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Prova_comentada_TJCE_2022_Analista_Judiciario_Area_Judiciaria

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Prévia do material em texto

1 
CURSO MEGE 
 
Site: www.mege.com.br 
Celular/Whatsapp: (99) 982622200 
Fanpage: /cursomege 
Instagram: @cursomege 
Turma: TJCE (Reta Final | Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Material: Prova Comentada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROVA COMENTADA 
Analista Judiciário - Área Judiciária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
APRESENTAÇÃO 
 
 Olá! Tudo bem, futuros Analistas do TJCE? 
 Estudamos muitas semanas para este concurso em nossa turma de reta final, 
com tudo extremamente direcionado para a prova (raio-x das disciplinas, resumos, 
simulados, material de lei seca, dentre outras atividades). 
 Agora, para fechar com chave de outro, comentamos a prova objetiva do 
certame. É um material de leitura imprescindível, que serve como fonte de estudo e, 
ainda, para entender seus eventuais erros nesta prova. 
 Não bastasse isso, em nossas provas comentadas, apontamos as questões 
passíveis de recurso, e, aqui, no TJCE, vislumbramos como passível de recurso a questão 
34, que se refere a Direito Administrativo. 
 Então, é isso. Estamos na torcida por todos vocês. 
 Contem sempre com nossa equipe! 
 Grande abraço! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 2 
CONHECIMENTOS BÁSICOS ............................................................................................. 4 
LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO ............................................................................. 14 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 23 
DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................................................ 23 
DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................................................ 33 
DIREITO CIVIL ................................................................................................................. 43 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ........................................................................................... 50 
DIREITO PENAL ............................................................................................................... 57 
DIREITO PROCESSUAL PENAL ........................................................................................ 67 
 
 
 
 
4 
CONHECIMENTOS BÁSICOS 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 6, baseie-se no texto abaixo. 
 
O exercício da crônica 
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; 
não a prosa de um romancista, na qual este é levado pelas personagens e situações que 
criou. 
 Alguns cronistas escrevem de maneira simples e direta, sem caprichar demais 
no estilo, mas enfeitando-o aqui e ali desses pequenos achados que são sua marca 
registrada. Outros, de modo lento e elaborado, que o leitor deixa para mais tarde como 
um convite ao sono. Outros ainda, e constituem a maioria, “tacam o peito” na máquina 
de escrever e cumprem o dever cotidiano da crônica como uma espécie de desespero, 
numa atitude de “ou vai ou racha”. 
Há os eufóricos, cuja prosa procura sempre infundir vida e alegria em seus 
leitores; e há os tristes, que escrevem com o fito exclusivo de desanimar a gente não só 
quanto à vida, como quanto à condição humana e às razões de viver. Há também os 
modestos, que ocultam cuidadosamente a própria personalidade atrás do que dizem; 
em contrapartida, os vaidosos castigam no pronome da primeira pessoa e colocam-se 
como a personagem principal de todas as situações. 
 Como se diz que é preciso um pouco de tudo para fazer um mundo, todos esses 
“marginais da imprensa”, por assim dizer, têm o seu papel a cumprir. Uns afagam 
vaidades, outros as espicaçam; este é lido por puro deleite, aquele por puro vício. Mas 
uma coisa é certa: o público não dispensa a crônica, e o cronista afirma-se cada vez mais 
como o cafezinho quente logo pela manhã. 
 Coloque-se porém, ó leitor, ingrato leitor, no papel do cronista. Dias há em que, 
positivamente, a crônica “não baixa”. O cronista levanta-se, senta-se, levanta de novo, 
chega à janela, põe um disco na vitrola, dá um telefonema, relê crônicas passadas em 
busca de inspiração – e nada. Aí então, se ele é cronista de verdade, ele se pega pela 
gola e diz: “Vamos, escreve, ó mascarado! Escreve uma crônica sobre essa cadeira que 
está à sua frente, e que ela seja bem feita e divirta seus leitores!” E o negócio sai de 
qualquer maneira. 
 (Adaptado de: MORAES, Vinícius de. Os sabiás da crônica. Antologia. Org. Augusto 
Massi. Belo Horizonte: Autêntica, 2021, p. 103-104). 
1. Considerando o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do 
texto em: 
(A) Uns afagam vaidades, outros as espicaçam (4o parágrafo) = uns propiciam 
futilidades, outros se ressentem de sua falta. 
 
 
5 
(B) pequenos achados que são sua marca registrada (2o parágrafo) = detalhes criativos 
que fazem seu estilo. 
(C) infundir vida e alegria em seus leitores (3o parágrafo) = dirimir a vitalidade e a euforia 
de seu público. 
(D) com o fito exclusivo de desanimar (3o parágrafo) = no intento fortuito de 
desacreditar. 
(E) os vaidosos castigam no pronome da primeira pessoa (3o parágrafo) = os orgulhosos 
se penitenciam pelo descuido pronominal. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. “Afagar vaidades” tem o sentido de “ninar/acariciar/favorecer 
vaidades”; e espicaçar vaidades tem o sentido de “ferir/afligir/torturar vaidades”. Não 
há aqui, portanto, ideia de propiciar ou ressentir. 
(B) CORRETA. No final do 1º período do 2º parágrafo, o trecho “pequenos achados que 
são sua marca registrada” dá ideia de “detalhes criativos que fazem seu estilo”. 
(C) INCORRETA. O trecho “infundir vida e alegria em seus leitores” não significa “dirimir 
a vitalidade e a euforia de seu público”. “Infundir” dá ideia de influir, inspirar; já o 
vocábulo “dirimir” tem o sentido de extinguir, anular, desfazer. 
(D) INCORRETA. O trecho “com o fito exclusivo de desanimar” tem o sentido de “com o 
objetivo primordial de causar desânimo”. Não significa, pois, no intento fortuito (casual) 
de desacreditar. 
(E) INCORRETA. O fragmento “os vaidosos castigam no pronome da primeira pessoa” dá 
ideia de que os vaidosos usam com intensidade os pronomes de primeira pessoa. 
_______________________________________________________________________ 
2. Ao buscar caracterizar o trabalho específico de um cronista e sua repercussão junto 
ao público, Vinícius de Moraes 
(A) conclui que a prática da crônica leva um escritor a ter facilidade em cultivar uma 
linguagem literária que ele desempenha de modo mecânico. 
(B) compara a crônica com o romance, para concluir que neste, ao contrário daquela, a 
relação entre os fatos ou personagens tratados é mais aleatória ou casual. 
(C) estabelece uma oposição entre o cronista de estilo simples e direto e aquele que 
conquista seu público por conta de uma linguagem mais pausada e mais trabalhada. 
(D) opõe os cronistas tristes aos modestos, mostrando que os melancólicos se 
caracterizam pelo ocultamento dos traços principais de sua personalidade. 
(E) considera que a leitura de crônicas, por mais variadas que sejam em sua forma e em 
seu espírito, já se incorporou aos hábitos cotidianos de seu público. 
 
 
6 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. Não há a conclusão proposta na alternativa, uma vez que escrever uma 
crônica pode ser uma tarefa árdua. 
(B) INCORRETA. É na crônica, e não no romance, que a relação entre os fatos ou os 
personagens tratados é mais aleatória ou casual.(C) INCORRETA. O texto não estabelece oposição entre cronistas, apenas cita os vários 
tipos deles. 
(D) INCORRETA. A alternativa extrapola aquilo que se pode inferir do texto. 
(E) CORRETA. Como gênero que trata do dia a dia, independentemente de sua 
variedade, a crônica já faz parte do cotidiano do leitor. Essa informação pode ser 
inferida, principalmente, do 4º parágrafo do texto: “o público não dispensa a crônica”. 
_______________________________________________________________________ 
3. O autor da crônica, ao se valer da expressão 
(A) “não baixa” (5o parágrafo), considera o caso em que o tema encontrado pelo 
cronista lhe parece erudito demais para ser desenvolvido. 
(B) “prosa fiada” (1o parágrafo), qualifica uma linguagem que constitui o desafio maior 
de um cronista que deseja se passar por um romancista. 
(C) “tacam o peito” (2o parágrafo), refere-se ao modo como os cronistas se aproveitam 
de uma inspiração sublime para escrever. 
(D) “ou vai ou racha” (2o parágrafo), alude à autodeterminação que um cronista deve 
ter em sua específica rotina de escritor. 
(E) “marginais da imprensa” (4o parágrafo), alude a seus colegas de ofício que 
desvirtuam a dignidade do jornalismo. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. A expressão “não baixa” (5º parágrafo)” significa que a crônica não 
surge, não acontece, não vai para o papel. 
(B) INCORRETA. A expressão “prosa fiada” (1º parágrafo) alude a uma prosa simples, 
que aborda o cotidiano, representando uma prosa menos elaborada e complexa que a 
prosa de um romance, por exemplo. 
(C) INCORRETA. A expressão “tacam o peito” (2º parágrafo) refere-se à ação, à ousadia 
para escrever. 
 
 
7 
(D) CORRETA. A expressão “ou vai ou racha” (2º parágrafo), certamente faz menção à 
autodeterminação que um cronista deve ter em sua específica rotina de escritor. 
(E) INCORRETA. A expressão “marginais da imprensa” (4º parágrafo) não se refere a 
colegas de ofício que desvirtuam a dignidade do jornalismo. Como a crônica trata do 
banal, do trivial, do que geralmente não interessa aos demais gêneros jornalísticos, o 
cronista usa o termo para fazer alusão aos que “estão à margem” no ofício de escritores, 
considerando o gênero textual que produzem. 
_______________________________________________________________________ 
4. Ao afirmar que todos os cronistas têm o seu papel a cumprir (4o parágrafo), o autor 
se apoia no seguinte argumento: 
(A) escrevem de maneira simples e direta (2o parágrafo). 
(B) ocultam cuidadosamente a própria personalidade (3o parágrafo). 
(C) colocam-se como a personagem principal de todas as situações (3o parágrafo). 
(D) os vaidosos castigam no pronome da primeira pessoa (3o parágrafo). 
(E) é preciso um pouco de tudo para fazer um mundo (4o parágrafo). 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. 
(B) INCORRETA. 
(C) INCORRETA. 
(D) INCORRETA. 
(E) CORRETA. Ao afirmar que “todos os cronistas têm o seu papel a cumprir” (4º 
parágrafo), o autor se apoia no argumento presente no início do mesmo parágrafo: “é 
preciso um pouco de tudo para fazer um mundo”. 
A, B, C, D estão INCORRETAS, pois não são argumentos em que o autor do texto apoia 
a afirmação de “que todos os cronistas têm o seu papel a cumprir” (4º parágrafo). 
_______________________________________________________________________ 
5. Está plenamente adequado o emprego do elemento sublinhado na frase: 
(A) Vinícius de Moraes trata aqui de um gênero literário com o qual se notabilizou, 
juntamente com a poesia e as canções. 
(B) A crônica é um gênero literário em cuja diversidade o autor do texto busca bem 
caracterizar para os leitores. 
(C) A elaboração por demais artificial da linguagem é um recurso do qual os leitores não 
costumam deixar-se atrair. 
 
 
8 
(D) Se um leitor se colocar no papel de um cronista, logo surgirão as dificuldades 
desafiadoras das quais se deparará. 
(E) Ler crônicas é um desses hábitos pelos quais muitos se rendem, tal como ocorre com 
o do cafezinho pela manhã. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
(A) CORRETA. Na letra A, a preposição e o pronome relativo (com o qual) foram 
corretamente empregados, considerando-se a regência do verbo “notabilizar-se” 
(notabilizar-se com). 
(B) INCORRETA. O verbo “caracterizar” é transitivo direto, portanto não rege a 
preposição “em”. Sendo assim, o pronome relativo “cuja” não vem precedido da 
preposição “em”. 
(C) INCORRETA. No lugar de “do qual”, deve-se usar “pelo qual”, considerando-se a 
regência de “deixar-se atrair” (deixar-se atrair por). 
(D) INCORRETA. No lugar de “das quais”, deve-se usar “com as quais”, considerando-se 
a regência do verbo “deparar-se” (deparar-se com). 
(E) CORRETA. No lugar de “pelos quais”, deve-se usar “aos quais”, considerando-se a 
regência do verbo “render-se” (render-se a). 
_______________________________________________________________________ 
6. As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase: 
(A) Quando não ocorre aos cronistas quaisquer temas de alguma relevância, podem 
surgir-lhes como saída ficar falando da falta de assunto. 
(B) Não cabem aos cronistas se deixarem levar, em sua prosa informal, pelos mesmos 
recursos que mobilizam um romancista. 
(C) É com desafios diários de criatividade que um cronista se depara, para bem cumprir 
as funções que espera dele seu público cativo. 
(D) As várias modalidades de crônica que ressaltam esse texto deve-se à preocupação 
do autor em tipificar a diversidade dos cronistas. 
(E) Aos chamados “marginais da imprensa”, criativos cronistas de jornal, cumprem 
prestigiar a oralidade e a simplicidade da linguagem. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
 
9 
(A) INCORRETA. Retificando: Quando não ocorrem aos cronistas quaisquer temas de 
alguma relevância, pode surgir-lhes como saída ficar falando da falta de assunto. 
“Ocorrer” concorda com o sujeito “quaisquer temas de alguma relevância”; a locução 
“pode surgir” tem como sujeito “ficar falando da falta de assunto”. 
(B) INCORRETA. Retificando: Não cabe aos cronistas deixarem-se levar, em sua prosa 
informal, pelos mesmos recursos que mobilizam um romancista. O sujeito do verbo 
“caber” é oracional “deixarem-se levar”, por isso “caber” não flexiona. 
(C) CORRETA. Alternativa sem erros: É com desafios diários de criatividade que um 
cronista se depara, para bem cumprir as funções que espera dele seu público cativo. 
(D) INCORRETA. Retificando: As várias modalidades de crônica que ressalta esse texto 
deve-se à preocupação do autor em tipificar a diversidade dos cronistas. O sujeito de 
“ressalta” é “esse texto” (3ª pessoa do singular). 
(E) INCORRETA. Retificando: Aos chamados “marginais da imprensa”, criativos cronistas 
de jornal, cumpre prestigiar a oralidade e a simplicidade da linguagem. O sujeito de 
“cumpre” é oracional (“prestigiar a oralidade e a simplicidade da linguagem”), por isso 
“cumpre” não flexiona. 
_______________________________________________________________________ 
 
Atenção: Para responder às questões de números 7 a 12, baseie-se no texto abaixo. 
 
Brincadeiras de criança 
Entre as crianças daquele tempo, na hora de formar grupos pra brincar, alguém 
separava as sílabas enquanto ia rodando e apontando cada um com o dedo: “Lá em ci-
ma do pi-a-no tem um co-po de ve-ne-no, quem be-beu mor-reu, o cul-pa-do não fui 
eu”. Piano? Qual? Veneno? Por quê? Morreu? Quem? Tratava-se de uma “parlenda”*, 
como aprendi bem mais tarde, mas podem chamar de surrealismo, enigma, senha 
mágica, charada... 
Mesmo as nossas cartilhas de alfabetização tinham seus mistérios: uma das 
lições iniciais era a frase “A macaca é má”, com a ilustração de uma macaquinhaespantada e a exploração repetida das sílabas “ma” e “ca”. Ponto. Nenhuma história? 
Por que era má a macaquinha? Depois aprendi que “má macaca” é um parequema**. A 
gente vai ficando sabido e ignorando o essencial. O que, afinal, teria aprontado a má 
macaquinha da cartilha? 
A grande poeta Orides Fontela usou como epígrafe de um de seus livros de alta 
poesia (Helianto, 1973) esta popular quadrinha de cantiga de roda: 
“Menina, minha menina, Faz favor de entrar na roda 
Cante um verso bem bonito Diga adeus e vá-se 
embora” 
 
 
10 
Ou seja: brincando, brincando, eis a nossa vida resumida, em meio aos densos 
poemas de Orides, a nossa vida, em que cada um de nós se apresenta aos outros, busca 
dizer com capricho a que veio no tempinho que teve e...adeus. Podem soar fundo as 
palavras mais inocentes: “ir-se embora”, depois da viva roda... E ir-se embora sem saber 
mais nada daquele copo de veneno em cima do piano ou da macaquinha da cartilha, 
eternamente condenada a ser má. Ir-se embora já ouvindo bem ao longe as vozes das 
crianças cantando na roda. 
 * parlenda: palavreado utilizado em brincadeiras infantis ou jogos de memorização. 
** parequema: repetição de sons ou da sílaba final de uma palavra, no início da palavra 
seguinte. 
(Adaptado de: MACEDÔNIO, Faustino. Casos de almanaque, a publicar) 
_______________________________________________________________________ 
7. As “brincadeiras de criança”, anunciadas pelo título do texto, são depois 
especificadas como 
(A) práticas nascidas da fantasia adulta, criadas para entreter as crianças e remover 
delas os sentimentos do medo e da dúvida. 
(B) criações linguísticas de caráter didático, cujo intuito essencial é estimular nas 
crianças o hábito da investigação científica. 
(C) jogos de palavras aparentemente sem sentido, mas que não tardam a revelar-se 
como formulações carregadas de claro ensinamento. 
(D) construções verbais encantatórias, seja pelo mistério que encerram, seja pela 
utilidade ou animação das palavras de que se fazem. 
(E) demonstrações da fértil imaginação infantil, que cria e elabora palavras nascidas de 
suas experiências lúdicas. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. Não há no texto ideia de práticas nascidas da fantasia adulta, criadas 
para entreter as crianças e remover delas os sentimentos do medo e da dúvida. 
(B) INCORRETA. O texto não faz alusão a criações linguísticas de caráter didático, com 
intuito essencial de estimular nas crianças o hábito da investigação científica. 
(C) INCORRETA. No texto, não existe a ideia de que as brincadeiras de crianças são jogos 
de palavras aparentemente sem sentido, que não tardam a revelar-se como 
formulações carregadas de claro ensinamento. 
(D) CORRETA. As “brincadeiras de criança”, anunciadas pelo título do texto, são depois 
especificadas como construções verbais encantatórias, seja pelo mistério que encerram, 
seja pela utilidade ou animação das palavras de que se fazem. 
 
 
11 
(E) INCORRETA. As brincadeiras de criança, segundo o texto, não são demonstrações da 
fértil imaginação infantil, que cria e elabora palavras nascidas de suas experiências 
lúdicas. 
_______________________________________________________________________ 
8. Uma frase do texto ganha nova redação, sem prejuízo para seu sentido e correção 
gramatical, no seguinte caso: 
(A) busca dizer com capricho a que veio no tempinho que teve = tenta expressar com 
apuro o que veio fazer no pequeno prazo que lhe foi concedido. 
(B) alguém separava as sílabas enquanto ia rodando = As sílabas separavam-se a 
despeito de quem rodasse. 
(C) Tratava-se de uma “parlenda”, como aprendi bem mais tarde = Dizia-se ser uma 
parlenda que eu aprenderia muito depois. 
(D) Mesmo as nossas cartilhas de alfabetização tinham seus mistérios = Até mesmo 
mistérios poderiam haver em nossas cartilhas de alfabetização. 
(E) eis a nossa vida resumida, em meio aos densos poemas de Orides = eis nossa concisa 
existência por meio da profunda poesia de Orides. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
(A) CORRETA. Na alternativa A, a reescrita da frase mantém o mesmo sentido e a 
correção gramatical. 
(B) INCORRETA. A reescrita “As sílabas separavam-se a despeito de quem rodasse.” 
alterou o sentido do texto: observe que o sujeito (agente da ação) mudou. 
(C) INCORRETA. A reescrita “Dizia-se ser uma parlenda que eu aprenderia muito 
depois.” alterou o sentido do texto, sobretudo pela substituição de “tratava-se” por 
“dizia-se ser” e pela substituição do tempo verbal pretérito perfeito (aprendi) pelo 
futuro do pretérito (aprenderia). 
(D) INCORRETA. A reescrita “Até mesmo mistérios poderiam haver em nossas cartilhas 
de alfabetização.” traz ideia de hipótese, o que é ausente na frase original. Além disso, 
há erro quanto à concordância verbal (poderiam haver), pois, nesse caso, o correto é 
“poderia haver”, pois o verbo auxiliar não flexiona se o verbo principal é impessoal. 
(E) INCORRETA. A reescrita “eis nossa concisa existência por meio da profunda poesia 
de Orides.” alterou o sentido da frase original. Observe aqui a ideia de “concisa 
existência”, aspecto inexistente na frase original, pois o trecho “vida resumida” não 
tem relação com “concisa existência”. 
_______________________________________________________________________ 
 
 
12 
9. O autor do texto afirma que 
(A) há nas cantigas de roda um claro sentimento vivido na infância que se confirma na 
vida adulta. 
(B) há nas parlendas a exploração de um sentido racional das palavras que somente mais 
tarde se revelará. 
(C) o didatismo das cartilhas escolares se manifesta em fábulas simples que encerram 
ensinamentos morais. 
(D) a sabedoria adquirida ao longo da vida não responde a dúvidas essenciais que 
remontam à infância. 
(E) versos cantados em brincadeiras de roda servem aos sentimentos mais ingênuos e 
inconsequentes. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. O autor não afirma que há nas cantigas de roda um CLARO sentimento 
vivido na infância que se confirma na vida adulta. 
(B) INCORRETA. Não se pode inferir do texto que há nas parlendas a exploração de um 
SENTIDO RACIONAL das palavras e que somente mais tarde se revelará. 
(C) INCORRETA. O texto fala de cartilhas, mas não diz que o didatismo das cartilhas 
escolares se manifesta em fábulas simples que encerram ensinamentos morais. 
(D) CORRETA. A sabedoria adquirida ao longo da vida não responde a dúvidas essenciais 
que remontam à infância. Essa ideia está implícita no texto. Principalmente o último 
parágrafo permite entrever a ideia apresentada na alternativa D: “cada um de nós se 
apresenta aos outros, busca dizer com capricho a que veio no tempinho que teve 
e...adeus”. 
(E) INCORRETA. O texto não permite depreender que versos cantados em brincadeiras 
de roda servem aos sentimentos mais ingênuos e INCONSEQUENTES. 
_______________________________________________________________________ 
10. Considerando o contexto, na frase A gente vai ficando sabido e ignorando o 
essencial, a relação entre os segmentos sublinhados deve ser assim entendida: 
(A) o saber progressivo é concomitante com o permanecer ignorando o que mais 
importa. 
(B) o saber progressivo é causa de uma ignorância essencial. 
(C) ficar sabido é uma condição para eliminar os mistérios. 
(D) adquirir sabedoria é consequência de desistir dos enigmas. 
 
 
13 
(E) à proporção que mais se sabe, menos se esclarecem as superstições. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
(A) CORRETA. A ideia é de concomitância, de simultaneidade, pois as ações acontecem 
ao mesmo tempo. 
(B) INCORRETA. Não há ideia de causa no enunciado. 
(C) INCORRETA. Não há ideia de condição no trecho.(D) INCORRETA. Não há ideia de consequência entre as orações. 
(E) INCORRETA. Não se pode aceitar a ideia de proporção (ação simultânea) conforme 
é posta na alternativa E. 
_______________________________________________________________________ 
11. As flexões dos verbos e as relações entre seus tempos e modos estão 
adequadamente observadas na frase: 
(A) No caso de houver interesse em cantar bonito na roda, bastaria que alguém se 
apresente e já dê início à canção memorizada. 
(B) Caso não se mantivessem algumas tradições culturais, muitas das brincadeiras 
infantis teriam deixado de existir e de reviver em nossa memória. 
(C) Ainda que não nos detêssemos muito nas palavras que cantávamos, elas nos 
remetessem a uma espécie de atmosfera mágica. 
(D) Muitos de nós, leitores de cartilha, talvez supôssemos o que terá ocorrido para se 
considerar malvada uma tão simpática macaquinha. 
(E) Se alguém vier para o meio da roda e se dispor a cantar, que nos presenteasse a 
todos com uns versos bem bonitos. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. Retificando: No caso de haver interesse em cantar bonito na roda, 
bastaria que alguém se apresentasse e já desse início à canção memorizada. 
(B) CORRETA. Alternativa sem erros: Caso não se mantivessem algumas tradições 
culturais, muitas das brincadeiras infantis teriam deixado de existir e de reviver em 
nossa memória. 
(C) INCORRETA. Retificando: Ainda que não nos detivéssemos muito nas palavras que 
cantávamos, elas nos remeteriam a uma espécie de atmosfera mágica. 
 
 
14 
(D) INCORRETA. Retificando: Muitos de nós, leitores de cartilha, talvez supuséssemos o 
que teria ocorrido para se considerar malvada uma tão simpática macaquinha. 
(E) INCORRETA. Retificando: Se alguém vier para o meio da roda e se dispuser a cantar, 
que nos presenteie a todos com uns versos bem bonitos. 
_______________________________________________________________________ 
12. A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase: 
(A) Talvez por timidez, ela jamais se oferecia para desfrutar do centro da roda. 
(B) Oportunamente, lembrarei com você algumas das parlendas da minha infância. 
(C) Ao me lembrar das cantigas que entoávamos, sou tomado por alguma nostalgia. 
(D) Nem todos iam ao meio da roda, ainda que nós insistíssemos muito. 
(E) Gostávamos de recitar as parlendas, que nos pareciam carregadas de mistério. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. A supressão da vírgula não altera o sentido da frase. A vírgula tem 
apenas implicação sintática: separa adjunto adverbial deslocado. 
(B) INCORRETA. A supressão da vírgula não altera o sentido da frase. A vírgula tem 
apenas implicação sintática: separa adjunto adverbial deslocado. 
(C) INCORRETA. A supressão da vírgula não altera o sentido da frase. A vírgula tem 
apenas implicação sintática: separa oração subordinada adverbial deslocada. 
(D) INCORRETA. A supressão da vírgula não altera o sentido da frase. A vírgula tem 
apenas implicação sintática: separa oração subordinada adverbial da principal (vírgula 
facultativa). 
(E) CORRETA. Com a retirada da virgula, o pressuposto da frase muda. Da forma como 
está, o pronome relativo QUE inicia uma explicação; sem a vírgula, teremos uma 
restrição. Assim, com a supressão da vírgula, o sentido da frase é alterado de explicação 
para restrição. 
_______________________________________________________________________ 
 
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO 
 
13. Ana, Beatriz e Carolina são professora, médica e psicóloga, não necessariamente 
nessa ordem. Uma delas tem 3 filhos, outra tem 2 filhos e, por fim, uma não tem filhos. 
 
 
15 
Sabe-se que Ana não tem 3 filhos nem é professora, Beatriz tem 2 filhos, Carolina não 
é médica e a médica tem filhos. 
As profissões de Ana e Beatriz são, respectivamente, 
(A) professora e médica. 
(B) médica e professora. 
(C) psicóloga e professora. 
(D) psicóloga e médica. 
(E) médica e psicóloga. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
_______________________________________________________________________ 
14. O valor da expressão aritmética 7 . (3 + 6) – 15 : 3 + 6 é 
(A) 62. 
(B) 50. 
(C) 64. 
(D) 22. 
(E) 14. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: C 
 
 
16 
COMENTÁRIOS 
 
_______________________________________________________________________ 
15. Uma costureira realiza compras em uma loja que vende tecido, por metro, em rolos 
de mesma largura. Ela costuma comprar, por mês, 12 rolos de tecido com 30 metros 
de comprimento cada um. No último mês, ela comprou a mesma quantidade de tecido 
em rolos de 18 metros de comprimento cada um. O número de rolos comprados pela 
costureira no último mês foi de 
(A) 24. 
(B) 18. 
(C) 14. 
(D) 15. 
(E) 20. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
 
 
17 
 
_______________________________________________________________________ 
16. Maria foi ao mercado e comprou 4 litros de leite e 300 g de queijo. Um litro de leite 
custa R$ 3,40 e o quilo do queijo custa R$ 60,00. Ela pagou essa compra com uma nota 
de R$ 100,00. O troco que Maria recebeu foi, em R$, de 
(A) 68,40. 
(B) 58,40. 
(C) 31,60. 
(D) 33,60. 
(E) 66,40. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS
 
 
 
18 
_______________________________________________________________________ 
17. Um dado com as faces numeradas de 1 a 6 foi lançado cinco vezes e os números 
na face voltada para cima, em cada um dos lances, somaram 28. Sendo assim, 
(A) exatamente quatro faces 6 foram observadas. 
(B) no máximo três faces 6 foram observadas. 
(C) pelo menos três faces 6 foram observadas. 
(D) uma face 4 foi observada. 
(E) duas faces 5 foram observadas. Ética no Serviço Público. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
_______________________________________________________________________ 
 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 
 
18. De acordo com o Regulamento Disciplinar dos Servidores do Poder Judiciário do 
Estado do Ceará (aprovado pela Resolução no 08/2017 do Órgão especial do TJ do 
Estado do Ceará – Anexo II), a abertura de sindicância e a instauração de processo 
administrativo disciplinar decorrerá 
(A) de denúncia ou representação, sendo que, para fins do mencionado Regulamento, 
denúncia é uma peça escrita apresentada por particular, noticiando à administração a 
 
 
19 
ocorrência de suposta irregularidade cometida por servidor, associada, apenas de forma 
direta, ao exercício de cargo. 
(B) de denúncia ou representação, sendo que, para fins do mencionado Regulamento, 
denúncia é uma peça escrita apresentada por particular, noticiando à administração a 
ocorrência de suposta irregularidade cometida por servidor, associada, ainda que 
indiretamente, ao exercício de cargo. 
(C) apenas de representação que, para fins do mencionado Regulamento, é uma peça 
escrita apresentada por servidor, como cumprimento de dever legal, ao tomar 
conhecimento de suposta irregularidade cometida por servidor, associada, ainda que 
indiretamente, ao exercício de cargo. 
(D) apenas de denúncia que, para fins do mencionado Regulamento, é uma peça escrita 
apresentada por particular, noticiando à administração a ocorrência de suposta 
irregularidade cometida por servidor, associada, ainda que indiretamente, ao exercício 
de cargo. 
(E) de denúncia ou representação, sendo que, para fins do mencionado Regulamento, 
representação é uma peça escrita apresentada por servidor, como cumprimento de 
dever legal, ao tomar conhecimento de suposta irregularidade cometida por servidor, 
associada,apenas de forma direta, ao exercício de cargo. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. Nos termos do art. 3º, I, transcrito abaixo, a denúncia pode estar 
associada ao exercício do cargo, ainda que indiretamente. 
(B) INCORRETA. Nos termos dos arts. 2º e 3º do Regulamento Disciplinar dos Servidores 
do Poder Judiciário do Estado do Ceará (aprovado pela Resolução no 08/2017 do Órgão 
especial do TJ do Estado do Ceará – Anexo II) 
Art. 2º A abertura de sindicância e a instauração de processo administrativo disciplinar 
decorrerá de denúncia ou representação. 
Art. 3° Para os efeitos deste Regulamento: 
I-denúncia é uma peça escrita apresentada por particular, noticiando à administração a 
ocorrência de suposta irregularidade cometida por servidor, associada, ainda que 
indiretamente, ao exercício de cargo; 
II- representação é uma peça escrita apresentada por servidor, como cumprimento de 
dever legal, ao tomar conhecimento de suposta irregularidade cometida por servidor, 
associada, ainda que indiretamente, ao exercício de cargo. 
(C) CORRETA. Nos termos do art. 2º, transcrito acima, a abertura, também pode 
decorrer de denúncia. 
(D) INCORRETA. Nos termos do art. 2º, transcrito acima, a abertura, também pode 
decorrer de representação. 
 
 
20 
(E) INCORRETA. Nos termos do art. 3º, II, transcrito acima, a representação pode estar 
associada ao exercício do cargo, ainda que indiretamente. 
_______________________________________________________________________ 
19. De acordo com a Resolução no 08/2017 do Órgão especial do TJ do Estado do Ceará 
(que aprova o Código de Ética e o Regulamento Disciplinar dos Servidores do Poder 
Judiciário do Estado do Ceará e institui a Comissão Permanente de Ética e Disciplina), 
compete, entre outros afazeres, ao Presidente da Comissão Permanente de Ética e 
Disciplina do Poder Judiciário do Estado do Ceará, 
(A) produzir relatório preliminar, após o devido processo de apuração e submetê-lo à 
apreciação dos demais membros; e, aos membros da Comissão Permanente de Ética e 
Disciplina do Poder Judiciário do Ceará, ordenar debates. 
(B) designar secretário para apoiar as atividades da Comissão, podendo a indicação 
recair em um de seus membros; e, aos membros da Comissão Permanente de Ética e 
Disciplina do Poder Judiciário do Ceará, convocar reuniões. 
(C) convocar e presidir reuniões; e, aos membros da Comissão Permanente de Ética e 
Disciplina do Poder Judiciário do Ceará, realizar a apuração de denúncias e 
representações, por meio de processo ético, sindicância ou processo administrativo 
disciplinar instaurado por autoridade competente, conforme o caso. 
(D) orientar os trabalhos da Comissão e ordenar debates; e, aos membros da Comissão 
Permanente de Ética e Disciplina do Poder Judiciário do Ceará, designar secretário para 
apoiar as atividades da Comissão, podendo a indicação recair entre eles. 
(E) realizar a apuração de denúncias e representações, por meio de processo ético, 
sindicância ou processo administrativo disciplinar instaurado por autoridade 
competente; e, aos membros da Comissão Permanente de Ética e Disciplina do Poder 
Judiciário do Ceará, convocar reuniões. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. Produzir o relatório preliminar é da competência dos membros da 
Comissão, enquanto que ordenar debates é da competência do Presidente: 
Resolução nº 08/2017 do Órgão especial do TJ do Estado do Ceará: 
Art. 6° Compete ao Presidente da Comissão: 
IV - orientar os trabalhos da Comissão, ordenar debates, assim como iniciar e concluir 
deliberações. 
Art. 7° Compete aos membros da Comissão: 
II- produzir relatório preliminar, após o devido processo de apuração, e submetê-lo à 
apreciação dos demais membros da Comissão, a fim de subsidiar a elaboração do 
relatório circunstanciado e conclusivo. 
 
 
21 
(B) INCORRETA. Convocar reuniões é da competência do Presidente: 
Resolução nº 08/2017 do Órgão especial do TJ do Estado do Ceará: 
Art. 6° Compete ao Presidente da Comissão: 
III- convocar e presidir reuniões; e 
(C) INCORRETA. De acordo com os seguintes dispositivos da Resolução nº 08/2017 do 
Órgão especial do TJ do Estado do Ceará: 
Art. 6° Compete ao Presidente da Comissão: 
III- convocar e presidir reuniões; e 
Art. 7° Compete aos membros da Comissão: 
I- realizar a apuração de denúncias e representações, por melo de processo ético, 
sindicância ou processo administrativo disciplinar instaurado por autoridade 
competente, conforme o caso. 
(D) CORRETA. A designação de secretário é da competência do Presidente: 
Resolução nº 08/2017 do Órgão especial do TJ do Estado do Ceará: 
Art. 6° Compete ao Presidente da Comissão: 
II- designar secretário para apoiar as atividades da Comissão, podendo a indicação recair 
em um de seus membros; 
(E) INCORRETA. Mais uma vez são invertidas competências do Presidente e dos 
Membros da Comissão: 
Resolução nº 08/2017 do Órgão especial do TJ do Estado do Ceará: 
Art. 6° Compete ao Presidente da Comissão: 
III- convocar e presidir reuniões; e 
Art. 7° Compete aos membros da Comissão: 
I- realizar a apuração de denúncias e representações, por melo de processo ético, 
sindicância ou processo administrativo disciplinar instaurado por autoridade 
competente, conforme o caso. 
_______________________________________________________________________ 
20. De acordo com o Código de Ética dos Servidores do Poder Judiciário do TJ do Estado 
do Ceará (aprovado pela Resolução no 08/2017 do Órgão especial do TJ do Estado do 
Ceará – Anexo I), dentre outras condutas, ao servidor é VEDADO: 
(A) extrair, em qualquer hipótese, cópias de quaisquer documentos ainda não 
publicados, pertencentes ao Poder Judiciário do Estado do Ceará, para utilização em fins 
estranhos aos seus objetivos ou à execução dos trabalhos a seu encargo. 
 
 
22 
(B) receber, para si ou para outrem, em ocasiões de festividade, brindes distribuídos por 
entidades de qualquer natureza a título de propaganda. 
(C) manter sob subordinação hierárquica, em cargo ou função de confiança, seu parente 
consanguíneo, na linha colateral, até o sexto grau. 
(D) apresentar-se embriagado fora do ambiente de trabalho em situações que 
comprometam a imagem pessoal e, por via reflexa, a institucional. 
(E) disseminar, no ambiente de trabalho, informações obtidas em razão de treinamento 
profissional, ainda que possam contribuir para a eficiência dos trabalhos realizados 
pelos demais servidores. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. A utilização da expressão “em qualquer hipótese” faz com que a 
alternativa fique incorreta, nos termos do art. 10, X: 
Código de Ética dos Servidores do Poder Judiciário do TJ do Estado do Ceará (aprovado 
pela Resolução nº 08/2017 do Órgão especial do TJ do Estado do Ceará – Anexo I) 
Art. 10. É vedado ao servidor, sem prejuízo das demais vedações constitucionais, legais 
e regulamentares: 
X- fazer ou extrair cópias de relatórios ou de quaisquer trabalhos ou documentos ainda 
não publicados, pertencentes ao Poder Judiciário do Estado do Ceará, para utilização em 
fins estranhos aos seus objetivos ou à execução dos trabalhos a seu encargo, sem prévia 
autorização da autoridade competente; 
(B) INCORRETA. A alternativa extrapola o que é indicado no inciso XIV do art. 10. 
Portanto, não pode ser considerada uma conduta vedada. 
Código de Ética dos Servidores do Poder Judiciário do TJ do Estado do Ceará (aprovado 
pela Resolução nº 08/2017 do Órgão especial do TJ do Estado do Ceará – Anexo I) 
Art. 10. É vedado ao servidor, sem prejuízo das demais vedações constitucionais, legais 
e regulamentares: 
XIV- solicitar, sugerir, provocar ou receber, para si ou para outrem, mesmo em ocasiões 
de festividade, qualquer tipo deajuda financeira, gratificação, comissão, doação, 
presentes ou vantagens de qualquer natureza, de pessoa física ou jurídica interessada 
na atividade do servidor; 
(C) CORRETA. A vedação vai somente até o terceiro grau. 
Código de Ética dos Servidores do Poder Judiciário do TJ do Estado do Ceará (aprovado 
pela Resolução nº 08/2017 do Órgão especial do TJ do Estado do Ceará – Anexo I) 
Art. 10. É vedado ao servidor, sem prejuízo das demais vedações constitucionais, legais 
e regulamentares: 
 
 
23 
XXII- manter sob subordinação hierárquica, em cargo ou função de confiança, o seu 
cônjuge ou companheiro ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta, 
ou na linha colateral até o terceiro grau; e 
(D) INCORRETA. Código de Ética dos Servidores do Poder Judiciário do TJ do Estado do 
Ceará (aprovado pela Resolução nº 08/2017 do Órgão especial do TJ do Estado do Ceará 
– Anexo I) 
Art. 10. É vedado ao servidor, sem prejuízo das demais vedações constitucionais, legais 
e regulamentares: 
XV - apresentar-se embriagado ou sob efeito de quaisquer drogas legais no ambiente de 
trabalho ou, fora dele, em situações que comprometam a imagem pessoal e, por via 
reflexa, a institucional; 
(E) INCORRETA. Trata-se, na verdade, de um dever do servidor: 
Código de Ética dos Servidores do Poder Judiciário do TJ do Estado do Ceará (aprovado 
pela Resolução nº 08/2017 do Órgão especial do TJ do Estado do Ceará – Anexo I) 
Art. 9° São deveres do servidor, sem prejuízo das demais obrigações constitucionais, 
legais e regulamentares: 
XI - disseminar, no ambiente de trabalho, informações e conhecimentos obtidos em 
razão de treinamentos ou de exercício profissional e que possam contribuir para a 
eficiência dos trabalhos realizados pelos demais servidores; 
_______________________________________________________________________ 
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
Atenção: Para responder às questões de números 21 a 29, considere a Constituição 
Federal de 1988. 
 
21. O projeto de lei de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, aprovado pela Casa 
iniciadora e emendado pela Casa revisora, 
(A) será enviado imediatamente após a conclusão da votação pela Casa revisora, qual 
seja, o Senado Federal, ao Presidente da República que, aquiescendo, o sancionará. 
(B) será enviado imediatamente após a conclusão da votação pela Casa revisora, qual 
seja, a Câmara dos Deputados, ao Presidente da República que, aquiescendo, o 
sancionará. 
(C) voltará à Casa iniciadora, qual seja, o Senado Federal, que após a conclusão da 
votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República que, aquiescendo, o 
sancionará. 
 
 
24 
(D) voltará à Casa iniciadora, que poderá ser a Câmara dos Deputados ou o Senado 
Federal, dependendo de onde tiver sido iniciado e, após a conclusão da votação, enviará 
o projeto de lei ao Presidente da República que, aquiescendo, o sancionará. 
(E) voltará à Casa iniciadora, qual seja, a Câmara dos Deputados que, após a conclusão 
da votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República que, aquiescendo, o 
sancionará. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
É possível chegar à resposta se o candidato souber a letra da lei dos artigos 64 a 66 da 
CF/1988. 
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da 
República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na 
Câmara dos Deputados. 
(...) 
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno 
de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o 
aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. 
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora. 
 Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao 
Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. 
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, 
inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no 
prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de 
quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. 
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso 
ou de alínea. 
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará 
sanção. 
(A) e (B) INCORRETA. Uma vez que o projeto deve voltar para a Casa iniciadora (Câmara 
dos Deputados) e depois vai para a sanção do Presidente da República. 
(C) e (D) INCORRETA. Estão incorretas, pois como vimos a Casa Iniciadora é a Câmara 
dos Deputados. 
(E) CORRETA. É o nosso gabarito, já que está de acordo com a nossa Constituição. 
22. Fernando é membro do Tribunal de Contas de determinado Estado, Laura é 
Procuradora-Geral da República e Tadeu é contador. Supondo-se que Fernando e 
Laura tenham praticado infração penal comum e que Tadeu tenha praticado um crime 
contra a organização do trabalho, a competência para processar e julgar, 
 
 
25 
originariamente, os crimes praticados por Fernando, Laura e Tadeu será, 
respectivamente, do 
(A) Supremo Tribunal Federal (STF); Supremo Tribunal Federal (STF); e Tribunal Regional 
Federal (TRF). 
(B) Superior Tribunal de Justiça (STJ); Supremo Tribunal Federal (STF); e Superior 
Tribunal de Justiça (STJ). 
(C) Superior Tribunal Federal (STF); Superior Tribunal de Justiça (STJ); e juiz federal. (D) 
Superior Tribunal de Justiça (STJ); Supremo Tribunal Federal (STF); e Tribunal Regional 
Federal (TRF). 
(E) Superior Tribunal de Justiça (STJ); Supremo Tribunal Federal (STF); e juiz federal. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
A questão exigia do candidato o domínio sobre a competência relacionadas a prática de 
infração penal comum e de crime contra a organização do trabalho. Vejamos: 
I- Fernando- membro do tribunal de contas- STJ 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e 
nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do 
Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, 
os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os 
membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério 
Público da União que oficiem perante tribunais; 
II- Laura – PGR- STF 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os 
membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da 
República; 
 
III- Tadeu- contador- JUIZ FEDERAL 
 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
 
(...) 
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra 
o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; 
 
 
26 
(A) INCORRETA. 
(B) INCORRETA. 
(C) INCORRETA. 
(D) INCORRETA. 
(E) CORRETA. 
_______________________________________________________________________ 
23. Jaime é parente consanguíneo em terceiro grau do Governador de determinado 
Estado e tem vontade de se candidatar à Prefeitura de sua cidade. Sabe-se ainda que 
Jaime é brasileiro nato, possui 35 anos, é analfabeto e encontra-se desempregado. 
Considerando apenas os dados fornecidos, Jaime 
(A) poderá se candidatar ao cargo de prefeito, tendo em vista se tratar de jurisdição 
diversa da exercida por seu parente governador, mas não poderá se alistar como eleitor. 
(B) é inelegível, não podendo concorrer a nenhum cargo, mas poderá votar, pois para 
ele o alistamento e o voto são facultativos.(C) poderá se candidatar ao cargo de prefeito, tendo em vista se tratar de jurisdição 
diversa da exercida por seu parente governador, e poderá, também, alistar-se como 
eleitor. 
(D) não poderá se candidatar ao cargo de prefeito, pois são inelegíveis, no território de 
jurisdição do titular, os parentes consanguíneos até o terceiro grau do Governador de 
Estado, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
(E) é inelegível, não podendo concorrer a nenhum cargo, não podendo, também, se 
alistar como eleitor. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
A questão exigiu o conhecimento do candidato sobre o tema direitos políticos. 
(A) INCORRETA. Não pode se candidatar porque é analfabeto. 
(B) CORRETA. na forma do art. 14, §1, II, CF. 
(C) INCORRETA. Não pode se candidatar porque é analfabeto. 
(D) INCORRETA. É até o 2º grau, na forma do art. 14, §7. Ele não pode se candidatar 
porque é analfabeto. 
(E) INCORRETA. Pode se alistar como eleitor. 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
 
 
27 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço 
militar obrigatório, os conscritos. 
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; Regulamento 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os 
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão 
ser reeleitos para um único período subseqüente. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 16, de 1997) 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos 
até seis meses antes do pleito. 
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes 
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, 
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os 
 
 
28 
haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de 
mandato eletivo e candidato à reeleição. 
_______________________________________________________________________ 
24. Klaus, estrangeiro, de nacionalidade originária alemã, é jurista muito famoso e, 
morando em nosso País há alguns anos, deseja se naturalizar brasileiro com a 
finalidade de se tornar Ministro do Supremo Tribunal Federal. Considerando apenas 
as informações fornecidas, esse cargo por Klaus almejado 
(A) poderá ser por ele exercido, em razão de não existir distinção entre brasileiros natos 
e naturalizados. 
(B) poderá ser por ele exercido, desde que adquira a nacionalidade brasileira, na forma 
da lei, exigidas apenas a residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral. 
(C) é privativo de brasileiro nato, não sendo possível, portanto, para ele, exercer o cargo 
de Ministro do Supremo Tribunal Federal, ainda que ele se naturalize brasileiro. 
(D) poderá ser por ele exercido, desde que adquira a nacionalidade brasileira, na forma 
da lei, e esteja residindo no Brasil há mais de quinze anos ininterruptos. 
(E) é privativo de brasileiro nato, sendo possível exercer o cargo de Ministro do Supremo 
Tribunal Federal, apenas se tiver perdido sua nacionalidade originária por sentença 
judicial transitada em julgado. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. 
(B) INCORRETA. 
(C) CORRETA. 
(D) INCORRETA. 
(E) INCORRETA. 
A questão exigiu a literalidade do art. 12, §3, CF. Ministro do STF é cargo privativo de 
brasileiro nato, não podendo, portanto, ser exercido por estrangeiro. Com isso, já se 
elimina as alternativas A, B e D. A alternativa E traz uma hipótese que não encontra 
amparo constitucional, motivo pelo qual também está incorreta. 
Art. 12, § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
 
 
29 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, 
de 1999) 
25. Claudio, brasileiro residente no Brasil, é único herdeiro de um bem imóvel, situado 
no território nacional, deixado pelo seu pai, que era japonês e faleceu solteiro no 
Japão. Considerando apenas as informações fornecidas, essa sucessão será regulada 
(A) pela lei japonesa, apenas se essa for mais favorável para Claudio. 
(B) sempre pela lei brasileira, tendo em vista que o herdeiro Claudio reside no Brasil. 
(C) sempre pela lei japonesa, tendo em vista tratar-se de bem deixado por estrangeiro 
falecido no exterior. 
(D) sempre pela lei brasileira, tendo em vista que o bem encontra-se situado em 
território nacional. 
(E) pela lei brasileira ou japonesa, a critério unicamente de Claudio. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
(A) CORRETA. 
(B) INCORRETA. 
(C) INCORRETA. 
(D) INCORRETA. 
(E) INCORRETA. 
Essa questão abordou a literalidade do art. 5, XXXI, CF, sendo certo que a sucessão será 
regulada pela lei japonesa apenas quando tal lei for mais favorável que a lei brasileira. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, 
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
(...) 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei 
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja 
mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
26. Considere: 
I. seguridade social. 
II. registros públicos. 
 
 
30 
III. previdência social, proteção e defesa da saúde. 
IV. desapropriação. 
A competência para legislar sobre os itens I a IV é: 
(A) I. privativa da União; II. privativa da União; III. concorrente da União, dos Estados e 
do Distrito Federal; IV. privativa da União, respectivamente. 
(B) concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal, em todos os casos. 
(C) I. privativa da União; II. concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal; III. 
concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal; IV. privativa da União, 
respectivamente. 
(D) I. concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal; II. privativa da União; III. 
concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal; IV. privativa da União, 
respectivamente. 
(E) privativa da União, em todos os casos. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
(A) CORRETA. 
(B) INCORRETA. 
(C) INCORRETA. 
(D) INCORRETA. 
(E) INCORRETA. 
I- Art. 22. Competeprivativamente à União legislar sobre: 
XXIII - seguridade social; 
 
II- Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
XXV - registros públicos; 
 
III- Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide ADPF 672) 
 
IV- Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
(...) 
II - desapropriação; 
_______________________________________________________________________ 
27. Considere: I. José é Vice-Presidente da República. II. João é Presidente do Senado 
Federal. III. Maria é Presidente do Supremo Tribunal Federal. IV. Florência é Presidente 
 
 
31 
do Superior Tribunal de Justiça. De acordo com as informações fornecidas, participam 
como membros natos do Conselho de Defesa Nacional, dentre as pessoas acima 
apontadas, APENAS 
(A) José, Maria e Florência. 
(B) José e João. 
(C) José, João e Maria. 
(D) João, Maria e Florência. 
(E) Maria e Florência. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. 
(B) CORRETA. 
(C) INCORRETA. 
(D) INCORRETA. 
(E) INCORRETA. 
Os membros natos do Conselho de Defesa Nacional estão previstos no art. 91 da CF. 
Notem que o Presidente do STF e do STJ não constam nesse rol. Logo, o gabarito é a 
letra B. 
Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República 
nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, 
e dele participam como membros natos: 
I - o Vice-Presidente da República; 
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - o Presidente do Senado Federal; 
IV - o Ministro da Justiça; 
V - o Ministro de Estado da Defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
23, de 1999) 
VI - o Ministro das Relações Exteriores; 
VII - o Ministro do Planejamento. 
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 23, de 1999) 
_______________________________________________________________________ 
28. O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral 
 
 
32 
(A) da República, nomeado pelo Presidente da República, dentre os membros do 
Ministério Público Federal, dos Ministérios Públicos dos Estados, da magistratura ou da 
advocacia, que exerçam suas carreiras jurídicas há pelo menos dez anos, comprovada a 
idoneidade moral. 
(B) de Justiça e abrange o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, 
o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. 
(C) da República, sendo que sua destituição, por iniciativa do Presidente da República, 
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
(D) de Justiça, nomeado pelo Presidente da República, para mandato de dois anos, não 
sendo permitida a recondução. 
(E) da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, 
maiores de 35 anos, após aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros 
do Congresso Nacional. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
Essa questão cobrou a literalidade do art. 128 da CF. 
(A) INCORRETA. A escolha é dentre os membros da carreira. 
(B) INCORRETA. O chefe não é o PGJ. 
(C) CORRETA. 
(D) INCORRETA. O chefe não é o PGJ. 
(E) INCORRETA. A maioria dos membros é do Senado Federal. 
Art. 128. O Ministério Público abrange: 
I - o Ministério Público da União, que compreende: 
a) o Ministério Público Federal; 
b) o Ministério Público do Trabalho; 
c) o Ministério Público Militar; 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
II - os Ministérios Públicos dos Estados. 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, 
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta 
e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do 
Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
_______________________________________________________________________ 
29. O partido político “X”, sem representação no Congresso Nacional, 
 
 
33 
(A) poderá propor ação direta de inconstitucionalidade, mas não poderá, quando 
cabível, impetrar mandado de segurança coletivo. 
(B) poderá propor ação declaratória de constitucionalidade e também, quando cabível, 
impetrar mandado de segurança coletivo. 
(C) não poderá propor ação direta de inconstitucionalidade, mas poderá, quando 
cabível, impetrar mandado de segurança coletivo. 
(D) não poderá propor ação direta de inconstitucionalidade nem impetrar mandado de 
segurança coletivo. 
(E) não poderá propor ação declaratória de constitucionalidade, mas poderá, quando 
cabível, impetrar mandado de segurança coletivo. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. Não pode propor ADI nem MS coletivo. 
(B) INCORRETA. Não pode propor ADC nem MS coletivo. 
(C) INCORRETA. Não pode propor ADI nem MS coletivo. 
(D) CORRETA. 
(E) INCORRETA. Não pode propor ADC nem MS coletivo. 
Art. 5, LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) 
(...) 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
_______________________________________________________________________ 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
30. O exercício do poder de polícia pela Administração, no âmbito da atividade de 
polícia administrativa, 
(A) é dotado de imperatividade e autoexecutoriedade, o que autoriza a adoção de força 
pública para seu cumprimento e a execução administrativa das multas aplicadas. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art950%C2%A72
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
 
 
34 
(B) não admite delegação de nenhum de seus aspectos, devendo ser executado 
diretamente pelo ente federado titular da respectiva competência. (C) não contempla 
medidas de coercibilidade, admitindo apenas meios de execução indireta, como 
aplicação de multas. 
(D) constitui atuação vinculada, sem qualquer discricionariedade por parte do agente 
público. 
(E) é dotado do atributo da exigibilidade, que autoriza a Administração a tomar decisões 
executórias sem prévia submissão ao Poder Judiciário. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: 
 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. A multa não é uma exceção a autoexecutoriedade. 
(B) INCORRETA. É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a 
pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de 
capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de 
atuação própria do Estado e em regime não concorrencial. 
STF. Plenário. RE 633782/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 23/10/2020 (Repercussão 
Geral – Tema 532) (Info 996). 
(C) INCORRETA. Admite sim meios de coerção direta. Ex: remover um carro parado na 
entrada de um hospital. 
(D) INCORRETA. Há certa discricionariedade que permite ao administrador valorar a 
oportunidade e conveniência da prática do ato e da graduação das sanções aplicáveis, 
bem como estabelecer o motivo e o objeto, respeitados os limites legais. 
(E) CORRETA. A exigibilidade significa que a Administração pode tomar decisões 
executórias, que independem da concordância do particular. Sobre otema, citamos o 
que nos ensina Cyonil Borges: 
“A autoexecutoriedade consiste na possibilidade de os atos decorrentes do exercício do 
poder de polícia serem imediata e diretamente executados pela própria Administração, 
independentemente de autorização ou intervenção ordem judicial. 
(...) 
APROFUNDAMENTO 
Executoriedade versus exigibilidade 
Parte da doutrina opta por desdobrar o atributo da autoexecutoriedade em dois: a 
exigibilidade (privilège du prèalable) e a executoriedade (privilège d’action d’office). 
Em decorrência da exigibilidade, a decisão administrativa constante de um ato de polícia 
se impõe ao administrado, independentemente de sua concordância. Para fazer valer 
esse instituto, a Administração pode lançar mão de meios indiretos de coação, tais como 
 
 
35 
as multas ou a impossibilidade de licenciamento de veículo, enquanto não pagas as 
multas anteriores. 
No entanto, requer-se sua atenção para não confundir a questão do condicionamento 
do licenciamento de veículo ao pagamento de multas com a liberação de veículo retido 
por transporte irregular. Neste último caso, segundo a Súmula 510 do STJ, “a liberação 
de veículo retido apenas por transporte irregular de passageiros não está condicionada 
ao pagamento de multas e despesas”. 
Já pela executoriedade haverá coação direta ou material do administrado para a prática 
de um ato. Há executoriedade, por exemplo, na dissolução de uma reunião ocorrente 
em determinado local, em face de não ter sido previamente informado à instituição 
competente para adoção das medidas cabíveis.” 
_______________________________________________________________________ 
31. Suponha que uma empresa pública, que tenha como objeto social atividades de 
tecnologia da informação, pretenda contratar operação de crédito com instituição 
financeira privada e, para tanto, tenha ofertado em garantia de pagamento imóveis 
de sua propriedade que abrigavam escritórios regionais, atualmente desativados. 
Nesse contexto, referidos imóveis foram alienados fiduciariamente às instituições 
financeiras, outorgando-se às mesmas a prerrogativa de executar a garantia na 
hipótese de inadimplemento do financiamento. Referido negócio jurídico afigura-se 
(A) lícito, pois, embora sejam de titularidade de pessoa jurídica de direito público, tais 
bens apenas estariam protegidos pela impenhorabilidade, caso se tratasse de empresa 
prestadora de serviço público. 
(B) nulo, eis que, por se tratar de bens de propriedade de pessoa jurídica de direito 
público, sobre os mesmos incide a prerrogativa de impenhorabilidade. 
(C) anulável, caso não tenha havido a desafetação dos imóveis mediante ato do Chefe 
do Executivo, de molde a transmutar a natureza dos mesmos para bem dominical. 
(D) nulo, eis que, em se tratando de bem público de natureza especial, a transferência 
de propriedade depende de prévia autorização legislativa. 
(E) lícito, eis que condizente com o regime jurídico da empresa pública que atua em 
regime de competição no mercado, não havendo impenhorabilidade ou inalienabilidade 
de seus bens. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. 
(B) INCORRETA. 
(C) INCORRETA. 
(D) INCORRETA. 
(E) CORRETA. 
 
 
36 
Os bens de empresas públicas e sociedades de economia mista são classificados como 
privados, na forma do art. 98 do CC. 
Apesar de, via de regra, as sociedades de economia mista e as empresas públicas 
estarem submetidas ao regime próprio das pessoas jurídicas de direito privado, o STF 
tem estendido algumas prerrogativas da Fazenda Pública a determinadas empresas 
estatais prestadoras de relevantes serviços públicos. 
Ocorre que o caso concreto acima não traz uma estatal prestadora de serviço público, o 
que faz com que o negócio jurídico seja lícito e o nosso gabarito seja a letra E. O erro da 
alternativa A é falar em pessoa jurídica de direito público. 
_______________________________________________________________________ 
32. Suponha que uma empresa concessionária de serviços públicos de saneamento 
esteja sendo demandada judicialmente por moradores que sofreram danos em seus 
imóveis em razão do rompimento de uma rede coletora de esgotos. Em sua defesa, a 
concessionária alegou que, não obstante a comprovação dos danos e da sua 
correlação com o rompimento, não restou provada a ocorrência de dolo ou culpa, o 
que afastaria sua responsabilização civil. Referida alegação afigura-se 
(A) procedente, pois a responsabilidade da concessionária por danos causados a 
particulares em decorrência da prestação dos serviços concedidos é subsidiária à do 
poder concedente, esta sim objetiva e decorrente da presumida falha de fiscalização. 
(B) improcedente, eis que a responsabilidade civil da concessionária é objetiva, 
prescindindo da comprovação de dolo ou culpa de seus agentes, havendo, ainda, 
responsabilidade subsidiária do poder concedente pelos danos causados a particulares. 
(C) procedente, pois apenas entidades da Administração direta e indireta possuem 
responsabilidade extracontratual de natureza objetiva, cuja incidência somente é 
afastada nas hipóteses de caso fortuito ou força maior. 
(D) procedente, pois a responsabilidade pelos danos causados a particulares em razão 
da prestação de serviços públicos concedidos somente é imputável à concessionária 
caso comprovada falha na prestação dos serviços. 
(E) improcedente, pois, embora a responsabilidade da concessionária não seja de 
natureza objetiva, cabe a ela comprovar a ausência de culpa, a qual sempre é presumida 
quando presente o nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o dano ao particular. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos 
de dolo ou culpa. 
(A) INCORRETA. A alegação da concessionária é IMPROCEDENTE, na forma do art. 37, 
§6, CF. 
 
 
37 
(B) CORRETA. A responsabilidade da concessionária é objetiva. A responsabilidade 
subjetiva é apenas na ação regressiva. O poder concedente é demandado de forma 
subsidiária. 
(C) INCORRETA. A alegação da concessionária é IMPROCEDENTE, na forma do art. 37, 
§6, CF. 
(D) INCORRETA. A alegação da concessionária é IMPROCEDENTE, na forma do art. 37, 
§6, CF. 
(E) INCORRETA. A alegação da concessionária é IMPROCEDENTE, na forma do art. 37, 
§6, CF. 
_______________________________________________________________________ 
33. Considere que determinado ato administrativo, de caráter discricionário, tenha 
sido praticado com base em razões de fato e de direito consignadas na exposição de 
motivos que acompanhou a sua edição. Ocorre que, posteriormente, verificou-se a 
falsidade de todos os aspectos fáticos consignados pela autoridade prolatora. Diante 
de tal contexto, o ato em questão 
(A) é nulo, por desvio de finalidade, sendo obrigatória a revogação pela própria 
Administração no exercício da autotutela, sob pena de adoção de tal providência em 
sede judicial. 
(B) deverá ser revogado pela própria Administração, no exercício da autotutela, vedada 
a apreciação judicial dos motivos determinantes para sua edição. 
(C) é passível de anulação judicial, por vício de motivo, que não se confunde com o 
exame do mérito do ato, este que é vedado ao Poder Judiciário. 
(D) poderá ser anulado, a critério da autoridade prolatora, ou convalidado pela 
autoridade hierarquicamente superior, mantendo-se apenas a sua motivação jurídica. 
(E) é passível de revogação, em sede administrativa ou judicial, por ausência das razões 
de conveniência e oportunidade necessárias para justificar sua edição. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. Énulo por vício de motivo e deve ser ANULADO. 
(B) INCORRETA. É nulo por vício de motivo e deve ser ANULADO pela Administração 
ou pelo Judiciário. 
(C) CORRETA. É vedado ao Poder Judiciário substituir o mérito administrativo 
(conveniência e oportunidade), mas ele pode analisar a legalidade do ato administrativo 
discricionário que apresentou a exposição de motivos falsa. 
(D) INCORRETA. Deve ser anulado, na forma do art. 53 da lei 9784. 
 
 
38 
(E) INCORRETA. É nulo por vício de motivo e deve ser ANULADO pela Administração 
ou pelo Judiciário. 
A partir do momento em que há a exposição de motivos de um ato administrativo se ela 
for falsa o ato será NULO. A exposição de motivos vincula o ato. Assim, a Administração 
se sujeita ao controle administrativo e judicial de tal ato. 
É vedado ao Poder Judiciário substituir o mérito administrativo (conveniência e 
oportunidade), mas ele pode analisar a legalidade do ato administrativo discricionário 
que apresentou a exposição de motivos falsa. 
Atos nulos são anulados e não revogados! Revogação é a invalidação de um ato legal, 
mas inconveniente ou inoportuno. 
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de 
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados 
os direitos adquiridos. 
_______________________________________________________________________ 
34. Suponha que, como resultado dos debates da Conferência das Nações Unidas 
sobre Mudanças Climáticas – COP 22, tenham sido ofertados recursos de organismos 
internacionais para aplicação em projetos de recuperação ambiental em diferentes 
Municípios, os quais resolveram, então, formar um consórcio público. De acordo com 
o que dispõe a legislação de regência, Lei no 11.107/2005 e suas alterações, a 
participação da União no referido consórcio afigura-se 
(A) possível, mediante anuência da totalidade dos consorciados, vedada, porém a 
celebração de contrato de rateio, por configurar transferência indireta de receitas entre 
entes. 
(B) obrigatória, exclusivamente em razão da previsão de recebimento de recursos 
financeiros externos. 
(C) possível, desde que também façam parte do consórcio todos os Estados em cujos 
territórios estejam situados os Municípios consorciados. 
(D) obrigatória, caso haja também Estados consorciados, pois, a formação de consórcios 
entre diferentes entes federados atrai a necessidade de participação da União 
independentemente do objeto. 
(E) opcional, mas, caso ocorra, torna o consórcio necessariamente de natureza pública, 
vedada a constituição sob a forma de associação privada. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: B 
Questão passível de alteração de gabarito. 
 
COMENTÁRIOS 
 
 
39 
Segundo o art. 1, §2, da Lei 11.107/2005, a União somente participará de consórcios 
públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam 
situados os Municípios consorciados, de modo que a única alternativa correta é a letra 
C. 
(A) INCORRETA. Não precisa da anuência. 
(B) e (D) INCORRETAS. A participação da União não é obrigatória. 
(C) CORRETA. Literalidade do art. 1, §2, da Lei 11.107/2005. 
(E) INCORRETA. O consórcio pode ser associação pública ou pessoa jurídica de direito 
privado. 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de 
interesse comum e dá outras providências. 
§ 1º O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito 
privado. 
§ 2º A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte 
todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados. 
35. De acordo com a atual disciplina legal relativa ao sancionamento de atos de 
improbidade administrativa, prevista na Lei no 8.429/1992, com as alterações 
introduzidas pela Lei no 14.230/2021, 
(A) admite-se a celebração de acordo de não persecução civil, desde que dele advenha 
o integral ressarcimento do dano e a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem 
indevida obtida, ainda que oriunda de agentes privados. 
(B) em regra, apenas condutas dolosas são passíveis de tipificação como ato de 
improbidade, prevendo-se a modalidade culposa apenas para atos que causem prejuízo 
ao erário em razão de imprudência no exercício de atividade econômica. 
(C) as sanções decorrentes de atos de improbidade administrativa estão sujeitas à 
prescrição, salvo em havendo comprovação de enriquecimento ilícito do agente público. 
(D) são sujeitos passivos de atos de improbidade as pessoas jurídicas integrantes da 
Administração direta e indireta, não configurando ato de improbidade condutas que 
causem prejuízo a entidades privadas subvencionadas pelo Poder Público. 
(E) apenas agentes públicos podem ser apenados por atos de improbidade 
administrativa, ficando os agentes privados que se beneficiaram do ato improbo sujeitos 
tão somente à devolução dos valores indevidamente auferidos e às penas previstas na 
legislação específica. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
 
40 
(A) CORRETA. Art. 17-B. O Ministério Público poderá, conforme as circunstâncias do 
caso concreto, celebrar acordo de não persecução civil, desde que dele advenham, ao 
menos, os seguintes resultados: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
I - o integral ressarcimento do dano; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
II - a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem indevida obtida, ainda que oriunda 
de agentes privados. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
(B) INCORRETA. Alteração para previsão apenas DOLOSA. 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer 
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, 
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º 
desta lei, e notadamente: 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer 
ação ou omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, 
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades 
referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 
2021) 
(C) INCORRETA. As ações estão sujeitas sim a prescrição. O ressarcimento ao erário que 
é imprescritível. 
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) 
anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do 
dia em que cessou a permanência. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
III - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
Na ação civil pública por ato de improbidade administrativa é possível o prosseguimento 
da demanda para pleitear o ressarcimento do dano ao erário, ainda que sejam 
declaradas prescritas as demais sanções previstas no art. 12 da Lei nº 8.429/92. STJ. 1ª 
Seção. REsp 1899455-AC, Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em 22/09/2021 
(Recurso Repetitivo – Tema 1089) (Info 710). 
(D) INCORRETA. Constitui sim ato de improbidade, na forma do art. 1, §6, da Lei 8429. 
Art. 1, § 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados contra 
o patrimônio de entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal 
ou creditício, de entes públicos ou governamentais, previstos no § 5º deste artigo. 
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
(E) INCORRETA. O particular também responde. 
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o 
servidor público e todo aquele que exerce,

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