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Política Fiscal e Regulatória: Intervenção Governamental

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POLÍTICA FISCAL 
E REGULATÓRIA
 
SST
MORENO, Fernanda Gualda
Política fiscal e regulatória / Fernanda Gualda Moreno 
Ano: 2020
nº de p.: 11
Copyright © 2020. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados.
POLÍTICA FISCAL E REGULATÓRIA
3
Apresentação
O Estado, diante da emergência e da modificação das necessidades sociais, 
precisa, também, evoluir e rever sua forma de atuação. Assim, governos buscam 
atender a esses objetivos, direcionando suas políticas às prioridades do contexto 
social emergente.
Com o desenvolvimento das relações sociais e econômicas, Estado e governos 
precisam agir de modo a garantir o bem estar social. Estudaremos, aqui, algumas 
das principais políticas intervencionistas no âmbito do Estado regulador: a de cunho 
fiscal e a de cunho regulatório. 
Esperamos que você possa entender as principais características de cada uma 
dessas formas de atuação governamental muito pertinentes aos dias atuais.
Vamos lá?
Estado, governo e sociedade: partes inextrincáveis
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
4
Aspectos introdutórios
O Estado, agente intangível que objetiva a promoção maior do bem comum, 
apesar de ser soberano e de deter o poder, necessita de alguns instrumentos para 
concretizar sua atuação. Assim, surgem os governos, enquanto instrumento do 
Estado para a perseguição de seus objetivos (PALUDO, 2016). 
A administração pública, com um sentido também instrumental para os governos, 
provê-los-á de um aparelhamento capaz de executar as ações e as prioridades do 
Estado, que, consequentemente foram desenvolvidas pelo governo (PALUDO, 2016).
O Estado é perene, assim como a administração pública, que apresenta certa 
estabilidade no que tange à sua manutenção. Os governos, por outro lado, são 
transitórios, se forem observados sob o âmbito da periodicidade dos mandatos 
eletivos no Brasil.
Contudo, as necessidades sociais, alvo do bem comum, são mutáveis. Com o 
avançar da economia, da tecnologia etc., apresentam-se novos anseios com 
base nas situações emergentes. De acordo com o desenvolvimento do mundo, 
as relações e as necessidades sociais se modificam e exigindo novas formas de 
atuação dos governos. Nesse sentido, o modo como os governos fazem a gestão 
das finanças públicas e criam as agendas de políticas são alteradas.
Governos e a representação das necessidades sociais.
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Atualmente, dentre as formas de atuação governamental de perspectiva 
reguladora, existem as de cunho intervencionista. Especialmente, em se tratando 
da intervenção econômica, os objetivos principais se baseiam na manutenção da 
estabilidade e na promoção do desenvolvimento (PALUDO, 2013).
5
Promoção do desenvolvimento
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
As políticas econômicas podem ser entendidas como os modos de intervenção do 
governo na economia, buscando corrigir falhas de mercado; melhorar a distribuição 
de renda; aumentar níveis de empregabilidade; manter a estabilidade econômica 
etc. Essas políticas intervencionistas são implementadas por diversas vias: política 
fiscal, monetária, cambial e regulatória, por exemplo (PALUDO, 2013).
Política fiscal
A política fiscal, em sentido abrangente, preocupa-se com o controle dos gastos e 
do endividamento público. Para atender às diversas necessidades de um povo, seus 
governantes buscam, por meio da tributação e da constituição de dívidas, atendê-
las. Segundo Paludo (2013), o principal objetivo da política fiscal é assegurar a 
gestão equilibrada dos recursos públicos (receitas e despesas), contribuindo, assim, 
para o alcance dos objetivos da intervenção do governo na economia: a estabilidade 
e o crescimento, conforme já salientamos.
Fernandes e Souza (2019), ao estudarem conceituações de Matias-Pereira (2012), 
enfatizam que, a política fiscal é um instrumento de intervenção na economia por 
meio da administração e da geração de receitas e do cumprimento de metas e de 
objetivos orçamentários. Assim, segundo os autores, a política fiscal realizará, além 
da alocação e da distribuição de recursos, a busca pela estabilização econômica.
Giacomoni (2010) explica, claramente, as funções a que a política fiscal visa cumprir.
6
1. Estabilização macroeconômica
consiste na promoção de crescimento econômico sustentado, com baixo 
desemprego e com estabilidade de preços (Giacomoni, 2010).
2. Redistribuição da renda
visa a assegurar a distribuição equitativa da renda (Giacomoni, 2010).
3. Alocação de recursos
é o fornecimento eficiente de bens e de serviços públicos, compensando as 
falhas de mercado (Giacomoni, 2010).
Por outro lado, em um sentido mais abrangente, segundo Rezende (2006), os 
resultados da política fiscal podem ser avaliados sob diferentes ângulos, que 
podem tanto focar a mensuração da qualidade do gasto público quanto identificar 
os impactos da política fiscal no bem-estar dos cidadãos. Assim, algumas questões 
devem ser estudadas e respondidas: por que, como e o que comprar? Isso é 
realmente necessário? A licitação é sustentável? O item gera resíduo? Caso gere, 
como o resíduo será reaproveitado ou descartado?
Na política fiscal, podem ser utilizados diversos indicadores para a análise fiscal, 
em particular os de fluxos (resultados primário e nominal) e de estoques (dívidas 
líquida e bruta). Esses indicadores se relacionam entre si, pois os estoques são 
formados por meio dos fluxos. Logo, por exemplo, o resultado nominal apurado em 
certo período afeta o estoque de dívida bruta (BRASIL, 2019).
Mas o que são resultado primário e resultado nominal? Primeiramente, 
esclarecemos que “resultado”, em termos contábeis, nada mais é do que o 
confronto entre receitas e despesas/custos de um período. Ao tratarmos de 
instituições públicas, o resultado, fruto do confronto entre receitas e despesas/
custos, gera um superávit, se as receitas forem maiores do que as despesas; e um 
déficit, se as despesas forem maiores do que as receitas.
O resultado primário é a diferença entre as receitas primárias e as despesas 
primárias durante determinado período – isto é, a diferenças entre as receitas e as 
despesas orçamentárias que impactam na dívida pública. Por sua vez, o resultado 
fiscal nominal é o resultado primário acrescido do resultado da conta de juros 
7
(juros ativos subtraídos dos juros passivos). Por isso, fala-se que o governo obtém 
superávit fiscal quando as receitas excedem as despesas em dado período; por 
outro lado, há déficit fiscal quando as receitas são menores do que as despesas 
(BRASIL, 2019).
Cumpre salientar que a política fiscal, compreendendo as temáticas de 
arrecadação, de gastos públicos e de tributação, pode ser classificadas como 
expansiva e como restritiva.
1. Política fiscal restritiva
é caracterizada pela redução nos gastos governamentais e/ou pelo aumento 
nos níveis de tributação. Pode estar associada ao desestimulo do consumo e, 
consequentemente, pode causar desemprego (GADELHA, 2017).
2. Política fiscal expansionista
segue o caminho oposto e se caracteriza pela ampliação dos gastos do 
governo e/ou pela diminuição na tributação (isenções ou reduções de base 
de cálculo e/ou de alíquotas). Pode incentivar o consumo e, assim, aumentar 
a oferta de emprego (GADELHA, 2017).
No Brasil, a política fiscal, ultimamente, tem sido posta em xeque em termos de 
responsabilidade fiscal. O uso dos recursos públicos deveria visar à redução 
gradual da dívida líquida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), de forma 
a contribuir com a estabilidade, com o crescimento e com o desenvolvimento 
econômico do país. A política fiscal deve buscar a criação de empregos, o aumento 
dos investimentos públicos e a ampliação da rede de seguridade social, com ênfase 
na redução da pobreza e das desigualdades.
Acompanhamento da economia pelo governo.
 
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
8
Portanto, a política fiscal diz respeito à gestão e à geração de receitas públicas; e 
ao cumprimento de objetivos e de metas governamentais no orçamentopúblico, 
utilizado para a alocação, para a distribuição de recursos e para a estabilização 
da economia (DEBUS; MORGADO; LIMA FILHO, 2006). Com uma política fiscal, 
é possível aumentar a renda e o PIB; e aquecer a economia com uma melhor 
distribuição de renda.
Política regulatória
Considerando o princípio constitucional da eficiência, o Estado, caracterizado como 
regulador, alcança pertinência. O Estado regulador objetiva, fundamentalmente, 
“garantir à sociedade a universalização de serviços públicos de qualidade, além 
do bom funcionamento do mercado e segurança jurídica para os entes regulados” 
(MELO, 2010).
Assim, ao avaliarmos a ação intervencionista do Estado no âmbito econômico, 
temos que as políticas regulatórias se valem de medidas legais para alocar e para 
distribuir recursos, visando à estabilização da economia (MATIAS-PEREIRA apud 
FERNANDES; SOUZA, 2019).
Em uma perspectiva mais restrita, para Santos (2016), as políticas derivadas da 
função regulatória do Estado são orientadas a disciplinar o funcionamento do 
mercado, sendo desempenhadas, principalmente, pelas agências reguladoras.
Na visão de Giocomoni (2005), o conceito de políticas públicas não deve ser 
confundido com o de políticas regulatórias, expressão que abarca as políticas 
públicas setoriais a serem desempenhadas pelas agências reguladoras. É de 
competência do ente regulador inserir, no setor regulado, as pautas de interesse 
geral contidas nas políticas públicas, atuando no sentido de que a área regulada 
incorpore essas pautas e retome o seu equilíbrio interno.
Nesse sentido, deve haver, em certo grau, uma discricionariedade por parte da 
agência reguladora, para que seja capaz de ponderar os interesses regulados e 
de equilibrar os instrumentos disponíveis – no sentido de intervir no sistema sem 
inviabilizar suas conjecturas.
Contudo, as políticas públicas nos setores sujeitos à regulação são, normalmente, 
implementadas por intermédio das políticas regulatórias. Trata-se de uma solução 
conveniente em razão da possibilidade de se atingir metas sem grandes gastos por 
parte do poder público. 
9
A conveniência de se implementar políticas públicas por meio de políticas 
regulatórias está, exatamente, na possibilidade de o poder público transferir os atos 
executivos e o ônus da implantação da política aos entes regulatórios. 
Dessa forma, diminui a sua responsabilidade pela execução e os seus gastos, os 
quais podem ser transferidos à coletividade ou ser subsidiados pelo Estado. É um 
instrumento capaz de alcançar metas – na maioria das vezes, de caráter social 
– com pouca onerosidade para o poder público (DEBUS; MORGADO; LIMA FILHO, 
2006). Observe, abaixo, o papel do agente regulador.
Papel do agente regulador.
Buscar um
ambiente 
competitivo
Atrair
investimentos
para o setor
Estimular e organizar 
a entrada de novos 
agentes no mercado
Papel
regulador
Completar o 
processo de 
regulamentação
Garantir o
interesse público
Implementar as 
políticas
de Estado
Evitar abuso de 
poder de mercado 
em monopólios 
naturais
Incentivar a 
eficiência e a 
inovação
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
Portanto, a política regulatória envolve o uso de meios legais, como leis, decretos, 
portarias e outros normativos, que são emitidos como alternativa para distribuir 
os recursos e para estabilizar a economia. Com o uso das normas, diversas 
condutas podem ser abolidas: cartéis, monopólios, práticas abusivas, poluição e 
várias outras.
10
Fechamento
Nesta unidade, você aprendeu as ações governamentais que visam ao alcance 
dos objetivos do Estado. Ficou claro que, para promoção do bem comum, o Estado 
utiliza o seu agente executor, o governo.
O governo, por sua vez, prioriza e determina suas ações segundo políticas que 
obedeçam a uma coerência central das funções do Estado. Ao determinarem as 
ações a serem executadas, os governos precisam estar atentos às funções do 
Estado e ao objetivo de cada tipo de política realizada.
Você pôde compreender, ainda, que as políticas fiscais e regulatórias, em um 
sentido abrangente, abarcarão um conjunto de ações voltadas à área fiscal e à de 
regulação. Contudo, ao nos aprofundamos, paralelamente, no âmbito do Estado 
regulador, temos, nas políticas intervencionistas de um modo geral, as voltadas ao 
campo fiscal e ao campo regulatório da economia.
11
Referências
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de 
Demonstrativos Fiscais: aplicado à União e aos Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 10. ed. Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional, Subsecretaria de 
Contabilidade Pública, Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à 
Federação, 2019.
DEBUS, I.; MORGADO, J. V.; LIMA FILHO, L. G. Orçamento público. 4.ed. Brasília: 
Vestcon, 2006.
Fernandes, A. S. A.; SOUZA, T. S. Ciclo orçamentário brasileiro. Brasília: ENAP, 
2019. Disponível em: https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/4280/1/4_Livro_
Ciclo%20orc%CC%A7amenta%CC%81rio%20brasileiro.pdf. Acesso em 08 out. 2020.
GADELHA, S. R. B. Introdução ao orçamento público: Módulo 4 – Política econômica 
e programaão financeira. Brasília: ENAP, 2017. Disponível em: http://repositorio.
enap.gov.br/handle/1/3170. Acesso em 03 out. 2020.
GIACOMONI, J. Orçamento público. São Paulo: Atlas, 2005.
GIACOMONI, J. Orçamento público. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MELO, T. D. Do estado social ao estado regulador. Revista do Curso de Mestrado 
em Direito da UFC. 2010. Disponível em: http://repositorio.ufc.br/bitstream/
riufc/12043/1/2010_art_tdmelo.pdf. Acesso em 09 out. 2020.
PALUDO, A. V. Administração pública. 5. ed. São Paulo: Método, 2016. 
PALUDO, A. V. Orçamento público e administração financeira e orçamentária e LRF: 
teoria e questões. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
REZENDE, F. Finanças públicas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
Santos, R. C. L. F. Orçamento público. 3. ed. Florianópolis: Departamento de Ciências 
da Administração – UFSC. CAPES (UAB), 2016.
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/4280/1/4_Livro_Ciclo%20orc%CC%A7amenta%CC%81rio%20brasileiro.pdf
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/4280/1/4_Livro_Ciclo%20orc%CC%A7amenta%CC%81rio%20brasileiro.pdf
http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/3170
http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/3170
http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/12043/1/2010_art_tdmelo.pdf
http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/12043/1/2010_art_tdmelo.pdf

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