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Epidemiologia: Conceitos e Métodos

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I. CONSIDERAÇÕES GERAIS 
• Etimologicamente “epidemiologia” 
significa o estudo do que afeta a 
população. 
• É a ciência que estuda sobre a 
população. 
• Jhon Snow, é considerado o pai de 
epidemiologia, pois evidenciou a 
hipótese causal da epidemia de cólera e 
o consumo de água contaminada. 
• No passado, o alvo da epidemiologia 
era representado pelas doenças que se 
apresentavam sob a forma de epidemias 
evidente, tais como as de cólera – 
afecções de evolução aguda e que 
sempre alarmaram a população e as 
autoridades. 
• Com a diminuição da mortalidade por 
doenças infecciosas, o envelhecimento 
progressivo da população e a mudança 
no perfil de morbidade, levaram a que o 
campo de aplicação da epidemiologia 
fosse ainda mais ampliado, passando a 
compreender as doenças crônicas, as 
anomalias e muitos outros eventos 
como envenenamentos, que não são 
doenças, mas que justificam uma 
abordagem semelhante. 
• As definições mais antigas estão 
limitadas à preocupação exclusiva com 
as doenças transmissíveis, pelo que 
afirmam tratar-se de ciência ou doutrina 
médica da epidemia, dedicada á 
investigação das causas e controle de 
epidemias. 
• Já as definições recentes incluem as 
doenças não-infecciosas, outros 
problemas de saúde e até os estados 
pré-patológicos e fisiológicos. 
• A distribuição desigual dos agravos à 
saúde é produto da ação de fatores que 
se distribuem desigualmente na 
população; a elucidação destes fatores, 
responsáveis pela distribuição das 
doenças, é uma das preocupações 
constantes da epidemiologia. 
• O conhecimento dos fatores 
determinantes das doenças permite a 
aplicação de medidas, preventivas e 
curativas, direcionadas a alvos 
específicos, o que resulta em aumento 
da eficácia das intervenções. 
• A atenção da epidemiologia está 
voltada para as ocorrências em escala 
massiva de doença e não doença, 
envolvendo pessoas agregadas em 
quaisquer coletivos. 
 
II. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO 
• Estudos descritivos: informam sobre a 
frequência e a distribuição de um 
evento. Tem o objetivo de descrever, 
epidemiologicamente, os dados 
colhidos na população. Referem-se à 
mortalidade e à morbidade. 
• Estudos analíticos: tem o objetivo de 
investigar em profundidade a 
associação entre dois eventos, no intuito 
de estabelecer explicações para uma 
eventual relação entre eles. 
• Estudos experimentais: produção de 
uma situação artificial para pesquisar o 
seu tema. Serve de ilustração a 
verificação do efeito das vacinas, 
eficácia de medicamentos, cirurgias, 
etc. 
• Estudos não-experimentais: referem-
se à pesquisa de situações que ocorrem 
naturalmente. 
III. CONCEITOS DE SAÚDE E DE 
DOENÇA 
• Saúde: é um completo estado de bem-
estar físico, mental e social, e não 
meramente ausência de doença. 
• Doença: falta ou perturbação da saúde, 
enfermidade. 
• Forma manifesta: apresenta sinais 
clássicos de determinada doença. 
• Forma inaparente ou subclínica: o 
indivíduo que não apresenta nenhum 
sinal (ou que apresenta muito pouco), 
apesar de estar com a doença presente – 
revelada as vezes somente através de 
exames laboratoriais. 
• Forma inaparente ou frusta: 
desaparece rapidamente após poucos 
sinais. 
• Forma fulminante: leva rapidamente a 
óbito. 
 
IV. CLASSIFICAÇÃO DAS 
DOENÇAS 
• Doença infecciosa ou transmissível: é 
qualquer doença causada por um agente 
infeccioso. Ex.: sarampo 
• Doença não-infecciosa: possui uma 
etiologia (origem), mas não possui um 
agente etiológico. Ex.: intoxicação 
• Doença emergente: é uma doença 
transmissível cuja incidência vem 
aumentando. 
• Doença reemergente: é uma doença 
transmissível previamente conhecida 
que reaparece como problema de saúde 
pública. Ex.: tuberculose 
• Agravos à integridade física: 
acidentes, homicídios, violência, 
suicídio. 
 
 
 
V. OBJETIVOS DA 
EPIDEMIOLOGIA 
• Descrever as condições de saúde na 
população. 
• Investigar os fatores determinantes da 
situação de saúde. 
• Avaliar o impacto das ações para alterar 
a situação de saúde. 
 
VI. FATORES DETERMINANTES 
• Algo que induz ou predispõe ao 
aparecimento de doença. 
• Econômico: miséria, más condições de 
habitação e alimentares. 
• Culturais: defecar próximo a 
mananciais sem tratamento como fator 
de transmissão de parasitas ou hábitos 
alimentares perigosos. 
• Ecológicos: desequilíbrio produzidos, 
poluição. 
• Psicossociais: stress como 
imunodepressor, agressividade e 
desemprego como fatores importantes 
nos suicídios. 
• Biológicos: vírus, bactérias, fungos, 
parasitas, fatores genéticos que 
predispõe. 
• Nutricionais: carências alimentares, 
hipervitaminoso. 
 
❖ Medicina veterinária utiliza-se o 
termo necrópsia e não autópsia. 
❖ Utiliza-se somente o termo sinais 
clínicos, pois animal não fala o que 
sente. 
❖ Agente etiológico é a mesma coisa 
que patógeno – aquele que causa 
doença. 
❖ Morbidade: em relação a quanto a 
doença se espalha. 
❖ Mortalidade ou virulência: em 
relação a quanto a doença é mortal. 
 
• A tríade é o modelo tradicional de 
causalidade das doenças transmissíveis; 
nesse, a doença é o resultado da 
interação entre o agente, o hospedeiro 
suscetível e o ambiente. 
 
 
 
 
 
I. AGENTE 
• Os agentes podem ser infecciosos ou 
não-infeccioso e são necessários, mas 
nem sempre suficientes, para causar a 
doença. 
• Agente etiológico: é um fator que pode 
ser um micro-organismo, substância 
química, ou forma de radiação, cuja 
presença, presença excessiva ou relativa 
ausência é essencial para a ocorrência 
da doença. Ou seja, aquele capaz de 
causa a doença. 
• Agentes biológicos: são organismos 
vivos capazes de causar uma infecção 
ou doença no ser humano e nos 
animais. As espécies que ocasionam 
doença humana são denominadas 
patogênicas. 
• Agentes não biológicos: encontram-se 
os químicos e físicos, como pesticidas, 
aditivos de alimentos, radiação. 
• Imunogenicidade: habilidade dos 
agentes microbianos de induzir 
imunidade específica no hospedeiro. 
• Uma das propriedades importantes dos 
agentes é a sua vulnerabilidade ao 
ambiente às substâncias químicas, 
agentes físicos e terapêuticos. Os mais 
vulneráveis são os envelopados. 
• Infecção: é a entrada, desenvolvimento 
ou multiplicação de um agente 
infeccioso no organismo de uma pessoa 
ou animal, agentes internos. 
• Infectividade: é a capacidade do agente 
infeccioso de poder alojar-se e 
multiplicar-se dentro de um hospedeiro. 
• Infecção 
inaparente/subclínica/assintomática: 
é a presença de um agente infeccioso 
em um hospedeiro sem que apareça, 
sinais clínicos. Só podem ser 
identificados por métodos laboratoriais. 
• Dose infectante mínima: é o número 
mínimo de partículas infecciosas que 
são necessárias para produzir uma 
infecção. 
• Infestação: agentes externos, presença 
de agentes nas superfícies corpóreas. 
Ex.: piolho, carrapato 
• Patogenicidade: é a capacidade de um 
agente infeccioso de produzir doença 
em pessoas infectadas. 
• Virulência ou mortalidade: é a 
capacidade do agente infeccioso de 
produzir casos graves e fatais. 
𝑝𝑎𝑡𝑜𝑔𝑒𝑛𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
 
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 (𝑠𝑖𝑛𝑎𝑖𝑠)𝑑𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎
𝑛º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠
 𝑥 100 
𝑣𝑖𝑟𝑢𝑙ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 
 
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑡𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎
𝑛º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠
 𝑥 100 
• Variabilidade: taxa de mutação ou 
variação genética do agente. 
 
II. HOSPEDEIRO 
• É um vertebrado que em circunstâncias 
naturais permite a subsistência e o 
alojamento de um agente infeccioso. 
• Os fatores do hospedeiro são os que 
determinam a exposição de um 
indivíduo, sua suscetibilidade e 
capacidade de respostas e suas 
características de idade, gênero, grupo 
étnico, situação socioeconômica e estilo 
de vida. 
• Hospedeiro suscetível: é qualquer 
pessoa ou animal quenão possui 
resistência o suficiente contra um 
determinado patógeno que o proteja 
contra a doença caso chegue a ter 
contato com esse agente. 
• Hospedeiro definitivo (HD): alberga a 
forma adulta do agente etiológico. 
Parasita em forma sexuada. 
• Hospedeiro intermediário (HI): 
alberga a forma larval ou intermediária 
do parasita. Reprodução assexuada. 
→ Suscetibilidade 
» Espécie: doença de New Castle 
em aves; 
» Raça: dermatite na raça Sharpei; 
» Sexo: brucelose mais comum em 
bovinos fêmeas; 
» Idade: mastite bovina em vacas 
idosas. 
» Estado fisiológico: deficiências 
nutricionais. 
» Forma de criação: excesso de 
animais por área aumenta o risco 
de contaminação e transmissão 
de doenças; 
→ Resistência 
» É o conjunto de mecanismos 
corporais que servem de defesa 
contra a invasão ou multiplicação 
de agentes infecciosos, ou contra 
os efeitos nocivos de seus 
produtos tóxicos. 
» Exemplos: pele, pelo, muco, 
saliva, lágrimas. 
→ Imunidade 
» É o estado de resistência 
geralmente associado à presença 
de anticorpos e citocinas que 
possuem ação específica sobre 
micro-organismo responsável por 
uma doença infecciosa especifica 
ou sobre suas toxinas. 
» Imunidade passiva natural: 
caracterizada pela passagem de 
anticorpos da mãe para o feto 
através da placenta e também 
pelo leite. 
» Imunidade passiva artificial: 
ocorre quando a pessoa recebe 
anticorpos prontos. Ex.: soro 
» Imunidade ativa natural: 
ocorre quando o indivíduo entra 
em contato com o agente 
patogênico natural, adquirindo a 
doença. 
» Imunidade ativa artificial: 
ocorre como consequência da 
vacinação. 
» Imunidade de grupo (rebanho): 
quando a porcentagem de pessoas 
imunes é maior do que a 
porcentagem de pessoas que 
estão suscetíveis a alguma 
doença. Barreira para a entrada 
de patógenos. 
 
III. AMBIENTE 
• Mantém ativos e disponíveis os 
estoques de bioagentes patogênicos e os 
veiculam até o homem. 
 
 
→ Fatores socioeconômicos, culturais 
» Relação inversa entre a capacidade 
econômica e o risco de morrer. 
» Grupos sociais possuem maior 
incidência de algumas doenças. 
» Exemplo: malária afeta mais a 
população de baixa renda. 
→ Fatores ecológicos (químicos, físicos) 
» Poluição, falta de acesso a rede de 
esgoto e tratamento de água. 
» Contaminação ambiental, poluentes, 
acidentes radioativos. 
» Temperatura, umidade e 
pluviosidade contribuem para a 
multiplicação de vetores. 
→ Fatores biológicos 
» Presença de agentes no meio. 
» Reservatórios: é qualquer ser 
humano, animal, artrópode, planta, 
solo ou matéria inanimada, onde 
normalmente vive e se multiplica 
um agente infeccioso e do qual 
depende para sua sobrevivência, 
reproduzindo-se de forma que possa 
ser transmitido a um hospedeiro 
suscetível. 
» Fômites: objetos (inanimados) que 
contém o agente. 
→ Fatores psicossociais 
» Sociedade moderna, transtornos 
psicossomáticos (competitividade, 
solidão, carência afetiva). 
» Exemplo: animais confinados 
• A história natural da doença é o curso 
da doença desde o início até sua 
resolução, na ausência de intervenção. 
 
• O processo se inicia com a exposição de 
um hospedeiro suscetível a um agente 
causal e termina com a recuperação, 
deficiência ou óbito. 
• Doença em domínio externo: ambiente 
e vetores. 
• Doença em domínio interno: onde se 
desenvolve a doença. 
• Horizonte clínico: marca o momento 
em que a doença é aparentemente 
clínica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I. PRÉ-PATOGÊNESE 
• O período pré patogênico é o primeiro 
deles antes da doença e representa o 
momento da interação do agente. 
• Iteração agente-hospedeiro: alguns 
fatores predispõe o organismo a outros 
fatores. Ex.: má nutrição, colesterol 
alto, imunodeficiências. 
 
II. PATOGÊNESE 
• Alterações bioquímicas , histológicas e 
fisiológicas, 
• Doença já instalada. 
• É subclínica, mas detectável em exames 
laboratoriais. 
• Pode ocorrer resposta imunológica do 
hospedeiro e a doença regride. 
• Aparecimento dos primeiros sinais 
clínicos. 
Entrada do 
agente no 
organismo 
Instala-se no órgão de 
eleição (local onde o 
agente irá se instalar)
Multiplicação 
do agente
Manifestação de sinais 
nos tecidos (danos, 
lesões)
Evidentes alterações 
bioquimicas (sinais 
clínicos)
• Progressão da doença além do horizonte 
clínico. 
• Estágio clínico: acúmulo de alterações 
funcionais no organismo. 
• Encaminhamento para cronicidade, 
cura, invalidez ou morte. 
 
→ Período de latência 
» É o tempo que transcorre desde a 
infecção até que a pessoa se torne 
infectada. 
→Período de incubação 
» É o tempo que transcorre desde a 
infecção até a apresentação de 
sintomas. 
→ Período de transmissibilidade ou 
infeccioso 
» É o intervalo de tempo durante o 
qual o agente infeccioso pode ser 
transferido de uma pessoa infectada 
a outra pessoa suscetível. 
→ Período de convalescência 
» Tempo de recuperação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Também chamadas de cadeias de 
transmissão. 
• Elementos e mecanismos de 
propagação de doenças transmissíveis. 
• permite a adoção de medidas sanitárias 
para prevenir ou impedir a sua 
propagação. 
 
I. FONTE DE INFECÇÃO 
• É a pessoa, animal, objeto ou substância 
de onde o agente infeccioso passa a um 
hospedeiro. 
• Aquele que os pede transmitiu a gente 
para o meio exterior 
• Hospedeiros doentes: típicos 
(apresentam sinais), atípicos (não 
apresentam sinais) e em fase 
prodrômica. 
• Hospedeiro portador: é o indivíduo 
infectado, que abriga um agente 
infeccioso específico de uma doença, 
sem apresentar sintomas ou sinais 
clínicos desta e constitui uma fonte 
potencial de infecção para o ser 
humano. 
• Hospedeiros comunicantes ou 
contactantes: são aqueles que tiveram 
em contato com o doente no mesmo 
ambiente. 
• Reservatório: são resistentes à doença. 
 
II. VIA DE ELIMINAÇÃO 
• Forma pela qual o agente abandona a 
fonte de infecção (hospedeiro). 
• Ações profiláticas eficazes. 
• Relacionada com o seu local de 
multiplicação e colonização – patogenia 
(evolução da doença). 
 
→ Formas de eliminação 
» Aerossóis (espirros), Secreções 
nasais. Ex.: tuberculose 
» Secreções oro-nasais (saliva) e 
fecais. Ex.: raiva 
» Secreções uro-genitais (xixi). Ex.: 
Leptospirose, AIDS 
» Secreções lácteas (nas mamas). 
» Humores: sangue e outros fluidos. 
» Descamações cutâneas. Ex.: 
dermatite. 
» Tecidos animais (carcaça). 
 
III. VIA DE TRANSMISSÃO 
• Recursos utilizados pelo patógeno para 
alcançar o novo hospedeiro. 
• Contágio: mecanismo de transferência 
rápida do material infectante fresco, 
desde a fonte de infecção ao novo 
hospedeiro, caracterizando sempre a 
presença dos dois no mesmo ambiente. 
• Contato rápido: proximidade entre 
fonte de infecção e suscetível. 
• O que está contaminado é o veículo de 
disseminação. 
 
→ Formas de transmissão 
» Transmissão direta: é a 
transferência do agente infeccioso 
por uma porta de entrada para que se 
possa efetuar a infecção. 
» Transmissão direta vertical: de 
mãe para filho. 
» Transmissão direta horizontal: 
fonte infectante para um suscetível. 
» Transmissão indireta: há um meio 
de disseminação/propagação do 
agente, mediante veículos de 
transmissão. 
» Vetores: um inseto ou qualquer 
portador vivo que transporta um 
agente infeccioso desde um 
individuo ou seus excrementos até 
um indivíduo suscetível. O agente 
pode ou não se desenvolver, 
propagar ou multiplicar dentro do 
vetor. 
» Vetor mecânico: é o simples 
translado mecânico do agente 
infeccioso por meio de um inseto, 
sem multiplicação ou 
desenvolvimento cíclico do micro-
organismo. 
» Vetor biológico: o agente 
necessariamente deve propagar-se, 
desenvolver-se ciclicamente ou 
ambos no vetor antes que possa 
transmitir aforma infectante ao ser 
humano. 
 
IV. PORTA DE ENTRADA 
• É o ponto de penetração do agente no 
hospedeiro. 
• Via oral ou mucosa do trato 
digestório: micro-organismos 
entéricos, água e alimentos – ciclo de 
transmissão oro-fecal. 
• Via respiratória ou mucosa do trato 
respiratório: associados a gotículas ou 
poeira, aerossóis, baixa umidade. 
• Mucosa da conjuntiva ocular: 
gotículas, aerossóis, poeiras, água 
contaminada. 
• Via percutânea e mucosas: contato 
direto ou fômites, vetores, mordidas. 
• Mucosa do aparelho gênito-urinário: 
venérea (relação sexual) ou fômites 
mãos contaminadas. 
• canal galactóforo (teto): solo, mãos 
contaminadas, fômites, água e 
amamentação. 
• Ferida ou cicatriz umbilical: solo, 
mãos contaminadas, fômites e água. 
 
❖ Período de convalescência pode 
continuar transmitindo após 
recuperação. 
❖ Medidas profiláticas são métodos 
usados na prevenção da doença. 
❖ Profilaxia é sinônimo de prevenção. 
❖ O vírus da raiva tem 
afinidade/tropismo pelas glândulas 
salivares. 
❖ Iatrogênico: contaminação causada 
pelo manipulador. 
❖ Ectoparasitas são parasitas 
encontrados na superfície corpórea 
do animal. 
❖ Hospedeiro paratênico: vertebrado 
que transporta o agente em seu 
corpo. 
❖ Vazio sanitário: período de 
intervalo entre lotes de produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
I. AÇÕES DE PROFILAXIA 
RELATIVAS À FONTE DE 
INFECÇÃO 
• Identificar quem é a fonte de infecção 
(doente ou não). 
• Objetivo: reduzir o potencial de 
infecção, ou seja, o número imobilidade 
das Fontes de infecção de uma 
determinada área geográfica. 
→ Isolamento 
» Segregação do indivíduo fonte de 
infecção pelo período máximo de 
transmissibilidade da doença que o 
acomete. 
» Bloqueia o acesso do agente a outros 
hospedeiros suscetíveis. 
» Usam-se as próprias instalações. 
» Baseado em regulamentos sanitários. 
» Isolamento individual. 
» Isolamento em grupo ou 
acantonamento. 
» Isolamento da área, sequestro ou 
interdição da propriedade ou 
instalação. 
» Barreira ao trânsito: tanto os 
animais pessoas e equipamentos. 
→ Sacrifício 
» Destruir o agente infeccioso na 
fonte de infecção. 
» Doenças de elevado impacto à 
saúde animal, produção ou saúde 
humana. 
» Necessária confirmação do 
diagnóstico. 
→ Tratamento específico 
» Antiparasitários, antibioticoterapia 
→ métodos curativos. 
» Bloqueia a evolução da doença → 
reduz o período de 
transmissibilidade. 
» Exemplo: clamidiose. 
 
II. AÇÕES DE PROFILAXIA 
RELATIVA AOS SUSCETÍVEIS 
• Prevenir que suscetível adquira a 
doença. 
→Manejo sanitário 
» Conjunto de atividades veterinárias, 
regularmente planejadas e 
direcionadas para a manutenção da 
saúde do rebanho. 
» Biosseguridade: Medidas para 
evitar a entrada e propagação de 
doenças. 
→Vacinação 
 
III. AÇÕES DE PROFILAXIA 
RELATIVA AOS 
COMUNICANTES 
→Sacrifício Massal 
» Elimina o agente de animais que 
tiveram exposição ao agente 
» doenças de disseminação rápida e 
elevado impacto, quando não há 
outras formas de combate. Ex.: 
influenza aviária 
» Doença cuja infecção apresenta 
elevada transmissibilidade. Ex.: 
febre aftosa 
» População inacessível a outras 
medidas sanitárias. Ex.: raiva em 
cães. 
 
 
→Quarentena 
» Segregação de indivíduos novos 
pelo tempo máximo de incubação 
das doenças consideradas. 
» Quarentenário: Mantém o 
isolamento de animais destinados 
à importação e exportação. 
→Animais sentinela 
» animais que são utilizados para 
verificação da propagação de 
patógenos, estes animais não são 
vacinados. 
→Tratamento Massal 
» Utilizado quando temos uma 
prevalência muito alta da doença e o 
sacrifício mas ao é inviável. 
» depende de custos e viabilidade de 
aplicação dos recursos terapêuticos. 
» Exemplos: antibióticos preventivos 
– leptospirose (animais de 
enchentes), sulfonamidas em aves 
jovens. 
→Imunoprofilaxia 
» Normalmente o período de indução 
da imunidade é superior ao período 
de incubação. 
» Evitar que o contactante fique 
doente, sendo que o mesmo já teve 
contato com a fonte de infecção. 
» Revacinação: aumenta o título de 
anticorpos. 
» Soroterapia: pode ser usada em 
casos especiais. 
 
IV. AÇÕES DE PROFILAXIA 
RELATIVAS À VIA DE 
TRANSMISSÃO 
• Mecanismos de Transmissão das 
doenças. 
• Contato direto: medida de prevenção 
impossível, o uso de medidas de 
prevenção quanto à fonte infectante e 
comunicante. 
• Contato indireto: participação dos 
intermediários na transmissão, como a 
água, ar, solo, alimentos e vetores. As 
medidas de manejo são: separação dos 
animais por faixa etária; controle de 
temperatura ambiental; densidade 
populacional. 
• Transmissão aerógena: arejamento, 
controle de poeira, redução da amônia 
(ureia das excretas), desinfecção do ar, 
nebulizadores. 
• Transmissão pelo solo: destino e 
tratamento dos dejetos (fezes) lançadas 
em compostagem ou fermentação 
contaminando o solo. Controle do 
adubo usado, drenagem de pântanos, 
limpeza de áreas de manancial, aragem 
e gradeamento de solo. 
• Transmissão por água e alimentos: 
proteção dos mananciais - acesso de 
pessoas e animais, tratamento de esgoto 
e efluentes. 
• Transmissão por fômites: desinfecção 
de instrumentos médicos, utensílios, 
limpeza e desinfecção de veículos de 
transporte dos animais. 
• Transmissão por veiculadores 
animados: controle de entrada e 
movimentação de pessoas e animais. 
Pedilúvio, roupas especiais, banhos 
carrapaticidas e pulverização nos 
animais. 
• Transmissão por produtos não 
comestíveis de origem animal: 
condição sanitária do rebanho de 
origem, tratamento da pele no curtume, 
pulverização com desinfetantes em 
penas e lã. 
• Transmissão por materiais de 
multiplicação animal: controle 
sanitário do rebanho em centrais de 
inseminação artificial, cuidados de 
higiene durante a manipulação, 
armazenamento e distribuição do 
produto. 
 
❖ Saúde ambiental são todos aqueles 
aspectos da saúde humana, incluindo 
a qualidade de vida, que estão 
determinados por fatores físicos, 
químicos, biológicos, sociais e 
psicológicos no meio ambiente. 
também se refere à teoria à prática 
de prevenir ou controlar tais fatores 
de risco que, potencialmente possam 
prejudicar a saúde de gerações atuais 
e futuras. 
 
 
 
 
 
1- Qual o conceito atual de 
epidemiologia? E o antigo? 
 
 
 
 
 
 
2- Quais os principais métodos de 
investigação usados em epidemiologia? 
 
 
 
 
 
 
3- Dê exemplos de problemas de saúde 
que são investigados pela 
epidemiologia. 
 
 
 
 
 
 
4- Quais os objetivos da epidemiologia? 
 
 
 
 
 
 
5- Quais são os fatores determinantes para 
o aparecimento das doenças e dê 
exemplos. 
 
6- Quais dos seguintes fatores 
condicionam a capacidade de um agente 
biológico de induzir a doença? 
a) A especificidade do hospedeiro. 
b) A capacidade de sobreviver e 
permanecer infectante fora do 
hospedeiro. 
c) A capacidade de multiplicar-se fora 
do hospedeiro. 
d) A patogenicidade. 
e) Todos os anteriores. 
 
7- A capacidade de um agente infeccioso 
de produzir doença em uma pessoa 
infectada é denominado: 
a) Patogenicidade. 
b) Imunogenicidade. 
c) Infectividade. 
d) Virulência. 
e) Antigenicidade. 
 
8- Examine as seguintes afirmações e 
marque quais são as verdadeiras e quais 
são as falsas: 
a) Infecção não é sinônimo de doença. 
b) A infecção pode ser subclínica ou 
clínica. 
c) A presença de agentes infecciosos 
vivos nas superfícies exteriores do 
corpo é denominada infecção 
subclínica. 
d) Todas as pessoas expostas a um 
agente infeccioso são infectadas. 
 
9- Qual das seguintes proposições indica 
quando uma infecção é clínica ou 
subclínica? 
a) Aumento ou redução dos títulos de 
anticorpos. 
b) Grau de infectividade. 
c) Presença ausência de sinais e 
sintomas clínicos. 
d) Sinais e sintomas moderadosou 
graves. 
e) Isolamento e identificação de um 
agente infeccioso. 
10- Os casos graves e fatais de uma 
doença em relação ao total de casos 
clínicos caracterizam a 
a) Patogenicidade. 
b) Infectividade. 
c) Virulência. 
d) infecção clínica. 
e) Letalidade. 
 
11- Qual das seguintes afirmações 
relacionadas com as doenças 
transmissíveis é falsa? 
a) Uma grande variedade de agentes 
biológicos pode induzir síndrome 
clínica similares. 
b) Muitos agentes biológicos causam 
doenças somente em parte das 
pessoas que são infectadas por elas. 
c) O laboratório é extremamente 
importante para estabelecer a 
etiologia da infecção. 
d) Todos os indivíduos expostos da 
mesma forma um agente infeccioso 
vão ser infectados. 
 
12- O hábitat natural no qual um agente 
infeccioso vive, cresce e se multiplica, 
denomina-se: 
a) Veículo. 
b) Reservatório. 
c) Hospedeiro. 
d) Fonte de infecção. 
e) Vetor. 
 
13- O modo de transmissão de pessoa a 
pessoa caracteriza-se por: 
a) Uma porta de saída específica desde 
o reservatório. 
b) A gravidade da doença. 
c) A existência de um veículo ou vetor. 
d) Uma transmissão imediata entre. 
porta de saída e porta de entrada 
e) A porta de entrada no hospedeiro. 
14- Da seguinte lista de doenças indique 
com ‘H’ as que são de reservatório 
humano e com ‘E’ as reservatório extra-
humano: 
a) Coqueluche. 
b) Febre tifóide. 
c) Malária. 
d) Leptospirose. 
e) Difteria. 
f) Cólera. 
g) Raiva. 
h) Tétano. 
 
15- Qual das seguintes opções não é um 
reservatório de agente infeccioso? 
a) O ser humano. 
b) Os animais. 
c) O solo. 
d) O ar. 
e) A água. 
 
16- Portadores são definidos como 
pessoas que: 
a) são imuniza doença porque já 
adquiriram a infecção anteriormente. 
b) tem imunidade passiva devido a 
mecanismos naturais ou artificiais. 
c) abrigam certos agentes infecciosos 
sem apresentar evidência da doença, 
mas são Fontes potenciais de 
infecção. 
d) estão muito doentes são Fontes 
potenciais de infecção para os 
suscetíveis. 
 
17- A maioria das doenças é transmitida 
durante a fase inicial do período de 
incubação? Verdadeiro ou falso. 
 
 
18- Qual das seguintes opções não é 
uma característica dos portadores 
humanos? 
 
a) abrigam os agentes infecciosos antes 
que apareçam sinais e sintomas da 
doença. 
b) estão infectados e ainda que não 
apresentem sinais ou sintomas são 
fontes de infecção. 
c) estão infectados se apresentam sinais 
e sintomas clínicos. 
d) continuam sendo infectantes durante 
a convalescência da doença e depois 
de recuperados. 
e) abrigam os agentes infecciosos por 1 
ano ou mais e são capazes de 
continuar sendo fonte de infecção. 
 
19- Qual das seguintes portas de saída 
geralmente é mais importante a mais 
difícil de controlar? 
a) o trato respiratório 
b) o trato digestivo 
c) o trato geniturinário 
d) a pele 
e) a placenta 
 
20- Quais são os fatores do hospedeiro? 
a) a resistência ou suscetibilidade a 
doença. 
b) as características antigênicas do 
agente. 
c) as portas de entrada e saída do 
agente. 
d) o modo de transmissão da doença. 
 
21- Qual dos seguintes não é um fator 
geral de resistência à infecção? 
a) o ácido gástrico. 
b) os corpos ilhados do trato 
respiratório. 
c) o reflexo da tosse. 
d) as antitoxinas. 
e) as membranas mucosas. 
 
22- Quais as seguintes condições 
aumentam a suscetibilidade à infecção? 
a) Má nutrição. 
b) Doença pré-existente. 
c) Mecanismos imunogênicos 
deprimidos por drogas. 
d) Nenhuma das anteriores. 
e) Letras a, b e c. 
 
23- Que tipo de imunidade confere a 
passagem de anticorpos maternos para o 
feto? 
a) Ativa natural. 
b) Ativa artificial. 
c) Passiva natural. 
d) Passiva artificial. 
e) Resistência geral. 
 
24- Que tipo de imunidade confere uma 
vacina? 
a) Ativa natural. 
b) Ativa artificial. 
c) Passiva natural. 
d) Passiva artificial. 
e) Resistência geral. 
 
25- A única explicação possível da 
ocorrência de vários casos de uma 
doença transmissível em uma mesma 
família reside nas características 
genéticas comuns a essa família. 
Verdadeiro ou falso? 
 
26- Quais as seguintes afirmações estão 
corretas? 
a) A infecções virais benignas que 
podem contribuir para a introdução 
de uma doença bacteriana grave. 
b) As pessoas diabéticas apresentam 
uma maior resistência às infecções. 
c) As bactérias estimulam uma reação 
inflamatória da pele no lugar da 
invasão. 
d) O estímulo à formação de anticorpos 
específicos ocorre na convalescência 
do doente. 
e) As expressões culturais dos grupos 
étnicos e familiares são tão 
importantes como seus traços 
genéticos comum para determinar 
sua suscetibilidade ou resistência às 
doenças.

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