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Professor: Euder de Souza Marques MECÂNICA DOS SOLOS E GEOLOGIA COMPACTAÇÃO 8. COMPACTAÇÃO • COMPACTAÇÃO DO SOLO: processo manual ou mecânico que visa reduzir seu volume de vazios e, assim, aumentar sua resistência, tornando-o mais estável; • É um método de estabilização de solos que se dá por aplicação de alguma forma de energia mecânica (compressão estática, impacto, vibração ou amassamento); • Seu efeito confere ao solo: � Aumento de seu peso específico aparente seco (Ɣs); � Aumento da resistência à compressão; � Aumento da tensão admissível; � Aumento da resistência ao cisalhamento; � Redução da permeabilidade. 8. COMPACTAÇÃO • O aumento do peso específico aparente seco de um solo (Ɣs), produzido pela compactação, depende : � Da energia de compactação dispendida (equipamentos específicos); � Do teor de umidade (a água funciona como lubrificante, permitindo o escorregamento entre as partículas); • Observar que na compactação há expulsão de ar não de água; • A constituição de um solo determina o melhor método de compactação a ser utilizado. Há 03 grupos básicos de solo: � Coesivos (siltes e argilas); � Granulares (areias e pedregulhos); � Orgânico (este solo não é adequado para aplicação na engenharia civil e não será discutido aqui). 8. COMPACTAÇÃO 8. COMPACTAÇÃO • Compactação de solos coesivos (siltes e argilas): � A energia de compactação poderá ser menor, pois o atrito entre as partículas é menor. • Compactação de solos granulares (areias e pedregulhos): � A energia de compactação deverá ser maior para vencer o forte atrito entre as partículas. • Apenas no TEOR DE UMIDADE ÓTIMA (hót.) se atinge o PESO ESPECÍFICO APARENTE SECO MÁXIMO (Ɣsmáx.) que corresponde à maior resistência do solo: • Se a umidade do solo estiver abaixo da ótima no momento da compactação, a água presente não será suficiente para promover a correta “lubrificação” entre as partículas, ocasionando uma acomodação incompleta e deficiente, tendo como consequência um “Ɣs baixo”; • Se a umidade do solo estiver acima da ótima no momento da compactação, o excesso de água presente ocupará os vazios que as partículas de solo deveriam ocupar, ocasionando também uma acomodação incompleta e deficiente, tendo como consequência um “Ɣs baixo”. 8. COMPACTAÇÃO • ENERGIA DE COMPACTAÇÃO: criada pelo Engenheiro norte-americano RALPH PROCTOR em 1933, daí os ensaios recebem seu nome (PROCTOR); • O ensaio PROCTOR simula em laboratório a energia de compactação a ser aplicada para se obter de uma amostra de solo o PESO ESPECÍFICO APARENTE SECO MÁXIMO (Ɣsmáx.) em função de um TEOR DE UMIDADE ÓTIMA (hót.) • No Brasil este ensaio é padronizado pela NBR-7182; NORMAS\NBR 7182_1986.pdf 8. COMPACTAÇÃO • O PESO ESPECÍFICO APARENTE SECO MÁXIMO (Ɣsmáx.) e TEOR DE UMIDADE ÓTIMA (hót.) são obtidos traçando-se a curva de compactação do solo, em que este solo é ensaiado com 05 teores de umidade distintas. 8. COMPACTAÇÃO • ENSAIO DE COMPACTAÇÃO 8. COMPACTAÇÃO • Energia de compactação (EC) é aplicada em laboratório de forma que simule a situação de campo (conforme NBR-7182:1986): 8. COMPACTAÇÃO • PROCESSOS DE COMPACTAÇÃO: � COMPRESSÃO ESTÁTICA e AMASSAMENTO: A compactação acontece quando as forças aplicadas rompem o estado natural de ligação das partículas, que mudam para uma posição mais estável dentro do material. � IMPACTO: Cria uma força de compactação muito maior que uma carga estática equivalente. Isto acontece porque o peso em queda transforma a sua velocidade em energia quando do impacto, gerando uma onda de pressão para dentro do solo. 8. COMPACTAÇÃO � VIBRAÇÃO: É a mais complexa força de compactação. As máquinas vibratórias produzem uma rápida sequência de ondas de pressão que se espalham em todas as direções. 8. COMPACTAÇÃO • PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE COMPACTAÇÃO � ROLO PÉ DE CARNEIRO � Indicado para solos coesivos (argilas e siltes) • Processos de compactação (quando não vibratório): � Compressão estática e amassamento • Processos de compactação (quando vibratório): � Compressão estática e amassamento � Vibração 8. COMPACTAÇÃO • PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE COMPACTAÇÃO � ROLO LISO � Indicado para solos granulares (areias e pedregulhos) • Processos de compactação (quando não vibratório): � Compressão estática e amassamento • Processos de compactação (quando vibratório): � Compressão estática e amassamento � Vibração vídeos compactação\ROLO LISO.wmv 8. COMPACTAÇÃO • PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE COMPACTAÇÃO � ROLO DE PNEUS (PNEUMÁTICO) � Indicado para solos coesivos e granulares • Processos de compactação: � Compressão estática � Amassamento • É também o processo preferido na compactação da camada final de asfalto. O amassamento ajuda a fechar as mais finas trincas por onde poderia penetrar a umidade, provocando sua rápida deterioração. 8. COMPACTAÇÃO • PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE COMPACTAÇÃO � COMPACTADORES MANUAIS � Indicados para solos coesivos ou granulares misturados com coesivos • Processo de compactação: � Impacto vídeos compactação\COMPACTADOR MANUAL.wmv 8. COMPACTAÇÃO • PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE COMPACTAÇÃO � PLACAS VIBRATÓRIAS � Indicados para solos granulares e pavimentação asfáltica • Processo de compactação: � Vibração � Amassamento vídeos compactação\COMPACTADOR MANUAL.wmv 8. COMPACTAÇÃO • NÚMERO DE CICLOS DE PASSADAS DOS ROLOS COMPACTADORES: � Não existe uma regra, geralmente entre 6 e 12 ciclos (ida e volta). • ESPESSURA DA CAMADA A SER COMPACTADA (ESPECIFICAÇÕES DNIT): � ESPESSURA MÍNIMA: 15 a 20 cm de solo solto para 10 cm de solo compactado. A espessura não pode ser inferior pois desagrega o material sem eficiência na compactação; � ESPESSURA MÁXIMA: 25 a 30 cm de solo solto para 20 cm de solo compactado. A espessura não pode ser maior pois a energia de compactação não atinge as camadas mais profundas. Se a espessura for maior, teremos uma camada compactada por cima e outra solta por baixo (capacidade de carga deficiente). • GRAU DE COMPACTAÇÃO (%): 8. COMPACTAÇÃO • CONTROLE DE COMPACTAÇÃO: � 01 ensaio para cada 100 m de pista, por camada, determinada pelos métodos DNER-ME 092/94 ou DNER-ME 036/94, em locais escolhidos aleatoriamente. Para pistas de extensão limitada, com áreas de, no máximo, 4000 m², deverão ser feitas pelo menos 5 determinações por camada, para o cálculo do grau de compactação (GC). � Não serão aceitos valores de grau de compactação inferiores a 100% em relação à massa específica aparente seca máxima obtida no laboratório. 8. COMPACTAÇÃO • DETERMINAÇÃO DO PESO ESPECÍFICO APARENTE SECO NO CAMPO: • Métodos mais utilizados para determinação do Teor de umidade (h) no campo: � Método da frigideira (conforme DNER): A amostra de solo é “fritada” numa frigideira aquecida por um fogareiro a álcool, onde a água evapora. � Método do aparelho SPEEDY: Frasco preenchido com carbureto de cálcio (reagente). A amostra de solo é inserida em seu interior e misturada com o reagente que evapora a água. 8. COMPACTAÇÃO • Método utilizado para determinação do “Volume do furo”: � Cone ou frasco de areia •Um pequeno furo de 6”(15cm) por 6”(15cm) de profundidade é cavado no solo compactado a ser testado. O material é removido e pesado, então é seco e pesado novamente para determinar o seu teor de umidade (h). O volume exato furo é determinado pelo seu enchimento com areia seca proveniente do CONE DE AREIA. 8. COMPACTAÇÃO • Procedimento executivo: 1. Escarificação do material quando o terreno for existente; 2. Terraplanagem e acerto do greide (conforme elevações de projeto) 8. COMPACTAÇÃO • Procedimento executivo: 3. Correção da umidade e homogeneização do solo; 4. Compactação com rigoroso controle tecnológico. 8.COMPACTAÇÃO • Procedimento executivo: 5. Imprimação betuminosa quando o solo for ficar muito tempo exposto ao ambiente, como forma de evitar a perda de umidade e compactação. 8. COMPACTAÇÃO • Procedimento executivo: 5. Exemplo de barragem de um aterro industrial vídeos compactação\PROCEDIMENTO COMPACTAÇÃO.wmv
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