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disciplina POLÍTICA I

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EEEP SANTA RITA 
 
Política de Meio Ambiente I 
 
Professor: Ítalo Renan Ferreira Girão 
Coordenador EMI em Meio Ambiente 
Instituto CENTEC 
 
Contato: italorgirao@gmail.com 
INTRODUÇÃO A QUESTÃO AMBIENTAL 
 
 Em, praticamente, todos os lugares do globo há 
presença humana e, consequentemente, transformação 
constante da natureza; 
 
 Nas última décadas, o homem passou a preocupar-se 
com a questão ambiental e adotar, mesmo as mais 
singelas, práticas de preservação e recuperação; 
AULA 01 – QUESTÃO AMBIENTAL: INTRODUÇÃO 
 A educação ambiental e o controle da ação por meio 
da legislação, são duas possibilidades para se conseguir 
essa preservação; 
 
 A ação humana em escala macro é causa significativa 
de degradação ambiental; 
 
 O homem sempre adéqua o espaço em que ele vive às 
suas necessidades de conforto e desenvolvimento tecno-
científico; 
 
“Pode-se estabelecer paralelismo entre o avanço da 
exploração dos recursos naturais com o complexo 
desenvolvimento tecnológico, científico e econômico das 
sociedades humanas. (...) A tecnificação e a sofisticação 
crescente dos padrões sócio-culturais, juntamente com o 
crescimento populacional, cada vez mais interferem no 
ambiente natural, a procura dos recursos naturais.” 
(ROSS, 2006) 
 O processo de degradação ambiental é um problema 
social, ou seja, só acontece degradação se há presença 
humana: 
 
“Certos processos ambientais, como lixiviação, erosão, 
movimentos de massa e cheias, podem ocorrer com ou 
sem a intervenção humana. Dessa forma, ao se 
caracterizar processos físicos, como degradação 
ambiental, deve-se levar em consideração critérios 
sociais que relacionam a terra com seu uso, ou pelo 
menos, com o potencial de diversos tipos de uso.” 
(CUNHA & GUERRA, 2006) 
Evolução Histórica 
 
 Déc. 60 – NEGAÇÃO: O Meio Ambiente não é 
importante, o que importa é produzir; 
 
 Déc. 70 – FUGA: A poluição é um fato da vida e os 
clientes arcam os custos; 
 
Governo Getúlio Vargas (1930-1945): a indústria brasileira ganha um grande 
impulso; 
 
Governo Juscelino Kubitschek (1956-1960): o desenvolvimento industrial 
brasileiro ganha novos rumos e feições. 
Estocolmo 1972: início da busca de elementos de mitigação dos efeitos 
ambientais negativos. 
 
“Atingiu-se um ponto da História em que devemos moldar 
nossas ações no mundo inteiro com a maior prudência, 
em atenção às suas conseqüências ambientais. Pela 
ignorância ou indiferença podemos causar danos maciços 
e irreversíveis ao ambiente terrestre de que dependem 
nossa vida e nosso bem-estar.” (Declaração de Estocolmo, 
1972) 
Déc. 80 – AMBIVALÊNCIA: O Meio Ambiente é 
importante, mas não nos cabe a solução do problema; 
 
Déc. 90 – COMPROMETIMENTO: Todos devem esforçar-
se para melhorar o Meio Ambiente; 
 
Constituição de 1988 
 
Eco (RIO) 1992: Carta da Terra; Convenções sobre Biodiversidade, Desertificação 
e Mudanças Climáticas; Agenda 21 etc. 
Kyoto 1997: Fruto das convenções sobre mudanças climáticas, propõe, pela 
primeira vez, um acordo vinculante que compromete os países do Norte a 
reduzir suas emissões. 
 
Novo Milênio – PRÓ-ATIVIDADE: Devemos fazer o que 
tive de ser feito. 
 
 Fortalecimento do Estado enquanto defensor dos recursos ambientais; 
 A Educação Ambiental nas escolas; 
 Novos conceitos: Poluidor Pagador, Passivo Ambiental; 
 Quarto relatório do IPCC. 
 Educação ambiental versus legislação ambiental 
 
Como a legislação ambiental consolida-se como um 
instrumento de controle da ação humana? 
 
Exemplos 
- Vídeos: 
 a) ECO 92 – discurso de um criança; 
 b) Efeito Dominó; 
 c) Natureza. 
 
- Questões de fixação: 
1 - Como o homem interfere na natureza? 
2 - No seu ponto de vista, como a lei pode ser 
um instrumento de controle da ação humana? 
3 – Qual a importância das conferências 
ambientais para a preservação da natureza? 
 
 
 
INTRODUÇÃO AO DIREITO AMBIENTAL 
 
 Diante das constantes agressões ao meio 
ambiente, comprovadas pela ciência e 
condenadas pela ética e moral, surge a 
necessidade de se repensar conceitos 
desenvolvimentistas clássicos. 
 
 
 
 
 
AULA 02 – INTRODUÇÃO AO DIREITO AMBIENTAL 
 O direito ambiental está inserido neste 
contexto. Um ramo do direito que regule a 
relação entre a atividade humana e o meio 
ambiente. 
 
 Por sua natureza interdisciplinar, o direito 
do ambiente acaba se comunicando com 
outras áreas da ciência jurídica. Está 
intimamente relacionado ao direito 
constitucional, administrativo, civil, penal e 
processual. 
 
 
 Pelo fato das atividades poluidoras e de 
degradação do meio ambiente não 
conhecerem fronteiras, o direito ambiental 
também está intimamente ligado ao direito 
internacional 
 
 
 
 
 
 
 
Surgimento do direito ambiental 
 
 A sede insaciável pela busca dos recursos 
naturais, aliada ao crescimento demográfico 
em proporções quase geométricas e sem 
paradigmas do último século, chamaram a 
atenção da comunidade internacional. 
 
 
 
 
 
 É em decorrência desta sucessão de eventos e 
fatos resumidamente explorados no presente tópico 
que, em 1972, sob a liderança dos países 
desenvolvidos e com a resistência dos países em 
desenvolvimento, a comunidade internacional 
aceita os termos da Declaração de Estocolmo 
sobre Meio Ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 Constituindo-se como uma declaração de 
princípios (soft law — na terminologia do direito 
internacional), a Declaração de Estocolmo 
rapidamente se estabelece como o documento 
marco em matéria de preservação e conservação 
ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 A Declaração de Estocolmo passaria a orientar 
não apenas o desenvolvimento de um direito 
ambiental brasileiro, mas muitos ao redor do 
mundo até que, em 1992, naquele que foi 
considerado o maior evento das Nações Unidas de 
todos os tempos, a comunidade internacional 
aprova a Declaração do Rio de Janeiro, durante a 
Conferência das Nações Unidas sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 O direito ambiental visa o estudo das relações 
do homem com a natureza. 
 
 Assevera Toshio Mukai (1994) ser o acenado 
direito um conjunto de normas jurídicas integrantes 
de vários ramos jurídicos reunidos por sua função 
instrumental para disciplinar o comportamento do 
homem em relação ao seu meio ambiente. 
 
 
 
 
 
“O direito ambiental é uma ciência nova, 
porém autônoma”. (Fiorillo, 2000, p.22) 
 
 Essa independência é decorrente em razão de 
aquele possuir seus próprios princípios, inseridos 
na Carta Magna. 
 
 
 
 
 
 
 
“É o conjunto de normas jurídicas, técnicas, regras 
e princípios tendentes a assegurar o equilíbrio 
ecológico, o desenvolvimento sustentável, e a 
sadia qualidade de vida de toda a coletividade, e de 
todo o ecossistema”. (Gina Copola, 2003, p.29) 
 
 
 
 
 
No que diz respeito às fontes de direito ambiental, 
Antunes divide-as entre materiais e formais. 
 
Fontes materiais: movimentos populares, as 
descobertas científi cas e a doutrina jurídica. 
 
Fontes formais:Constituição, as leis, os atos 
internacionais firmados pelo Brasil, as normas 
administrativas originadas dos órgãos competentes 
e jurisprudência. 
 
 
 
ATIVIDADE (0-3 pontos) – Questões de fixação: 
 
 
1. Quais as razões que tornam a proteção do ambiente uma das 
preocupações fundamentais dos cidadãos atualmente? 
2. Por que razão os juristas encaram as questões ambientais com base 
numa abordagem interdisciplinar? 
4. Em que consiste o conceito estrito de ambiente? Quais são as principais 
críticas que se lhe podem dirigir e quais as suas vantagens? 
5. Articulando os dispositivos constitucionais pertinentes, é possível afirmar 
que o direito ao ambiente é hoje um (novo) direito fundamental dos 
cidadãos? 
 
AULA 03 – CONCEITUAÇÃO DE MEIO AMBIENTE NO DIREITO AMBIENTAL 
Meio ambiente 
 
 Relaciona-se a tudo o que envolve o ser 
humano. Na concepção de Fiorillo (2000, p. 19), 
consiste o meio ambiente em tudo aquilo que 
circundao homem; 
 “costuma-se criticar tal termo, porque 
pleonástico, redundante” sendo, pois, 
desnecessária a complementação pela palavra 
meio, eis que ambiente significa “âmbito que nos 
circunda” 
 A “palavra ambiente indica a esfera, o círculo, o 
âmbito que nos cerca, em que vivemos”. 
 
 Logo, verifica-se que ambiente já contém, em 
certo sentido, o significado da palavra meio, razão 
pela qual o ramo jurídico sub examine é chamado 
Direito Ambiental, e não Direito ao Meio Ambiente. 
 No Brasil, a utilização da expressão meio 
ambiente em vez de ambiente, apenas ocorre na 
legislação em função da necessidade que sente o 
legislador de dar aos textos legislativos a maior 
precisão significativa possível. Na Itália, apenas é 
utilizada a palavra ambiente (SILVA, 1998); 
 
 Explicação: reside no fato de que esta exprime o 
conjunto de elementos naturais e culturais, 
enquanto a expressão meio ambiente denota o 
resultado da interação desses. 
 Na concepção de José Afonso da Silva (1998, 
p.02), o meio ambiente é 
 
“a interação do conjunto de elementos naturais, 
artificiais e culturais que propiciem o 
desenvolvimento equilibrado da vida em todas as 
suas formas”. 
 A definição legal de meio ambiente é encontrada 
no artigo 3º, I, da Lei n. 6.938/81 - Lei da Política 
Nacional do Meio Ambiente: 
 
“Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por 
[...] meio ambiente, o conjunto de condições, leis, 
influências e interações de ordem física, química e 
biológica, que permite, abriga e rege a vida em 
todas as suas formas”. 
 
Classificação do meio ambiente 
 
Meio ambiente natural: é o físico, constituído pelo 
solo, água, ar atmosférico, flora, enfim, pela 
interação dos seres vivos e seu meio. 
 É tutelado, de forma mediata, pelo caput do 
artigo 225 da Constituição brasileira e, de forma 
imediata, pelo parágrafo 1º, incisos I e VII do 
mesmo dispositivo constitucional. 
Meio ambiente artificial: compõe-se pelo espaço 
urbano construído, consubstanciado no conjunto de 
edificações (espaço urbano fechado) e dos 
equipamentos públicos (ruas, praças, áreas verdes: 
espaço urbano aberto). 
 Encontra-se inserido nos artigos 225 e 182, 
ambos da Constituição Federal. 
Meio ambiente cultural: Integrado pelo patrimônio 
histórico, artístico, arqueológico, paisagístico e 
turístico, que, embora artificial como obra do 
homem, difere, pois tem valor especial (SILVA, 
1998). 
 Assim é formado o meio ambiente cultural, o 
qual encontra previsão normativa no artigo 216 
da Lex Fundamentalis. 
Meio ambiente do trabalho: conceituado como o 
local onde as pessoas desempenham suas 
atividades laborais, cujo equilíbrio está baseado na 
salubridade do meio e na ausência de agentes que 
comprometam a incolumidade físico-psíquica dos 
trabalhadores (FIORILLO, 2000). 
 Consta do inciso VIII do artigo 200 da 
Constituição. Está inserto na concepção de 
ambiente artificial, muito embora mereça 
tratamento especial. 
AULA 04 – PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL 
A crescente preocupação social com as questões 
ambientais influenciou a comunidade internacional 
a enveredar a elaboração de normas de proteção 
do meio ambiente. 
 
A este novo projeto de desenvolvimento 
econômico, resolveu-se incluir a noção de 
sustentável como única forma viável de evitar a 
degradação do meio ambiente a níveis que 
permitam a sadia qualidade de vida no planeta. 
Para orientar esta atividade normativa, diversos 
princípios surgiram tanto em âmbito internacional, 
como no plano nacional e que serviram também 
para auxiliar na interpretação de conceitos 
legislativos e sanarem lacunas desta, até então 
recém nascida, disciplina jurídica. 
Princípio do direito à sadia qualidade de vida: o 
reconhecimento do direito à vida já não é mais 
suficiente. Passa-se a uma nova concepção de que 
o direito à vida não é completo se não for 
acompanhado da garantia da qualidade de vida. 
 
Os organismos internacionais passam a medir a 
qualidade de vida não mais apenas com base nos 
indicadores econômicos e começam a incluir 
fatores e indicadores sociais. O meio ambiente 
ecologicamente equilibrado é pressuposto de 
concretização de satisfação deste princípio. 
Princípio do acesso equitativo aos recursos 
naturais: noções de equidade na utilização dos 
recursos naturais disponíveis passam a ser 
correntes em diversos ordenamentos jurídicos. 
 
Esta equidade seria buscada não apenas entre 
gerações presentes, mas também com as gerações 
futuras. A utilização dos recursos naturais no 
presente somente será aceita em quantidades que 
não prejudiquem a capacidade de regeneração do 
recurso, a fim de garantir o direito das gerações 
vindouras. 
Princípios usuário-pagador e poluidor-pagador: 
o acesso aos recursos naturais pode se dar de 
diferentes formas. Pode ser através do seu uso 
(como ou uso da água, por exemplo) ou de 
lançamento de substâncias poluidoras (emissão de 
gases poluentes na atmosfera, por exemplo). 
 
Diante deste dois importantes princípios passa-se a 
aceitar a quantificação econômica dos recursos 
ambientais de forma a desincentivar abusos e 
impor limites para a garantia de outros princípios 
igualmente importantes. 
Princípios da precaução e prevenção: dois 
importantes princípios que atuam nas situações de 
riscos ambientais. 
 
O princípio da precaução orienta a intervenção do 
Poder Público diante de evidências concretas de 
ocorrência de um dano, sem que haja a certeza 
dos efeitos desses danos. 
 
 ¬ A precaução sugere, então, medidas racionais que incluem a 
imposição de restrições temporárias e o compromisso da continuação 
da pesquisa técnica ou científica para a comprovação do nexo de 
causalidade entre a ação ou omissão e o resultado danoso. 
No que diz respeito ao princípio da prevenção, a 
sua contextualização segue a mesma linha, 
entretanto, há a certeza dos danos e efeitos 
provocados. Nesse caso, impõem-se a proibição, 
mitigação ou compensação da ação ou omissão 
como forma de evitar a ocorrência do dano 
ambiental. 
Princípio da reparação: diante da complexidade 
do bem ambiental, toda vez que danificado, 
complexa também será a reparação dos estragos 
realizados. 
 
O Direito Ambiental enfatiza em sua essência 
sempre a precaução e a prevenção. Mas, diante da 
ocorrência de um dano e na medida do possível, 
prevalece e impõe-se a preferência pela reparação 
ao estado anterior. 
Princípios da informação e da participação: a 
Constituição Federal impõem ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defender e preservar o 
meio ambiente. 
 
Esta obrigação somente poderá ser exigida com a 
garantia da participação da sociedade como um 
todo. Para que a participação (que pode ser 
materializada através de consultas e audiências 
públicas, por exemplo) seja qualificada é imperioso 
garantir-se o direito à informação ambiental. 
O direito à informação deve ser entendido em sua 
concepção geral, abrangendo o acesso a 
informações sobre atividades e materiais 
perigosos, assim como o direito às informações 
processuais, tanto no âmbito judicial quanto na 
esfera administrativa. 
Princípio da obrigatoriedade da intervenção do 
poder público: significa que em um ambiente sem 
regulação (ou intervenção estatal) a natureza 
humana tenderia ao esgotamento dos recursos 
naturais. 
 
Ademais, sendo um bem que pertence à 
coletividade, há a necessidade de um gestor, no 
caso do direito ambiental, o Poder Público. Como 
gestor, decorre uma obrigação constitucional de 
defesa e proteção do meio ambiente. 
Princípio da legalidade: todas as ações e 
decisões devem possuir previsão legal. 
AULA 05 – ESTRUTURA BÁSICA DE UM TEXTO JURÍDICO 
 As expressões artigos, alíneas, incisos, 
parágrafos, entre outras, são muito comuns quando 
estamos estudando ou mesmo ouvindo falar de 
uma determinada lei, resolução, portaria, etc. 
 
 Entender estes conceitos é um dos primeiros 
passos quando se decideestudar leis. 
 
 
 
Artigo 
 
 É a unidade básica da lei. Toda lei tem, no mínimo, um 
artigo, e eles constituem a forma mais prática de se localizar 
alguma informação dentro da lei, por maior que ela seja. 
 
 Quando a lei é muito grande, geralmente ela possui uma 
grande quantidade de artigos (A CLT, Consolidação das Leis 
do Trabalho, por exemplo, possui mais de 900 artigos), mas 
eles nunca se repetem. Os artigos são representados pela 
abreviatura art. seguidos de numerais ordinais até o 9º; 
após, segue com números cardinais, exemplo: art. 9º, art. 
10. Ao enunciado do artigo dá-se o nome de caput (lê-se 
cápati). 
 
 
 
 
Parágrafo 
 
 É um desdobramento da norma de um determinado 
artigo, podendo complementá-la, indicar alguma exceção, 
etc. é indicado pelo símbolo § e vem seguido de um número 
ordinal até o 9º; após, segue com números cardinais, da 
mesma forma que o artigo. 
 Quando o artigo possui apenas um parágrafo, o 
chamamos de parágrafo único. Todo parágrafo deve estar 
vinculado a um determinado artigo, ou seja, é incorreto 
dizer: Me refiro ao parágrafo tal da lei tal… Devemos, 
portanto, dizer: Me refiro ao parágrafo tal, do artigo tal, da lei 
tal ….. 
 
 
 
Inciso 
 
 É um desdobramento do artigo ou do parágrafo, 
conforme o caso. São representados por algarismos 
romanos e são encerrados, geralmente, por ponto-e-vírgula, 
salvo se for o último inciso do artigo ou parágrafo ou se o 
inciso se desdobrar em alíneas. 
 É importante não confundir: o inciso não se encontra no 
mesmo “nível hierárquico” do parágrafo. Um parágrafo pode 
ser divido em incisos, mas um inciso não pode se dividir em 
parágrafos. 
 
 
 
 
Alíneas 
 
 Representam o desdobramento dos incisos ou dos 
parágrafos. São representadas por letras minúsculas, 
acompanhadas de parênteses. 
 Um artigo também pode se desdobrar diretamente em 
alíneas, sem a necessidade de incisos ou parágrafos. 
 
 
 
 
Itens 
 
 É o desdobramento da alínea. É representado por 
algarismos arábicos (ou seja, os algarismos “normais”) 
seguido de ponto final.. 
 
 
 
 
Exemplo 
 
 Lei 2009/2009 
 
Art.1º Aqui virá o caput, que é o enunciado do artigo. 
 § 1º Aqui virá o texto do parágrafo único, que é um 
desdobramento do artigo, que terminará com dois-pontos 
porque será complementado pelo inciso abaixo: 
 I - aqui virá o texto do inciso I, que será desdobrado 
na alínea abaixo: 
 
 a) aqui virá o texto da alínea a, que conterá os 
itens abaixo: 
 1. informação do primeiro item; 
 2. informação do segundo item. 
 
 
 
 Obs.: Um artigo pode se desdobrar apenas em 
parágrafos, em incisos, nos dois ou em nenhum 
dos dois. Os incisos podem se desdobrar em 
alíneas e os parágrafos em incisos ou alíneas. 
 
 
 
 
 Para leis que são muito grandes, ou que possuem um 
conteúdo muito diversificado, podemos dividi-las em partes, 
livros, títulos, capítulos, seções e subseções. Teríamos 
então, a grosso modo, a seguinte “hierarquia”: 
 
Lei 2009/2009 
PARTE PRIMEIRA LIVRO I 
 TÍTULO I 
CAPÍTULO I 
Seção I 
Subseção I 
Art. 1º 
Caput: 
§ 1º (…) 
 
 
 
 
Só para constar: 
 
 Lei (do verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", 
ou legere, que significa "aquilo que se lê") é uma norma ou 
conjunto de normas jurídicas criadas através dos processos 
próprios do ato normativo e estabelecidas pelas autoridades 
competentes para o efeito. 
 
 Decreto: são atos meramentes administrativos da 
competência dos chefes dos poderes executivos 
(presidente, governadores e prefeitos). É usualmente 
utilizado pelo chefe do poder executivo para fazer 
nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar 
cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas. 
 Decreto-Lei: é um decreto com força de lei, que emana 
do Poder Executivo, previsto nos sistemas legislativos de 
alguns países. Os decretos-lei podem aplicar-se à ordem 
econômica, fiscal, social, territorial e de segurança, com 
legitimidade efetiva de uma norma administrativa e poder de 
lei desde a sua edição. 
 
 Projeto de Lei: Um projeto de lei é um tipo de proposta 
normativa submetida à deliberação de um órgão legislativo, 
com o objetivo de produzir uma lei. Normalmente, um 
projeto de lei depende ainda da aprovação ou veto pelo 
Poder Executivo antes de entrar em vigor. 
 
 
 
 
 
 Emenda constitucional: é uma modificação da 
constituição, resultando em mudanças pontuais do texto 
constitucional, as quais são restritas a determinadas 
matérias, não podendo, apenas, ter como objeto a abolição 
das chamadas cláusulas pétreas. 
 
 Resolução: são atos administrativos normativos que 
partem de autoridade superiores, mas não do chefe do 
executivo, através das quais disciplinam matéria de sua 
competência específica. 
 As resoluções não podem contrariar os regulamentos e 
os regimentos, mas explicá-los. Podem produzir efeitos 
externos. 
 Portaria: são atos internos emanados dos chefes dos 
órgãos, destinados aos seus subordinados, expedindo 
determinações gerais ou especiais. 
 Podem iniciar sindicâncias ou processos administrativos. 
 
 Alvará: é a forma, o revestimento exterior da licença, da 
autorização, que são o conteúdo do ato administrativo. 
 É o instrumento pelo qual a licença e a autorização são 
concedidas. 
AULA 06 – DIREITO AMBIENTAL NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 
A Constituição Federal brasileira de 1988 é um 
marco na defesa dos direitos e interesses 
ambientais ao dispor em diferentes títulos e 
capítulos sobre a necessidade de preservação do 
meio ambiente para as presentes e futuras 
gerações. 
 
Além disso, é a primeira vez em que a expressão 
“meio ambiente” aparece em uma Constituição 
brasileira. Em capítulo específico diversos são os 
conceitos e princípios inovadores trazidos pela 
Carta Magna que norteiam o direito ambiental 
brasileiro. 
O texto constitucional inova também quando divide 
a responsabilidade pela defesa do meio ambiente 
entre o Poder Público e à coletividade, ampliando 
sobremaneira a importância da sociedade civil 
organizada e, portanto, também reforçando o seu 
título de “constituição cidadã”. 
Segundo o art. 225, caput, da CF/88: 
 
Todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade 
vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo 
para as presentes e futuras gerações. 
- atribui a todos, indefinidamente, ou seja, qualquer 
cidadão residente no país, o direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado 
 
- Cria um direito individualizado no sentido de que 
pertence a cada indivíduo, um verdadeiro direito 
subjetivo. Tal direito é ao mesmo tempo indivisível, 
significando a satisfação do direito para uma 
pessoa, beneficiando a coletividade. 
Art. 5º, inc. LXXIII, da CF/88: 
 
Qualquer cidadão é parte legítima para propor 
ação popular que vise anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o 
Estado participe, à moralidade administrativa, 
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-
fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência. 
- função institucional do Ministério Público 
“promover o inquérito civil e a ação civil pública, 
para a proteção do patrimônio público e social, do 
meio ambiente e de outros interesses difusos e 
coletivos.” 
 
- legitimação das associações civis para a 
propositura da ação civil pública. 
O art. 225, § 4º, da Cf/88 optou por diferenciar 
alguns biomas conferindo-lhes especial importância 
e definindo-os como sendo patrimônio nacional: 
 
A Floresta Amazônica brasileira, a Mata 
Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio 
nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da 
lei, dentro de condições que assegurem a 
preservação do meio ambiente, inclusive 
quanto ao uso dos recursos naturais. 
-diante das características de determinados biomas, ainda 
que admita-se a propriedade privada, o seu usufruto deve 
levar em conta as funções e relevância ambiental para toda 
coletividade inclusive, o próprio proprietário 
 
- as relações de Direito Privado, de propriedade e, mesmo 
de Direito Público, existentes sobre tais bens devem ser 
exercidas com cautelas especiais. 
 
- Tem-se, portanto, que o direito de propriedade privada 
sobre os bens ambientais, não se exerce apenas no 
benefício do seu titular, mas em benefício da coletividade. 
ATIVIDADE (0-3 pontos) – Questões de fixação: 
 
1. Qual é a importância da Constituição trazer previsões de direitos e 
deveres de defesa e proteção do meio ambiente? 
2. Qual é a importância dada pela decisão em garantir o direito da 
coletividade à Mata Atlântica e outros recursos? 
3. Julgue os itens que se seguem, acerca do regime jurídico nacional dos 
recursos minerais. 
 I - A exploração mineral atende a um regime de concessão. Cabe ao 
Estado brasileiro, detentor do domínio sobre os recursos naturais do 
subsolo, administrar esse patrimônio, na qualidade de poder concedente 
fiscalizador. 
 II - Os recursos minerais devem ser explorados com vistas à satisfação 
dos interesses do particular que investe na exploração mineral. 
 
4. É de aceitação, dir-se-ia universal, que a ação estatal ou do poder 
público, dentre outros, em matéria de meio ambiente está fundada sobre 
princípios, dos quais destacam-se: 
a) O do poluidor-pagador e da ação preventiva; 
b) O da anterioridade; 
c) O da executoriedade; 
d) O da limitação ambiental. 
 
5. A toda e qualquer alteração de natureza física, química e biológica que 
venha a desequilibrar o meio ambiente, diz-se: 
a) Biodiversidade; 
b) Diversidade agressiva genética; 
c) Ampliação do efeito estufa; 
d) Poluição ambiental. 
 
 
 
 
6. O meio ambiente, ecologicamente equilibrado, é: 
a) Um bem de uso especial. 
b) Um bem de domínio útil. 
c) Um bem de uso comum do povo. 
d) Um bem dominical. 
 
7. Acerca de direito ambiental, julgue e comente os itens a seguir: 
 
7.1. O desenvolvimento sustentável contempla as dimensões humana, 
física, econômica, política, cultural e social em harmonia com a proteção 
ambiental. Logo, como requisito indispensável para tal desenvolvimento, 
todos devem cooperar na tarefa essencial de erradicar a pobreza, de forma 
a reduzir as disparidades nos padrões de vida e melhor atender às 
necessidades da maioria da população do mundo. 
7.2. O meio ambiente cultural é constituído pelo patrimônio artístico, 
histórico, turístico, paisagístico, arqueológico, espeleológico e cultural, que 
envolve bens de natureza material e imaterial, considerados 
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à 
ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade. Um 
instrumento de sua proteção é o tombamento, do qual se valeram a 
UNESCO e o governo brasileiro para preservar o Plano Piloto de Brasília, 
considerado patrimônio histórico da humanidade. 
AULA 07 – POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE - PNMA 
A Lei N.º 6.938/81, com base nos incisos VI e VII 
do Art. 23 e no Art. 225 da Constituição, estabelece 
a Política Nacional de Meio ambiente com 
o objetivo de preservar, melhorar e recuperar a 
qualidade ambiental do país através do SISNAMA 
(Sistema Nacional de Meio Ambiente). 
 
A Política Nacional define o meio ambiente como sendo um patrimônio 
público que, portanto, que deve ser protegido e justifica a 
racionalização do uso do solo, subsolo, água e ar. Além de 
planejamento e fiscalização dos recursos naturais, proteção dos 
ecossistemas, controle e zoneamento das atividades poluidoras, 
incentivo às pesquisas com este intuito, recuperação de áreas 
degradadas e educação ambiental em todos os níveis de ensino. 
Tem por objetivo a preservação, melhoria e 
recuperação da qualidade ambiental propícia à 
vida, visando assegurar, no País, condições ao 
desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses 
da segurança nacional e à proteção da dignidade 
da vida humana (Art. 2º) 
 
Tem por Princípios (Art. 2°): 
I - ação governamental na manutenção do 
equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente 
como um patrimônio público a ser necessariamente 
assegurado e protegido, tendo em vista o uso 
coletivo; 
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da 
água e do ar; 
Ill - planejamento e fiscalização do uso dos 
recursos ambientais; 
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação 
de áreas representativas; 
V - controle e zoneamento das atividades potencial 
ou efetivamente poluidoras; 
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de 
tecnologias orientadas para o uso racional e a 
proteção dos recursos ambientais; 
VII - acompanhamento do estado da qualidade 
ambiental; 
VIII - recuperação de áreas degradadas; 
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
X - educação ambiental a todos os níveis de 
ensino, inclusive a educação da comunidade, 
objetivando capacitá-la para participação ativa na 
defesa do meio ambiente. 
Tem por Definições (Art. 3°): 
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, 
influências e interações de ordem física, química e 
biológica, que permite, abriga e rege a vida em 
todas as suas formas; 
II - degradação da qualidade ambiental, a 
alteração adversa das características do meio 
ambiente; 
III - poluição, a degradação da qualidade 
ambiental resultante de atividades que direta ou 
indiretamente: 
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar 
da população; 
b) criem condições adversas às atividades sociais e 
econômicas; 
c) afetem desfavoravelmente a biota; 
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do 
meio ambiente; 
e) lancem matérias ou energia em desacordo com 
os padrões ambientais estabelecidos; 
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito 
público ou privado, responsável, direta ou 
indiretamente, por atividade causadora de 
degradação ambiental; 
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas 
interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, 
o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da 
biosfera, a fauna e a flora. 
SISNAMA : 
 
O que é? (Art. 6°) 
 
São os órgãos e entidades da União, dos Estados, 
do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios, bem como as fundações instituídas 
pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e 
melhoria da qualidade ambiental 
Quem são? 
 
I - Órgão superior (Art. 6°, I) 
 
II - Órgão consultivo e deliberativo (Art. 6°, II) 
 
III – Órgão central (Art. 6°, III) 
 
IV – Órgão executor (Art. 6°, IV) 
V – Órgãos seccionais (Art. 6°, V) 
 Órgão seccional superior 
 Órgão seccional consultivo e deliberativo 
 Órgão seccional central 
 Órgão seccional executor 
 
VI – Órgãos locais (Art. 6°, VI) 
 Órgão local superior 
 Órgão local consultivo e deliberativo 
 Órgão local central 
 Órgão local executor 
O que cada um faz? 
 
I - Órgão superior (Art. 6°, I) 
Assessorar o Presidente da República na formulação da 
política nacional e nas diretrizes governamentais para o 
meio ambiente e os recursos ambientais; 
 
II - Órgão consultivo e deliberativo (Art. 6°, II) 
Assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, 
diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente 
e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua 
competência, sobre normas e padrões compatíveis com o 
meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à 
sadia qualidade de vida; 
 
III – Órgão central (Art. 6°, III) 
Finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, 
como órgão federal, a política nacional e as diretrizes 
governamentais fixadas para o meio ambiente; 
 
IV – Órgão executor (Art. 6°, IV) 
Finalidade de executar e fazer executar, como órgão 
federal, a política e diretrizes governamentais fixadas para o 
meio ambiente; 
V – Órgãos seccionais (Art. 6°, V) 
Órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução 
de programas, projetos e pelo controle e fiscalizaçãode 
atividades capazes de provocar a degradação ambiental; 
 
VI – Órgãos locais (Art. 6°, VI) 
Órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle 
e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas 
jurisdições. 
Nomenclatura atualizada: 
 
Órgão Nome 
Superior Conselho de Governo (órgão integrante da 
Presidência da República, conforme a Lei 10.683/03) 
Consultivo e 
deliberativo 
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente 
Central MMA – Ministério do Meio Ambiente 
Executor IBAMA – Instituo Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis 
ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade 
Seccional SEMACE – Superintendência Estadual do Meio 
Ambiente do Ceará (conforme Lei Estadual 11.411/87) 
Local *Depende de cada município 
Em tempo, Sistema Estadual de Meio Ambiente 
do Ceará 
 
 Assim como o Sistema Nacional de Meio 
Ambiente (Sisnama), possuiu: 
 
a) um órgão formulador, planejador e coordenador 
das políticas públicas ambientais para o Ceará – 
CONPAM. 
 
b) Um órgão que cuida da execução das políticas 
elaboradas na área ambiental, além de fiscalizar e 
conceder licenças ambientais no Estado – 
SEMACE 
 
c) Um órgão que funciona como órgão consultivo e 
deliberativo. Assessora o chefe do executivo em 
assuntos de política de proteção ambiental, baixa 
normas necessárias à regulamentação e 
implementação da Política Estadual do Meio 
Ambiente e aprova as normas e critérios para 
licenciamento - COEMA 
Órgãos Seccionais Nome 
Superior Não existe. Função acumulada pelo COEMA (Lei 
Estadual 11.411/87). 
Consultivo e deliberativo COEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente 
Central CONPAM – Conselho de Políticas e Gestão do Meio 
Ambiente 
Executor SEMACE – Superintendência Estadual do Meio 
Ambiente do Ceará 
Seccional SEMACE – Superintendência Estadual do Meio 
Ambiente do Ceará (conforme Lei Estadual 11.411/87) 
Além do CONPAM, SEMACE e COEMA, os órgãos 
municipais responsáveis pelo Meio Ambiente tais 
como Secretarias, Autarquias, Departamentos, 
bem como os COMDEMAS, também fazem parte 
do Sistema, atuando especificamente na área dos 
seus respectivos municípios. 
 
Os COMDEMAS funcionam como catalisadores da 
participação popular na gestão ambiental das 
cidades 
Tem por Instrumentos (Art. 9°): 
 
I - o estabelecimento de padrões de qualidade 
ambiental; 
 
II - o zoneamento ambiental; 
 
III - a avaliação de impactos ambientais; 
 
IV - o licenciamento e a revisão de atividades 
efetiva ou potencialmente poluidoras; 
 
V - os incentivos à produção e instalação de 
equipamentos e a criação ou absorção de 
tecnologia, voltados para a melhoria da 
qualidade ambiental; 
 
VI - a criação de espaços territoriais 
especialmente protegidos pelo Poder Público 
federal, estadual e municipal, tais como áreas de 
proteção ambiental, de relevante interesse 
ecológico e reservas extrativistas; 
VII - o sistema nacional de informações sobre o 
meio ambiente; 
 
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e 
Instrumentos de Defesa Ambiental; 
 
IX - as penalidades disciplinares ou 
compensatórias ao não cumprimento das medidas 
necessárias à preservação ou correção da 
degradação ambiental. 
X - a instituição do Relatório de Qualidade do 
Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos 
Naturais Renováveis – IBAMA; 
 
XI - a garantia da prestação de informações 
relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder 
Público a produzí-las, quando inexistentes; 
 
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades 
potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos 
recursos ambientais. 
XIII - instrumentos econômicos, como concessão 
florestal, servidão ambiental, seguro ambiental 
e outros. 
Principais normas e Leis surgidas a partir dos 
instrumentos da PNMA 
 
Instrumento Nome 
I - Lei n° 9.433/97 (Estabelece a Política Nacional de 
Recursos Hídricos); 
- Resolução CONAMA n° 357/05 (Classificação e 
enquadramento de Corpos D’água. Padrões para 
lançamento de efluentes); 
- Resolução CONAMA n° 003/90 (Estabelece padrões 
de qualidade do Ar); 
- Resolução CONAMA n° 008/90 (Estabelece limites 
máximos para emissão de poluentes atmosféricos) 
- Resolução CONAMA n° 420/09 (Estabelece padrões 
de qualidade do solo); 
 
Instrumento Nome 
II - Decreto n° 4.297/02 (Estabelece critérios para o 
Zoneamento Ecológico-Econômico); 
III - Resolução CONAMA nº 001/86 (Estabelece o 
EIA/RIMA); 
IV - Decreto n° 99.274/90 (Regulamenta a PNMA) 
- Resolução CONAMA n° 237/97 (Estabelece o 
Licenciamento Ambiental); 
- Lei Complementar n° 140/11 (Fixa normas para o 
licenciamento ambiental federal, estadual e municipal) 
V - - - 
Instrumento Nome 
VI - Lei 9.985/00 (Institui o Sistema Nacional de Unidade 
de Conservação); 
- Lei 12.651/12 (Dispõe sobre a proteção de 
vegetação nativa – Novo código florestal); 
VII - Portaria IBAMA nº 160/09 (Cria o SINIMA) 
VIII - Resolução CONAMA 001/88 (Estabelece o Cadastro 
Técnico Federal) 
 
IX - Lei 9.605/98 (Institui a Lei de Crimes Ambientais); 
Instrumento Nome 
X - Instrução Normativa n° 6/2014 (Regulamenta o 
Relatório Anual de Atividades e Poluidoras); 
XI - Lei 10.650 (Dispõe sobre o acesso público aos dados 
existentes nos órgãos e entidade do SISNAMA); 
XII - Resolução CONAMA 001/88 (Estabelece o Cadastro 
Técnico Federal) 
XIII - - - 
Institui o Licenciamento e a Fiscalização 
Ambiental (Arts. 10 e 11) 
 Veremos detalhadamente nas aulas XX e XX 
 As ações de licenciamento, registro, autorizações, 
concessões e permissões relacionadas à fauna, à flora, e ao 
controle ambiental são de competência exclusiva dos 
órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente. 
(Art. 17-L) 
 
Incentiva atividades voltadas ao meio ambiente 
(Art. 13) 
 
 
 
Impõe sanções aos transgressores (Art. 14) 
 
- multa simples ou diária, agravada em casos de 
reincidência; 
- perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; 
- perda ou suspensão de participação em linhas de 
financiamento; 
- suspensão de sua atividade. 
 
É o poluidor obrigado, independentemente da existência de 
culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio 
ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. 
 
O Ministério Público da União e dos Estados terá 
legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e 
criminal, por danos causados ao meio ambiente. 
 
A pena é aumentada até o dobro se: 
I – resultar: a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio 
ambiente; b) lesão corporal grave; 
II - a poluição é decorrente de atividade industrial ou de 
transporte; 
III - o crime é praticado durante a noite, em domingo ou em 
feriado. 
 
 
Cria o Cadastro Técnico Federal (Art. 17) 
 
- Registro de pessoas e empresas que prestam 
consultorias; 
 
- Registro de pessoas e empresas que pratiquem atividades 
potencialmente poluidoras e inerentes. 
 
AULA 08 – ÁUDIO COMPLEMENTAR – ATIVIDADE 
ATIVIDADE PARCIAL (0-10 pontos): 
 
I – Escutar os áudios fornecidos pelo professor; 
II – Elaborar um relatório das informações escutadas, apresentando 
apontamentos sobre os principais pontos observados nos áudios; 
III – Responder as questões: 
 
 1) É muito comum as pessoas cofundirem APA com APP. Elas são a 
mesma coisa? Discorra. 
 2) De que forma são tratados os resíduos sólidos no Brasil? 
 3) As leis municipais sobre a utilização dos recursos naturais podem 
ser mais permissivas que a legislação estadual ou federal? 
 4) Qual é a competência comum a União, Estados e Municípios? 
 
 
 
 
AULA 09 – REVISÃO PARA AVALIAÇÃO BIMESTRAL 
DÚVIDAS? 
 
 
 
AULA 10 – AVALIAÇÃO BIMESTRAL (0-10 PONTOS) 
 
 
 
 
PROVA BIMESTRAL 
 
 
 
AULA 11 – LEIS LIGADAS A QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE 
A Política Nacional de Meio Ambiente, Lei N.º 
6.938, estabelece uma série de instrumentos (Art. 
9º) que propõem-se a ser meios para garantia dos 
objetivos e princípios relacionados apreservação, 
melhoria e recuperação da qualidade ambiental 
propícia à vida. 
 
Dessa forma, o Instrumento I refere-se à: 
I – Estabelecimento de padrões de qualidade 
ambiental (Art. 9º, I). 
Assim, seguem algumas leis, a serem trabalhadas, 
sobre tal instrumento: 
 Instrumento Nome 
I - Lei n° 9.433/97 (Estabelece a Política Nacional de Recursos 
Hídricos); 
- Resolução CONAMA n° 357/05 (Classificação e 
enquadramento de Corpos D’água. Padrões para lançamento 
de efluentes); 
- Resolução CONAMA n° 003/90 (Estabelece padrões de 
qualidade do Ar); 
- Resolução CONAMA n° 008/90 (Estabelece limites 
máximos para emissão de poluentes atmosféricos) 
- Resolução CONAMA n° 420/09 (Estabelece padrões de 
qualidade do solo); 
 
Lei 9.433, de 08 de janeiro de 1997. 
 
Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, 
cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos 
 
Estabelece os Fundamentos (Art. 1º) 
 
I – a água é um bem de domínio público; 
 
II – a água é um recurso natural limitado, dotado de 
valor econômico; 
 
III – em situações de escassez, o uso prioritário dos 
recursos hídricos é o consumo humano e a 
dessedentação de animais; 
 
IV – a gestão dos recursos hídricos deve sempre 
proporcionar o uso múltiplo das águas; 
 
V – a bacia hidrográfica é a unidade territorial para 
implementação da Política Nacional de Recursos 
Hídricos e atuação do Sistema Nacional de 
Gerenciamento de Recursos Hídricos; 
VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser 
descentralizada e contar com a participação do 
Poder Público, dos usuários e das comunidades. 
 
Estabelece os Objetivos (Art. 2º) 
 
I – assegurar à atual e às futuras gerações a 
necessária disponibilidade de água, em padrões de 
qualidade adequados 
aos respectivos usos; 
II – a utilização racional e integrada dos recursos 
hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com 
vistas ao desenvolvimento sustentável; 
 
III – a prevenção e a defesa contra eventos 
hidrológicos críticos de origem natural ou 
decorrentes do uso inadequado dos recursos 
naturais. 
 
Estabelece os Instrumentos (Art. 5º) 
 
I – os Planos de Recursos Hídricos; 
II – o enquadramento dos corpos de água em 
classes, segundo os usos preponderantes da água; 
III – a outorga dos direitos de uso de recursos 
hídricos; 
IV – a cobrança pelo uso de recursos hídricos; 
V – a compensação a municípios; 
VI – o Sistema de Informações sobre Recursos 
Hídricos. 
Planos de Recursos Hídricos (Arts. 6º a 8°) 
 
O que são? 
 
São planos diretores que visam a fundamentar e 
orientar a implementação da Política Nacional de 
Recursos Hídricos e o gerenciamento dos recursos 
hídricos. 
O que contém? 
 
- Diagnósticos; 
- Análise de alternativas de atividades que usam a 
água; 
- Balanço entre disponibilidade e demandas 
futuras; 
- Metas de racionalização do uso, aumento da 
quantidade e melhoria da qualidade; 
- Medidas para atendimento das metas; 
- Prioridades para uso, cobrança pelo uso e 
restrição do uso. 
Quem deve possuir um PRH? 
 
- Cada Bacia hidrográfica; 
 
- Cada Estado; e, 
 
- O País 
Enquadramento dos corpos hídricos (Arts. 9º a 10) 
 
O que são? 
 
Estabelecimento de classes de corpos d’água 
 
Veremos com detalhes na aula 12, por ocasião da leitura da Resolução 
CONAMA n° 357/05 
Outorga (Arts. 11 a 18) 
 
O que é? 
 
É um instrumento que confere, ou não, o direito ao 
uso do recurso hídrico. 
 
Tem como objetivos assegurar o controle 
quantitativo e qualitativo dos usos da água e o 
efetivo exercício dos direitos de acesso à água. 
Quem deve possuir? 
 
Todo aquele que usa a água para: 
 
- Consumo final, inclusive abastecimento público ou 
processo produtivo, seja por meio de derivação, 
captação ou extração; 
- Lançar esgotos ou resíduos líquidos ou gasosos, 
com fim de diluição, transporte ou destino final; 
- Aproveitamento hidrelétrico; 
- Outros usos que alterem o regime, a quantidade 
ou a qualidade. 
Quem não precisa possuir? 
 
Todo aquele que usa a água para: 
 
- Consumo final, ou não, em pequenos núcleos 
habitacionais, em meio rural; 
- Derivações, captações e lançamentos 
insignificantes; 
- Acumulações insignificantes. 
Quais informações adicionais preciso saber? 
 
- Toda outorga está condicionada às prioridades 
estabelecidas no Plano de Recurso Hídrico; 
- O poder público federal ou estadual efetivará a 
outorga; 
- A outorga poderá ser suspensa totalmente ou 
parcialmente; 
- A outorga não excederá o prazo de 35 anos, 
renovável; 
- A outorga é apenas o direito de uso e não a 
alienação do bem. 
Cobrança do uso (Arts. 19 a 23) 
 
O que é? 
 
É a cobrança pelo uso da água por meio da 
outorga. Se deve por reconhecer a água como bem 
econômico, incentivo a racionalização e 
necessidade de financiamento de programas e 
intervenções previstos nos PRH’s 
Quais informações adicionais preciso saber? 
 
- O valor cobrado dependerá do volume usado e do 
regime de variação ou da quantidade de resíduo 
lançada, seu regime de variação e características; 
- Os valores arrecadados serão aplicados, 
prioritariamente, na bacia hidrográfica em que 
foram gerados. 
Do sistema de informações sobre Recursos 
Hídricos (Arts. 25 a 27) 
 
O que é? 
 
É um sistema de coleta, tratamento, 
armazenamento e recuperação de informações 
sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em 
sua gestão 
Quais os objetivos? 
 
I – reunir, dar consistência e divulgar os dados e 
informações sobre a situação qualitativa e 
quantitativa dos recursos hídricos no Brasil; 
 
II – atualizar permanentemente as informações 
sobre disponibilidade e demanda de recursos 
hídricos em todo o território nacional; 
 
III – fornecer subsídios para a elaboração dos 
Planos de Recursos Hídricos. 
Da ação do poder público (Arts. 29 a 31) 
 
Cabe à União: 
I – tomar as providências necessárias à 
implementação e ao funcionamento do Sistema 
Nacional de Gerenciamento de Recursos 
Hídricos; 
 
II – outorgar os direitos de uso de recursos 
hídricos, e regulamentar e fiscalizar os usos, na 
sua esfera de competência; 
III – implantar e gerir o Sistema de Informações 
sobre Recursos Hídricos, em âmbito nacional; 
 
IV – promover a integração da gestão de 
recursos hídricos com a gestão ambiental. 
Cabe aos Estados e DF: 
I – outorgar os direitos de uso de recursos 
hídricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos; 
 
II – realizar o controle técnico das obras hídricas; 
 
III – implantar e gerir o Sistema de Informações 
sobre Recursos Hídricos, em âmbito estadual e do 
Distrito Federal; 
 
IV – promover a integração da gestão de 
recursos hídricos com a gestão ambiental. 
Art. 31. Na implementação da Política Nacional de 
Recursos Hídricos, os Poderes Executivos do Distrito 
Federal e dos Municípios promoverão a integração das 
políticas locais de saneamento básico, de uso, ocupação e 
conservação do solo e de meio ambiente com as políticas 
federal e estaduais de recursos hídricos. 
Do Sistema Nacional de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos (Arts. 32 a 48) 
 
O que é? 
 
Conjunto de órgãos que, integrados, tem como 
objetivo 
 I – coordenar a gestão integrada das águas; 
 
 II – arbitrar administrativamente os conflitos relacionados 
com os recursos hídricos; 
 III – implementar a Política Nacional de Recursos 
Hídricos; 
 
 IV – planejar, regular e controlar o uso, a preservação e 
a recuperação dos recursos hídricos; 
 
 V – promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos. 
Conselho Nacional de Recursos Hídricos 
 
O que deve fazer? 
 
I – promover a articulação do planejamento de 
recursos hídricos com os planejamentos nacional, 
regional, estaduais e dos setores usuários; 
II – arbitrar, em última instância administrativa, os 
conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de 
Recursos Hídricos; 
III – deliberar sobre os projetos de aproveitamento 
de recursos hídricos cujas repercussões 
extrapolem o âmbito dos Estados em que serão 
implantados; 
IV – deliberar sobre as questões que lhe tenhamsido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de 
Recursos Hídricos ou pelos Comitês de Bacia 
Hidrográfica; 
V – analisar propostas de alteração da legislação 
pertinente a recursos hídricos e à Política Nacional 
de Recurso Hídricos; 
VI – estabelecer diretrizes complementares para 
implementação da Política Nacional de Recursos 
Hídricos, aplicação de seus instrumentos e atuação 
do Sistema Nacional de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos; 
VII – aprovar propostas de instituição dos Comitês 
de Bacia Hidrográfica e estabelecer critérios gerais 
para a elaboração de seus regimentos; 
VIII – VETADO; 
IX – acompanhar a execução e aprovar o Plano 
Nacional de Recursos Hídricos e determinar as 
providências necessárias ao cumprimento de suas 
metas; 
X – estabelecer critérios gerais para a outorga de 
direitos de uso de recursos hídricos e para a 
cobrança por seu 
uso. 
 
 Deverão haver Conselhos de Recursos 
Hídricos nos Estados e DF. Suas 
competências abrangem sua área de 
atuação. 
No Ceará chama-se CONERH (Lei 11.996, 
de 24 de julho de 1992) 
 
Comitês de Bacia Hidrográfica 
 
O que devem fazer? 
 
I – promover o debate das questões relacionadas a 
recursos hídricos e articular a atuação das 
entidades intervenientes; 
II – arbitrar, em primeira instância administrativa, os 
conflitos relacionados aos recursos hídricos; 
III – aprovar o Plano de Recursos Hídricos da 
bacia; 
IV – acompanhar a execução do Plano de 
Recursos Hídricos da bacia e sugerir as 
providências necessárias ao cumprimento de suas 
metas; 
V – propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos 
Estaduais de Recursos Hídricos as acumulações, 
derivações, captações e lançamentos de pouca 
expressão, para efeito de isenção da 
obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de 
recursos hídricos, de acordo com os domínios 
destes; 
VI – estabelecer os mecanismos de cobrança pelo 
uso de recursos hídricos e sugerir os valores a 
serem cobrados; 
VII e VIII – VETADOS; 
IX – estabelecer critérios e promover o rateio de 
custo das obras de uso múltiplo, de interesse 
comum ou coletivo. 
Agências de Água 
 
O que deve fazer? 
 
I – manter balanço atualizado da disponibilidade de 
recursos hídricos em sua área de atuação; 
II – manter o cadastro de usuários de recursos 
hídricos; 
III – efetuar, mediante delegação do outorgante, a 
cobrança pelo uso de recursos hídricos; 
IV – analisar e emitir pareceres sobre os projetos e 
obras a serem financiados com recursos gerados 
pela cobrança pelo uso de Recursos Hídricos e 
encaminhá-los à instituição financeira responsável 
pela administração desses recursos; 
V – acompanhar a administração financeira dos 
recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de 
recursos hídricos em sua área de atuação; 
VI – gerir o Sistema de Informações sobre 
Recursos Hídricos em sua área de atuação; 
VII – celebrar convênios e contratar financiamentos 
e serviços para a execução de suas competências; 
VIII – elaborar a sua proposta orçamentária e 
submetê-la à apreciação do respectivo ou 
respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica; 
IX – promover os estudos necessários para a 
gestão dos recursos hídricos em sua área de 
atuação; 
X – elaborar o Plano de Recursos Hídricos para 
apreciação do respectivo Comitê de Bacia 
Hidrográfica; 
XI – propor ao respectivo ou respectivos Comitês 
de Bacia Hidrográfica: 
 
a) o enquadramento dos corpos de água nas classes de 
uso, para encaminhamento ao respectivo Conselho 
Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos 
Hídricos, de acordo com o domínio destes; 
b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos 
hídricos; 
c) o plano de aplicação dos recursos arrecadados com a 
cobrança pelo uso de recursos hídricos; 
d) o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de 
interesse comum ou coletivo. 
Art. 41. As Agências de Água exercerão a função de 
secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitês 
de Bacia Hidrográfica. 
Art. 42. As Agências de Água terão a mesma área de 
atuação de um ou mais Comitês de Bacia Hidrográfica. 
 
 
 
 
 
No Brasil, há a Agência Nacional de Águas - 
ANA 
No Estado do Ceará, a Secretaria de 
Recursos Hídricos - SRH e a Companhia de 
Gestão dos Recursos Hídricos – COGERH 
fazem, conjuntamente, as funções de uma 
Agência de Águas regional. 
 
Organizações civis 
 
O que são? 
 
I – consórcios e associações intermunicipais de 
bacias hidrográficas; 
II – associações regionais, locais ou setoriais de 
usuários de recursos hídricos; 
III – organizações técnicas e de ensino e pesquisa 
com interesse na área de recursos hídricos; 
IV – organizações não governamentais com 
objetivos de defesa de interesses difusos e 
coletivos da sociedade; 
 
V – outras organizações reconhecidas pelo 
Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais 
de Recursos Hídricos. 
Das Infrações e penalidades (Arts. 49 e 50) 
 
Constituem-se como infrações: 
a) Derivar ou utilizar recursos hídricos sem 
outorga; 
b) Implantar empreendimento que use recurso 
hídrico sem a prévia autorização; 
c) Não cumprir com os termos da outorga; 
d) Perfurar ou operar poços sem autorização; 
e) Fraudar medições de volumes d’água; 
f) Obstar ou dificultar a fiscalizar; 
g) Infringir outras normas previstas em 
regulamento(s). 
 
Constituem-se como penas: 
I – advertência por escrito 
 
II – multa, simples ou diária, proporcional à 
gravidade da infração, de R$ 100,00 (cem reais) a 
R$ 10.000,00 (dez mil reais); 
 
III – embargo provisório, por prazo determinado; 
 
IV – embargo definitivo, com revogação da outorga. 
AULA 12 – ATIVIDADE 0-3PONTOS 
AA 04: COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS E 
GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO CEARÁ 
 
AULA 13 – LEIS LIGADAS A QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE - CONTINUAÇÃO 
Resolução CONAMA 357/97 
 
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e 
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, 
bem como estabelece as condições e padrões de 
lançamento de efluentes, e dá outras providências. 
 
Estabelece as Definições (Art. 2º) 
 
I - águas doces: águas com salinidade igual ou 
inferior a 0,5 ‰; 
II - águas salobras: águas com salinidade superior 
a 0,5 ‰ e inferior a 30 ‰; 
 
III - águas salinas: águas com salinidade igual ou 
superior a 30 ‰; 
 
IV - ambiente lêntico: ambiente que se refere à 
água parada, com movimento lento ou estagnado; 
 
V - ambiente lótico: ambiente relativo a águas 
continentais moventes; 
VII - carga poluidora: quantidade de determinado 
poluente transportado ou lançado em um corpo de 
água receptor, expressa em unidade de massa por 
tempo; 
 
IX - classe de qualidade: conjunto de condições e 
padrões de qualidade de água necessários ao 
atendimento dos usos preponderantes, atuais ou 
futuros; 
 
X - classificação: qualificação das águas doces, 
salobras e salinas em função dos usos 
preponderantes (sistema de classes de qualidade) 
atuais e futuros; 
 
XIII - condições de lançamento: condições e 
padrões de emissão adotados para o controle de 
lançamentos de efluentes no corpo receptor; 
 
XXV - monitoramento: medição ou verificação de 
parâmetros de qualidade e quantidade de água, 
que pode ser contínua ou periódica, utilizada para 
acompanhamento da condição e controle da 
qualidade do corpo de água; 
 
XXVI - padrão: valor limite adotado como requisito 
normativo de um parâmetro de qualidade de água 
ou efluente; 
 
XXVII - parâmetro de qualidade da água: 
substancias ou outros indicadores representativos 
da qualidade da água; 
Da classificação (Arts. 3° ao 6°) 
 
Águas Doces 
Classe Especial a) ao abastecimento para consumo humano, com 
desinfecção; 
b) à preservação do equilíbrio natural das 
comunidades aquáticas; e, 
c) à preservação dos ambientes aquáticos em 
unidades de conservação de proteção integral. 
Águas Doces 
Classe 1 a) ao abastecimento para consumo humano, após 
tratamento simplificado; 
b) à proteção das comunidades aquáticas; 
c) à recreação de contato primário, tais como 
natação, esqui aquático e mergulho, conformeResolução 
CONAMA no 
 274, de 2000; 
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas 
cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao 
solo e que 
sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e 
e) à proteção das comunidades aquáticas em 
Terras Indígenas. 
Águas Doces 
Classe 2 a) ao abastecimento para consumo humano, após 
tratamento convencional; 
b) à proteção das comunidades aquáticas; 
c) à recreação de contato primário, tais como 
natação, esqui aquático e mergulho, conforme 
Resolução 
CONAMA no 
 274, de 2000; 
d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de 
parques, jardins, campos de esporte e lazer, com 
os 
quais o público possa vir a ter contato direto; e 
e) à aqüicultura e à atividade de pesca. 
Águas Doces 
Classe 3 a) ao abastecimento para consumo humano, após 
tratamento convencional ou avançado; 
b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e 
forrageiras; 
c) à pesca amadora; 
d) à recreação de contato secundário; e 
e) à dessedentação de animais. 
Classe 4 a) à navegação; e 
b) à harmonia paisagística 
Águas Salobras 
Classe Especial a) à preservação dos ambientes aquáticos em 
unidades de conservação de proteção integral; e, 
b) à preservação do equilíbrio natural das 
comunidades aquáticas. 
Águas Salobras 
Classe 1 a) à recreação de contato primário, conforme 
Resolução CONAMA no 
 274, de 2000; 
b) à proteção das comunidades aquáticas; 
c) à aqüicultura e à atividade de pesca; 
d) ao abastecimento para consumo humano após 
tratamento convencional ou avançado; e 
e) à irrigação de hortaliças que são consumidas 
cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao 
solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de 
película, e à irrigação de parques, jardins, campos 
de esporte e lazer, com os quais o público possa 
vir a ter contato direto. 
Águas Salobras 
Classe 2 a) à pesca amadora; e 
b) à recreação de contato secundário. 
Classe 3 a) à navegação; e 
b) à harmonia paisagística 
Águas Salinas 
Classe Especial a) à preservação dos ambientes aquáticos em 
unidades de conservação de proteção integral; e 
b) à preservação do equilíbrio natural das 
comunidades aquáticas. 
Águas Salinas 
Classe 1 a) à recreação de contato primário, conforme 
Resolução CONAMA no 
 274, de 2000; 
b) à proteção das comunidades aquáticas; e 
c) à aqüicultura e à atividade de pesca. 
Águas Salinas 
Classe 2 a) à pesca amadora; e 
b) à recreação de contato secundário. 
Classe 3 a) à navegação; e 
b) à harmonia paisagística. 
Das condições e padrões de qualidade (Arts. 7° 
ao 23) 
 
Os padrões de qualidade das águas estabelecem 
limites individuais para cada substância em cada 
classe. 
 
O conjunto de parâmetros de qualidade de água 
selecionado para subsidiar a proposta de 
enquadramento deverá ser monitorado 
periodicamente pelo Poder Público. 
 
A análise e avaliação dos valores dos parâmetros 
de qualidade de água de que trata esta Resolução 
serão realizadas pelo Poder Público, podendo ser 
utilizado laboratório próprio, conveniado ou 
contratado, que deverá adotar os procedimentos 
de controle de qualidade analítica necessários ao 
atendimento das condições exigíveis. 
O Poder Público poderá, a qualquer momento, 
acrescentar outras condições e padrões de 
qualidade, para um determinado corpo de água, ou 
torná-los mais restritivos, tendo em vista as 
condições locais, mediante fundamentação técnica. 
 
O Poder Público poderá estabelecer restrições e 
medidas adicionais, de caráter excepcional e 
temporário, quando a vazão do corpo de água 
estiver abaixo da vazão de referência. 
 
Nas águas de classe especial deverão ser 
mantidas as condições naturais do corpo de 
água. 
 
Condições de qualidade Padrões de qualidade 
a) não verificação de efeito tóxico 
crônico a organismos 
b) materiais flutuantes, inclusive 
espumas não naturais: 
virtualmente ausentes; 
c) óleos e graxas: virtualmente 
ausentes; 
d) substâncias que comuniquem 
gosto ou odor: virtualmente 
ausentes; 
e) corantes provenientes de 
fontes antrópicas: virtualmente 
ausentes; 
f) resíduos sólidos objetáveis: 
virtualmente ausentes; 
[...] 
Visualização (para Classe I – Águas Doces) 
 
Das condições e padrões de Lançamento de 
Efluentes (Resolução CONAMA n° 430/2011) 
 
Os efluentes não poderão conferir ao corpo 
receptor características de qualidade em desacordo 
com as metas obrigatórias progressivas, 
intermediárias e final, do seu enquadramento. 
 
O órgão ambiental competente deverá, por meio 
de norma específica ou no licenciamento da 
atividade ou empreendimento, estabelecer a carga 
poluidora máxima para o lançamento de 
substâncias passíveis de estarem presentes ou 
serem formadas nos processos produtivos, listadas 
ou não nesta Resolução. 
 
O órgão ambiental competente poderá exigir, nos 
processos de licenciamento ou de sua renovação, 
a apresentação de estudo de capacidade de 
suporte do corpo receptor. 
É vedado, nos efluentes, o lançamento dos 
Poluentes Orgânicos Persistentes – POP’s; 
 
O órgão ambiental competente poderá, quando a 
vazão do corpo receptor estiver abaixo da vazão de 
referência, estabelecer restrições e medidas 
adicionais, de caráter excepcional e temporário, 
aos lançamentos de efluentes que possam, dentre 
outras consequências: 
I - acarretar efeitos tóxicos agudos ou crônicos em 
organismos aquáticos; ou 
II - inviabilizar o abastecimento das populações. 
Condições de lançamento Padrões de qualidade 
a) pH entre 5 a 9; 
 
b) temperatura: inferior a 40°C, 
sendo que a variação de 
temperatura do corpo receptor 
não deverá exceder a 3°C no 
limite da zona de mistura; 
 
c) materiais sedimentáveis: até 1 
mL/L em teste de 1 hora. 
Para o lançamento em lagos e 
lagoas, cuja velocidade de 
circulação seja praticamente 
nula, os materiais sedimentáveis 
deverão estar virtualmente 
ausentes; 
Visualização (Lançamento de efluentes) 
 
Condições de lançamento Padrões de qualidade 
d) regime de lançamento com 
vazão máxima de até 1,5 vez a 
vazão média do período de 
atividade diária do agente 
poluidor 
e) óleos e graxas: 
 1. óleos minerais: até 20 mg/L; 
 2. óleos vegetais e gorduras 
animais: até 50 mg/L; 
f) ausência de materiais 
flutuantes; e 
g) Demanda Bioquímica de 
Oxigênio (DBO 5 dias a 20°C): 
remoção mínima de 60% de 
DBO. 
Condições de lançamento Padrões de 
qualidade 
a) pH entre 5 e 9; 
b) temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de 
temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3°C 
no limite da zona de mistura; 
c) materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora 
em cone Inmhoff. Para o lançamento em lagos e lagoas, 
cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os 
materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente 
ausentes; 
d) Demanda Bioquímica de Oxigênio-DBO 5 dias, 20°C: 
máximo de 120 mg/L, e) substâncias solúveis em hexano 
(óleos e graxas) até 100 mg/L; e 
f) ausência de materiais flutuantes. 
Mesmo para 
efluentes no geral 
Visualização (Lançamento de efluentes oriundos de 
ETE Sanitários) 
 
AULA 14 – LEIS LIGADAS A QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE - CONTINUAÇÃO 
Resolução CONAMA n° 420/09 
 
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de 
qualidade do solo quanto à presença de 
substâncias químicas e estabelece diretrizes para 
o gerenciamento ambiental de áreas 
contaminadas por essas substâncias em 
decorrência de atividades antrópicas. 
 
Importante: Não se aplica para meio aquático 
marinho e ambientes estuarinos (Art. 2°) 
 
 
A proteção do solo deve ser realizada de maneira 
preventiva, a fim de garantir a manutenção da sua 
funcionalidade ou, de maneira corretiva, visando 
restaurar sua qualidade ou recuperá-la de forma 
compatível com os usos previstos. 
 
Funções principais do solo: 
I - servir como meio básico para a sustentação da 
vida e de habitat para pessoas, animais, 
plantas e outros organismos vivos; 
II - manter o cicloda água e dos nutrientes; 
III - servir como meio para a produção de alimentos 
e outros bens primários de consumo; 
IV - agir como filtro natural, tampão e meio de 
adsorção, degradação e transformação de 
substâncias químicas e organismos; 
V - proteger as águas superficiais e subterrâneas; 
VI - servir como fonte de informação quanto ao 
patrimônio natural, histórico e cultural; 
VII - constituir fonte de recursos minerais; e 
VIII - servir como meio básico para a ocupação 
territorial, práticas recreacionais e propiciar outros 
usos públicos e econômicos. 
Estabelece as definições (Art. 6°) 
 
Avaliação de risco: processo pelo qual são 
identificados, avaliados e quantificados os riscos à 
saúde humana ou a bem de relevante interesse 
ambiental a ser protegido; 
 
Contaminação: presença de substância(s) 
química(s) no ar, água ou solo, decorrentes de 
atividades antrópicas, em concentrações tais que 
restrinjam a utilização desse recurso ambiental 
para os usos atual ou pretendido. 
Monitoramento: medição ou verificação, que pode 
ser contínua ou periódica, para acompanhamento 
da condição de qualidade de um meio ou das suas 
características; 
 
Perigo: Situação em que estejam ameaçadas a 
vida humana, o meio ambiente ou o patrimônio 
público e privado, em razão da presença de 
agentes tóxicos, patogênicos, reativos, corrosivos 
ou inflamáveis no solo ou em águas subterrâneas 
ou em instalações, equipamentos e construções 
abandonadas, em desuso ou não controladas; 
Remediação: uma das ações de intervenção para 
reabilitação de área contaminada, que consiste em 
aplicação de técnicas, visando a remoção, 
contenção ou redução das concentrações de 
contaminantes; 
 
Reabilitação: ações de intervenção realizadas em 
uma área contaminada visando atingir um risco 
tolerável, para o uso declarado ou futuro da área; 
 
Risco: é a probabilidade de ocorrência de efeito(s) 
adverso(s) em receptores expostos a 
contaminantes; 
 
Estabelece a classificação (Art. 13) 
 
I - Classe 1 - Solos que apresentam concentrações 
de substâncias químicas menores ou iguais ao 
Valor de Referência de Qualidade - VRQ (define a 
qualidade natural do solo); 
 
II - Classe 2 - Solos que apresentam concentrações 
de pelo menos uma substância química maior do 
que o VRQ e menor ou igual ao Valor de 
Prevenção – VP (concentração limite); 
 
III - Classe 3 - Solos que apresentam 
concentrações de pelo menos uma substância 
química maior que o VP e menor ou igual ao Valor 
de Investigação – VI (valores acima da qual 
existem riscos potenciais); e 
 
IV - Classe 4 - Solos que apresentam 
concentrações de pelo menos uma substância 
química maior que o VI 
Estabelece a prevenção e controle (Art. 14) 
 
Os empreendimentos com potencial de 
contaminação do solo deverão: 
 
I - implantar programa de monitoramento de 
qualidade do solo e das águas subterrâneas na 
área do empreendimento e, quando necessário, na 
sua área de influência direta e nas águas 
superficiais; e 
II - apresentar relatório técnico conclusivo sobre a 
qualidade do solo e das águas subterrâneas, a 
cada solicitação de renovação de licença e 
previamente ao encerramento das atividades. 
 
Procedimentos para avaliação das concentrações 
de substâncias químicas e controle da qualidade do 
solo, dentre outros: 
 
I - realização de amostragens e ensaios de campo 
ou laboratoriais; 
II - classificação da qualidade do solo; e 
III - adoção das ações requeridas conforme 
estabelecido na resolução. 
 
Procedimentos de prevenção e controle da 
qualidade do solo: 
 
I - Classe 1: não requer ações; 
 
II - Classe 2: poderá requerer uma avaliação do 
órgão ambiental, incluindo a verificação da 
possibilidade de ocorrência natural da substância 
ou da existência de fontes de poluição, com 
indicativos de ações preventivas de controle, 
quando couber, não envolvendo necessariamente 
Investigação; 
III - Classe 3: requer identificação da fonte 
potencial de contaminação, avaliação da ocorrência 
natural da substância, controle das fontes de 
contaminação e monitoramento da qualidade do 
solo e da água subterrânea; e 
 
IV - Classe 4: requer as seguintes ações: 
 I - eliminar o perigo ou reduzir o risco à saúde humana; 
 II - eliminar ou minimizar os riscos ao meio ambiente; 
 III - evitar danos aos demais bens a proteger; 
 IV - evitar danos ao bem estar público durante a execução de ações para 
reabilitação; e 
 V - possibilitar o uso declarado ou futuro da área, observando o 
planejamento de uso e ocupação do solo. 
 
I - Identificação: etapa em que serão identificadas 
áreas suspeitas de contaminação com base em 
avaliação preliminar, e, para aquelas em que 
houver indícios de contaminação, deve ser 
realizada uma investigação confirmatória, as 
expensas do responsável, segundo as normas 
técnicas ou procedimentos vigentes. 
II - Diagnóstico: etapa que inclui a investigação 
detalhada e avaliação de risco, as expensas do 
responsável, segundo as normas técnicas ou 
procedimentos vigentes, com objetivo de subsidiar 
a etapa de intervenção, após a investigação 
confirmatória que tenha identificado substâncias 
químicas em concentrações acima do valor de 
investigação. 
III - Intervenção: etapa de execução de ações de 
controle para a eliminação do perigo ou redução, a 
níveis toleráveis, dos riscos identificados na etapa 
de diagnóstico, bem como o monitoramento da 
eficácia das ações executadas, considerando o uso 
atual e futuro da área, segundo as normas técnicas 
ou procedimentos vigentes. 
Área Suspeita de Contaminação – AS, após a 
realização de uma avaliação preliminar, forem 
observados indícios da presença de contaminação 
ou identificadas condições que possam representar 
perigo. 
 
Área Contaminada sob Investigação – AI, aquela 
em que comprovadamente for constatada, 
mediante investigação confirmatória, a 
contaminação com concentrações de substâncias 
no solo ou nas águas subterrâneas acima dos 
valores de investigação. 
Área Contaminada sob Intervenção - ACI, aquela 
em que for constatada a presença de substâncias 
químicas em fase livre ou for comprovada, após 
investigação detalhada e avaliação de risco, a 
existência de risco à saúde humana. 
 
Área em Processo de Monitoramento para 
Reabilitação - AMR, aquela em que o risco for 
considerado tolerável, após a execução de 
avaliação de risco. 
Os responsáveis pela contaminação da área 
devem submeter ao órgão ambiental competente 
proposta para a ação de intervenção a ser 
executada sob sua responsabilidade, devendo a 
mesma, obrigatoriamente, considerar: 
 
I - o controle ou eliminação das fontes de 
contaminação; 
 
II - o uso atual e futuro do solo da área objeto e sua 
circunvizinhança; 
 
III - a avaliação de risco à saúde humana; 
IV - as alternativas de intervenção consideradas 
técnica e economicamente viáveis e suas 
consequências; 
 
V - o programa de monitoramento da eficácia das 
ações executadas; e 
 
VI - os custos e os prazos envolvidos na 
implementação das alternativas de intervenção 
propostas para atingir as metas estabelecidas. 
AULA 15 – ATIVIDADE 0-3 PONTOS 
AA 05: PADRÕES DE QUALIDADE DO AR E DE 
LANÇAMENTO DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS 
 
(RESOLUÇÃO CONAMA N° 003/90 E 
RESOLUÇÃO CONAMA N° 382/06) 
 
Continuando com os estudos sobre os 
instrumentos da PNMA, têm-se 
 
Dessa forma, o Instrumento III refere-se à: 
 
III - a avaliação de impactos ambientais; 
 
AULA 16 – LEIS LIGADAS A AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS 
Instrumento Nome 
III - Resolução CONAMA nº 001/86 (Estabelece o 
EIA/RIMA); 
Resolução CONAMA 001/86 
 
Estabelecer as definições, as responsabilidades, os 
critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e 
implementação da Avaliação de Impacto Ambiental 
como um dos instrumentos da Política Nacional do 
Meio Ambiente 
 
Estabelece Impacto Ambiental (Art. 1º) 
 
Considera-se impacto ambiental qualquer alteração 
das propriedades físicas, químicas e biológicas do 
meio ambiente, causada porqualquer forma de 
matéria ou energia resultante das atividades 
humanas. 
 
Os impactos possuem níveis e escalas diferentes. 
A partir da identificação e avaliação sistemática dos 
impactos que se pode definir estratégias de 
compensação ou recuperação; 
 
Através da elaboração de estudos de impactos 
ambientais e sua aplicabilidade no dia a dia, por 
meio dos planos por eles concedidos, a ação 
humana passa a ser mitigada; 
 
Num estudo, devem ser contempladas informações 
alusivas a identificação dos impactos, a área de 
abrangência, o nível de alteração provocado e 
propostas de mitigação (tecnológicas e 
locacionais). 
Quais os tipos de estudos ambientais? 
 
EIA / RIMA – Estudo de Impacto Ambiental / 
Relatório de Impacto ao Meio Ambiente; 
RCA – Relatório de Controle Ambiental; 
PBA – Projeto Básico Ambiental; 
PRAD – Plano de Recuperação de Áreas 
Degradadas; 
PCA – Plano de Controle Ambiental; 
RAS – Relatório Ambiental Simplificado; 
PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos 
Sólidos 
EVA – Estudo de Viabilidade Ambiental 
PCMA – Plano de Controle e Monitoramento 
Ambiental 
RAMA – Relatório de Acompanhamento e 
Monitoramento Ambiental 
Etc. 
 
Diversos tipos, com métodos diferentes, mas com 
objetivos de se realizar a AIA. 
 
O que é o EIA / RIMA? 
 
EIA – Estudo de Impacto Ambiental: documento 
técnico que contemplará, no mínimo: 
 
I - Diagnóstico ambiental da área de influência do 
projeto, tal como existem, de modo a caracterizar a 
situação ambiental da área, antes da implantação 
do projeto, considerando: 
a) o meio físico; 
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais; 
c) o meio sócio-econômico. 
 
II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de 
suas alternativas, através de identificação, previsão 
da magnitude e interpretação da importância dos 
prováveis impactos relevantes, discriminando: os 
impactos positivos e negativos (benéficos e 
adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio 
e longo prazos, temporários e permanentes; seu 
grau de reversibilidade; suas propriedades 
cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e 
benefícios sociais. 
III - Definição das medidas mitigadoras dos 
impactos negativos, entre elas os equipamentos de 
controle e sistemas de tratamento de despejos, 
avaliando a eficiência de cada uma delas. 
 
lV - Elaboração do programa de acompanhamento 
e monitoramento (os impactos positivos e 
negativos, indicando os fatores e parâmetros a 
serem considerados. 
 
O Estudo de Impacto Ambiental será realizado por equipe multidisciplinar 
habilitada, não dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto e 
que será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados. 
RIMA – Relatório de Impacto ao Meio Ambiente: 
refletirá as conclusões do estudo de impacto 
ambiental e conterá, no mínimo: 
 
I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua 
relação e compatibilidade com as políticas 
setoriais, planos e programas governamentais; 
 
II - A descrição do projeto e suas alternativas 
tecnológicas e locacionais, especificando [...] as 
matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de 
energia, os processos e técnica operacionais, os 
prováveis efluentes, emissões, resíduos de 
energia, os empregos diretos e indiretos a serem 
gerados; 
 
III - A síntese dos resultados dos estudos de 
diagnósticos ambiental da área de influência do 
projeto; 
IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais 
da implantação e operação da atividade [...]; 
 
V - A caracterização da qualidade ambiental futura 
da área de influência, comparando as diferentes 
situações da adoção do projeto e suas alternativas, 
bem como com a hipótese de sua não realização; 
 
VI - A descrição do efeito esperado das medidas 
mitigadoras previstas em relação aos impactos 
negativos, mencionando aqueles que não puderam 
ser evitados, e o grau de alteração esperado; 
VII - O programa de acompanhamento e 
monitoramento dos impactos; 
 
VIII - Recomendação quanto à alternativa mais 
favorável (conclusões e comentários de ordem 
geral). 
 
O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e 
adequada a sua compreensão. As informações 
devem ser traduzidas em linguagem acessível, 
ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e 
demais técnicas de comunicação visual. 
Quem deve fazer o EIA / RIMA? 
 
I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas 
de rolamento; 
II - Ferrovias; 
III - Portos e terminais de minério, petróleo e 
produtos químicos; 
IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, 
artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66; 
V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos 
coletores e emissários de esgotos sanitários; 
VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, 
acima de 230KV; 
VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos 
hídricos, tais como: barragem para fins 
hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou 
de irrigação, abertura de canais para navegação, 
drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, 
abertura de barras e embocaduras, transposição de 
bacias, diques; 
VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, 
carvão); 
IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, 
definidas no Código de Mineração; 
X - Aterros sanitários, processamento e destino 
final de resíduos tóxicos ou perigosos; 
Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer 
que seja a fonte de energia primária, acima de 
10MW; 
XII - Complexo e unidades industriais e agro-
industriais (petroquímicos, siderúrgicos, 
cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração 
e cultivo de recursos hídricos); 
XIII - Distritos industriais e zonas estritamente 
industriais - ZEI; 
XIV - Exploração econômica de madeira ou de 
lenha, em áreas acima de 100 hectares ou 
menores, quando atingir áreas significativas em 
termos percentuais ou de importância do ponto de 
vista ambiental; 
XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha. ou em 
áreas consideradas de relevante interesse 
ambiental; 
XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, 
em quantidade superior a dez toneladas por dia. 
 
 
O objetivo principal do EIA / RIMA é orientar a 
decisão do órgão ambiental e informá-lo sobre os 
efeitos ambientais do empreendimento ou projeto. 
 
Mesmo assim, é possível que o órgão ambiental 
tome uma decisão diferente da que foi proposto 
pelo EIA / RIMA, mas o mesmo deverá explicar as 
razões que o fizeram adotar tal decisão. 
Continuando com os estudos sobre os 
instrumentos da PNMA, têm-se 
 
Dessa forma, o Instrumento IV refere-se à: 
III - a avaliação de impactos ambientais; 
 
IV - o licenciamento e a revisão de atividades 
efetiva ou potencialmente poluidoras; 
AULA 17 – LEIS LIGADAS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL 
Assim, seguem algumas leis, a serem trabalhadas, 
sobre tal instrumento: 
 
Instrumento Nome 
IV - Decreto n° 99.274/90 (Regulamenta a PNMA) 
- Resolução CONAMA n° 237/97 (Estabelece o 
Licenciamento Ambiental); 
- Lei Complementar n° 140/11 (Fixa normas para o 
licenciamento ambiental federal, estadual e municipal) 
Resolução CONAMA 237/97 
 
Revisão dos procedimentos e critérios utilizados no 
licenciamento ambiental, de forma a efetivar a 
utilização do sistema de licenciamento como 
instrumento de gestão ambiental, instituído pela 
Política Nacional do Meio Ambiente 
 
Estabelece as Definições (Art. 1º) 
 
I - Licenciamento Ambiental: procedimento 
administrativo [...] licencia a localização, instalação, 
ampliação e a operação de empreendimentos e 
atividades utilizadoras de recursos ambientais, [...] 
efetiva ou potencialmente poluidoras ou [...] 
possam causar degradação ambiental [...]. 
 
II - Licença Ambiental: ato administrativo [...] 
estabelece as condições, restrições e medidas de 
controle ambiental que deverão ser obedecidas 
pelo empreendedor [...] para localizar, instalar, 
ampliar e operar empreendimentos ou atividades 
utilizadoras dos recursos ambientais consideradas 
efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas

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