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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD AVALIAÇÃO PRESENCIAL (APX2) – 2021.1 Disciplina: Alfabetização 2 Coordenadora: Stella Maris Moura de Macedo Aluno(a): MARCIA RENATA LOPES Matrícula: 18212080053 Polo: RESENDE PRAZO DE ENTREGA – 13/06, às 11h Questão 1 Após a leitura atenta do texto “Carta de Paulo Freire aos Professores”, que se encontra disponível na plataforma, na aula de título Concepção Freireana de Alfabetização e Currículo, destaque as partes em que o autor define o que é ler. Em seguida, ressignifique as ideias do autor e elabore um texto onde você expresse a sua compreensão do que é ler, na perspectiva freireana. “Mas ler não é puro entretenimento nem tampouco um exercício de memorização mecânica de certos trechos do texto.” “Ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, mas gratificante. Ninguém lê ou estuda autenticamente se não assume, diante do texto ou do objeto da curiosidade a forma crítica de ser ou de estar sendo sujeito da curiosidade, sujeito da leitura, sujeito do processo de conhecer em que se acha. Ler é procurar buscar criar a compreensão do lido; daí, entre outros pontos fundamentais, a importância do ensino correto da leitura e da escrita. É que ensinar a ler é engajar-se numa experiência criativa em torno da compreensão. Da compreensão e da comunicação.” Ler não é uma atividade automática, mecanizada, alienada dos outros aprendizados na formação do aluno. É ato consolidado no dia-a-dia, é oferecer a oportunidade de conhecimento e compreensão do mundo, é aguçar a curiosidade e formar seres pensantes, que estarão aptos a dominar e questionar, a ter opinião e voz ativa. É dar autonomia e vez. Ensinar a ler é tarefa incessante, aprendida e ensinada por professores e alunos. Dominar a leitura e dela fazer uso de forma correta é dar oportunidades e oferecer ferramentas para a construção de um mundo melhor. Questão 2 - (Valor 3,0 pontos) Após a leitura do texto A árvore e a Floresta, de José Juvêncio Barbosa, defina a abordagem teórica do autor sobre a leitura. Faça uso de suas palavras no processo de elaboração do texto. A árvore e a floresta Podemos supor que estamos preparando o leitor quando ensinamos a correspondência entre a escrita e o oral, que decifrar é o primeiro estágio da leitura eficiente. Mas, não é o caso. Não aprendemos um comportamento praticando um hábito contrário a esse comportamento. Decifrar obriga a ter um comportamento diante da escrita que é o oposto daquele indispensável para um bom leitor. Decifrar conduz a: · Seguir em contínuo a sequência dos signos; · Começar um texto pela primeira letra da primeira palavra, até a última letra da última palavra do texto; · Parar quando encontramos uma palavra desconhecida; · Passar pelo ouvido o que previmos com os olhos, quer dizer, transformar traços escritos em unidades sonoras, e não em signos visíveis em unidades de sentido; · Obedecer a velocidade da sequência rítmica da fala e não a velocidade do pensamento. Qualquer que seja o meio de comunicação adotado, a faculdade de compreender supõe a possibilidade de antecipar. No caso da leitura, a decifração impede sempre a antecipação, ou a dificulta, no melhor dos casos. Um argumento normalmente ouvido é que bons leitores hoje também receberam na infância um ensino escolar de leitura com base na decifração. Isto é verdade, mas é provável que tenha havido um momento de desenvolvimento da leitura em que eles encontraram uma outra maneira de ler por gosto ou por necessidade. Eles descobriram a leitura. Mas não podemos afirmar que são melhores leitores porque “passaram” pelo processo de decifrar. Todas as pessoas, para aperfeiçoar sua forma de ler, são obrigadas a abandonar uma série de hábitos adquiridos antes de começar a melhorar sua performance. A maioria dos adultos possui uma velocidade de leitura mais ou menos igual à fala. São bons decifradores, mas não são bons leitores. Isso é grave, pois a escrita deixa de ser um meio de comunicação rápido e eficaz e se tem menos recursos para a informação e distração. Se a leitura é um comportamento penoso, deixamos de utilizar a escrita. E esse parece ser o caso da leitura decifrada, a que a grande maioria dos (chamados) leitores adultos está condenada. A leitura é uma busca de índices mínimos e não uma investigação total dos signos escritos. Mas não será necessário decifrar as palavras que não conhecemos? Decifrar seria a última estratégia a ser utilizada num caso como este: normalmente, a estratégia mais indicada é saltar essas palavras ... Não é pronunciando uma palavra que ignoramos e até pronunciando-a bem, que a compreenderemos. Por outro lado, podemos ler um romance traduzido de outro idioma (por exemplo, russo ou chinês) sem sermos capazes de dizer o nome dos personagens ou lugares embora os identifiquemos adequadamente no decorrer da história. A busca de sentido independe da pronúncia. Um bom leitor compreende um texto em um tempo mínimo, sem se preocupar com cada uma das palavras desse texto. O sentido de uma frase não é a soma dos sentidos das palavras que a compõe. Ao contrário, o texto e o contexto é que dão sentido às palavras pois é o sentido do texto ou da frase que permite a pronúncia das palavras e não a pronúncia que favorece o sentido. Grande parte das palavras que conhecemos adquiriram sentido quando as encontramos no interior de textos, embora até então fossem desconhecidas. É assim que uma criança aprende a falar e ler. É necessário, portanto, convencer as crianças a não pararem diante de uma palavra desconhecida, mas buscarem adivinhar o sentido, continuando a ler o texto. A escrita, como uma linguagem para os olhos, é comparável à atividade de alguém que olha a paisagem. Se a pessoa procura detalhar as cores, enumerar os elementos que a compõe, ela não olha mais a paisagem; a consideração de elementos isolados impede a visão da paisagem. Da mesma maneira, reconhecemos os rostos de alguém com uma visão global de muitas particularidades que, descritas ou mesmos vistas uma a uma, não permitiriam a identificação da pessoa. A visão da árvore encobre a visão da floresta. (BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e Leitura.SP:Cortez,1991) Questão 3 - (Valor 2,5 pontos) Com base na leitura do texto “Escrita, uso da escrita e avaliação” de João Wanderley Geraldi, que se encontra disponível na aula Alfabetização e Currículo, faça uma análise da produção do estudante, de modo a responder a seguinte questão: como você acredita que deva ser a conduta do (a) docente em relação à escrita. Questão 4 - (Valor 2,0 pontos) Posicione-se marcando concordo ou discordo nas afirmativas abaixo. · A professora deve permitir que a criança adivinhe as palavras no processo de leitura do texto. ( X ) Concordo ( ) Discordo · A estratégia de decodificação deve ser privilegiada no processo de alfabetização. ( ) Concordo ( ) Discordo · Os conhecimentos prévios das crianças não são relevantes para o desenvolvimento do trabalho pedagógico. ( ) Concordo ( X ) Discordo · O trabalho da alfabetização deve ser organizado de modo linear, por isso as palavras difíceis devem ser trabalhadas ao final do ano letivo. ( ) Concordo ( X ) Discordo
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