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Coerção, coação e sanção - Paulo Nader e Miguel Reale

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DIREITO E COAÇÃO 
Ao Direito cabe o cumprimento obrigatório da 
sentença, que é alheio a valores moralistas. Nesse 
sentido, é possível dizer que o que distingue o 
Direito da moral é a coercibilidade. 
Coercibilidade: é a possibilidade do uso da força 
(coação). É a lógica da interferência da força no 
cumprimento de uma regra de Direito. Ela 
exerce uma intimidação, por meio das 
penalidades previstas para a hipótese de violação 
das normas jurídicas. 
Coação: é a força propriamente dita. Ela é 
acionada quando o destinatário da regra não a 
cumpre espontaneamente. É um termo técnico, 
empregado pelos juristas, em duas acepções e 
que pode ser feita contra uma pessoa ou um 
grupo de pessoas: 
 Violência física ou material; 
 Violência psíquica. 
 
 TEORIAS DA FORÇA NO DIREITO 
Teoria do Eticismo Absoluto: sustenta que o 
Direito nada tem a ver com a força. Essa teoria 
idealiza o mundo jurídico, onde todos teriam um 
comportamento ético 
Teoria do Direito como expressão da força: para 
Jhering, o Direito se reduz a “norma + coação”. 
Segundo essa concepção, poderíamos definir o 
Direito como sendo a ordenação coercitiva da 
conduta humana. 
Teoria da Coercibilidade: o Direito é a ordenação 
coercível da conduta humana. A coação no 
Direito não é efetiva, mas potencial, 
representando uma segunda linha de garantia da 
execução da norma, caso essa não seja 
cumprida de forma espontânea. 
 
 SANÇÃO 
É todo e qualquer processo de garantia daquilo 
que se determina em uma regra. 
Sanção de ordem moral: pode ser de ordem 
individual, como o remorso, o arrependimento, o 
exame de consciência., ou de ordem social, como 
o julgamento que se sofre perante os demais 
membros da sociedade. A sanção moral opera 
tanto no plano da consciência, quanto no plano 
da consciência coletiva. 
Sanção de ordem jurídica: é caracterizada pela 
predeterminação e organização. É imposta pelo 
Estado para constranger os indivíduos à 
observância da norma. É externa, porque atua 
sobre a conduta exterior dos indivíduos, e é 
institucionalizada, porque é introduzida no 
ordenamento jurídico pelas mesmas fontes de 
produção das normas primárias. 
Sanção premial: é um estímulo à efetividade da 
norma. Um benefício conferido pelo 
ordenamento como incentivo ao cumprimento 
de determinada obrigação.

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