maneira que, quando o batel 
chegou à boca do rio, já lá estavam dezoito ou vinte.
Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas 
vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham 
todos rijamente em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez 
sinal que pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas não 
pôde deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por 
o mar quebrar na costa. Somente arremessou-lhe um barrete 
vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça, e 
um sombreiro preto. E um deles lhe arremessou um sombreiro 
de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas 
vermelhas e pardas, como de papagaio. E outro lhe deu um 
ramal grande de continhas brancas, miúdas que querem parecer 
de aljôfar, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa 
Alteza. E com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder 
haver deles mais fala, por causa do mar.
CAMINHA, Pero Vaz de. A Carta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/. 
Acesso em: 29 abr. 2018.
A carta de Pero Vaz de Caminha foi escrita em 1500 e narra a 
primeira impressão dos portugueses ao chegar ao Brasil. No 
trecho, o principal objetivo do autor foi
a	solicitar reforços para dar início à colonização.
b	criticar o comportamento de Nicolau Coelho.
c	 informar sobre um povo falante de português.
d	revelar as riquezas naturais das terras brasileiras.
e	descrever os índios que foram encontrados na praia.
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Questão 39
Encontraram-se de novo 15 anos depois. [...] Ela disse “quase 
não reconheci você sem fantasias”. Ele custou a reconhecê-la. 
[...] nunca a reconheceria [...].
E a todas essas [informações] ele pensando: digo ou não digo 
que aquele foi o momento mais feliz da minha vida, Bandeira 
Branca, a cabeça dela no meu ombro, e que todo o resto da 
minha vida será apenas o resto da minha vida? E ela pensando: 
como é mesmo o nome dele? Péricles. Será Péricles? Ele: digo 
ou não digo que não cheguei mesmo inteiro aos 30, e que ainda 
tenho o leque? Ela: Petrarco. Pôncio. Ptolomeu...
VERISSIMO, Luis Fernando. Conto de verão no 2: Bandeira Branca. In: MARICONI, Italo 
(Org.). Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 
(Fragmento.)
Esse fragmento retirado do conto contemporâneo de Luis 
Fernando Verissimo narra o encontro, por acaso, em um 
aeroporto, de dois personagens que festejavam o Carnaval na 
infância, mas pararam de se ver há mais de 15 anos. Em relação 
à capacidade de renovação dos personagens na literatura, o 
fragmento apresenta o(a)
a	previsibilidade dos indivíduos, caracterizados como lineares.
b	heroísmo da mulher, como uma figura à frente de seu tempo.
c	protagonista feminina como ingênua e influenciável.
d	mulher como um ser não idealizado.
e	homem como anti-herói.
Questão 40
No teatro invisível uma cena do cotidiano é encenada e 
apresentada no local onde poderia ter acontecido, sem que se 
identifique como evento teatral. Dessa forma, os espectadores 
são reais participantes, reagindo e opinando espontaneamente 
sobre a discussão provocada pela encenação, pensando que 
estão vivenciando uma situação real.
A preparação desse tipo de teatro deve ser como a de uma 
cena normal, reunindo os principais elementos: personagens 
com caracterizações e ideia central; deve haver um roteiro 
preestabelecido, apresentando princípio, meio e fim e que deve 
ser ensaiado.
Disponível em: https://www.ctorio.org.br/home/metodo/. Acesso em: 28 abr. 2018. 
(Adaptado.)
A principal diferença entre o teatro invisível e os outros gêneros 
teatrais é
a	acontecer em locais diferentes ao tipo de situação encenada.
b	a rotina frequente de ensaios apesar do conteúdo das cenas.
c	o convite aos espectadores para que eles participem 
reagindo às cenas.
d	o fato de os espectadores não serem informados previa-
-mente do caráter da atividade. 
e	se basear em acontecimentos distintos aos cotidianos para 
a criação das cenas.
Questão 41
“Arte rupestre” é o termo que denomina as representações 
artísticas pré-históricas realizadas em paredes, tetos e outras 
superfícies de cavernas e abrigos rochosos, ou mesmo sobre 
superfícies rochosas ao ar livre. A arte rupestre divide-se em 
dois tipos: a pintura rupestre, composições realizadas com 
pigmentos, e a gravura rupestre, imagens gravadas em incisões 
na própria rocha.
Em geral, trazem representações de animais, plantas e pessoas, 
e sinais gráficos abstratos, às vezes usados em combinação. 
Sua interpretação é difícil e está cercada de controvérsia, mas 
pensa-se correntemente que possam ilustrar cenas de caça, 
ritual, cotidiano, ter caráter mágico e expressar, como uma 
espécie de linguagem visual, conceitos, símbolos, valores e 
crenças.
Por tudo isso, [...] há uma tendência recente de substituir 
a denominação "arte" rupestre por "registro" rupestre, 
considerando a incerteza que cerca seu significado.
Disponível em: https://goo.gl. Acesso em: 26 abr. 2018. (Adaptado.)
Considerando-as como arte visual, as superfícies rochosas 
em que pinturas e incisões eram feitas podem ser entendidas 
como o(a)
a	base desprezível para o registro cultural de uma sociedade.
b	expressão do vandalismo que se perpetua ao longo da História.
c	elemento determinante para que a obra seja considerada arte.
d	 fator que torna a obra híbrida ao se relacionar com a História.
e	suporte em que se expressa e que também compõe a obra.
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Questão 42
 
Javcho Savov/ <https://www.estense.com/>
A imagem é uma paródia do famoso quadro Guernica, de 
Pablo Picasso (1881-1973). Por meio desse recurso, a charge 
pretende refletir que
a	o desespero dos refugiados é mais justificável que o das 
vítimas de guerra.
b	o drama dos refugiados na Europa não desperta interesse 
político.
c	a guerra é a causa principal do fluxo imigratório para a 
Europa.
d	a morte de refugiados é comparável às mortes da guerra.
e	os refugiados sofrem enquanto os ricos se divertem nos 
iates.
Questão 43
A americana Alysia Johnson Montano fez o melhor tempo de 
classificação na prova dos 800 m rasos feminino de 2min00s47, 
mas ela não foi o destaque da disputa. Sarah Attar [...] não se 
classificou, porém chamou a atenção por participar de véu e calça.
Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 26 maio 2015.
Durante os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a atleta Sarah 
Attar se destacou por utilizar elementos típicos de sua cultura e 
religião durante a disputa esportiva. A partir do trecho, pode-se 
inferir que o uso do véu e da calçaconfirma
a	a influência direta dos aspectos culturais e religiosos no 
esporte, indissociáveis da realidade do atleta.
b	a tentativa da atleta de fazer um protesto pacífico contra as 
condições de vida das mulheres em seu país.
c	o anacronismo da religião muçulmana, que não permite 
que mulheres exponham seu corpo, mesmo no esporte.
d	o desrespeito pela cultura do esporte em si, que não é 
diretamente ligado a nenhuma religião específica.
e	o utilitarismo das roupas esportivas, que, quando bem 
projetadas, melhoram a performance do atleta.
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Questão 44
Todo mundo sabe que a prática de exercícios traz uma série 
de benefícios para a saúde. Em termos biológicos, músculos, 
sistema circulatório, respiratório e ossos são áreas que se 
beneficiam dessas atividades. Porém, seja por meio da liberação 
de neurotransmissores, seja pela relação interpessoal ou até 
pela preocupação com a alimentação, a prática de exercícios 
físicos ajuda a promover outros aspectos do bem-estar nos 
praticantes.
“O ser humano é um ser biopsicossocial. Para alcançar o bem-
estar, ele deve desenvolver tanto sua área biológica quanto a 
psicológica e social”, comenta Daniele Ignacio, pós-doutoranda 
em Educação Física pela UFRJ. “A partir de 30 minutos de 
atividades, o corpo libera neurotransmissores relacionados ao 
prazer. Isso faz com que os exercícios sejam recomendados 
para combater a depressão, eliminando a necessidade de 
medicamentos”, comenta Daniele.
Disponível em: http://redeglobo.globo.com. Acesso em: 28 jun. 2017. (Adaptado.)
Ao descrever as áreas mais favorecidas quando se mantém 
uma vida fisicamente ativa, o texto destaca que essa prática
a	traz benefícios para o corpo, mas atua também sobre o 
bem-estar mental.
b	desenvolve as funções cognitivas e cerebrais, pois libera 
neurotransmissores.
c	ajuda no equilíbrio da alimentação, ao aumentar o gasto 
calórico do praticante.
d	melhora a saúde em geral, porém somente se estendida 
por mais de 30 minutos.
e	gera a sensação de prazer, quando combinada com a 
ingestão de medicamentos.
Questão 45
Apesar de toda a boa intenção e legitimidade das famosas 
“peladas” beneficentes de fim de ano, muitos jogadores 
profissionais reclamam o ano todo do calendário exagerado e 
do excesso de jogos ao longo da temporada, porém, quando 
têm a oportunidade de permanecer longe da bola e dos 
gramados, fazem questão de participar desses jogos. Então, 
será que em época de férias, ao invés de descansar, esses 
atletas continuam se desgastando e prejudicando seu preparo 
para a próxima temporada? Pelo contrário. Ao participar de um 
evento beneficente, o jogador é capaz de sentir-se bem por 
ajudar outras pessoas e pelo fato de encontrar muitos amigos 
e se divertir ao invés de competir – esse evento poderá até 
auxiliar no seu descanso e no seu relaxamento, especialmente 
no aspecto mental.
Disponível em: http://universidadedofutebol.com.br. Acesso em: 29 jun. 2017. (Adaptado.)
O texto descarta qualquer prejuízo das “peladas” de fim de ano 
para o desempenho de atletas do futebol, uma vez que, nesse 
caso, a prática se distancia da realidade competitiva dos jogos 
profissionais por
a	não exigir qualquer esforço físico do atleta.
b	contar especialmente com atletas em recuperação física.
c	ocorrer durante o período de férias dos clubes de futebol.
d	ter um caráter de treinamento para a temporada seguinte.
e	promover a caridade e a interação social entre os jogadores.
 
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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas 
copiadas desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
4.3. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
4.4. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Informação vs Conhecimento
Hoje, a informação é massificada, imediata e de fácil acesso. Esse excesso de informação sobrecarrega nossa mente e nos 
causa diversas sensações. Não raramente sentimos que podemos saber qualquer coisa, que não sabemos de nada, que estamos 
esquecendo de alguma coisa, etc. O escritor José Saramago chamou isso de cegueira branca, ou seja, uma quantidade de 
informação tão grande que se torna não informação. 
É a Internet com suas redes sociais, os blogs, os jornais, a TV e até mesmo o rádio. Todos esses meios de comunicação nos 
oprimem de maneira constante, nos pressionam, nos abatem, e quer saber por quê? Somos consumidores massivos de qualquer 
tipo de informação, até mesmo as mais inúteis, que acabam sendo absorvidas “goela abaixo”. Você liga a TV e um volume enorme 
de informação é transmitido, ao sair na rua, diversos letreiros, propagandas e placas ofuscam a visão – todos os lugares estão 
repletos de informações. 
Frente a essa situação [...], quem tem a informação tem mesmo o poder? Com o excesso de informação disponível, quem se 
destaca são os que conseguem produzir conhecimento. Isso mesmo, produzir. Pois o processo do conhecimento, diferentemente 
do processo de absorção da informação, é proativo. 
BRITO, Diego. Disponível em: https://www.profissionaisti.com.br/2011/07/informacao-vs-conhecimento/. Acesso em: 15 jan. 2019. (Adaptado.)
TEXTO II
Viva menos e se conecte mais
Todo mundo devia passar mais tempo na internet, não menos, como esbravejam os defensores da “vida real”. Acredite (e aproveite): 
dentro de você cabe muita informação.
Não passa um dia sem que alguém apareça na minha timeline do Twitter ou do Facebook se gabando de ter passado muito tempo 
longe da internet e de por isso mesmo estar muito mais feliz. Minha reação é a mesma que eu teria se alguém se gabasse de não 
ir a um museu há muito tempo, ou de estar há um ano sem ler um livro, e de por isso mesmo estar muito mais feliz. Mas a internet 
não é um museu nem um livro, alguém dirá; não, são muitos museus e muitos livros. Além disso são milhares de músicas e filmes, 
dezenas de séries e alguns jornais espalhados aqui e acolá. 
 “Mas há um excesso de informação! Minha cabeça dói!” Sim, há, em abstrato, ou flutuando na internet. Mas não nas nossas 
cabeças. Se as chacoalharmos, perceberemos que continuam quase vazias. O quê? Só porque sabemos os nomes de seis ou 
sete atrizes e de um par de cantoras bregas, você acha que a sua cabeça está excessivamente cheia? Que precisa esvaziá-la e 
enxaguá-la? Só porque leu um blog de fofoca durante um mês, quando na verdade esqueceu sete oitavos de tudo? Há espaço 
para muito mais informação, e nossas mentes são cavernas tão gigantescas que até mesmo para trivialidades há espaço. 
“Excesso de informação” tinha Aurélio Buarque de Holanda, não nós. Acha que conhecimento dá caspa? Que medo supersticioso 
de conhecimento é esse? Tenha todos os tipos. Comece pelos triviais e, quando souber lidar com eles sem aflição, vá subindo 
para os importantes. Mas não mantenha a cabeça vazia à espera de que um dia a Sabedoria Verdadeira entre. Não é o seu 
conhecimento dos nomes dos Pokemons que impede sua entrada. 
SILVA, Alexandre Soares. Disponível em: https://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/viva-menos-e-se-conecte-mais/. Acesso em: 14 jan. 2019. 
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TEXTO III
Brasileiro é um dos campeões em tempo conectado na internet
Dados de um levantamento do Comitê Gestor da Internet no Brasil, divulgados em julho deste ano, apontam que 49% dos internautas 
brasileiros usam apenas o telefone celular para acessar a rede. Foi a primeira vez que um estudo apontou esta alternativacomo 
a mais frequente forma de se conectar no país – usuários que combinam acessos por computador e celular somam 47%. 
“Na verdade, esta é uma tendência global. Mais pessoas do mundo inteiro têm usado o celular para se conectar à internet. Hoje, 
39% da população do planeta, 2,9 bilhões de pessoas, usam o smartphone para acessar”, explica Celina Bottino, diretora de 
projetos do Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio). 
O Brasil é um dos campeões mundiais em tempo de permanência na rede: está em terceiro lugar, já que o internauta brasileiro 
fica, em média, nove horas e 14 minutos por dia conectado. O número, levantado pela Hootsuite e We Are Social, coloca o país 
atrás apenas de Tailândia (com nove horas e 38 minutos) e Filipinas (com nove horas e 24 minutos). 
“Este tempo conectado pode ter sido impactado pela migração para o telefone celular. Considerando a rotina de alguém que trabalha, 
você não imagina que a pessoa ficará nove horas por dia na frente de uma tela de computador. O maior acesso a smartphones 
também influencia em mais uso de redes sociais, inclusive outras utilizações, que cresceram. Por exemplo: a atividade mais comum 
é a troca de mensagens em aplicativos”, destaca Bottino. 
Disponível em: https://g1.globo.com/especial-publicitario/em-movimento/noticia/2018/10/22/brasileiro-e-um-dos-campeoes-em-tempo-conectado-na-internet.ghtml. Acesso em: 15 jan. 2019.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto 
dissertativo-argumentativo, em modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema “Era da informação ou distração?”, 
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e 
coesa, argumentos e fatos a para defesa de seu ponto de vista. 
 
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CIÊNCIAS HUMANAS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões 46 a 90
Questão 46
TEXTO I
Cidade de São Paulo tem mais de 200 rios
O município possui nada menos que 186 bacias hidrográficas 
catalogadas pela prefeitura, o que representa mais de 200 
cursos de água.
Há os casos do rio Verde e do Água Preta, que serpenteiam 
por baixo de bairros da zona oeste. E há muitos tampados por 
avenidas, como o Saracura (que nasce próximo ao Museu de 
Arte de São Paulo e à avenida Paulista), o Itororó e o Pacaembu, 
na região central. "Os rios continuam vivos apesar de estarem 
tampados e misturados com esgoto", diz o geógrafo Luiz de 
Campos Jr., um dos criadores da iniciativa Rios e Ruas, que 
busca os cursos d’água esquecidos pela cidade.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2016/02/25/cidade-de-
sao-paulo-tem-mais-de-200-rios-quantosvoce-ve.htm. Acesso em: 17 jun. 2019.
TEXTO II
Após meses na periferia, seca já chega a bairros 
nobres de São Paulo
No Jardim Jaraguá, a 20 km ao noroeste de onde Mota trabalha, 
falta água desde o ano passado. “Só agora os moradores aqui 
começaram a reclamar do problema."
Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2015/01/15/politica/1421340247_652217.html. 
Acesso em: 17 jun. 2019.
Pode-se afirmar que a dinâmica de ocupação espacial contribui 
para a escassez hídrica na medida em que
a	aumenta a proteção das águas ao canalizá-la. 
b	 ignora a existência de longos períodos de estiagem. 
c	não considera o ciclo natural não renovável da água. 
d	gera demanda superior ao volume disponível de água.
e	desconsidera a dinâmica espacial dos recursos hídricos.
Questão 47
A tabela a seguir apresenta a participação de cada fonte de 
geração de energia no Brasil.
Fontes energéticas brasileiras
Fonte Participação (%)
Carvão 5,7
Cana-de-açúcar 17
Gás natural 13
Hidráulica 12
Lenha e carvão vegetal 8
Nuclear 1,4
Outras renováveis 5,9
Outras não renováveis 0,6
Petróleo e derivados 36,4
Matriz Energética Brasileira 2017 (BEN,2018). 
Disponível em: http://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica. 
Acesso em: 28 out. 2019.
A baixa participação do carvão mineral na produção de energia 
é explicada pela(o) 
a	aproveitamento do alto potencial hidráulico.
b	 insuficiência de reservas petrolíferas no Brasil.
c	proibição brasileira de utilizar fontes poluentes.
d	direcionamento do carvão brasileiro para exportação.
e	necessidade de grandes terrenos para construir termelétricas.
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Questão 48
TEXTO I
Cientistas da Embrapa desenvolveram o primeiro sistema 
orgânico do país para a produção do maracujazeiro. 
Experimentos realizados no município de Lençóis, na Chapada 
Diamantina, Bahia, mostraram níveis de produtividade muito 
superiores aos registrados no sistema convencional no estado: 
28 toneladas por hectare (t/ha) contra 10,5 t/ha, em média. 
Pesquisadores desenvolvem primeiro sistema orgânico de maracujá do país. Embrapa. 
Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/44331985/
pesquisadores-desenvolvem-primeiro-sistema-organico-de-maracuja-do-pais. 
Acesso em: 28 out. 2019.
TEXTO II
O uso indiscriminado de agrotóxicos na produção agrícola gera 
um ciclo vicioso. “A gente usa o agrotóxico para tentar fazer com 
que menos pragas vão às plantações para devastar aquelas 
plantações, só que, junto com as pragas morrem também os 
insetos benéficos. E aí você diminui a produtividade, porque 
tira o polinizador. E aí você desmata mais o entorno, diminui 
a área onde a abelha pode morar, usa mais agrotóxico para 
tentar aumentar a plantação. Só que você diminui a população 
de polinizadores e diminui também a produção, e assim vai…”, 
explica o especialista.
ARAGAKI, Caroline. Morte de meio bilhão de abelhas é consequência de agrotóxicos. 
Jornal da USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/morte-de-meio-bilhao-de-
abelhas-e-consequencia-de-agrotoxicos/. Acesso em: 28 out. 2019.
No contexto agropecuário moderno, é possível verificar a 
importância da tecnologia quando se observa que
a	modificações gênicas diminuíram drasticamente o uso de 
agrotóxicos.
b	práticas tidas como convencionais atingiram um desenvol-
-vimento insuperável.
c	problemas como a fome estão relacionados com a imposição 
natural de pragas.
d	novas tecnologias podem reverter impactos de tecnologias 
tidas como convencionais.
e	eliminou-se a necessidade de considerar dinâmicas naturais 
de desenvolvimento vegetal.
Questão 49
Bósnia apresenta pedido formal de adesão à 
União Europeia
A Bósnia-Herzegovina apresentou hoje (15) oficialmente o 
pedido de adesão à União Europeia, mas terá de acelerar as 
reformas prometidas para evitar que o processo de entrada se 
prolongue por vários anos.
[...]
Definida em 2003 como “potencial candidato” à entrada na UE, 
o país que fazia parte da ex-Iugoslávia nunca conseguiu entrar 
no grupo, em particular devido às disputas políticas internas 
entre sérvios, croatas e muçulmanos, que têm paralisado o 
processo de reformas exigido pelos membros do bloco europeu. 
O país vive assolado por impasses políticos e graves problemas 
econômicos.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2016-02/bosnia-
apresenta-pedido-formal-de-adesao-uniaoeuropeia. Acesso em: 7 jul. 2019.
Quanto ao atual estágio da globalização, um aspecto potencial-
-mente negativo dele corresponde à
a	difusão cultural. 
b	 livre circulação de pessoas.
c	 invisibilidade dos aspectos locais. 
d	 integração diplomática dos países 
e	unificação de políticas de direitos humanos. 
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Questão 50
Maria da Penha Macena, de 51 anos, venceu uma longa queda 
de braço com a Prefeitura para permanecer na Vila Autódromo, 
comunidade onde vive há 23 anos, e de onde as autoridades 
municipais queriam desalojá-la para tocar as obras olímpicas.
“Estou satisfeita porque o que eu mais queria era ficar