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disciplina ECOLOGIA

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EEEP SALABERGA TORQUATO 
GOMES DE MATOS 
Ecologia 
 
Professor: Ítalo Renan Ferreira Girão 
Coordenador EMI em Meio Ambiente 
Instituto CENTEC 
 
Contato: italorgirao@gmail.com 
Introdução a Ecologia 
 
Ecologia (oikos: casa/ logos:estudo): 
 
• “estudo da casa ambiental, incluindo todos os organismos dentro dela e 
todos os processos funcionais que tornam a casa habitável.” 
 
• “estudo da “vida em casa”, com ênfase na totalidade ou padrão de 
relações entre organismos e seu ambiente.” 
 
• “ciência que estuda como os organismos se relacionam, interagem entre 
si e com o mundo natural.” (Haeckel, 1868). 
AULA 01 – INTRODUÇÃO E CONCEITOS INICIAIS 
Figura 1 Espectro dos níveis de organização ecológica enfatizando a interação entre os componentes vivos (bióticos) e não vivos 
(abióticos). (ODUM & GARRET, 2007, p. 4) 
Espectro dos níveis de organização ecológica 
Figura 3 Comparadas com os fortes controles do tipo ponto de viragem no nível de organismo e abaixo, a organização e função 
no nível de população acima são reguladas com rigor muito menor, e com comportamento mais pulsante e caótico; todavia são 
controladas por retroalimentação positiva e negativa – em outras palavras, apresentam homeorese em oposição à 
homeostase. (ibidem, p. 6) 
 
Hierarquia dos Níveis de Organização: 
Figura 2 Hierarquia dos níveis de organização ecológica; 7 processos ou funções transcendentes estão representados como 
componentes verticais de 11 níveis integrados de organização (segundo Barrett et al., 1997). (ibidem, p. 5) 
• Organismo: unidade mais fundamental, elementar; 
•População: conjunto de organismos da mesma espécie vivendo juntos; 
• Comunidade: todas as populações que ocupam uma certa área; 
• Ecossistema/ biocenose: comunidade + sistema abiótico (fluxo de 
energia e nutrientes); 
• Paisagem: área heterogênea composta de um agregado de 
ecossistemas que se repetem de maneira similar por toda sua área de 
extensão; 
• Bioma: um grande sistema regional ou subcontinental caracterizado por 
um tipo principal de vegetação; 
- Região: uma grande área geológica ou política que pode abrigar 
mais de um ecossistema. 
 
• Ecosfera: inclui todos os organismos vivos na Terra interagindo com o 
ambiente físico como um todo para manter um estado pulsante de auto-
ajuste; 
• Componentes bióticos: todos os elementos causados pelos organismos 
em um ecossistema que condicionam as populações que o formam. 
• Componentes abióticos: todas as influências que os seres vivos 
possam receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos, 
químicos ou físico-químicos do meio ambiente, tais como a luz, a 
temperatura, o vento, etc. 
 
Meio ambiente 
 
É o conjunto de condições físicas (luz, temperatura, 
presão etc.), químicas (salinidade, oxigênio dissolvido 
etc.) e biológicas (relações com outros seres vivos) que 
cercam o ser vivo, resultando num conjunto de limitações 
e de possibilidades para uma dada espécie. 
 
É tudo que nos cerca 
Meio ambiente 
 
É o conjunto de condições físicas (luz, temperatura, 
presão etc.), químicas (salinidade, oxigênio dissolvido 
etc.) e biológicas (relações com outros seres vivos) que 
cercam o ser vivo, resultando num conjunto de limitações 
e de possibilidades para uma dada espécie. 
 
É tudo que nos cerca 
 O meio ambiente está sempre mudando e 
evoluindo. 
 
 Alguns seres vivos são incapazes de adquirir os 
recursos que necessitam e se extinguem. Os 
indivíduos melhor adaptados ao ambiente mutante 
foram selecionados por meio da seleção natural. 
 
 Nos últimos anos, a ação humana tem se tornado 
uma espécie de processo de seleção artificial. 
 O meio ambiente é sempre o conjunto de 
possibilidades físicas, químicas e biológicas para 
cada indivíduo – espécie – de uma comunidade. 
 
 O Homo sapiens tem sido o foco de toda atenção 
da ciência ecológica, dada a sua capacidade de 
transformar as condições ambientais, em nome da 
qualidade de vida humana. 
Questões de fixação (0-3 pontos): 
 
1 – Cite exemplos de um organismo. Como um 
organismo invasor pode interferir num nível de 
organização local? 
 
2 – De acordo com o entendimento do conceito de 
ecologia, o que seria impacto ambiental? Cite 
exemplos de impactos ambientais e como se dão 
suas interferências. 
3 – Como o estudo da ecologia pode auxiliar na 
profissão do técnico em meio ambiente? 
 
4 – Apresente e descreva o espectro de organização 
ecológica. 
 
5 – Como o espectro pode ser empregado para 
estudar as complexas interações hierárquicas 
existentes na natureza do ponto de vista biológico? 
 
 
AULA 02 - ECOSSISTEMA 
Ecossistema 
 
 É qualquer unidade que inclui todos os organismos 
(comunidade biótica) em uma dada área interagindo com o 
ambiente físico de modo que um fluxo de energia leve a 
estruturas bióticas claramente definidas e à ciclagem de 
matéria entre vivos e não vivos. 
 
 É a primeira unidade na hierarquia ecológica que é 
completa (tem todos os componentes biológicos e físicos 
necessários à sua sobrevivência). 
 É uma unidade funcional com entrada e saída de energia 
e matéria (sistema aberto) e pode ser considerado 
cibernéticos, por serem ricos em redes de informações 
(fluxos químicos e físicos) que ligam todas as partes e 
regulam o sistema como um todo. 
 
Constituído de três componentes básicos: 
 1 – Comunidade; 
 2 – Fluxo de energia (flui, é unidirecional e não há 
reaproveitamento). 
 3 – Ciclagem de materiais (circula, é cíclica e há 
regeneração). 
 
 Entrada: energia e matéria. 
 No sistema: energia é perdida e matéria é reciclada. 
 Saída: novos materiais, poluição. 
Constituintes do ecossistema 
 
Abióticos: 
 
Substâncias inorgânicas: C, N, CO2, H2O 
 
Compostos orgânicos: proteínas, carboidratos, 
lipídios 
 
Fatores físicos: ambiente atmosférico, hidrológico e do 
substrato, regime climático 
 
 
Bióticos: 
 
Produtores: Organismos autotróficos (plantas, algas, 
bactérias) 
 
Consumidores (Fagótrofos) – Macroconsumidores – 
Organismos Heterotróficos (animais) 
 
Decompositores (Saprótrofos) – Microconsumidores – 
Organismos Heterotróficos (bactérias e fungos) 
 
Em tempo: 
 
Autotróficos → são aqueles que sintetizam o próprio alimento 
a partir da conversão da matéria inorgânica em matéria 
orgânica, na presença de energia solar. Exemplo: algas 
fotossintetizantes e os vegetais (folhas clorofiladas). 
 
Heterotróficos → são organismos incapacitados de elaborar 
o próprio alimento, necessitando adquiri-los através do hábito 
alimentar (ingestão, digestão e absorção). Exemplo: os 
invertebrados e os vertebrados. 
Componentes Bióticos do Ecossistema (aquáticos e 
terrestres): 
 
 Produtores – podem ser de dois tipos principais 
(camada superior) 
 i. Plantas grandes enraizadas ou flutuantes (macrófitas) 
 ii. Plantas minúsculas flutuantes – fitoplâncton 
 
 
 Consumidores (camada inferior) 
 i. Primários ou de primeira ordem: alimentam-se 
diretamente de plantas vivas ou parte delas (herbívoros) 
 ii. Secundários ou de segunda ordem: alimentam-se de 
herbívoros ou outros animais da cadeia trófica (carnívoros) 
 iii. Terciário ou de terceira ordem: alimentam-se dos 
consumidores secundários 
 - Consumidor detritívoro: Sustenta-se de detritos 
orgânicos. 
 - Organismos decompositores: bactérias não clorofiladas, 
fungos, bactérias aeróbicas, bactérias anaeróbicas. 
Níveis tróficos 
 
 Nível trófico, também conhecido por nível alimentar, 
representa o conjunto biótico (animais e vegetais) que integra 
o mesmo ecossistema, e nesse possui semelhantes hábitos 
alimentares. 
 
A especificidade dos ecossistemas (aquáticos ou 
terrestres) caracteriza a estrutura trófica e sua organização, 
definindo a hierarquização dos níveis alimentares, sendo 
basicamente ordenada pelos organismos produtores 
(autótrofos), comportando os consumidores e os 
decompositores (heterótrofos).“Na luta pela sobrevivência, nem sempre vence o maior ou o 
mais forte, pois os organismos decompositores (seres 
microscópicos ou macroscópicos) fecham a relação trófica 
alimentar – eles comem de tudo que não expressa reações 
vitais (a matéria morta).” 
Questões de fixação – AA 02 : 
 
1 – O que as cadeias alimentares nos dizem sobre o 
fluxo de matéria e energia em um ecossistema? 
Como se dá e onde acontece a ciclagem? 
 
2 – Como os combustíveis fósseis podem ser fator de 
interferência no ecossistema? Descreva os efeitos de 
entrada e saída no sistema. 
 
AULA 03 – TIPOS E CLASSIFICAÇÃO DE ECOSSISTEMAS 
 Naturais ou semi-naturais: microcosmo 
(aquário), mesocosmo (tanques experimentais ou 
recintos externos) e macrocosmo (o mundo natural); 
 
 Agroecossistemas: ecossistemas com forte 
interferência humana e diferenciam dos naturais e 
semi-naturais em três pontos principais: 
 1. Energia auxiliar: energia solar aumentada ou 
subsidiada pelo trabalho humano e animal, 
fertilizantes, irrigação, máquinas etc.; 
 
 2. Diversidade de organismo cultivados menor, a 
fim de aumentar a produção; 
 
 3. Organismos dominantes estão sobre seleção 
artificial e não natural. 
 
AGROECOSSISTEMA 
Agricultura Pré-Industrial 
Agricultura convencional 
ou 
industrial 
Agricultura Sustentável 
De 
 baixa entrada 
(ASBE) 
-Auto-suficiente 
-Trabalho humano e animal 
-Não produz excedentes. 
-Subsidiada com combustível 
-Usa máquinas 
-Produz excedentes 
-Reduz os subsídios 
-Para consumo e lucro 
 - Tecnossistemas: sistemas com tecnologia 
altamente avançada e fontes energéticas 
poderosas, competitivas e parasitárias dos 
ecossistemas naturais. 
Waste: desperdício Salvaged: recuperado Raw: cru 
Grower: cultivo Processor: processador 
Diversidade e Ecossistema 
(Variedade) (Abundância) 
Controle Biológico do Ambiente Geoquímico: A 
Hipótese GAIA 
 
 A hipótese Gaia considera que os organismos, 
especialmente os microorganismos, evoluíram com o 
ambiente físico para proporcionar um sistema de controle 
intricado e auto-regulatório que mantém as condições 
favoráveis para a vida na Terra (Lovelock, 1979). A 
hipótese é frequentemente descrita como a Terra como 
um único organismo vivo. 
“O Sistema da Terra se comporta como um sistema 
único e auto-regulador composto de componentes 
físicos, químicos, biológicos e humanos”. 
 
LOVELOCK, James. A Vingança de Gaia. Rio de Janeiro: Intrinseca, 
2006, p. 35 
 
Para Lovelock, Gaia é uma metáfora da “Terra Viva”, 
mas não imagina a Terra viva de uma “forma 
sensível ou mesmo viva como um animal ou uma 
bactéria”. 
 O ciclo todo é caracterizado por um fluxo 
permanente de energia e de matéria, ligando o ciclo 
das águas, das rochas e da vida. 
 
 Essa visão sistêmica reúne geologia, hidrologia, 
biologia, meteorologia, física, química e outras 
disciplinas cujos profissionais não estão 
acostumados a se comunicar uns com os outros. 
 
 “Os seres humanos têm infligido à configuração 
da Terra danos cada vez maiores... O calor do Sol 
sobre o nosso planeta vem gradualmente 
aumentando, e a auto-regulação da qual depende 
toda a vida acabará correndo perigo. 
 Olhando o ecossistema global como um todo, 
vemos que o aumento da população humana, a 
degradação das terras, o esgotamento dos 
recursos, o acúmulo de resíduos, todo tipo de 
poluição, a mudança climática, os abusos da 
tecnologia e a destruição da biodiversidade em 
todas as suas formas constituem juntos uma inédita 
ameaça ao bem-estar humano, desconhecida pelas 
gerações anteriores”. 
 “A terra seria um superorganismo, de certa forma 
frágil, mas com capacidade de auto-recuperação” 
(LOVELOCK, séc. XVII) 
 
 Na terra, como no metabolismo de um organismo 
vivo, cada parte influencia e depende de outras 
partes, ao perturbar uma só dessas partes da vida 
pode afetar o todo. 
Classificação dos ecossistemas 
 
 Segundo características estruturais: 
-Ecossistemas marinhos (oceano aberto, águas 
costeiras, estuário) 
-Ecossistemas de água doce (lagos, lagoas, rios, 
riachos) 
-Ecossistemas terrestres (caatinga, cerrado, 
florestas, campos, tundra, taiga) 
-Ecossistemas controlados (agroecossistemas, 
tecnossistemas) 
 Segundo características funcionais (energia, por 
exemplo): 
 
- Ecossistemas naturais movidos a energia solar 
não subsidiados (oceanos abertos, florestas); 
-Ecossistemas movidos a energia solar subsidiados 
naturalmente (estuários, florestas pluviais); 
-Ecossistemas movidos a energia solar subsidiados 
pelo homem (agricultura); 
- Sistemas urbano-industriais movidos a 
combustíveis (cidades). 
Questões de fixação – AA 02 - Continuação 
 
1 - Classifique os ecossistemas urbano-industriais 
(estrutural e funcionalmente) e descreva como 
ocorrem os fluxos de energia. Além disso, discuta 
como esse tipo de ecossistema influencia de 
maneira positiva ou negativa a vida na Terra. 
Capacidade ecológica de carga 
 
Para os ecologistas: A população de uma 
determinada espécie que pode ser suportada 
indefinidamente em determinado habitat, sem 
destruir permanentemente o ecossistema do qual 
depende. 
 
 
 
 
AULA 04 – CAPACIDADE DE CARGA E PEGADA ECOLÓGICA 
Para os seres humanos: o nível máximo do 
consumo de determinado recurso e a descarga de 
lixo que pode ser suportada indefinidamente em 
uma determinada região, sem modificar 
progressivamente a integridade funcional e a 
produtividade de determinados ecossistemas. 
 
 
 
 
Eis a questão: 
 
Qual a quantidade de terra (de várias categorias) é 
necessária para suportar a população de um padrão 
de vida adequado? 
 
 ¬ Considerando o padrão de vida canadense, será necessário 
que tenhamos 1 ou 2 novos mundos para a humanidade, com a 
tecnologia disponível atualmente. 
Wisniewski (1980) desenvolveu uma equação que 
tem por premissa que a população somente estará 
dentro dos limites da capacidade de carga quando 
suprida de uma determinada base que regula a 
demanda 
 
 ¬ A demanda por um recurso não pode exceder a oferta (mesmo 
que temporariamente) 
 
 ¬ No longo prazo, a demanda deverá ser igual ou menor do que a 
oferta 
Indicadores ecológicos relevantes para a 
capacidade de carga de ecossistemas 
(especialmente os urbanos): 
 
 Energia 
 Suprimento de água potável 
 Qualidade da água 
 Efluentes sólidos 
 Geração de águas servidas 
 Emissão de gazes 
 Atmosfera 
 Acidez (chuva ácida e contaminação da água) 
 Poluição do ar 
 Alimentação 
 Terra e solo (conservação) 
 Florestas 
 Habitat’s naturais 
 Transporte 
Pegada ecológica 
 Você já parou para pensar que a forma como 
vivemos deixa marcas no meio ambiente? 
 
 É isso mesmo, nossa caminhada pela Terra deixa 
“rastros”, “pegadas”, que podem ser maiores ou 
menores, dependendo de como caminhamos. 
 
 
O que é? 
 A Pegada Ecológica é uma metodologia de 
contabilidade ambiental que avalia a pressão do 
consumo das populações humanas sobre os 
recursos naturais. 
 Expressada em hectares globais (gha), permite 
comparar diferentes padrões de consumo e verificar 
se estão dentro da capacidade ecológica do planeta. 
Um hectare global significa um hectare de 
produtividade média mundial para terras e águas 
produtivas em um ano. 
 
O que compõe? 
 A Pegada Ecológica de um país, de uma cidade 
ou de uma pessoa, corresponde ao tamanho das 
áreas produtivas de terra e de mar, necessárias 
para gerar produtos, bens e serviços que sustentam 
determinados estilos de vida. 
 Em outras palavras,a Pegada Ecológica é uma 
forma de traduzir, em hectares (ha), a extensão de 
território que uma pessoa ou toda uma sociedade 
“utiliza” , em média, para se sustentar. 
 
Componentes: 
 
 
 
De modo geral, sociedades altamente 
industrializadas, ou seus cidadãos, “usam” mais 
espaços do que os membros de culturas ou 
sociedades menos industrializadas. 
 
 
Suas pegadas são maiores pois, ao utilizaremrecursos de todas as partes do mundo, afetam 
locais cada vez mais distantes, explorando essas 
áreas ou causando impactos por conta da geração 
de resíduos. Como a produção de bens e consumo 
tem aumentado significativamente, o espaço físico 
terrestre disponível já não é suficiente para nos 
sustentar no elevado padrão atual. 
 
Qual é a sua pegada? 
 
Atividade em laboratório: 
 
www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegad
a_ecologica 
AULA 05 – IMPACTO AMBIENTAL E DESEQUILÍBRIO ECOLÓGICO 
Impacto Ambiental : 
 O conceito de impacto e risco ambiental surgiu 
em debates no congresso dos EUA no final da 
década de 60, principalmente por causa do 
derramamento de petróleo e pelos efeitos da guerra 
do Vietnã. 
 
 É qualquer alteração das propriedades físicas, 
químicas e biológicas do meio ambiente, causada 
por qualquer forma de matéria ou energia resultante 
das atividades humanas 
 
 
 “Considera-se impacto ambiental qualquer 
alteração das propriedades físicas, químicas e 
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer 
forma de matéria ou energia resultante das 
atividades humanas” (CONAMA 001/86, Art. 1º); 
 Poluição e impacto ambiental são conceitos 
antropocêntricos 
 ¬ a poluição natural passa a não existir e 
impacto ambiental, portanto, refere-se sempre às 
ações humanas 
 
 A mensuração do impacto ambiental deve levar 
em consideração a capacidade de resiliência 
 ¬ se um dado impacto tiver, portanto, uma 
magnitude superior à capacidade de resiliência 
de um ecossistema, ele entrará em processo de 
morte ou extinção 
 
 
 Os impactos possuem níveis e escalas diferentes. 
A partir da identificação e avaliação sistemática dos 
impactos que se pode definir estratégias de 
compensação ou recuperação; 
 
 
 
 Os impactos ambientais pode ser de várias categorias: 
 
1 – Positivo (quando a ação resulta na melhoria da 
qualidade de um fator ou parâmetro) ou Negativo (dano 
à qualidade de um fator ou parâmetro ambiental); 
2 – Direto (relação de causa e efeito) ou Indireto (ação 
secundária em relação à ação ou quando faz parte de 
uma cadeia de reações); 
3 – Local (afeta apenas o próprio sítio e suas imediações) 
ou Regional (se faz sentir além das imediações do sítio); 
4 – Temporário (duração determinada) ou Permanente 
(os efeitos não cessam de se manifestar). 
 
 
Intervenções do homem sobre o meio ecológico 
 
 a) sobre o solo 
 
S = f (clima, organismos vivos, material de origem, 
relevo) + t (tempo) 
¬ equilíbrio dinâmico 
 
A deterioração da estrutura provoca alteração de 
fatores como permeabilidade devido a compactação 
do solo 
 
 
 - Erosão: movimentos horizontais decorrente da 
descaracterização superficial do solo 
 
 - Alterações químicas: alteração na composição 
química do solo por meio do uso de fertilizantes 
naturais ou defensivos agrícolas 
 
 - Salinização: excesso de sal no solo provocado 
pela irrigação. Gera desertificação 
 
 
 - Intemperismo: desgaste in situ da rocha 
podendo ser físico, químico ou biológico 
 
 - Lixiviação: movimentos horizontais, lavagem do 
solo. Ocorro quando há percolação dos nutrientes – 
Ca, Mg, K e Na – nos horizontes do solo 
 
 
 b) na atmosfera 
 
 - emissão de gases poluentes: 
 
i) Smog fotoquímico: reação de hidrocarbonetos 
com a luz solar, produzindo uma camada roxo-
acinzentada, de imensa periculosidade à saúde 
humana 
 
ii) Inversão térmica: fenômeno atmosférico comum 
nos centros urbanos. O ar frio (denso) é impedido 
de circular por uma camada de ar quente (menos 
denso). A camada de ar frio fica retida com 
poluentes. 
 
iii) Buraco na camada de ozônio: reação química 
entre o Ozônio (O2) e o Cloro (Cl), existentes nos 
compostos CFC (presente em sistemas de 
refrigeração, resultando em O2 e ClO, possibilitando 
um buraco na camada que atua como “protetor 
solar” natural do planeta 
 
iv) Efeito estufa: fenômeno natural intensificado pela 
queima de combustíveis fósseis (CO2, CH4, O3, N2O 
e CFC). O excesso de camada de gases estufa 
provoca elevação na temperatura do planeta 
(absorção de radiação infravermelha e reflexão da 
maior parte de volta para a terra – aquecimento). 
 
v) Chuva ácida: aumento da acidez das chuvas 
mediante a formação de ácido nítrico (NH3) através 
da reação entre o óxido de nitrogênio e o dióxido de 
enxofre com a água 
 - mudanças climáticas: 
 
Aumento das temperaturas do globo provocado por 
problemas ambientais resultantes de ações 
humanas 
 
i) desertificação: degradação da terra nas zonas 
áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de 
fatores diversos tais como as variações climáticas e 
as atividades humanas 
 
 c) nas plantas e animais 
 
Mudanças nas relações entre o homem e 
vegetal/animal perpassa a transição da sociedade 
mesolítica (caça e coleta) para a economia neolítica 
(agricultura e domesticação) 
 
 ¬ Eliminação de predadores, domesticação e 
criação seletiva de plantas e animais 
Capacidade de suporte: nível de utilização dos 
recursos naturais que um sistema ambiental ou 
ecossistema pode suportar 
 ¬ “capacidade ou habilidade dos ambientes em 
acomodar, assimilar e incorporar um conjunto de 
atividades antrópicas sem que suas funções 
naturais sejam fundamentalmente alteradas” (FILET, 
1955) 
Indicadores da 
capacidade de 
suporte 
Capacidade 
de carga 
Sustentabilidade 
 Incorpora dois elementos: meio ambiente e a 
percepção de qualidade de vida dos habitantes do 
lugar. 
 
 Determinar a capacidade de suporte implica em 
juízos de valor. Cada grupo social poderá ter sua 
percepção do que seja ideal. 
Quanto mais alto estiverem os animais na cadeia 
alimentar, maior é o grau de controle exercido pelo 
homem (DREW, 2007) 
 
Preferência humana pelas monoculturas, 
proporcionando o desmatamento de áreas virgens 
para o cultivo 
 
Destituição de áreas verdes possibilitando a fuga da 
fauna para outros habitat’s, desequilibrando o 
ecossistema 
 
 d) nas águas 
 
Água enquanto recurso essencial à vida, atividades 
humanas e meio ambiente (manutenção de 
ecossistemas, dessedentação de animais etc.) 
 
A região nordeste do Brasil sofre com deficiência 
hídrica devido a 
 baixa pluviosidade; 
 alta taxa de evaporação; e, 
 solos rasos (baixa capacidade de acumulação) 
Açudes: reservatório construído pelo homem; 
 
Adutora: canalização da água dos mananciais para 
centros de demanda; 
 
Transposição: transferência de água entre baicias 
hidrográficas 
 
Disponibilidade hídrica: associada à qualidade, por 
sua vez prejudica pela ação humana (dejetos, 
contaminação e efluentes) 
Eutrofização: excesso de nutrientes (compostos 
químicos ricos em Fósforo ou Nitrogênio) numa 
massa de água. 
 Causa o crescimento descontrolado de algas e 
plantas aquáticas, que fomentam o desenvolvimento 
dos consumidores primários 
 O aumento de biomassa pode levar a 
diminuição da oferta de oxigênio dissolvido, 
provocando morte e decomposição de muitos 
organismo 
Principais problemas em bacias urbanas: 
 Esgotos domésticos: eutrofização 
 Resíduos sólidos: degradação e poluição 
 Pesticidas: contaminação 
 Ocupação irregular e desordenada: assoreamento 
e turbidez 
 Efluentes industriais: contaminação 
Avaliação de Impactos Ambientais 
 
Através da elaboração de estudos de impactos 
ambientais e sua aplicabilidade no dia a dia, por 
meio dos planos por eles concedidos, a ação 
humana passa a ser mitigada; 
 
 Num estudo, devem ser contempladas 
informações alusivas a identificação dos impactos, a 
área de abrangência, o nível de alteração provocado 
e propostas de mitigação (tecnológicas e 
locacionais). 
 
 
AULA 06 – ANÁLISE INTEGRADA DO MEIO AMBIENTE 
 A análise ambiental integrada é o estudo 
unificado das ciências da terra que dá uma 
percepção geral do meio em que vive o homem. 
 
Visa-se a análise dos elementos quecompõem a 
natureza não por si mesmos, mas também por 
suas conexões. 
 
 
 Princípios fundamentais 
 
a) Os processos e leis que atuam hoje em dia 
atuaram através de todo o tempo geológico 
 
 “o presente é a chave do passado” (HUTTON, 
1785), PLAYFAIR (1802) 
 
 Os glaciares em alguns períodos do tempo geológico foram muito 
mais importantes de que na atualidade; os climas do mundo nem sempre 
tiveram distribuição semelhante à atual; regiões que foram úmidas hoje 
são desertos ou o contrário; períodos de instabilidade crustal foram 
intercalados por períodos de relativa estabilidade. 
 
 
b) Na evolução ambiental a complexidade é mais 
comum do que a simplicidade 
 
 “as paisagens naturais são geralmente oriundas 
da ação de processos compostos ou complexos e 
não podem ser atribuídas à ação de um único 
processo” 
 
 
 
c) Para compreender a importância variada dos 
diferentes processos naturais que atuam sobre a 
superfície da terra é necessário um apreciação 
dos climas do mundo 
 
 “As influências do clima sobre a superfície são de 
natureza direta ou indireta” 
 
 As diretas estão associadas com a quantidade e tipo de precipitação, 
sua intensidade e a relação entre a precipitação e a evaporação; as 
alternâncias de temperatura, a profundidade de penetraçã odo gelo, além 
da direção e deslocamento dos ventos. 
 
 
 
 
 As influências indiretas dependem da maneira como o clima interfere 
na densidade, no tipo e na distribuição da cobertura vegetal. 
 
 A ação antrópica impondo modificações consideráveis na biosfera e 
provocando desequilíbrios, altera a dinâmica natural, principalmente nas 
áreas em que a cobertura vegetal é pouco densa e onde os processos 
erosivos são mais agressivos. 
 
 
 
 
 Estudos setoriais: 
 
 São de natureza analítica e buscam identificar e 
analisar os diversos componentes geoambientais. 
 
 Representam uma etapa ou meio indispensável 
aos requisitos da interdisciplinaridade que 
conduzem ao conhecimento integrado do meio 
ambiente. 
 
a) geológico: distribuição dos principais grupos 
rochas ou litotipos que são agrupados em ordem 
cronológica. 
 
 São bastante variadas as informações que podem 
ser obtidas com base nos levantamentos geológicos 
e que têm papel de destaque na abordagem de 
outros componentes geoambientais. 
b) geomorfológico: entender a compartimentação 
topográfica regional e a caracterização e descrição 
das formas de relevo. 
 
 Os processo morfoclimáticos como fator para 
entendimento das características ambientais locais 
e regionais. 
c) Climatológico: perceber o significado da 
importância do clima em todo o mecanismo que 
comanda a dinâmica do meio ambiente natural. 
 
 Análise do ciclo hidrológico e das condições 
plúvio-térmicas para o conhecimento da dinâmcia 
climática e ambiental. 
d) Hidrológicos: avaliação do potencial dos 
recursos hídricos, a partir das condições climáticas 
e do escoamento. 
 
 Análise do potencial e da disponibilidade de água 
superficial e subterrânea, por intermédio da 
integração das diferentes fases do ciclo hidrológico. 
e) Pedológicos: distribuição dos solos associando-
a às demais condições ambientais. 
 
Avaliação das características e classes dos solos de 
acordo com suas propriedades e possível 
discernimento a respeito do seu potencial de 
utilização. 
f) fitoecológico: apresentar ecossistemas da região 
estudada e que representam em última instância o 
reflexo do jogo de interações ou de relações mútuas 
entre os demais componentes ambientais. 
 
Avaliação do potencial madeireiro, apontar e 
delimitar áreas degradadas, identificar o estudo de 
conservação da vegetação, as condições de 
regeneração e os desequilíbrios ambientais. 
Estudos integrados 
 
Enfoques principais: 
 
 Holístico (totalizante) para integrar todos os 
fatores e processos que compõem o sistema e 
impedir que se faça apenas uma coleção de 
relatórios setoriais isolados e sem maiores relações; 
 
 Sistêmico para que sejam destacadas as 
relações de interdependências entre os 
componentes. Viabiliza as análises de interrelações 
de causa e efeito para definir a sensibilidade e a 
resistência do ambienta em face das ações 
antrópicas. 
Níveis de abordagem: 
 
 Analítico: visa identificar os componentes 
geoambientais e seus atributos e propriedades e o 
contexto socioeconômico; 
 
 Sintético: caracteriza os arranjos espaciais, os 
sistemas de uso e ocupação e as organizações 
introduzidas pelas atividades econômicas. 
 Dialético: confronta as potencialidades e 
limitações inerentes a cada unidade espacial, com 
as organizações impostas pela sociedade e os 
problemas emergentes em face da ocupação e 
apropriação dos bens naturais. 
AULA 07 – ENERGIA NOS SISTEMAS ECOLÓGICOS 
Energia: É a capacidade de realizar trabalho. Esta 
capacidade pode-se manifestar sob várias formas: 
radiação eletromagnética, energia potencial ou 
incorporada, energia cinética, energia química (dos 
alimentos) e calor. 
 
- 1ª Lei da Termodinâmica: (Conservação da 
energia) A energia pode ser transformada de um 
tipo em outro, mas não pode ser criada nem 
destruída. Exemplos destas transformações: luz em 
calor, energia potencial em cinética. 
- 2ª Lei da Termodinâmica: (Lei da Entropia) 
Nenhum processo que implique numa 
transformação energética ocorrerá 
espontaneamente, a menos que haja uma 
degradação de energia de uma forma concentrada 
numa forma mais dispersa (ou desorganizada). 
Assim sendo, nenhuma transformação de energia é 
100% eficiente. A entropia é uma medida de 
energia não disponível, que resulta das 
transformações energéticas. Sua variação é 
sempre positiva em qualquer transformação. 
O ambiente energético da biosfera 
 
 A luz solar que atinge o topo da biosfera 
iluminada terrestre chega a uma taxa constante, a 
chamada constante solar (1.94 cal/cm2.min). Um 
máximo de 67% da constante solar (~ 1.34 
cal/cm².min) pode atingir a superfície terrestre. 
 
 A radiação solar sofre consideráveis modificações 
qualitativas e quantitativas ao atravessar a 
atmosfera terrestre. Tais modificações são 
influenciadas por vários fatores dentre eles a 
topografia, a latitude, o clima bem como composição 
gasosa da atmosfera. A água e o gás carbônico 
absorvem ativamente a radiação na faixa do infra-
vermelho. 
Conceito de produtividade 
 
 Produtividade Primária: taxa a que a energia 
radiante é convertida em substâncias orgânicas 
pelas atividades fotossintética e quimiossintética dos 
organismos produtores. 
 
 - Produtividade Primária Bruta (PPB): taxa total 
de fotossíntese, incluindo a matéria orgânica 
consumida na respiração durante o período de 
medição. (Fotossíntese total). 
 - Produtividade Primária Líquida (PPL): taxa de 
armazenamento de matéria orgânica nos tecidos da 
planta que excede o uso respiratório, R, pelas 
plantas, durante o período de medição. 
 
 - Produtividade Líquida da Comunidade: taxa 
de armazenamento da matéria orgânica não usada 
pelos heterótrofos (ou seja, produção primária 
líquida menos o consumo heterotrófico) durante o 
período considerado geralmente a época do 
crescimento ou um ano. 
 Produtividade Secundária: taxas de 
armazenamento de energia nos níveis de 
consumidor. O fluxo total de energia nos níveis 
heterotróficos, que é análogo à produtividade bruta 
dos autótrofos, deve ser designado como 
assimilação, não como produção. 
R 
R 
R 
R 
PPB 
PPL 
PSB 
PSL 
PTB 
PTL 
PQB 
PQL ... 
Produtividades 
Fatores limitantes 
da 
Produção primária 
LUZ NUTRIENTES TEMPERATURA 
Radiação 
Inibição Saturação Limitação 
Considerações importantes 
 
 Embora apenas 4% da produção líquida terrestre 
seja usada diretamente na alimentação pelos 
humanos e outros animais, mais de 34% é 
apropriadopela humanidade (gramados, 
desmatamentos...) 
 Produtividade e Biodiversidade: um aumento de 
biodiversidade pode elevar a produtividade, mas um 
aumento na produtividade quase sempre diminui a 
biodiversidade. 
 
 O enriquecimento por nutrientes quase sempre 
traz ervas daninhas e outras pragas, assim, também 
diminuem a produtividade e biodiversidade. 
Indica o número de indivíduos em cada nível trófico. 
(superenfatiza os a importância de pequenos organismos). 
A biomassa é expressa em termos de quantidade de matéria orgânica por 
unidade de área, em um dado momento. A forma da pirâmide de biomassa 
também poder variar, dependendo do ecossistema. 
(superenfatiza a importância dos organismos grandes). 
(Nunca pode ser invertida!) 
A quantidade de energia acumulada, em biomassa, em determinada 
área e em determinado tempo. 
(fornece um índice mais adequado para comparar qualquer e todos os 
componentes.) 
Pirâmide de Energia 
AULA 08 – REPARTIÇÃO DE ENERGIA: CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES 
 Trata-se de uma sequencia de eventos do tipo 
comer/ser comido dentro de uma 
comunidade/ecossistema. (PINTO COELHO) 
 
 É a transferência de energia alimentar da sua 
fonte nos autótrofos (plantas/ algas), por meio de 
uma série de organismos que consomem e são 
consumidos. (ODUM) 
 
 Cadeias alimentares são interligadas e o padrão 
de interconexões denomina-se TEIA ALIMENTAR. 
Cadeias Alimentares (Tipos) 
 
Cadeia alimentar de Pastejo: 
 Iniciando em uma base de plantas verdes, segue 
para os herbívoros pastejadores (organismos que 
comem células ou tecidos de plantas vivas) e então 
para os carnívoros (que se alimentam dos animais); 
Cadeia alimentar de detritos: 
 Segue a matéria orgânica não viva para 
microorganismos, e em seguida, para os 
organismos que se alimentam de detritos e seus 
predadores; 
Qualidade de energia 
 A energia tem quantidade e qualidade. 
 As formas concentradas de energia 
(combustíveis fósseis) têm uma qualidade muito 
mais alta do que as formas mais dispersas de 
energia (luz solar). 
 Qualidade de energia ou concentração: a 
quantidade de um tipo de energia (como a luz solar) 
necessária para desenvolver a mesma quantidade 
de outra energia (como petróleo). 
eMergia 
Soma da energia disponível já 
usada direta ou indiretamente 
para criar um serviço ao produto. 
MODELO DE CADEIA ALIMENTAR 
MODELO DE HIERARQUIA ESPACIAL 
(DE DISPERSA PARA CONCENTRADA) 
Sol Planta Herbívoros Predadores 
1 102 103 104 105 
Quantidades decrescentes, caloria/tempo 
 106 104 103 102 10 
Concentração crescente, caloria solar/caloria 
 
Capacidade de suporte e sustentabilidade na 
produtividade 
Capacidade suporte: em termos energéticos, é 
atingida quando toda a energia disponível que entra 
é necessária para sustentar todas as estruturas e 
funções básicas (P: produção = R: manutenção 
respiratória). 
 -Capacidade de Suporte Máxima (K): quantidade de biomassa que 
pode ser sustentada sob essas condições. 
 - Capacidade de Suporte Ótima: é mais baixa que a máxima e é 
 sustentável por longos períodos, diante das incertas ambientais. 
 Sustentabilidade: está diretamente relacionado 
com o conceito de capacidade suporte, é a 
manutenção do capital e recursos naturais. 
Questões de fixação – AA 03 - Parcial: 
 
1- Por que a pirâmide de energia nunca é invertida? 
 
2- Com base na figura 3.15 do capítulo 3 (Energia nos 
Sistemas Ecológicos) de Odum & Barret (2007), 
responda: 
 a) Discuta como a energia solar é absorvida pelos 
Organismos Produtores e destes é transferida para os 
Organismos Consumidores, salientando como o 
ajustamento entre Produção e Consumo (oferta e 
demanda) é condição essencial para a Conservação da 
Natureza. 
3- Entre Herbívoros e Carnívoros, que nível trófico 
dispõe de maior quantidade de alimentos? E qualidade 
de energia? Justifique sua resposta com base numa 
análise do Fluxo de Energia nos Ecossistemas, 
discutindo como a energia é transferida entre seus 
níveis tróficos. 
 
4- Como ocorre a relação entre Economia e 
Ecossistema segundo Odum & Barret (2007) 
AULA 09 – REVISÃO PARA AVALIAÇÃO BIMESTRAL 
DÚVIDAS? 
 
 
 
AULA 10 – AVALIAÇÃO BIMESTRAL (0-10 PONTOS) 
 
 
 
 
PROVA BIMESTRAL 
 
 
 
AULA 11 – ECOLOGIA DE POPULAÇÃO 
Conceito: 
 
“aquela em que apresenta indivíduos de uma 
mesma espécie dentro de uma dada área, ou, 
aquela que está sob investigação”. 
 
As fronteiras de uma população podem ser: 
naturais, em função dos limites geográficos de um 
habitat; ou definida arbitrariamente pelo 
pesquisador. 
 
Os organismos conhecidos como unitários são 
caracterizados por um indivíduo bem definido. Mas 
o que vem a ser de fato um organismo bem 
definido? O que caracteriza um indivíduo unitário? 
 
Um organismo unitário é aquele que é possível de 
ser contado sem nenhuma dúvida. Em geral, as 
partes do seu corpo são numericamente definidas, 
não havendo variação. 
 
Por exemplo, uma floresta pegou fogo na sua 
região. Você foi designado para investigar o 
tamanho da população de um mamífero qualquer 
morto. Ao sair para contar esses animais, você teria 
condições de definir quantos indivíduos tinham na 
área apenas pela contagem do número de crânios. 
 
 
Outros exemplos? 
 
Por outro lado, os organismos conhecidos como 
modulares são mais difíceis de serem 
estabelecidos. Vá a essa mesma floresta, e a partir 
do número de ramos ou troncos de uma dada 
espécie de planta, defina quantas eram! 
 
Isto não é possível, pois um indivíduo de uma planta poderia ter o número 
variável de troncos e ramos. Várias plantas emitem troncos que saem do 
solo, que na verdade são ramos. Assim, elas poderão existir como 
“genets” (indivíduo original) e “módulos” (derivados do original). É o caso 
da bananeira, por exemplo. Aqui, todos os processos populacionais serão 
considerados a partir dos organismos unitários. 
A população está sob a constante influência de 
vários fatores. Dentre eles, podemos citar os 
nascimentos e mortes, além dos movimentos 
realizados pelos organismos. 
 
O número de indivíduos de uma população irá variar 
em função da disponibilidade de alimento, 
predadores, locais para a reprodução, além de 
vários fatores ecológicos dentro do habitat. 
Uma população pode variar em termos de: 
 
- Gênero (sexo): o número de indivíduos pertencentes a cada 
um dos sexos. Lembrando que este aspecto da população 
dependerá de características da história de vida evolutiva de 
cada organismo (p. ex, se ele é monóico ou dióico). Aqui, 
estamos discutindo organismos classicamente dióicos (sexos 
separados) e com reprodução sexuada (troca de material 
genético entre os indivíduos de sexos diferentes). O número 
de indivíduos de um determinado sexo em relação ao do 
outro sexo define o que chamamos de razão sexual. Mais 
adiante falaremos da importância da razão sexual para as 
espécies. 
- Idade: outro importante atributo de uma população. Em 
geral, a população poderá ser definida em termos do número 
de indivíduos presentes em cada uma das suas classes 
etárias. Assim, ela poderá conter ovos, larvas, jovens, 
adultos e indivíduos senis. 
 
- Experiência: nem todos os indivíduos de uma população 
possuem a mesma experiência de vida. Este atributo está 
relacionado aos processos ontogenéticos, ou seja, àqueles 
que dizem respeito à aprendizagem de cada indivíduo desde 
o seu nascimento até a sua morte. 
- Posição social: os indivíduos de uma população podem se 
distinguir a partir de uma estrutura de dominação hierárquica. 
Desta forma, podemos encontrar casos em que existem 
indivíduos dominantes e outros que são subordinados. 
Existem também aqueles que apresentam funções bem 
definidas, tais como os soldados e operários de um ninho de 
formigas.- Genótipo: os indivíduos de uma população não são iguais 
entre si do ponto de vista genotípico (carga genética). Cada 
um irá carregar consigo uma configuração genética herdada 
dos seus ancestrais (p.ex, bisavós, avós, pais), mantendo a 
tendência de transmitir parte destes caracteres para as 
gerações futuras. Em função das diferenças observadas em 
cada um dos indivíduos de uma população, suas aptidões 
não serão as mesmas. 
 
- Outros efeitos: referem-se fatores externos, normalmente 
imprevisíveis, tais como cicatrizes proporcionadas por lutas 
físicas, dentre outros. 
 
O que determina o tamanho da população? 
 
População em números: contagem 
 
A população pode ser representada pelo que 
chamamos de densidade. A densidade populacional 
é dada pela contagem do número de indivíduos da 
população por unidade de área. 
 
Também podem ser considerados outros aspectos, 
tais como a sua biomassa por unidade de área. 
Como exemplo, poderemos ter uma população de 
10 milhões de diatomáceas por metro cúbico de 
água ou 680 kg/árvores por hectare. 
 
Porém, inúmeras vezes, estimar a densidade é 
muito difícil. Já a abundância relativa é uma das 
medidas mais práticas e utilizadas pelos ecólogos 
para estudar a maioria dos grupos de organismos. 
 
Existem algumas razões para esse fato. A primeira 
delas se refere às dificuldades existentes para 
contar determinados grupos animais. Como no 
exemplo acima, seria praticamente impossível 
contar o número de besouros de uma floresta. 
 
Assim, a abundância relativa pode ser relacionada a 
o tempo, sendo útil para medir o momento da 
população-foco. Além disso, essa medida pode ser 
obtida por meio de estimativas e não de contagens 
absolutas. 
Mas qual medida usar: número de indivíduos ou 
biomassa? 
A resposta dependerá dos objetivos do seu estudo. 
Porém, duas considerações devem ser feitas. 
Primeiro, quando utilizamos os números para medir 
a importância dos organismos em uma comunidade, 
organismos mais numerosos, normalmente 
menores, serão beneficiados. Por outro lado, se 
empregamos a biomassa, organismos maiores e 
menos numerosos serão colocados em evidência. 
Então, devemos ter claro qual é nosso objetivo a fim 
de evitarmos considerações equivocadas. 
Biomassa: peso do material vivo geralmente 
expresso como peso seco por unidade de área ou 
de volume. O termo peso seco, nesse caso, refere-
se ao peso após a sua desidratação. 
Distribuição espacial 
 
Os indivíduos de uma população irão distribuir-se 
pelo seu habitat típico de diferentes formas. Podem 
ser citados três tipos básicos de distribuição dos 
organismos: homogênea, agrupada e aleatória 
 
O modelo de distribuição demonstrado por cada 
organismo tem diversas implicações para o seu 
estudo, assim como em estratégias de conservação. 
O método de amostragem tem que levar em 
consideração o modelo de distribuição de cada um 
deles. Ignorar esse aspecto significaria uma 
provável incorreção na obtenção de estimativas 
populacionais. 
 
Dispersão e migração 
 
A dispersão é marcada pelo movimento dos 
animais. O termo é aplicado para explicar a maneira 
com a qual os indivíduos afastam-se uns dos outros. 
 
Ao contrário da dispersão, outro termo empregado 
para discriminar o movimento dos animais, a 
migração é caracterizada como o movimento 
direcional em massa pelo quais os indivíduos se 
dirigem de um local para o outro. 
A migração obedece ao deslocamento dos 
indivíduos de regiões com baixa quantidade de 
recursos para aquelas com alta disponibilidade. 
 
A dispersão é um importante fator a ser considerado 
nas populações, pois a mesma tem grande 
influência no tamanho da população. Os 
movimentos de entrada (imigração) e saída 
(emigração) de uma população são importantes na 
regulação do tamanho das populações, bem como 
em outros processos ligados a sua variabilidade 
genética. 
 
 
Taxa de crescimento 
 
Uma taxa pode ser obtida através da divisão da 
quantidade de alguma coisa que mudou pelo tempo 
que durou essa mudança. Assim, se querem os 
determinar a taxa de natalidade de um organismo 
ao longo de um ano, contamos o número de 
nascimentos ocorridos e dividimos pelo número de 
anos (no caso, um ano). 
Se na equação 1.1 for adicionado no denominador o 
número de indivíduos (N) multiplicando ∆t, então 
teremos a taxa de crescimento específico, conforme 
podemos observar abaixo. 
 
Existem dois padrões básicos de crescimento 
populacional: exponencial (ou em J) e logístico (ou 
em S). 
 
O crescimento exponencial retrata o rápido aumento 
na densidade de um organismo, onde a curva 
comporta-se de forma exponencial. Este 
crescimento é interrompido de maneira abrupta 
quando a resistência ambiental ou outro fator 
limitante se torna efetivo de forma repentina 
 
 
 
Já no crescimento logístico (Figura 7), a população 
aumenta devagar no início (fase de aceleração 
positiva), depois com rapidez (aproximando-se de 
uma fase logarítmica). Após esta fase, ocorre uma 
desaceleração no exato momento em que a 
resistência ambiental começa a atuar. Em seguida, 
ocorre a estabilização da curva.O instante máximo 
atingido por estas curvas está relacionado ao K, ou 
seja, a capacidade suporte do ambiente. 
As variações existentes a partir das taxas de 
natalidade e mortalidade podem ser definidas para o 
que chamamos de capacidade suporte do ambiente. 
A capacidade suporte (K) de um ambiente é 
estabelecida no ponto em que a natalidade e a 
mortalidade se igualam. Neste momento, a 
população apresentará uma tendência de 
permanecer constante ao longo do tempo. 
Sucessão ecológica: processo de mudança e 
desenvolvimento no qual estágios serais prévios são 
substituídos por estágios serais subsequentes, até 
que se estabeleça uma comunidade madura 
(clímax). 
Extinção de espécies 
 
Os mecanismos responsáveis pela extinção das 
espécies receberam maior atenção somente a partir 
dos anos 80. Podemos dizer que existem quatro 
mecanismos, também conhecidos como vórtices, de 
extinção das espécies. 
 
O primeiro deles está relacionado com a 
aleatoriedade demográfica. Manchas que 
apresentam população de organismos com 
problemas na sua razão etária ou sexual, bem como 
nas taxas de sobrevivência, estão mais sujeitas ao 
desaparecimento 
Outro vórtice de extinção importante é o da 
aleatoriedade ambiental. 
Variações ao acaso das condições ambientais 
podem provocar sérios danos, levando à extinção 
inúmeras populações biológicas. Cada espécie 
apresenta requerimentos ecológicos estritos para o 
sucesso do seu ciclo de vida. A ocorrência de 
variações de temperatura, pH ou precipitação 
poderiam comprometer sua sobrevivência. Além 
disso, eventos cataclísmicos como enchentes e 
furacões poderiam provocar extinções em larga 
escala. 
O terceiro mecanismo responsável pelas extinções 
é conhecido como aleatoriedade genética. A 
aleatoriedade genética se refere à erosão da 
variabilidade genética. Populações isoladas 
aumentam o cruzamento entre indivíduos, que na 
essência, são mais aparentados entre si. 
 
Os indivíduos selecionam seus parceiros e, portanto 
, a população real (tamanho efetivo da população) 
que troca genes entre si é bem diferente do número 
de indivíduos existente em uma população 
(tamanho total da população). 
 
O último mecanismo de extinção seria aquele que 
trata da perda de flexibilidade para respostas 
evolutivas das espécies. Embora tenha também 
implicações genéticas, esse efeito é diferente do 
terceiro. Suas implicações são à longo prazo, já que 
o mecanismo causal é diferente. 
 
A perda da variabilidade genética reduziria as 
chances de resposta da espécie a mudanças futura 
do ambiente. Assim, a espécie daria menos opções 
para a seleção natural, limitando a sua persistência. 
Questões de fixação (0-3 pontos): 
1 – Descreva o que é Inventário de Espécies e 
caracterize o que seria um Inventário Florestal. 
2 – Diferencie o método de inventário por 
Amostrageme o método por Enumeração Total num 
Inventário Florestal. 
3 – Num estudo de um terreno que, onde há 
espécies florestais e animais, em que situações é 
interessante se fazer o levanto da biomassa? E da 
quantidade de ambas as espécies? 
 
 
AULA 12 – ECOLOGIA DE COMUNIDADES 
Populações de duas espécies podem interagir de 
formas básicas que correspondem à combinação de 
neutros, positivos e negativos (0, +, -), resultando 
em nove importantes interações e relações, que 
obedecem a três tendências geralmente: 
 
a) As interações negativas tendem a predominar 
em comunidades pioneiras ou em condições de 
perturbação (seleção r neutraliza a alta 
mortandade) 
 
b) Na evolução e no desenvolvimento do 
ecossistema (sucessão), interações negativas 
tendem a ser minimizadas. 
 
c) Associações novas ou recentes são mais 
passíveis de desenvolver interações negativas 
severas do que as associações mais antigas. 
 
 
Tipos de Interação 
Intraespecífica Interespecífica 
-Positivas 
-Negativas 
-Neutras 
Mesma espécie Espécies distintas 
Tipos de interações entre duas espécies 
 
1. Neutralismo (0/0) 
2. Competição por interferência direta 
3. Competição por uso de recursos 
4. Amensalismo (-/0) 
5. Comensalismo (+/0) 
6. Parasitismo (+/-) 
7. Predação (+/-) 
8. Protocooperação (+/+) 
9. Mutualismo (+/+) 
1. Neutralismo 
Nenhuma das populações é afetada pela 
associação com a outra. 
Ex: plantas de diferentes espécies que co-existem 
em uma mesma área. 
 
2. Competição por interferência direta: 
Quando duas populações se inibem ativamente 
entre si. 
3. Competição por uso de recursos 
Onde cada população afeta diretamente outra, de 
forma adversa, na disputa por recursos escassos. 
 
Também conhecido como Princípio de Gausse ou 
da Exclusão Competitiva (quando 
duas espécies diferentes habitam um mesmo 
ambiente e têm nichos muito semelhantes. Assim, 
duas espécies não podem ocupar um mesmo nicho 
por muito tempo, uma delas irá sempre prevalecer, 
pois é mais adaptada àquele habitat). 
 
4. Amensalismo 
É um tipo de interação desarmônica na qual 
indivíduos de uma população secretam substâncias 
que inibem o crescimento e desenvolvimento de 
outras espécies. A espécie que secreta a substância 
é chamada de inibidora, enquanto a espécie que é 
prejudicada denomina-se amensal. 
5. Comensalismo 
É um tipo de relação ecológica entre duas espécies 
que vivem juntas, o termo comensal significa algo 
como convidado à mesa, assim o termo 
comensalismo foi utilizado para designar relações 
alimentares em que uma espécie comensal se 
beneficia dos restos da outra espécie anfitriã no 
entanto sem prejudicar este seu anfitrião. 
6. Parasitismo 
Indivíduos de uma espécie vivem no corpo de outro, 
do qual retiram alimento. Ex.: Gado e carrapato, 
lombrigas e vermes parasitas do ser humano. 
 
7. Predação 
Relação em que um animal captura e mata 
indivíduos de outra espécie para se alimentar. 
Ex.: cobra e rato, homem e gado. 
 
- Herbivoria é um tipo de predação. Ex: garfanhoto e 
Planta. 
8. Protocooperação 
Ambas as espécies se beneficiam, porém a relação 
não é obrigatória. 
Ex: paguros e anemonas, aves-palito e crocodilos, 
peixe palhaço e anemonas 
9. Mutualismo 
Onde o crescimento e a sobrevivência de ambas as 
populações são beneficiados e uma não pode viver 
sem a outra em condições naturais. 
Ex: - Líquens, em que temos os fungos fazendo o 
papel de absorção e das algas fazendo o papel de 
fotossíntese. 
 - O caso das micorrizas que vivem nas raízes 
das leguminosas. 
 - Cupins e os protozoários que digerem 
a celulose. 
Tipos de evolução 
 
Evolução ecológica 
É o processo através no qual ocorrem as mudanças 
ou transformações nos seres vivos ao longo do 
tempo, dando origem a espécies novas. 
Coevolução 
Evolução simultânea de duas ou mais espécies que 
têm um relacionamento ecológico próximo. Através 
de pressões seletivas, a evolução de uma espécie 
torna-se parcialmente dependente da evolução da 
outra. 
Exemplo: Plantas e herbívoros. 
 
Evolução por cooperação: Seleção de Grupo 
Seleção natural entre grupos ou conjuntos de 
organismos que não necessariamente estão ligados 
por associações mutualistas. 
 
Pode eliminar, ou manter em baixa freqüência, 
características desfavoráveis para a sobrevivência 
das espécies, mas seletivamente favoráveis dentro 
das populações ou comunidades. 
 Envolve benefícios positivos que um organismo 
pode exercer na comunidade. 
 
Exemplo: altruísmo: sacrifício da aptidão de um 
indivíduo em benefício de outro. (Abelhas); anemia 
falciforme 
 
Conceitos de Habitat, Nicho ecológico e Guilda 
 
Habitat: Lugar onde o organismo vive ou o lugar 
aonde poderia ir para encontrá-lo. 
 
Nicho Ecológico: Espaço físico do organismo + 
papel funcional na comunidade (cadeia trófica) + 
sua posição nos gradientes ambientais  “emprego” 
Guildas: grupos de espécies com papéis e 
dimensão de nichos comparáveis dentro da mesma 
comunidade. 
 
Espécies ecologicamente equivalentes: Aquelas que 
ocupam nichos similares em comunidades 
diferentes. 
Questão de fixação (0-3 ponto): 
I- Compare Competição e Coexistência, 
comentando quando um tipo de relação prevalece 
sobre o outro. 
 
 
Wilcox (1984) definiu diversidade como “a variedade de 
formas de vida, o papel ecológico que desempenham, e 
a diversidade genética que contém”. 
 
Os tipos de diversidade são: 
 a) diversidade de espécies: variabilidade da 
quantidade e do tipo de espécies num determinado 
habitat ou comunidade. 
 
AULA 13 – BIODIVERSIDADE, ECOSSISTEMAS E PAISAGENS 
O conceito de diversidade de espécies tem dois 
componentes: (1) riqueza, baseada no número total de 
espécies presentes; e, (2) repartição, baseada na 
abundância relativa das espécies e no grau de 
dominância ou falta dela. 
 
 Abundância relativa: um sistema pode conter abundância de 
espécies, mas cada espécie com poucos indivíduos; 
 Dominância: um espécie possui mais indivíduos que as outras, 
num mesmo sistema; 
 Uniformidade: número igual de indivíduos em cada espécie de um 
sistema. 
 
A diversidade de espécies tende a aumentar com o 
tamanho da área e das latitudes alta para o equador. 
 
A diversidade tende a ser reduzida em comunidade 
bióticas estressadas, mas também pode ser reduzida 
por competição em comunidades antigas em ambiente 
físicos estáveis. 
 b) diversidade de padrão: é resultado da zonação, 
estratificação, periodicidade, heterogeneidade de 
manchas, teia alimentar e outras combinações; 
 
 c) diversidade genética: manutenção da 
heterozigosidade genotípica, polimorfismo ou outras 
variabilidades genéticas, o que é uma necessidade 
adaptativa para as populações naturais; 
 
 d) diversidade de habitat: diversidade de habitats 
ou manchas de paisagem, que serve de base para a 
dinâmica da metapopulação (conjunto de 
subpopulações interconectadas que funcionam como 
uma unidade demográfica) 
Vários ecólogos estão começando a se preocupar com o fato de 
que a redução dos habitat’s, das espécies e da diversidade 
genética resultante das atividades humanas possa estar pondo 
em risco a adaptabilidade futura nos ecossistemas naturais, 
agroecossistemas e agropaisagens. 
Biodiversidade e estabilidade 
 
Margalet (1968) manifestou que “o ecólogo vê em 
qualquer medida de diversidade uma expressão da 
possibilidade de construir sistemas de retroalimentação” 
 
 Entretanto, a relação entre a diversidade de espécies e a estabilida-
 de é complexa. Por exemplo, determinados ecossistemas em 
 ‘equilíbrio’ favorecem a dominância e a exclusão competitiva com 
 mais intensidade. 
 
 Outra questão é que ecossistemas estáveis promovem alta diver-
 sidade, mas não necessariamente o contrário. 
Por exemplo, em zonas bem estruturadas a quantidade 
de pastejo ou predaçãoafeta em muito da diversidade 
das populações pastejadas ou de presas. 
 A predação moderada frequentemente reduz a densidade da 
 espécies dominante, permitindo, assim, às espécies menos 
 competitivas, uma possibilidade de usar melhor o espaço e os 
 recursos. 
 
 Pastejo ou predações severas atuam como estresse e reduzem o 
 número de espécies para umas poucas impalatáveis. 
 
 Paine (1966) descobriu que a diversidade de espécies de organismos 
sésseis em habitat de costão rochoso entre marés era mais alta quando 
predadores de 1ª e 2ª ordem eram ativos. 
 Paine (1966) descobriu que a diversidade de espécies de organismos 
 sésseis em habitat de costão rochoso entre marés era mais alta 
 quando predadores de 1ª e 2ª ordem eram ativos. A remoção 
 experimental dos predadores em tais situações reduziu a diversidade 
 de espécies de todos os organismos sésseis, tendo sido predados 
 diretamente ou não. 
 
 Embora as atividades humanas tendam a reduzir a diversidade e 
 incentivar monoculturas, elas, de fato, aumentam a diversidade de 
 habitat’s de paisagens gerais (clareiras abertas em florestas, árvores 
 plantadas nos prados ou espécies introduzidas). 
 
 
QUALIDADE AMBIENTAL 
A Biodiversidade afetada pela poluição 
 
Em termos de poluição, considera-se que a 
biodiversidade é afetada em virtude do aumento da 
carga de poluentes. 
 
Por exemplo, tem-se que por ocasião do lançamento da 
carga de esgoto doméstico em um determinado córrego 
há redução da diversidade. 
Uma fonte pontual de poluição por esgoto municipal não 
tratado afeta a riqueza de espécies. Note que, enquanto 
as densidades populacionais (em especial bactérias 
coliformes e vermes de lodo) aumentam, ocorre um 
declínio concomitante na riqueza de espécies (em 
especial de insetos aquáticos e espécies de peixes de 
água doce desejáveis. 
Biodiversidade e produtividade 
 
Em ambientes naturais com baixos teores de nutrientes, 
o aumento na biodiversidade parece elevar a 
produtividade, mas em ambientes com altos teores de 
nutrientes ou enriquecidos, um aumento de 
produtividade aumenta a dominância e reduz a 
diversidade (CARSON &BARRETT, 1988). 
Em outras palavras, o aumento da biodiversidade pode 
aumentar a produtividade, mas o aumento da 
produtividade quase sempre reduz a diversidade. 
 
Arrisca-se sugerir que os humanos, em seus esforços 
para aumentar a produtividade para sustentar o 
crescente número de pessoas e animais domésticos 
(que por sua vez excretam enormes quantidades de 
nutrientes no ambiente), estão causando uma 
eutrofização em escala mundial que é a maior ameaça à 
diversidade da ecosfera, à resiliência e à estabilidade. 
Vale analisar que o aumento no enriquecimento por 
nutrientes resulta no aumento da produtividade 
primária. Assim, subtende-se que a diversidade de 
organismos vegetais será maior num primeiro 
momento. Entretanto, várias pesquisas mostram que, a 
longo prazo, tal processo resulta na redução da 
diversidade na comunidade vegetal. 
Preocupação com a perda de Biodiversidade 
 
Odum afirma que é essencial manter a redundância em 
um ecossistema, ou seja, ter mais do que uma espécie 
ou grupo de espécies capazes de executar as funções 
principais ou prover conexões na teia alimentar. 
 
 Espécies-chave: um tipo funcional sem redundância. A perda de tais 
 espécies ou grupos de espécies causará mudanças importantes na 
 estrutura da comunidade e no funcionamento do ecossistema. 
Uma espécie invasora exótica, adicionada a um 
ecossistema naturalmente diversificado, quase sempre 
se torna uma espécie-chave que reduz a diversidade. 
Vários conceitos relativos à diversidade são 
controversos e precisam ser mais estudados, mas a 
maioria dos ecólogos concordam que a diversidade é 
necessária para a futura sobrevivência da natureza e do 
ser humano. 
 
Áreas naturais devem ser preservadas pelo seu papel 
essencial de suporte da vida e para preservar e 
salvaguardar a diversidade necessária para futuras 
adaptações e sobrevivências. 
Planejamento e ecologia 
 
Um planejamento regional consistente pode compensar 
a redução da diversidade local que tende a acompanhar 
as transformações locais antrópicas, como por exemplo 
a agricultura, a silvicultura e o desenvolvimento urbano 
intensivo. 
Se as monoculturas de colheita e de floresta, e 
condomínios (fileiras e fileiras de casas parecidas em 
pequenos lotes cobertos com gramados) forem 
entremeados com ecossistemas mais naturais ou 
seminaturais mais diversificados (preservados 
perpetuamente como, por exemplo, parques ou reservas 
ambientais) e se as planícies de inundação e outras 
áreas úmidas forem deixadas sem desenvolvimento, 
não apenas existirá uma agradável paisagem cheia de 
possibilidades recreativas mas também será 
salvaguardado um alto nível de diversidade local e 
regional. 
A relação entre o capital natural e o capital econômico 
necessita ser gerenciada por uma abordagem 
integrativa. 
 
Paisagens podem ser planejadas para preservar a 
diversidade e ainda acomodar o desenvolvimento 
urbano e agrícola. 
Das populações e comunidades aos ecossistemas e 
paisagens 
 
Abordagem holística: entidades inteiras têm uma 
existência separada para além de uma simples soma de 
suas partes. 
 
Abordagem reducionista: cada sistema complexo pode 
ser explicado pela análise das suas partes mais simples 
mais básicas. 
As populações podem comportar-se de forma muito 
diferente quando funcionam em comunidades do que 
quando são isoladas em laboratório ou quando dentro 
de cercados em estudos de campo. 
 
 
 
 
Exemplo: Abundantes bolotas de carvalho (Quercus) atraem os cervos da 
virgínia (Odocoleius virginianus) para as florestas no norte dos Estados 
Unidos. 
Abundantes produções de bolotas ocorrem a cada três ou quatro anos 
(anos de produção excepcional). Os cervos carregam adultos de 
carrapatos-de-patas-pretas (Ixodes scapularis), que se desprendem dos 
cervos e põem ovos no chão da floresta. 
A abundância de bolotas também atrai os camundongos-de-patas-
brancas (Peromyscus leucopus), que aumenta sua população 
rapidamente em resposta ao suprimento elevado de alimentos. 
No verão seguinte, os ovos dos carrapatos eclodem como larvas, que, 
durante o processo de se alimentar do sangue dos camundongos, 
adquirem a bactéria espiroqueta (Borrelia burgdorferi), que causa a 
doença de Lyme nos humanos. 
 
 
Problemas e relações nos níveis populacional, de 
comunidade, do ecossistema e da paisagem 
precisam ser tratados de uma forma interativa para 
que os problemas de grande escala sejam 
resolvidos. 
Questão de fixação (0-3 ponto) - continuação: 
1- Retomando a frase: 
Paisagens podem ser planejadas para preservar a 
diversidade e ainda acomodar o desenvolvimento 
urbano e agrícola. 
 
Apresente ações e ideias de como isso pode ser 
posto em prática? 
AULA 14 – FATORES ECOLÓGICOS 
Fatores limitantes e regulatórios 
 
Animais não só se adaptam ao meio ambiente 
físico, como também usam as periodiocidades para 
marcar o tempo de suas atividades e programar 
seus ciclos de vida Ciclo Circadiano 
 
Condição/ fator limitante: qualquer condição que 
se aproxime ou exceda os limites de tolerância. 
a) Lei do Mínimo de Liebig: sob condições 
constantes, o constituinte essencial disponível em 
valores que se aproxima da necessidade mínima 
tendem a ser um limitante. Geralmente, são os que 
os organismos precisam em pequenas quantidades, 
porém no ambiente são escassos. 
 
“O crescimento de uma planta depende da 
quantidade de material alimentar que está presente 
em quantidade mínima”. 
 Duas coisas devem ser consideradas: 
 
É aplicável sob condições relativamente estáveis. 
 
Interação de fator: alta concentração de uma 
substância pode influenciar o uso da outra (Ex: 
conchas, plantas de somra e zinco). 
b) Lei de tolerância de Shelford: não só a falta,mas 
também o excesso podem ser fator limitante. 
 
 Organismos podem ter grande amplitude para um 
fator e não para outro. 
 
 Quanto maior a amplitude de um organismo, mais 
amplamente distribuído ele está. 
 
 Um fator limitante pode diminuir a tolerância para 
outro fator (plantas: N e água). 
 Na natureza, é comum os organismos não 
viverem em uma amplitude ótima de um fator físico 
determinado. 
 
 A reprodução é um período crítico quando fatores 
ambientais parecem ser limitantes, os indivíduos 
reprodutivos (sementes, ovos, embriões) são 
geralmente mais restritos. 
 
 Graus de tolerânica: esteno (restrito) e euri 
(amplo). 
Estresse antropogênico como um fator limitante 
para as sociedade industriais: 
 
Os ecossistemas naturais exibem consideráveis 
resistência e/ ou resiliência em caso de perturbação 
aguda ou severa periódica, provavelmente, por que 
se adaptaram a elas evolutivamente. 
 
Já as perturbações crônicas (prolongadas e 
continuadas) podem ter efeitos prolongados e 
pronunciados, pois os organismos ainda não têm 
histórica evolutiva de adaptação. 
 
 Agudo: grandes poluições, bancos de semente. 
 
 Crônico: espécies exóticas. 
Fatores ecológicos abióticos 
 
Tipos de fatores abióticos 
São componentes não vivos que influenciam a vida 
dos seres vivos presentes no ecossistema. Através 
dos fatores abióticos os seres vivos fazem 
adaptações para seu desenvolvimento. Esses 
fatores variam de valor de local para local, o que 
determina uma grande variedade de ambientes. 
Exemplos de fatores abióticos: 
Temperatura - É um fator abiótico de grande 
importância para os seres vivos e influencia seus 
períodos de atividade, suas características 
morfológicas e seus comportamentos. 
Divide os seres vivos em alguns grupos como: 
 Estenotérmicos: São organismos que não toleram grandes 
variações térmicas. Exemplo: lagartixa; 
 Euritérmicos: São organismos capazes de tolerar grandes variações 
térmicas. Exemplo: lobo; 
 Homeotérmicos: Seres que possuem temperatura corporal 
constante. Exemplo: aves e mamíferos; 
 Poiquilotérmicos: Seres que possuem temperatura corporal variável. 
Exemplo: répteis, anfíbios e peixes; 
Alguns fenômenos ocorrem devido às adaptações 
ás temperaturas desfavoráveis como: 
 
Migração: Os animais percorrem distâncias variadas a procura de 
ambientes propícios para a reprodução, com melhores condições 
climáticas e presença de alimentos. Exemplo: flamingos, cegonha negra. 
Hibernação: Os animais diminuem suas atividades vitais, devido ao frio. 
Exemplo: morcego, urso. 
Estivação: Neste fenômeno, algumas espécies diminuem suas atividades 
vitais, devido ao calor. Exemplo: quelônios. 
Quanto às adaptações das plantas ás baixas 
temperaturas, elas podem ser: 
 
Anuais: As plantas anuais não suportam o intenso frio do inverno e 
deixam suas sementes para germinar no ano seguinte. Exemplo: 
Feijoeiro; 
Bienais: As plantas bienais em baixas temperaturas perdem sua parte 
aérea, porém mantém sua parte subterrânea. Exemplo: Lírio; 
Perenes ou Vivazes: Estas plantas conseguem manter suas estruturas o 
ano todo. Exemplo: Papoula; 
Água: É de fundamental importância a todos os 
seres vivos e essencial a vida. 
 
Os seres são classificados, em função da água, em: 
Hidrófilos: Seres que vivem permanentemente na água como os peixes 
Higrófitos: Seres que só vivem em ambientes úmidos. Exemplo: 
Anfíbios. 
Mesófilos: Seres que vivem em áreas mais ou menos úmidas. 
Xerófilos: Seres que vivem em ambientes secos. Exemplo: Mamíferos de 
deserto, liquens, cactáceos. 
Tropófitas: seres que suportam grande variação de umidade. 
Luz: Fundamental no processo fotossintético, 
responsável pela produtividade nos ecossistemas, a 
luz, é um importante fator abiótico e atua sob 
diversas formas (intensidade, radiação, direção e 
duração). 
 
Divide os seres vivos em alguns grupos como: 
Eurifóticos: São seres que suportam grandes variações de luz. 
Estenofóticos: São seres que não suportam grandes variações de luz. 
Plantas umbrófitas: São vegetais adaptados à sombra. 
Pressão 
 
Os seres vivos são divididos, quanto a pressão, em: 
Euribáricos: São seres capazes de suportar grande variações de 
pressão. 
Estenobáricos: São seres incapazes de suportar grandes variações de 
pressão. 
Salinidade: Fator abiótico primordial na distribuição 
dos seres vivos aquáticos. 
 
Dividem os seres vivos em: 
Eurialinos: Seres que suportam grandes variações de salinidade. 
Estenoalinos: Seres que não suportam grandes variações de salinidade. 
Halófitas: São vegetais que vivem em áreas contendo muito sal. 
O ambiente físico e as adaptações dos seres vivos 
O meio biológico e físico não existem separados, 
um influencia o outro. O mundo biológico é 
influenciado por leis físicas e o que os faz vivos, é a 
capacidade de agir contra s forças físicas externas. 
 
A água: é o meio básico da vida devido a algumas 
características: 
- Solvente universal: dissolve a maioria das 
substâncias. 
- Líquida em uma grande faixa de temperatura. 
- Conduz calor rapidamente, uniformemente. 
- Se torna menos densa a 4ºC, impedindo que os 
oceanos congelem. 
- Mais densa que o ar, promove sustentação e 
flutuabilidade. 
- Mais viscosa, impedindo grandes movimentos. 
- Contêm substâncias dissolvidas. 
Ambiente térmico e seres vivos: 
Proporcionam diversas vias de ganho e perdas de 
calor. 
 
Muitos animais possuem sistemas de controle para 
manter sua temperatura constante. 
 
Tolerância ao calor: a maioria vive até 45ºC 
(exceção: bactérias) 
-Alguns mecanismos: esconder-se em tocas, 
terem hábitos noturnos, ter mais fosfolipídios 
instaurados (membrana mais fluída), plantas 
com ceras impermeáveis, etc. 
Tolerância ao frio: quando há frio intenso as células 
congelam. 
-Alguns mecanismos: substâncias 
anticongelante (diminuem o ponto de 
ocngelamento), superesfriamento (impendem a 
formação de cristais de gelo). 
 
Os seres vivos utilizam estímulos físicos para 
perceber o ambiente: 
- Visão: ondas eletromagnéticas. 
- Som: ondas sonoras. 
- Olfato: odores (moléculas voláteis dissolvidas) 
- Campo elétrico: ampola de lorenzini, p.e. 
(tubarões) 
-Contato físico. 
 
As variações no ambiente físico 
Padrões globais de temperatura e precipitação: 
resultam do aporte diferenciado de radiação solar 
em diferentes regiões e da distribuição térmica pelo 
vento e correntes oceânicas. 
 
Quanto mais próximo do Equador, maior a 
incidência solar (latitude mais baixa) e 
consequentemente, a umidade. Solos e vegetações 
também influenciam. 
A sazonalidade da Terra (estações do ano) resultam 
do eixo de rotação da Terra ser inclinado em relação 
ao plano orbital (aproximadamente 23,5 graus). 
Assim, em qualquer momento, uma parte do planeta 
estará mais diretamente exposta aos raios do Sol do 
que outra. Esta exposição alterna conforme a Terra 
gira em sua órbita, portanto, a qualquer momento, 
independentemente da época, os hemisférios norte 
e sul experimentam estações opostas. 
 
Atividade (0-3 pontos) - continuação 
 
1) Ler os conceitos: 
 
Tempo de Residência: refere-se ao tempo que uma 
dada quantidade de substância permanece no 
compartimento designado de uma sistema. Sendo a 
taxa de movimentação mais importante que a 
quantidade no estoque. 
Ciclagem dos elementos não essenciais: a 
preocupação com eles começou por conta da 
atividade humana utilizar muito deles, aumentando 
as suas concentrações no ambiente, assim, muitos 
seres vivos estão utilizando-os, pois se assemelham 
a algum essencial. Alguns elementos, como o 
mercúrio acumulam ao longo da cadeia 
(magnificação biológica). 
Ciclagem de nutrientes nos trópicos: em regiões 
frias, uma grande porção de material orgânico está 
sempre situado no solo ou na serrapilheira; já nos 
trópicos, a maior percentagem está na biomassae 
são facilmente recicladas pelos organismos 
(facilitadas por adaptações). Quando a comunidade 
é removida, os nutrientes são rapidamente 
lixiviados, por conta da alta temperatura e das 
chuvas, tirando a capacidade da terra de reciclar e 
reter nutrientes. 
2) Explique a diferença entre a ciclagem de 
nutrientes nos ambientes temperados e tropicais. 
3) Discuta como e sob que aspectos a Translação 
da Terra em torno do Sol afeta a quantidade de 
radiação solar que incide num dado lugar. 
4) Por que os ambiente tropicais são mais 
produtivos? 
5) Quais variações antrópicas no ambiente físico 
podem causar adaptações ou limitações a 
determinados seres vivos? 
 
 
AULA 15 – COMUNIDADES BIOLÓGICAS 
Clima, topografia e o solo (e as influencias paralelas 
em ambientes aquáticos) determinam o caráter de 
mudança da vida animal e vegetal sobre a superfície 
terrestre. 
 
Embora não haja lugares que abriguem exatamente 
o mesmo conjunto de espécies, podemos agrupar 
unidades biológicas em categorias baseadas em 
suas formas vegetais dominantes, o que dá às 
comunidades a sua característica geral  BIOMA. 
Definição de Bioma: É um sistema de classificar as 
comunidades biológicas e ecossistemas com base 
em semelhança de suas características vegetais. 
 
A possibilidade de distinguí-los resulta do simples 
fato de que nenhum tipo de planta pode resistir a 
todo o intervalo de condições ambientais. E também 
por conta do processo de convergência (organismos 
não aparentados desenvolvem uma semelhança em 
comum uns com os outros em resposta às 
condições ambientais em comum). 
Biomas terrestres: o clima como grande 
determinante da distribuição da vegetação 
 
A abrangência das espécies estão frequentemente 
limitadas pelas condições físicas do ambiente. Nos 
terrestres, temperatura e umidade são as variáveis 
mais importantes. 
 
As características do solo que influenciam as 
distribuições de plantas são denominadas fatores 
edáficos. E são mais variáveis em montanhas. 
 
As formas e as funções são adaptadas para 
combinar com o ambiente: especialistas 
(abrangência relativamente estreita de intolerância) 
e generalistas (intervalo amplo de tolerância). 
 
O clima define as fronteiras dos biomas terrestres e 
o mais usado é o sistema de zonas climáticas 
(Heinrick Walter), com 9 divisões baseadas na 
temperatura e na precipitação. 
 
O ecólogo Whittacker imaginou um diagrama 
climático baseado em temperatura e precipitação 
(por serem quem determinam as condições e os 
recursos disponíveis para o crescimento das 
plantas): quente úmido, quente seco e frio seco. 
 
Grandes Biomas terrestres global 
 
I – Floresta Pluvial Tropical, características: 
 
a) Clima sempre quente e precipitações superior a 
2000 mm, não inferior a 100 mm por mês. 
b) Apresentam dois picos de chuvas, em torno dos 
equinócios. 
c) Solos extremamente laterizados, com alto teor de 
argila, cor avermelhada e pobres em nutrientes. 
d) Ambiente mais biodiverso 
e) Ambientes que recebem radiação solar o ano 
inteiro. 
f) As florestas tropicais cobrem atualmente menos 
de 6% da superfície continental e insular da Terra. 
Estima-se que mais da metade de todas as 
espécies de plantas e animais do mundo vivem em 
florestas pluviais tropicais. 
g) As florestas pluviais tropicais produzem 40% do 
oxigênio da Terra. 
 
II – Floresta Tropical Sazonal / Savana, 
características: 
 
a) A estação seca ocorre no inverno, onde 
geralmente, as plantas perdem todas as suas 
folhas. 
b) Estações secas mais longas e mais severas 
geralmente resultam numa vegetação mais baixa e 
mais espinhosa. 
c) Solos fortemente laterizados e pobres em 
nutrientes. 
d) Precipitação entre 900-1500mm, mas os 3 ou 4 
meses mais secos recebem menos que 50mm. 
e) As savanas são compostas de campos com 
árvores esparsas, e se espalham em áreas de 
trópicos secos. 
f) A savana é o bioma típico das regiões de clima 
tropical com estação seca. 
g) O cerrado brasileiro é um tipo de savana, sendo o 
segundo bioma mais ameaçado do país. 
III – Deserto subtropical, características: 
 
a) Chuvas muito esparsas (menos que 250mm) e no 
verão. 
b) Solos rasos e com pouca matéria orgânica. 
c) Muitas plantas não são tolerantes ao gelo. 
d) Tem diversidade maior do que as áreas áridas 
temperadas. 
 
e) A maioria se centralizam nos trópicos de câncer e 
capricórnio. 
f) O maior exemplo é o deserto do Saara. 
IV – Bosque / Arbusto, características: 
 
a) Denominação para certas formações florestais. 
Diferencia-se da floresta pelo fato de as copas das 
árvores não formarem uma cobertura contínua - isto 
é, as árvores encontram-se mais afastadas. 
b) Encontrada no Sul da Europa, Chile, Sul da 
Califórnia, sudoeste da Austrália e uma parte da 
África. 
c) Caracterizados por temperaturas de inverno 
amenas, chuvas de inverno e verões secos. 
d) Incluem diversos níveis de plantas, desde a copa 
até a base. 
e) Vegetação arbustiva, espessa, perene, de 1-3m 
de altura, com profundas raízes e folhas resistentes 
à seca (folhas duras – esclerofilosa). 
f) Resistentes ao fogo. 
V – Floresta pluvial temperada, características: 
 
a) Em regiões de invernos amenos, com chuvas 
fortes de inverno e neblinas de verão criam 
condições para sustentar florestas perenes 
extremamente altas. (ex: sequóia com 60-70m). 
b) Em contraste com as florestas tropicais, tem 
baixa diversidade. 
VI – Floresta sazonal temperada, características: 
 
a) Também denominada de floresta decídua, pois 
suas árvores perdem as folhas periodicamente 
(outono / inverno). A queda das folhas está 
associada a uma adaptação das plantas na defesa 
contra a seca fisiológica 
b) Ocorre sob condições moderadas com 
congelamento de inverno. 
c) A precipitação normalmente excede a evaporação 
e a transpiração. Solos são muito ricos. 
d) As árvores decíduas são as dominantes, há 
também uma camada de árvores menores e 
arbustos, alem de plantas herbáceas. 
e) As florestas temperadas decíduas exibem 
elevada diversidade de espécies, com vegetação 
predominantemente arbórea (por exemplo, carvalho, 
bordo, faia e nogueira), e uma fauna rica, 
constituída por mamíferos diversos (ursos, veados, 
esquilos, lobos, raposas, lebres), répteis, anfíbios, 
inúmeras aves, insetos, etc. 
f) A Floresta Temperada foi bastante devastada 
pelos seres humanos, sendo substituída, 
principalmente, pela agricultura. Hoje, essa 
formação vegetal está restrita a poucos parques e 
reservas. 
VII – Campos / deserto temperado, características: 
 
a) Também chamados de pradarias. 
b) Precipitação entre 300-800mm/ano. 
c) Verões quentes e úmidos, invernos frios. 
d) Solos ricos em matéria orgânica e também em 
nutrientes (por sofrer pouca lixiviação). 
e) Vegetação dominada por gramíneas, há também 
herbáceas não gramíneas abundantes. 
f) Fortemente influenciado pelo fogo. 
g) Alguns se transformam em desertos. 
h) Fauna rica em grandes herbívoros que vivem em 
rebalhos: gazelas, antílopes,.. 
i) O solo geralmente é cheio de túneis e tocas de 
animais. 
j) Estão localizadas em praticamente todos os 
continentes, com maior ocorrência na América do 
Norte. A pradaria brasileira é o pampa gaúcho. 
k) Nas pradarias, a principal movimentação 
econômica retirada do solo vem com os pastos, 
bastante comuns nesse tipo de vegetação. 
VIII – Floresta boreal / Taiga, características: 
 
a) Também conhecidas como Florestas de 
Coníferas, contém também pinheiros, abetos e 
pinheiros da noruega. 
b) A taiga não se localiza exclusivamente no 
hemisfério Norte, encontra-se também em regiões 
de clima frio e com pouca umidade. 
c) Clima frio, com invernos longos. E temperaturas 
anuais abaixo de 5ºC. 
d) Precipitação entre 400-1000mm, devido a baixa 
evaporação, o solo é úmido o ano todo. 
e) Espécies bem adaptadas

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