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EEEP SANTA RITA Política de Meio Ambiente I Professor: Ítalo Renan Ferreira Girão Coordenador EMI em Meio Ambiente Instituto CENTEC Contato: italorgirao@gmail.com INTRODUÇÃO A QUESTÃO AMBIENTAL Em, praticamente, todos os lugares do globo há presença humana e, consequentemente, transformação constante da natureza; Nas última décadas, o homem passou a preocupar-se com a questão ambiental e adotar, mesmo as mais singelas, práticas de preservação e recuperação; AULA 01 – QUESTÃO AMBIENTAL: INTRODUÇÃO A educação ambiental e o controle da ação por meio da legislação, são duas possibilidades para se conseguir essa preservação; A ação humana em escala macro é causa significativa de degradação ambiental; O homem sempre adéqua o espaço em que ele vive às suas necessidades de conforto e desenvolvimento tecno- científico; “Pode-se estabelecer paralelismo entre o avanço da exploração dos recursos naturais com o complexo desenvolvimento tecnológico, científico e econômico das sociedades humanas. (...) A tecnificação e a sofisticação crescente dos padrões sócio-culturais, juntamente com o crescimento populacional, cada vez mais interferem no ambiente natural, a procura dos recursos naturais.” (ROSS, 2006) O processo de degradação ambiental é um problema social, ou seja, só acontece degradação se há presença humana: “Certos processos ambientais, como lixiviação, erosão, movimentos de massa e cheias, podem ocorrer com ou sem a intervenção humana. Dessa forma, ao se caracterizar processos físicos, como degradação ambiental, deve-se levar em consideração critérios sociais que relacionam a terra com seu uso, ou pelo menos, com o potencial de diversos tipos de uso.” (CUNHA & GUERRA, 2006) Evolução Histórica Déc. 60 – NEGAÇÃO: O Meio Ambiente não é importante, o que importa é produzir; Déc. 70 – FUGA: A poluição é um fato da vida e os clientes arcam os custos; Governo Getúlio Vargas (1930-1945): a indústria brasileira ganha um grande impulso; Governo Juscelino Kubitschek (1956-1960): o desenvolvimento industrial brasileiro ganha novos rumos e feições. Estocolmo 1972: início da busca de elementos de mitigação dos efeitos ambientais negativos. “Atingiu-se um ponto da História em que devemos moldar nossas ações no mundo inteiro com a maior prudência, em atenção às suas conseqüências ambientais. Pela ignorância ou indiferença podemos causar danos maciços e irreversíveis ao ambiente terrestre de que dependem nossa vida e nosso bem-estar.” (Declaração de Estocolmo, 1972) Déc. 80 – AMBIVALÊNCIA: O Meio Ambiente é importante, mas não nos cabe a solução do problema; Déc. 90 – COMPROMETIMENTO: Todos devem esforçar- se para melhorar o Meio Ambiente; Constituição de 1988 Eco (RIO) 1992: Carta da Terra; Convenções sobre Biodiversidade, Desertificação e Mudanças Climáticas; Agenda 21 etc. Kyoto 1997: Fruto das convenções sobre mudanças climáticas, propõe, pela primeira vez, um acordo vinculante que compromete os países do Norte a reduzir suas emissões. Novo Milênio – PRÓ-ATIVIDADE: Devemos fazer o que tive de ser feito. Fortalecimento do Estado enquanto defensor dos recursos ambientais; A Educação Ambiental nas escolas; Novos conceitos: Poluidor Pagador, Passivo Ambiental; Quarto relatório do IPCC. Educação ambiental versus legislação ambiental Como a legislação ambiental consolida-se como um instrumento de controle da ação humana? Exemplos - Vídeos: a) ECO 92 – discurso de um criança; b) Efeito Dominó; c) Natureza. - Questões de fixação: 1 - Como o homem interfere na natureza? 2 - No seu ponto de vista, como a lei pode ser um instrumento de controle da ação humana? 3 – Qual a importância das conferências ambientais para a preservação da natureza? INTRODUÇÃO AO DIREITO AMBIENTAL Diante das constantes agressões ao meio ambiente, comprovadas pela ciência e condenadas pela ética e moral, surge a necessidade de se repensar conceitos desenvolvimentistas clássicos. AULA 02 – INTRODUÇÃO AO DIREITO AMBIENTAL O direito ambiental está inserido neste contexto. Um ramo do direito que regule a relação entre a atividade humana e o meio ambiente. Por sua natureza interdisciplinar, o direito do ambiente acaba se comunicando com outras áreas da ciência jurídica. Está intimamente relacionado ao direito constitucional, administrativo, civil, penal e processual. Pelo fato das atividades poluidoras e de degradação do meio ambiente não conhecerem fronteiras, o direito ambiental também está intimamente ligado ao direito internacional Surgimento do direito ambiental A sede insaciável pela busca dos recursos naturais, aliada ao crescimento demográfico em proporções quase geométricas e sem paradigmas do último século, chamaram a atenção da comunidade internacional. É em decorrência desta sucessão de eventos e fatos resumidamente explorados no presente tópico que, em 1972, sob a liderança dos países desenvolvidos e com a resistência dos países em desenvolvimento, a comunidade internacional aceita os termos da Declaração de Estocolmo sobre Meio Ambiente. Constituindo-se como uma declaração de princípios (soft law — na terminologia do direito internacional), a Declaração de Estocolmo rapidamente se estabelece como o documento marco em matéria de preservação e conservação ambiental. A Declaração de Estocolmo passaria a orientar não apenas o desenvolvimento de um direito ambiental brasileiro, mas muitos ao redor do mundo até que, em 1992, naquele que foi considerado o maior evento das Nações Unidas de todos os tempos, a comunidade internacional aprova a Declaração do Rio de Janeiro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. O direito ambiental visa o estudo das relações do homem com a natureza. Assevera Toshio Mukai (1994) ser o acenado direito um conjunto de normas jurídicas integrantes de vários ramos jurídicos reunidos por sua função instrumental para disciplinar o comportamento do homem em relação ao seu meio ambiente. “O direito ambiental é uma ciência nova, porém autônoma”. (Fiorillo, 2000, p.22) Essa independência é decorrente em razão de aquele possuir seus próprios princípios, inseridos na Carta Magna. “É o conjunto de normas jurídicas, técnicas, regras e princípios tendentes a assegurar o equilíbrio ecológico, o desenvolvimento sustentável, e a sadia qualidade de vida de toda a coletividade, e de todo o ecossistema”. (Gina Copola, 2003, p.29) No que diz respeito às fontes de direito ambiental, Antunes divide-as entre materiais e formais. Fontes materiais: movimentos populares, as descobertas científi cas e a doutrina jurídica. Fontes formais:Constituição, as leis, os atos internacionais firmados pelo Brasil, as normas administrativas originadas dos órgãos competentes e jurisprudência. ATIVIDADE (0-3 pontos) – Questões de fixação: 1. Quais as razões que tornam a proteção do ambiente uma das preocupações fundamentais dos cidadãos atualmente? 2. Por que razão os juristas encaram as questões ambientais com base numa abordagem interdisciplinar? 4. Em que consiste o conceito estrito de ambiente? Quais são as principais críticas que se lhe podem dirigir e quais as suas vantagens? 5. Articulando os dispositivos constitucionais pertinentes, é possível afirmar que o direito ao ambiente é hoje um (novo) direito fundamental dos cidadãos? AULA 03 – CONCEITUAÇÃO DE MEIO AMBIENTE NO DIREITO AMBIENTAL Meio ambiente Relaciona-se a tudo o que envolve o ser humano. Na concepção de Fiorillo (2000, p. 19), consiste o meio ambiente em tudo aquilo que circundao homem; “costuma-se criticar tal termo, porque pleonástico, redundante” sendo, pois, desnecessária a complementação pela palavra meio, eis que ambiente significa “âmbito que nos circunda” A “palavra ambiente indica a esfera, o círculo, o âmbito que nos cerca, em que vivemos”. Logo, verifica-se que ambiente já contém, em certo sentido, o significado da palavra meio, razão pela qual o ramo jurídico sub examine é chamado Direito Ambiental, e não Direito ao Meio Ambiente. No Brasil, a utilização da expressão meio ambiente em vez de ambiente, apenas ocorre na legislação em função da necessidade que sente o legislador de dar aos textos legislativos a maior precisão significativa possível. Na Itália, apenas é utilizada a palavra ambiente (SILVA, 1998); Explicação: reside no fato de que esta exprime o conjunto de elementos naturais e culturais, enquanto a expressão meio ambiente denota o resultado da interação desses. Na concepção de José Afonso da Silva (1998, p.02), o meio ambiente é “a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciem o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas”. A definição legal de meio ambiente é encontrada no artigo 3º, I, da Lei n. 6.938/81 - Lei da Política Nacional do Meio Ambiente: “Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por [...] meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. Classificação do meio ambiente Meio ambiente natural: é o físico, constituído pelo solo, água, ar atmosférico, flora, enfim, pela interação dos seres vivos e seu meio. É tutelado, de forma mediata, pelo caput do artigo 225 da Constituição brasileira e, de forma imediata, pelo parágrafo 1º, incisos I e VII do mesmo dispositivo constitucional. Meio ambiente artificial: compõe-se pelo espaço urbano construído, consubstanciado no conjunto de edificações (espaço urbano fechado) e dos equipamentos públicos (ruas, praças, áreas verdes: espaço urbano aberto). Encontra-se inserido nos artigos 225 e 182, ambos da Constituição Federal. Meio ambiente cultural: Integrado pelo patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico e turístico, que, embora artificial como obra do homem, difere, pois tem valor especial (SILVA, 1998). Assim é formado o meio ambiente cultural, o qual encontra previsão normativa no artigo 216 da Lex Fundamentalis. Meio ambiente do trabalho: conceituado como o local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometam a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores (FIORILLO, 2000). Consta do inciso VIII do artigo 200 da Constituição. Está inserto na concepção de ambiente artificial, muito embora mereça tratamento especial. AULA 04 – PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL A crescente preocupação social com as questões ambientais influenciou a comunidade internacional a enveredar a elaboração de normas de proteção do meio ambiente. A este novo projeto de desenvolvimento econômico, resolveu-se incluir a noção de sustentável como única forma viável de evitar a degradação do meio ambiente a níveis que permitam a sadia qualidade de vida no planeta. Para orientar esta atividade normativa, diversos princípios surgiram tanto em âmbito internacional, como no plano nacional e que serviram também para auxiliar na interpretação de conceitos legislativos e sanarem lacunas desta, até então recém nascida, disciplina jurídica. Princípio do direito à sadia qualidade de vida: o reconhecimento do direito à vida já não é mais suficiente. Passa-se a uma nova concepção de que o direito à vida não é completo se não for acompanhado da garantia da qualidade de vida. Os organismos internacionais passam a medir a qualidade de vida não mais apenas com base nos indicadores econômicos e começam a incluir fatores e indicadores sociais. O meio ambiente ecologicamente equilibrado é pressuposto de concretização de satisfação deste princípio. Princípio do acesso equitativo aos recursos naturais: noções de equidade na utilização dos recursos naturais disponíveis passam a ser correntes em diversos ordenamentos jurídicos. Esta equidade seria buscada não apenas entre gerações presentes, mas também com as gerações futuras. A utilização dos recursos naturais no presente somente será aceita em quantidades que não prejudiquem a capacidade de regeneração do recurso, a fim de garantir o direito das gerações vindouras. Princípios usuário-pagador e poluidor-pagador: o acesso aos recursos naturais pode se dar de diferentes formas. Pode ser através do seu uso (como ou uso da água, por exemplo) ou de lançamento de substâncias poluidoras (emissão de gases poluentes na atmosfera, por exemplo). Diante deste dois importantes princípios passa-se a aceitar a quantificação econômica dos recursos ambientais de forma a desincentivar abusos e impor limites para a garantia de outros princípios igualmente importantes. Princípios da precaução e prevenção: dois importantes princípios que atuam nas situações de riscos ambientais. O princípio da precaução orienta a intervenção do Poder Público diante de evidências concretas de ocorrência de um dano, sem que haja a certeza dos efeitos desses danos. ¬ A precaução sugere, então, medidas racionais que incluem a imposição de restrições temporárias e o compromisso da continuação da pesquisa técnica ou científica para a comprovação do nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o resultado danoso. No que diz respeito ao princípio da prevenção, a sua contextualização segue a mesma linha, entretanto, há a certeza dos danos e efeitos provocados. Nesse caso, impõem-se a proibição, mitigação ou compensação da ação ou omissão como forma de evitar a ocorrência do dano ambiental. Princípio da reparação: diante da complexidade do bem ambiental, toda vez que danificado, complexa também será a reparação dos estragos realizados. O Direito Ambiental enfatiza em sua essência sempre a precaução e a prevenção. Mas, diante da ocorrência de um dano e na medida do possível, prevalece e impõe-se a preferência pela reparação ao estado anterior. Princípios da informação e da participação: a Constituição Federal impõem ao Poder Público e à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente. Esta obrigação somente poderá ser exigida com a garantia da participação da sociedade como um todo. Para que a participação (que pode ser materializada através de consultas e audiências públicas, por exemplo) seja qualificada é imperioso garantir-se o direito à informação ambiental. O direito à informação deve ser entendido em sua concepção geral, abrangendo o acesso a informações sobre atividades e materiais perigosos, assim como o direito às informações processuais, tanto no âmbito judicial quanto na esfera administrativa. Princípio da obrigatoriedade da intervenção do poder público: significa que em um ambiente sem regulação (ou intervenção estatal) a natureza humana tenderia ao esgotamento dos recursos naturais. Ademais, sendo um bem que pertence à coletividade, há a necessidade de um gestor, no caso do direito ambiental, o Poder Público. Como gestor, decorre uma obrigação constitucional de defesa e proteção do meio ambiente. Princípio da legalidade: todas as ações e decisões devem possuir previsão legal. AULA 05 – ESTRUTURA BÁSICA DE UM TEXTO JURÍDICO As expressões artigos, alíneas, incisos, parágrafos, entre outras, são muito comuns quando estamos estudando ou mesmo ouvindo falar de uma determinada lei, resolução, portaria, etc. Entender estes conceitos é um dos primeiros passos quando se decideestudar leis. Artigo É a unidade básica da lei. Toda lei tem, no mínimo, um artigo, e eles constituem a forma mais prática de se localizar alguma informação dentro da lei, por maior que ela seja. Quando a lei é muito grande, geralmente ela possui uma grande quantidade de artigos (A CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, por exemplo, possui mais de 900 artigos), mas eles nunca se repetem. Os artigos são representados pela abreviatura art. seguidos de numerais ordinais até o 9º; após, segue com números cardinais, exemplo: art. 9º, art. 10. Ao enunciado do artigo dá-se o nome de caput (lê-se cápati). Parágrafo É um desdobramento da norma de um determinado artigo, podendo complementá-la, indicar alguma exceção, etc. é indicado pelo símbolo § e vem seguido de um número ordinal até o 9º; após, segue com números cardinais, da mesma forma que o artigo. Quando o artigo possui apenas um parágrafo, o chamamos de parágrafo único. Todo parágrafo deve estar vinculado a um determinado artigo, ou seja, é incorreto dizer: Me refiro ao parágrafo tal da lei tal… Devemos, portanto, dizer: Me refiro ao parágrafo tal, do artigo tal, da lei tal ….. Inciso É um desdobramento do artigo ou do parágrafo, conforme o caso. São representados por algarismos romanos e são encerrados, geralmente, por ponto-e-vírgula, salvo se for o último inciso do artigo ou parágrafo ou se o inciso se desdobrar em alíneas. É importante não confundir: o inciso não se encontra no mesmo “nível hierárquico” do parágrafo. Um parágrafo pode ser divido em incisos, mas um inciso não pode se dividir em parágrafos. Alíneas Representam o desdobramento dos incisos ou dos parágrafos. São representadas por letras minúsculas, acompanhadas de parênteses. Um artigo também pode se desdobrar diretamente em alíneas, sem a necessidade de incisos ou parágrafos. Itens É o desdobramento da alínea. É representado por algarismos arábicos (ou seja, os algarismos “normais”) seguido de ponto final.. Exemplo Lei 2009/2009 Art.1º Aqui virá o caput, que é o enunciado do artigo. § 1º Aqui virá o texto do parágrafo único, que é um desdobramento do artigo, que terminará com dois-pontos porque será complementado pelo inciso abaixo: I - aqui virá o texto do inciso I, que será desdobrado na alínea abaixo: a) aqui virá o texto da alínea a, que conterá os itens abaixo: 1. informação do primeiro item; 2. informação do segundo item. Obs.: Um artigo pode se desdobrar apenas em parágrafos, em incisos, nos dois ou em nenhum dos dois. Os incisos podem se desdobrar em alíneas e os parágrafos em incisos ou alíneas. Para leis que são muito grandes, ou que possuem um conteúdo muito diversificado, podemos dividi-las em partes, livros, títulos, capítulos, seções e subseções. Teríamos então, a grosso modo, a seguinte “hierarquia”: Lei 2009/2009 PARTE PRIMEIRA LIVRO I TÍTULO I CAPÍTULO I Seção I Subseção I Art. 1º Caput: § 1º (…) Só para constar: Lei (do verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", ou legere, que significa "aquilo que se lê") é uma norma ou conjunto de normas jurídicas criadas através dos processos próprios do ato normativo e estabelecidas pelas autoridades competentes para o efeito. Decreto: são atos meramentes administrativos da competência dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos). É usualmente utilizado pelo chefe do poder executivo para fazer nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas. Decreto-Lei: é um decreto com força de lei, que emana do Poder Executivo, previsto nos sistemas legislativos de alguns países. Os decretos-lei podem aplicar-se à ordem econômica, fiscal, social, territorial e de segurança, com legitimidade efetiva de uma norma administrativa e poder de lei desde a sua edição. Projeto de Lei: Um projeto de lei é um tipo de proposta normativa submetida à deliberação de um órgão legislativo, com o objetivo de produzir uma lei. Normalmente, um projeto de lei depende ainda da aprovação ou veto pelo Poder Executivo antes de entrar em vigor. Emenda constitucional: é uma modificação da constituição, resultando em mudanças pontuais do texto constitucional, as quais são restritas a determinadas matérias, não podendo, apenas, ter como objeto a abolição das chamadas cláusulas pétreas. Resolução: são atos administrativos normativos que partem de autoridade superiores, mas não do chefe do executivo, através das quais disciplinam matéria de sua competência específica. As resoluções não podem contrariar os regulamentos e os regimentos, mas explicá-los. Podem produzir efeitos externos. Portaria: são atos internos emanados dos chefes dos órgãos, destinados aos seus subordinados, expedindo determinações gerais ou especiais. Podem iniciar sindicâncias ou processos administrativos. Alvará: é a forma, o revestimento exterior da licença, da autorização, que são o conteúdo do ato administrativo. É o instrumento pelo qual a licença e a autorização são concedidas. AULA 06 – DIREITO AMBIENTAL NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 A Constituição Federal brasileira de 1988 é um marco na defesa dos direitos e interesses ambientais ao dispor em diferentes títulos e capítulos sobre a necessidade de preservação do meio ambiente para as presentes e futuras gerações. Além disso, é a primeira vez em que a expressão “meio ambiente” aparece em uma Constituição brasileira. Em capítulo específico diversos são os conceitos e princípios inovadores trazidos pela Carta Magna que norteiam o direito ambiental brasileiro. O texto constitucional inova também quando divide a responsabilidade pela defesa do meio ambiente entre o Poder Público e à coletividade, ampliando sobremaneira a importância da sociedade civil organizada e, portanto, também reforçando o seu título de “constituição cidadã”. Segundo o art. 225, caput, da CF/88: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. - atribui a todos, indefinidamente, ou seja, qualquer cidadão residente no país, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado - Cria um direito individualizado no sentido de que pertence a cada indivíduo, um verdadeiro direito subjetivo. Tal direito é ao mesmo tempo indivisível, significando a satisfação do direito para uma pessoa, beneficiando a coletividade. Art. 5º, inc. LXXIII, da CF/88: Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má- fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. - função institucional do Ministério Público “promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.” - legitimação das associações civis para a propositura da ação civil pública. O art. 225, § 4º, da Cf/88 optou por diferenciar alguns biomas conferindo-lhes especial importância e definindo-os como sendo patrimônio nacional: A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato- Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. -diante das características de determinados biomas, ainda que admita-se a propriedade privada, o seu usufruto deve levar em conta as funções e relevância ambiental para toda coletividade inclusive, o próprio proprietário - as relações de Direito Privado, de propriedade e, mesmo de Direito Público, existentes sobre tais bens devem ser exercidas com cautelas especiais. - Tem-se, portanto, que o direito de propriedade privada sobre os bens ambientais, não se exerce apenas no benefício do seu titular, mas em benefício da coletividade. ATIVIDADE (0-3 pontos) – Questões de fixação: 1. Qual é a importância da Constituição trazer previsões de direitos e deveres de defesa e proteção do meio ambiente? 2. Qual é a importância dada pela decisão em garantir o direito da coletividade à Mata Atlântica e outros recursos? 3. Julgue os itens que se seguem, acerca do regime jurídico nacional dos recursos minerais. I - A exploração mineral atende a um regime de concessão. Cabe ao Estado brasileiro, detentor do domínio sobre os recursos naturais do subsolo, administrar esse patrimônio, na qualidade de poder concedente fiscalizador. II - Os recursos minerais devem ser explorados com vistas à satisfação dos interesses do particular que investe na exploração mineral. 4. É de aceitação, dir-se-ia universal, que a ação estatal ou do poder público, dentre outros, em matéria de meio ambiente está fundada sobre princípios, dos quais destacam-se: a) O do poluidor-pagador e da ação preventiva; b) O da anterioridade; c) O da executoriedade; d) O da limitação ambiental. 5. A toda e qualquer alteração de natureza física, química e biológica que venha a desequilibrar o meio ambiente, diz-se: a) Biodiversidade; b) Diversidade agressiva genética; c) Ampliação do efeito estufa; d) Poluição ambiental. 6. O meio ambiente, ecologicamente equilibrado, é: a) Um bem de uso especial. b) Um bem de domínio útil. c) Um bem de uso comum do povo. d) Um bem dominical. 7. Acerca de direito ambiental, julgue e comente os itens a seguir: 7.1. O desenvolvimento sustentável contempla as dimensões humana, física, econômica, política, cultural e social em harmonia com a proteção ambiental. Logo, como requisito indispensável para tal desenvolvimento, todos devem cooperar na tarefa essencial de erradicar a pobreza, de forma a reduzir as disparidades nos padrões de vida e melhor atender às necessidades da maioria da população do mundo. 7.2. O meio ambiente cultural é constituído pelo patrimônio artístico, histórico, turístico, paisagístico, arqueológico, espeleológico e cultural, que envolve bens de natureza material e imaterial, considerados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade. Um instrumento de sua proteção é o tombamento, do qual se valeram a UNESCO e o governo brasileiro para preservar o Plano Piloto de Brasília, considerado patrimônio histórico da humanidade. AULA 07 – POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE - PNMA A Lei N.º 6.938/81, com base nos incisos VI e VII do Art. 23 e no Art. 225 da Constituição, estabelece a Política Nacional de Meio ambiente com o objetivo de preservar, melhorar e recuperar a qualidade ambiental do país através do SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente). A Política Nacional define o meio ambiente como sendo um patrimônio público que, portanto, que deve ser protegido e justifica a racionalização do uso do solo, subsolo, água e ar. Além de planejamento e fiscalização dos recursos naturais, proteção dos ecossistemas, controle e zoneamento das atividades poluidoras, incentivo às pesquisas com este intuito, recuperação de áreas degradadas e educação ambiental em todos os níveis de ensino. Tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana (Art. 2º) Tem por Princípios (Art. 2°): I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; VIII - recuperação de áreas degradadas; IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente. Tem por Definições (Art. 3°): I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente; III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. SISNAMA : O que é? (Art. 6°) São os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental Quem são? I - Órgão superior (Art. 6°, I) II - Órgão consultivo e deliberativo (Art. 6°, II) III – Órgão central (Art. 6°, III) IV – Órgão executor (Art. 6°, IV) V – Órgãos seccionais (Art. 6°, V) Órgão seccional superior Órgão seccional consultivo e deliberativo Órgão seccional central Órgão seccional executor VI – Órgãos locais (Art. 6°, VI) Órgão local superior Órgão local consultivo e deliberativo Órgão local central Órgão local executor O que cada um faz? I - Órgão superior (Art. 6°, I) Assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; II - Órgão consultivo e deliberativo (Art. 6°, II) Assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; III – Órgão central (Art. 6°, III) Finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; IV – Órgão executor (Art. 6°, IV) Finalidade de executar e fazer executar, como órgão federal, a política e diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; V – Órgãos seccionais (Art. 6°, V) Órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalizaçãode atividades capazes de provocar a degradação ambiental; VI – Órgãos locais (Art. 6°, VI) Órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições. Nomenclatura atualizada: Órgão Nome Superior Conselho de Governo (órgão integrante da Presidência da República, conforme a Lei 10.683/03) Consultivo e deliberativo CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente Central MMA – Ministério do Meio Ambiente Executor IBAMA – Instituo Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Seccional SEMACE – Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (conforme Lei Estadual 11.411/87) Local *Depende de cada município Em tempo, Sistema Estadual de Meio Ambiente do Ceará Assim como o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), possuiu: a) um órgão formulador, planejador e coordenador das políticas públicas ambientais para o Ceará – CONPAM. b) Um órgão que cuida da execução das políticas elaboradas na área ambiental, além de fiscalizar e conceder licenças ambientais no Estado – SEMACE c) Um órgão que funciona como órgão consultivo e deliberativo. Assessora o chefe do executivo em assuntos de política de proteção ambiental, baixa normas necessárias à regulamentação e implementação da Política Estadual do Meio Ambiente e aprova as normas e critérios para licenciamento - COEMA Órgãos Seccionais Nome Superior Não existe. Função acumulada pelo COEMA (Lei Estadual 11.411/87). Consultivo e deliberativo COEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente Central CONPAM – Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente Executor SEMACE – Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará Seccional SEMACE – Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (conforme Lei Estadual 11.411/87) Além do CONPAM, SEMACE e COEMA, os órgãos municipais responsáveis pelo Meio Ambiente tais como Secretarias, Autarquias, Departamentos, bem como os COMDEMAS, também fazem parte do Sistema, atuando especificamente na área dos seus respectivos municípios. Os COMDEMAS funcionam como catalisadores da participação popular na gestão ambiental das cidades Tem por Instrumentos (Art. 9°): I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; II - o zoneamento ambiental; III - a avaliação de impactos ambientais; IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros. Principais normas e Leis surgidas a partir dos instrumentos da PNMA Instrumento Nome I - Lei n° 9.433/97 (Estabelece a Política Nacional de Recursos Hídricos); - Resolução CONAMA n° 357/05 (Classificação e enquadramento de Corpos D’água. Padrões para lançamento de efluentes); - Resolução CONAMA n° 003/90 (Estabelece padrões de qualidade do Ar); - Resolução CONAMA n° 008/90 (Estabelece limites máximos para emissão de poluentes atmosféricos) - Resolução CONAMA n° 420/09 (Estabelece padrões de qualidade do solo); Instrumento Nome II - Decreto n° 4.297/02 (Estabelece critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico); III - Resolução CONAMA nº 001/86 (Estabelece o EIA/RIMA); IV - Decreto n° 99.274/90 (Regulamenta a PNMA) - Resolução CONAMA n° 237/97 (Estabelece o Licenciamento Ambiental); - Lei Complementar n° 140/11 (Fixa normas para o licenciamento ambiental federal, estadual e municipal) V - - - Instrumento Nome VI - Lei 9.985/00 (Institui o Sistema Nacional de Unidade de Conservação); - Lei 12.651/12 (Dispõe sobre a proteção de vegetação nativa – Novo código florestal); VII - Portaria IBAMA nº 160/09 (Cria o SINIMA) VIII - Resolução CONAMA 001/88 (Estabelece o Cadastro Técnico Federal) IX - Lei 9.605/98 (Institui a Lei de Crimes Ambientais); Instrumento Nome X - Instrução Normativa n° 6/2014 (Regulamenta o Relatório Anual de Atividades e Poluidoras); XI - Lei 10.650 (Dispõe sobre o acesso público aos dados existentes nos órgãos e entidade do SISNAMA); XII - Resolução CONAMA 001/88 (Estabelece o Cadastro Técnico Federal) XIII - - - Institui o Licenciamento e a Fiscalização Ambiental (Arts. 10 e 11) Veremos detalhadamente nas aulas XX e XX As ações de licenciamento, registro, autorizações, concessões e permissões relacionadas à fauna, à flora, e ao controle ambiental são de competência exclusiva dos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente. (Art. 17-L) Incentiva atividades voltadas ao meio ambiente (Art. 13) Impõe sanções aos transgressores (Art. 14) - multa simples ou diária, agravada em casos de reincidência; - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; - perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento; - suspensão de sua atividade. É o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente. A pena é aumentada até o dobro se: I – resultar: a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente; b) lesão corporal grave; II - a poluição é decorrente de atividade industrial ou de transporte; III - o crime é praticado durante a noite, em domingo ou em feriado. Cria o Cadastro Técnico Federal (Art. 17) - Registro de pessoas e empresas que prestam consultorias; - Registro de pessoas e empresas que pratiquem atividades potencialmente poluidoras e inerentes. AULA 08 – ÁUDIO COMPLEMENTAR – ATIVIDADE ATIVIDADE PARCIAL (0-10 pontos): I – Escutar os áudios fornecidos pelo professor; II – Elaborar um relatório das informações escutadas, apresentando apontamentos sobre os principais pontos observados nos áudios; III – Responder as questões: 1) É muito comum as pessoas cofundirem APA com APP. Elas são a mesma coisa? Discorra. 2) De que forma são tratados os resíduos sólidos no Brasil? 3) As leis municipais sobre a utilização dos recursos naturais podem ser mais permissivas que a legislação estadual ou federal? 4) Qual é a competência comum a União, Estados e Municípios? AULA 09 – REVISÃO PARA AVALIAÇÃO BIMESTRAL DÚVIDAS? AULA 10 – AVALIAÇÃO BIMESTRAL (0-10 PONTOS) PROVA BIMESTRAL AULA 11 – LEIS LIGADAS A QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE A Política Nacional de Meio Ambiente, Lei N.º 6.938, estabelece uma série de instrumentos (Art. 9º) que propõem-se a ser meios para garantia dos objetivos e princípios relacionados apreservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida. Dessa forma, o Instrumento I refere-se à: I – Estabelecimento de padrões de qualidade ambiental (Art. 9º, I). Assim, seguem algumas leis, a serem trabalhadas, sobre tal instrumento: Instrumento Nome I - Lei n° 9.433/97 (Estabelece a Política Nacional de Recursos Hídricos); - Resolução CONAMA n° 357/05 (Classificação e enquadramento de Corpos D’água. Padrões para lançamento de efluentes); - Resolução CONAMA n° 003/90 (Estabelece padrões de qualidade do Ar); - Resolução CONAMA n° 008/90 (Estabelece limites máximos para emissão de poluentes atmosféricos) - Resolução CONAMA n° 420/09 (Estabelece padrões de qualidade do solo); Lei 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos Estabelece os Fundamentos (Art. 1º) I – a água é um bem de domínio público; II – a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; III – em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais; IV – a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; V – a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. Estabelece os Objetivos (Art. 2º) I – assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; II – a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; III – a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. Estabelece os Instrumentos (Art. 5º) I – os Planos de Recursos Hídricos; II – o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água; III – a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; IV – a cobrança pelo uso de recursos hídricos; V – a compensação a municípios; VI – o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos. Planos de Recursos Hídricos (Arts. 6º a 8°) O que são? São planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o gerenciamento dos recursos hídricos. O que contém? - Diagnósticos; - Análise de alternativas de atividades que usam a água; - Balanço entre disponibilidade e demandas futuras; - Metas de racionalização do uso, aumento da quantidade e melhoria da qualidade; - Medidas para atendimento das metas; - Prioridades para uso, cobrança pelo uso e restrição do uso. Quem deve possuir um PRH? - Cada Bacia hidrográfica; - Cada Estado; e, - O País Enquadramento dos corpos hídricos (Arts. 9º a 10) O que são? Estabelecimento de classes de corpos d’água Veremos com detalhes na aula 12, por ocasião da leitura da Resolução CONAMA n° 357/05 Outorga (Arts. 11 a 18) O que é? É um instrumento que confere, ou não, o direito ao uso do recurso hídrico. Tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água. Quem deve possuir? Todo aquele que usa a água para: - Consumo final, inclusive abastecimento público ou processo produtivo, seja por meio de derivação, captação ou extração; - Lançar esgotos ou resíduos líquidos ou gasosos, com fim de diluição, transporte ou destino final; - Aproveitamento hidrelétrico; - Outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade. Quem não precisa possuir? Todo aquele que usa a água para: - Consumo final, ou não, em pequenos núcleos habitacionais, em meio rural; - Derivações, captações e lançamentos insignificantes; - Acumulações insignificantes. Quais informações adicionais preciso saber? - Toda outorga está condicionada às prioridades estabelecidas no Plano de Recurso Hídrico; - O poder público federal ou estadual efetivará a outorga; - A outorga poderá ser suspensa totalmente ou parcialmente; - A outorga não excederá o prazo de 35 anos, renovável; - A outorga é apenas o direito de uso e não a alienação do bem. Cobrança do uso (Arts. 19 a 23) O que é? É a cobrança pelo uso da água por meio da outorga. Se deve por reconhecer a água como bem econômico, incentivo a racionalização e necessidade de financiamento de programas e intervenções previstos nos PRH’s Quais informações adicionais preciso saber? - O valor cobrado dependerá do volume usado e do regime de variação ou da quantidade de resíduo lançada, seu regime de variação e características; - Os valores arrecadados serão aplicados, prioritariamente, na bacia hidrográfica em que foram gerados. Do sistema de informações sobre Recursos Hídricos (Arts. 25 a 27) O que é? É um sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão Quais os objetivos? I – reunir, dar consistência e divulgar os dados e informações sobre a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos no Brasil; II – atualizar permanentemente as informações sobre disponibilidade e demanda de recursos hídricos em todo o território nacional; III – fornecer subsídios para a elaboração dos Planos de Recursos Hídricos. Da ação do poder público (Arts. 29 a 31) Cabe à União: I – tomar as providências necessárias à implementação e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; II – outorgar os direitos de uso de recursos hídricos, e regulamentar e fiscalizar os usos, na sua esfera de competência; III – implantar e gerir o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos, em âmbito nacional; IV – promover a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental. Cabe aos Estados e DF: I – outorgar os direitos de uso de recursos hídricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos; II – realizar o controle técnico das obras hídricas; III – implantar e gerir o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos, em âmbito estadual e do Distrito Federal; IV – promover a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental. Art. 31. Na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos Municípios promoverão a integração das políticas locais de saneamento básico, de uso, ocupação e conservação do solo e de meio ambiente com as políticas federal e estaduais de recursos hídricos. Do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Arts. 32 a 48) O que é? Conjunto de órgãos que, integrados, tem como objetivo I – coordenar a gestão integrada das águas; II – arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos; III – implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos; IV – planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos recursos hídricos; V – promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos. Conselho Nacional de Recursos Hídricos O que deve fazer? I – promover a articulação do planejamento de recursos hídricos com os planejamentos nacional, regional, estaduais e dos setores usuários; II – arbitrar, em última instância administrativa, os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos; III – deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hídricos cujas repercussões extrapolem o âmbito dos Estados em que serão implantados; IV – deliberar sobre as questões que lhe tenhamsido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos ou pelos Comitês de Bacia Hidrográfica; V – analisar propostas de alteração da legislação pertinente a recursos hídricos e à Política Nacional de Recurso Hídricos; VI – estabelecer diretrizes complementares para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, aplicação de seus instrumentos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; VII – aprovar propostas de instituição dos Comitês de Bacia Hidrográfica e estabelecer critérios gerais para a elaboração de seus regimentos; VIII – VETADO; IX – acompanhar a execução e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hídricos e determinar as providências necessárias ao cumprimento de suas metas; X – estabelecer critérios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hídricos e para a cobrança por seu uso. Deverão haver Conselhos de Recursos Hídricos nos Estados e DF. Suas competências abrangem sua área de atuação. No Ceará chama-se CONERH (Lei 11.996, de 24 de julho de 1992) Comitês de Bacia Hidrográfica O que devem fazer? I – promover o debate das questões relacionadas a recursos hídricos e articular a atuação das entidades intervenientes; II – arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hídricos; III – aprovar o Plano de Recursos Hídricos da bacia; IV – acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da bacia e sugerir as providências necessárias ao cumprimento de suas metas; V – propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos as acumulações, derivações, captações e lançamentos de pouca expressão, para efeito de isenção da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hídricos, de acordo com os domínios destes; VI – estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados; VII e VIII – VETADOS; IX – estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo. Agências de Água O que deve fazer? I – manter balanço atualizado da disponibilidade de recursos hídricos em sua área de atuação; II – manter o cadastro de usuários de recursos hídricos; III – efetuar, mediante delegação do outorgante, a cobrança pelo uso de recursos hídricos; IV – analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobrança pelo uso de Recursos Hídricos e encaminhá-los à instituição financeira responsável pela administração desses recursos; V – acompanhar a administração financeira dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos em sua área de atuação; VI – gerir o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos em sua área de atuação; VII – celebrar convênios e contratar financiamentos e serviços para a execução de suas competências; VIII – elaborar a sua proposta orçamentária e submetê-la à apreciação do respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica; IX – promover os estudos necessários para a gestão dos recursos hídricos em sua área de atuação; X – elaborar o Plano de Recursos Hídricos para apreciação do respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica; XI – propor ao respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica: a) o enquadramento dos corpos de água nas classes de uso, para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, de acordo com o domínio destes; b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hídricos; c) o plano de aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos; d) o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo. Art. 41. As Agências de Água exercerão a função de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica. Art. 42. As Agências de Água terão a mesma área de atuação de um ou mais Comitês de Bacia Hidrográfica. No Brasil, há a Agência Nacional de Águas - ANA No Estado do Ceará, a Secretaria de Recursos Hídricos - SRH e a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – COGERH fazem, conjuntamente, as funções de uma Agência de Águas regional. Organizações civis O que são? I – consórcios e associações intermunicipais de bacias hidrográficas; II – associações regionais, locais ou setoriais de usuários de recursos hídricos; III – organizações técnicas e de ensino e pesquisa com interesse na área de recursos hídricos; IV – organizações não governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade; V – outras organizações reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos. Das Infrações e penalidades (Arts. 49 e 50) Constituem-se como infrações: a) Derivar ou utilizar recursos hídricos sem outorga; b) Implantar empreendimento que use recurso hídrico sem a prévia autorização; c) Não cumprir com os termos da outorga; d) Perfurar ou operar poços sem autorização; e) Fraudar medições de volumes d’água; f) Obstar ou dificultar a fiscalizar; g) Infringir outras normas previstas em regulamento(s). Constituem-se como penas: I – advertência por escrito II – multa, simples ou diária, proporcional à gravidade da infração, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais); III – embargo provisório, por prazo determinado; IV – embargo definitivo, com revogação da outorga. AULA 12 – ATIVIDADE 0-3PONTOS AA 04: COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS E GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO CEARÁ AULA 13 – LEIS LIGADAS A QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE - CONTINUAÇÃO Resolução CONAMA 357/97 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Estabelece as Definições (Art. 2º) I - águas doces: águas com salinidade igual ou inferior a 0,5 ‰; II - águas salobras: águas com salinidade superior a 0,5 ‰ e inferior a 30 ‰; III - águas salinas: águas com salinidade igual ou superior a 30 ‰; IV - ambiente lêntico: ambiente que se refere à água parada, com movimento lento ou estagnado; V - ambiente lótico: ambiente relativo a águas continentais moventes; VII - carga poluidora: quantidade de determinado poluente transportado ou lançado em um corpo de água receptor, expressa em unidade de massa por tempo; IX - classe de qualidade: conjunto de condições e padrões de qualidade de água necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou futuros; X - classificação: qualificação das águas doces, salobras e salinas em função dos usos preponderantes (sistema de classes de qualidade) atuais e futuros; XIII - condições de lançamento: condições e padrões de emissão adotados para o controle de lançamentos de efluentes no corpo receptor; XXV - monitoramento: medição ou verificação de parâmetros de qualidade e quantidade de água, que pode ser contínua ou periódica, utilizada para acompanhamento da condição e controle da qualidade do corpo de água; XXVI - padrão: valor limite adotado como requisito normativo de um parâmetro de qualidade de água ou efluente; XXVII - parâmetro de qualidade da água: substancias ou outros indicadores representativos da qualidade da água; Da classificação (Arts. 3° ao 6°) Águas Doces Classe Especial a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção; b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e, c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral. Águas Doces Classe 1 a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conformeResolução CONAMA no 274, de 2000; d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas. Águas Doces Classe 2 a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e e) à aqüicultura e à atividade de pesca. Águas Doces Classe 3 a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à pesca amadora; d) à recreação de contato secundário; e e) à dessedentação de animais. Classe 4 a) à navegação; e b) à harmonia paisagística Águas Salobras Classe Especial a) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral; e, b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas. Águas Salobras Classe 1 a) à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à aqüicultura e à atividade de pesca; d) ao abastecimento para consumo humano após tratamento convencional ou avançado; e e) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película, e à irrigação de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto. Águas Salobras Classe 2 a) à pesca amadora; e b) à recreação de contato secundário. Classe 3 a) à navegação; e b) à harmonia paisagística Águas Salinas Classe Especial a) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral; e b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas. Águas Salinas Classe 1 a) à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; b) à proteção das comunidades aquáticas; e c) à aqüicultura e à atividade de pesca. Águas Salinas Classe 2 a) à pesca amadora; e b) à recreação de contato secundário. Classe 3 a) à navegação; e b) à harmonia paisagística. Das condições e padrões de qualidade (Arts. 7° ao 23) Os padrões de qualidade das águas estabelecem limites individuais para cada substância em cada classe. O conjunto de parâmetros de qualidade de água selecionado para subsidiar a proposta de enquadramento deverá ser monitorado periodicamente pelo Poder Público. A análise e avaliação dos valores dos parâmetros de qualidade de água de que trata esta Resolução serão realizadas pelo Poder Público, podendo ser utilizado laboratório próprio, conveniado ou contratado, que deverá adotar os procedimentos de controle de qualidade analítica necessários ao atendimento das condições exigíveis. O Poder Público poderá, a qualquer momento, acrescentar outras condições e padrões de qualidade, para um determinado corpo de água, ou torná-los mais restritivos, tendo em vista as condições locais, mediante fundamentação técnica. O Poder Público poderá estabelecer restrições e medidas adicionais, de caráter excepcional e temporário, quando a vazão do corpo de água estiver abaixo da vazão de referência. Nas águas de classe especial deverão ser mantidas as condições naturais do corpo de água. Condições de qualidade Padrões de qualidade a) não verificação de efeito tóxico crônico a organismos b) materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes; c) óleos e graxas: virtualmente ausentes; d) substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes; e) corantes provenientes de fontes antrópicas: virtualmente ausentes; f) resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes; [...] Visualização (para Classe I – Águas Doces) Das condições e padrões de Lançamento de Efluentes (Resolução CONAMA n° 430/2011) Os efluentes não poderão conferir ao corpo receptor características de qualidade em desacordo com as metas obrigatórias progressivas, intermediárias e final, do seu enquadramento. O órgão ambiental competente deverá, por meio de norma específica ou no licenciamento da atividade ou empreendimento, estabelecer a carga poluidora máxima para o lançamento de substâncias passíveis de estarem presentes ou serem formadas nos processos produtivos, listadas ou não nesta Resolução. O órgão ambiental competente poderá exigir, nos processos de licenciamento ou de sua renovação, a apresentação de estudo de capacidade de suporte do corpo receptor. É vedado, nos efluentes, o lançamento dos Poluentes Orgânicos Persistentes – POP’s; O órgão ambiental competente poderá, quando a vazão do corpo receptor estiver abaixo da vazão de referência, estabelecer restrições e medidas adicionais, de caráter excepcional e temporário, aos lançamentos de efluentes que possam, dentre outras consequências: I - acarretar efeitos tóxicos agudos ou crônicos em organismos aquáticos; ou II - inviabilizar o abastecimento das populações. Condições de lançamento Padrões de qualidade a) pH entre 5 a 9; b) temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura; c) materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora. Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes; Visualização (Lançamento de efluentes) Condições de lançamento Padrões de qualidade d) regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vez a vazão média do período de atividade diária do agente poluidor e) óleos e graxas: 1. óleos minerais: até 20 mg/L; 2. óleos vegetais e gorduras animais: até 50 mg/L; f) ausência de materiais flutuantes; e g) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 5 dias a 20°C): remoção mínima de 60% de DBO. Condições de lançamento Padrões de qualidade a) pH entre 5 e 9; b) temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura; c) materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff. Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes; d) Demanda Bioquímica de Oxigênio-DBO 5 dias, 20°C: máximo de 120 mg/L, e) substâncias solúveis em hexano (óleos e graxas) até 100 mg/L; e f) ausência de materiais flutuantes. Mesmo para efluentes no geral Visualização (Lançamento de efluentes oriundos de ETE Sanitários) AULA 14 – LEIS LIGADAS A QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE - CONTINUAÇÃO Resolução CONAMA n° 420/09 Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Importante: Não se aplica para meio aquático marinho e ambientes estuarinos (Art. 2°) A proteção do solo deve ser realizada de maneira preventiva, a fim de garantir a manutenção da sua funcionalidade ou, de maneira corretiva, visando restaurar sua qualidade ou recuperá-la de forma compatível com os usos previstos. Funções principais do solo: I - servir como meio básico para a sustentação da vida e de habitat para pessoas, animais, plantas e outros organismos vivos; II - manter o cicloda água e dos nutrientes; III - servir como meio para a produção de alimentos e outros bens primários de consumo; IV - agir como filtro natural, tampão e meio de adsorção, degradação e transformação de substâncias químicas e organismos; V - proteger as águas superficiais e subterrâneas; VI - servir como fonte de informação quanto ao patrimônio natural, histórico e cultural; VII - constituir fonte de recursos minerais; e VIII - servir como meio básico para a ocupação territorial, práticas recreacionais e propiciar outros usos públicos e econômicos. Estabelece as definições (Art. 6°) Avaliação de risco: processo pelo qual são identificados, avaliados e quantificados os riscos à saúde humana ou a bem de relevante interesse ambiental a ser protegido; Contaminação: presença de substância(s) química(s) no ar, água ou solo, decorrentes de atividades antrópicas, em concentrações tais que restrinjam a utilização desse recurso ambiental para os usos atual ou pretendido. Monitoramento: medição ou verificação, que pode ser contínua ou periódica, para acompanhamento da condição de qualidade de um meio ou das suas características; Perigo: Situação em que estejam ameaçadas a vida humana, o meio ambiente ou o patrimônio público e privado, em razão da presença de agentes tóxicos, patogênicos, reativos, corrosivos ou inflamáveis no solo ou em águas subterrâneas ou em instalações, equipamentos e construções abandonadas, em desuso ou não controladas; Remediação: uma das ações de intervenção para reabilitação de área contaminada, que consiste em aplicação de técnicas, visando a remoção, contenção ou redução das concentrações de contaminantes; Reabilitação: ações de intervenção realizadas em uma área contaminada visando atingir um risco tolerável, para o uso declarado ou futuro da área; Risco: é a probabilidade de ocorrência de efeito(s) adverso(s) em receptores expostos a contaminantes; Estabelece a classificação (Art. 13) I - Classe 1 - Solos que apresentam concentrações de substâncias químicas menores ou iguais ao Valor de Referência de Qualidade - VRQ (define a qualidade natural do solo); II - Classe 2 - Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância química maior do que o VRQ e menor ou igual ao Valor de Prevenção – VP (concentração limite); III - Classe 3 - Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância química maior que o VP e menor ou igual ao Valor de Investigação – VI (valores acima da qual existem riscos potenciais); e IV - Classe 4 - Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância química maior que o VI Estabelece a prevenção e controle (Art. 14) Os empreendimentos com potencial de contaminação do solo deverão: I - implantar programa de monitoramento de qualidade do solo e das águas subterrâneas na área do empreendimento e, quando necessário, na sua área de influência direta e nas águas superficiais; e II - apresentar relatório técnico conclusivo sobre a qualidade do solo e das águas subterrâneas, a cada solicitação de renovação de licença e previamente ao encerramento das atividades. Procedimentos para avaliação das concentrações de substâncias químicas e controle da qualidade do solo, dentre outros: I - realização de amostragens e ensaios de campo ou laboratoriais; II - classificação da qualidade do solo; e III - adoção das ações requeridas conforme estabelecido na resolução. Procedimentos de prevenção e controle da qualidade do solo: I - Classe 1: não requer ações; II - Classe 2: poderá requerer uma avaliação do órgão ambiental, incluindo a verificação da possibilidade de ocorrência natural da substância ou da existência de fontes de poluição, com indicativos de ações preventivas de controle, quando couber, não envolvendo necessariamente Investigação; III - Classe 3: requer identificação da fonte potencial de contaminação, avaliação da ocorrência natural da substância, controle das fontes de contaminação e monitoramento da qualidade do solo e da água subterrânea; e IV - Classe 4: requer as seguintes ações: I - eliminar o perigo ou reduzir o risco à saúde humana; II - eliminar ou minimizar os riscos ao meio ambiente; III - evitar danos aos demais bens a proteger; IV - evitar danos ao bem estar público durante a execução de ações para reabilitação; e V - possibilitar o uso declarado ou futuro da área, observando o planejamento de uso e ocupação do solo. I - Identificação: etapa em que serão identificadas áreas suspeitas de contaminação com base em avaliação preliminar, e, para aquelas em que houver indícios de contaminação, deve ser realizada uma investigação confirmatória, as expensas do responsável, segundo as normas técnicas ou procedimentos vigentes. II - Diagnóstico: etapa que inclui a investigação detalhada e avaliação de risco, as expensas do responsável, segundo as normas técnicas ou procedimentos vigentes, com objetivo de subsidiar a etapa de intervenção, após a investigação confirmatória que tenha identificado substâncias químicas em concentrações acima do valor de investigação. III - Intervenção: etapa de execução de ações de controle para a eliminação do perigo ou redução, a níveis toleráveis, dos riscos identificados na etapa de diagnóstico, bem como o monitoramento da eficácia das ações executadas, considerando o uso atual e futuro da área, segundo as normas técnicas ou procedimentos vigentes. Área Suspeita de Contaminação – AS, após a realização de uma avaliação preliminar, forem observados indícios da presença de contaminação ou identificadas condições que possam representar perigo. Área Contaminada sob Investigação – AI, aquela em que comprovadamente for constatada, mediante investigação confirmatória, a contaminação com concentrações de substâncias no solo ou nas águas subterrâneas acima dos valores de investigação. Área Contaminada sob Intervenção - ACI, aquela em que for constatada a presença de substâncias químicas em fase livre ou for comprovada, após investigação detalhada e avaliação de risco, a existência de risco à saúde humana. Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação - AMR, aquela em que o risco for considerado tolerável, após a execução de avaliação de risco. Os responsáveis pela contaminação da área devem submeter ao órgão ambiental competente proposta para a ação de intervenção a ser executada sob sua responsabilidade, devendo a mesma, obrigatoriamente, considerar: I - o controle ou eliminação das fontes de contaminação; II - o uso atual e futuro do solo da área objeto e sua circunvizinhança; III - a avaliação de risco à saúde humana; IV - as alternativas de intervenção consideradas técnica e economicamente viáveis e suas consequências; V - o programa de monitoramento da eficácia das ações executadas; e VI - os custos e os prazos envolvidos na implementação das alternativas de intervenção propostas para atingir as metas estabelecidas. AULA 15 – ATIVIDADE 0-3 PONTOS AA 05: PADRÕES DE QUALIDADE DO AR E DE LANÇAMENTO DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS (RESOLUÇÃO CONAMA N° 003/90 E RESOLUÇÃO CONAMA N° 382/06) Continuando com os estudos sobre os instrumentos da PNMA, têm-se Dessa forma, o Instrumento III refere-se à: III - a avaliação de impactos ambientais; AULA 16 – LEIS LIGADAS A AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS Instrumento Nome III - Resolução CONAMA nº 001/86 (Estabelece o EIA/RIMA); Resolução CONAMA 001/86 Estabelecer as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente Estabelece Impacto Ambiental (Art. 1º) Considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada porqualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas. Os impactos possuem níveis e escalas diferentes. A partir da identificação e avaliação sistemática dos impactos que se pode definir estratégias de compensação ou recuperação; Através da elaboração de estudos de impactos ambientais e sua aplicabilidade no dia a dia, por meio dos planos por eles concedidos, a ação humana passa a ser mitigada; Num estudo, devem ser contempladas informações alusivas a identificação dos impactos, a área de abrangência, o nível de alteração provocado e propostas de mitigação (tecnológicas e locacionais). Quais os tipos de estudos ambientais? EIA / RIMA – Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto ao Meio Ambiente; RCA – Relatório de Controle Ambiental; PBA – Projeto Básico Ambiental; PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas; PCA – Plano de Controle Ambiental; RAS – Relatório Ambiental Simplificado; PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos EVA – Estudo de Viabilidade Ambiental PCMA – Plano de Controle e Monitoramento Ambiental RAMA – Relatório de Acompanhamento e Monitoramento Ambiental Etc. Diversos tipos, com métodos diferentes, mas com objetivos de se realizar a AIA. O que é o EIA / RIMA? EIA – Estudo de Impacto Ambiental: documento técnico que contemplará, no mínimo: I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando: a) o meio físico; b) o meio biológico e os ecossistemas naturais; c) o meio sócio-econômico. II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais. III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas. lV - Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considerados. O Estudo de Impacto Ambiental será realizado por equipe multidisciplinar habilitada, não dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto e que será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados. RIMA – Relatório de Impacto ao Meio Ambiente: refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental e conterá, no mínimo: I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais; II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando [...] as matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados; III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de influência do projeto; IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade [...]; V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização; VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de alteração esperado; VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos; VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral). O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual. Quem deve fazer o EIA / RIMA? I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; II - Ferrovias; III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66; V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV; VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração; X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW; XII - Complexo e unidades industriais e agro- industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos); XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI; XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental; XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha. ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental; XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia. O objetivo principal do EIA / RIMA é orientar a decisão do órgão ambiental e informá-lo sobre os efeitos ambientais do empreendimento ou projeto. Mesmo assim, é possível que o órgão ambiental tome uma decisão diferente da que foi proposto pelo EIA / RIMA, mas o mesmo deverá explicar as razões que o fizeram adotar tal decisão. Continuando com os estudos sobre os instrumentos da PNMA, têm-se Dessa forma, o Instrumento IV refere-se à: III - a avaliação de impactos ambientais; IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; AULA 17 – LEIS LIGADAS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL Assim, seguem algumas leis, a serem trabalhadas, sobre tal instrumento: Instrumento Nome IV - Decreto n° 99.274/90 (Regulamenta a PNMA) - Resolução CONAMA n° 237/97 (Estabelece o Licenciamento Ambiental); - Lei Complementar n° 140/11 (Fixa normas para o licenciamento ambiental federal, estadual e municipal) Resolução CONAMA 237/97 Revisão dos procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental, instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente Estabelece as Definições (Art. 1º) I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo [...] licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, [...] efetiva ou potencialmente poluidoras ou [...] possam causar degradação ambiental [...]. II - Licença Ambiental: ato administrativo [...] estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor [...] para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas
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