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I. CONSIDERAÇÕES GERAIS • Etimologicamente “epidemiologia” significa o estudo do que afeta a população. • É a ciência que estuda sobre a população. • Jhon Snow, é considerado o pai de epidemiologia, pois evidenciou a hipótese causal da epidemia de cólera e o consumo de água contaminada. • No passado, o alvo da epidemiologia era representado pelas doenças que se apresentavam sob a forma de epidemias evidente, tais como as de cólera – afecções de evolução aguda e que sempre alarmaram a população e as autoridades. • Com a diminuição da mortalidade por doenças infecciosas, o envelhecimento progressivo da população e a mudança no perfil de morbidade, levaram a que o campo de aplicação da epidemiologia fosse ainda mais ampliado, passando a compreender as doenças crônicas, as anomalias e muitos outros eventos como envenenamentos, que não são doenças, mas que justificam uma abordagem semelhante. • As definições mais antigas estão limitadas à preocupação exclusiva com as doenças transmissíveis, pelo que afirmam tratar-se de ciência ou doutrina médica da epidemia, dedicada á investigação das causas e controle de epidemias. • Já as definições recentes incluem as doenças não-infecciosas, outros problemas de saúde e até os estados pré-patológicos e fisiológicos. • A distribuição desigual dos agravos à saúde é produto da ação de fatores que se distribuem desigualmente na população; a elucidação destes fatores, responsáveis pela distribuição das doenças, é uma das preocupações constantes da epidemiologia. • O conhecimento dos fatores determinantes das doenças permite a aplicação de medidas, preventivas e curativas, direcionadas a alvos específicos, o que resulta em aumento da eficácia das intervenções. • A atenção da epidemiologia está voltada para as ocorrências em escala massiva de doença e não doença, envolvendo pessoas agregadas em quaisquer coletivos. II. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO • Estudos descritivos: informam sobre a frequência e a distribuição de um evento. Tem o objetivo de descrever, epidemiologicamente, os dados colhidos na população. Referem-se à mortalidade e à morbidade. • Estudos analíticos: tem o objetivo de investigar em profundidade a associação entre dois eventos, no intuito de estabelecer explicações para uma eventual relação entre eles. • Estudos experimentais: produção de uma situação artificial para pesquisar o seu tema. Serve de ilustração a verificação do efeito das vacinas, eficácia de medicamentos, cirurgias, etc. • Estudos não-experimentais: referem- se à pesquisa de situações que ocorrem naturalmente. III. CONCEITOS DE SAÚDE E DE DOENÇA • Saúde: é um completo estado de bem- estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doença. • Doença: falta ou perturbação da saúde, enfermidade. • Forma manifesta: apresenta sinais clássicos de determinada doença. • Forma inaparente ou subclínica: o indivíduo que não apresenta nenhum sinal (ou que apresenta muito pouco), apesar de estar com a doença presente – revelada as vezes somente através de exames laboratoriais. • Forma inaparente ou frusta: desaparece rapidamente após poucos sinais. • Forma fulminante: leva rapidamente a óbito. IV. CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS • Doença infecciosa ou transmissível: é qualquer doença causada por um agente infeccioso. Ex.: sarampo • Doença não-infecciosa: possui uma etiologia (origem), mas não possui um agente etiológico. Ex.: intoxicação • Doença emergente: é uma doença transmissível cuja incidência vem aumentando. • Doença reemergente: é uma doença transmissível previamente conhecida que reaparece como problema de saúde pública. Ex.: tuberculose • Agravos à integridade física: acidentes, homicídios, violência, suicídio. V. OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA • Descrever as condições de saúde na população. • Investigar os fatores determinantes da situação de saúde. • Avaliar o impacto das ações para alterar a situação de saúde. VI. FATORES DETERMINANTES • Algo que induz ou predispõe ao aparecimento de doença. • Econômico: miséria, más condições de habitação e alimentares. • Culturais: defecar próximo a mananciais sem tratamento como fator de transmissão de parasitas ou hábitos alimentares perigosos. • Ecológicos: desequilíbrio produzidos, poluição. • Psicossociais: stress como imunodepressor, agressividade e desemprego como fatores importantes nos suicídios. • Biológicos: vírus, bactérias, fungos, parasitas, fatores genéticos que predispõe. • Nutricionais: carências alimentares, hipervitaminoso. ❖ Medicina veterinária utiliza-se o termo necrópsia e não autópsia. ❖ Utiliza-se somente o termo sinais clínicos, pois animal não fala o que sente. ❖ Agente etiológico é a mesma coisa que patógeno – aquele que causa doença. ❖ Morbidade: em relação a quanto a doença se espalha. ❖ Mortalidade ou virulência: em relação a quanto a doença é mortal. • A tríade é o modelo tradicional de causalidade das doenças transmissíveis; nesse, a doença é o resultado da interação entre o agente, o hospedeiro suscetível e o ambiente. I. AGENTE • Os agentes podem ser infecciosos ou não-infeccioso e são necessários, mas nem sempre suficientes, para causar a doença. • Agente etiológico: é um fator que pode ser um micro-organismo, substância química, ou forma de radiação, cuja presença, presença excessiva ou relativa ausência é essencial para a ocorrência da doença. Ou seja, aquele capaz de causa a doença. • Agentes biológicos: são organismos vivos capazes de causar uma infecção ou doença no ser humano e nos animais. As espécies que ocasionam doença humana são denominadas patogênicas. • Agentes não biológicos: encontram-se os químicos e físicos, como pesticidas, aditivos de alimentos, radiação. • Imunogenicidade: habilidade dos agentes microbianos de induzir imunidade específica no hospedeiro. • Uma das propriedades importantes dos agentes é a sua vulnerabilidade ao ambiente às substâncias químicas, agentes físicos e terapêuticos. Os mais vulneráveis são os envelopados. • Infecção: é a entrada, desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no organismo de uma pessoa ou animal, agentes internos. • Infectividade: é a capacidade do agente infeccioso de poder alojar-se e multiplicar-se dentro de um hospedeiro. • Infecção inaparente/subclínica/assintomática: é a presença de um agente infeccioso em um hospedeiro sem que apareça, sinais clínicos. Só podem ser identificados por métodos laboratoriais. • Dose infectante mínima: é o número mínimo de partículas infecciosas que são necessárias para produzir uma infecção. • Infestação: agentes externos, presença de agentes nas superfícies corpóreas. Ex.: piolho, carrapato • Patogenicidade: é a capacidade de um agente infeccioso de produzir doença em pessoas infectadas. • Virulência ou mortalidade: é a capacidade do agente infeccioso de produzir casos graves e fatais. 𝑝𝑎𝑡𝑜𝑔𝑒𝑛𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 (𝑠𝑖𝑛𝑎𝑖𝑠)𝑑𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑛º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑥 100 𝑣𝑖𝑟𝑢𝑙ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑡𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑛º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑥 100 • Variabilidade: taxa de mutação ou variação genética do agente. II. HOSPEDEIRO • É um vertebrado que em circunstâncias naturais permite a subsistência e o alojamento de um agente infeccioso. • Os fatores do hospedeiro são os que determinam a exposição de um indivíduo, sua suscetibilidade e capacidade de respostas e suas características de idade, gênero, grupo étnico, situação socioeconômica e estilo de vida. • Hospedeiro suscetível: é qualquer pessoa ou animal quenão possui resistência o suficiente contra um determinado patógeno que o proteja contra a doença caso chegue a ter contato com esse agente. • Hospedeiro definitivo (HD): alberga a forma adulta do agente etiológico. Parasita em forma sexuada. • Hospedeiro intermediário (HI): alberga a forma larval ou intermediária do parasita. Reprodução assexuada. → Suscetibilidade » Espécie: doença de New Castle em aves; » Raça: dermatite na raça Sharpei; » Sexo: brucelose mais comum em bovinos fêmeas; » Idade: mastite bovina em vacas idosas. » Estado fisiológico: deficiências nutricionais. » Forma de criação: excesso de animais por área aumenta o risco de contaminação e transmissão de doenças; → Resistência » É o conjunto de mecanismos corporais que servem de defesa contra a invasão ou multiplicação de agentes infecciosos, ou contra os efeitos nocivos de seus produtos tóxicos. » Exemplos: pele, pelo, muco, saliva, lágrimas. → Imunidade » É o estado de resistência geralmente associado à presença de anticorpos e citocinas que possuem ação específica sobre micro-organismo responsável por uma doença infecciosa especifica ou sobre suas toxinas. » Imunidade passiva natural: caracterizada pela passagem de anticorpos da mãe para o feto através da placenta e também pelo leite. » Imunidade passiva artificial: ocorre quando a pessoa recebe anticorpos prontos. Ex.: soro » Imunidade ativa natural: ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente patogênico natural, adquirindo a doença. » Imunidade ativa artificial: ocorre como consequência da vacinação. » Imunidade de grupo (rebanho): quando a porcentagem de pessoas imunes é maior do que a porcentagem de pessoas que estão suscetíveis a alguma doença. Barreira para a entrada de patógenos. III. AMBIENTE • Mantém ativos e disponíveis os estoques de bioagentes patogênicos e os veiculam até o homem. → Fatores socioeconômicos, culturais » Relação inversa entre a capacidade econômica e o risco de morrer. » Grupos sociais possuem maior incidência de algumas doenças. » Exemplo: malária afeta mais a população de baixa renda. → Fatores ecológicos (químicos, físicos) » Poluição, falta de acesso a rede de esgoto e tratamento de água. » Contaminação ambiental, poluentes, acidentes radioativos. » Temperatura, umidade e pluviosidade contribuem para a multiplicação de vetores. → Fatores biológicos » Presença de agentes no meio. » Reservatórios: é qualquer ser humano, animal, artrópode, planta, solo ou matéria inanimada, onde normalmente vive e se multiplica um agente infeccioso e do qual depende para sua sobrevivência, reproduzindo-se de forma que possa ser transmitido a um hospedeiro suscetível. » Fômites: objetos (inanimados) que contém o agente. → Fatores psicossociais » Sociedade moderna, transtornos psicossomáticos (competitividade, solidão, carência afetiva). » Exemplo: animais confinados • A história natural da doença é o curso da doença desde o início até sua resolução, na ausência de intervenção. • O processo se inicia com a exposição de um hospedeiro suscetível a um agente causal e termina com a recuperação, deficiência ou óbito. • Doença em domínio externo: ambiente e vetores. • Doença em domínio interno: onde se desenvolve a doença. • Horizonte clínico: marca o momento em que a doença é aparentemente clínica. I. PRÉ-PATOGÊNESE • O período pré patogênico é o primeiro deles antes da doença e representa o momento da interação do agente. • Iteração agente-hospedeiro: alguns fatores predispõe o organismo a outros fatores. Ex.: má nutrição, colesterol alto, imunodeficiências. II. PATOGÊNESE • Alterações bioquímicas , histológicas e fisiológicas, • Doença já instalada. • É subclínica, mas detectável em exames laboratoriais. • Pode ocorrer resposta imunológica do hospedeiro e a doença regride. • Aparecimento dos primeiros sinais clínicos. Entrada do agente no organismo Instala-se no órgão de eleição (local onde o agente irá se instalar) Multiplicação do agente Manifestação de sinais nos tecidos (danos, lesões) Evidentes alterações bioquimicas (sinais clínicos) • Progressão da doença além do horizonte clínico. • Estágio clínico: acúmulo de alterações funcionais no organismo. • Encaminhamento para cronicidade, cura, invalidez ou morte. → Período de latência » É o tempo que transcorre desde a infecção até que a pessoa se torne infectada. →Período de incubação » É o tempo que transcorre desde a infecção até a apresentação de sintomas. → Período de transmissibilidade ou infeccioso » É o intervalo de tempo durante o qual o agente infeccioso pode ser transferido de uma pessoa infectada a outra pessoa suscetível. → Período de convalescência » Tempo de recuperação. • Também chamadas de cadeias de transmissão. • Elementos e mecanismos de propagação de doenças transmissíveis. • permite a adoção de medidas sanitárias para prevenir ou impedir a sua propagação. I. FONTE DE INFECÇÃO • É a pessoa, animal, objeto ou substância de onde o agente infeccioso passa a um hospedeiro. • Aquele que os pede transmitiu a gente para o meio exterior • Hospedeiros doentes: típicos (apresentam sinais), atípicos (não apresentam sinais) e em fase prodrômica. • Hospedeiro portador: é o indivíduo infectado, que abriga um agente infeccioso específico de uma doença, sem apresentar sintomas ou sinais clínicos desta e constitui uma fonte potencial de infecção para o ser humano. • Hospedeiros comunicantes ou contactantes: são aqueles que tiveram em contato com o doente no mesmo ambiente. • Reservatório: são resistentes à doença. II. VIA DE ELIMINAÇÃO • Forma pela qual o agente abandona a fonte de infecção (hospedeiro). • Ações profiláticas eficazes. • Relacionada com o seu local de multiplicação e colonização – patogenia (evolução da doença). → Formas de eliminação » Aerossóis (espirros), Secreções nasais. Ex.: tuberculose » Secreções oro-nasais (saliva) e fecais. Ex.: raiva » Secreções uro-genitais (xixi). Ex.: Leptospirose, AIDS » Secreções lácteas (nas mamas). » Humores: sangue e outros fluidos. » Descamações cutâneas. Ex.: dermatite. » Tecidos animais (carcaça). III. VIA DE TRANSMISSÃO • Recursos utilizados pelo patógeno para alcançar o novo hospedeiro. • Contágio: mecanismo de transferência rápida do material infectante fresco, desde a fonte de infecção ao novo hospedeiro, caracterizando sempre a presença dos dois no mesmo ambiente. • Contato rápido: proximidade entre fonte de infecção e suscetível. • O que está contaminado é o veículo de disseminação. → Formas de transmissão » Transmissão direta: é a transferência do agente infeccioso por uma porta de entrada para que se possa efetuar a infecção. » Transmissão direta vertical: de mãe para filho. » Transmissão direta horizontal: fonte infectante para um suscetível. » Transmissão indireta: há um meio de disseminação/propagação do agente, mediante veículos de transmissão. » Vetores: um inseto ou qualquer portador vivo que transporta um agente infeccioso desde um individuo ou seus excrementos até um indivíduo suscetível. O agente pode ou não se desenvolver, propagar ou multiplicar dentro do vetor. » Vetor mecânico: é o simples translado mecânico do agente infeccioso por meio de um inseto, sem multiplicação ou desenvolvimento cíclico do micro- organismo. » Vetor biológico: o agente necessariamente deve propagar-se, desenvolver-se ciclicamente ou ambos no vetor antes que possa transmitir aforma infectante ao ser humano. IV. PORTA DE ENTRADA • É o ponto de penetração do agente no hospedeiro. • Via oral ou mucosa do trato digestório: micro-organismos entéricos, água e alimentos – ciclo de transmissão oro-fecal. • Via respiratória ou mucosa do trato respiratório: associados a gotículas ou poeira, aerossóis, baixa umidade. • Mucosa da conjuntiva ocular: gotículas, aerossóis, poeiras, água contaminada. • Via percutânea e mucosas: contato direto ou fômites, vetores, mordidas. • Mucosa do aparelho gênito-urinário: venérea (relação sexual) ou fômites mãos contaminadas. • canal galactóforo (teto): solo, mãos contaminadas, fômites, água e amamentação. • Ferida ou cicatriz umbilical: solo, mãos contaminadas, fômites e água. ❖ Período de convalescência pode continuar transmitindo após recuperação. ❖ Medidas profiláticas são métodos usados na prevenção da doença. ❖ Profilaxia é sinônimo de prevenção. ❖ O vírus da raiva tem afinidade/tropismo pelas glândulas salivares. ❖ Iatrogênico: contaminação causada pelo manipulador. ❖ Ectoparasitas são parasitas encontrados na superfície corpórea do animal. ❖ Hospedeiro paratênico: vertebrado que transporta o agente em seu corpo. ❖ Vazio sanitário: período de intervalo entre lotes de produção. I. AÇÕES DE PROFILAXIA RELATIVAS À FONTE DE INFECÇÃO • Identificar quem é a fonte de infecção (doente ou não). • Objetivo: reduzir o potencial de infecção, ou seja, o número imobilidade das Fontes de infecção de uma determinada área geográfica. → Isolamento » Segregação do indivíduo fonte de infecção pelo período máximo de transmissibilidade da doença que o acomete. » Bloqueia o acesso do agente a outros hospedeiros suscetíveis. » Usam-se as próprias instalações. » Baseado em regulamentos sanitários. » Isolamento individual. » Isolamento em grupo ou acantonamento. » Isolamento da área, sequestro ou interdição da propriedade ou instalação. » Barreira ao trânsito: tanto os animais pessoas e equipamentos. → Sacrifício » Destruir o agente infeccioso na fonte de infecção. » Doenças de elevado impacto à saúde animal, produção ou saúde humana. » Necessária confirmação do diagnóstico. → Tratamento específico » Antiparasitários, antibioticoterapia → métodos curativos. » Bloqueia a evolução da doença → reduz o período de transmissibilidade. » Exemplo: clamidiose. II. AÇÕES DE PROFILAXIA RELATIVA AOS SUSCETÍVEIS • Prevenir que suscetível adquira a doença. →Manejo sanitário » Conjunto de atividades veterinárias, regularmente planejadas e direcionadas para a manutenção da saúde do rebanho. » Biosseguridade: Medidas para evitar a entrada e propagação de doenças. →Vacinação III. AÇÕES DE PROFILAXIA RELATIVA AOS COMUNICANTES →Sacrifício Massal » Elimina o agente de animais que tiveram exposição ao agente » doenças de disseminação rápida e elevado impacto, quando não há outras formas de combate. Ex.: influenza aviária » Doença cuja infecção apresenta elevada transmissibilidade. Ex.: febre aftosa » População inacessível a outras medidas sanitárias. Ex.: raiva em cães. →Quarentena » Segregação de indivíduos novos pelo tempo máximo de incubação das doenças consideradas. » Quarentenário: Mantém o isolamento de animais destinados à importação e exportação. →Animais sentinela » animais que são utilizados para verificação da propagação de patógenos, estes animais não são vacinados. →Tratamento Massal » Utilizado quando temos uma prevalência muito alta da doença e o sacrifício mas ao é inviável. » depende de custos e viabilidade de aplicação dos recursos terapêuticos. » Exemplos: antibióticos preventivos – leptospirose (animais de enchentes), sulfonamidas em aves jovens. →Imunoprofilaxia » Normalmente o período de indução da imunidade é superior ao período de incubação. » Evitar que o contactante fique doente, sendo que o mesmo já teve contato com a fonte de infecção. » Revacinação: aumenta o título de anticorpos. » Soroterapia: pode ser usada em casos especiais. IV. AÇÕES DE PROFILAXIA RELATIVAS À VIA DE TRANSMISSÃO • Mecanismos de Transmissão das doenças. • Contato direto: medida de prevenção impossível, o uso de medidas de prevenção quanto à fonte infectante e comunicante. • Contato indireto: participação dos intermediários na transmissão, como a água, ar, solo, alimentos e vetores. As medidas de manejo são: separação dos animais por faixa etária; controle de temperatura ambiental; densidade populacional. • Transmissão aerógena: arejamento, controle de poeira, redução da amônia (ureia das excretas), desinfecção do ar, nebulizadores. • Transmissão pelo solo: destino e tratamento dos dejetos (fezes) lançadas em compostagem ou fermentação contaminando o solo. Controle do adubo usado, drenagem de pântanos, limpeza de áreas de manancial, aragem e gradeamento de solo. • Transmissão por água e alimentos: proteção dos mananciais - acesso de pessoas e animais, tratamento de esgoto e efluentes. • Transmissão por fômites: desinfecção de instrumentos médicos, utensílios, limpeza e desinfecção de veículos de transporte dos animais. • Transmissão por veiculadores animados: controle de entrada e movimentação de pessoas e animais. Pedilúvio, roupas especiais, banhos carrapaticidas e pulverização nos animais. • Transmissão por produtos não comestíveis de origem animal: condição sanitária do rebanho de origem, tratamento da pele no curtume, pulverização com desinfetantes em penas e lã. • Transmissão por materiais de multiplicação animal: controle sanitário do rebanho em centrais de inseminação artificial, cuidados de higiene durante a manipulação, armazenamento e distribuição do produto. ❖ Saúde ambiental são todos aqueles aspectos da saúde humana, incluindo a qualidade de vida, que estão determinados por fatores físicos, químicos, biológicos, sociais e psicológicos no meio ambiente. também se refere à teoria à prática de prevenir ou controlar tais fatores de risco que, potencialmente possam prejudicar a saúde de gerações atuais e futuras. 1- Qual o conceito atual de epidemiologia? E o antigo? 2- Quais os principais métodos de investigação usados em epidemiologia? 3- Dê exemplos de problemas de saúde que são investigados pela epidemiologia. 4- Quais os objetivos da epidemiologia? 5- Quais são os fatores determinantes para o aparecimento das doenças e dê exemplos. 6- Quais dos seguintes fatores condicionam a capacidade de um agente biológico de induzir a doença? a) A especificidade do hospedeiro. b) A capacidade de sobreviver e permanecer infectante fora do hospedeiro. c) A capacidade de multiplicar-se fora do hospedeiro. d) A patogenicidade. e) Todos os anteriores. 7- A capacidade de um agente infeccioso de produzir doença em uma pessoa infectada é denominado: a) Patogenicidade. b) Imunogenicidade. c) Infectividade. d) Virulência. e) Antigenicidade. 8- Examine as seguintes afirmações e marque quais são as verdadeiras e quais são as falsas: a) Infecção não é sinônimo de doença. b) A infecção pode ser subclínica ou clínica. c) A presença de agentes infecciosos vivos nas superfícies exteriores do corpo é denominada infecção subclínica. d) Todas as pessoas expostas a um agente infeccioso são infectadas. 9- Qual das seguintes proposições indica quando uma infecção é clínica ou subclínica? a) Aumento ou redução dos títulos de anticorpos. b) Grau de infectividade. c) Presença ausência de sinais e sintomas clínicos. d) Sinais e sintomas moderadosou graves. e) Isolamento e identificação de um agente infeccioso. 10- Os casos graves e fatais de uma doença em relação ao total de casos clínicos caracterizam a a) Patogenicidade. b) Infectividade. c) Virulência. d) infecção clínica. e) Letalidade. 11- Qual das seguintes afirmações relacionadas com as doenças transmissíveis é falsa? a) Uma grande variedade de agentes biológicos pode induzir síndrome clínica similares. b) Muitos agentes biológicos causam doenças somente em parte das pessoas que são infectadas por elas. c) O laboratório é extremamente importante para estabelecer a etiologia da infecção. d) Todos os indivíduos expostos da mesma forma um agente infeccioso vão ser infectados. 12- O hábitat natural no qual um agente infeccioso vive, cresce e se multiplica, denomina-se: a) Veículo. b) Reservatório. c) Hospedeiro. d) Fonte de infecção. e) Vetor. 13- O modo de transmissão de pessoa a pessoa caracteriza-se por: a) Uma porta de saída específica desde o reservatório. b) A gravidade da doença. c) A existência de um veículo ou vetor. d) Uma transmissão imediata entre. porta de saída e porta de entrada e) A porta de entrada no hospedeiro. 14- Da seguinte lista de doenças indique com ‘H’ as que são de reservatório humano e com ‘E’ as reservatório extra- humano: a) Coqueluche. b) Febre tifóide. c) Malária. d) Leptospirose. e) Difteria. f) Cólera. g) Raiva. h) Tétano. 15- Qual das seguintes opções não é um reservatório de agente infeccioso? a) O ser humano. b) Os animais. c) O solo. d) O ar. e) A água. 16- Portadores são definidos como pessoas que: a) são imuniza doença porque já adquiriram a infecção anteriormente. b) tem imunidade passiva devido a mecanismos naturais ou artificiais. c) abrigam certos agentes infecciosos sem apresentar evidência da doença, mas são Fontes potenciais de infecção. d) estão muito doentes são Fontes potenciais de infecção para os suscetíveis. 17- A maioria das doenças é transmitida durante a fase inicial do período de incubação? Verdadeiro ou falso. 18- Qual das seguintes opções não é uma característica dos portadores humanos? a) abrigam os agentes infecciosos antes que apareçam sinais e sintomas da doença. b) estão infectados e ainda que não apresentem sinais ou sintomas são fontes de infecção. c) estão infectados se apresentam sinais e sintomas clínicos. d) continuam sendo infectantes durante a convalescência da doença e depois de recuperados. e) abrigam os agentes infecciosos por 1 ano ou mais e são capazes de continuar sendo fonte de infecção. 19- Qual das seguintes portas de saída geralmente é mais importante a mais difícil de controlar? a) o trato respiratório b) o trato digestivo c) o trato geniturinário d) a pele e) a placenta 20- Quais são os fatores do hospedeiro? a) a resistência ou suscetibilidade a doença. b) as características antigênicas do agente. c) as portas de entrada e saída do agente. d) o modo de transmissão da doença. 21- Qual dos seguintes não é um fator geral de resistência à infecção? a) o ácido gástrico. b) os corpos ilhados do trato respiratório. c) o reflexo da tosse. d) as antitoxinas. e) as membranas mucosas. 22- Quais as seguintes condições aumentam a suscetibilidade à infecção? a) Má nutrição. b) Doença pré-existente. c) Mecanismos imunogênicos deprimidos por drogas. d) Nenhuma das anteriores. e) Letras a, b e c. 23- Que tipo de imunidade confere a passagem de anticorpos maternos para o feto? a) Ativa natural. b) Ativa artificial. c) Passiva natural. d) Passiva artificial. e) Resistência geral. 24- Que tipo de imunidade confere uma vacina? a) Ativa natural. b) Ativa artificial. c) Passiva natural. d) Passiva artificial. e) Resistência geral. 25- A única explicação possível da ocorrência de vários casos de uma doença transmissível em uma mesma família reside nas características genéticas comuns a essa família. Verdadeiro ou falso? 26- Quais as seguintes afirmações estão corretas? a) A infecções virais benignas que podem contribuir para a introdução de uma doença bacteriana grave. b) As pessoas diabéticas apresentam uma maior resistência às infecções. c) As bactérias estimulam uma reação inflamatória da pele no lugar da invasão. d) O estímulo à formação de anticorpos específicos ocorre na convalescência do doente. e) As expressões culturais dos grupos étnicos e familiares são tão importantes como seus traços genéticos comum para determinar sua suscetibilidade ou resistência às doenças.
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