Grátis
28 pág.

Denunciar
Pré-visualização | Página 6 de 8
força extensora concen- trada na IFP. Esta deformidade é ainda freqüente na paralisia cerebral e nas seqüelas de lesão do Sistema Nervoso Central por desequilíbrio entre os múscu- los intrínsecos e extrínsecos. MOVIMENTAÇÃO PASSIVA O examinador, para estudar o grau de amplitude de cada articulação, deve reali- zar a movimentação sucessiva dessas articulações. São considerados como fisiológicos: A adução e abdução dos dedos, ao nível da articulação metacarpofalangiana, ocorre quando esta encontra-se em posi- ção de extensão, pois em flexão há o ten- sionamento dos ligamentos colaterais, que impedem este movimento. A movimentação da articulação carpo metacarpiana do quarto e quinto dedos deve ser considerada como de grande importância na pressão de objetos gran- des. Além disso, este movimento pode compensar desvios em fraturas do quarto e quinto metacarpiano consolidadas vicio- samente. MOVIMENTAÇÃO ATIVA É realizada pelo paciente e o exami- nador irá testar a força muscular das diversas unidades envolvidas no movi- mento dado. Deve-se levar em considera- ção os bloqueios articulares estudados anteriormente. É possível dar notas aos músculos: 0- músculo paralisado; 1- mús- culo apresentando contração, porém sem produzir movimento; 2- músculo contrai e produz movimento incapaz de vencer a força da gravidade; 3- músculo contrai e produz movimento capaz de vencer a for- ça da gravidade, mas incapaz de vencer uma pequena resistência do examinador; 4- músculo contrai e é capaz de vencer uma certa resistência do examinador; 5- músculo considerado normal para o bióti- po do paciente. Pode-se medir a força muscular na mão utilizando diversos modelos de dinamômetros. EXAME NEUROLÓGICO Pesquisar seqüelas de lesões do SNC e a integridade de nervos periféricos através do estudo da força muscular no exame da movimentação ativa, do estudo da sensibilidade e dos reflexos. Extensor dos dedos: – Extensor comum dos dedos {C7 – nervo radial} – Extensor próprio do indicador {C7 – nervo radial} – Extensor próprio do mínimo {C7 – nervo radial} • Para testar a extensão dos dedos, deve-se estabilizar o punho e fletir as arti- culações interfalangianas para tirar a ação dos músculos intrínsecos na extensão das IF. Nessa posição pede-se para o pacien- te realizar a extensão da MF contra uma 23 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Teste para o flexor superficial. Teste do extensor longo do polegar. Teste do extensor curto do polegar.Teste para o flexor profundo. resistência do examinador ao dorso da falange proximal. Flexão dos Dedos: – Flexor Superficial dos Dedos {mediano, C7,C8, T1} – Flexor Profundo dos Dedos {mediano, C7, C8, T1} {ulnar, C8, T1} – Lumbricais 2 Mediais {ulnar C8} 2 Laterais {mediano C7} • É possível realizar testes separa- dos para os tendões flexores superficial e profundo. Mantendo os dedos em hipe- rexrtensão a origem e a inserção do fle- xor profundo dos dedos permanecem afastadas. Como esse músculo compor- ta-se como um sincício (massa muscular única), ao bloquear um dedo, impedimos a ação do músculo para os outros dedos. Dessa forma, ao pedir para o paciente fletir o dedo, somente o flexor superficial irá agir fletindo a articulação IFP. Por outro lado, bloqueando a IFP em exten- são e pedindo para o paciente fletir o dedo, apenas o flexor profundo irá agir fletindo a IFP. Abdução Digital: Interósseos dorsais {ulnar C8, T1} Abdutor do quinto dedo {ulnar C8, T1} Adução Digital: Interósseos palmares ulnar {C8, T1} Extensor do Polegar: Extensor curto do polegar {radial C7} Extensor longo do polegar {radial C7} Testa-se o extensor longo do polegar pedindo para o paciente realizar a exten- são da articulação interfalangiana do polegar. O extensor curto age na exten- são da articulação metacarpofalangiana. FLEXÃO DO POLEGAR Flexor Curto do Polegar {porção superficial- mediano C6, C7} {porção profunda- ulnar C8} Flexor Longo do Polegar {mediano C8, T1} O flexor longo do polegar pode ser testado pedindo-se para o paciente reali- zar a flexão da articulação interfalangiana. O flexor curto do polegar age fletindo a articulação metacarpofalangiana. Abdução do Polegar Extensor longo do polegar {nervo radial C7} Abdutor curto polegar {nervo mediano C6, C7} Pode-se testar os abdutores do pole- gar estabilizando a mão e realizando uma resistência contra a abdução do polegar. O paciente pode utilizar os extensores do polegar para substituir a função de abdu- ção do polegar. Adução do Polegar {nervo ulnar C8} EXAME DA SENSIBILIDADE Sabemos que a inervação de todo o membro superior provém do plexo bra- quial. Este, por sua vez, é formado pelas raízes de C5, C6, C7, C8, T1. Do ponto de vista da sensibilidade, há uma seqüência lógica da inervação do mem- 24 Teste de Bunnell-Littler para avaliar a musculatura intrínseca. bro superior quanto a distribuição meta- mérica das raízes: Face Lateral ombro e braço = C5 Face Lateral ante braço, polegar e indicador = C6 Dedo Médio e região palmar da mão = C7 Dedos anular e mínimo + face medial do ante braço = C8 Face Medial do braço = T1 Em relação aos nervos periféricos, sabemos que a mão é suprida por três nervos: • Nervo Radial: inerva uma pequena área correspondente a tabaqueira anatô- mica e região dorsal da extremidade pro- ximal do polegar. • Nervo Mediano: inerva o restante do polegar, dedo indicador e médio e a meta- de radial da superfície volar do dedo anu- lar. • N e r v o U l n a r : inerva a metade ulnar da superfície volar do dedo anular, a superfície dorsal do anular e o dedo mínimo TESTES ESPECIAIS 1 – Teste para flexor superficial dos dedos. 2 – Teste para flexor profundo dos dedos 3 – Teste de Bunnell- Littler- para avaliar os músculos intrínsecos da mão. Deve-se manter a articulação MF em extensão e tentar fletir a articulação interfalangiana proximal. A flexão desta articulação indica ausência de hipertonia dos músculos intrínsecos e mede o tono desta musculatura. Para que este teste possa ser realizado há necessidade de que as articulações MF e IFP estejam livres. 4 – Teste dos ligamentos retinaculares: mede o tono dos ligamentos retinaculares. Mantém-se a articulação interfalangiana proximal em extensão e realiza-se a flexão da articulação interfalangiana distal. A resistência ao movimento é proporcionada pelos ligamentos retinaculares oblíquos. Com a articulação IFP em flexão, os liga- mentos retinaculares se relaxam e permi- tem a flexão da IFP com maior facilidade. 5 – Teste de Allen: o objetivo deste tes- te é avaliar a permeabilidade das artérias radial e ulnar. Deve-se pedir para o pacien- te abrir e fechar a mão várias vezes, com vigor e rapidez, enquanto o examinador comprime as artérias radial e ulnar ao nível do punho. Com os vasos comprimidos, pede-se para o paciente abrir a mão e, então, libera-se uma das artérias manten- do a outra pressionada. O exame da perfu- são da mão indicará se artéria examinada está ocluida ou permeável. À seguir, proce- de-se o exame para a outra artéria. 25 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Teste dos ligamentos retinaculares oblíquos. Teste de Allen para avaliar a permeabilidade da artéria radial. 6 – Variante do Teste de Bunnell Littler: várias são as situações onde há apenas alteração do tono da musculatura intrínseca radial ou ulnar isoladamente. Nestas situações pode-se examinar sepa- radamente esses músculos realizando a abdução ou adução ao nível da MF esten- dida, relaxando um grupo de músculos e tensionando o outro para o teste. 7 – Teste de Watson: para testar a ins- tabilidade do escafóide. Realiza-se um desvio ulnar no punho e, concomitante- mente, pressiona-se o polo distal ou a tuberosidade do