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1 aula nosso lar, zonas umbralinas e mediunidade

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Umbral - A Dimensão Paralela 
Na literatura espírita e dentre alguns no Movimento Espírita, sempre nos deparamos com o termo 
complexo e controverso...o “Umbral”, o qual a maioria das vezes passa uma imagem de lugar ruim, com 
seres horríveis e que em nada é agradável. 
Não pretendemos com esse artigo mistificar ou desmitificar, a crença no “Umbral”, apenas 
realizamos uma breve pesquisa com intuito de averiguar e informar; sem a pretensão de nortear contra ou 
a favor a sua idoneidade dentro do Movimento Espírita. 
Devemos deixar claro que a palavra “Umbral” não é exclusiva do espiritismo, na carpintaria a 
palavra refere-se à soleira colocada na parte inferior de uma porta; sobre o piso ao nível do chão da porta 
onde pode-se entrar em um local. Nas construções antigas, e ainda hoje, costuma-se colocar uma pedra (de 
vários tipos, mármore, granito, ardósia, lajota, madeira etc.), com a mesma largura da porta para funcionar 
no nível do piso como demarcação de separação entre os dois ambientes; essa pedra representaria o 
“Umbral”. 
Na Doutrina Espírita, a palavra “Umbral” aparece pela primeira vez na Obra de Chico 
Xavier/André Luiz: “Nosso Lar”, onde descreve como um lugar transitório por onde passam as pessoas que 
não souberam aproveitar a vida na Terra, André Luiz nos afirma: “O Umbral é região de profundo interesse 
para quem esteja na Terra. Concentra-se, aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior. E note você 
que a Providência Divina agiu sabiamente, permitindo se criasse tal departamento em torno do planeta. Há 
legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem 
enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a planos de 
elevação. Representam fileiras de habitantes do Umbral, [...]” (André Luiz. p.71. 1999). 
Seria equivalente ao purgatório um conforme a visão católica, sob o prisma da carpintaria seria 
a separação entre duas dimensões, a do corpo físico e a do corpo espiritual. 
Conforme a obra supracitada, André Luiz enfatiza: “O Umbral – continuou ele, solícito – começa 
na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos 
deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros 
numerosos [...]” (André Luiz. p.69. 1999). 
Devemos salientar de que o “Umbral” não consta nas obras espíritas produzidas pelo codificador 
Allan Kardec e que surgem algumas dúvidas, por exemplo, no Livro dos Espíritos[ii] na questão 224, 
Kardec questiona aos Espíritos: P: o que é a alma nos intervalos das encarnações. R: - “Espírito errante, 
que aspira a um novo destino e o espera.”. 
Sob essa ótica André Luiz, estaria na condição de espírito errante, aguardando uma nova 
encarnação. 
Todavia no mesmo livro encontramos na resposta da questão 234 a replica para essa dúvida: P: 
Existem como foi dito, mundos que servem de estações ou de lugares de repouso aos Espíritos errantes? R: 
Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que eles podem habitar 
temporariamente, espécie de acampamentos, de lugares em que possam repousar de erraticidades muito 
longas, que são sempre um pouco penosas. São posições intermediárias entre os outros mundos, graduados 
de acordo com a natureza dos Espíritos que podem atingi-los, e que gozam de maior ou menor bem-estar. 
Na questão 236 percebemos que os espíritos não permanecem nese mundos: 
P: Os mundos transitórios são, por sua natureza especial, perpetuamente destinados aos Espíritos 
errantes? R: - Não, sua superfície é apenas temporária. 
Kardec reconhecia que havia “Dois mundos” conforme sua afirmação na Revista Espírita[iii]: 
“Existem, portanto, dois mundos: o corporal, composto dos Espíritos encarnados; e o espiritual, formado 
dos Espíritos desencarnados. Os seres do mundo corporal, devido mesmo à materialidade do seu envoltório, 
estão ligados à Terra ou a qualquer globo; o mundo espiritual ostenta-se por toda parte, em redor de nós 
como no Espaço, sem limite algum designado. Em razão mesmo da natureza fluídica do seu envoltório, os 
seres que o compõem, em lugar de se locomoverem penosamente sobre o solo, transpõem as distâncias com 
a rapidez do pensamento. A morte do corpo é a ruptura dos laços que o retinham cativos”. (Kardec. p. 
99.1865) 
 Em diversas obras espiritualistas (e algumas espíritas) existem afirmações de que há, no plano 
espiritual, diferentes faixas vibratórias, ou seja, várias dimensões (regiões), inferiores e superiores. 
Basicamente, dividem-se em três todas essas dimensões: 
1) Astral Inferior (com suas subdivisões), 
2) Astral Mediano (com suas subdivisões), 
3) Astral Superior (com suas subdivisões). 
Conforme essas obras nestas dimensões, encontram-se cidades, lugarejos, etc., nos quais 
convivem espíritos com o mesmo padrão vibratório. Desse modo, conclui-se que não existe um local 
chamado Umbral, mas, sim, muitas, dimensões extrafísicas ou colônias espirituais. 
 Nas questões 1011 e 1012 do LE Kardec, nos traz informações pertinentes sobre esse assunto: 
P. 1011. Um lugar circunscrito no Universo está destinado às penas e aos gozos do Espíritos, 
segundo os seus méritos? 
R: “- Já respondemos a essa pergunta. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição 
do Espírito. Cada um traz em si mesmo o princípio de sua própria felicidade ou infelicidade. E como eles 
estão por toda a parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado se destina a uns ou a outros. Quanto aos 
Espíritos encarnados, são mais ou menos felizes ou infelizes segundo o grau de evolução do mundo que 
habitam. 
 P. 1012. De acordo com isso, o Inferno e o Paraíso não existiriam como os homens representam? 
 R: “- Não são mais do que figuras: os Espíritos felizes e infelizes estão por toda a parte. 
Entretanto, como já o dissemos também, os Espíritos da mesma ordem se reúnem por simpatia. Mas podem 
reunir-se onde quiserem, quando perfeitos. ” 
Analisando essas respostas concluímos o “Nosso Umbral” é criado pela mente dos espíritos 
encarnados e desencarnados. Quando pensamos, nossa mente desfecha um processo pelo qual somos 
capazes de moldar as energias mais sutis do universo, criando formas que correspondem exatamente àquilo 
que somos intimamente, ou seja no “Umbral”, tudo o que está fora de nós é consequência do que está 
dentro. Tudo o que existe e nos acontece é reflexo do que trazemos na consciência. Portanto sob esse prisma, 
o Umbral nada mais é que uma faixa de frequência vibratória a que se ligam os espíritos desequilibrados, 
cujos interesses, desejos, pensamentos e sentimentos se afinam. 
Aqueles que estão no Umbral não são hostis; são espíritos que precisam de compreensão e ajuda. 
Momentaneamente perderam o rumo do crescimento espiritual, mas, são irrecuperáveis. 
O estigma de ser um purgatório e/ou inferno deve ser descartado, a cada dimensão existe uma 
vibração, sob esse prisma o “Nosso Lar” narrado por André Luiz também seria um “Umbral”, onde espíritos 
(de outra faixa vibratória) já conscientes de seus erros e perseverantes em continuar a evolução, reaprendem 
sobre a necessidade de reencarnar e tentar passar por novas provas, cultivando a esperança de em novo 
desencarne, a nova dimensão seja condizente com sua nova aprendizagem. 
REFERENCIAS 
XAVIER, Francisco C. – NOSSO LAR Ed. FEB. Rio de Janeiro. 1999. 
[ii] KARDEC, Allan. LIVRO DOS ESPÍRITOS. Ed. FEB. Rio de Janeiro. 2002 
[iii] KARDEC, Allan. REVISTA ESPÍRITA. Março de 1865 
 
Umbral - Zona Purgatorial 
(André Luiz) 
Um Espírito desencarnado contemplará tão-somente, por tempo equivalente à conturbação em 
que se encontre, os quadros terríficos que lhe digam respeito às culpas contraídas, sem capacidade para 
observar paisagens de outra espécie; escutará exclusivamente vozes acusadoras que lhe testemunhem os 
compromissos inconfessáveis, sem possibilidadede ouvir quaisquer outros valores sônicos. 
 Tanto quanto poderá recordar apenas acontecimentos que se lhe refiram aos padecimentos 
morais, com absoluto olvido de fatos outros, até mesmo daqueles que se relacionem com a sua 
personalidade, motivo pelo qual se fazem tão raros os processos de perfeita identificação individual, na 
generalidade das comunicações mediúnicas, com entidades dementadas ou sofredoras, comumente 
estacionárias no monoideísmo que as isola em tipos exclusivos de recordação ou emoção, de vez que, nessas 
condições, o pensamento contínuo que lhes flui da mente, em circuito viciado sobre si mesmo, age 
coagulando ou materializando pesadelos fantásticos, em conexão com as lembranças que albergam. 
E esses pesadelos não são realmente meras criações abstratas, porquanto, em fluxo constante, as 
imagens repetidas, formadas pelas partículas vivas de matéria mental, se articulam em quadros que 
obedecem também à vitalidade mais ou menos longa do pensamento, justapondo-se às criaturas 
desencarnadas que lhes dão a forma e que, congregando criações do mesmo teor, de outros Espíritos afins, 
estabelecem, por associações espontâneas, os painéis apavorantes em que a consciência culpada expia, por 
tempo justo, as consequências dos crimes a que se empenhou, prejudicando a harmonia das Leis Divinas e 
conturbando, concomitantemente, a si mesma. 
Obliterados os núcleos energéticos da alma, capazes de conduzi-la às sensações de euforia e 
elevação, entendimento e beleza, precipita-se a mente, pelo excesso da taxa de remorso nos fulcros da 
memória, na dor do arrependimento a que se encarcera por automatismo, conforme os princípios de 
responsabilidade a se lhe delinearem no ser, plasmando com os seus próprios pensamentos as telas 
temporárias, mas por vezes de longuíssima duração, em que contempla, incessantemente, por reflexão 
mecânica, o fruto amargo de suas próprias obras, até que esgote os resíduos das culpas esposadas ou receba 
caridosa intervenção dos agentes do amor divino, que, habitualmente, lhe oferecem o preparo adequado 
para a reencarnação necessária, pela qual retornará ao aprendizado prático das lições em que faliu. 
 É dessa forma que os suicidas, com agravantes à frente do Plano Espiritual, como também os 
delinquentes de variada categoria, padecem por largo tempo a influência constante das aflitivas criações 
mentais deles mesmos, a elas aprisionados, pela fixação monoidéica de certos núcleos do corpo espiritual, 
em detrimento de outros que se mantêm malbaratados e oclusos. 
E porque o pensamento é força criativa e aglutinante na criatura consciente em plena Criação, as 
imagens plasmadas pelo mal, à custa da energia inestancável que lhe constitui atributo inalienável e 
imanente, servem para a formação das paisagens regenerativas em que a alma alucinada pelos próprios 
remorsos é detida em sua marcha, ilhando-se nas consequências dos próprios delitos, em lugares que, 
retendo a associação de centenas e milhares de transviados, se transformam em verdadeiros continentes de 
angústia, filtros de aflição e de dor, em que a loucura ou a crueldade, juguladas pelo sofrimento que geram 
para si mesmas, se rendem lentamente ao raciocínio equilibrado, para a readmissão indispensável ao 
trabalho remissor. 
 Texto extraído do Livro Evolução em Dois Mundos, escrito por Francisco Candido Xavier 
(ditado pelo espírito André Luiz), p. 1, cap. 16, pág. 127 
 
Umbral na visão de André Luiz e na visão de um Guardião 
Estudo: Umbral na visão de André Luiz e na visão de um Guardião 
Comparando as passagens dos livros. 
Do Livro “Nosso Lar” (Chico Xavier) 
Do Livro Guardião da Meia-Noite: (Rubens Saraceni) 
 
Nas Zonas Inferiores – pág. 13 
 1-parágrafo: “Eu guardava a impressão de haver perdido a ideia de tempo. A noção de espaço 
esvaíra-se-me de há muito”. 
 2- “Estava convicto de não mais pertencer ao número dos encarnados no mundo e, no entanto, 
meus pulmões respiravam a longos haustos”. 
 4-“A paisagem, quando não totalmente escura, parecia banhada de luz alvacenta, como que 
amortalhada em neblina espessa, que os raios de sol aquecessem de muito longe”. 
 5- “Perdera toda a noção de rumo. O receio do ignoto e o pavor da treva absorviam-me todas 
as faculdades de raciocínio, logo que me desprendera dos últimos laços físicos, em pleno sepulcro”! (N.L) 
Pág. 61 – 7 parágrafo; 
 “Fui acompanhando mentalmente o percurso e senti dores horríveis quando desceram os 
degraus da entrada, pouco depois. Gritava muito por socorro, mas parece que ninguém se incomodava”. 
 Pág. 90 
 “O Umbral, ou purgatório, é um lugar onde não impera lei alguma. Foi ali que fiquei por 
muitos anos, até sair da cova. Aquilo é o nada. Você não tem noção de tempo ou espaço e nada existe além 
do tormento do espírito. Como eu era um grande devedor da Lei Maior, não havia retorno: ou descia mais 
um pouco, ou enlouquecia”. (Guardião) 
O Umbral pág. 58 
Explicação de Lísias para André. 
 5- parágrafo: “O Umbral começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo 
não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale 
da indecisão ou no pântano dos erros numerosos. Quando o espírito reencarna, promete cumprir o programa 
de serviços do Pai;entretanto, ao recapitular experiências no planeta, é muito difícil fazê-lo, para só procurar 
o que lhe satisfaça ao egoísmo. Assim é que mantidos são o mesmo ódio aos adversários e a mesma paixão 
pelos amigos”. 
 Pág. 59, segundo parágrafo: “O Umbral funciona, portanto, como região destinada a 
esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material 
deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma 
existência terrena”. 
Pág. 60 – 1 parágrafo: ‘O Umbral é região de profundo interesse para quem esteja na Terra. 
Concentra-se, aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior” 
 “Há legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas 
para serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a 
planos de elevação. Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens 
encarnados, separados deles apenas por leis vibratórias. Não é de estranhar, portanto, que semelhantes 
lugares se caracterizem por grandes perturbações. Lá vivem agrupam-se, os revoltados de toda espécie. 
Formam, igualmente, núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração das tendências e desejos 
gerais”. 
 “Pois o Umbral está repleto de desesperados. Por não encontrarem o Senhor à disposição dos 
seus caprichos, após a morte do corpo físico, e, sentindo que a coroa da vida eterna é a glória intransferível 
dos que trabalham com o Pai, essas criaturas se revelam e demoram em mesquinhas edificações”. (N.L.) 
 
Pág. 91 – “O Umbral é isso, meu amigo: o esquecimento da Lei. Vi espíritos vagando por lá 
durante séculos. Perdem toda a fé e a esperança. Ali não vai ninguém para socorrê-los; cada um tem de 
achar sua própria saída. Não lhe lançam uma escada para se elevar; você tem de construir sua própria 
escada. Existem, ali, alguns agrupamentos de espíritos socorristas muito fechados. Eu mesmo conheço 
muitos desses locais”. 
-“Não saem em busca das almas ou espíritos que vagam sem rumo”? 
-Quem lhe falou isso? 
-Li em um livro. 
 - “Conversa fiada para iludir incautos. O que falaram ou descreveram não foi um Umbral ou 
Purgatório como nós, os guardiões, conhecemos muito bem, mas, sim, as camadas de atração de almas 
pouco devedoras. Essa é uma região onde andam livres todos os tipos de espíritos. Na faixa vibratória a que 
chamam de Umbral ou Purgatório, o espírito pode ir aonde quiser sem que ninguém o incomode, ou seja, 
pode agregar-se a quem quiser”. 
 “No verdadeiro Umbral, apenas os guardiões penetram,tanto os da luz como os das trevas, e 
assim mesmo com certa cautela, pois lá não impera lei alguma. Essa região é habitada por aqueles que não 
pertencem nem aos céus nem aos infernos. Ali, nem os das trevas (pág. 92) entram, pois não tem direito 
sobre quem lá está Só os idiotas, como eu, que clamam por eles, é que são tirados de lá por seus servidores”. 
(Guardião). 
 Pág 60 parágrafo 4: “A zona inferior a que nos referimos é qual a casa onde não há pão: todos 
gritam e ninguém tem razão. O viajante distraído perde o comboio, o agricultor que lá permanece o tempo 
que se faça necessário”. (N.L.) 
Pág. 61 parágrafo 3: “É nessa zona que se estendem os fios invisíveis que ligam as mentes 
humanas entre si. O plano está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos encarnados, porque, 
em verdade, todo espírito, esteja onde estiver, é um núcleo irradiante de forças que criam, transformam ou 
destroem, exteriorizadas em vibrações que a ciência terrestre presentemente não pode compreender. E é 
pelo pensamento que os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de 
cada um. Toda alma é um ímã poderoso. Há uma extensa humanidade invisível, que se segue à humanidade 
visível. Os missionários do Umbral encontram fluidos pesadíssimos emitidos, sem cessar, por milhares de 
mentes desequilibradas, na prática do mal, ou terrivelmente flageladas nos sofrimentos retificadores”. (N. 
L.) 
 
Nosso Lar pág.14 e 15 
Parágrafo 3: “Em momento algum, o problema religioso surgiu tão profundo a meus olhos... (...) 
Verificava que alguma coisa permanece acima de toda cogitação meramente intelectual. Esse algo é a fé, 
manifestação divina ao homem. Semelhante análise surgia, contudo, tardiamente. De fato, conhecia as letras 
do Velho – Testamento e muita vez folheara o Evangelho; entretanto, era forçoso reconhecer que nunca 
procurara as letras sagradas com a luz do coração”. (N. L). 
 
Guardião: 
 “Se eu tivesse mantido minha fé no Criador, com o tempo seria despertado do meu estado 
ilusório e resgatado para algum local adequado. 
- Ou seja, tudo ali é uma prova para a fé de cada um, não? 
-Vejo que você compreendeu o que falei. 
- Muito interessante, pois contraria tudo o que sei sobre o Umbral. 
- É isso mesmo. Ali ninguém o ajuda porque não é permitido. Quem disser o contrário, está 
mentindo ou não conhece o verdadeiro Umbral. 
O Criador prova a cada um que Ele existe, e todos os que têm alguma dúvida conhecem o 
Umbral, ou zona neutra, onde a lei reina implacável. Você é provado a cada segundo, até as raias da loucura. 
Apenas os que enlouquecem não definem um rumo. Permanecem ali por séculos e perdem a noção de tudo. 
 Há três saídas para aqueles que são condenados ao purgatório: ou sobem, ou descem, ou 
permanecem. De vez em quando, uma força misteriosa agita o Umbral. Não é visível para o mais iluminado 
dos espíritos nem para o mais poderoso ser das trevas. Sabemos disso porque, numa dessas agitações, nós 
estávamos lá. Essa foca misteriosa colhe milhares de espíritos, computa-os dentro de um envoltório 
luminoso e os leva a um lugar que desconheço. De lá, são imediatamente conduzidos à reencarnação, sem 
noção alguma do que lhes ocorreu desde o momento em que essa luz misteriosa os tinha envolvido. 
 Na verdade, toda essa região é pura criação de mentes combalidas pela dor de seus corpos e 
almas. Imagine um pesadelo e você terá uma noção do que é o Umbral. Cada um o vê à sua maneira e 
encontra nele os monstros particulares que alimentou durante sua passagem pela carne. O Umbral é a 
materialização dos medos do subconsciente de cada um. É uma zona em constante mutação”.(Guardião). 
 
Nosso Lar pág 15 parágrafo 3: Conselho do André Luiz. 
 “Oh! Amigos da Terra! Quantos de vós podereis evitar o caminho da amargura com o preparo 
dos campos interiores do coração? Acendei vossas luzes antes de atravessar a grande sombra. Buscai a 
verdade, antes que a verdade vos surpreenda. Suai agora para não chorardes depois”. (N. L.) 
 
Umbral – Colônias Espirituais 
Por Breno Costa 
I – Apresentação 
O primeiro livro desenvolvido por André Luiz é o famoso “Nosso Lar”. 
Já em sua apresentação, Andre Luiz traz informações valiosas para nossa reflexão. Vejamos. 
“A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões”. 
“A vida não cessa e é fonte eterna”: aqui está caracterizada a imortalidade da alma. Imortalidade 
essa aceita por todas as religiões, mesmo aquelas que não são espíritas. Afinal, acreditam na existência de 
um céu, inferno e purgatório e alguma coisa precisa ir para estes lugares. Logo, todas as religiões acreditam 
que existe uma vida eterna e que as pessoas vão para algum lugar. 
“A morte é o jogo escuro das ilusões”: até então a morte era vista com um ar de fantasia, com 
elementos alegóricos. O estudo do mundo espiritual visa justamente aproximar esta realidade e acabar com 
as ilusões. Lembra que estamos na adolescência espiritual? Precisamos conhecer a verdade e não viver mais 
de ilusões. 
Com o conhecimento sobre tudo que envolve a morte poderemos traçar melhor os caminhos de 
nossas vidas enquanto encarnados. 
Após, ele afirma: 
“Uma existência é um ato. 
Um corpo – uma veste. 
Um século – um dia. 
Um serviço – uma experiência. 
Um triunfo – uma aquisição. 
Uma morte – um sopro renovador”. 
“Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, 
quantas mortes necessitamos ainda?” 
Vejam as noções de eternidade que precisamos aprender a adquirir. 
Precisamos incorporar em nosso dia a dia estes conceitos. Dessa forma, viveremos com mais 
harmonia, aceitando as leis divinas e inibindo os pensamentos ainda atrasados. 
Achei importante ressaltar estas frases da Mensagem de Andre Luiz, porque são marcantes, de 
grande profundidade e todos devemos meditar a respeito sempre. 
II – Revisão 
No primeiro dia vimos que todo e qualquer pensamento emite fluídos. 
Frise-se: todo e qualquer pensamento. 
Aprendemos também que pelo pensamento formamos telas-mentais e que esta tela-mental é 
emitida na atmosfera. 
A espécie de fluídos dependerá da espécie de tela mental formada pela pessoa, ou seja, do 
pensamento que o indivíduo teve. 
Vimos que o cérebro funciona como rádio emissor e receptor, emitindo e recebendo fluídos afins. 
Logo, pelo pensamento nós: 
a) Emitimos na atmosfera telas-mentais e fluídos; 
b) Entramos em sintonia com os fluídos que existem na atmosfera; 
c) Entramos em sintonia com as pessoas que pensam igual. 
Andre Luiz traz a seguinte lição: 
“Emitindo uma ideia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, ideia essa que para logo se 
corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim, 
espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir” (Mecanismos da 
Mediunidade p. 48). 
Pois bem, era necessário relembrar isso para começarmos a estudar o Umbral. 
III – Umbral 
O umbral é uma dimensão vibracional densa, destina a expurgar os fluídos densos do espíritos 
desencarnados. 
O umbral foi criado e é mantido pelos fluídos densos emitidos pelos encarnados e desencarnados. 
Como vimos, o pensamento forma telas mentais que são lançadas na atmosfera, são fluídos 
emitidos conforme a espécie do pensamento. 
Isso na escala bilhões de pessoas encarnadas e desencarnadas dá origem a criações no plano 
espiritual, criações boas e ruins, como o umbral. 
- E onde se localiza o umbral? 
Nós precisamos imaginar Mundo Espiritual como várias e várias dimensões vibratórias, camadas 
circunscritas, como camadas de uma cebola. 
Além disso, o mundo espiritual pertence uma dimensão diferente da nossa. Ela está sobreposta 
à nossa, mas é outra. Assim, as escalas de localização são aproximadas e não perfeitas. 
Pois bem, conforme podemos ver por este desenho exemplificativo. A dimensão vibracional 
denominada Umbralteria início na Crosta Terrestre e avançaria algumas dezenas de quilômetros na 
atmosfera do Planeta. 
Em conversa com Lísias, André Luiz afirma: 
“Creio, então, que essa esfera (umbral) se mistura quase com a esfera dos homens”. (Nosso Lar, 
p. 83) 
E Lísias confirma: 
“Sim, e é nessa zona que se estendem os fios invisíveis que ligam as mentes humanas entre si. 
O plano (dimensão do umbral) está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos encarnados”. 
(Nosso Lar, p. 83) 
Após o umbral, estariam as Colônias de Transição (futuramente entenderemos porque se 
chamam assim). “Nosso Lar” é uma colônia de transição e está localizada nas vizinhanças do Umbral. 
Mais acima estariam as demais colônias, já mais evoluídas e formadas por fluídos ainda menos 
densos. 
Existe muita discussão se a colônia “Nosso Lar” estava dentro do Umbral ou logo após o Umbral. 
Veja, o Umbral é uma dimensão vibracional, assim, não tem um muro fixando aonde ele acaba 
precisamente. 
Logo, torna-se difícil fixar com precisão se “Nosso Lar” está no Umbral ou faz fronteira com o 
Umbral. 
Na minha opinião está nas vizinhanças do umbral em razão do que está dito sobre as Câmaras 
de Retificação da colônia: 
“As Câmaras de Retificações estão localizadas nas vizinhanças do Umbral. Os necessitados que 
aí se reúnem não toleram as luzes, nem a atmosfera de cima, nos primeiros tempos de moradia em ‘Nosso 
Lar’”. (Nosso Lar, p. 170). 
Mas isso não é relevante, o mais relevante é saber o que é o Umbral e o que são as colônias, até 
porque estudaremos diversas colônias que definitivamente estão na região umbralina e isso é normal. 
Não raramente muitos de nós nem mesmo conseguimos sair do terceiro nível, ou seja, 
permanecemos quando espíritos desencarnados na região umbralina. Veremos isso mais para frente e 
entenderemos que se trata de algo normal e nada dramático. 
Entre o segundo e terceiro nível existem muitos Prontos de Socorros destinados a ajudar aqueles 
espíritos que já estão aptos a saírem da dimensão umbralina. Porém, é comum o espírito ser socorrido e 
permanecer naquela região porque não consegue elevar-se em sentimento. Estudaremos tudo isso com mais 
atenção em outros dias. 
Além dos Prontos de Socorros existem outras colônias, espalhadas na região descrita como 
número 3. São colônias mais densas que a o “Nosso Lar”, contudo, já suficientemente elevadas para que a 
pessoa consiga planejar uma nova reencarnação e trabalhar nas fileiras do Bem. 
Vejamos o vídeo a seguir que explica a questão que envolve a existência do umbral e o conceito 
de que o “inferno e o céu é um estado de consciência do indivíduo”. 
http://www.youtube.com/watch?v=J2bXE0y14LU 
E porque será que o livro começa falando do umbral? Andre Luiz poderia ter pulado esta parte 
e ido direto para a Colônia “Nosso Lar”, mas fez questão de descrever um pouco como é o umbral. 
Justamente porque já somos adolescentes espirituais, já temos maturidade para entender o que existe e lidar 
com isso. Mas, como ainda não somos adultos, André Luiz em diversas passagens de seus livros, afirma 
que não era autorizado a descrever com precisão aspectos de alguns lugares e espíritos. 
E como é o Umbral? 
Trata-se de uma região vibracional com pouca luz, água e vegetação. 
Possui características de uma região desértica. 
Composta de espíritos com os mais diversos problemas morais. 
Vamos ver o vídeo de “Nosso Lar” para que possamos imaginar melhor como seria tal dimensão: 
http://www.youtube.com/watch?v=dHCxDdQ0ARk&feature=related 
E qual sua finalidade? 
A dimensão umbralina possui uma finalidade parecida com a figura que os católicos atribuem 
ao purgatório. Vejamos: 
Em razão de a maioria de nós contribuirmos com a formação e manutenção desta região 
vibracional por meio da emissão de fluídos mentais diários, possuímos grande sintonia com esta região. 
Assim, naturalmente após o falecimento, somos atraídos para lá. Conforme demonstra o vídeo, 
foi o que aconteceu com Andre Luiz. 
Além da nossa emissão diária de fluídos que contribuem para a formação do umbral, existem 
nossos vícios materiais como cigarro, álcool, drogas, comidas (em excesso) e etc. 
Nesse sentido, a finalidade do umbral é a de esgotamentos de nossos fluídos mentais densos 
oriundos de nossas imperfeições e que possuem ligações com aspectos inferiores de nossa vida terrena 
(egoísmo, vaidade, materialismo, remorso, ódio, raiva, vingança, sensualismo, etc). 
Eliminados estes resíduos mentais, o Espírito está pronto para aceitar a nova realidade que se 
apresenta e a receber a ajuda dos Missionários da Luz, sendo socorridos por equipes e levados para Prontos 
de Socorros ou Colônias. 
Conforme relata Andre Luiz, ele era “joguete de forças que não poderia supor”. Estas forças são 
os seres trevosos que escolheram permanecer no mal e que atacam pessoas como Andre Luiz. 
Parece ruim, cruel e dá uma sensação ruim pensar nisso. 
Mas, para quem teve uma vida igual de Andre Luiz, este breve tormento é necessário para purgar 
seus vícios materiais e abrir a mente para uma nova realidade. Ele precisa desejar realmente querer de 
deixar de sentir aquela espécie de fluídos. 
Do contrário, caso socorrido antes da hora, ele continuará em sintonia com aquela região e até 
mesmo voltará para ela, como o drogado que foge da clínica de recuperação na busca de drogas. 
Importante entender: Quanto mais vícios a pessoa possui, mais densa é a emissão de fluídos. 
Assim, sua mente está acostumada a uma vibração lenta, com frequencia baixa e pesada. A mente é a força 
formadora do espírito. Logo, após o desencarne, o corpo espiritual está vibrando na frequencia que a mente 
se acostumou a vibrar durante décadas e, por isso, somos atraídos para o umbral, local que também possui 
uma vibranção densa. Somente após algum tempo no umbral, o espírito consegue, aos poucos, aumentar a 
frequencia de suas vibrações (orações e resignação), alterando suas afinidades vibracionais, podendo ser 
encaminhado para colônias transitórias. 
- Todos iremos passar pelo umbral? 
 
Estudaremos esta questão de forma mais detalhada no tópico “desencarnação”, mas podemos 
adiantar o seguinte. 
Se você esteve em sintonia com o umbral durante sua vida terrena, emitindo fluídos mentais que 
ajudaram na criação e manutenção desta zona vibracional, é normal ser atraído para aquela região. 
Porém, como veremos, existem o desencarne assistido por amigos espirituais (veremos o que é 
isso). Neste caso, a pessoa é socorrida e levada para Prontos de Socorro que existem na região umbralina. 
Ocorre que é difícil imaginar alguém em nosso estágio evolutivo que não entre em sintonia com 
a região umbralina emitindo pensamentos de baixo padrão vibratório. 
E é por isso que se costuma afirmar que o normal é todos passarem pelo Umbral. Mas, como 
veremos, não são todos que passam como André Luiz passou. 
E daí a importância de conhecer o Mundo Espiritual sem mistificações. Assim, podemos adquirir 
hábitos novos que irão auxiliar quando do desencarne. 
Andre Luiz, quando encarnado estava habituado ao consumo de álcool, cigarros, comida 
exagerada e pela total ausência de estudos espirituais, prática de caridade e pensamentos edificantes. Assim, 
durante toda sua vida encarnada estava em sintonia com as regiões umbralinas mais densas, sendo 
diretamente atraído para lá. 
IV – Colônia Espiritual de Transição “Nosso Lar” 
Assim como o Umbral, a colônia “Nosso Lar” também é uma dimensão vibracional e também 
foi criada pela emissão dos pensamentos. 
“Nosso Lar” é apenas uma das dezenas, centenas, milhares de colônias espalhadas por todo o 
Planeta. 
Como visto, se localiza na região vizinha à dimensão vibracional conhecida como umbral e 
geograficamente está localizada acima da cidade do Rio de Janeiro. 
E porque se chama de colônia transição? 
Porque serve para que os espíritos advindos da região umbralina sejam socorridos e se adaptem 
ao Mundo Espiritual,programando novas reencarnações ou elevando-se para outras camadas vibratórias 
menos densas. 
Nós, quando encarnados, passamos dezenas de anos (sessenta, setenta, oitenta anos) convivendo 
com a espécie de organização social existente na Crosta da Terra, com ruas, carros, casas e prédios. 
Da mesma forma, a colônia “Nosso Lar” possui características similares. Assim, torna-se 
possível a adaptação da pessoa após a morte, na nova dimensão. 
Um dos exemplos é a comida. A pessoa desencarnada, no estado de Espírito, não precisa mais 
de alimentos sólidos, apenas fluídos. Porém, como a pessoa está condicionada à alimentação por meio da 
ingestão de matéria, em várias colônias (no caso de “Nosso Lar” em alguns Ministérios), as pessoas se 
alimentam de sopas, frutas e alguns alimentos leves, mas que possuem a característica material que estão 
acostumadas. 
O Mundo Material é pálido reflexo do que é o Mundo Espiritual. Nesse sentido, colônias como 
“Nosso Lar”, servem para que o espírito seja socorrido e se adapte a nova realidade. 
O Mundo Espiritual é uma dimensão sobreposta ao Mundo Material, mas nas suas cidades de 
convivência entre pessoas, por dotada de composição fluídica diferente, possui outra realidade que não é 
facilmente assimilada por aquele que desencarna e ainda não possui a evolução moral e intelectual para 
rapidamente se recordar das outras vidas e outros períodos de erraticidade espiritual. Por isso são 
necessárias as colônias de transição. 
- Criação da Colônia “Nosso Lar” 
 
Conforme consta do livro “Nosso Lar”, a colônia é “antiga fundação de portugueses distintos, 
desencarnados no Brasil, no século XVI.” (capítulo Oito). 
V – Exercícios para a semana 
Vamos encerrar os estudos de hoje propondo manter os dois exercícios da semana passada e 
acrescentar mais um. 
Iremos manter: a) evitar pensamentos não edificantes durante o dia a dia; b) emitir bons 
pensamentos quando cruzamos com pessoas na rua (principalmente as claramente necessitadas). 
O exercício que vamos acrescentar será: Meditar! 
Sim, meditar. 
Quando estamos no Centro Espírita ou fazendo o Evangelho do Lar em nossas casas, falamos 
“vamos acalmar nossos pensamentos, esvaziar nossa mente”. Pois bem, isso é meditar. Precisamos 
melhorar esta capacidade. 
Lembrem-se: aqui vamos aprender a adquirir hábitos novos, que melhorarão nossa qualidade de 
vida, espiritual e material. 
Vamos treinar meditar por cinco minutos diários, ao menos três vezes na semana. 
Preferencialmente, o exercício deve ser feito todos os dias, melhor ainda se for antes de dormir 
e/ou antes de uma oração. 
Meditar é interromper todo e qualquer pensamento, todo e qualquer raciocínio, por longos 5 
minutos. 
Durante o exercício você perceberá que passará a ouvir o mundo de forma diferente, sendo que 
pequenos sons chamarão sua atenção. Mas todo raciocínio deve ser evitado, deve-se concentrar na 
respiração e tão somente nisso. 
Vejamos este vídeo que ensina um pouco sobre a meditação. O que nos importa aqui dura até os 
2min50segundos, depois disso traz conceitos diferentes da doutrina espírita e, portanto, para nós, que 
estudamos com base em Allan Kardec, não nos interessa (no momento). Mas, até o tempo indicado traz 
preciosa lição de como fazer meditação. 
http://www.youtube.com/watch?v=dehOJ08iaZM 
Sobre o fato de em meditação recebermos energia existente nos cosmos, foi dito pelo mentor de 
André Luiz no livro “Entre a Terra e o Céu” (fls. 164/165): 
“Analisando a fisiologia do períspirito, classifiquemos seus centros de força. (…). Temos, assim, 
por expressão máxima do veículo que nos serve presentemente, o “centro coronário”, (…), nele assenta a 
ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. (…). É, por isso, o grande assimilador das energias 
solares e dos raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a sublimação da alma”. 
Mas o mais importante não é isso, e sim: aprender a acalmar nossos pensamentos, trazendo 
harmonia para nossos espíritos em diversos momentos de nossos dias, auxiliando na hora do sono e da 
oração. 
No início será muito difícil. Você achará que é impossível ficar sem pensar. Porém, tenham a 
certeza de que é possível e nas outras semanas vocês entenderão melhor os motivos deste exercício e todos 
os seus benefícios. 
Lembrem-se: precisamos mudar nosso padrão de emissão de fluídos. Estamos habituados a 
emitir fluídos de baixo padrão vibratório, entrando em sintonia com as regiões mais baixas do Mundo 
Espiritual, com os fluídos densos existem na atmosfera e com as pessoas (encarnadas e desencarnadas) que 
pensam igual. Vamos reprogramar nossa emissão de fluídos mentais. Assim, passaremos a sintonizar os 
fluídos emitidos pelos espíritos superiores e, aos poucos, veremos como isso é benéfico e ajudará nossas 
vidas a mudar para melhor. 
Semana que vem vamos terminar de estudar a Colônia “Nosso Lar”, incluindo sua organização 
e algumas curiosidades sobre o Mundo Espiritual: Espíritos comem? Dormem? Trabalham? Casam? 
Namoram? Existem reuniões mediúnicas no Mundo Espiritual? Espírito podem morrer uma segunda vez? 
Etc…. 
Mensagem final: 
“Não devias tu igualmente ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive 
misericórdia de ti?” — Jesus. (MATEUS, capítulo 18, versículo 33.) 
Em qualquer parte, não pode o homem agir, isoladamente, em se tratando da obra de Deus, que 
se aperfeiçoa em todos os lugares. 
O Pai estabeleceu a cooperação como princípio dos mais nobres, no centro das leis que regem a 
vida. 
No recanto mais humilde, encontrarás um companheiro de esforço. 
Em casa, ele pode chamar-se “pai” ou “filho”; no caminho, pode denominar-se “amigo” ou 
“camarada de ideal”. 
No fundo, há um só Pai que é Deus e uma grande família que se compõe de irmãos. 
Se o Eterno encaminhou ao teu ambiente um companheiro menos desejável, tem compaixão e 
ensina sempre. 
Eleva os que te rodeiam. 
Santifica os laços que Jesus promoveu a bem de tua alma e de todos os que te cercam. 
Se a tarefa apresenta obstáculos, lembra-te das inúmeras vezes em que o Cristo já aplicou 
misericórdia ao teu espírito. Isso atenua as sombras do coração. 
Observa em cada companheiro de luta ou do dia uma bênção e uma oportunidade de atender ao 
programa divino, acerca de tua existência. 
Há dificuldades e percalços, incompreensões e desentendimentos? Usa a misericórdia que Jesus 
já usou contigo, dando-te nova ocasião de santificar e de aprender.. 
(Emmanuel, de “Caminho, Verdade e Vida”, FCXavier) 
Mensagem “Companheiro” 
ESTUDANDO A MEDIUNIDADE 
Indubitavelmente — concordava o Assistente Aulus — a mediunidade é problema dos mais 
sugestivos na atualidade do mundo. Aproxima-se o homem terreno da Era do Espírito, sob a luz da Religião 
Cósmica do Amor e da Sabedoria e, decerto, precisa de cooperação, a fim de que se lhe habilite o 
entendimento. 
O orientador, de feição nobre e simpática, recebera-nos, a pedido de Clarêncio, para um curso 
rápido de ciências mediúnicas. 
Especializara-se em trabalhos dessa natureza, consagrando-lhes muitos anos de abnegação. Era, 
por isso, dentre as relações do Ministro, que se nos fizera patrono e condutor, um dos companheiros mais 
competentes no assunto. 
Aulus nos acolhera com afabilidade e doçura. 
Relacionando aflitivas questões da Humanidade Terrestre, pousava em nós o olhar firme e 
lúcido, não apenas com o interesse do irmão mais velho, mas também com a afetividade de um pai 
enternecido. 
Hilário e eu não conseguíamos disfarçar a admiração. 
Era um privilégio ouvi-lo discorrer sobre o tema que nos trazia até ali. 
Aliavam-se nele substanciosa riqueza cultural e o mais entranhado patrimônio de amor, 
causando-nos satisfação o vê-lo reportar-se às necessidades humanas, com o carinho do médico benevolente 
e sábio que desce à condição de enfermeiro para a alegria de ajudar e salvar. 
Interessava-se pelas experimentações mediúnicas, desde 1779, quando conhecera Mesmer, emParis, no estudo das célebres proposições lançadas a público pelo famoso magnetizador. Reencarnando no 
início do século passado, apreciara, de perto, as realizações de Allan Kardec, na codificação do Espiritismo, 
e privara com Cahagnet e Balzac, com Théophile Gautier e Victor Hugo, acabando seus dias na França, 
depois de vários decênios consagrados à mediunidade e ao magnetismo, nos moldes científicos da Europa. 
No mundo espiritual prosseguiu no mesmo rumo, observando e trabalhando em seu apostolado educativo. 
Dedicando-se agora a obra de espiritualização no Brasil, e isto há mais de trinta anos, comentava, otimista, 
as esperanças do novo campo de ação, dando-nos a conhecer a primorosa bagagem de memórias e 
experiências de que se fazia portador. 
Maravilhados ao ouvi-lo, mal lhe respondíamos a essa ou àquela indagação. 
— Conhecíamos, sim — informamos, respeitosos, em dado momento —, alguns aspectos do 
intercâmbio espiritual; todavia, o nosso desejo era amealhar mais amplas noções do assunto, com a 
simplicidade possível. Em outras ocasiões, estudáramos ao de leve alguns fenômenos de psicografia, 
incorporação e materialização, no entanto, era isso muito pouco, à face dos múltiplos serviços que a 
mediunidade encerra em si mesma. 
O anfitrião, afável, aquiesceu em elucidar-nos. 
Colaborava em diversos setores de trabalho e prodigalizar-nos-ia aquilo que considerava, com 
humildade, como sendo “alguns apontamentos”. 
Para começar, convidou-nos a ouvir um amigo que falaria sobre mediunidade a pequeno grupo 
de aprendizes encarnados e desencarnados, e em cuja palavra reconhecia oportunidade e valor. 
Não nos fizemos de rogados ante a obsequiosa lembrança. 
E, porque não havia tempo a perder, seguimo-lo, prestamente. 
Em vasto recinto do Ministério das Comunicações, fomos apresentados ao Instrutor Albério, que 
se dispunha a iniciar a palestra. 
Tomamos lugar entre as dezenas de companheiros que o seguiam, atentos, em muda expectação. 
Como tantos outros orientadores que eu conhecia, Albério assomou à tribuna, sem cerimônia, 
qual se nos fora simples irmão, conversando conosco em tom fraternal. 
— Meus amigos — falou, com segurança —, dando continuidade aos nossos estudos anteriores, 
precisamos considerar que a mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos. 
Não ignoramos que o Universo, a estender-se no Infinito, por milhões e milhões de sóis, é a 
exteriorização do Pensamento Divino, de cuja essência partilhamos, em nossa condição de raios conscientes 
da Eterna Sabedoria, dentro do limite de nossa evolução espiritual. 
Da superestrutura dos astros à infra-estrutura subatômica, tudo está mergulhado na substância 
viva da Mente de Deus, como os peixes e as plantas da água estão contidos no oceano imenso. 
Filhos do Criador, dEle herdamos a faculdade de criar e desenvolver, nutrir e transformar. 
Naturalmente circunscritos nas dimensões conceptuais em que nos encontramos, embora na 
insignificância de nossa posição comparada à glória dos Espíritos que já atingiram a angelitude, podemos 
arrojar de nós a energia atuante do próprio pensamento, estabelecendo, em torno de nossa individualidade, 
o ambiente psíquico que nos é particular. 
Cada mundo possui o campo de tensão electromagnética que lhe é próprio, no teor de força 
gravítica em que se equilibra, e cada alma se envolve no circulo de forças vivas que lhe transpiram do 
«hálito» mental, na esfera de criaturas a que se imana, em obediência às suas necessidades de ajuste ou 
crescimento para a imortalidade. 
Cada planeta revoluciona na órbita que lhe é assinalada pelas leis do equilíbrio, sem ultrapassar 
as linhas de gravitação que lhe dizem respeito, e cada consciência evolve no grupo espiritual a cuja 
movimentação se subordina. 
Somos, pois, vastíssimo conjunto de Inteligências, sintonizadas no mesmo padrão vibratório de 
percepção, integrando um Todo, constituído de alguns bilhões de seres, que formam por assim dizer a 
Humanidade Terrestre. 
Compondo, assim, apenas humilde família, no infinito concerto da vida cósmica, em que cada 
mundo guarda somente determinada família da Humanidade Universal, conhecemos, por enquanto, 
simplesmente as expressões da vida que nos fala mais de perto, limitados ao degrau de conhecimento que 
já escalamos. 
Dependendo dos nossos semelhantes, em nossa trajetória para a vanguarda evolutiva, à maneira 
dos mundos que se deslocam no Espaço, influenciados pelos astros que os cercam, agimos e reagimos uns 
sobre os outros, através da energia mental em que nos renovamos constantemente, criando, alimentando e 
destruindo formas e situações, paisagens e coisas, na estruturação dos nossos destinos. 
Nossa mente é, destarte, um núcleo de forças inteligentes, gerando plasma sutil que, a 
exteriorizar-se incessantemente de nós, oferece recursos de objetividade às figuras de nossa imaginação, 
sob o comando de nossos próprios desígnios. 
A ideia é um “ser” organizado por nosso espírito, a que o pensamento dá forma e ao qual a 
vontade imprime movimento e direção. 
Do conjunto de nossas ideias resulta a nossa própria existência. 
O orador fez pequeno intervalo que ninguém ousou interromper e prosseguiu comentando: 
— Segundo é fácil de concluir, todos os seres vivos respiram na onda de psiquismo dinâmico 
que lhes é peculiar, dentro das dimensões que lhes são características ou na frequência que lhes é própria. 
Esse psiquismo independe dos centros nervosos, de vez que, fluindo da mente, é ele que condiciona todos 
os fenômenos da vida orgânica em si mesma. 
Examinando, pois, os valores anímicos como faculdades de comunicação entre os Espíritos, 
qualquer que seja o plano em que se encontrem, não podemos perder de vista o mundo mental do agente e 
do recipiente, porquanto, em qualquer posição mediúnica, a inteligência receptiva está sujeita às 
possibilidades e à coloração dos pensamentos em que vive, e a inteligência emissora jaz submetida aos 
limites e às interpretações dos pensamentos que é capaz de produzir. 
Um hotentote desencarnado, em se comunicando com um sábio terrestre, ainda jungido ao 
envoltório físico, não lhe poderá oferecer notícias outras, além dos assuntos triviais em que se lhe 
desdobraram no mundo as experiências primitivistas, e um sábio, sem o indumento carnal, entrando em 
relação com o hotentote, ainda colado ao seu “habitat” africano, não conseguirá facultar-lhe cooperação 
imediata, senão no trabalho embrionário em que se lhe encravam os interesses mentais, como sejam o 
auxílio a um rebanho bovino ou a cura de males do corpo denso. Por isso mesmo, o hotentote não se sentiria 
feliz na companhia do sábio e o sábio, a seu turno, não se demoraria com o hotentote, por falta desse 
alimento quase imponderável a que podemos chamar vibrações compensadas. 
É da Lei, que nossas maiores alegrias sejam recolhidas ao contato daqueles que, em nos 
compreendendo, permutam conosco valores mentais de qualidades idênticas aos nossos, assim como as 
árvores oferecem maior coeficiente de produção se colocadas entre companheiras da mesma espécie, com 
as quais trocam seus princípios germinativos. 
Em mediunidade, portanto, não podemos olvidar o problema da sintonia. 
Atraímos os Espíritos que se afinam conosco, tanto quanto somos por eles atraídos; e se é verdade 
que cada um de nós somente pode dar conforme o que tem, é indiscutível que cada um recebe de acordo 
com aquilo que dá. 
Achando-se a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, quaisquer que sejam os 
característicos em que se expressem, é imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe os 
tesouros morais e culturais, os únicos que nos possibilitam fixar a luz que jorra para nós, das Esferas Mais 
Altas, através dos gênios da sabedoria e do amor que supervisionam nossas experiências. 
Procederam acertadamente aqueles que compararam nosso mundo mental a um espelho. 
Refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos nadireção dos outros as imagens que 
criamos. 
E, como não podemos fugir ao imperativo da atração, somente retrataremos a claridade e a 
beleza, se instalarmos a beleza e a claridade no espelho de nossa vida íntima. 
Os reflexos mentais, segundo a sua natureza, favorecem-nos a estagnação ou nos impulsionam 
a jornada para a frente, porque cada criatura humana vive no céu ou no inferno que edificou para si mesma, 
nas reentrâncias do coração e da consciência, independentemente do corpo físico, porque, observando a 
vida em sua essência de eternidade gloriosa, a morte vale apenas como transição entre dois tipos da mesma 
experiência, no “hoje imperecível”. 
Vemos a mediunidade em todos os tempos e em todos os lugares da massa humana. 
Missões santificantes e guerras destruidoras, tarefas nobres e obsessões pérfidas, guardam 
origem nos reflexos da mente individual ou coletiva, combinados com as forças sublimadas ou degradantes 
dos pensamentos de que se nutrem. 
Saibamos, assim, cultivar a educação, aprimorando-nos cada dia. 
Médiuns somos todos nós, nas linhas de atividade em que nos situamos. 
A força psíquica, nesse ou naquele teor de expressão, é peculiar a todos os seres, mas não existe 
aperfeiçoamento mediúnico sem acrisolamento da individualidade. 
É contraproducente intensificar a movimentação da energia sem disciplinar-lhe os impulsos. 
É perigoso possuir sem saber usar. 
O espelho sepultado na lama não reflete o esplendor do Sol. 
O lago agitado não retrata a imagem da estrela que jaz no infinito. 
Elevemos nosso padrão de conhecimento pelo estudo bem conduzido e apuremos a qualidade de 
nossa emoção pelo exercício constante das virtudes superiores, se nos propomos recolher a mensagem das 
Grandes Almas. 
Mediunidade não basta só por si. 
É imprescindível saber que tipo de onda mental assimilamos para conhecer da qualidade de nosso 
trabalho e ajuizar de nossa direção. 
Albério prosseguiu ainda em seus valiosos comentários e, mais tarde, passou a responder a 
complicadas perguntas que lhe eram desfechadas por diversos aprendizes. Por minha vez recolhera largo 
material de meditação e, em razão disso, em companhia de Hilário, despedi-me dos instrutores com alguns 
monossílabos de agradecimento, ouvindo de Aulus a promessa de reencontro para o dia seguinte.

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