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Dinâmica Veicular Professor: Juan Carlos Horta Gutiérrez 1 Tema: Geometria da Suspensão Aulas : Efeito da Geometria da Suspensão nas Mudanças de Posição da Massa Suspensa no plano longitudinal. Gillespie, Cap 7, pág 248-257. 2 Sumário das duas Aulas: Efeito da transferência de carga longitudinal na posição da massa suspensa; efeitos “anti” nas suspensões. Modelo para o estudo do “anti-squat” e “anti-pitch”; conceitos de “pitch center” e “pitch axis”, condição de “zero squat“ e “zero pitch”. Porcentagem de “anti-squat”. Representação gráfica da condição de “zero squat“ e “zero pitch” – significado físico. Condição de “zero squat“ e “zero pitch” em outros tipos de eixos e suspensões. Modelo para o estudo do “anti-dive”, condição de “zero dive”, representação gráfica - significado físico. 3 Efeito da geometria da suspensão nas mudanças de posição da massa suspensa A aceleração e desaceleração longitudinal produz transferência de carga entre os eixos; Veículo acelerado: transferência de carga do eixo dianteiro para o traseiro; A transferência depende da aceleração; A segunda parcela da equação acima é a parcela de carga transferida devido à aceleração. 4 Efeito da geometria da suspensão nas mudanças de posição da massa suspensa A transferência de carga ocorre de um eixo para outro passando através das suspensões (comprime ou estende seus elementos). Na aceleração: compressão da suspensão traseira e alongamento da dianteira. Movimento chamado de “squat” (agachamento) na traseira e de “lift” (levantamento) na dianteira; Na desaceleração: compressão da suspensão dianteira e alongamento da traseira. Movimento chamado de “dive” (mergulho) na dianteira e de “lift” (levantamento) na traseira. 5 Efeito da geometria da suspensão nas mudanças de posição da massa suspensa A combinação dos movimentos da suspensão dianteira e traseira originam o movimento de rotação conhecido como “pitch” (arfagem)(movimento ao redor do eixo “y” do veículo). Estes movimentos podem ser diminuídos e até anulados em dependência do projeto da geometria da suspensão, que atua se opondo à transferência de carga. 6 Efeito da geometria da suspensão nas mudanças de posição da massa suspensa Assim as geometrias da suspensão podem ser classificadas como segue: Antisquat – geometria na suspensão traseira que reduz a sua compressão com o veículo acelerado e tração traseira; Antilift – geometria na suspensão dianteira que reduz seu alongamento com o veículo acelerado e tração dianteira; Antidive – geometria na suspensão dianteira que reduz a sua compressão com o veículo desacelerado (na frenagem). Antilift – geometria na suspensão traseira que reduz seu alongamento com o veículo desacelerado (na frenagem); Antipitch – geometria na suspensão traseira e dianteira que reduz o movimento angular da massa suspensa quando o veículo é acelerado ou desacelerado. Estes efeitos “anti” na geometria não mudam a transferência de carga constante (em regime permanente). 7 ANTI-SQUAT AND ANTI-PITCH SUSPENSION GEOMETRY <número> ANTI-SQUAT AND ANTI-PITCH SUSPENSION GEOMETRY <número> Método de análise dos efeitos “ANTI” Determinação do braço de arrasto equivalente (trailing arm); Todas as suspensões são funcionalmente equivalentes ao braço de arrasto, considerando as reações de força e momento sobre a massa suspensa do veículo; O braço de arrasto pivota num ponto chamado de centro instantâneo de rotação ou “ponto de reação virtual” (pivot A) 10 Método de análise dos efeitos “ANTI” Determinação do braço de arrasto equivalente (trailing arm) (c0ntiunuação): O “ponto de reação virtual” (pivot A) é um ponto imaginário de fixação do braço virtual à massa suspensa do veículo aonde são transferidas as forças que se originam no contato pneu-pavimento; Este ponto é de fato o “pitch center” da suspensão. O sistema é analisado aplicando a 2ª Lei de Newton para torques ao redor do ponto “A”. A soma destes torques deverá ser zero quando o sistema está em equilíbrio. 11 Método de análise dos efeitos “ANTI” REAR SOLID DRIVE AXLE <número> Método de análise dos efeitos “ANTI” REAR SOLID DRIVE AXLE <número> Método de análise dos efeitos “ANTI” REAR SOLID DRIVE AXLE (Dedução completa) <número> Método de análise dos efeitos “ANTI” A Equação acima é chamada de Equação de Ângulo de Zero Pitch. O 1º termo da equação (h/L) corresponde à condição através da qual é conseguido o “anti-squat” na suspensão traseira. Assim temos a Equação de Zero Squat: Isto significa que a suspensão traseira não irá defletir (se comprimir) durante a aceleração <número> Método de análise dos efeitos “ANTI” Para avaliar o grau em que é conseguido o efeito de anti-squat numa suspensão é utilizada a “porcentagem de antisquat”: Exemplo: e/d = h/L – 100% antisquat Se e/d = 0,5*(h/L) - suspensão com 50% de antisquat. Na maioria dos veículos atuais h/L = 0,2 (20% de antisquat). Isto significa que o comprimento efetivo do braço de arrasto (d) será aproximadamente 5 vezes a elevação do braço (e). 16 Método de análise dos efeitos “ANTI” <número> O conjunto de pontos que se estende do ponto de contato p-p da roda traseira até a altura do c.g. sobre o eixo dianteiro determinará a linha na qual poderá estar situado o pivô do braço de arrasto para proporcionar 100% anti-squat (com tração traseira). Método de análise dos efeitos “ANTI” <número> PARA SUSPENSÃO DEPENDENTE TRASEIRA E EIXO TRATIVO TRASEIRO: Incluindo a 2da parte da equação teremos a Condição de “zero pitch”: Se Kr≈Kf=1 Significa que a suspensão traseira irá a se elevar para compensar a elevação da suspensão dianteira, mantendo assim o veículo nivelado (paralelo ao chão). Método de análise dos efeitos “ANTI” <número> Assim, o conjunto de pontos que se estende do ponto de contato p-p até a altura do c.g. na posição média da distância entre eixos determinará uma linha na qual poderá localizar-se o pivô do braço de arrasto dando assim um comportamento de 100% anti-pitch. Método de análise dos efeitos “ANTI” <número> Normalmente algum grau de squat e pitch é esperado durante a aceleração do veículo (100 % anti é incomum). O desempenho de anti-squat tem que considerar o desempenho do veículo em outros aspectos como na frenagem, na curva., etc.; não pode entrar em conflito com o comportamento desejado nessas condições. Exemplos: produzir sobreesterçamento na curva (se colocar o centro de arfagem (centro do pivot) acima do centro da roda), produzir “trancos” no limite da tração, afeitar o comportamento na frenagem (ver no Gillespie).