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5.1 Jogos Olímpicos e Paralímpicos

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Jogos Olímpicos e Paralímpicos
APRESENTAÇÃO
O movimento paralímpico surgiu na década de 1960, a partir dos Jogos realizados em Roma e, 
anteriormente, de iniciativas esporádicas de se reunir os deficientes motores para disputarem 
alguma competição.
Ao contrário dos Jogos Olímpicos, em que, antes mesmo de sua primeira edição, já havia uma 
organização e um comitê, as Paralimpíadas foram organizando-se com o tempo e 
ganhandostatus.;
Hoje, o evento atinge bilhões de espectadores por todo o mundo, além de ser um grande 
promotor da inclusão e um combate ao preconceito e à desigualdade.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá a origem dos esportes adaptados, sua evolução 
histórica e as diferentes modalidades.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar a origem dos esportes adaptados.•
Descrever a evolução histórica nos Jogos Paralímpicos.•
Enumerar as diferentes modalidades de esportes paralímpicos.•
DESAFIO
A primeira edição dos Jogos Paralímpicos realizada em Roma, em 1960, contou com a prática 
de oito esportes. Nesse período, apenas o atletismo, o basquete em cadeira de rodas, o tênis de 
mesa, a natação, o tiro ao arco e a esgrima em cadeira de rodas fizeram parte das 15 edições.
Pensando sobre Jogos Paralímpicos do começo do século passado, elabore uma unidade didática 
com cinco aulas, envolvendo o esporte adaptado com três modalidades que estavam presentes 
nos Jogos dessa época.
INFOGRÁFICO
A primeira participação brasileira nas Paralimpíadas ocorreu nos Jogos de Heidelberg, na 
Alemanha, em 1972. Com uma delegação enxuta, o Brasil não teve êxito de medalhas. A 
primeira conquista foi na edição seguinte, com a prata conquistada por Robson Sampaio de 
Almeida e Luiz Carlos "Curtinho", no lawn bowls.
Veja, neste Infográfico, o quadro de medalhas brasileiro na história dos Jogos e os maiores 
medalhistas.
CONTEÚDO DO LIVRO
Os Jogos Olímpicos são oriundos da Grécia Antiga e foram resgatados na Idade Moderna, mais 
precisamente no ano de 1896, quando tiveram sua primeira edição, na cidade grega de Atenas. 
As Olimpíadas foram a inspiração para a criação dos Jogos Paralímpicos. A ideia de fazer do 
esporte um meio de reabilitação de pessoas feridas na Segunda Guerra Mundial, aliada aos 
Jogos Olímpicos de Londres, em 1948, propiciou o início de competições esportivas para as 
pessoas com deficiência.
No capítulo Jogos Olímpicos e Paralímpicos, do Livro Educação Física Adaptada, você 
conhecerá mais sobre a origem dos jogos adaptados, suas primeiras competições e evolução. 
Também serão apresentados os esportes que fazem parte atualmente da competição.
EDUCAÇÃO FÍSICA 
ADAPTADA
Juliano Vieira da Silva
Jogos Olímpicos e 
Paralímpicos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar a origem dos esportes adaptados.
  Descrever a evolução histórica nos Jogos Paralímpicos.
  Enumerar as diferentes modalidades de esportes paralímpicos.
Introdução
Os Jogos Olímpicos são oriundos da Grécia Antiga e foram resgatados na 
Idade Moderna, mais precisamente no ano de 1896, quando tiveram sua 
primeira edição, na cidade grega de Atenas. Desde então, os Jogos Olím-
picos são considerados um dos maiores eventos do mundo por promover 
o esporte, a paz e união. Além disso, as Olimpíadas foram a inspiração para 
a criação dos Jogos Paralímpicos. A ideia de fazer do esporte um meio 
de reabilitação de pessoas feridas na Segunda Guerra Mundial, aliada aos 
Jogos Olímpicos de Londres, em 1948, propiciou o início de competições 
esportivas para as pessoas com deficiência. De pequenos jogos locais, os 
jogos vão ganhando força até virarem um evento que, hoje, atrai milhões de 
pessoas no mundo todo. Ao todo, já são 15 edições dos Jogos Paralímpicos 
promovendo a inclusão por meio dos esportes adaptados.
Neste capítulo, você vai identificar a origem dos esportes adaptados, 
bem como compreender a evolução histórica nos Jogos Paralímpicos 
e, ainda, conhecer as diferentes modalidades de esportes paralímpicos. 
Origem dos esportes adaptados
Embora passe a ter um maior reconhecimento a partir da criação dos Jogos 
Paralímpicos ou Paralimpíadas, em meados do século XX, o esporte adaptado 
tem origem anterior ao surgimento desses jogos. Ainda no século XIX, por 
volta de 1870, alguns esportes já haviam sido adaptados para pessoas surdas, 
nos Estados Unidos, organizados por escolas especiais (WINNICK, 2004 
apud CARDOSO, 2011). 
Os surdos também vão ser pioneiros ao fundar, na França, no ano de 1924, 
o Comitê Internacional dos Desportos do Silêncio (CISS) — atual Comitê 
Internacional do Desporto para Surdos (ICDS). Esse comitê organizou, no 
mesmo ano, os “Jogos Silenciosos”, reunindo atletas de vários países. 
Os surdos não fazem parte do movimento paralímpico atual, tendo sua própria com-
petição. A Surdolimpíada, como é chamada, teve sua última edição realizada em 2017, 
na Turquia. Nessa competição, a única adaptação feita é a substituição da sinalização 
auditiva pela visual — as demais regras permanecem idênticas. Para poder participar, 
o atleta deve ter perda auditiva superior a 55 decibéis, o que é considerado uma perda 
auditiva moderada.
Os esportes adaptados começam a ganhar importância a partir da Primeira 
Guerra Mundial, pois países como a Alemanha e o Reino Unido buscavam 
amenizar os prejuízos sofridos pelos combatentes. Na Inglaterra, existiu 
uma associação de jogadores de golfe que abarcava amputados unilaterais de 
membros superiores (CARDOSO, 2011). No entanto, a popularização desses 
esportes vai acontecer após a Segunda Guerra Mundial:
O término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi um marco para a 
evolução do desporto adaptado para pessoas com deficiência; muitos solda-
dos retornavam aos seus países e traziam em seu corpo marcas que jamais 
esqueceriam. O pós-guerra deixou muitos soldados mutilados, com distúrbios 
motores, visuais e auditivos, o que fez com que seus governos tomassem 
uma série de providências sobre a qualidade de vida desses indivíduos; com 
isso, muitos começaram a ter acesso a práticas esportivas e atividades físicas 
adaptadas como forma de tentar minimizar as adversidades causadas pela 
guerra (CARDOSO, 2011, p. 531).
A ideia do esporte adaptado como forma de reabilitação vai ganhar 
destaque na década de 1940, na cidade de Aylesbury, Inglaterra, a partir da 
criação do Centro Nacional de Lesionados Medulares do Hospital de Stoke 
Mandeville pelo médico neurologista Ludwig Guttmann (Figura 1). A ideia 
Jogos Olímpicos e Paralímpicos2
do governo era que esse centro servisse para o tratamento de soldados feridos 
na Segunda Guerra.
Guttmann passa a utilizar o esporte como meio de reabilitação para as 
pessoas com deficiência, obtendo sucesso com a reabilitação de ex-combatentes 
a partir de jogos desportivos em cadeira de rodas (CARDOSO, 2011). O 
trabalho de reabilitação buscou, no esporte, não só o valor terapêutico, mas 
o poder de suscitar novas possibilidades, o que resultou em maior interação 
dessas pessoas. 
A partir do esporte “reabilitação”, a equipe médica estava devolvendo 
à comunidade um “deficiente”, capaz de ser “eficiente” pelo menos no 
esporte (ARAÚJO, 1997 apud COSTA; SOUSA, 2004). Relatos apontam 
que, em um ano de trabalho, Guttmann conseguiu preparar seis paraplé-
gicos para o mercado de trabalho, valendo-se, também, da prática dos 
esportes adaptados.
Figura 1. Ludwig Gutmann — diretor do Centro 
Nacional de Lesionados Medulares do Hospital de 
Stoke Mandeville.
Fonte: Paiva (2016, documento on-line).
Em 1948, o esporte adaptado passou a ganhar caráter oficial quando, 
pelas mãos de Ludwig Guttmann, organizou-se uma competição envol-
vendo os veteranos da Segunda Guerra que apresentavam lesões na medula 
3Jogos Olímpicos e Paralímpicos
espinhal (COMITÊ..., 2018). Esses jogos contaram com a participação de 
16 atletas ingleses, todosparaplégicos, que disputaram as modalidades de 
arco e flecha, tiro ao alvo e arremesso de dardo (ARAÚJO, 1997; WIN-
NICK, 2004; CIDADE; FREITAS, 2002; GORGATTI; GORGATTI, 2005 
apud CARDOSO, 2011). Naquele mesmo ano, os Jogos Olímpicos foram 
realizados em Londres, o que proporcionou a Guttmann “[...] sonhar com 
uma olímpiada especial que reunisse milhares de deficientes em torno do 
desporto” (CARDOSO, 2011, p. 532).
 Quatro anos mais tarde, o sonho de Guttmann começa a ganhar forma 
quando ocorre a primeira competição internacional para pessoas com defi-
ciências físicas. O evento contou com 133 participantes da Inglaterra, dos 
Estados Unidos e da Holanda em cadeira de rodas. A competição foi realizada, 
novamente, em Stoke Mandeville. 
 O desejo de uma grande competição para as pessoas com deficiências 
físicas, como queria Ludwig Guttmann, concretizou-se em 1960, em Roma, 
após o encerramento dos Jogos Olímpicos, considerada a 9ª edição dos Jogos 
de Stoke Mandeville e a 1ª Paralimpíada da história.
 No Brasil, o esporte adaptado tem como marco inicial a década de 1950, 
quando pessoas brasileiras com deficiências motoras vão buscar serviços de 
reabilitação nos Estados Unidos:
No Brasil, a história do desporto adaptado surge em 1958, quando foram 
fundados dois clubes de desporto em cadeira de rodas, um em São Paulo 
e outro no Rio de Janeiro. Foram fundados por Sérgio Serafim Del Gran-
de e Robson Sampaio de Almeida, que trouxeram a ideia do desporto 
adaptado ao Brasil após retornarem de tratamentos de reabilitação em 
hospitais americanos, onde adquiriram o conhecimento da prática do 
desporto em cadeira de rodas (ARAÚJO, 1997; CIDADE; FREITAS, 2002; 
MAUERBERG-DE-CASTRO, 2005; GORGATTI; GORGATTI, 2005 apud 
CARDOSO, 2011, p. 533).
Os clubes fundados foram o Clube dos Paraplégicos de São Paulo, em 
São Paulo, em 28 de julho de 1958, e o Clube do Otimismo, em 1º de abril 
de 1958, no Rio de Janeiro. Um ano depois, ocorre a primeira competição 
paradesportiva no Brasil, no Maracanãzinho, com um jogo de basquete em 
cadeira de rodas entre os dois clubes. 
Nesta seção, você conferiu a origem do esporte adaptado, as competições 
de surdos e o surgimento do esporte como meio de reabilitação pelas mãos 
Jogos Olímpicos e Paralímpicos4
do médico Ludwig Guttmann, eventos que originariam as Paralimpíadas. Na 
sequência, acompanhe a evolução história desses jogos.
Evolução histórica dos Jogos Paralímpicos
Como apresentado, os Jogos Paralímpicos têm sua origem na Inglaterra, a partir 
das competições organizadas no Centro Nacional de Lesionados Medulares 
do Hospital de Stoke Mandeville pelo médico Ludwig Guttmann — eram os 
chamados Jogos de Stoke Mandeville. As edições de Paralimpíadas começam 
a ser consideradas a partir de 1960, em Roma.
Veja, a seguir, um breve resumo de como foi cada uma dessas edições. 
Roma (1960)
Os primeiros Jogos Paralímpicos foram realizados seis dias após as Olimpía-
das, entre 18 e 25 de setembro, o que se considerou um grande avanço para o 
esporte adaptado para pessoas com defi ciência. Além de Guttmann, os Jogos 
contaram com o apoio do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do diretor 
do Centro de Lesionados Medulares de Roma, Antonio Maglio. 
Ao todo, oito esportes fizeram parte do programa dos Jogos: tiro com arco, 
natação, tênis de mesa, esgrima em cadeira de rodas, basquete em cadeira 
de rodas, atletismo, dardos e sinuca. Todos os esportes eram exclusivos para 
usuários de cadeira de rodas. Segundo o Comitê Olímpico Internacional, 
400 atletas de 23 países participaram das competições na capital italiana. Na 
cerimônia de encerramento, Guttmann afirmou que a grande maioria dos 
competidores e acompanhantes entendeu completamente o significado dos 
Jogos de Roma como um novo padrão de reintegração dos paralisados na 
sociedade, assim como no mundo do esporte (PARALYMPIC..., 2018).
Tóquio (1964)
Assim como em Roma, os Jogos de Tóquio foram realizados na sequência 
dos Jogos Olímpicos. Nessa edição, surge o termo “Paraolimpíadas”. Cardoso 
(2011) aponta que a palavra surgiu com uma paciente paraplégica do Stoke 
Mandeville Hospital, Alice Hunter, que escreveu um relato para uma revista 
intitulado Alice of the Paralympiad (“Alice das Paraolímpiadas”).
5Jogos Olímpicos e Paralímpicos
O termo Paraolimpíadas faz uma combinação das palavras “paraplegia” e “Olimpíada”. 
O nome fazia sentido pois, no momento de sua criação, só participavam dos Jogos 
atletas com tal deficiência. Com a adesão de atletas com outras deficiências, o termo 
ficou inadequado. Para mantê-lo, o Comitê Olímpico usa a explicação de que ele resulta 
da preposição grega παρά, pará (“junto a” ou “ao lado de”), e, assim, refere-se a uma 
competição realizada em paralelo com os Jogos Olímpicos. No Brasil, a partir de 2011, 
começou a ser utilizado o termo “paralímpico” a pedido dos organizadores, a fim de 
manter uma terminologia padrão no mundo todo.
Apesar de haver uma redução de países participantes (21 contra 23 em 
Roma) e de atletas envolvidos (de 400 para 375), nos Jogos de Tóquio, teve-
-se a inserção de uma modalidade: o levantamento de peso. No atletismo, as 
corridas em cadeira de rodas, na forma de uma corrida de 60 m para homens e 
mulheres, foram adicionadas à lista de competições (PARALYMPIC..., 2018). 
Os Estados Unidos se destacaram na competição, levando 123 medalhas no 
total, sendo 50 de ouro.
Tel Aviv (1968) 
Com difi culdades fi nanceiras, o governo mexicano, que sediou os Jogos 
Olímpicos na Cidade do México, em 1968, desistiu de sediar os Jogos Para-
límpicos. Com isso, Israel se propôs a organizar os jogos a partir da ILAN 
Society — uma organização local de pessoas com defi ciência física. Os 
Jogos também seriam uma forma de o país celebrar o 20º aniversário de 
sua independência.
Nessa edição, estreou o basquete para mulheres em cadeira de rodas e a 
corrida para homens em cadeira de rodas de 100 m. O italiano Robert Marson 
foi o grande destaque, conquistando 10 medalhas de ouro nos jogos, três 
em eventos de campo, três em natação e quatro na esgrima. O número de 
participantes aumentou consideravelmente nessa edição: 750 atletas oriundos 
de 29 países.
Jogos Olímpicos e Paralímpicos6
Heidelberg (1972)
Assim como a Cidade do México, Munique, que sediou os Jogos Olímpicos, 
desistiu de realizar as Paralimpíadas devido à falta de acessibilidade da Vila 
Olímpica. Com isso, Heidelberg (igualmente na Alemanha) se propôs a or-
ganizar o evento.
 Os Jogos Paralímpicos seguiam aumentando o número de atletas e países 
participantes. Nessa edição, foram 984 atletas de 43 países que disputaram 
10 modalidades diferentes. Os Jogos foram marcados por uma série de 
quebra de recordes na natação e no atletismo e por uma grande presença 
de público nas competições. O Brasil mandou sua primeira delegação na 
história desse evento.
Toronto (1976)
Os Jogos Paralímpicos de Toronto, no Canadá, marcaram a inclusão de novas 
defi ciências na competição: atletas com defi ciência visual e amputados par-
ticiparam pela primeira vez. A partir disso, a organização das classifi cações 
esportivas tornou-se mais complexa e passou a ser necessário um órgão in-
ternacional para supervisionar e organizar os Jogos Paralímpicos com várias 
defi ciências (PARALYMPIC..., 2018).
Essa inclusão também fez aumentar o número de atletas, que, nessa edição, 
chegou a 1.657, vindos de 40 países. Também houve novidades no quadro de 
esportes com a inclusão do tiro e do goalball, que, anteriormente, eram apenas 
esportes demonstrativos. No atletismo, novas distâncias foram adicionadas 
para cadeiras de rodas: 200 m, 400 m, 800 m e 1500 m. 
Assim como as duas edições anteriores, a sede da Paralimpíada não foi 
a mesma da Olímpiada. Esse evento também marcou o primeiro boicote da 
história dos Jogos Paralímpicos, visto que muitos países deixaram de participar 
devido à presença da África do Sul, que vivia o regime do apartheid. Nessa 
edição, o Brasil conquistou sua primeiramedalha na história, com Robson 
Sampaio de Almeida (Figura 2) — pioneiro no esporte adaptado no Brasil — e 
Luiz Carlos “Curtinho”. Os atletas levaram a medalha de prata no lawn bowls, 
uma espécie de bocha jogada na grama.
7Jogos Olímpicos e Paralímpicos
Figura 2. Robson Sampaio de Almeida.
Fonte: Paiva (2016, documento on-line).
Arnhem (1980)
Sede das Olimpíadas de 1980, a União Soviética foi convidada a receber os 
Jogos Paralímpicos. Além de não aceitar por não ter os esportes adaptados 
desenvolvidos, os soviéticos emitiram uma nota negando a existência de 
“inválidos” por lá. Com isso, a cidade de Arnhem, na Holanda, ofereceu-se 
para sediar.
Essa edição marca o surgimento do Comitê Internacional de Coordenação 
para organizar os jogos. Esse comitê é o primeiro passo para a criação do 
Comitê Paralímpico Internacional, que se estabeleceria nove anos depois. 
Arnhem também marca a primeira participação de pessoas com paralisia 
cerebral. O quadro com 13 esportes foi mantido (destaque para a inclusão do 
vôlei sentado) com a participação de 1973 atletas de 43 países. 
Stoke Mandeville e Nova York (1984)
A ideia original do COI era que os jogos fossem organizados em Los Angeles, 
assim como as Olimpíadas. Porém, um racha entre as federações fez com que 
os jogos fossem para duas sedes: cadeiras de rodas em Stoke Mandeville, 
enquanto as demais defi ciências em Nova York.
Jogos Olímpicos e Paralímpicos8
Nessa edição, o número de esportes chegou a 18, com destaque para a estreia 
do hipismo, da bocha, do ciclismo e do futebol de 7 (ambos para paralisia cerebral) 
e de lutas (para pessoas com deficiências visuais). O Brasil teve sua primeira 
participação com maior destaque, levando 7 medalhas de ouro (todas no atletismo) 
e 28 no total. Contando as duas sedes, os Jogos chegaram a quase 3 mil atletas.
Seul (1988)
A partir dessa edição, os Jogos Paralímpicos voltaram a ser realizados na 
mesma sede que as Olímpiadas. Isso representou um avanço, pois os atletas 
paralímpicos puderam utilizar a mesma estrutura moderna que os demais 
atletas. Além disso, os jogos tiveram uma grande organização com a construção 
de uma Vila Paralímpica. 
Os Jogos também tiveram recorde de participação: 3057 atletas de 61 países. 
Os esportes foram mantidos da edição anterior, e o tênis em cadeira de rodas 
foi, pela primeira vez, apresentado como esporte demonstração. O destaque 
olímpico foi a nadadora Trischa Zorn, com deficiência visual, que faturou 12 
medalhas de ouro: 10 individuais e 2 em revezamentos. O Brasil conquistou 
27 medalhas, sendo 4 de ouro.
Barcelona (1992)
Pela primeira vez, o Comitê Organizador dos Jogos serviu tanto para os 
Jogos Olímpicos quanto para os Paralímpicos. Isso resultou em uma maior 
organização e em regras de classifi cação mais rígidas, o que reduziu o número 
de competidores para 2999. 
 A cerimônia de abertura contou com 65 mil espectadores. Os jogos tiveram 
a presença de muitas pessoas, além de serem transmitidos pela televisão. Trischa 
Zorn foi mais uma vez destaque dos jogos, faturando mais 10 medalhas de 
ouro e 2 de prata, tornando-se, assim, a maior atleta paralímpica de todos os 
tempos. O Brasil faturou 7 medalhas no total, sendo 3 de ouro.
Atlanta (1996)
Esses jogos foram marcados pela inclusão de pessoas com defi ciências intelec-
tuais em eventos de natação e atletismo. Além disso, os Jogos se concentraram 
em mais do que apenas a competição em si. Em Atlanta, a quatro dias da 
competição, foi realizado o terceiro Congresso Paraolímpico, que enfocou o 
9Jogos Olímpicos e Paralímpicos
tema do empoderamento político e econômico de pessoas com defi ciência, 
bem como questões globais no esporte de elite (PARALYMPIC..., 2018).
 Do ponto de vista esportivo, 3259 atletas de 104 países se fizeram presentes 
nas competições, competindo em 19 esportes. O Brasil conquistou seu maior 
número de medalhas até aquele momento: 21, sendo duas delas de ouro.
Sydney (2000)
Marcando 40 anos de sua primeira edição, os Jogos Paralímpicos de Sydney 
mostraram efi ciência no atendimento aos atletas e um grande sucesso de pú-
blico. Os organizadores dos Jogos propiciaram que tanto os atletas olímpicos 
quanto os paralímpicos desfrutassem dos mesmos espaços, tendo serviços 
médicos e de alimentação à sua disposição. 
Em torno de 1,2 milhões de ingressos foram vendidos, um recorde nesse 
aspecto. Outro número importante é relacionado à cobertura do evento: em 
torno de 2300 jornalistas estiveram presentes nas competições. O número 
de atletas chegou a 3879, vindos de 143 países e em 19 esportes. O Brasil 
conquistou 22 medalhas, sendo 6 de ouro.
Atenas (2004)
Os Jogos Paralímpicos de Atenas confi rmaram a grandiosidade e o crescimento 
das edições anteriores. Com a participação de 3808 atletas pertencentes a 
135 países, Atenas viu um grande evento, que teve novos esportes incluídos, 
como o futebol de 5, para pessoas com defi ciência visual, e a adição do vôlei 
sentado e do judô para as mulheres. 
No futebol de 5, o Brasil ganhou a primeira das três medalhas de ouro 
ao derrotar a Argentina por 3x2 na disputa de pênaltis. Além dessa, o Brasil 
levou mais 13 medalhas de ouro, totalizando 33 conquistas gerais. O grande 
destaque foi o nadador Clodoaldo Silva, que venceu 6 competições. Depois de 
inúmeras conquistas norte-americanas, a China assume o posto de potência 
olímpica ao terminar na liderança do quadro de medalhas de forma isolada.
Pequim (2008)
Os jogos organizados pelos chineses foram percursores de inúmeros recordes: 
de atletas (3951), de países (146), de espectadores (3,44 milhões), de audiência 
na televisão (3,8 bilhões de espectadores) e de esportes (20), sendo o remo a 
novidade dessa edição. 
Jogos Olímpicos e Paralímpicos10
Essa edição consolidou a China como a grande potência paralímpica da 
década, terminando as competições com 89 medalhas de ouro (mais que o 
dobro da segunda colocada, a Grã-Bretanha, que acabou com 42). No entanto, 
o grande destaque da competição foi o brasileiro Daniel Dias, que conquistou 
nove medalhas na natação: 4 de ouro, 4 de prata e 1 de bronze. 
Londres (2012)
Considerando que a origem dos Jogos vem de Stoke Mandeville, as Paralim-
píadas de Londres foram consideradas um retorno para a casa dos Jogos. Com 
organização de qualidade, os ingleses conseguiram obter ótimos resultados 
dentro e fora do campo de competições. Em pesquisa realizada na cidade após 
o encerramento dos Jogos, os ingleses revelaram que 1 em cada 3 adultos do 
Reino Unido mudou de atitude em relação às pessoas com defi ciência e que 
os Jogos Paralímpicos têm a ver com habilidade, não com defi ciência — e são 
sobre o que as pessoas podem fazer, não sobre o que elas não podem fazer 
(PARALYMPIC..., 2018).
Mais uma vez, houve recorde de países participantes (164) e de atletas 
(4237). A China confirmou mais uma vez a liderança no quadro de medalhas, 
com 95 de ouro. O Brasil obteve 21 de ouro, 6 delas de Daniel Dias na natação.
Rio de Janeiro (2016)
A XV Paralimpíada ocorreu em solo brasileiro. Os Jogos do Rio foram mar-
cados por problemas fi nanceiros em seu período prévio, porém, com a apro-
ximação do evento, o interesse do público foi aumentando, o que fez com que 
os Jogos tivessem sucesso.
A Paralimpíada do Rio contou com a participação de 4328 atletas repre-
sentando 159 países. Além disso, pela primeira vez, formou uma equipe de 
atletas independentes, com dois competidores de países refugiados. Dois 
esportes foram inseridos nesses Jogos: a canoagem e o triatlo. O destaque 
negativo dessa edição foi a morte do ciclista iraniano Bahman Golbarne-
zhad, na última prova do ciclismo de estrada, após cair da bicicleta e bater 
a cabeça em uma pedra.
A China confirmou a sua supremacia atual, conquistando, pela quarta vez, 
o primeiro lugar no quadro de medalhas, com 107 medalhas de ouro e 239 no 
total. Pelo lado brasileiro, Daniel Dias (Figura 3) se consagrou como o maior 
atleta paralímpico da história ao conquistar maisnove medalhas: 4 de ouro, 
3 de prata e 2 de bronze.
11Jogos Olímpicos e Paralímpicos
Figura 3. Daniel Dias — maior atleta paralímpico brasileiro.
Fonte: Paiva (2016, documento on-line).
Confira, no link a seguir, uma matéria que apresenta um breve perfil dos atletas bra-
sileiros que participaram da Paralimpíada no Rio e as causas de suas deficiências. 
https://goo.gl/r544uU
A próxima edição dos Jogos Paralímpicos acontecerá em 2020, em Tóquio, 
no Japão. 
Nesta seção, você viu um breve histórico das Paralimpíadas a partir das 
quinze edições do evento. Na sequência, conheça os esportes adaptados que 
fazem parte do programa dos Jogos. 
As modalidades dos esportes paralímpicos 
Na Paralimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, 22 modalidades foram disputadas. 
Confi ra, brevemente, como funciona cada uma delas:
  Atletismo: assim como nos Jogos Olímpicos, o atletismo também é 
pioneiro nas Paralimpíadas, pois participa desde a primeira edição, em 
Roma. O atletismo paralímpico é praticado por atletas com deficiência 
Jogos Olímpicos e Paralímpicos12
física, visual ou intelectual nas categorias masculina e feminina. As provas 
dividem-se em quatro grandes grupos — corridas, saltos, lançamentos 
e pentatlo — e os atletas são divididos em grupos conforme o grau de 
deficiência indicado pela classificação funcional. Os atletas cegos podem 
ser acompanhados por guias a partir de uma corda. Já as pessoas com 
deficiências físicas têm a corrida de prótese e em cadeira de rodas.
  Basquete em cadeira de rodas: assim como o atletismo, o basquete 
fez parte de todas as edições dos Jogos. Pode ser disputado tanto na 
categoria feminina quanto na masculina, e os atletas são pessoas com 
deficiência motora. As regras são as mesmas da Federação Interna-
cional de Basquete, mas com adaptações. “Por exemplo: a cada dois 
movimentos para impulsionar a cadeira, o atleta tem de quicar a bola 
pelo menos uma vez. É falta técnica colocar o pé no chão ou levantar 
da cadeira” (COSTA; SOUSA, 2004, p. 33). A quadra e o tamanho da 
cesta têm a mesma dimensão.
  Bocha: essa é uma competição disputada por pessoas com paralisia 
cerebral ou deficiências severas. A competição consiste em lançar as 
bolas coloridas o mais perto possível de uma branca ( jack ou bolim). 
Os atletas ficam sentados em cadeiras de rodas e limitados a um espaço 
demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar as mãos, os pés 
e instrumentos de auxílio e contar com ajudantes (calheiros), no caso 
dos atletas com maior comprometimento dos membros (COMITÊ..., 
2018). Todos os atletas competem em cadeiras de rodas. 
  Canoagem: esse esporte fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos do 
Rio. Pode ser disputado por atletas com deficiência físico-motora de 
ambos os sexos. Em sua estreia, disputou-se apenas a prova de 200 m. 
Os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de 
movimentação dos membros inferiores, superiores e do tronco.
  Ciclismo: nessa modalidade, competem atletas com paralisias cere-
brais, com deficiências visuais, amputados e lesionados medulares 
(cadeirantes) de ambos os sexos. As provas podem ser em pista ou na 
estrada. Os atletas podem competir em quatro tipos de bicicleta de 
acordo com a deficiência: convencional (pequenas alterações no uso 
do freio ou câmbio), triciclo (possuem duas rodas atrás), tandem (para 
cegos, possuem dois bancos e quatro rodas) e handbike (paraplégicos e 
tetraplégicos — são impulsionadas pelas mãos). O atleta cego compete 
com bicicleta dupla, com um guia. 
  Esgrima em cadeira de rodas: também é uma das modalidades dispu-
tadas desde a primeira edição. É praticada por atletas com deficiência 
13Jogos Olímpicos e Paralímpicos
motora ou paralisia cerebral — os atletas são avaliados pela mobilidade 
do tronco. Nas provas de florete, pontua quem tocar a ponta da lâmina 
no tronco do rival. Na espada, faz o ponto quem toca a ponta da arma 
em qualquer parte acima da cintura do rival. No sabre, qualquer toque 
com qualquer parte da lâmina acima do quadril do adversário vale ponto 
(COMITÊ..., 2018). As provas são para ambos os sexos.
  Futebol de 5: essa modalidade é exclusiva para cegos ou pessoas com 
deficiências visuais. São realizados em quadras ou grama sintética 
com adaptações. O futebol de 5 não possui saída, e a partida deve ser 
disputada sob total silêncio para os atletas ouvirem a bola com guizo. 
Cada equipe conta com 5 jogadores, assim como no futsal.
  Futebol de 7: é destinado a atletas com paralisia cerebral. Cada time 
tem sete jogadores (incluindo o goleiro) e cinco reservas. A partida dura 
60 minutos, divididos em dois tempos de 30, com um intervalo de 10. 
Não existe regra para impedimento e a cobrança lateral pode ser feita 
com apenas uma das mãos, rolando a bola no chão (COMITÊ..., 2018). 
Os atletas são classificados conforme seu grau de comprometimento.
  Goalball: não é um esporte adaptado, pois foi criado especificamente 
para pessoas com deficiências visuais. Sobre o goalball:
A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei (9 m de largura por 18 m 
de comprimento). As partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, 
com 3 minutos de intervalo. Cada equipe conta com três jogadores titulares 
e três reservas. De cada lado da quadra, há um gol com 9 m de largura e 1,30 
m de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O 
arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. 
O objetivo é balançar a rede adversária (COMITÊ..., 2018, documento on-line).
  Halterofilismo: é praticado por pessoas com paralisia cerebral, ampu-
tados e pessoas com lesão medular. Os atletas executam o movimento 
supino estando deitados em um banco. Assim como na competição 
olímpica, competem por pesos e vence quem levantar o maior peso. É 
disputado por ambos os sexos.
  Hipismo: pessoas com deficiência motora ou visual e de ambos os 
sexos podem competir. Os cavaleiros são classificados de acordo com 
a sua deficiência e julgados pela sua capacidade ou habilidade equestre.
  Judô: disputado por pessoas com deficiências visuais, que são dividi-
das em suas categorias por pesos e por grau de deficiência. A disputa 
acontece com algumas adaptações à regra oficial: a luta inicia com o 
atleta em contato com o quimono do oponente. Além disso, a luta é 
Jogos Olímpicos e Paralímpicos14
interrompida quando os lutadores perdem esse contato. Também não 
há punições para quem sai da área de combate.
  Natação: essa modalidade é disputada por atletas com deficiência física 
ou visual. As provas ocorrem nas quatro tradicionais modalidades: peito, 
costas, livre e borboleta, em ambos os sexos. As regras sofrem adapta-
ções nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores cegos recebem um 
aviso do tapper por meio de um bastão com ponta de espuma quando 
estão aproximando-se das bordas. A largada também pode ser feita na 
água, no caso de atletas de classes mais baixas, que não conseguem 
sair do bloco. As baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo 
de deficiência (COMITÊ..., 2018).
  Remo: é praticado por pessoas com deficiência física, intelectual ou 
visual. Os atletas são divididos em classes conforme sua capacidade 
motora e cada classe compete utilizando um tipo de barco.
  Rugby em cadeira de rodas: o esporte é praticado por atletas com 
tetraplegia ou deficiências nas quais as sequelas sejam parecidas com 
a de um tetraplégico, sendo que não há divisão de gênero nas compe-
tições. São quatro atletas por equipe e o objetivo é o mesmo do jogo 
tradicional: passar a linha do gol do adversário com a bola; nesse caso, 
com as cadeiras de roda também.
  Tênis de mesa: participam atletas de ambos os sexos com paralisia 
cerebral, amputação ou cadeirantes. As competições são divididas em 
atletas andantes e cadeirantes, e o jogo pode ser individual ou em dupla. 
O jogo tem cinco sets e algumas adaptações no saque para cadeirantes.
  Tênis em cadeira de rodas: é bastante parecido como jogo convencio-
nal, mas a bola pode quicar duas vezes na quadra antes de ser rebatida 
ao outro lado. Para jogar, o atleta precisa ter uma deficiência relacionada 
à locomoção.
  Tiro com arco: segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (2018), essa 
modalidade pode ser disputada por pessoas com amputações, para-
plégicos e tetraplégicos, paralisia cerebral, doenças disfuncionais e 
progressivas, como a atrofia muscular e escleroses, com disfunções nas 
articulações, problemas na coluna e múltiplas deficiências. As regras 
são as mesmas do esporte tradicional.
  Tiro esportivo: é praticado por atletas com deficiência física ou paralisia 
cerebral de ambos os sexos. Conforme o comprometimento, os atletas 
disputam a competição em pé ou em cadeira de rodas. O objetivo é o 
mesmo do esporte tradicional.
15Jogos Olímpicos e Paralímpicos
  Triatlo: modalidade que estreou nos Jogos Paralímpicos do Rio. A com-
petição é para homens e mulheres e a prova engloba 750 m de natação, 
20 km de ciclismo e 5 km de corrida. Pode ser praticada por pessoas com 
variados tipos de deficiência, como cadeirantes, amputados ou cegos.
  Vela: nessa modalidade, homens e mulheres competem juntos. Assim 
como no remo e na canoagem, os atletas são classificados pela mobi-
lidade que possuem no tronco.
  Vôlei sentado: competem homens e mulheres com deficiência física 
ou relacionada à locomoção. Nesse jogo, cada equipe tem 6 jogadores 
e a quadra mede 10 m de comprimento por 6 m de largura. A altura 
da rede é de 1,15 m no masculino e 1,05 m no feminino. É permitido 
bloqueio de saque, mas os jogadores devem manter contato com o solo 
o tempo todo, exceto em deslocamento.
Nas próximas Paralimpíadas, dois esportes farão estreia: o badminton e 
o taekwondo. Cabe ressaltar que cada modalidade possui sua classificação 
funcional, que visa determinar se o atleta está autorizado a competir e garantir 
a igualdade nas competições. Cada modalidade possui sua própria classificação. 
Como exemplo, vamos ver a classificação do atletismo? Essa modalidade é dividida em 
provas de track (pista) e field (campo). Nas provas de pista, os atletas são classificados 
em: T11 a T13, pessoas com deficiência visual; T20, pessoas com deficiência mental; T31 
a T38, paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para ambulantes); T41 a T46, 
amputados e outros; e T51 a T54, cadeirantes (sequelas de poliomielite, lesões medulares 
e amputações). Já as provas de campo são classificadas em: F11 a F13, pessoas com 
deficiência visual; F20, pessoas com deficiência mental; F31 a F38, paralisados cerebrais 
(31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para ambulantes); F40, anões; F41 a F46, amputados e 
outros; e F51 a F58, cadeirantes (sequelas de poliomielite, lesões medulares e amputações).
Neste capítulo, você conheceu um pouco da origem do esporte adaptado. 
Embora tenham sido praticados no século XIX, os esportes adaptados vão ganhar 
força a partir do trabalho realizado no Centro Nacional de Lesionados Medulares do 
Hospital de Stoke Mandeville pelo médico neurologista Ludwig Guttmann, quando 
o esporte passou a servir como meio de reabilitação para soldados em guerra.
A partir desse primeiro passo, vão surgir as competições que dariam origem 
à Paralimpíada, que iniciou em 1960, em Roma. As primeiras competições 
Jogos Olímpicos e Paralímpicos16
só aceitavam pessoas cadeirantes e apenas a partir dos Jogos de Toronto, em 
1976, outras deficiências foram aceitas na competição.
Vimos, ainda, os esportes adaptados que fazem parte do quadro das Para-
limpíadas. Na última edição, no Rio de Janeiro, foram disputadas 20 moda-
lidades diferentes. Para a próxima edição, em Tóquio, em 2020, o badminton 
e o taekwondo serão inseridos. 
Por fim, cabe ressaltar que essas informações são de grande valia para o 
professor de educação física, que pode relacioná-las em suas aulas, utilizando 
o esporte adaptado como um aliado ao processo de inclusão. Os esportes 
estimulam, além dos aspectos físicos e motores, a colaboração, a união e a 
amizade. Os Jogos Paralímpicos são reflexo dessas situações e de momentos 
de superação, que trazem grandes exemplos a todos.
CARDOSO, V. A reabilitação de pessoas com deficiência através do desporto adap-
tado. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 33, n. 2, p. 529-539, abr./
jun. 2011. Disponível em: <http://www.revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/
view/716/671>. Acesso em: 3 out. 2018.
COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO. História. 2018. Disponível em: <http://www.cpb.
org.br/web/guest/historia>. Acesso em: 3 out. 2018.
COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO. Modalidades. 2018. Disponível em: <http://www.cpb.org.
br/web/guest/visualizacao-modalidades?p_p_id=122_INSTANCE_CategoryMenu&p_p_
lifecycle=0&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_r_p_564233524_
resetCur=true&p_r_p_564233524_categoryId=22196>. Acesso em: 3 out. 2018.
COSTA, A.; SOUSA, S. Educação física e esporte adaptado: história, avanços e retrocessos 
em relação aos princípios da integração/inclusão e perspectivas para o século XXI. 
Revista Brasileira de Ciência do Esporte, Campinas, v. 25, n. 3, p. 27-42, maio 2004. Dispo-
nível em: <http://www.revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/viewFile/236/238>. 
Acesso em: 3 out. 2018.
PAIVA, V. As paralimpíadas vêm aí e o Brasil é uma potência. 2016. Disponível em: <https://
www.hypeness.com.br/2016/08/as-paralimpiadas-vem-ai-e-o-brasil-e-uma-potencia/>. 
Acesso em: 3 out. 2018.
PARALYMPIC MOVEMENT. Opening Ceremony of the Rome 1960 Paralympic Games. 1960. 
Disponível em: <https://www.paralympic.org/rome-1960>. Acesso em: 3 out. 2018.
PARALYMPIC MOVEMENT. Paralympic games. 2018. Disponível em: <https://www.
paralympic.org/paralympic-games/summer>. Acesso em: 3 out. 2018.
17Jogos Olímpicos e Paralímpicos
Leituras recomendadas
ARAÚJO, P. F. Desporto Adaptado no Brasil: origem, institucionalização e atualidades.1997. 
140f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de 
Campinas, Campinas, 1997.
CIDADE, R. E. A.; FREITAS, P. S. Introdução à Educação Física e ao Desporto para Pessoas 
Portadoras de Deficiência. Curitiba: Ed. UFPR, 2002.
DIEHL, R. M. Jogando com as Diferenças: jogos para crianças e jovens com deficiência. 
São Paulo: Phorte, 2006.
GORGATTI, M. G.; COSTA, R. F. (Org.). Atividade física adaptada: qualidade de vida para 
pessoas com necessidades especiais. 2. ed. Barueri: Manole, 2008.
MAUERBERG-DE-CASTRO, E. Atividade Física Adaptada. Ribeirão Preto: Tecmed, 2005.
WINNICK, J. P. Educação Física e Esportes Adaptados. 3. ed. Barueri: Manole, 2004.
Jogos Olímpicos e Paralímpicos18
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Além de fazer parte do quadro esportivo dos Jogos Paralímpicos, o esporte adaptado também é 
um meio de reabilitação para pessoas com deficiência. Aliás, essa foi sua primeira finalidade no 
período pós-Segunda Guerra.
Veja, nesta Dica do Professor, os benefícios que o esporte adaptado traz para seus praticantes no 
período de reabilitação.
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EXERCÍCIOS
1) A primeira edição das Paralimpíadas ocorreu em Roma, em 1960. Desta edição até a 
edição XI realizada em Toronto, em 1976, apenas atletas com um tipo específico de 
deficiência eram aceitos. Qual era esse tipo?
A) Deficiência auditiva
B) Deficiência motora
C) Deficiência visual
D) Deficiência intelectual
E) Deficiência múltipla
2) Apesar de se ter notícia da prática do esporte adaptado desde o século XIX por parte 
dos surdos, a popularização desses esportes ocorrerá em meados do século XX. Qual 
o motivo que levou isso a acontecer? 
A) A reabilitação de soldados que voltaram mutilados da Segunda Guerra Mundial.
B) A criação do Comitê Paralímpico Internacional.
C) As edições das Surdolimpíadas.
D) A popularização dos Jogos Olímpicos pelo mundo.
E) A reabilitação de soldados que voltaram mutilados da Primeira Guerra Mundial.
3) Atualmente, o quadro de esportes dos Jogos Paralímpicos conta com22 modalidades 
diferentes, que são divididas por classificação funcional e pelo tipo de deficiência do 
atleta. Sobre as deficiências, as modalidades que englobam todas as deficiências, 
enquanto outras são exclusivas de um determinado tipo, qual das modalidades a 
seguir é disputada exclusivamente por deficientes visuais? 
A) Atletismo
B) Natação
C) Futebol de 7
D) Judô
E) Bocha
4) De todas as modalidades esportivas que fazem parte das competições paralímpicas, 
apenas uma não é adaptada do esporte tradicional. Qual seria essa modalidade? 
A) Tiro com arco
B) Tiro esportivo
C) Goalball
D) Futebol de 5
E) Bocha
5) O Comitê Paralímpico Internacional tem proposto o aumento do número de esportes 
em cada edição dos jogos. As Paralimpíadas realizadas no Rio de Janeiro, em 2016, 
tiveram, ao todo, 20 esportes em seu programa. No próximo evento, em Tóquio, duas 
novas modalidades integrarão os jogos. Quais são essas modalidades? 
A) Triatlo e canoagem.
B) Canoagem e taekwondo.
C) Triatlo e badminton.
D) Badminton e taekwondo.
E) Badminton e canoagem.
NA PRÁTICA
O único esporte do quadro paralímpico que não é adaptado de um esporte é o goalball,um 
jogoexclusivo para pessoas com deficiência visual. Ele foi criado em 1946 pelo austríaco Hanz 
Lorezen e o alemão Sepp Reindle, que tinham como objetivo reabilitar e socializar os veteranos 
da Segunda Guerra Mundial que ficaram cegos, e virou esporte paralímpico em 1980.
Confira, na prática, como funciona o jogo e como o utilizar na escola.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Esporte paralímpico na escola
Neste link, você verá um artigo que apresenta como o esporte adaptado atua como meio de 
inclusão na Educação Física escolar.
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A classificação funcional no esporte paralímpico
Neste link, você poderá acessar um artigo que detalha como funciona os sistema de classificação 
do esporte paralímpico, seus propósitos e aprimoramento.
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Atletas paralímpicos
Neste link, você conhecerá a história de duas atletas paralímpicas de vôlei sentado e um pouco 
mais sobre o funcionamento deste esporte.
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