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Idade Média - ENEM

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PRÉ-NEM REDE MULTILATERAL
 
Idade Média
Profº Cássia Fagundes
Aula 6 e 7
O que veremos hoje?
Alta Idade Média
Feudalismo
Cultura Medieval
Baixa Idade Média
Cruzadas
Peste Negra 
Reinos Africanos
Idade Média POR QUE IDADE MÉDIA?
Médio é uma palavra que usamos para designar algo
que está no meio, que exprime uma posição
intermediária entre um ponto e outro. Na
periodização eurocêntrica estabelecida no século
XVIII, a Idade Média estaria no meio da História, entre
a Idade Antiga e a Idade Moderna. 
Assim, o período de aproximadamente mil anos, que
vai convencionalmente da desagregação do Império
Romano do Ocidente – após sua ocupação pelos
hérulos em 476 – até a tomada de Constantinopla
pelos turcos otomanos em 1453, foi chamado de
Idade Média. Mas essa indicação, sobretudo hoje,
para nós que vivemos na Idade Contemporânea,
ficou deslocada.
POR QUE IDADE MÉDIA?
Durante muito tempo, os estudiosos associaram ao
período medieval as ideias de atraso, retrocesso, escuridão
cultural, sob a alegação de que a Igreja, ao dominar todas
as esferas da vida das pessoas, teria impedido o avanço do
pensamento, da política e das artes. 
A construção desse pensamento foi fundamentada na
comparação do longo período medieval com o 
 “renascimento” das ciências e das artes. Entre os séculos
XIV e XVI, generalizou-se na Europa uma série de
movimentos artísticos e científi cos que tinham em
comum o rompimento com valores do período anterior e a
recuperação de ideais e modelos da Grécia e da Roma
antigas. Esses movimentos receberam o nome de
Renascimento, trazendo a ideia de que, na Idade Média, a
ciência e as artes ficaram paralisadas
Idade das Trevas?
Até o início do século XX, as análises sobre a Idade Média foram
bastante influenciadas pelos historiadores da arte, para os
quais a arquitetura, a pintura e a escultura medievais eram
culturalmente inferiores em relação à produção da
Antiguidade clássica. Durante o Renascimento, a Idade Média
foi considerada o tempo do primitivismo, do atraso e do 
 empobrecimento da cultura europeia, a ponto de os ingleses
terem criando uma expressão que se tornou famosa para
designar esse período: Dark Ages, ‘era sombria’, ou ‘idade das
trevas’. 
Os intelectuais que inspiraram a Revolução Francesa (1789),
também tiveram um papel importante na construção desse
pensamento. Isso porque associaram a Idade Média aos
privilégios da nobreza e do clero, à exploração servil dos
camponeses e restrição das atividades econômicas ao
ambiente rural.
.
Idade das Trevas?
No século XIX, essa forma pejorativa de identificar a Idade
Média foi aos poucos sendo revertida por um movimento
conhecido como Romantismo, que, das artes às ciências,
começou a revalorizar os elementos e heranças medievais.
Já no século XX, estudiosos como Henri Pirenne e Marc
Bloch mostraram a riqueza e a importância cultural desse
período europeu. Eles analisaram, entre outros aspectos, a
complexa organização social das novas aldeias ou burgos,
com a instalação planejada de castelos, fortificações e casas
de camponeses. Mostraram que foi durante a Idade Média
que surgiram mercadores preparados para viajar longas
distâncias. 
Idade das Trevas?
 Marc Bloch defendeu em suas obras que, em termos de
tecnologia, a Idade Média não foi inerte, muitas técnicas
rurais e artesanais foram difundidas. Parte dessa nova
abordagem da Idade Média origina-se da evolução das
técnicas de pesquisa, que permitiu resgatar, estudar e
analisar, sob um novo olhar, a cultura material, as obras de
arte, as informações sobre demografia, as técnicas rurais e
artesanais, a alimentação, etc. 
Aprofundando a visão dos historiadores, passou-se a valorizar
o estudo da Idade Média não só com base em documentos
escritos, mas também contando com fontes diversificadas – o
que é fundamental, considerando-se que pouquíssimas
pessoas eram alfabetizadas naquele período e que o
conhecimento histórico se faz com base em muitos olhares,
vozes, vestígios e registros.
IDADE MÉDIA: Onde?
É distorcida a ideia de que o mundo inteiro teria passado pelos
mesmos acontecimentos ocorridos na Europa. É preciso
lembrar que a Idade Média é uma periodização que está
circunscrita ao continente europeu, e não a toda a humanidade.
Se mudarmos o ponto de vista, poderemos dizer que, durante a
Idade Média, a Europa era apenas a “periferia” do mundo
muçulmano: tinha uma população relativamente pequena e
estava cada vez mais isolada das principais rotas de comércio,
que passavam pelo Mediterrâneo oriental. 
No mundo muçulmano, a Matemática e a Astronomia eram
bem mais desenvolvidas que na Europa, e foi a esses
conhecimentos que os europeus recorreram, no final da Idade
Média, para realizar as navegações pelo Atlântico.
IDADE MÉDIA: Onde?
Na América, por sua vez, também floresciam civilizações que,
posteriormente (século XVI), impressionariam os
conquistadores euro peus pela grandiosidade de suas
cidades e arquitetura, como a capital dos astecas,
Tenochtitlán, atual Cidade do México. 
É essencial compreender, portanto, que a Idade Média é um
período com algumas características homogêneas e que se
refere à Europa. Não é uma periodização a ser aplicada a
outras regiões do mundo, em bora alguns conceitos – como
o de feudalismo, que veremos adiante – possam ser utilizados
para analisar circunstâncias históricas parecidas em outros
lugares
IDADE MÉDIA
 
De 476 d.C (séc. IV) até 1453 (séc. XV)
Tomada da capital do
Império Bizantino,
Constantinopla, pelos
turcos-otomanos
Queda do
Império Romano 
do Ocidente,
DIVISÃO EM PERÍODOS
ALTA IDADE MÉDIA
01
BAIXA IDADE MÉDIA
02
COMPREENDIDO
ENTRE OS SÉCULOS
V AO IX, OU X OU XI
 OCORRIDO ENTRE
OS SÉCULOS IX OU X
OU XI AO XV
AUGE DO FEUDALISMO/ 2. INÍCIO DO MERCANTILISMO1 .
Reinos Germânicos
Os povos germânicos tinham uma organização política bem
diferente dos romanos. Eles eram organizados em tribos e
tinham como líder um rei. Conforme eles foram invadindo
aquela localização, foram transformando os territórios em
reinos e foram separando vários “Reinos Bárbaros”;
A partir do século III, o Império Romano do Ocidente começou
a ser invadido por povos germânicos, vindos do norte e do leste
do Império.
Alguns desses povos se incorporaram à sociedade romana de
forma pacífica. Tornaram-se então federados do Império. Foi o
caso, por exemplo, dos francos. A partir de 400 d.C., metade dos
soldados do Império era formada por germânicos.
Reinos Germânicos
Os reinos mais importantes que vamos ter nessa época vai
ser o dos Ostrogodos, Visigodos e dos Francos.
O Reino dos Francos é o mais importante pois durou mais
tempo e teve uma extensão de terras muito maior - mais ou
menos onde é a França/Alemanha/Itália atuais -
características marcantes que se perpetuam até a Idade
Média ; 
Em meados do século IV, chegou ao leste da Europa um povo
nômade vindo do Oriente. Eram os hunos, que empurraram os
povos germânicos para oeste. Assim, entraram no território
romano os ostrogodos, os visigodos, os suevos, os vândalos, e
outros. Em 476, Odoacro, rei dos hérulos invadiu Roma e depôs
o imperador Rômulo Augústulo.
Reino Franco
Reino Franco
Reinos Germânicos
Diversos reinos germânicos se formaram no território
ocupado: o Reino Franco na Gália; o Reino Visigodo na
península Ibérica; o Reino Ostrogodo na península
Itálica, etc. Em 496, Clóvis, rei dos francos, se converteu
ao catolicismo e tornou-se aliado da Igreja de Roma
A fusão de tradições romanas e germânicas daria
origem ao mundo feudal. Esse processo começou com
a ruralização da sociedade. Por um lado, as invasões
germânicas aceleraram a fuga das pessoas para o
campo; por outro, estabeleceu-se a ligação entre o
trabalhador e a terra, base da servidão feudal.
ALTA IDADE MÉDIA
 
 
I D A D E M É D I A
As migrações bárbaras, que marcaram o fim do Império
Romano do Ocidente, não se encerraram em 476 –
continuaram ocorrendo durante boa parte da Alta Idade
Média. São justamente as invasões, as trocas culturais e o
estado de guerra constante na Europaocidental que nos
permitem compreender a estrutura econômica e social
do período, denominado feudalismo
O movimento da população marcou a volta a uma
economia rural de subsistência. Devido à instabilidade
causada pelas guerras e à concentração da população
em comunidades rurais, o comércio entrou em declínio,
assim como a utilização de moedas. Para proteger-se da
agressão externa, construíram-se castelos e residências
fortificadas.
I D A D E M É D I A
O Reino dos Francos e os outros reinos eram
muito instáveis. Eles viviam em conflitos/guerras
até +- o século 9 d.C;
Um ponto interessante é que a cultura desses
reinos foi se misturando aos povos latinos. Isso
gerou o feudalismo
Ao mesmo tempo, ocorria o fortalecimento do
cristianismo que, pouco a pouco, se impunha à
nova sociedade em formação. Vários reinos
bárbaros converteram-se à doutrina cristã,
destacando-se o dos francos
Expansão Muçulmana
Outros povos que acabam adentrando o território
da Europa são os muçulmanos. Eles vem do Oriente
Médio (região da península arábica) e vão
expandindo seu território ao longo do tempo
Essa expansão ocorre tanto por motivos religiosos,
de conversão da sua fé, quanto por questões
políticas e econômicas. Isso porque sua região era
muito pouco fértil, era seca. Então essa população
buscava terras melhores para sobreviver
Além disso, quem era convertido recebia isenção de
impostos (benefícios políticos). Eles invadem e
dominam a península ibérica (espanha e portugal
atualmente) e assim, chegam à Europa -> ficaram
por muito tempo fixados nesse território
Expansão Muçulmana - consequências
 1. Dinâmica comercial da Europa com o Oriente foi muito
afetada. Isso porque o centro do comércio internacional
antes era todo ali no mar mediterraneo, só que agora ele
havia sido dominado pelos muçulmanos. Então esse
comércio vai ser deslocado, de todo o mar mediterraneo
que era dominado pelos povos latinos e depois pelos
germânicos, agora vai ser só entre o centro e o norte do
mar mediterraneo - porque os muçulmanos impediam
qualquer tipo de navegação cristã dentro desse mar, na
parte em que eles comandavam;
2. Limitação do fluxo de mercadorias - por conta desse
primeiro fator. Então as mercadorias (específicas) do lado
oriental ou do norte da África, não vão entrar com tanta
força no lado ocidental, que não estava sob o domínio
muçulmano;
Expansão Muçulmana - consequências
3. Diminuição da circulação de moedas - efeito
dominó. Por conta desses dois fatores, a população
vai focar mais na plantação e menos no comércio.
Então o foco passa a ser a agricultura de
subsistência e começa-se a não ter necessidade de
circular moedas;
Por conta dessas invasões que ocorriam, a Alta
Idade Média teve algumas características
específicas e que vão influenciar no processo do
feudalismo.
I D A D E M É D I A
1.Diminuição demográfica e comercial - os conflitos
fizeram com que a população diminuísse muito;
2. Limitação do comércio;
3. Processo de ruralização - fuga da população que vivia
nas cidades ou nas vilas para o campo, como uma forma
de se proteger dessas invasões e como forma de
sobrevivência - a população se sentia mais segura nesses
locais mais afastados
CARACTERÍSTICAS DA ALTA
IDADE MÉDIA
I D A D E M É D I A
FEUDALISMO
Do séc. V ao XV 
Durante as conquistas dos povos germânicos, principalmente no
Reino dos Francos, ocorreu um processo de doação de terras. Os
reis geralmente doavam terras para outros nobres, que faziam
parte do exército, que eram militarizados, para que os reis
tivessem a fidelidade e apoio dessa nobreza. Então se eles
lutassem em uma guerra e conquistassem um grande território,
como recompensa o rei doava pedaços de terra para esses nobres
- em troca eles deviam fidelidade ao rei, fornecendo o que fosse
necessário nas guerras;
Esse processo de doação de terras para outros nobres vai acabar
enfraquecendo o poder do rei - ele foi perdendo seu poder
político aos poucos;
FEUDALISMO
Do séc. V ao XV 
Isso porque, esse nobre que recebeu as terras, ele
governava/administrava e cobrava os impostos dentro do seu
território sem a interferência do rei. Então aos poucos vai
acontecer um processo chamado “Descentralização do poder do
rei”;
Então porque ele fazia isso? de dividir as suas terras? Pela defesa
militar, considerando o contexto conturbado que esses povos
viviam, valia a pena. Então era bom para todos;
Esse processo acabou formando um novo tipo de política, que é o
feudalismo. Essa estrutura de poder então acaba sendo
transferida para os nobres. Os nobres recebem as terras (que são
os feudos) - a doação de terras só acontece de nobre para nobre;
FEUDALISMO
Do séc. V ao XV 
O rei ou doador das terras é chamado de suserano. O nobre que recebe
as terras é chamado de vassalo. Então é daí que tem-se a relação
conhecida como suserania e vassalagem;
O vassalo fornecia armaduras, pagava dote da filha do suserano, ia junto
em guerras se precisasse, etc - ou seja, tinha muitas obrigações. Mas
tudo isso compensava pelo feudo, pois a propriedade de terra ainda era
uma condição que possibilitava os privilégios políticos e sociais;
Então a nobreza distribuía terra entre a nobreza e ia mantendo os seus
privilégios;
OBS: O feudo nem sempre era um pedaço de terra, ele poderia ser um
cargo/posição política, ou por exemplo uma ponte (que o vassalo
poderia cobrar impostos das pessoas que passavam por essa);
FEUDALISMO
Do séc. V ao XV 
O rei não poderia ser vassalo de nenhum nobre, pois ele estava
acima. Ele só poderia ser vassalo de outro rei. E isso aconteceu,
como no caso do rei da França e da Inglaterra;
O vassalo, que se torna senhor dessas terras, poderia dividir as suas
terras com outro nobre - laços feudais - a nobreza se fortalecendo;
Essa divisão toda enfraquece o poder do rei. E é por isso que
quando se aborda a Idade Média, costuma-se usar a expressão de
que “o rei reina, mas não governa”;
A nobreza vivia para a guerra, então quem trabalhava nos feudos
eram os servos. Os servos não eram escravos. Eles trabalhavam
para o senhor feudal em troca de alimento e moradia, mas não
podiam ser vendidos e nem trocados;
Eles vivam para a subsistência, geralmente trabalhando com a
agricultura e com os animais;
Esses servos tinham várias obrigações com o seu senhor. Tinham várias
taxas, e cada uma representava um pagamento diferente, para um
tipo de obrigação diferente. Exs.: corveia, talha, captação, mão morta,
banalidades. Eles pagavam tudo isso, fora os 10% de dízimo para a
igreja católica;
Os servos sustentavam toda essa sociedade/nobreza;
A sociedade feudal era chamada de sociedade estamental
No topo da piramide, tinha-se o clero (dividido em Alto Clero - bispos,
arcebispos - e baixo clero - monges, padres… e muitos deles viviam
quase como os camponeses). No meio da pirâmide vamos ter a
nobreza, os guerreiros e senhores feudais. E na base os servos;
Essa sociedade tinha como caracteristica a não-mobilidade social. O
servo sempre seria um servo porque ele nasceu assim, sua familia era
serva…
$2.5T
Total revenues in 2019
26.67%
Increase in students globally
Essa estrutura de sociedade estamental, por muito tempo, foi
justificada pela igreja católica (que fornecia as bases ideológicas
dessa sociedade) da seguinte forma: 
texto de um bispo da idade média:
A casa de Deus, que cremos ser uma, está, pois, dividida em três:
uns oram, outros combatem e os outros, enfim, trabalham. Essas
três partes que coexistem não sofrem com a sua disjunção; os
serviços prestados por uma são a condição da obra das outras duas;
e cada uma, por sua vez, se encarrega de aliviar o todo. De modo
que essa tripla associação nem por isso é menos unida, e é assim
que a lei tem podido triunfar e que o mundo tem podido gozar de
paz. (Adalbéron de Laon (c. 1020). Apud LE GOFF, Jacques. A
Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Estampa, 1984. p.45-46.)
Por que os servos, que eram maioria, não se revoltavam?
Esse texto mostra muito o lugar de cada um nessa sociedade,
reforçando essa estrutura, dandouma ideia de conformismo. “os
sacrifícios que você fizer aqui na terra serão recompensados após a
morte”;
No período medieval, a Igreja Católica foi a instituição mais rica/
que tinha mais feudos, durante a Idade Média;
Era uma instituição que monopolizava a leitura, a escrita e a
cultura. Tudo era produzido e pensado pela Igreja Católica. Então
não se tinha muito a ideia de Estado, como vamos ver na Idade
Moderna, então tudo era coordenado por essa instituição;
A partir do ano 1000, vamos entrando na Baixa Idade Média. Esse é
um período de muitas mudanças sociais;
BAIXA IDADE MÉDIA
 
 
Algumas das causas foram: 
Fim das invasões dos germanos, árabes e vikings - Isso vai dando
mais segurança para a população, que começa, em muitos casos, a
voltar para as vilas aos poucos;
Novas técnicas agrícolas - que davam mais durabilidade para o
processo agrícola, otimizavam o processo, gerando assim, um
aumento de produção;
Excedentes agrícolas que promovem o comércio entre os feudos - o
que não acontecia anteriormente, pois a produção era para
subsistência;
Essas trocas entre os feudos também vai ocasionar a volta das
pessoas para a cidade. O crescimento e até o surgimento de novas
vilas que não existiam, o que vai acabar trazendo uma mudança na
maneira das pessoas pensarem;
1.
2.
3.
Os nobres viviam em castelos e os feudos eram cercados por
muralhas. Para facilitar o comércio entre os feudos, entre o castelo
e a muralha, houve o crescimento dos chamados Burgos. Nesse
espaço tinha-se a troca e a venda de diversos produtos. O morador
desses burgos era chamado de burguês;
Neste momento, a burguesia está ligada ao comércio;
Muita gente (servos) se interessou por essa prática, de mudar sua
condição de servo para trabalhar com o comércio;
Então aos poucos foi se tendo a transformação e constituição de
uma nova classe social, que é a burguesia;
Outros acontecimentos importantes que ocorreram na Baixa Idade
Média e que acabaram modificando essa sociedade feudal foram
as Cruzadas. 
Cruzadas
Foram expedições militares de cunho
cristão/catolico, com objetivos diversos, que
ocorreram principalmente entre os séculos XI e XIII
(final da Idade Média);
As Cruzadas foram expedições incentivadas pela
Igreja Católica, a justificativa de expulsar os
muçulmanos da terra santa (Jerusalém) - as terras
que Jesus percorreu deveriam pertencer à Igreja
Católica e não a essa outra religião;
A Igreja incentiva seus fiéis a entrar nesse território
e expulsar os muçulmanos de lá;
As cruzadas também tinham um objetivo econômico.
A ideia era que a burguesia entrasse em contato com
o Oriente e conseguisse trazer para a Europa outras
mercadorias;
 esse é o nome atual dado
para este evento. Pois eles
precisavam cruzar a Europa
para chegar até o Antigo
Oriente Próximo - Ásia ou
também porque os soldados
das cruzadas andavam com
cruzes no peito. Eles
chamavam de Guerra
Santa/expedições católicas
Contexto: a Europa já não estava legal, então todo o caos foi canalizado no
ódio aos mulçumanos;
Objetivo principal das primeiras cruzadas: retomar a terra santa (Jerusalém)
das mãos dos arábes/mulçumanos, para facilitar também a peregrinação dos
cristãos pelas terras onde Jesus andou;
Conter o avanço dos mulçumanos e restaurar o cristianismo no Oriente;
A burguesia estabelecer novas rotas comerciais;
Motivações econômicas, de poder, religiosas e sociais;
Oficialmente foram 9 cruzadas - mas isso não significa que não houveram
outras;
As mais importantes são as 5 primeiras (a 1º não é oficial);
A primeira cruzada não é considerada oficial pois foi feita por monges (não
tiveram necessariamente a autorização da Igreja para isso);
Líder: Pedro, o eremita. Partiram sem formar um grande exército, sem
estarem preparados (treinamento militar adequado) e foram derrotados;
No meio do caminho das Cruzadas, está o Império Bizantino. Pedro chega até
os portões de Constantinopla (capital desse império) e pede ajuda;
Nesse momento já estava ocorrendo uma transformação na Igreja Medieval,
com uma nova forma de praticar o cristianismo, que era a Igreja Ortodoxa - e
ele não teve então ajuda deles;
Assim, Pedro e os demais tiveram que acampar fora portões de
Constantinopla, foram atacados pelos mulçumanos e morreram;
Essa Cruzada é chamada de Cruzada dos Mendigos, pois eles dormiram fora de
cidades/casas;
Mesmo não sendo oficial, esse evento foi importante pois despertou o interesse da
Igreja Católica de Roma de se programar e fazer uma expedição oficial para
conquistar Jerusalém;
Cruzada dos Nobres (1º cruzada oficial) - nobres se organizaram para poder ir lá;
Os nobres estavam em busca de mais poder/mais terras. 
A Igreja oferecia a salvação para quem fosse nas Cruzadas, como justificativa;
A Igreja Cristã Romana fez uma parceria com o Império Bizantino, oferecendo terras
se vencessem (pois este império tinha perdido terras para os árabes com a expansão
da fé islâmica);
Como resultado, eles conseguem reconquistar Jerusalém das mãos dos árabes, em
1096). Então Jerusalém passa a estar sob domínio cristão romano, pois eles
enganaram os cristãos do império bizantino (Igreja Cristã Ortodoxa) e não deram a
eles nada;
Em 1147, houve uma segunda cruzada (de defesa), pois os mulçumanos tentam
reconquistar Jerusalém, e assim a Europa passa a enviar soldados guerreiros para
controlar/manter o status quo. Por meio do sultão Saladino, os mulçumanos
conseguem reconquistar Jerusalém. 
O infante Dom Afonso Henrique reconquista Lisboa, que tinha sido dominada pelos
árabes - derrotam eles na península ibérica;
A terceira Cruzada é muito importante, chamada de Cruzada dos Reis. Reis
europeus tentaram fazer uma ofensiva aos mulçumanos, para tentar reconquistar
novamente a terra santa. Não eram apenas nobres, eram reis de grandes reinos que
participaram - Felipe Augusto da França, Frederico Barba Ruiva, do Sacro Império
Romano Germanico e Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra.
Eles foram sofrendo várias derrotas no caminho, pois os mulçumanos estavam
muito bem armados e organizados. Eles conseguiram conquistar cidades ao longo
do caminho até Jerusalém, mas os reis foram morrendo. No final sobrou apenas
Ricardo da Inglaterra;
Apesar da conquista de várias cidades ao entorno, a 3º Cruzada não cumpriu o
objetivo de conquistar Jerusalém. Faz-se um acordo de que Jerusalém ficaria sob o
domínio dos mulçamanos, mas que em determinadas épocas do ano, eles abririam
as portas para a peregrinação dos católicos;
4º cruzada oficial - Cruzada Comercial (1202 - 1204) - comerciantes de Veneza,
apoiados pela Igreja Católica, invadem Constantinopla e obtém controle comercial
do mar mediterraneo;
O renascimento italiano é o mais famoso pois as cidades-Estado italianas, que
detinham o controle do mar mediterraneo, eram sempre visitadas por diversos
povos, o que gerava um enriquecimento cultural
No aspecto econômico, as cruzadas foram muito eficientes. Os burgueses
conseguiram ter um contato com o Oriente, pegar mercadorias/especiarias e
trazer para revender nos burgos;
Esse processo traz um crescimento do comércio, a volta da comercialização e
de uma maior circulação de moedas, do início das feiras medievais;
Outra mudança ocorrida foi com a nobreza feudal. Essa nobreza que foi para
as Cruzadas acaba não voltando (deixando os seus feudos abandonados) ou
quando volta acaba encontrando um cenário muito diferente no Ocidente;
Os servos que estavam ali não aceitam mais viver da mesma forma, pagando
inúmeras taxas e sendo explorados. O comércio, as trocas, as mudanças
ocorridas foram mostrando para os servos que existiam outras maneiras de
viver. Então quando a nobreza volta, ela se depara com várias revoltas
camponesas;
Crise do Feudalismo
Assim, o Feudalismo vai entrando em crise. Esse processo não
ocorre de maneira uniforme, da mesma forma em todos os
lugares/reinos. Como exemplo, temos que na França, até o séc.
XVIII (até a revolução francesa), ainda existia servidão e feudos;
Mas em outros lugares da Europa ocorrem mudanças que
enfraquecemo feudalismo e geram outro tipo de economia. 
Houve um período de fome, mortes, e consequente aumento das
revoltas camponesas. Somado a isso, aproximadamente no séc
XIV, tem-se a propagação da Peste Negra ou Peste Bubônica.
 Essa doença acaba devastando a população da Europa Ocidental,
muita gente morre. Nesse cenário caótico, a população passa a
questionar a Igreja Católica e a existência de Deus. Todo esse
processo conturbado faz com que a sociedade passe a repensar
seu funcionamento
Tudo isso, faz com que a nobreza
volte a precisar do poder dos reis,
que vão ter um exército e
conseguir administrar toda essa
confusão. Assim, no final da Idade
Média e início da Idade Moderna.
Questões
(ENEM 2015) A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida em três: uns
oram, outros combatem, outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem
não suportam ser separadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras
das outras duas; cada uma por sua vez encarrega-se de aliviar o conjunto... Assim a lei
pode triunfar e o mundo gozar da paz.
ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais.
Lisboa: Sá da Costa, 1981.
A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média.
Um objetivo de tal ideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados,
respectivamente, em:
a) Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas.
b) Subverter a hierarquia social / centralização monárquica.
c) Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas.
d) Controlar a exploração econômica / unificação monetária.
e) Questionar a ordem divina / Reforma Católica.
ENEM 2018
A existência em Jerusalém de um hospital voltado para o alojamento e o cuidado dos
peregrinos, assim como daqueles entre eles que estavam cansados ou doentes,
fortaleceu o elo entre a obra de assistência e de caridade e a Terra Santa. Ao fazer, em
1113, do Hospital de Jerusalém um estabelecimento central da
ordem, Pascoal II estimulava a filiação dos hospitalários do Ocidente a ele, sobretudo
daqueles que estavam ligados à peregrinação na Terra Santa ou em outro lugar. A
militarização do Hospital de Jerusalém não diminuiu a vocação caritativa primitiva, mas
a fortaleceu.
DEMURGER, A. Os Cavaleiros de Cristo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002 (adaptado).
 
o acontecimento descrito vincula-se ao fenômeno ocidental do(a)
a) surgimento do monasticismo guerreiro, ocasionado pelas cruzadas.
b) descentralização do poder eclesiástico, produzida pelo feudalismo.
c) alastramento da peste bubônica, provocado pela expansão comercial.
d) afirmação da fraternidade mendicante, estimulada pela reforma espiritual.
e) criação das faculdades de medicina, promovida pelo renascimento urbano.

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