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P2 MEDICINA LEGAL . AULA 1 . ● Sociedade Moral é o conjunto de princípios, preceitos, costumes e valores admitidos em determinada época, que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. Ética é a reflexão e interpretação crítica das noções e princípios que fundamentam a vida moral de uma sociedade. ● Bioética É um estudo sistemático da conduta humana na área das ciências da vida e dos cuidados da saúde, na medida em que esta conduta é examinada à luz dos valores e princípios morais ● Modalidades de culpa Negligência- é uma omissão, o agente não faz o que devia fazer ,seja por preguiça ou por desatenção, ausência de uma precaução que dá causa ao resultado Imprudência-ação, o agente não observa o seu dever de cuidado, causando o resultado lesivo que lhe era previsível.é um fazer alguma coisa Imperícia-é a incapacidade ou falta de conhecimento técnico, pressupõe que o agente tenha a qualidade ou a habilitação legal para a arte ou ofício, se não tiver , responderá por imprudência ou negligência ● Código Defesa Consumidor ART 6 - São direitos básicos do consumidor. VIII- A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz ART 14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre a sua fruição e riscos. ART 2- Do código do consumidor, conceitua consumidor como toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final,o paciente se enquadra nesta definição, pois utiliza dos conhecimentos do profissional da área médica em proveito próprio e pessoalmente, e o remunera por essa prestação de serviço. ART 3°- fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeiras, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação (...), distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Logo, qualquer pessoa física (médico) ou jurídica (hospital), autorizada a realizar procedimentos médicos, configura prestador de serviço, nos termos do CDC. ● Código de ética médica O código de ética médica contém as normas que devem ser seguidas pelos médicos no exercício de sua profissão -As organizações de prestação de serviços médicos estão sujeitas às normas deste código -A fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas no código é dada aos conselhos de medicina , comissões de ética e médicos em geral AULA 2 . ● Diretor Técnico -responde eticamente por todas as informações prestadas perante os conselhos de medicina (federal ou regionais) -organizar a escala de plantonistas, zelando para que não existam lacunas durante o período de funcionamento 1 -assegurar condições adequadas de trabalho e os meios imprescindíveis ao exercício de uma boa prática médica, -zelar ao mesmo pelo fiel cumprimento dos princípios éticos. -É permitido ao diretor técnico o direito de suspender integral ou parcialmente as atividades do estabelecimento assistencial médico sob sua direção quando faltarem as condições funcionais previstas nessa norma e na Resolução CFM no 2056/2013. -No mais, é o responsável pela supervisão das comissões obrigatórias, quais sejam: Comissão de Ética Médica, Comissão de Infecção Hospitalar, Comissão de Revisão de Óbitos e Comissão de Revisão de Prontuários. ● Diretor Clínico é o representante do corpo clínico do estabelecimento assistencial perante o corpo diretivo da instituição, -Responsável pela assistência médica, coordenação e supervisão dos serviços médicos na instituição, sendo obrigatoriamente eleito pelo corpo clínico. -É o elo entre o Corpo Clínico e a Direção Técnica e/ou Direção Geral da instituição. -Compete a supervisão da prática médica realizada na instituição. Cabe ao diretor clínico zelar por uma prestação eficiente e eticamente correta. Assim, cabe ao mesmo exigir dos médicos que elabore corretamente o prontuário médico dos pacientes, com letra legível, indicação clara de todos os procedimentos adotados, evolução clínica completa, bem como verificar a utilização dos termos de consentimento corretos. -dirigir e coordenar o corpo clínico da instituição, supervisionar a execução das atividades de assistência médica e zelar pelo cumprimento do regimento interno. -assegurar condições dignas de trabalho e os meios indispensáveis à prática médica, bem como garantir o pleno e autônomo funcionamento das comissões de ética médica. -Cumpre evidenciar que nos termos da Resolução CREMESP no 139/06 é de responsabilidade solidária dos Responsáveis Técnicos, dos Diretores Técnicos e Diretores Clínicos das instituições contratantes e das tomadoras de serviços, a verificação da habilitação legal do profissional no -Estado, bem como de sua perfeita identificação pessoal, a fim de evitar o exercício irregular da medicina. É aconselhável ao diretor clínico e técnico que ao sair do cargo, notifiquem o CFM para que não sejam acionados em caso de eventual irregularidade praticada dentro do hospital, isso porque nem sempre a instituição promove essa comunicação. CEM= comissão de ética médica ● Comissão de Ética Médica • Braço do CRM • Opinião • Educação 2 • Fiscalização • Sindicância • Legitimada pelo código de ética. Não é subordinada à Instituição • Eleições por voto direto de todos os médicos do corpo clínico, independente do vínculo. No dia do médico (18 outubro) • Mandato de 30 meses • Não podem participar aqueles que ocupam cargo executivo e os membros da comissão eleitoral • Composição por chapas, incluindo um presidente e um secretário -Sindicância ● Princípios – Bioética AUTONOMIA Consentimento Informado, registros em prontuário. Terminalidade. Escolha de tratar ou não. BENEFICIÊNCIA Tratamento sistêmico, atenção a dor, choosing Wisely, experiência do paciente NÃO MALEFICIÊNCIA Check lists, protocolos, barreiras de segurança. Overtreatment/Over diagnosis, 3 futilidade JUSTIÇA Acesso de todos, técnica adequada, recursos. Aspectos do gestor de saúde. ● Bioética Social Modelo clínico assistencial à Saúde-Doença Conhecimento Biológico à Valores Humanos AULA 3 . Critérios de conformidade e cultura ética nas organizações • Governança – Transparência – Equidade • ESG • GRC Definição - Conformidade: To comply with • Regras • Normas • Procedimentos Programa de Compliance -previne -detecta -trata Compliance - Criação de políticas e procedimentos; - Comitê permanente de Compliance (suporte da liderança); - Treinamento Institucional sobre os princípios da boa prática; - Canal de denúncia, com caráter confidencial; - Revisão permanente das diretrizes regulatórias; - Auditoria e controle , incluindo Due Diligence; - Plano de ação corretiva. AULA 4 . Avanço na tecnociência • Aumento de custos na saúde • Incorporação de novas tecnologias • Judicialização • Lógica empresarial capitalista X SUS • Expectativa de vida aumentando • (76,8 anos – IBGE 2020) Perspectivas -Resposta a epidemias -Sustentabilidade ao sistema -Tecnologia -Acesso -Preservação da saúde Novas tecnologias: 1. Suporte de vida (monitores, respiradores, aparelhos de diálise, marcapasso etc.); 2. Diagnósticas (tomografia, ressonância, medicina nuclear, testes genéticos etc.); 3. Cirúrgicas (próteses, stents, lentes intraoculares, cirurgias vídeo- laparoscópicas, circulação extracorpórea etc.). 4 -tecnologia da transcendência (engenharia genética, uso de célula-tronco, clonagem); nanotecnologia (cirurgias, diagnósticos, manipulação de moléculas); 5 -telemedicina (cirurgias e conferências à distância, prontuário eletrônico) Funções da tecnologia na atenção primária: -gerir demandas e oferecer acesso para que as pessoas possam ter aconselhamento por meio de tecnologiasde autocuidado -ampliar as possibilidades de diagnóstico usando tecnologias remotas de diagnóstico por imagem -utilizar dados analíticos para compreender quais grupos populacionais têm maior necessidade de foco dos recursos -Monitorar remotamente pacientes crônicos e com condições de saúde que necessitem de acompanhamento de longo prazo com uso de telemonitoramento 4 Telessaúde e Telemedicina Tem a função de reduzir desperdícios , aumentar a logística de resolução de problemas e ampliar o acesso à saúde -a redução dos custos é consequência Incorporação de tecnologia no serviço público- CONITEC Avaliação de tecnologia em saúde (ATS) Em função do alto custo das novas tecnologias e da necessidade política e ética de oferecer aos usuários, tanto do sistema público quanto do sistema privado, todo esse avanço, é que em todo o mundo se faz a avaliação de tecnologia em saúde, sendo isso fundamental em países em desenvolvimento, onde não há recursos para oferecer tudo para todos. ATS na Saúde Suplementar ANS define rol de procedimentos obrigatórios aos planos de saúde ANVISA aprova a utilização de novas tecnologias em território nacional Dilema Ético na evolução tecnológica em Saúde Deontologia-Compromisso de oferecer o melhor ao paciente sob seus cuidados e não deixar de envidar esforços para com a manutenção da vida e de sua qualidade. -Ressaltada a autonomia do profissional em seus atos e escolhas, em favor do paciente Destaques do novo código de ética médica Novidades Entre as novidades do novo código de ética está o respeito ao médico com deficiência ou doença crônica, assegurando ao profissional o direito de exercer as atividades nos limites de sua capacidade e sem colocar em risco a vida e a saúde de seus pacientes. Telemedicina Também ficou definido que o uso de mídias sociais pelos médicos será regulado por meio de resoluções específicas, o que valerá também para a oferta de serviços médicos a distância mediados por tecnologia. Pesquisas criação de normas de proteção de participantes considerados vulneráveis, como menores de idade e pessoas com deficiência física ou intelectual. Placebo Ainda no âmbito das pesquisas, o novo código permite os chamados placebos de mascaramento, mantendo a vedação ao uso de placebo isolado - quando não é usada nenhuma medicação eficaz. -De acordo com o texto, fica vedado ao médico manter vínculo de qualquer natureza com pesquisas médicas em seres humanos que usem placebo de maneira isolada em experimentos, quando houver método profilático ou terapêutico eficaz. Prontuário As novas regras também autorizam o médico, quando requisitado judicialmente, a encaminhar cópias do prontuário de pacientes sob sua guarda diretamente ao juízo requisitante. Autonomia Entre as diretrizes mantidas estão a consideração à autonomia do paciente, a preservação do sigilo médico-paciente e a proteção contra conflitos de interesse na atividade médica, de pesquisa e docência. Fica vedado ao médico desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de risco iminente de morte. Dignidade 5 Em caso de situação clínica irreversível e terminal, o novo código estabelece que o médico evite a realização de procedimentos considerados desnecessários e propicie aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados. Ato Médico O código assegura a proibição à cobrança de honorários de pacientes assistidos em instituições que se destinam à prestação de serviços públicos; e reforça a necessidade de o médico denunciar aos conselhos regionais instituições públicas ou privadas que não ofereçam condições adequadas para o exercício profissional. Slippery Slope – Ladeira escorregadia • Eutanásia – suicídio assistido • Distanásia • Mistanásia • Aborto seletivo Conceitos • Suicídio assistido: paciente intencionalmente ajuda terceiros, ingerindo ou auto administrando medicamentos letais • Eutanásia ativa: terceira pessoa, a pedido do paciente, administra agente letal, com a intenção de abreviar a vida e acabar com o sofrimento • Distanásia: prolongamento artificial do processo de morrer de forma desvinculada ao prognóstico. • Mistanásia: “eutanásia social”. Morte precoce, associada a falta de acesso a recursos de saúde ou falhas na assistência • Ortotanásia: Morte natural BRASIL --- CRIME Não é privativo do médico o crime de eutanásia – visto poder ser realizado por qualquer pessoa – é, pois, um crime comum. É um crime, já que é fato ilícito, típico e culpável, que encontra sua tipificação na Parte Especial, do nosso Código Penal em seu artigo 121 Distanásia A medicina, hoje, elege como objetivo somente a busca da saúde, encarando a morte como um resultado acidental de doenças previstas como evitáveis e contingentes. A morte é o que acontece quando a medicina falha, e portanto está fora de seu escopo científico. Nesta perspectiva ocorrem deformações do processo do morrer. A medicina promove implicitamente esse culto idólatra da vida, organizando a fase terminal como uma luta a todo custo contra a morte" AULA 5 . Assédio Moral -toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se por comportamentos, palavras,atos,gestos ou escritos que possam trazer danos à personalidade,à dignidade ou à integridade física e psíquica de uma pessoa, pondo em perigo seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho Assédio virtual -quando um indivíduo ou grupo de pessoas utiliza a tecnologia digital, através da prática de comentários sexuais -os ataques sofridos por uma vítima de assédio virtual são intencionais e direcionados a violação da dignidade pessoal Assédio sexual -é uma atitude intimidatória e agressiva de cunho sexual, verbal ou física contra qualquer pessoa do mesmo sexo ou do sexo oposto 6 -’’insistência impertinente , perseguição , sugestão ou pretensão constantes em relação à alguém'' Assédio na relação médico paciente • 96,67% dos profissionais do sexo masculino • Idade média de 46,87 anos. • Ginecologia e Obstetrícia (24,67%), Cirurgia Geral (5,33%) Sujeitos que sofreram o abuso: • adulto (77,71%), seguido por adolescentes (13,14%) e crianças (2,29%). • 90,29% eram mulheres • 34% estavam em instituições públicas e 38% em instituições privadas. Em 52,38% dos casos o intervalo entre o momento do abuso e a denúncia foi dentro das primeiras 48 horas, estendendo-se até seis meses. Elevada percentagem de acusações que não se tornaram processos éticos-profissionais. A razão mais comum para o arquivamento da denúncia foi a falta de prova (88,18%) objetiva, seguida da retirada da denúncia por parte do acusador. O Cremesp é um dos fóruns em que, na condição de juízes, os conselheiros avaliam o comportamento profissional dos médicos a partir de fatos objetivos; no entanto, é importante não só julgar e condenar, mas sim entender a subjetividade ética da situação, sobretudo, compreender os aspectos psicossociais subjacentes ao abuso sexual, a fim de tratá-lo e preveni-lo. Capítulo V do Código “Relação com Pacientes e Familiares”. artigo 38 diz que é vedado ao médico “desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais”. artigo 40 estabelece que é vedado ao médico “aproveitar-se de situações decorrentes da relação médico-paciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou de qualquer outra natureza”. Condutas no pronto atendimento – violência sexual 1. Colher sorologias de tempo zero: - HIV, Hepatite B, Hepatite C e Sífilis; - Colher exames gerais (hemograma, ureia e creatinina). 2. Oferecer profilaxias pós-exposicionais (PEP) para: - Anticoncepção emergencial (ACE); - DST não virais; - HIV e Hepatite B; 3. Oferecer PEP dentro dos critérios: - Contato com material biológico (relação vaginal, anal e/ou oral com ejaculação) em até 72h pós episódio de violência4. Notificar Delegacia ou a Vara da Infância e Juventude 5. Encaminhar para seguimento ambulatorial: repetir sorologias em 3 e 6 meses 6. Apoio psicossocial 7. Outros encaminhamentos necessários: - Boletim de ocorrência, aborto pós-estupro etc Violência obstétrica Violência cometida por profissionais de saúde e/ou pela instituição contra as pacientes durante a assistência à gestação, ao parto, ao nascimento e ao pós-parto. Nas práticas de cuidado, essa violência se traduz por qualquer ato de maus-tratos, desrespeito, negligência, abuso verbal, violência física e assédio sexual cometido contra a mulher. A violência , incorre na transformação de uma diferença em desigualdade em uma relação hierárquica entre superior e inferior, sendo o outro tomado como o objeto de uma ação – não como um sujeito – com objetivo de explorá-lo, dominá-lo e oprimi-lo, 7 impedindo ou anulando sua autonomia, sua subjetividade e sua fala. -Dentre os numerosos fatores que permeiam a violência obstétrica, diversos estudos apontam para a relação do fenômeno com a precarização nas condições de trabalho no que se refere a recursos estruturais, materiais e humanos – o que chama a nossa atenção neste debate para a necessidade de se humanizar também as condições em que se concretizam no cotidiano as práticas de saúde. Humanizar as condições de trabalho está no cerne do próprio conceito de humanização na saúde. Governo de São Paulo LEI No 15.759, DE 25 DE MARÇO DE 2015 Assegura o direito ao parto humanizado nos estabelecimentos públicos de saúde do Estado e dá outras providências Artigo 1o - Toda gestante tem direito a receber assistência humanizada durante o parto nos estabelecimentos públicos de saúde do Estado. Artigo 6o - No Plano Individual de Parto a gestante manifestará sua opção sobre: -Direito a um acompanhante -Anestesia peridural ou raquidiana Parágrafo único - Na hipótese de risco à saúde da gestante ou do nascituro, o médico responsável poderá restringir as opções de que trata este artigo. Artigo 13 - Será objeto de justificação por escrito, firmada pelo chefe da equipe responsável pelo parto, a adoção de qualquer dos procedimentos que os protocolos mencionados nesta lei classifiquem como: • 1 - Administração de enemas • 2 - Administração de ocitocina • 4 -Amniotomia; • 5 - Epsiotomia. Perícia Médico Legal “Procedimentos médicos e técnicos que tem como finalidade o esclarecimento de um fato de interesse da Justiça. Ou como um ato pelo qual a autoridade procura conhecer, por meios técnicos e científicos, a existência ou não de certos acontecimentos, capazes de interferir na decisão de uma questão judiciária ligada à vida ou à saúde do homem ou que com ele tenha relação.” Fundamentos: -Perito Criminal à Concurso público -Laudo médico legal é parte do processo (documento público) -Realizadas em vivos, cadáveres, esqueletos, animais e objetos. -Junta médica. Avalia condições laborativas e fundamenta decisões de admissão, retorno ao trabalho, afastamento ou aposentadoria Direitos do periciado 1. Recusar o exame no todo ou em parte 2. Ter conhecimento dos objetivos das perícias e dos exames 3. Ser submetido a exame em condições higiênicas e por meios adequados. 4. Ser examinado em clima de respeito e confiança. 5. Rejeitar determinado examinador. 6. Ter suas confidências respeitadas. (desde que não prejudiquem o exame) 7. Exigir privacidade no exame. 8. Rejeitar a presença de peritos de outro gênero. 9. Ter um médico de sua confiança como observador durante o exame pericial. 10. Exigir a presença de familiares durante os exames Medicina Legal ou Forense (Médico perito legal ou médico legista) • Antropologia (identidade e identificação) • Traumatologia (lesões). Asfixiologia 8 • Sexologia • Tanatologia (fenomenos cadavéricos, autópsias). Cronotanatognose • Toxicologia • Psicologia judiciária (responsabilidade penal, testemunho, confissão) • Psiquiatria • Criminologia (crime e criminosos) • Infortunística (acidentes de trabalho e doenças profissionais) • Jurisprudência Médica (referente ao exercício da profissão e erro médico) • Deontologia e Diceologia (Deveres e Direitos) • Genética forense • Vitimologia (análise da vítima como elemento participativo do delito) • Policiologia científica (auxilia em métodos de investigação) Médico legista O médico-legista é o médico habilitado profissional e administrativamente a exercer a medicina legal, por meio de procedimentos médicos e técnicos, tendo como atividade principal colaborar com a administração judiciária nos inquéritos e processos criminais. Sua lotação é sempre nos Institutos ou Departamentos ou Núcleos Regionais de Medicina Legal. Sendo assim, ele deve ser formado em medicina, estar legalmente habilitado a exercer a função de médico nos Conselhos Regionais de Medicina de sua jurisdição e ter seu ingresso na função por meio de concurso público com edital constando exigências cabíveis ao referido cargo. Decálogo do perito médico-legal 1. O perito deve atuar com a ciência do médico, a veracidade da testemunha e a equanimidade do juiz. Exige-se do perito um conhecimento amplo da Medicina e sua atualização junto ao êxito crescente da ciência, sem, contudo, querer-se dele uma cultura especializada em cada matéria, o que seria impossível. 2. É necessário abrir os olhos e fechar os ouvidos. 3. A exceção pode ser tanto valor quanto a regra. 4. Desconfiar dos sinais patognomônicos. 5. Deve-se seguir o método cartesiano 6. Não confiar na memória 7. Uma necropsia não pode ser refeita. 8. Pensar com clareza para esclarecer com precisão. 9. A arte das conclusões consiste nas medidas. 10. A vantagem da Medicina Legal está em não formar uma inteligência exclusiva e estritamente especializada. A Medicina Legal guarda relações com todos os ramos da Medicina, com o Direito, com a Criminologia, com a Química e a Física e com diversas ciências, abrindo ante elas amplas perspectivas sociológicas e filosóficas. Existe uma cultura maior, superior e mais profunda do que em qualquer outra modalidade médica. Auditoria Médica A Auditoria não deve ser vista como um instrumento fiscalizador ou punitivo. Cria e implanta normas que permitem o contínuo aperfeiçoamento do sistema -Funciona como uma ferramenta na diminuição dos custos, sem redução da qualidade do atendimento. -Determina informações importantes para planejamento estratégico da organização Modalidades de Auditoria 9 Auditoria Prospectiva ou Pré-Auditoria Análise prévia dos procedimentos médicos, antes da sua realização. Tipo de auditoria que visa analisar a adequação de proposta diagnostica e/ou terapêutica a cada caso, segundo diretrizes e/ou respectivos contratos. -Auditoria Concorrente ou Pró-ativa Auditoria operativa, análise ligada ao evento no qual o cliente está envolvido no momento, durante internação. Objetiva avaliar e ajustar o planejamento de cuidados, Auditoria Retrospectiva ou de Contas Hospitalares Auditoria pós-evento, análise das informações do que foi realizado, registrado no prontuário médico ou contas após fechamento AULA 6 . O sigilo sempre foi considerado como característica moral obrigatória da profissão médica. Contemporaneamente, o segredo profissional adquiriu fundamentação mais rigorosa, centralizada nas necessidades e direitos dos cidadãos à intimidade, passando a ser entendido como confidencialidade. Esta dupla natureza do conceito de segredo profissional transforma-o em um direito-dever, na medida em que, sendo um direito do paciente, gera uma obrigação específica nos profissionais da saúde. Revelação de uma informação: - Quando alguém tem acesso a uma informação protegida sem o consentimento do informante, este fato é considerado como violação aos direitos de privacidade; - Uma pessoa depositária de um segredo em confiança e que o revela sem autorização fere o direito de confidencialidade.Somente alguém que é confidente pode romper confidencialidade. A autorização expressa do informante previne a violação aos direitos de confidencialidade, independente da revelação em si própria, sem constituir uma perda nem de privacidade nem de confidencialidade. TEORIA PRINCIPIALISTA PARA QUEBRA DE CONFIDENCIALIDADE: a) quando houver alta probabilidade de acontecer sério dano físico a uma pessoa identificável e específica, estando portanto justificada pelo princípio da não-maleficência; b) quando um benefício real resultar da quebra de sigilo, baseando-se esta decisão no princípio da beneficência; c) quando for o último recurso, depois de esgotadas todas as abordagens para respeito ao princípio da autonomia; d) e quando a mesma decisão de revelação possa ser utilizada em outras situações com características idênticas, independente da posição social do paciente, contemplando o princípio da justiça e fundamentado no respeito pelo ser humano, tornando-se um procedimento generalizável Dado É qualquer elemento quantitativo ou qualitativo, desvinculado de referencial explicativo, que por si só não conduz ao entendimento da situação. Informação É o produto da análise dos dados obtidos, devidamente registrados, classificados, organizados, relacionados e interpretados dentro de um contexto para gerar conhecimento conduzindo à melhor compreensão de fatos e situações. 10 Troca de Informações na Saúde Suplementar - TISS Com o intuito de cumprir esta regulamentação, em 2012, criou o parâmetro para troca de informações (TISS), que tem finalidade de: • Padronizar ações administrativas, autorizações, demonstrativos, recursos de glosas • Subsidiar ações da ANS de avaliação e acompanhamento econômico, Financeiro e assistencial das operadoras • Compor registro eletrônico dos dados de operadoras, prestadores de serviço, beneficiários e a própria ANS Para padronizar a transmissão a ANS preceitua que o conjunto de termos será consolidado em terminologia unificada (TUSS). A segurança da informação já está bem avançada. O que irá gerar desafios será a conformidade com os direitos previstos aos usuários. Terminologia Unificada da Saúde Suplementar - TUSS Instrução Normativa ANS de 2012 à determina que as operadoras de plano privado de assistência à saúde e prestadores de serviços de saúde deverão obrigatoriamente adotar a Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS) para codificação de procedimentos médicos. -A terminologia a ser utilizada como base para construção dos procedimentos médicos da TUSS é a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), gerenciada pela AMB. Conformidade dos sistemas de informação – aspectos relacionados à LGPD Proposta da lei: exigência de consentimento do titular para que o dado obtido seja tratado, informando, inclusive a destinação e possibilidade de anonimização Na saúde: especificar também finalidades (ACESSO LÓGICO) Termo de consentimento: Não pode ser genérico e deve identificar, além dos itens previstos, quem será o controlador Atenção a terceiros: Laboratorio, convênio, outros hospitais da rede à Due Diligence Direitos do titular dos dados: • Acesso aos dados • Portabilidade • Eliminação de dados tratados sem consentimento Autoridade Nacional de Proteção de Dados (MP 869/2018). • Zelar pela proteção. Inclusive proteção física do Hardware • Realizar consultas públicas • Articular com entidades reguladoras • Deliberar sobre interpretação da lei • Fiscalizar e Aplicar sanções SUS: o DATASUS é o responsável LGPD por administrar a base de dados e disponibilizar os mecanismos automatizados de interoperabilidade do sistema. A administração pública é a maior detentora de dados sensíveis dos usuários dos serviços de saúde. Seja no âmbito do SUS, seja na saúde suplementar. ANS ( lei 9.961/2000) é a reguladora saúde suplementar e, no tocante ao armazenamento de dados tem atribuições de: 11 - Proceder à integração de informações com o banco de dados do SUS - Requisitar o fornecimento de informações junto às operadoras de planos privados, bem como da rede prestadora de serviços a ela credenciadas Desafios da Auditoria nos sistemas de informação •Falta de gestão de informação nos hospitais • A maior parte das informações ainda está no papel – Podem ser destruídas – Maiores usuários de papel do mundo • Quase impossível controlar os acessos, segurança fragilizada das informações • Recuperação de informações muito demorada • Ocupação de muito espaço • Interoperabilidade de informação nula • Propriedade da informação difícil de ser mantida CONCLUSÃO: Avalia todo o processo, desde a coleta dos dados. Dados, informação, conhecimento para gestão da organização ou para gestão das políticas de saúde. AULA 7 . Cuidados Paliativos e Terminalidade Cuidados Paliativos= consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos espirituais.” -cuidados ativos, ofertados a pessoas de todas as idades que encontram-se em intenso sofrimento relacionados à sua saúde, proveniente de doença severa, especialmente aquelas que estão no final da vida. -O objetivo dos Cuidados Paliativos é, portanto, melhorar a qualidade de vida dos pacientes, de suas famílias e de seus cuidadores “ OBS: há a necessidade de que todos os profissionais de saúde tenham alguma formação em abordagem de cuidados paliativos, onde a demanda é alta em relação aos cuidados disponívies. PORTARIA No 2.809, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2012 ̈ Estabelece a organização dos Cuidados Prolongados para retaguarda à Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) e às demais Redes Temáticas de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Art. 2o Os Cuidados Prolongados poderão se organizar nas seguintes formas: ̈ I - Unidade de Internação em Cuidados Prolongados como serviço dentro de um Hospital Geral ou Especializado (UCP); ➔ As UCP devem possuir entre quinze e vinte e cinco leitos para tratamento prolongado. ̈ II - Hospital Especializado em Cuidados Prolongados (HCP). ➔ O HCP constitui-se em um estabelecimento cuja capacidade instalada total seja direcionada para essa finalidade, com, no mínimo, quarenta leitos. ALTA HOSPITALAR RESPONSÁVEL 12 -visa preparar o usuário para o retorno ao domicílio com qualidade e segurança para continuidade dos cuidados, promoção da sua autonomia e reintegração familiar e social. -A avaliação global do usuário para a alta hospitalar responsável será realizada pela equipe multidisciplinar horizontal com vistas a identificar as estratégias mais adequadas e os respectivos riscos potenciais ̈ Art. 19. São objetivos da alta hospitalar responsável: ̈ I - promover a continuidade do cuidado em regime de atenção domiciliar e/ou ambulatorial; ̈ II - buscar a melhor alternativa assistencial para o usuário após a alta, garantindo-se a troca de informações, orientações e avaliação sistemática com o ponto de atenção que irá receber o usuário; ̈ III - dispor das orientações adequadas ao usuário, cuidador e família por meio de relatório sobre a sua condição clínica e psicossocial; ̈ IV - otimizar o tempo de permanência do usuário internado; ̈ V - prevenir o risco de readmissões hospitalares; ̈ VI - avaliar as necessidades singulares do usuário; e ̈ VII - prevenir o risco de infecção hospitalar. Resolução 41 de 31 de outubro de 2018 Dispõe sobre as diretrizes para a organização dos cuidados paliativos, à luz dos cuidados continuados integrados, no âmbito Sistema Único de Saúde (SUS). ̈ Mais recente : PROADI SUS – capacitação da AB para cuidados paliativos Resolução CFM n 1973/2011 -criou novas áreasde atuação médica incluindo medicina paliativa (cabível de residência) -a medicina paliativa estará associada a especialidades de clinica médica, geriatria, cancerologia, medicina de família e comunidade e anestesiologia CFM 1805/06. “em fase terminal é permitido ao médico limitar ou suspender tratamentos, aliviando sintomas e respeitando a vontade do paciente ou seu representante” Principais Sintomas • Dor • Dispnéia • Náusea e Vômito • Constipação • Síndrome da Caquexia/ Anorexia • Delirium AULA 8 . Atestado de óbito : emitido por um médico para comprovar a morte de uma pessoa, também pode ser conhecida como declaração de óbito e ainda que a morte não tenha ocorrido dentro de um hospital , ela pode ser feita . -deverá ser inserido quais foram as causas da morte (a menos que ocorra em locais que não exista profissional médico) Certidão de óbito: emitida por um cartório de registro civil, e só pode ser obtida com o atestado de óbito. -na certidão dentre outras informações deve constar a hora e a data do falecimento, se a pessoa era casada e deixa filhos, com nome e idade de cada um , se deixa bens e herdeiros, se a morte foi natural ou violenta Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) foi criado pelo DATASUS para a 13 obtenção regular de dados sobre mortalidade no país. - Com base nessas informações é possível realizar análises de situação, planejamento e avaliação das ações e programas na área. Benefícios: • Produção de estatísticas de mortalidade; • Construção dos principais indicadores de saúde; • Análises estatísticas, epidemiológicas e sócio-demográficas. • Fonte de dados: declaração de óbito PRO-AIM • facilitar e descentralizar o acesso às informações sobre mortalidade no Município de São Paulo • Atualmente, o PRO-AIM é o gestor municipal do SIM, sendo responsável pelo envio e alimentação das informações, manutenção do sistema, acesso aos usuários e distribuição dos impressos de Declarações de Óbito. -Programa de Cartas, onde os médicos atestantes são chamados para esclarecer as causas de morte nos casos de atestados com descrições incompletas; • Investigação junto ao IML nos casos de óbitos cuja causa é externa ( homicídios, suicídios e acidentes); • Executar técnicas de relacionamento entre bancos, como por exemplo da CET para os casos de morte em acidentes de trânsito • Notificar óbitos aos serviços de vigilância epidemiológica e de saúde do trabalhador; Indicadores de Mortalidade – Taxa de Mortalidade geral – Taxa de mortalidade específica • por causa, sexo e faixa etária – Mortalidade proporcional • por causa, sexo, local e faixa etária Fontes de dados • Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) • Sistema de informações de nascidos vivos (SINASC) • Sistema de informações de agravos de notificação (SINAN) • Censos e estimativas populacionais Declaração de óbito o estabelecimento onde ocorreu o falecimento preenche a DO em 3 vias -médico assistente que prestava assistência ao paciente deve preencher 3 vias: ● 1 via = BRANCA -responsável pelo arquivo no estabelecimento de saúde , até ser recolhida por funcionário da secretaria municipal de saúde (que digita e arquiva a 1 via) ● 2 via =AMARELA representante/responsável da família do falecido , utiliza na obtenção da certidão de óbito junto ao cartório de registro civil (que arquiva a 2 via) ● 3 via = ROSA responsável pelo arquivo no estabelecimento de saúde que arquiva no prontuário do falecido Declaração de óbito Lei dos Registros Públicos (Lei 6.015, de 31.12.1973) • Art. 77: Nenhum sepultamento será feito sem certidão, do oficial do registro do lugar do falecimento, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou, em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte. Portaria no 116, de 11 de fevereiro de 2009, Ministério da Saúde/ Secretaria de Vigilância em Saúde 14 • Art. 10o Deve ser utilizado o formulário da Declaração de Óbito (DO), constante no Anexo I desta Portaria, ou novos modelos que venham a ser distribuídos pelo Ministério da Saúde, como documento padrão de uso obrigatório em todo o território nacional, para a coleta dos dados sobre óbitos e considerado como o documento hábil para os fins do Art. 77, da Lei no. 6.015/1973 para a lavratura da Certidão de Óbito, pelos Cartórios do Registro Civil. CFM e legislação Resolução CFM 1851/2008: normatiza e dá outras providências a respeito do atestado. Atestado/ Declaração de Óbito ü Resolução 1779/2005 fixa, em seu artigo primeiro: “O preenchimento dos dados constantes na Declaração de Óbito é da responsabilidade do médico que atestou a morte”. Logo, seu preenchimento total (sem deixar linhas em branco ou somente colocar as causas de morte e assinar) é um ato médico! Lei no 12.842/2013 (Lei do Ato Médico) estabelece que a atestação do óbito é atividade privativa do médico, exceto nas localidades em que não haja médico. o que o médico deve fazer - preencher os dados de identificação com base em um documento da pessoa falecida na ausência caberá a autoridade policial fazer o reconhecimento do cadáver - registrar os dados com letra legível e sem abreviações - registrar as causas de morte - revisar se todos os campos estão preenchidos corretamente O que o médico não deve fazer - assinar a DO em branco - preencher sem pessoalmente examinar o corpo - utilizar termos vagos para o registro das causas de morte - cobrar pela emissão da DO QUANDO DEVE EMITIR A DO? - em todos os óbitos - quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento - no óbito fetal se a gestação for maior ou superior a 20sem QUANDO NÃO SE DEVE EMITIR A DO? - óbito fetal com gestação menos de 20 sem -em casos de mortes naturais sem assistência médica , se ocorridos geralmente em domicílio estes óbitos ficam sob responsabilidade do SVO (serviço de verificação de óbitos ) -o atestado de óbito decorrente de lesões provocadas por causas externas deverá sempre ser fornecido por perito legista pós necropsia -enviar o corpo ao IML para possível identificação e determinação da causa de morte os corpos de pessoas falecidas em locais públicos, ou aqueles corpos sem identificação DECLARAÇÃO DE ÓBITO -a causa a ser tabulada nas estatísticas de mortalidade foi chamada de causa básica de morte (doença ou lesão que iniciou a sucessão de eventos que levou a morte ) -causas consequenciais : outras complicações que se desenvolveram pós causa básica causa terminal: causa direta da morte AULA 8 . Termo de consentimento livre e esclarecido 15 -Consentimento do paciente ou responsável legal -Livre e esclarecido: indivíduo civilmente capaz e apto para entender e considerar razoavelmente uma proposta ou conduta, isenta de coação influência ou indução. - Linguagem acessível -Antes do procedimento -Aplicado em local adequado e momento apropriado Não suprime nem ameniza a culpa médica por negligência ou imprudência; o que verdadeiramente legitima o ato médico é a sua indiscutível, imediata e inadiável execução. Em suma: entender que, mesmo tendo o médico um termo escrito, isto, por si só, não o exime de responsabilidade se houver comprovação da culpa e do dano em determinada alta. O modelo deverá conter: - identificação do paciente ou de seu responsável - nome do procedimento - descrição técnica em termos leigos e claros - possíveis insucessos - complicações pré e pós operatórias - descrição da anestesia - declaração que as explicações foram efetivamente entendidas - confirmação de autorização com local e data da intervenção cirúrgica - assinatura de testemunhas *salvo em caso de risco iminente de morte Informação em saúde e publicidade médica Regulamentam a forma individual ou coletiva de publicidade, no que diz respeito à atividade médica ou à especialidade exercida, Aprovam o nome do facultativo,seus títulos idôneos, qualificações reais, endereços, horário de trabalho e número de inscrição no Conselho Regional de Medicina da jurisdição do anunciante. Consideram-se como títulos e qualificações idôneas aqueles conferidos por instituições universitárias, pelas associações de especialidade ou por outras instituições médicas de reconhecido valor. Nos anúncios de clínicas, hospitais, casas de saúde, entidades de prestação de assistência médica e outros estabelecimentos de saúde, deverão constar sempre o nome do Diretor Técnico e sua inscrição principal no Conselho Regional, em cuja jurisdição se achar o estabelecimento de saúde. E que pelo anúncio dessas instituições respondem, perante o Conselho, os seus Diretores Técnicos. é vedado ao médico -permitir que sua participação na divulgação de assuntos médicos deixe de ter caráter exclusivamente de esclarecimento e educação da coletividade -divulgar informação sobre assunto médico de forma promocional ou de conteúdo inverídico -divulgar fora do meio científico processo de tratamento ou descoberta cujo valor ainda não seja expressamente reconhecido -publicação de imagens antes e depois de procedimentos -anunciar a utilização de técnicas exclusivas -anunciar quando não especialista que trata de coisas específicas de especialistas CODAME: comissão de divulgação de assuntos médicos 16 TELEMEDICINA -o padrão ouro de referência para consultas médicas é na forma presencial ,sendo a telemedicina um ato complementar -acompanhamento presencial em intervalos não superiores a 180 dias -dados e imagens do paciente devem ser preservados -termo de consentimento AULA 10 . Disclosure = revelação -admitir erros pode inclusive diminuir o risco de processos jurídicos Os elementos chave que devem ser incluídos no disclosure são: - explicação sobre o que aconteceu - reconhecimento da responsabilidade de forma apropriada - pedido de desculpas - compromisso em evitar que episódios semelhantes voltem a ocorrer Comunicação de más notícias – Protocolo Spikes Abordagem lógica e sistemática de comunicação, o que abre um caminho altamente promissor para a qualidade da relação profissional-paciente com base na comunicação franca com os pacientes e seus familiares. Pode ser uma proposta válida para organizar, capacitar e valorizar a comunicação terapêutica no plano de cuidados, garantindo ao paciente suas possibilidades reais de autonomia e protagonismo nos processos decisórios em conjunto com a equipe interdisciplinar. dividido em 6 etapas: 1. postura profissional 2. percepção do paciente 3. troca de informações 4. conhecimento do assunto 5. capacidade de explorar e enfatizar as emoções 6. finalização da conversa o ambiente físico deve estar preparado para a conversa em conformidade com as atitudes cordiais e sensíveis dos profissionais O médico tem sido o profissional a se incumbir da condição de “portador da boa ou má notícia”, com a expectativa de comunicá-la com serenidade, humanismo, franqueza e esperança. Para tanto, a “escuta atenta ou ativa”, que tem como essência valorizar o outro, torna-se instrumento fundamental, capaz de oferecer prontidão e tempo para valorizar as demandas emocionais do paciente em sua particularidade. COMUNICAÇÃO NA TRANSIÇÃO DO CUIDADO SBAR: ao transferir o cuidado a equipe que utiliza o SBAR para ordenar e deixar mais claro o quadro clínico do paciente SBAR: notificação de incidentes -um método de comunicação utilizado para notificar uma situação crítica a um médico ou outros provedores de cuidados de saúde S= SITUAÇÃO= o que aconteceu B=HISTÓRICO= informações do paciente A=AVALIAÇÃO=o que você encontrou R=RECOMENDAÇÃO= o que deve ser feito IDEA: quadro de tomada de decisão ética -decidir o que deve ser feito - que são moralmente certas ou aceitáveis -explicar o por que devemos fazê-lo o que justifica nossa decisão -e como deve ser feito 1. identificar os fatos 17 2. determinar os princípios éticos relevantes 3. explorar as opções 4. agir 18
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