Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Jogos Olímpicos e Paralímpicos APRESENTAÇÃO O movimento paralímpico surgiu na década de 1960, a partir dos Jogos realizados em Roma e, anteriormente, de iniciativas esporádicas de se reunir os deficientes motores para disputarem alguma competição. Ao contrário dos Jogos Olímpicos, em que, antes mesmo de sua primeira edição, já havia uma organização e um comitê, as Paralimpíadas foram organizando-se com o tempo e ganhandostatus.; Hoje, o evento atinge bilhões de espectadores por todo o mundo, além de ser um grande promotor da inclusão e um combate ao preconceito e à desigualdade. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá a origem dos esportes adaptados, sua evolução histórica e as diferentes modalidades. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar a origem dos esportes adaptados.• Descrever a evolução histórica nos Jogos Paralímpicos.• Enumerar as diferentes modalidades de esportes paralímpicos.• DESAFIO A primeira edição dos Jogos Paralímpicos realizada em Roma, em 1960, contou com a prática de oito esportes. Nesse período, apenas o atletismo, o basquete em cadeira de rodas, o tênis de mesa, a natação, o tiro ao arco e a esgrima em cadeira de rodas fizeram parte das 15 edições. Pensando sobre Jogos Paralímpicos do começo do século passado, elabore uma unidade didática com cinco aulas, envolvendo o esporte adaptado com três modalidades que estavam presentes nos Jogos dessa época. INFOGRÁFICO A primeira participação brasileira nas Paralimpíadas ocorreu nos Jogos de Heidelberg, na Alemanha, em 1972. Com uma delegação enxuta, o Brasil não teve êxito de medalhas. A primeira conquista foi na edição seguinte, com a prata conquistada por Robson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos "Curtinho", no lawn bowls. Veja, neste Infográfico, o quadro de medalhas brasileiro na história dos Jogos e os maiores medalhistas. CONTEÚDO DO LIVRO Os Jogos Olímpicos são oriundos da Grécia Antiga e foram resgatados na Idade Moderna, mais precisamente no ano de 1896, quando tiveram sua primeira edição, na cidade grega de Atenas. As Olimpíadas foram a inspiração para a criação dos Jogos Paralímpicos. A ideia de fazer do esporte um meio de reabilitação de pessoas feridas na Segunda Guerra Mundial, aliada aos Jogos Olímpicos de Londres, em 1948, propiciou o início de competições esportivas para as pessoas com deficiência. No capítulo Jogos Olímpicos e Paralímpicos, do Livro Educação Física Adaptada, você conhecerá mais sobre a origem dos jogos adaptados, suas primeiras competições e evolução. Também serão apresentados os esportes que fazem parte atualmente da competição. EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Juliano Vieira da Silva Jogos Olímpicos e Paralímpicos Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar a origem dos esportes adaptados. Descrever a evolução histórica nos Jogos Paralímpicos. Enumerar as diferentes modalidades de esportes paralímpicos. Introdução Os Jogos Olímpicos são oriundos da Grécia Antiga e foram resgatados na Idade Moderna, mais precisamente no ano de 1896, quando tiveram sua primeira edição, na cidade grega de Atenas. Desde então, os Jogos Olím- picos são considerados um dos maiores eventos do mundo por promover o esporte, a paz e união. Além disso, as Olimpíadas foram a inspiração para a criação dos Jogos Paralímpicos. A ideia de fazer do esporte um meio de reabilitação de pessoas feridas na Segunda Guerra Mundial, aliada aos Jogos Olímpicos de Londres, em 1948, propiciou o início de competições esportivas para as pessoas com deficiência. De pequenos jogos locais, os jogos vão ganhando força até virarem um evento que, hoje, atrai milhões de pessoas no mundo todo. Ao todo, já são 15 edições dos Jogos Paralímpicos promovendo a inclusão por meio dos esportes adaptados. Neste capítulo, você vai identificar a origem dos esportes adaptados, bem como compreender a evolução histórica nos Jogos Paralímpicos e, ainda, conhecer as diferentes modalidades de esportes paralímpicos. Origem dos esportes adaptados Embora passe a ter um maior reconhecimento a partir da criação dos Jogos Paralímpicos ou Paralimpíadas, em meados do século XX, o esporte adaptado tem origem anterior ao surgimento desses jogos. Ainda no século XIX, por volta de 1870, alguns esportes já haviam sido adaptados para pessoas surdas, nos Estados Unidos, organizados por escolas especiais (WINNICK, 2004 apud CARDOSO, 2011). Os surdos também vão ser pioneiros ao fundar, na França, no ano de 1924, o Comitê Internacional dos Desportos do Silêncio (CISS) — atual Comitê Internacional do Desporto para Surdos (ICDS). Esse comitê organizou, no mesmo ano, os “Jogos Silenciosos”, reunindo atletas de vários países. Os surdos não fazem parte do movimento paralímpico atual, tendo sua própria com- petição. A Surdolimpíada, como é chamada, teve sua última edição realizada em 2017, na Turquia. Nessa competição, a única adaptação feita é a substituição da sinalização auditiva pela visual — as demais regras permanecem idênticas. Para poder participar, o atleta deve ter perda auditiva superior a 55 decibéis, o que é considerado uma perda auditiva moderada. Os esportes adaptados começam a ganhar importância a partir da Primeira Guerra Mundial, pois países como a Alemanha e o Reino Unido buscavam amenizar os prejuízos sofridos pelos combatentes. Na Inglaterra, existiu uma associação de jogadores de golfe que abarcava amputados unilaterais de membros superiores (CARDOSO, 2011). No entanto, a popularização desses esportes vai acontecer após a Segunda Guerra Mundial: O término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi um marco para a evolução do desporto adaptado para pessoas com deficiência; muitos solda- dos retornavam aos seus países e traziam em seu corpo marcas que jamais esqueceriam. O pós-guerra deixou muitos soldados mutilados, com distúrbios motores, visuais e auditivos, o que fez com que seus governos tomassem uma série de providências sobre a qualidade de vida desses indivíduos; com isso, muitos começaram a ter acesso a práticas esportivas e atividades físicas adaptadas como forma de tentar minimizar as adversidades causadas pela guerra (CARDOSO, 2011, p. 531). A ideia do esporte adaptado como forma de reabilitação vai ganhar destaque na década de 1940, na cidade de Aylesbury, Inglaterra, a partir da criação do Centro Nacional de Lesionados Medulares do Hospital de Stoke Mandeville pelo médico neurologista Ludwig Guttmann (Figura 1). A ideia Jogos Olímpicos e Paralímpicos2 do governo era que esse centro servisse para o tratamento de soldados feridos na Segunda Guerra. Guttmann passa a utilizar o esporte como meio de reabilitação para as pessoas com deficiência, obtendo sucesso com a reabilitação de ex-combatentes a partir de jogos desportivos em cadeira de rodas (CARDOSO, 2011). O trabalho de reabilitação buscou, no esporte, não só o valor terapêutico, mas o poder de suscitar novas possibilidades, o que resultou em maior interação dessas pessoas. A partir do esporte “reabilitação”, a equipe médica estava devolvendo à comunidade um “deficiente”, capaz de ser “eficiente” pelo menos no esporte (ARAÚJO, 1997 apud COSTA; SOUSA, 2004). Relatos apontam que, em um ano de trabalho, Guttmann conseguiu preparar seis paraplé- gicos para o mercado de trabalho, valendo-se, também, da prática dos esportes adaptados. Figura 1. Ludwig Gutmann — diretor do Centro Nacional de Lesionados Medulares do Hospital de Stoke Mandeville. Fonte: Paiva (2016, documento on-line). Em 1948, o esporte adaptado passou a ganhar caráter oficial quando, pelas mãos de Ludwig Guttmann, organizou-se uma competição envol- vendo os veteranos da Segunda Guerra que apresentavam lesões na medula 3Jogos Olímpicos e Paralímpicos espinhal (COMITÊ..., 2018). Esses jogos contaram com a participação de 16 atletas ingleses, todosparaplégicos, que disputaram as modalidades de arco e flecha, tiro ao alvo e arremesso de dardo (ARAÚJO, 1997; WIN- NICK, 2004; CIDADE; FREITAS, 2002; GORGATTI; GORGATTI, 2005 apud CARDOSO, 2011). Naquele mesmo ano, os Jogos Olímpicos foram realizados em Londres, o que proporcionou a Guttmann “[...] sonhar com uma olímpiada especial que reunisse milhares de deficientes em torno do desporto” (CARDOSO, 2011, p. 532). Quatro anos mais tarde, o sonho de Guttmann começa a ganhar forma quando ocorre a primeira competição internacional para pessoas com defi- ciências físicas. O evento contou com 133 participantes da Inglaterra, dos Estados Unidos e da Holanda em cadeira de rodas. A competição foi realizada, novamente, em Stoke Mandeville. O desejo de uma grande competição para as pessoas com deficiências físicas, como queria Ludwig Guttmann, concretizou-se em 1960, em Roma, após o encerramento dos Jogos Olímpicos, considerada a 9ª edição dos Jogos de Stoke Mandeville e a 1ª Paralimpíada da história. No Brasil, o esporte adaptado tem como marco inicial a década de 1950, quando pessoas brasileiras com deficiências motoras vão buscar serviços de reabilitação nos Estados Unidos: No Brasil, a história do desporto adaptado surge em 1958, quando foram fundados dois clubes de desporto em cadeira de rodas, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro. Foram fundados por Sérgio Serafim Del Gran- de e Robson Sampaio de Almeida, que trouxeram a ideia do desporto adaptado ao Brasil após retornarem de tratamentos de reabilitação em hospitais americanos, onde adquiriram o conhecimento da prática do desporto em cadeira de rodas (ARAÚJO, 1997; CIDADE; FREITAS, 2002; MAUERBERG-DE-CASTRO, 2005; GORGATTI; GORGATTI, 2005 apud CARDOSO, 2011, p. 533). Os clubes fundados foram o Clube dos Paraplégicos de São Paulo, em São Paulo, em 28 de julho de 1958, e o Clube do Otimismo, em 1º de abril de 1958, no Rio de Janeiro. Um ano depois, ocorre a primeira competição paradesportiva no Brasil, no Maracanãzinho, com um jogo de basquete em cadeira de rodas entre os dois clubes. Nesta seção, você conferiu a origem do esporte adaptado, as competições de surdos e o surgimento do esporte como meio de reabilitação pelas mãos Jogos Olímpicos e Paralímpicos4 do médico Ludwig Guttmann, eventos que originariam as Paralimpíadas. Na sequência, acompanhe a evolução história desses jogos. Evolução histórica dos Jogos Paralímpicos Como apresentado, os Jogos Paralímpicos têm sua origem na Inglaterra, a partir das competições organizadas no Centro Nacional de Lesionados Medulares do Hospital de Stoke Mandeville pelo médico Ludwig Guttmann — eram os chamados Jogos de Stoke Mandeville. As edições de Paralimpíadas começam a ser consideradas a partir de 1960, em Roma. Veja, a seguir, um breve resumo de como foi cada uma dessas edições. Roma (1960) Os primeiros Jogos Paralímpicos foram realizados seis dias após as Olimpía- das, entre 18 e 25 de setembro, o que se considerou um grande avanço para o esporte adaptado para pessoas com defi ciência. Além de Guttmann, os Jogos contaram com o apoio do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do diretor do Centro de Lesionados Medulares de Roma, Antonio Maglio. Ao todo, oito esportes fizeram parte do programa dos Jogos: tiro com arco, natação, tênis de mesa, esgrima em cadeira de rodas, basquete em cadeira de rodas, atletismo, dardos e sinuca. Todos os esportes eram exclusivos para usuários de cadeira de rodas. Segundo o Comitê Olímpico Internacional, 400 atletas de 23 países participaram das competições na capital italiana. Na cerimônia de encerramento, Guttmann afirmou que a grande maioria dos competidores e acompanhantes entendeu completamente o significado dos Jogos de Roma como um novo padrão de reintegração dos paralisados na sociedade, assim como no mundo do esporte (PARALYMPIC..., 2018). Tóquio (1964) Assim como em Roma, os Jogos de Tóquio foram realizados na sequência dos Jogos Olímpicos. Nessa edição, surge o termo “Paraolimpíadas”. Cardoso (2011) aponta que a palavra surgiu com uma paciente paraplégica do Stoke Mandeville Hospital, Alice Hunter, que escreveu um relato para uma revista intitulado Alice of the Paralympiad (“Alice das Paraolímpiadas”). 5Jogos Olímpicos e Paralímpicos O termo Paraolimpíadas faz uma combinação das palavras “paraplegia” e “Olimpíada”. O nome fazia sentido pois, no momento de sua criação, só participavam dos Jogos atletas com tal deficiência. Com a adesão de atletas com outras deficiências, o termo ficou inadequado. Para mantê-lo, o Comitê Olímpico usa a explicação de que ele resulta da preposição grega παρά, pará (“junto a” ou “ao lado de”), e, assim, refere-se a uma competição realizada em paralelo com os Jogos Olímpicos. No Brasil, a partir de 2011, começou a ser utilizado o termo “paralímpico” a pedido dos organizadores, a fim de manter uma terminologia padrão no mundo todo. Apesar de haver uma redução de países participantes (21 contra 23 em Roma) e de atletas envolvidos (de 400 para 375), nos Jogos de Tóquio, teve- -se a inserção de uma modalidade: o levantamento de peso. No atletismo, as corridas em cadeira de rodas, na forma de uma corrida de 60 m para homens e mulheres, foram adicionadas à lista de competições (PARALYMPIC..., 2018). Os Estados Unidos se destacaram na competição, levando 123 medalhas no total, sendo 50 de ouro. Tel Aviv (1968) Com difi culdades fi nanceiras, o governo mexicano, que sediou os Jogos Olímpicos na Cidade do México, em 1968, desistiu de sediar os Jogos Para- límpicos. Com isso, Israel se propôs a organizar os jogos a partir da ILAN Society — uma organização local de pessoas com defi ciência física. Os Jogos também seriam uma forma de o país celebrar o 20º aniversário de sua independência. Nessa edição, estreou o basquete para mulheres em cadeira de rodas e a corrida para homens em cadeira de rodas de 100 m. O italiano Robert Marson foi o grande destaque, conquistando 10 medalhas de ouro nos jogos, três em eventos de campo, três em natação e quatro na esgrima. O número de participantes aumentou consideravelmente nessa edição: 750 atletas oriundos de 29 países. Jogos Olímpicos e Paralímpicos6 Heidelberg (1972) Assim como a Cidade do México, Munique, que sediou os Jogos Olímpicos, desistiu de realizar as Paralimpíadas devido à falta de acessibilidade da Vila Olímpica. Com isso, Heidelberg (igualmente na Alemanha) se propôs a or- ganizar o evento. Os Jogos Paralímpicos seguiam aumentando o número de atletas e países participantes. Nessa edição, foram 984 atletas de 43 países que disputaram 10 modalidades diferentes. Os Jogos foram marcados por uma série de quebra de recordes na natação e no atletismo e por uma grande presença de público nas competições. O Brasil mandou sua primeira delegação na história desse evento. Toronto (1976) Os Jogos Paralímpicos de Toronto, no Canadá, marcaram a inclusão de novas defi ciências na competição: atletas com defi ciência visual e amputados par- ticiparam pela primeira vez. A partir disso, a organização das classifi cações esportivas tornou-se mais complexa e passou a ser necessário um órgão in- ternacional para supervisionar e organizar os Jogos Paralímpicos com várias defi ciências (PARALYMPIC..., 2018). Essa inclusão também fez aumentar o número de atletas, que, nessa edição, chegou a 1.657, vindos de 40 países. Também houve novidades no quadro de esportes com a inclusão do tiro e do goalball, que, anteriormente, eram apenas esportes demonstrativos. No atletismo, novas distâncias foram adicionadas para cadeiras de rodas: 200 m, 400 m, 800 m e 1500 m. Assim como as duas edições anteriores, a sede da Paralimpíada não foi a mesma da Olímpiada. Esse evento também marcou o primeiro boicote da história dos Jogos Paralímpicos, visto que muitos países deixaram de participar devido à presença da África do Sul, que vivia o regime do apartheid. Nessa edição, o Brasil conquistou sua primeiramedalha na história, com Robson Sampaio de Almeida (Figura 2) — pioneiro no esporte adaptado no Brasil — e Luiz Carlos “Curtinho”. Os atletas levaram a medalha de prata no lawn bowls, uma espécie de bocha jogada na grama. 7Jogos Olímpicos e Paralímpicos Figura 2. Robson Sampaio de Almeida. Fonte: Paiva (2016, documento on-line). Arnhem (1980) Sede das Olimpíadas de 1980, a União Soviética foi convidada a receber os Jogos Paralímpicos. Além de não aceitar por não ter os esportes adaptados desenvolvidos, os soviéticos emitiram uma nota negando a existência de “inválidos” por lá. Com isso, a cidade de Arnhem, na Holanda, ofereceu-se para sediar. Essa edição marca o surgimento do Comitê Internacional de Coordenação para organizar os jogos. Esse comitê é o primeiro passo para a criação do Comitê Paralímpico Internacional, que se estabeleceria nove anos depois. Arnhem também marca a primeira participação de pessoas com paralisia cerebral. O quadro com 13 esportes foi mantido (destaque para a inclusão do vôlei sentado) com a participação de 1973 atletas de 43 países. Stoke Mandeville e Nova York (1984) A ideia original do COI era que os jogos fossem organizados em Los Angeles, assim como as Olimpíadas. Porém, um racha entre as federações fez com que os jogos fossem para duas sedes: cadeiras de rodas em Stoke Mandeville, enquanto as demais defi ciências em Nova York. Jogos Olímpicos e Paralímpicos8 Nessa edição, o número de esportes chegou a 18, com destaque para a estreia do hipismo, da bocha, do ciclismo e do futebol de 7 (ambos para paralisia cerebral) e de lutas (para pessoas com deficiências visuais). O Brasil teve sua primeira participação com maior destaque, levando 7 medalhas de ouro (todas no atletismo) e 28 no total. Contando as duas sedes, os Jogos chegaram a quase 3 mil atletas. Seul (1988) A partir dessa edição, os Jogos Paralímpicos voltaram a ser realizados na mesma sede que as Olímpiadas. Isso representou um avanço, pois os atletas paralímpicos puderam utilizar a mesma estrutura moderna que os demais atletas. Além disso, os jogos tiveram uma grande organização com a construção de uma Vila Paralímpica. Os Jogos também tiveram recorde de participação: 3057 atletas de 61 países. Os esportes foram mantidos da edição anterior, e o tênis em cadeira de rodas foi, pela primeira vez, apresentado como esporte demonstração. O destaque olímpico foi a nadadora Trischa Zorn, com deficiência visual, que faturou 12 medalhas de ouro: 10 individuais e 2 em revezamentos. O Brasil conquistou 27 medalhas, sendo 4 de ouro. Barcelona (1992) Pela primeira vez, o Comitê Organizador dos Jogos serviu tanto para os Jogos Olímpicos quanto para os Paralímpicos. Isso resultou em uma maior organização e em regras de classifi cação mais rígidas, o que reduziu o número de competidores para 2999. A cerimônia de abertura contou com 65 mil espectadores. Os jogos tiveram a presença de muitas pessoas, além de serem transmitidos pela televisão. Trischa Zorn foi mais uma vez destaque dos jogos, faturando mais 10 medalhas de ouro e 2 de prata, tornando-se, assim, a maior atleta paralímpica de todos os tempos. O Brasil faturou 7 medalhas no total, sendo 3 de ouro. Atlanta (1996) Esses jogos foram marcados pela inclusão de pessoas com defi ciências intelec- tuais em eventos de natação e atletismo. Além disso, os Jogos se concentraram em mais do que apenas a competição em si. Em Atlanta, a quatro dias da competição, foi realizado o terceiro Congresso Paraolímpico, que enfocou o 9Jogos Olímpicos e Paralímpicos tema do empoderamento político e econômico de pessoas com defi ciência, bem como questões globais no esporte de elite (PARALYMPIC..., 2018). Do ponto de vista esportivo, 3259 atletas de 104 países se fizeram presentes nas competições, competindo em 19 esportes. O Brasil conquistou seu maior número de medalhas até aquele momento: 21, sendo duas delas de ouro. Sydney (2000) Marcando 40 anos de sua primeira edição, os Jogos Paralímpicos de Sydney mostraram efi ciência no atendimento aos atletas e um grande sucesso de pú- blico. Os organizadores dos Jogos propiciaram que tanto os atletas olímpicos quanto os paralímpicos desfrutassem dos mesmos espaços, tendo serviços médicos e de alimentação à sua disposição. Em torno de 1,2 milhões de ingressos foram vendidos, um recorde nesse aspecto. Outro número importante é relacionado à cobertura do evento: em torno de 2300 jornalistas estiveram presentes nas competições. O número de atletas chegou a 3879, vindos de 143 países e em 19 esportes. O Brasil conquistou 22 medalhas, sendo 6 de ouro. Atenas (2004) Os Jogos Paralímpicos de Atenas confi rmaram a grandiosidade e o crescimento das edições anteriores. Com a participação de 3808 atletas pertencentes a 135 países, Atenas viu um grande evento, que teve novos esportes incluídos, como o futebol de 5, para pessoas com defi ciência visual, e a adição do vôlei sentado e do judô para as mulheres. No futebol de 5, o Brasil ganhou a primeira das três medalhas de ouro ao derrotar a Argentina por 3x2 na disputa de pênaltis. Além dessa, o Brasil levou mais 13 medalhas de ouro, totalizando 33 conquistas gerais. O grande destaque foi o nadador Clodoaldo Silva, que venceu 6 competições. Depois de inúmeras conquistas norte-americanas, a China assume o posto de potência olímpica ao terminar na liderança do quadro de medalhas de forma isolada. Pequim (2008) Os jogos organizados pelos chineses foram percursores de inúmeros recordes: de atletas (3951), de países (146), de espectadores (3,44 milhões), de audiência na televisão (3,8 bilhões de espectadores) e de esportes (20), sendo o remo a novidade dessa edição. Jogos Olímpicos e Paralímpicos10 Essa edição consolidou a China como a grande potência paralímpica da década, terminando as competições com 89 medalhas de ouro (mais que o dobro da segunda colocada, a Grã-Bretanha, que acabou com 42). No entanto, o grande destaque da competição foi o brasileiro Daniel Dias, que conquistou nove medalhas na natação: 4 de ouro, 4 de prata e 1 de bronze. Londres (2012) Considerando que a origem dos Jogos vem de Stoke Mandeville, as Paralim- píadas de Londres foram consideradas um retorno para a casa dos Jogos. Com organização de qualidade, os ingleses conseguiram obter ótimos resultados dentro e fora do campo de competições. Em pesquisa realizada na cidade após o encerramento dos Jogos, os ingleses revelaram que 1 em cada 3 adultos do Reino Unido mudou de atitude em relação às pessoas com defi ciência e que os Jogos Paralímpicos têm a ver com habilidade, não com defi ciência — e são sobre o que as pessoas podem fazer, não sobre o que elas não podem fazer (PARALYMPIC..., 2018). Mais uma vez, houve recorde de países participantes (164) e de atletas (4237). A China confirmou mais uma vez a liderança no quadro de medalhas, com 95 de ouro. O Brasil obteve 21 de ouro, 6 delas de Daniel Dias na natação. Rio de Janeiro (2016) A XV Paralimpíada ocorreu em solo brasileiro. Os Jogos do Rio foram mar- cados por problemas fi nanceiros em seu período prévio, porém, com a apro- ximação do evento, o interesse do público foi aumentando, o que fez com que os Jogos tivessem sucesso. A Paralimpíada do Rio contou com a participação de 4328 atletas repre- sentando 159 países. Além disso, pela primeira vez, formou uma equipe de atletas independentes, com dois competidores de países refugiados. Dois esportes foram inseridos nesses Jogos: a canoagem e o triatlo. O destaque negativo dessa edição foi a morte do ciclista iraniano Bahman Golbarne- zhad, na última prova do ciclismo de estrada, após cair da bicicleta e bater a cabeça em uma pedra. A China confirmou a sua supremacia atual, conquistando, pela quarta vez, o primeiro lugar no quadro de medalhas, com 107 medalhas de ouro e 239 no total. Pelo lado brasileiro, Daniel Dias (Figura 3) se consagrou como o maior atleta paralímpico da história ao conquistar maisnove medalhas: 4 de ouro, 3 de prata e 2 de bronze. 11Jogos Olímpicos e Paralímpicos Figura 3. Daniel Dias — maior atleta paralímpico brasileiro. Fonte: Paiva (2016, documento on-line). Confira, no link a seguir, uma matéria que apresenta um breve perfil dos atletas bra- sileiros que participaram da Paralimpíada no Rio e as causas de suas deficiências. https://goo.gl/r544uU A próxima edição dos Jogos Paralímpicos acontecerá em 2020, em Tóquio, no Japão. Nesta seção, você viu um breve histórico das Paralimpíadas a partir das quinze edições do evento. Na sequência, conheça os esportes adaptados que fazem parte do programa dos Jogos. As modalidades dos esportes paralímpicos Na Paralimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, 22 modalidades foram disputadas. Confi ra, brevemente, como funciona cada uma delas: Atletismo: assim como nos Jogos Olímpicos, o atletismo também é pioneiro nas Paralimpíadas, pois participa desde a primeira edição, em Roma. O atletismo paralímpico é praticado por atletas com deficiência Jogos Olímpicos e Paralímpicos12 física, visual ou intelectual nas categorias masculina e feminina. As provas dividem-se em quatro grandes grupos — corridas, saltos, lançamentos e pentatlo — e os atletas são divididos em grupos conforme o grau de deficiência indicado pela classificação funcional. Os atletas cegos podem ser acompanhados por guias a partir de uma corda. Já as pessoas com deficiências físicas têm a corrida de prótese e em cadeira de rodas. Basquete em cadeira de rodas: assim como o atletismo, o basquete fez parte de todas as edições dos Jogos. Pode ser disputado tanto na categoria feminina quanto na masculina, e os atletas são pessoas com deficiência motora. As regras são as mesmas da Federação Interna- cional de Basquete, mas com adaptações. “Por exemplo: a cada dois movimentos para impulsionar a cadeira, o atleta tem de quicar a bola pelo menos uma vez. É falta técnica colocar o pé no chão ou levantar da cadeira” (COSTA; SOUSA, 2004, p. 33). A quadra e o tamanho da cesta têm a mesma dimensão. Bocha: essa é uma competição disputada por pessoas com paralisia cerebral ou deficiências severas. A competição consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca ( jack ou bolim). Os atletas ficam sentados em cadeiras de rodas e limitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar as mãos, os pés e instrumentos de auxílio e contar com ajudantes (calheiros), no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros (COMITÊ..., 2018). Todos os atletas competem em cadeiras de rodas. Canoagem: esse esporte fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos do Rio. Pode ser disputado por atletas com deficiência físico-motora de ambos os sexos. Em sua estreia, disputou-se apenas a prova de 200 m. Os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de movimentação dos membros inferiores, superiores e do tronco. Ciclismo: nessa modalidade, competem atletas com paralisias cere- brais, com deficiências visuais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes) de ambos os sexos. As provas podem ser em pista ou na estrada. Os atletas podem competir em quatro tipos de bicicleta de acordo com a deficiência: convencional (pequenas alterações no uso do freio ou câmbio), triciclo (possuem duas rodas atrás), tandem (para cegos, possuem dois bancos e quatro rodas) e handbike (paraplégicos e tetraplégicos — são impulsionadas pelas mãos). O atleta cego compete com bicicleta dupla, com um guia. Esgrima em cadeira de rodas: também é uma das modalidades dispu- tadas desde a primeira edição. É praticada por atletas com deficiência 13Jogos Olímpicos e Paralímpicos motora ou paralisia cerebral — os atletas são avaliados pela mobilidade do tronco. Nas provas de florete, pontua quem tocar a ponta da lâmina no tronco do rival. Na espada, faz o ponto quem toca a ponta da arma em qualquer parte acima da cintura do rival. No sabre, qualquer toque com qualquer parte da lâmina acima do quadril do adversário vale ponto (COMITÊ..., 2018). As provas são para ambos os sexos. Futebol de 5: essa modalidade é exclusiva para cegos ou pessoas com deficiências visuais. São realizados em quadras ou grama sintética com adaptações. O futebol de 5 não possui saída, e a partida deve ser disputada sob total silêncio para os atletas ouvirem a bola com guizo. Cada equipe conta com 5 jogadores, assim como no futsal. Futebol de 7: é destinado a atletas com paralisia cerebral. Cada time tem sete jogadores (incluindo o goleiro) e cinco reservas. A partida dura 60 minutos, divididos em dois tempos de 30, com um intervalo de 10. Não existe regra para impedimento e a cobrança lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola no chão (COMITÊ..., 2018). Os atletas são classificados conforme seu grau de comprometimento. Goalball: não é um esporte adaptado, pois foi criado especificamente para pessoas com deficiências visuais. Sobre o goalball: A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei (9 m de largura por 18 m de comprimento). As partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, com 3 minutos de intervalo. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da quadra, há um gol com 9 m de largura e 1,30 m de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. O objetivo é balançar a rede adversária (COMITÊ..., 2018, documento on-line). Halterofilismo: é praticado por pessoas com paralisia cerebral, ampu- tados e pessoas com lesão medular. Os atletas executam o movimento supino estando deitados em um banco. Assim como na competição olímpica, competem por pesos e vence quem levantar o maior peso. É disputado por ambos os sexos. Hipismo: pessoas com deficiência motora ou visual e de ambos os sexos podem competir. Os cavaleiros são classificados de acordo com a sua deficiência e julgados pela sua capacidade ou habilidade equestre. Judô: disputado por pessoas com deficiências visuais, que são dividi- das em suas categorias por pesos e por grau de deficiência. A disputa acontece com algumas adaptações à regra oficial: a luta inicia com o atleta em contato com o quimono do oponente. Além disso, a luta é Jogos Olímpicos e Paralímpicos14 interrompida quando os lutadores perdem esse contato. Também não há punições para quem sai da área de combate. Natação: essa modalidade é disputada por atletas com deficiência física ou visual. As provas ocorrem nas quatro tradicionais modalidades: peito, costas, livre e borboleta, em ambos os sexos. As regras sofrem adapta- ções nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores cegos recebem um aviso do tapper por meio de um bastão com ponta de espuma quando estão aproximando-se das bordas. A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas de classes mais baixas, que não conseguem sair do bloco. As baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência (COMITÊ..., 2018). Remo: é praticado por pessoas com deficiência física, intelectual ou visual. Os atletas são divididos em classes conforme sua capacidade motora e cada classe compete utilizando um tipo de barco. Rugby em cadeira de rodas: o esporte é praticado por atletas com tetraplegia ou deficiências nas quais as sequelas sejam parecidas com a de um tetraplégico, sendo que não há divisão de gênero nas compe- tições. São quatro atletas por equipe e o objetivo é o mesmo do jogo tradicional: passar a linha do gol do adversário com a bola; nesse caso, com as cadeiras de roda também. Tênis de mesa: participam atletas de ambos os sexos com paralisia cerebral, amputação ou cadeirantes. As competições são divididas em atletas andantes e cadeirantes, e o jogo pode ser individual ou em dupla. O jogo tem cinco sets e algumas adaptações no saque para cadeirantes. Tênis em cadeira de rodas: é bastante parecido como jogo convencio- nal, mas a bola pode quicar duas vezes na quadra antes de ser rebatida ao outro lado. Para jogar, o atleta precisa ter uma deficiência relacionada à locomoção. Tiro com arco: segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (2018), essa modalidade pode ser disputada por pessoas com amputações, para- plégicos e tetraplégicos, paralisia cerebral, doenças disfuncionais e progressivas, como a atrofia muscular e escleroses, com disfunções nas articulações, problemas na coluna e múltiplas deficiências. As regras são as mesmas do esporte tradicional. Tiro esportivo: é praticado por atletas com deficiência física ou paralisia cerebral de ambos os sexos. Conforme o comprometimento, os atletas disputam a competição em pé ou em cadeira de rodas. O objetivo é o mesmo do esporte tradicional. 15Jogos Olímpicos e Paralímpicos Triatlo: modalidade que estreou nos Jogos Paralímpicos do Rio. A com- petição é para homens e mulheres e a prova engloba 750 m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida. Pode ser praticada por pessoas com variados tipos de deficiência, como cadeirantes, amputados ou cegos. Vela: nessa modalidade, homens e mulheres competem juntos. Assim como no remo e na canoagem, os atletas são classificados pela mobi- lidade que possuem no tronco. Vôlei sentado: competem homens e mulheres com deficiência física ou relacionada à locomoção. Nesse jogo, cada equipe tem 6 jogadores e a quadra mede 10 m de comprimento por 6 m de largura. A altura da rede é de 1,15 m no masculino e 1,05 m no feminino. É permitido bloqueio de saque, mas os jogadores devem manter contato com o solo o tempo todo, exceto em deslocamento. Nas próximas Paralimpíadas, dois esportes farão estreia: o badminton e o taekwondo. Cabe ressaltar que cada modalidade possui sua classificação funcional, que visa determinar se o atleta está autorizado a competir e garantir a igualdade nas competições. Cada modalidade possui sua própria classificação. Como exemplo, vamos ver a classificação do atletismo? Essa modalidade é dividida em provas de track (pista) e field (campo). Nas provas de pista, os atletas são classificados em: T11 a T13, pessoas com deficiência visual; T20, pessoas com deficiência mental; T31 a T38, paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para ambulantes); T41 a T46, amputados e outros; e T51 a T54, cadeirantes (sequelas de poliomielite, lesões medulares e amputações). Já as provas de campo são classificadas em: F11 a F13, pessoas com deficiência visual; F20, pessoas com deficiência mental; F31 a F38, paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para ambulantes); F40, anões; F41 a F46, amputados e outros; e F51 a F58, cadeirantes (sequelas de poliomielite, lesões medulares e amputações). Neste capítulo, você conheceu um pouco da origem do esporte adaptado. Embora tenham sido praticados no século XIX, os esportes adaptados vão ganhar força a partir do trabalho realizado no Centro Nacional de Lesionados Medulares do Hospital de Stoke Mandeville pelo médico neurologista Ludwig Guttmann, quando o esporte passou a servir como meio de reabilitação para soldados em guerra. A partir desse primeiro passo, vão surgir as competições que dariam origem à Paralimpíada, que iniciou em 1960, em Roma. As primeiras competições Jogos Olímpicos e Paralímpicos16 só aceitavam pessoas cadeirantes e apenas a partir dos Jogos de Toronto, em 1976, outras deficiências foram aceitas na competição. Vimos, ainda, os esportes adaptados que fazem parte do quadro das Para- limpíadas. Na última edição, no Rio de Janeiro, foram disputadas 20 moda- lidades diferentes. Para a próxima edição, em Tóquio, em 2020, o badminton e o taekwondo serão inseridos. Por fim, cabe ressaltar que essas informações são de grande valia para o professor de educação física, que pode relacioná-las em suas aulas, utilizando o esporte adaptado como um aliado ao processo de inclusão. Os esportes estimulam, além dos aspectos físicos e motores, a colaboração, a união e a amizade. Os Jogos Paralímpicos são reflexo dessas situações e de momentos de superação, que trazem grandes exemplos a todos. CARDOSO, V. A reabilitação de pessoas com deficiência através do desporto adap- tado. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 33, n. 2, p. 529-539, abr./ jun. 2011. Disponível em: <http://www.revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/ view/716/671>. Acesso em: 3 out. 2018. COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO. História. 2018. Disponível em: <http://www.cpb. org.br/web/guest/historia>. Acesso em: 3 out. 2018. COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO. Modalidades. 2018. Disponível em: <http://www.cpb.org. br/web/guest/visualizacao-modalidades?p_p_id=122_INSTANCE_CategoryMenu&p_p_ lifecycle=0&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_r_p_564233524_ resetCur=true&p_r_p_564233524_categoryId=22196>. Acesso em: 3 out. 2018. COSTA, A.; SOUSA, S. Educação física e esporte adaptado: história, avanços e retrocessos em relação aos princípios da integração/inclusão e perspectivas para o século XXI. Revista Brasileira de Ciência do Esporte, Campinas, v. 25, n. 3, p. 27-42, maio 2004. Dispo- nível em: <http://www.revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/viewFile/236/238>. Acesso em: 3 out. 2018. PAIVA, V. As paralimpíadas vêm aí e o Brasil é uma potência. 2016. Disponível em: <https:// www.hypeness.com.br/2016/08/as-paralimpiadas-vem-ai-e-o-brasil-e-uma-potencia/>. Acesso em: 3 out. 2018. PARALYMPIC MOVEMENT. Opening Ceremony of the Rome 1960 Paralympic Games. 1960. Disponível em: <https://www.paralympic.org/rome-1960>. Acesso em: 3 out. 2018. PARALYMPIC MOVEMENT. Paralympic games. 2018. Disponível em: <https://www. paralympic.org/paralympic-games/summer>. Acesso em: 3 out. 2018. 17Jogos Olímpicos e Paralímpicos Leituras recomendadas ARAÚJO, P. F. Desporto Adaptado no Brasil: origem, institucionalização e atualidades.1997. 140f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1997. CIDADE, R. E. A.; FREITAS, P. S. Introdução à Educação Física e ao Desporto para Pessoas Portadoras de Deficiência. Curitiba: Ed. UFPR, 2002. DIEHL, R. M. Jogando com as Diferenças: jogos para crianças e jovens com deficiência. São Paulo: Phorte, 2006. GORGATTI, M. G.; COSTA, R. F. (Org.). Atividade física adaptada: qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. 2. ed. Barueri: Manole, 2008. MAUERBERG-DE-CASTRO, E. Atividade Física Adaptada. Ribeirão Preto: Tecmed, 2005. WINNICK, J. P. Educação Física e Esportes Adaptados. 3. ed. Barueri: Manole, 2004. Jogos Olímpicos e Paralímpicos18 Conteúdo: DICA DO PROFESSOR Além de fazer parte do quadro esportivo dos Jogos Paralímpicos, o esporte adaptado também é um meio de reabilitação para pessoas com deficiência. Aliás, essa foi sua primeira finalidade no período pós-Segunda Guerra. Veja, nesta Dica do Professor, os benefícios que o esporte adaptado traz para seus praticantes no período de reabilitação. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) A primeira edição das Paralimpíadas ocorreu em Roma, em 1960. Desta edição até a edição XI realizada em Toronto, em 1976, apenas atletas com um tipo específico de deficiência eram aceitos. Qual era esse tipo? A) Deficiência auditiva B) Deficiência motora C) Deficiência visual D) Deficiência intelectual E) Deficiência múltipla 2) Apesar de se ter notícia da prática do esporte adaptado desde o século XIX por parte dos surdos, a popularização desses esportes ocorrerá em meados do século XX. Qual o motivo que levou isso a acontecer? A) A reabilitação de soldados que voltaram mutilados da Segunda Guerra Mundial. B) A criação do Comitê Paralímpico Internacional. C) As edições das Surdolimpíadas. D) A popularização dos Jogos Olímpicos pelo mundo. E) A reabilitação de soldados que voltaram mutilados da Primeira Guerra Mundial. 3) Atualmente, o quadro de esportes dos Jogos Paralímpicos conta com22 modalidades diferentes, que são divididas por classificação funcional e pelo tipo de deficiência do atleta. Sobre as deficiências, as modalidades que englobam todas as deficiências, enquanto outras são exclusivas de um determinado tipo, qual das modalidades a seguir é disputada exclusivamente por deficientes visuais? A) Atletismo B) Natação C) Futebol de 7 D) Judô E) Bocha 4) De todas as modalidades esportivas que fazem parte das competições paralímpicas, apenas uma não é adaptada do esporte tradicional. Qual seria essa modalidade? A) Tiro com arco B) Tiro esportivo C) Goalball D) Futebol de 5 E) Bocha 5) O Comitê Paralímpico Internacional tem proposto o aumento do número de esportes em cada edição dos jogos. As Paralimpíadas realizadas no Rio de Janeiro, em 2016, tiveram, ao todo, 20 esportes em seu programa. No próximo evento, em Tóquio, duas novas modalidades integrarão os jogos. Quais são essas modalidades? A) Triatlo e canoagem. B) Canoagem e taekwondo. C) Triatlo e badminton. D) Badminton e taekwondo. E) Badminton e canoagem. NA PRÁTICA O único esporte do quadro paralímpico que não é adaptado de um esporte é o goalball,um jogoexclusivo para pessoas com deficiência visual. Ele foi criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle, que tinham como objetivo reabilitar e socializar os veteranos da Segunda Guerra Mundial que ficaram cegos, e virou esporte paralímpico em 1980. Confira, na prática, como funciona o jogo e como o utilizar na escola. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Esporte paralímpico na escola Neste link, você verá um artigo que apresenta como o esporte adaptado atua como meio de inclusão na Educação Física escolar. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! A classificação funcional no esporte paralímpico Neste link, você poderá acessar um artigo que detalha como funciona os sistema de classificação do esporte paralímpico, seus propósitos e aprimoramento. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Atletas paralímpicos Neste link, você conhecerá a história de duas atletas paralímpicas de vôlei sentado e um pouco mais sobre o funcionamento deste esporte. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Compartilhar