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Quando falamos de fontes do Direito, queremos referir-nos às nascentes, aos mananciais do Direito, ou seja, os meios pelos quais se formam as regras jurídicas. ESPÉCIES DE FONTES DO DIREITO Fontes históricas: indicam a gênese das modernas instituições jurídicas: a época, local, as razões que determinaram a sua formação. A pesquisa pode limitar-se aos antecedentes históricos mais recentes ou se aprofundar no passado, na busca das concepções originais. Fontes materiais: são constituídas pelos fatos sociais, pelos problemas que emergem da sociedade e que são condicionados pelos fatores do Direito, como a moral, a economia, a geografia, etc. Fontes formais: são os meios de expressão do Direito, as formas pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam e tornam-se conhecidas. As fontes formais criam o Direito. CONTEÚDO DAS FONTES Fonte direta: é a chamada fonte formal. É aquela que, por si só, pela sua própria força, é suficiente para gerar a regra jurídica. Ela cria o direito. São as leis e os costumes Fonte indireta: não cria o direito, mas se trata de uma fonte complementar que pode influenciar a criação de uma norma. Fornecem aparato jurídico ao jurista em sua argumentação. São a doutrina e a jurisprudência. Para os países que seguem a tradição romano- germânica, como o Brasil, a principal forma de expressão é o direito escrito, que se manifesta por leis e códigos, enquanto o costume figura como fonte complementar. LEGISLAÇÃO Legislação é um conjunto de leis que regulariza determinada matéria ou ciência, ou ainda um conjunto de leis que organiza a vida de um país, ou seja, o que popularmente se chama de ordem jurídica e que estabelece condutas e ações aceitáveis ou recusáveis de um indivíduo, instituição, empresa, entre outros. Constituição: é a lei fundante de um país. Contém normais que dizem respeito à organização básica do Estado, ao reconhecimento e garantia dos direitos fundamentais, às formas, limites e competências do exercício do Poder Público. PROBLEMAS NO SISTEMA JURÍDICO Antinomia: é a presença de duas normas conflitantes, válidas e emanadas de autoridade competente, sem que se possa dizer qual delas merecerá aplicação em determinado caso concreto (lacunas de colisão). Lacuna: é a ausência de uma norma que sirva ao caso concreto, ou seja, é a situação em que nem a proibição nem a permissão de determinada conduta estão no ordenamento. Desse modo, poderia se pensar na incompletude do ordenamento. Ocorre quando: Há omissão completa da lei; O legislador deixa o assunto ao critério do julgador; A lei apresenta duas disposições contrárias. PROCEDIMENTOS DE INTEGRAÇÃO Art. 4º da LINDB: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.” Em casos de lacunas no sistema, existem dois métodos de complementação do ordenamento jurídico por meio dos procedimentos de integração. Autointegração: aproveitamento de elementos do próprio ordenamento. É a analogia. Analogia: atribuição a um fato não regulado expressamente por uma norma do ordenamento jurídico a mesma consequência jurídica prevista por uma norma expressa para um fato semelhante. Postulado da Plenitude da Ordem Jurídica: é o princípio que estabelece que os juízes não podem deixar de julgar, alegando inexistência ou obscuridade de normas aplicáveis. Por mais inusitado que seja um caso, ele deve ser julgado à luz do Direito vigente. Heterointegração: aplicação de normas que não participam da legislação. São os princípios gerais do direito e os costumes. Princípios Gerais do Direito: são os alicerces do ordenamento jurídico. São enunciados normativos, de valor muitas vezes universal que orientam a compreensão do ordenamento jurídico no tocante à elaboração, aplicação, integração, alteração ou supressão das normas. Costumes: são regras sociais que, por serem praticadas de forma reiterada e generalizada, acabam se tornando obrigatórias dentro de uma sociedade. CÓDIGOS E TRATADOS Códigos: são conjuntos de normas estabelecidos por leis. O que caracteriza o código é a regulação unitária de um ramo do Direito, estabelecendo para ele uma disciplina fundamental. Os códigos representam o ato de reunir todas as leis que regem um dado assunto. Tratado Internacional: é todo acordo formal e escrito, celebrado entre Estados e/ou organizações internacionais, que busca produzir efeitos em uma ordem jurídica de direito internacional. É um acordo resultante da convergência das vontades de dois ou mais sujeitos de direito internacional.
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