Buscar

Estudos semânticos da LP 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Local: Sala 1 - TJ - Prova On-line / Andar / Polo Tijuca / POLO UVA TIJUCA 
Acadêmico: EAD-IL80015-20202A
Aluno: ELIETE FERREIRA OLIVEIRA 
Avaliação: A2-
Matrícula: 20172300192 
Data: 18 de Junho de 2020 - 08:00 Finalizado
Correto Incorreto Anulada  Discursiva  Objetiva Total: 8,80/10,00
1  Código: 37194 - Enunciado: A análise componencial de campos lexicais nos ajuda a perceber a
organização hierárquica dos lexemas em uma língua, estabelecendo relações de
hiperonímia/hiponímia.Aponte o grupo de palavras que ilustra essas relações:
 a) Jogo (substantivo), jogo (verbo).
 b) Coisa, troço, treco.
 c) Sucesso, fracasso, revés.
 d) Êxito, triunfo, vitória.
 e) Coisa, móvel, cadeira.
Alternativa marcada:
e) Coisa, móvel, cadeira.
Justificativa: Resposta correta: Coisa, móvel, cadeira. Nessa lista de palavras, observamos que o
significado sugerido pelos lexemas vai do mais geral ao mais específico, sugerindo relações em
que o significado de "coisa" parece conter o significado de "móvel", que, por sua vez, contém o
significado de "cadeira" (hiperonímia). Dito de outra forma, o significado de "cadeira" está
contido no significado de "móvel", que, por sua vez, está contido no significado de "coisa"
(hiponímia). 
Distratores:Êxito, triunfo, vitória. Errada. A relação estabelecida, nesse caso, é a de
compartilhamento de semas, ou de sinonímia.Sucesso, fracasso, revés. Errada. A relação
estabelecida, nesse caso, é a de oposição semântica entre o primeiro lexema e os dois últimos
(antonímia).Coisa, troço, treco. Errada. Os lexemas nessa lista são generalizantes (sentido muito
amplo) e sinônimos, podendo se referir a uma ampla gama de elementos no mundo e não
estabelecendo relações hierárquicas entre si.Jogo (substantivo), jogo (verbo). Errada. A relação
estabelecida entre esses dois lexemas é a homonímia homográfica: há coincidência na grafia de
duas palavras, mas não se estabelece uma relação hierárquica entre elas.
0,50/ 0,50
2  Código: 37519 - Enunciado: "Ao se expressarem em português, alguns índios Fulni-Ô realizam
construções como 'Diga bom dia na branca', equivalentes à construção não indígena 'Diga bom
dia à branca'. Isso ocorre porque, em sua língua de origem, o yaathe, existe um procedimento
pelo qual o locativo 'ke' é adicionado a certos lexemas em uma frase, indicando-os como objetos
indiretos. Essa adição é realizada em posposição". (Fonte: SILVA, F. P; COSTA, J. F. Descrição de
um aspecto da variedade do português falado pelos Fulni-Ô revisitado. Leitura, n. 47, 2011, p.
169). 
Aplique o conhecimento do parágrafo em destaque à criação de uma atividade pedagógica
linguística e culturalmente inclusiva.
 a) O professor pode apresentar as limitações de produção do português exibidas pelos
Fulni-Ô, ensinando que seus erros devem ser respeitados ainda que não consigam desenvolver
bem nossa língua.
 b) O professor pode apresentar o português dos Fulni-Ô, por meio de frases em que haja
influência do locativo posposto "ke", indicando aos alunos por que esse povo não é considerado
bilíngue.
 c) O professor pode apresentar diferentes frases em yaathe em que haja ocorrência do
locativo posposto "ke", indicando aos alunos que posposições são um traço específico das
línguas indígenas.
1,50/ 1,50
 d) O professor pode pedir aos alunos que analisem posposições em diferentes línguas,
incluindo o yaathe, reforçando também o trabalho com preposições e com a identificação de
objetos indiretos.
 e) O professor pode pedir aos alunos que identifiquem os erros cometidos pelos Fulni-Ô ao
se expressarem em português, propondo que os corrijam em separado e pesquisem justificativas
para eles.
Alternativa marcada:
d) O professor pode pedir aos alunos que analisem posposições em diferentes línguas, incluindo
o yaathe, reforçando também o trabalho com preposições e com a identificação de objetos
indiretos.
Justificativa: Resposta correta: O professor pode pedir aos alunos que analisem posposições em
diferentes línguas, incluindo o yaathe, reforçando também o trabalho com preposições e com a
identificação de objetos indiretos.O estudo de posposições ajuda a trabalhar com o conceito de
preposições e pode ajudar com a identificação de objetos indiretos, que, muitas vezes, é difícil
para alunos falantes de língua portuguesa em sua própria língua. Além disso, reforça a
diversidade linguística, ao demonstrar que os fenômenos presentes no yaathe também ocorrem
em outras línguas mais conhecidas (como o japonês). 
Distratores:O professor pode pedir aos alunos que identifiquem os erros cometidos pelos Fulni-Ô
ao se expressarem em português, propondo que os corrijam em separado e pesquisem
justificativas para eles. Incorreta. As diferenças na produção do português falado pelos Fulni-Ô
não são erros. Trata-se de uma variedade do português, descrita e analisada por pesquisadores,
tais como as variedades regionais da mesma língua. Portanto o professor não pode apresentá-las
como erros.O professor pode apresentar diferentes frases em yaathe em que haja ocorrência do
locativo posposto "ke", indicando aos alunos que posposições são um traço específico das
línguas indígenas. Incorreta. Posposições não são um traço específico das línguas indígenas,
ocorrendo em várias outras línguas, de diferentes ramos linguísticos, tais como o japonês.O
professor pode apresentar o português dos Fulni-Ô por meio de frases em que haja influência do
locativo posposto "ke", indicando aos alunos por que esse povo não é considerado bilíngue.
Incorreta. Os Fulni-Ô são considerados bilíngues, falantes de uma variedade específica do
português brasileiro e do yaathe.O professor pode apresentar as limitações de produção do
português exibidas pelos Fulni-Ô, ensinando que seus erros devem ser respeitados, ainda que
não consigam desenvolver bem nossa língua. Incorreta. As diferenças na produção do português
falado pelos Fulni-Ô não são erros. Trata-se de uma variedade do português, descrita e analisada
por pesquisadores, tais como as variedades regionais da mesma língua. Portanto o professor não
pode apresentá-las como erros. Além disso, os Fulni-Ô são considerados bilíngues funcionais que
desenvolvem bem tanto o yaathe quanto o português brasileiro.
3  Código: 37248 - Enunciado: Observe as sentenças a seguir:(1) Eu parei de ir à academia.(2) Eu ia
à academia. 
Determine se existe ou não relação de acarretamento entre as sentenças 1 e 2.
 a) Sim.  Há acarretamento de (1) para (2) e de (2) para (1) porque uma sentença pressupõe a
outra.
 b) Não há acarretamento entre as sentenças, pois elas não fazem parte da mesma família
sintática.
 c) Sim. A sentença (2) acarreta a sentença (1) porque a negação da sentença (1) torna (2)
falsa.
 d) Não há acarretamento entre as sentenças, pois ambas violam as máximas da quantidade
e do modo.
 e) Sim. A sentença (1) acarreta a sentença (2) porque a negação da sentença (2) torna (1)
falsa.
Alternativa marcada:
1,50/ 1,50
e) Sim. A sentença (1) acarreta a sentença (2) porque a negação da sentença (2) torna (1) falsa.
Justificativa: Resposta correta: Sim. A sentença (1) acarreta a sentença (2) porque a negação da
sentença (2) torna (1) falsa. A relação de acarretamento estabelece que o sentido de uma
sentença, considerando suas condições de verdade lógicas, está contido no sentido da outra.
Trata-se, portanto, de uma relação de hiperonímia entre sentenças. Para comprová-la, devemos
observar se a negação da sentença "contida" leva à falsidade da sentença "que contém" (que
acarreta). 
Distratores:Não há acarretamento entre as sentenças, pois ambas violam as máximas da
quantidade e do modo. Errada. As máximas conversacionais (como a da quantidade e do modo)
não se aplicam à verificação lógico-formal de acarretamento entre sentenças.Não há
acarretamento entre as sentenças, pois elas não fazem parte da mesma família sintática. Errada.
A observação de famílias sintáticas é parte do processo de verificação da pressuposição lógica
(das quais são propriedade), e não do acarretamento.Sim.  Há acarretamentode (1) para (2) e de
(2) para (1) porque uma sentença pressupõe a outra. Errada. Não há relação de acarretamento da
sentença (2) para a sentença (1) e a pressuposição a que nos referimos no contexto dos estudos
formais é a pressuposição lógica.Sim. A sentença (2) acarreta a sentença (1) porque a negação da
sentença (1) torna (2) falsa. Errada. Não há relação de acarretamento da sentença (2) para a
sentença (1), já que a negação da sentença (1) não torna a sentença (2) falsa.
4  Código: 37195 - Enunciado: Para a semântica formal, é “uma propriedade central das línguas
humanas o ser sobre algo, isto é, o fato de que as línguas naturais são utilizadas para
estabelecermos uma referencialidade, para falarmos sobre objetos, indivíduos, fatos, eventos,
propriedades, [...] descritos como externos à própria língua”. (Fonte: MÜLLER, A. L. P; VIOTTI, E. C.
Semântica formal. In: FIORIN, J. L. Introdução à Linguística II: princípios de análise. São Paulo:
Contexto, 2010, p. 139). 
Para dar conta dessa propriedade, semanticistas formais se dedicam a:
 a) Discutir aspectos conotativos da linguagem, presentes em textos.
 b) Estudar o significado nos signos linguísticos de Saussure.
 c) Descobrir como as pressuposições de falantes afetam a língua.
 d) Analisar as metáforas a partir das quais concebemos o mundo.
 e) Descrever as condições de verdade de sentenças selecionadas.
Alternativa marcada:
a) Discutir aspectos conotativos da linguagem, presentes em textos.
Justificativa: Resposta correta: Descrever as condições de verdade de sentenças selecionadas.
Para os semanticistas formais, a referencialidade das línguas leva ao estudo das condições de
verdade de sentenças específicas, definidas como as condições em que tais sentenças podem ser
consideradas verdadeiras ou falsas. 
Distratores:Descobrir como as pressuposições de falantes afetam a língua. Errada. Semanticistas
formais baseiam seu estudo na lógica e, portanto, atêm-se ao estudo de um tipo particular de
pressuposição, a pressuposição lógica, entendida como a relação entre uma família de
sentenças. Esse tipo de pressuposição não provém de falantes.Estudar o significado nos signos
linguísticos de Saussure. Errada. Semanticistas formais se baseiam na lógica e nas ideias de
Gottlieb Frege, cujo signo linguístico se diferencia daquele proposto por Saussure, em especial
por agregar o referente (objeto no mundo físico).Analisar as metáforas a partir das quais
concebemos o mundo. Errada. Semanticistas formais analisam relações lógicas entre sentenças.
Metáforas cognitivas são a base de estudo da semântica cognitiva.Discutir aspectos conotativos
da linguagem, presentes em textos. Errada. Semanticistas formais analisam relações lógicas
entre sentenças, e não relações textuais ou possíveis efeitos de sentido conotativo, cuidando
para que as frases de seu estudo se refiram sempre a um mesmo recorte referencial (temporal,
espacial etc.).
0,00/ 0,50
5  Código: 37247 - Enunciado: A palavra "cabeça" pode referir-se a uma parte do corpo humano, à
pessoa que exerce um cargo ou função de liderança em determinado grupo ou mesmo à parte
superior de certos dispositivos eletroeletrônicos e peças de maquinário. Nesse caso, temos vários
significados para o mesmo significante.Classifique a relação semântica apresentada no parágrafo
anterior.
 a) Homonímia.
 b) Hiperonímia.
 c) Paranomásia.
 d) Sinonímia.
 e) Polissemia.
Alternativa marcada:
e) Polissemia.
Justificativa: Resposta correta: Polissemia.A polissemia é uma relação semântica em que temos
vários significados para o mesmo significante, ou seja, o foco está no significado, e não em
alterações fonéticas/gráficas relacionadas ao significante. 
Distratores:Hiperonímia. Errada. A hiperonímia é uma relação semântica em que o significado de
uma palavra é mais abrangente (em termos lexicais) do que o da outra, criando uma hierarquia
entre elas em que a primeira parece "conter" a segunda.Paranomásia. Errada.  A paranomásia é
uma relação semântica em que os significantes de palavras distintas têm imagens acústicas
semelhantes, mas não iguais.Homonímia. Errada. A homonímia é uma relação semântica em que
há coincidência entre os significantes de palavras distintas, mas não entre seus
significados.Sinonímia. Errada. A sinonímia é uma relação semântica entre palavras cujo sentido
é bastante próximo, tornando possível a substituição de uma pela outra em determinados
contextos.
1,50/ 1,50
6  Código: 37193 - Enunciado: O estudo de campos lexicais é realizado por meio de um
procedimento conhecido como análise componencial sêmica. Esse tipo de análise costuma ser
sistematizada em quadros que facilitam a visualização do escopo lexical correspondente a cada
lexema em um campo determinado. Indique como é possível diferenciar a composição de cada
lexema:
 a) Observando a presença ou ausência de semas, marcada, no quadro, por sinais de soma
(+) ou subtração (-).
 b) Observando quais lexemas foram incluídos e quais foram excluídos do quadro de análise
componencial sêmica.
 c) Trabalhando com lexemas de campos lexicais diferentes, de forma a facilitar sua
descrição e diferenciação.
 d) Trabalhando com apenas um lexema para cada quadro, sem compará-los ou misturar os
semas que os compõem.
 e) Identificando o campo lexical mais amplo a que cada um deles pertence por meio do
quadro de análise sêmica.
Alternativa marcada:
a) Observando a presença ou ausência de semas, marcada, no quadro, por sinais de soma (+) ou
subtração (-).
Justificativa: Resposta correta: Observando a presença ou ausência de semas, marcada, no
quadro, por sinais de soma (+) ou subtração (-). O quadro de análise componencial sêmica nos
permite visualizar a composição de diferentes lexemas que sejam parte de um mesmo campo
lexical, indicando que semas os diferenciam com alto nível de detalhe. Observar a presença ou
ausência de semas é o que permite identificar a diferença entre lexemas como cadeira e poltrona,
ou boné e boina, por exemplo. 
Distratores:Identificando o campo lexical mais amplo a que cada um deles pertence por meio do
0,50/ 0,50
quadro de análise sêmica. Errada. A simples identificação do campo lexical não ajuda a
diferenciar os lexemas em um quadro de análise componencial sêmica, já que cada quadro se
refere a apenas um campo lexical específico.Observando quais lexemas foram incluídos e quais
foram excluídos do quadro de análise componencial sêmica. Errada. Todos os lexemas presentes
em um quadro de análise componencial sêmica compartilham o mesmo campo lexical e,
portanto, para diferenciá-los, é preciso observar a diferença entre os semas que os
compõem.Trabalhando com lexemas de campos lexicais diferentes, de forma a facilitar sua
descrição e diferenciação. Errada. Todo quadro de análise componencial sêmica é baseado em
um mesmo campo lexical. Do contrário, seria difícil (ou impossível) comparar e analisar semas
em comum e contrastantes no grupo de lexemas analisado.Trabalhando com apenas um lexema
para cada quadro, sem compará-los ou misturar os semas que os compõem. Errada. Todo quadro
de análise componencial sêmica prevê comparações entre mais de um lexema, sem as quais não
seria possível realizar a análise.
7  Código: 37612 - Enunciado: O estudo do significado lexicalizado, por meio da análise
componencial sêmica, depende da identificação de semas distintivos entre os diferentes lexemas
que compõem um determinado campo lexical. No caso dos lexemas “cadeira” e “poltrona”, por
exemplo, podemos dizer que pertencem ao campo lexical das “peças de mobiliário”. Além disso,
o fato de que os objetos a que se referem (1) sirvam de assento, (2) abriguem uma pessoa e (3)
contenham ou não apoios para os braços constituem os semas a partir dos quais vamos
definindo seu significado. Nesse caso, observamos facilmente que o que os diferencia é o sema
"conter apoio para os braços". Esse tipo de diferenciação é fundamental para a construção de
vocabulários oficiais e dicionários, entre outras atividades. 
Demonstre o processo de criação de umquadro de análise componencial sêmica para o campo
lexical de "chapéus", indicando três lexemas integrantes e três semas distintivos.
Resposta:
"Chapéus": Lexemas: boné/ boina/ gorro  Semas distintivos: Para cobrir a cabeça/ com copa/
ajustável à cabeça
Justificativa: Expectativa de resposta:Espera-se que o aluno demonstre de maneira visual ou por
escrito (em prosa) três lexemas e três semas necessários para a composição do quadro de análise
componencial pedido, como a seguir:Demonstração por escrito:Para criar o quadro de análise
componencial sêmica do campo lexical "chapéus", eu poderia partir dos lexemas "boné", "gorro"
e "quepe", por exemplo. Entre os semas relevantes, teríamos "para cobrir a cabeça" e "com copa".
Como semas distintivos, teríamos "com pala sobre os olhos" para "boné" e "quepe"; "de matéria
flexível" e "ajustável à cabeça" para "boné" e "gorro".Demonstração
visual:ChapéusBonéGorroQuepePara cobrir a cabeça+++Com copa+++Com pala sobre os olhos+-
+De matéria flexível++-Ajustável à cabeça++- 
1,80/ 2,50
8  Código: 37593 - Enunciado: "Segundo a professora Januacele da Costa, da Universidade Federal
de Alagoas, os Fulni-Ô estão presentes na região hoje conhecida como Águas Belas (PE) desde,
pelo menos, o século XVIII. Sua língua, o yaathe, é a única língua indígena que sobrevive,
atualmente, na região Nordeste. Mesmo assim, não houve estudos sistemáticos da fala dos Fulni-
Ô até a década de 60." (Fonte: COSTA, J. Descrevendo línguas brasileiras: yaathe, a língua dos
índios Fulni-ô. Revista do GELNE, Natal/RN, v. 17, n. 1/2, 2015, pp. 93-111). 
Descreva três características da língua yaathe.
Resposta:
O Yaathe segue a estrutura sujeito+complemento+verbo. Uso de posposições (exemplo: "ke"). A
língua é entendida como dádiva a partir da qual podem comungar com o divino.
Justificativa: Expectativa de resposta:Espera-se que o aluno cite três entre as características a
seguir:Para os Fulni-Ô, a língua yaathe é sagrada — foi concedida por um poder superior como
forma de que se comunicassem com ele. Dessa forma, a metáfora cognitiva envolvida não seria a
1,50/ 1,50
de um canal para comunicação entre eles, mas a de uma experiência transcendental.O yaathe
segue a estrutura sujeito + complemento + verbo (diferentemente do português, que segue a
estrutura sujeito + verbo + complemento).O yaathe, como o japonês, apresenta locativos
posposicionados. Por exemplo, em yaathe, a posposição “ke” indica um locativo, ou seja, que a
palavra marcada por ela é destinatária da ação do verbo.No yaathe, a lógica de acarretamento
também funciona de forma diferente da lógica ocidental clássica: as frases parecem deixar
lacunas completadas na frase seguinte, e não na anterior. No yaathe, as informações dispostas
textualmente não seguem do geral ao específico, mas do específico ao geral.Em termos
enunciativo-pragmáticos, toda construção em yaathe, como dito anteriormente, tem caráter
altamente performativo, já que a língua é entendida como dádiva a partir da qual podem
comungar com o divino. Seu ritual sagrado, quando a tribo se muda, é chamado Ouricuri, e tem
implicações político-identitárias fortes.

Continue navegando