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Professor: Garrote (Kelsen) Liberdade: tudo o que se pode fazer quando não há intervenção da causalidade. A pessoa seria livre se fosse a causa inicial das outras causas (exemplo do jogo de sinuca). O conceito de liberdade é negativo: ele é definido por negações: por exemplo, "liberdade não é ser escravizado". Para o professor Tercio e para o Dworkin essa definição negativa de liberdade não serve. Para eles o conceito de liberdade: o conceito de liberdade é "eu sou livre de preocupações, de ser escravo". Isto significa que você está livre de algumas preocupações. O que permite fazer essa liberdade. É-se livre para algo de algo. A liberdade de expressão é contida nos EUA (por exemplo) quando ela é referente a um funcionário público, porque isso denegriria a instituição pública. Como então delimitar a liberdade de expressão? Como permitir o livre debate de idéias sem prejudicar as partes? Ou a pessoa que fez as afirmações falsas tinha consciência de que essas afirmações eram falsas ou então não sabia que as informações eram falsas. Esse tipo de prova tornou-se tão difícil que os advogados dos EUA chegaram à conclusão de que levar ao judiciário uma veiculação de informações falsas era mais prejudicial ainda, pois o caso tornava-se público. A resposta então seria feita na própria mídia. O novo jornalismo: os jornais publicam somente várias informações sem ter tendência. As argumentações são suprimidas, não há pesquisa alguma. As notícias são jogadas. Dessa forma cabe ao leitor formar sua própria idéia. É lógico que podem haver posições políticas nesses jornais, mas as notícias não são resultado de uma pesquisa, por exemplo, do processo de um senador, mas somente falando que o tal senador foi processado, quantas vezes e por quem. Dessa forma, a notícia fica aberta e cabe ao leitor acreditar ou não. Mas não há base de pesquisa para se chegar a uma conclusão do fato se ser ou não corrupto ou não do mesmo. Dworkin: a liberdade não é um direito natural. O que ele diz é: se observarem bem liberdade é utilizado para manter um status quo é utilizado pelos conservadores. Equidade. Jeremy Bentham (utilitarita): "qualquer tipo de restrição ao meu comportamento é uma restrição à sua liberdade". Obviamente, algumas restrições são justificadas. E, alem disso, é importante ainda frisar que somos restringidos por essas leis, não sendo totalmente livres. Somente algumas liberdades podem ser liberadas. Os utilitaristas defendem que há graus de liberdade e Dworkin defende que há diferentes tipos de liberdade. (Utilitaristas) Aquilo que causaria mais desprazer para a sociedade é aquilo que é mais danoso. (Dworkin) Para muitas pessoas, importa muito mais andar num sentido numa rua do que a participação política, logo seria mais importante o sentido do que a liberdade política, pois o prazer se encontra mormente no primeiro caso. Para o Dworkin as preferências não são somente pessoais, mas são externas. A preferência pessoal é decidir algo pensando em como isso irá beneficiá-lo. Preferência externa é o que eu acho que os outros podem ou não fazer: "nem eu nem você temos liberdade para fazer aborto". Os utilitaristas não fazem essa diferenciação. Com os utilitaristas poderia ocorrer que todos achassem prazer em desaparecer com uma etnia e isso poderia ocorrer. Com Dworkin isso não poderia ocorrer, pois a liberdade é um conceito que está intimamente ligado com outros valor. Você tem o direito de ser tratado como sendo igual: as decisões não podem o considerar como não pessoa. Tipos de equidade: -Tratamento igual: Todos são tratados de uma mesma maneira. Por exemplo: ninguém pode ser homossexual. -Tratamento como sendo igual: os meus projetos não podem ser entendidos como mais valiosos que os seus. O ponto é eu querer mudar seu comportamento. Qual é a crítica do Dworkin? "Eu tenho direito geral à liberdade. Posso matar alguém até". É o mesmo que dizer "eu tenho direito a um sorvete". Esse conceito é muito fraco pois é muito amplo, tudo pode ser considerado como liberdade. Ele procura então um conceito forte de liberdade, que se oponha aos utilitaristas. Ele diz que os direitos das pessoas não pode nem ser violado se a maioria quiser. Ele propõe o seguinte sentido: não há liberdade total. Não há todos os direitos. Você não tem direito de subir na contra-mão. Eu tenho direito à liberdade e nem o interesse da maioria. O direito à liberdade: "nem se a sociedade achar melhor matar todos os judeus isso ocorrerá e é aí que está a liberdade". Os utilitaristas vão contra-argumentar: a longo prazo eu poderia estar sendo perseguido e isto não seria benéfico para mim, portanto não excluiremos grupos. Sentido positivo: "eu tenho liberdade para algo". Na prática, como suas preferências vão alterar o comportamento externo. Dworkin/Tercio quarta-feira, 27 de abril de 2011 11:31 Garrote Page 1 Liberdade de fumar - invasão da propriedade de outra pessoa. Marília - Liberdade quarta-feira, 4 de maio de 2011 11:24 Garrote Page 2 Ross - não se enquadra com a naturalismo. É o realismo jurídico. Descrever o direito de forma empírica. Concepção contra metafísica. A propriedade seria dizer no sentido metafísico que se sustenta sozinha. A crítica do Ross do sentido metafísico, é que o direito subjetivo vai ser feito de modo a favorecer quem o faz. O que estaria errado na concepção metafísica é que se todo direito subjetivo. Só se consegue definir propriedade sabendo o que eu gerou isso e sabendo o que eu isso significa. A propriedade é um conceito vazio semanticamente. Pois não sabemos dizer o que ela quer dizer na realidade. Qualquer tipo de fato que gere a propriedade é que me permite explicar a propriedade. Só consigo definir o que é propriedade sem falar de conseqüências jurídicas, logo é uma analise da realidade. É uma ferramenta de apresentação do direito. Não existe a propriedade no mundo. Ela somente é uma ferramenta. Não é a propriedade que é gerada, mas é o conceito de liberdade que é feito. Direito in rem - direito que se pode impor a todas as pessoas, não somente a um grupo específico Direito in persona - aplicável a um grupo de pessoas Direito Subjetivo quarta-feira, 11 de maio de 2011 11:08 Garrote Page 3 Responsabilidade coletiva - a responsabilidade do ilícito de uma pessoa, torna-se ilícito de todos. É o caso de uma guerra. Um grupo de soldados ataca outro o país e todos do atacante se tornaram alvo daquele que foi atacado. Será sempre uma responsabilidade pelo resultado, mesmo que não haja dolo. Negligência - é um delito de omissão Dever de indenização. Este apenas existe: se você prejudicou alguém e logo depois já o pagou o prejuízo. Se você não pagou cria-se um dever jurídico de pagar. Se você causou prejuízo você deve paga- lo. Elementos da norma - cometimento (proposição vinculante) e o relato (hipótese normativa mais a conseqüência > sanção). Questiona-se se sanção é um elemento necessário à norma. Sanção é algo ruim? Na opinião do Tercio ele vê como algo ruim, que não é necessário. Normas de competência - no máximo anulam o contrato e são regras que funcionam. Sanção vem do século XIX da filosofia iluminista. Depois conclui que nem todas as normas são gerias e abstratas, dependendo isso da perspectiva que se for ver. Obrigação - põe a tese de Hart: vê a obrigação como algo essencial do fenômeno jurídico. Diferença entre estar obrigado e prestar obrigação. Kelsen distingue dever de responsabilidade. Responsabilidade é objeto da sanção. Dever? Doutrina vê a obrigação como o vínculo + prestação. O vínculo vem da norma. Estando vinculado você tenha uma prestação sob pena de sanção. Responsabilidade subjetiva e objetiva. Subjetiva é aquela aplicada ao próprio sujeito da ação. A objetiva é quando o indivíduo põe algo sob o risco de dano. O fabricante tem esseresponsabilidade, por exemplo. Ilicitude - ação que permite a sanção. Legalidade - norma de competência - ir contra a norma não há sanção mas nulidade da ação. Hart: separar leis que prevêem comportamentos após sanção e leis comportamentais não é completo pois existem pontos de contato. Trata da nulidade - é sanção? Não é sanção? No caso de um testamento que precise de 2 testemunhas. Você obedece a norma, mesmo que isso não trate de uma sanção. Considera que as normas jurídicas são fragmentos de regras coercitivas. Parte do argumento do Kelsen: o direito é a norma primária que parte da sanção. Nas suas palavras "se A é, então B deve-ser. Todas as regras, inclusive as que tratam de organização de poderes são fragmentos de uma ordem maior. Critica a sanção ser tomada como elemento fundamental do direito. Assume que há uma conseqüência social nisso. Direito criminal - tem uma sanção que é diferente das outras pois é uma coerção bem maior, mas diz que a lei criminal não é só para dizer: se fulano fez tal coisa, ele será submetido a tal conseqüência. Considera que a redução das normas não é bom. Um assaltante diz: passa a carteira. Você tem uma obrigação ou está obrigado. Está obrigado. Então ele vem justificar que as crenças e os motivos internos não vão fundamentar tanto a idéia de obrigação. Idéia do castigo para evitar desobediência. Vai fazer objeções. Quando existem regras vai dizer que as regras são a razão dos castigos. Uma pessoa que consegue fugir do serviço militar pois encontrou alguma brecha jurídica para fazer isso. Isto seria uma objeção ao dizer que uma pessoa não pode ser castigada. Vai falar da pressão moral e social. Vai fazer uma escala para chegar na obrigação moral > obrigação vai pressupor uma regra mas o inverso nem sempre ocorre. Regra de etique é uma regra mas não é obrigação. Quando a sanção é física chagamos mais próximo ao que é o direito. Garrote. Apresentação dos colegas Sanção para o Kelsen. Toda norma tem uma sanção. Necessariamente como caráter punitivo. Sanção é o que deve dar a norma o caráter do dever-ser. A pena é prevenir. A sanção é o núcleo da teoria do Kelsen. Os fatos podem ser classificados como lícitos ou ilícitos. A sanção estará sempre presente. O que é central na teoria do Kelsen é o dever-ser. Nem toda a norma precisa de sanção (para ser norma não precisa haver sanção, porém sempre vai estar ligada a uma outra norma que dará a sanção para esta norma dependente). O dever-ser para o Kelsen está no plano lógico. O dever-ser é uma idéia de retribuição. "SE A É, ENTÃO B DEVE SER". Primeiro se tem o ilícito, depois a sanção. Por algo ser ilícito existe uma sanção ou por existir sanção é ilícito. No plano do ser, nada é ilícito. É uma análise do plano do ser. É uma descrição. O que é ilícito/ delito? Quando houver alguma sanção. Exclusivamente por este fato. Exclusivamente pela existência do dever-ser. Para Kelsen, é indiferente a razão de criação das normas. Basta saber que existe sanção. Sanção é uma coisa, dever-ser é outra. Sanção é somente uma conseqüência jurídica. O dever-ser jurídico é constituído pela sanção. Mala in se X mala in prohibita (males em si X males em proibição). Para Kelsen, só existe males em proibição. Hart Kelsen Normas de competência e normas de conduta. As primeiras são as mais importantes. As normas de competência são requisitos formais que você deve cumprir para que seu ato seja considerado jurídico. Testamento, contrato, etc. Kelsen poderia responder estendendo o conceito de sanção. Ele acredita que o testamento precisa de duas testemunhas, se não ele deverá ser anulado. Ele estende a sanção até a nulidade. O juiz sentirá, se a sua sentença for anulada por um tribunal superior, que sofreu uma sanção? O que faz um assaltante? "Passe-me o dinheiro". A diferença entre estar obrigado e ter a obrigação. Estar obrigado é algo que você faz contra a sua vontade. Isso descreve mal o direito. Kelsen parece descrever o direito tratando o homem como sendo mal. Em vários momentos sentimos que temos obrigações e não fomos obrigados (pagar imposto é estar obrigado). O direito não faz com que se sinta obrigado. Hábitos - ações reiterados. Norma social. No hábito você não pode exigir o comportamento da pessoa, caso ela haja em contrário. Na norma social sim. O que torna o direito o direito é o agir de acordo com ele. A norma social sempre vai instituir pressão social, pois há algum valor por trás que considera algum comportamento que deve ser exigido. Em conseqüência disso o direito é um tipo de norma social. Semáforo: os carros param porque, se eles ultrapassarem existe uma possibilidade de existir um guarda de trânsito. Sanção quarta-feira, 18 de maio de 2011 11:25 Garrote Page 4 Sujeito de direito quarta-feira, 1 de junho de 2011 11:21 Garrote Page 5
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